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Código: 15550 
Título: A DEPRESSÃO NO IDOSO E SUA RELAÇÃO COM A FUNCIONALIDADE 
Autores: Maria Emilia Marcondes Barbosa; Maria Cristina Umpierrez; Evani Marques Pereira; Juliana Sartori Bonini; Calíope Pilger; 
Resumo: 
Introdução: A depressão é um dos transtornos mais comuns entre as pessoas com mais de 60 anos e frequentemente está associada a maior comprometimento físico, social e funcional, afetando a sua qualidade de vida Objetivo: Determinar os fatores associados à depressão leve e severa e seu impacto nas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) em idosos portadores de hipertensão e ou diabetes. Método: Estudo quantitativo exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um questionário e aplicadas a escala de Lawton, que permite a avaliação das AIVD e a Escala de Depressão Geriátrica Abreviada (GDS), instrumentos preconizados pelo Ministério da Saúde. Para a análise de dados foi utilizado o programa Statistic 10.0 Resultados: Foram avaliados 251 idosos, portadores de hipertensão e/ou diabetes, sendo 182 (72,6 %) do sexo feminino e 69 (27,4 %) do sexo masculino. Verificou-se que 66,2% do total da amostra apresentavam sinais clínicos de depressão. Entre os homens, 39,1 % não apresentavam depressão; 36,2% depressão leve e 24,6% depressão severa. Entre as mulheres 31,8% não apresentava depressão; 37,4% depressão leve e 30,8% depressão severa. A capacidade funcional foi altamente afetada nos idosos deprimidos na medida em que avançam as faixas etárias, principalmente após os 80 anos de idade. No sexo masculino, entre os portadores de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos, 33,3% apresentaram dependência parcial para AIVDs; na faixa de 70 a 79 anos, 50% apresentaram dependência parcial e 25% dependência total. Com 80 ou mais anos 66,6% eram dependentes parciais e 33,4% dependentes totais. Entre as mulheres portadoras de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos, 26,0% apresentaram dependência parcial e 8,7% dependência total. Na faixa etária de 70 a 79 anos, 28,5% apresentaram dependência parcial e 4,7% dependência total. Com mais de 80 anos 25% manifestaram dependência parcial e 25% dependência total. Constatou-se que as mulheres eram afetadas por maior numero de comorbidades associadas à depressão com o passar dos anos, no entanto após os 80 anos somente 50% eram dependentes, já, na mesma faixa etária, 100% dos homens mostraram-se dependentes, mesmo com um índice menor de comorbidades. Conclusão: Concluiu-se que a presença de depressão influencia no desempenho das AIVDs. O sexo masculino apresentou maior índice de dependência e menor comorbidade associado a depressão, enquanto nas mulheres houve maior comorbidade e menor dependência.
Código: 15412 
Título: A INFLUÊNCIA DA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA CAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE 
Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; 
Resumo: 
Introdução: Sintomas depressivos têm sido relacionado a pior desempenho em teste de caminhada em idosos, prejudicando diretamente a qualidade de vida e atividades habituais desses indivíduos. Objetivo: Verificar a relação entre sintomas depressivos e o desempenho no teste de caminhada em idosos residentes na comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com delineamento seccional. Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para testar a velocidade de caminhada foi utilizado um percurso de 2,44 m, no qual o participante foi instruído a andar de uma extremidade a outra em sua velocidade habitual, como se estivesse andando pela rua. Os participantes poderiam usar dispositivos de apoio, se necessário, e realizou-se o trajeto duas vezes, com o tempo sendo registrado em segundos. O menor tempo foi considerado nas análises. O indivíduo foi considerado capaz de realizar o teste, quando conseguia concluí-lo em ≤ 60 s. Para avaliar o desempenho no teste de caminhada foi adotada uma pontuação de acordo com a distribuição do tempo em Percentil: incapaz ou não concluiu = escore 0 (incapaz); > P75 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A associação entre a pontuação na GDS e o escore do teste de caminhada foi avaliada por meio da Correlação de Spearman. Utilizou-se do teste do qui-quadrado para comparar a prevalência de limitação nos testes de caminhada em indivíduos com e sem sintomas depressivos. Em todas as análises o nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,8. A prevalência de depressão encontrada foi de 20%. Idosos com sintomatologia depressiva apresentam 43,4% de limitação nos testes de caminhada, enquanto que, idosos assintomáticos apenas 16,7% (p = 0, 008). Observou-se que a pontuação na GDS está negativamente correlacionada ao desempenho no teste de caminhada (R= -0,32). Conclusão: Os resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos prejudica a capacidade de deslocamento em indivíduos idosos residentes em comunidade.
Código: 15450 
Título: A QUESTÃO DO TRABALHO, APOSENTADORIA E PERTENCIMENTO SOCIAL: ESTUDO COM UM GRUPO DE IDOSOS VESTIBULOPATAS 
Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano; 
Resumo: 
Introdução: Segundo estudos realizados, o evento da aposentadoria se associa à ruptura de rotinas realizadas pelo indivíduo durante anos e à perda do status profissional que contribuía para a sua constituição identitária. A impossibilidade do desempenho de novos papéis em uma sociedade que supervaloriza a produtividade e a inserção no mundo do trabalho faz com que a aposentadoria seja vivenciada como a perda do próprio sentido da vida e fator de exclusão social, concorrendo para o surgimento de comportamentos depressivos ou socialmente negativos, agravados por outros distúrbios próprios do envelhecimento, como as vestibulopatias. Objetivo: Investigar a relação que idosos vestibulopatas estabelecem com o trabalho e a aposentadoria e as suas influências sobre o sentido de pertencimento social. Método: Foi realizado um estudo exploratório e descritivo com 62 idosos vestibulopatas, de 60 a 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis de escolaridade. As informações foram obtidas por meio de um questionário específico e de entrevistas individuais com duração aproximada de uma hora e meia cada uma. Todos os participantes assinaram previamente o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Dos participantes, 79% eram aposentados, enquanto 18% foram excluídos da aposentadoria por terem trabalhado sem vínculos legais e 3% somente desempenharam atividades domésticas; 18% continuavam a trabalhar e 76% gostariam de voltar ao mercado de trabalho; 79% consideraram que as vestibulopatias e as limitações físicas e intelectuais próprias do envelhecimento não interferem no retorno ao trabalho; 70% verbalizaram sentimentos de baixa autoestima devido ao não desempenho de um trabalho produtivo; 35% gostariam de exercer um trabalho não remunerado; 30% utilizavam farmacoterapia antidepressiva, tendo iniciado entre 6 meses e um ano após a aposentadoria, e 90% dos entrevistados afirmaram que o exercício do trabalho era importante para eles e que sentiam a falta da convivência diária com os parceiros e dos rituais relacionados ao trabalho, chegando a chorar no relato das experiências. Conclusão: Em idosos vestibulopatas, o evento da aposentadoria e o não exercício de uma atividade produtiva trazem uma carga negativa e um sentimento de não pertencimento social que, associados às manifestações clínicas de distúrbios do equilíbrio corporal, podem interferir na sua saúde física e mental. Medidas que reduzam esses impactos devem ser fomentadas nesta população.
Código: 15347 
Título: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE DEFICTS NEUROLÓGICOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): UM RELATO DE CASO 
Autores: Letícia Y Castro; Sibelle de Almeida Tierno; Melissa Lampert; Marcelo Salame; Simone Almeida Tierno; 
Resumo: 
Introdução A demência vascular é, após a Doença de Alzheimer, a segunda principal causa de demência nos países ocidentais. É importante origem de déficits cognitivos, motores e implicações psicossociais. O modelo de assistência multidisciplinar é a proposta que mais se encaixa às necessidades multifatoriais deste indivíduo. Apresentamos um caso de reabilitação de um paciente com seqüelas de AVC que recebeu esse tipo de assistência. Objetivos Demonstrar, através de um caso de demência vascular, um modelo de trabalho em equipe multidisciplinar no cuidado e reabilitação do paciente. Métodos Análise dos dados do prontuário do paciente e revisão de literatura. Resultados Paciente A.A.D.,masculino, 68 anos, com história prévia de etilismo e tabagismo, chegou ao pronto atendimento com hemiparesia à direita, fala disártrica, lúcido, porém desorientado. Em TC de crânio evidenciou-se hipodensidade subcortical em lobo frontal direito. A arteriografia de carótidas mostrou oclusão de artéria carótida esquerda distal por evento embólico. O paciente apresentou boa evolução clínica, porém após a arteriografia, apresentou novo evento isquêmico. Teve alta hospitalar hemiplégico à direita e afásico, restrito ao leito, incontinente, em uso de sonda vesical de demora e com dieta por sonda nasoenteral. Após, foi assistido pela equipe serviço de internação domiciliar, composta por assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga, médica e nutricionista. Foram feitas visitas periódicas e as decisões tomadas pela equipe priorizavam um plano de reabilitação que otimizasse a capacidade funcional e autonomia do paciente. Foi submetido a exercícios de reabilitação fono e fisioterápicos, cuidados com prevenção de escaras, manejo das comorbidades clínicas e houve também treinamento com os cuidadores. Hoje o paciente deambula com auxílio, apresenta fala discretamente disártrica, continência fecal e urinária e independência para a maioria das atividades diárias. Está vinculado ao ambulatório de Geriatria e em acompanhamento com a mesma equipe responsável por sua reabilitação. Conclusão O plano de trabalho da equipe multidisciplinar, baseado na visão integral do paciente foi fundamental na reabilitação física e funcional do doente. É de extrema importância que se expanda esta abordagem para que um número cada vez maior de pacientes crônicos seja beneficiado.
Código: 15549 
Título: ACESSIBILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS EM HOSPITAIS DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL 
Autores: Vanessa Medeiros Pinto; Aline Ponte; Daniela Tonús; Giulia Rodrigues; Laura Pacheco; 
Resumo: 
Atualmente a inclusão vem sendo apontada como um fator importante, privilegiando a promoção da saúde em diversos ambientes. A ausência de acessibilidade pode eliminar ou restringir a independência de indivíduos com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Nesse âmbito realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo, avaliando as condições arquitetônicas de acesso de pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida a um hospital público e um hospital privado de Santa Maria/RS. A partir das análises dos ambientes observou-se que os espaços hospitalares não estão totalmente adaptados para receber pessoas com deficiências físicas e/ou mobilidade reduzida, pois apresentam instalações inadequadas, não seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para facilitar o deslocamento de pessoas com tais dificuldades poderiam ser adotadas medidas públicas organizacionais destinadas a lhes garantir o direito de ir e vir livremente e, ao mesmo tempo, eliminar barreiras físicas que as impeçam de alcançar seus objetivos.
Código: 15430 
Título: ANÁLISE DA IDADE SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES FISICAMENTE ATIVAS 
Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Igor Conterato; Denise Rodrigues Bueno; Camila Buonani da Silva; Ismael F. Freitas Júnior; Jair Sindra Virtuoso Júnior; 
Resumo: 
Introdução: Diante das transformações demográficas, a qualidade de vida e o envelhecimento são aspectos importantes para a longevidade ativa, sendo que, dependem do equilíbrio entre o declínio natural das capacidades individuais, mentais, físicas e dos hábitos de vida, ou seja, dos comportamentos extrínsecos que o indivíduo tem ao longo da vida. Objetivo: Verificar a partir de qual idade a qualidade de vida começa a ser mais afetada. Métodos: A amostra foi constituida por 210 mulheres fisicamente ativas, com idade entre 30 a 85 anos (56 ± 11 anos), participantes do programa “Ginástica Orientada” da cidade de Uberaba/ MG, que realizam atividade física orientada duas vezes por semana. Para análise do efeito da idade sobre a qualidade de vida as mulheres foram divididas em cinco diferentes grupos de acordo com décadas vividas, sendo o primeiro grupo (1) com idade compreendida entre 30 a 40 anos, e o quinto grupo (5) com idade acima de 70 anos. Para a análise subjetiva de qualidade de vida foi aplicado a versão curta do questionário proposto pela World Health Organization’s Quality Of Life- WHOQOL-BREF que consta de 26 questões, sendo duas questões gerais e as demais 24 abordando os quatro domínios específicos avaliados pelo referido questionário (físico, relação social ambiental e psicológico). A comparação entre as idades foi realizada utilizando-se a ANOVA One-Way, com teste Post Hoc Least Significant Difference – LSD e a correlação de Person para verificar a associação entre idade e domínio físico. Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS (versão 13.0) e o nível de significância foi previamente estabelecido em 5%. Resultados: O único dos domínios que apresentou diferença estatística foi o domínio físico, uma vez que, as mulheres do grupo 1 (16,00) e 2 (15,66) apresentaram resultados significativamente maiores que as dos grupos 3 (14,85), 4(14,86) e 5 (14,15) com o P<0,03, ocorreu também correlação negativa da idade com o domínio físico (- 0,21) com o P<0,002. Considerações: De acordo com os resultados apresentados podemos concluir que na amostra do presente estudo a qualidade de vida começa a ser mais afetada, no que diz respeito ao domínio físico, a partir dos 50 anos.
Código: 15434 
Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUEDA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE NO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO 
Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; José Carlos Candido Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; 
Resumo: 
Introdução: A queda constitui-se como evento multifatorial decorrente de alterações fisiológicas do envelhecimento, enfermidades, circunstâncias sociais e ambientais. Evidências sugerem que a depressão pode fazer parte da rede causal da queda. Objetivo: Verificar a associação entre queda e depressão em idosos residentes em comunidade no interior do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A prevalência de quedas foi avaliada por meio de resposta dicotômica (sim ou não) a seguinte pergunta: “O Sr.(a) teve alguma queda nos últimos 12 meses?”. Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre queda e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 (DP). As prevalências de queda e depressão foram 26% e 20%, respectivamente. A ocorrência de queda foi significativamente maior (p = 0, 005) nos idosos com presença de sintomas depressivos (41%) do que naqueles com ausência (22,1%). Conclusão: Os resultados mostraram que a ocorrência de quedas está associada à presença de sintomas depressivos em idosos, sugerindo o desenvolvimento de ações que visem à promoção da saúde dos idosos deprimidos para prevenção de quedas.
Código: 15410 
Título: ASSOCIAÇÕES ENTRE MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA E PREJUÍZOS NA MEMÓRIA DE TRABALHO, NA MEMÓRIA VERBAL E NO FUNCIONAMENTO EXECUTIVO DE IDOSOS 
Autores: Tatiana De Nardi Dias da Costa; Breno Sanvicente Vieira; Rodrigo Grassi de Oliveira; 
Resumo: 
Introdução: A Traumatologia Desenvolvimental investiga uma rede de interações entre genética, experiências ambientais, períodos de vulnerabilidade e características de resiliência, buscando entender o impacto biopsicossocial de eventos adversos no desenvolvimento humano. Nesta perspectiva, evidências associam maus-tratos infantis, como negligência e abuso, a prejuízos no funcionamento psicossocial adaptativo na velhice e à incidência de transtornos psiquiátricos, alterações neurofuncionais, neuroestruturais e a déficits cognitivos na vida adulta. Contudo, esse estudo é pioneiro na investigação da relação entre negligência e abuso na infância e o funcionamento cognitivo de idosos. Objetivo: investigou-se a associação entre maus- tratos na infância e o desempenho de idosos em tarefas de Memória de Trabalho (MT), Memória Verbal (MV) e Funções Executivas (FE). Método: Em uma amostra de 61 idosos (M=69,9 anos) foram aplicados os instrumentos: MEEM, MINI plus para fins de exclusão de indivíduos com demência e psicopatologias. Para avaliação de maus- tratos foi utilizado Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), versão brasileira do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Este avalia traumas infantis nas áreas: abuso físico, abuso sexual, abuso emocional, negligência física e negligência emocional. Estes testes foram intercalados com uma bateria de tarefas neuropsicológicas. Resultados: A partir da análise regressão linear, a negligência na infância associou-se de forma significativa a prejuízos em tarefas de MT, nos componentes Executivo Central (Tarefa N-back auditiva: β= -0,367; p=0,031)e Buffer Episódico (Memória Lógica Imediata –WMS-R: β= -0,420; p=0,012) e de MV tardia (Memória Lógica Tardia- WMS-R= β= -0,434; p=0,006). Ademais, a exposição a abuso físico na infância apresentou-se como fator de impacto nas FE de idosos, especialmente na tarefa Cubos (WAIS-III) de organização visuoespacial (β= -0,375; p=0,027). Conclusão: Os achados inferem que a negligência na infância, isoladamente, configura um fator robusto associado com prejuízos na MT e MV de idosos. Por outro lado, o abuso físico parece associar-se com dificuldades de FE. Conclui-se que maus- tratos infantis, por si só, devem ser investigados como fatores de risco para desenvolvimento de problemas biopsicossociais e cognitivos com impactos a médio e longo prazo.
Código: 15530 
Título: ATENÇÃO A SAÚE DO IDOSO: AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR E DEPRESSÃO EM IDOSOS 
Autores: EVANI MARQUES PEREIRA; Jhoni Carlos Almeida Rodrigues; Vanessa Fernanda Goes; Marcus Peikriszwili Tartaruga; Maria Cristina Umpiérrez Vieira; Juliana Sartori Bonini.; 
Resumo: 
O tema em foco foi a avaliação da funcionalidade familiar e depressão em idosos. Teve como objetivo: Avaliar o nível de funcionalidade familiar em idosos e a sua correlação com a depressão. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa. A população alvo deste trabalho foram idosos residentes no município de Guarapuava – Paraná, pertencentes a quatro Unidades Básicas de Saúde (USB). Como critério de inclusão considerou-se idosos a partir de 60 anos de idade, usuários do Sistema Único de Saúde que estão cadastrados Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). A coleta de dados foi realizada através do instrumento de avaliação de funcionalidade familiar (APGAR da família), foi realizada no período do mês de novembro á dezembro de 2009. Teve início somente após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, FR nº 296561, sob o oficio nº 172/2009. Utilizamos o instrumento APGAR de Família. Os dados obtidos foram tabulados em planilha do Microsoft Office Excel, com dupla digitação, e em seguida quantificado. Foi realizada uma análise de correlação não paramétrica (Spearman), com índice de significância de 0,05.Dos 256 idosos avaliados, a idade média foi de 72 ± 8,43 anos. Na avaliação da depressão, o número de idosos com suspeita desta chegou a 63 idosos, totalizando 24,60% da amostra. quanto a funcionalidade familiar, 88,67% (n=227) dos idosos possuíam boa funcionalidade familiar, 5,46% (n=14) tiveram um moderada disfunção familiar e 5,85% (n=15) apresentaram elevada disfunção familiar. Não houve correlação entre depressão e funcionalidade familiar (r=-0,27). Não houve também correlação entre estas variáveis de acordo com os gêneros, feminino (r=-0,29) e masculino (r= -0,23). Os resultados demonstram a necessidade do serviço de saúde promover ações de prevenção de intervenção nas famílias, a fim de que os idosos continuem com o apoio em seus lares, e conseqüentemente uma melhor qualidade de vida. Faz parte do papel da enfermagem desenvolver um trabalho que minimize esses sintomas, mostrando ao idoso as características desta fase de vida, evidenciando que eles podem viver bem com prazer e qualidade. O enfermeiro deve promover a valorização da auto-estima do idoso, estimulando-o ao auto cuidado, autonomia, utilidade e independência. Descritores: Idoso Fragilizado, Transtornos de Adaptação, Idoso.
Código: 15435 
Título: ATIVIDADE FÍSICA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Bruno Morbeck de Queiroz; Venícius Dantas da Silva; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; 
Resumo: 
Introdução: A depressão constitui doença mental freqüente no idoso e está associada a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. A atividade física é uma das estratégias utilizadas na prevenção e tratamento de deprimidos. Objetivo: Averiguar a associação entre a prática de atividade física e a presença da sintomatologia depressiva em idosos residentes no município de Lafaiete Coutinho-BA. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A atividade física dos idosos foi avaliada pelo IPAQ e os indivíduos foram classificados como insuficientemente ativos (< 150 min./semana) e ativos (≥ 150 min./semana). Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui- quadrado foi utilizado para verificar a associação entre atividade física e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). A prevalência de idosos sedentários foi de 47,7% e de sintomas depressivos positivos de 20%. A prevalência de sintomas depressivos positivos foi significativamente maior (p = 0, 004) nos idosos menos ativos (28,2%) do que nos ativos (13,7%). Conclusão: Os resultados mostraram forte associação entre sintomas depressivos e nível de atividade física insuficiente, ressaltando a importância da atividade física na prevenção e promoção da saúde do idoso.
Código: 15504 
Título: AUTONOMIA: A VALORIZAÇÃO DO SUJEITO NO FIM DA VIDA 
Autores: Rejimara Alves Fernandes; Isabelle Schmidt da Silva; Vanessa C. Bacelo Scheunemann; Milene Oliveira Tavares; Nina Rosa D’Ávila Paixão; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: Segundo Segre e Cohen (1995), a bioética é o ramo da ética que enfoca questões relativas à vida e à morte; como prolongamento da vida com qualidade. Desta forma, faz-se necessário discutir a abordagem e o manejo de pacientes que encontram-se em situação de morte próxima decorrente dos agravos da doença. O impacto desta discussão é gerada devido à magnitude que tem a morte e a polêmica que cerca o fato de que supostamente o ser humano detém o poder de decisão sobre a vida ou morte de outro. A autonomia se refere ao respeito, à vontade e ao direito de autogovernar-se. Conforme Fabbro (1999), só se fala no exercício de autonomia quando há troca de conhecimento e informação entre equipe de saúde e o paciente, oferecendo dados importantes, em linguagem acessível, para que sua decisão possa ser tomada, garantindo a competência de todos os membros envolvidos na situação.OBJETIVO: Promover a reflexão e discussão sobre a autonomia e o cuidado à pacientes sem possibilidade de cura assim como o resgate da relação equipe de saúde- paciente-família.MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado nas experiências de psicólogas residentes.RESULTADOS: Na prática clínica observa-se que as situações de vida e morte envolvem vários personagens (paciente, familiares e equipe de saúde); por vezes a equipe de saúde age unilateralmente, justificando-se com a idéia de que sabe o que é melhor para o paciente, considerando que este não possui preparo para saber o que é o melhor para si, facilitando o exercício do paternalismo e da superproteção. O olhar da psicologia também focou-se além da percepção desta problemática, possibilitando captar os sentimentos envolvidos com decisões tomadas frente à morte, ou na iminência desta. Observou-se que alguns pacientes com diagnóstico de câncer nos estágios finais reforçavam a vontade de não mais viver ou de desistir do tratamento, por vezes muito sacrificante, porém raros casos foram ouvidos de forma empática pela equipe e familiares.CONCLUSÕES: Portanto é imprescindível respeitar a autonomia, oferecer informações que possibilitam escolhas quanto aos procedimentos. Salientando como viés a vulnerabilidade inerente ao paciente hospitalizado muitas vezes senil ou debilitado. Para isto cabe ainda, fortalecer abordagens como o esclarecimento da patologia, opções terapêuticas e medidas de conforto, avaliando exatamente de forma ética a capacidade do paciente em tomar decisões acerca de sua própria vida.
Código: 15407 
Título: AVALIAÇÃO COGNITIVA E FUNCIONAL DE IDOSOS DE COMUNIDADE QUILOMBOLA DO NORDESTE DO ESTADO DE GOIÁS 
Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: As principais alterações observadas em idosos com demência se referem aos aspectos cognitivos e funcionais os quais apresentam forte correlação. As alterações cognitivas, somadas à depressão, instabilidade, incontinência são considerados os gigantes da geriatria e estão diretamente associados com o grau de dependência desta população, sendo necessária maior atenção para prevenção, detecção e tratamento destas condições. Estudos sobre o envelhecimento, demência e alterações no âmbito cognitivo e funcional em idosos são escassos no Estado de Goiás, sobretudo envolvendo uma população com características peculiares, como a Kalunga, que se diferencia principalmente pelos aspectos sócio-demográficos, étnicos e culturais. OBJETIVO: Estimar a prevalência de alterações cognitivas e funcionais em idosos da comunidade quilombola Kalunga no município de Cavalcante-GO. MÉTODOS: Estudo transversal das alterações cognitivas e funcionais de idosos, com idade igual ou maior que 60 anos. Foram coletados e analisados dados de identificação, sócio- demográficos, culturais e de morbidades prévias. Os dados de avaliação cognitiva e funcional foram obtidos por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e do Questionário de Atividades de Vida Diária (QAVD). RESULTADOS: No total foram avaliados 65 idosos. A maioria dos indivíduos era do gênero masculino (52,3%), casada (58,5%) e com idade média de 71,58 anos. O índice de analfabetismo entre os indivíduos avaliados correspondeu a 93,8%. A prevalência de indivíduos com alteração cognitiva e funcional foi de 9,2% (n=6), sendo que a alteração funcional (18,5%) foi mais prevalente que a cognitiva (12,3%). CONCLUSÕES: A população em estudo não apresentou prevalência equivalente de alterações cognitivas e funcionais em relação a outros estudos realizados no Brasil e em outros países com população negra.
Código: 15532 
Título: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E BIOQUÍMICA DE ANIMAIS EXPOSTOS CRONICAMENTE A FUMAÇA DE CIGARRO DURANTE O PERÍODO PRÉ-NATAL: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA 
Autores: Renata D‘altoé De Luca; Daiane Bittencourt Fraga; Fernando Viana Ghedim; Pedro F Deroza; Alexandre Silverio; Andreza L Cipriano; João Luciano Quevedo; Ricardo A Pinho; Alexandra Ioppi Zugno; 
Resumo: 
Introdução: A esquizofrenia é uma doença heterogênea e extremamente debilitante e pode ser causada por dois fatores: a hereditariedade e as influências ambientais. Estudos mostram que a alterações na enzima acetilcolinesterase (AChE) no período pré-natal estão associadas a déficits no desenvolvimento neuronal de serotonina e dopamina e podem resultar em anormalidades comportamentais a longo prazo. Objetivo: O objetivo do nosso trabalho foi avaliar parâmetros comportamentais e bioquímicos de ratos adultos expostos cronicamente a fumaça de cigarro durante o período pré-natal. Materiais e métodos: Ratas Wistar gestantes foram expostas a 12 cigarros por dia, durante toda a gestação. Nós avaliamos a atividade da enzima AChE e a atividade locomotora de ratos machos adultos desta prole, submetidos ao modelo animal de esquizofrenia por indução de doses agudas de cetamina (5 mg/kg, 15 mg/kg e 25 mg/kg). A atividade da enzima AChE foi determinada pelo método de Ellman et al. (1961). A atividade locomotora foi avaliada no campo aberto. Resultados: Nós observamos que a administração de doses agudas de cetamina aumentou significativamente a atividade da enzima AChE em todas as estruturas estudadas (CPF, amígdala, estriado e soro) em ambos os grupos, em ratos expostos e não expostos a fumaça de cigarro durante o período pré-natal comparado com os que receberam somente salina. Os resultados também mostraram que a atividade locomotora aumentou significativamente no grupo que recebeu dose aguda de 25 mg/kg de cetamina e não foram expostos a fumaça de cigarro e nas doses de 5mg/kg, 15 mg/kg e 25 mg/kg nos grupos que foram expostos a fumaça de cigarro comparado ao grupo controle. Conclusão: A exposição da fumaça de cigarro no período pré-natal causa alterações na atividade da enzima AChE e alterações comportamentais, em idade adulta, podendo contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia.
Código: 15417 
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS 
Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; 
Resumo: 
Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50), divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste. Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros (reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros. Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
Código: 15418 
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS 
Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; 
Resumo: 
Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50), divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste. Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros (reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros. Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
Código: 15416 
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA IMPLÍCITA EM IDOSOS SAUDÁVEIS 
Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Gabriela Pereyra Tizeli; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; 
Resumo: 
Introdução: Nos últimos anos, os processos de consolidação de memória vêm sendo alvo de muitas pesquisas, visando o entendimento das bases biológicas do comportamento. Nesse estudo, buscou-se verificar se a memória implícita altera seu desempenho em idosos saudáveis na faixa dos 60-70 anos. Objetivo: Avaliar a aquisição e persistência da memória implícita e comparar seu desempenho entre dois grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70 anos), com gênero, escolaridade, classe socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos. Metodologia: Estudo transversal controlado, realizado em Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e funcionários de Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de medicação psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da memória implícita foi utilizado Hooper Visual Organization Test (VOT). Resultados: Houve uma diferença significativa (p<0,001) entre os grupos, demonstrando que o grupo 2 apresenta pior desempenho da memória implícita quando comparado ao grupo 1. Conclusão: A avaliação com VOT mostrou que o grupo 1 apresenta um desempenho da memória implícita significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas de ansiedade não interferem em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os gêneros e classe socioeconômica. Descritores: Memória implícita, aprendizagem, envelhecimento, ansiedade, depressão.
Código: 15461 
Título: AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG 
Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Ana Rita Rodrigues Lira; Felipe de Magalhães Leão Luz; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Louise Mendes Trigueiro; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Flávia Lanna de Moraes; F 
Resumo: 
Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) é o declínio de funções cognitivas acima do esperado para a idade, mas que não prejudica a funcionalidade. Esta enfermidade tem sido muito estudada, pois estes pacientes apresentam risco elevado de desenvolver demência. Objetivos: Avaliar presença de CCL e associações com outras patologias em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Dos 131 pacientes, treze (9,9%) apresentavam quadro clínico sugestivo de CCL. Entre os pacientes com CCL, 53,8% apresentaram depressão, mas não houve associação significativa entre estas variáveis (p=0,931, OR: 1,05 – IC95% - 0,33-3,32). Também não houve associação entre CCL e tabagismo (p=0,497, OR:1,54 - IC95% 0,44-5,37), entre CCL e diabetes mellitus tipo 2 (p=0,338, OR:1,79 - IC95% 0,54-5,90), entre CCL e dislipidemia (p=0,098, OR: 2,74 – IC95% 0,80-9,39) ou correlação com sexo do paciente (p=0,112 OR:0,40 - IC95% 0,12-1,28). Quanto à presença de hipertensão arterial, observamos que 92,3% dos idosos com CCL são hipertensos. Todavia não houve significância estatística (p=0,183, OR:4,47 – IC95%0,56-35,74). Com relação aos quadros metabólicos, não constatamos associação com deficiência de vitamina B12 (p=0,21 OR: 0,21 - IC95% 0,03-1,70) e nem com hipotireoidismo (p=0,451, OR: 1,60 IC95% 0,40-6,44). Conclusão: A prevalência de CCL neste estudo foi elevada (9,9%) quando comparado aos dados da literatura (em torno de 5% da população geral. Provavelmente, relacionada às características da população atendida em um centro de atenção secundária em geriatria. Apesar da alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis nestes pacientes, estas patologias não representaram fator de risco para desenvolver CCL na população em estudo.
Código: 15455 
Título: AVALIAÇÃO DO DISTÚRBIO DE DEPRESSÃO MAIOR ENTRE OS IDOSOS ATENDIDOS NO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG 
Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Felipe de Magalhães Leão Luz; Louise Mendes Trigueiro; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Ana Rita Rodrigues Lira; Flávia Lanna de Moraes; Luiz Armando Cunha de Marco; Débora Marques de Mirand 
Resumo: 
Introdução: A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais frequente do idoso, afetando sua funcionalidade e consequentemente sua qualidade de vida. Cursa, na maioria das vezes, com sintomatologia não usual quando comparados aos adultos, predominando os sintomas somáticos como perda ou ganho ponderal, alteração do sono, irritabilidade e lentificação do pensamento. Devido à sintomatologia atípica é frequentemente subdiagnosticada e subtratada. As consequências para os idosos são relevantes: prejuízo cognitivo e funcional, dificuldade maior na recuperação e reabilitação de doenças, risco de quedas e acidentes, além da maior incidência de suicídio entre a população idosa. Objetivos: investigar a prevalência de depressão em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida (PMV), uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Também objetiva estudar as associações com dados demográficos. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Após, foi realizada análise estatística utilizando os programas SPSS 12.0 e EPI- Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. A prevalência de depressão maior, utilizando critérios DSM IV para diagnóstico foi de 51,9%. Não houve associação entre o diagnóstico de depressão maior e o gênero (p=0,993, OR: 1,00 – IC95% 0,46-2,15), idade (p=0,091), tabagismo (p=0,89) e etilismo (p=0,645). Também não observamos associação com histórico de acidente vascular encefálico (p=0,421) ou com diagnóstico de demência (p=0,119, OR: 0,56 – IC95% 0,26-1,17). Conclusão: Observa-se elevada prevalência de depressão entre os idosos atendidos no PMV em Belo Horizonte, contrastando com as taxas citadas pela literatura médica, que varia entre cinco a 18% dos idosos na comunidade, provavelmente por se tratar de um centro de referência em atenção secundária em geriatria. Na amostra avaliada não se observou associação entre depressão e demência ou histórico de acidente vascular encefálico.
Código: 15433 
Título: BILINGUISMO COMO RESERVA COGNITIVA 
Autores: Ana Beatriz Areas da Luz Fontes; Johanna Dagort Billig; Ingrid Finger; 
Resumo: 
Introdução: Estudos têm revelado um efeito positivo do bilinguismo no controle inibitório e têm sugerido que indivíduos que fazem uso contínuo de duas ou mais línguas ao longo da vida demonstram retardo no início das manifestações clínicas de demências. Objetivos: O presente estudo buscou investigar em que medida o bilinguismo, operacionalizado como uso diário de duas línguas no decorrer da vida, contribui para o desenvolvimento de uma reserva cognitiva, através da manutenção da eficiência do controle inibitório no envelhecimento. Método: Participaram do estudo 42 adultos (20 monolíngues, 20 bilíngues) e 49 idosos (23 monolíngues, 26 bilíngues) saudáveis de diferentes níveis de escolaridade. Os critérios de inclusão foram: escore acima do ponto de corte no Mini Exame do Estado Mental (em função do nível de escolaridade) e escore abaixo do ponto de corte na Escala de Depressão Geriátrica. Para avaliar o desempenho dos indivíduos em termos de controle inibitório, analisou- se o tempo de reação e a acurácia dos mesmos na tarefa Simon de Flechas (estímulo não-linguístico) e no teste Stroop (estímulo linguístico). Resultados: A análise do Efeito Simon (tempo de reação na presença do estímulo incongruente – tempo de reação na presença do estímulo congruente) revelou um efeito conjunto de experiência de linguagem e de idade, demonstrando uma diferença entre a magnitude do Efeito Simon entre monolingues e bilíngues adultos, mas não idosos. Além disso, o nível de escolaridade influenciou o tempo de reação dos participantes. Com relação ao desempenho dos participantes no Teste Stroop, apenas um efeito de congruência foi encontrado e revelou que os participantes foram significativamente mais rápidos na presença de estímulos congruentes. Conclusão: Os resultados encontrados não parecem corroborar evidência anterior de que o bilinguismo contribui para manutenção do controle inibitório. Esta divergência entre o resultado encontrado e resultados de pesquisas anteriores pode ser ao menos parcialmente atribuída ao uso mais eficiente de controles no estudo presente.
Código: 15424 
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Moema Santos Souza; Venicius Dantas da Silva; 
Resumo: 
Introdução: A capacidade funcional, quando utilizada como base da avaliação geriátrica, engloba as várias dimensões de saúde que afetam a vida da população idosa. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e condições de saúde em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo transversal de base populacional e domiciliar. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na cidade de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram: auto-percepção de saúde (positiva e negativa); queda nos últimos 12 meses (sim e não); número de doenças crônicas (0, 1 e 2 ou mais); hospitalização nos últimos 12 meses (nenhuma e 1 ou mais); uso de medicamentos (0, 1 e 2 ou mais); sintomas depressivos, avaliado pela GDS-15 (<6 pontos = sem sintomas e ≥6 pontos = com sintomas); estado cognitivo, avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (comprometido e não comprometido); IMC (<22 kg/m² = peso insuficiente, 22 a 27 kg/m² = adequado e >27 kg/m² = sobrepeso). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e as condições de saúde. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência nas AIVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 3,78; IC95% = 1,89- 7,55) e ao uso de 2 ou mais medicamentos (OR = 2,67; IC95% = 1,08-6,59). A dependência nas ABVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 4,05; IC95% = 1,54-10,65), uma ou mais hospitalizações (OR = 3,77; IC95% = 1,39-10,23) e ao IMC (OR = 4,34; IC95% = 1,31-14,48, para baixo peso; OR = 7,19; IC95% = 2,10-24,57, para sobrepeso). Conclusão: Os resultados mostram que comprometimento do estado cognitivo, polifarmácia, hospitalização, baixo peso e sobrepeso são importantes determinantes da capacidade funcional em idosos residentes em comunidade.
Código: 15425 
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Adriano Rodrigues Brandão Correia; Mateus Carmo Santos; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; 
Resumo: 
Introdução: Os fatores comportamentais exercem influência na capacidade funcional do idoso, atuando positivamente quando o indivíduo está sujeito a hábitos de vida saudáveis. Esses fatores podem auxiliar na adaptação desse grupo à incapacidade, que tende a ocorrer concomitantemente a idade. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e fatores comportamentais em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi avaliada através das atividades básicas da vida diária (ABVDs) e das atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes, quando não relatavam necessidade de ajuda para realizar nenhuma atividade, e dependentes, quando relatavam necessidade de ajuda em pelo menos uma das atividades. Uma escala de incapacidade funcional hierárquica foi construída distinguindo três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram os fatores comportamentais: atividade física (<150 min/sem = insuficientemente ativo; ≥150 min/sem = ativo), avaliada pelo IPAQ, versão longa; alcoolismo (bebe ≤1 dia/sem; bebe >1 dia/sem); tabagismo (fumante, ex-fumante e nunca fumou). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e os fatores comportamentais. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. Apenas a atividade física foi associada a capacidade funcional, com os indivíduos insuficientemente ativos sendo mais dependentes (OR = 3,40; IC95% = 1,62-7,14, para ABVDs; OR = 1,91; IC95%=1,09-3,36, para AIVDs). Conclusão: Os resultados apontam a atividade física, dentre os fatores comportamentais, como um forte preditor da capacidade funcional. Observa-se a necessidade do incentivo a prática de atividade física nesse grupo etário, para que haja aumento da qualidade de vida e dos anos vividos sem incapacidade.
Código: 15426 
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Raiana Souza Ferreira; Adriano Rodrigues Brandão Correia; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; 
Resumo: 
Introdução: A avaliação da capacidade funcional deve abranger os aspectos da interação entre o indivíduo e os fatores contextuais. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e fatores sócio-demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. O município estudado possui baixos indicadores sócio-demográficos e educacionais. A capacidade funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram as características sócio-demográficas: sexo; grupos etários (60-69, 70-79 e ≥80 anos); raça/cor auto referida (branco e não branco); sabe ler e escrever um recado (sim e não); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial múltipla, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência nas AIVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 4,46; IC95% = 2,13-9,36), raça/cor não branca (OR = 2,32; IC95% = 1,12-4,80) e não saber ler ou escrever (OR = 3,51; IC95% = 1,90-6,47). A dependência nas ABVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 6,43; IC95% = 2,49-16,58) e não participação em atividades religiosas (OR = 8,57; IC95% = 2,42-30,30). Conclusão: O declínio na capacidade funcional está associado ao aumento na idade, não participação em atividades religiosas, raça não branca e não saber ler ou escrever. Sugere-se priorizar esses grupos mais vulneráveis em ações com foco na saúde funcional.
Código: 15439 
Título: CUIDADORES SIGNIFICANTES :ATENÇÃO DIFERENCIADA A POSSÍVEL SOBRECARGA FÍSICA E EMOCIONAL 
Autores: Daniela Tonús; KAREN SEEGER; VANESSA MEDEIROS PINTO; 
Resumo: 
Introdução: A hospitalização é uma circunstância de grande desamparo para o paciente e seus familiares, onde muitas vezes não existem orientações claras que possam direcioná-los e auxiliá-los quanto à rotina e suas modificações em virtude desse evento. Assim, pode causar sobrecarga, não só ao paciente que está acometido de cuidados, mas também para seu cuidador. A qualidade de vida dos cuidadores merece uma atenção especial por parte dos profissionais da saúde, visto que, estes por vezes adoecem em função dos fatores estressores causados pela situação a qual estão expostos. Objetivo: analisar se existe sobrecarga física e emocional em cuidadores significantes de pacientes neurológicos. Além disso, investigar quais os fatores que levam a esta sobrecarga e verificar o momento de maior angustia e fragilidade. Metodologia: Este trabalho é caracterizado por uma pesquisa qualitativa, com abordagem em grupo focal, podendo dessa forma basear-se na tendência humana de formar opiniões e atitudes na interação com os outros indivíduos. A pesquisa foi realizada em um hospital geral na cidade de Santa Maria-RS durante o primeiro semestre de 2011. Os sujeitos da pesquisa foram cuidadores de pacientes neurológicos hospitalizados e utilizou um roteiro temático composto por quatro questões norteadoras. Resultados e conclusão: Os resultados comprovam que os cuidadores significantes sofrem de sobrecarga física assim como emocional, necessitando, portanto de atenção e cuidado por parte dos profissionais da saúde, inclusive dos terapeutas ocupacionais. Este artigo aponta que, os cuidadores de pacientes neurológicos apresentam sobrecarga emocional mais exacerbada que a sobrecarga física, comprometendo sua vida e suas rotinas diárias. Percebe-se o quanto à hospitalização causa estresse, angustia, e cansaço físico, emocional aos cuidadores, sendo possível detectar que, esse processo de hospitalização desde o inicio acarreta em prejuízos para todas as pessoas envolvidas. Durante a análise, foi possível observar que o fator gerador de maior desgaste durante o período de hospitalização além do emocional se caracteriza pelo tempo que estes cuidadores estão acompanhando os doentes, assim como a patologia do qual foram acometidos. Ainda, percebeu-se que, durante a internação os cuidadores sofrem maior desgaste justamente por ser um momento em que estes afastam-se da sua rotina e também pelas inquietações que essa situação provoca.
Código: 15377 
Título: DEMENCIA EM IDOSOS 
Autores: Karen Dal Lago Miotto; Silvana de Moura; Daiana Netto Paz; 
Resumo: 
Introdução: a velhice é um período normal, caracterizado por mudanças físicas, mentais e psicológicas. A demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível, na qual funções anteriormente adquiridas são gradualmente perdidas. Acomete em 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta progressivamente com o aumento da idade. Objetivo: descrever principais características da demência em idosos. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: demência é uma patologia significativa em pacientes idosos. Os sintomas incluem alterações na memória, linguagem e orientação; perturbações comportamentais como agitação, inquietação, raiva, violência, gritos, desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações. Dentre os fatores de risco estão: idade avançada, história familiar de demência e sexo feminino. Entre as causas estão: tumores cerebrais, uso de medicamentos e álcool, doenças pulmonares, infecções e doenças inflamatórias. Doenças degenerativas do sistema nervoso central são as principais causas na maioria desses pacientes. A demência do tipo Alzheimer é o subtipo mais comum presente em 50 a 60% dos pacientes com demência. Neste a memória é a função mais afetada e a pessoa mostra incapacidade para aprender e elaborar novas informações. Conclusão: pacientes idosos devem ser, regularmente, acompanhados pelo seu médico, esse deve ter cuidadosa avaliação e fornecer orientações precisas a esses pacientes. Dessa forma muitos transtornos mentais podem ser evitados ou controlados.
Código: 15379 
Título: DEMENCIA VASCULAR EM IDOSOS 
Autores: Karen Dal Lago Miotto; Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; 
Resumo: 
Introdução: a demência do tipo vascular é o segundo tipo mais comum de demência, apresenta caracteristicas clinicas semelhante a demência tipo Alzheimer mas com um início mais abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Sua frequência é diretamente relacionada com a idade, estando em 30% dos idosos acima de 85 anos. Objetivo: descrever manifestações clínicas e fatores relacionados com demência tipo vascular. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete melito (DM), tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca, aterosclerose, dislipidemia, obesidade, sexo masculino, raça negra e baixo nível socioeconômico, são fatores de risco para desenvolver demência vascular. Seu diagnóstico é realizado através de anamnese e exame físico com escalas especificas (por ex: escala de hachinski) e exames de imagem. O quadro clínico é caracterizado com início abrupto relacionado, muitas vezes, a um acidente vascular cerebral ou a um ataque isquêmico transitório, podendo haver estabilidade, melhora ou piora progressivas. A HAS é considerada por diversos estudos o fator de risco de maior importância. Autores afirmam que 20% dos pacientes não apresentam alterações em exames neurológicos. Seu tratamento consiste em terapia cognitiva comportamental e medicações inibidoras da colinesterase. Estudos viram que a associação com antidepressivos em longo prazo em pacientes sem história de depressão, diminui as taxas de demência e minimiza as perdas cognitivas. Já antidepressivos, a curto prazo, geram mais prejuízos as funções cognitivas em pessoas com demências. Conclusão: A demência vascular é considerada uma doença secundária a acometimento cerebrovascular, dessa forma é passível de prevenção primária e secundária. O diagnóstico precoce e a identificação dos principais fatores de risco permitem a elaboração de estratégias preventivas, que podem retardar ou melhorar a evolução do paciente.
Código: 15513 
Título: DEMÊNCIA EM INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS 
Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; Márcio Galvão Oliveira; 
Resumo: 
Introdução: A demência é o preditor mais importante de institucionalização e, reciprocamente, a prevalência de demência é maior entre os idosos institucionalizados. Objetivos: Avaliar a prevalência de demência em indivíduos de uma instituição de longa permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP que foram submetidos a anamnese, exame clínico geral, exame neurológico, Diagnostic and Statistical Mannual Disorders (DSM-IV), Clinical Dementia Rating (CDR) e Atividades Básicas de Vida Diária (AVDs) de Katz. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos e 50% eram solteiros. Em relação à escolaridade, 65% eram analfabetos. A prevalência de demência nesses indivíduos foi de 63,6%, sendo que 57% tinham CDR=2 e 14% CDR=3. Nenhum destes indivíduos tinham diagnóstico prévio e nem recebiam medicamentos para demência. 46% eram independentes para as AVDs. Conclusão: Embora demência e institucionalização tenham uma forte associação recíproca, a demência mantém-se subdiagnosticada e subtratada nos indivíduos institucionalizados analisados, compromentendo sua funcionalidade e qualidade de vida.
Código: 15540 
Título: DEMÊNCIA SECUNDÁRIA AO USO DE DIAZEPAM E SEU MANEJO AMBULATORIAL: 
Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Renato Gorga Bandeira de Mello; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: O uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos associa-se a efeitos adversos e interações potencialmente perigosas. Alterações fisiológicas, reações atípicas a fármacos, polifarmácia e esquemas terapêuticos inadequados estão associados a esses problemas. OBJETIVO: descrever caso clínico de alteração cognitiva associada ao uso de Diazepam em paciente acompanhado em um serviço de geriatria. RELATO DE CASO: paciente masculino, 69 anos, encaminhado para avaliação cognitiva ao ambulatório de Geriatria da PUCRS, Porto Alegre. Familiar relatava esquecimento progressivo há um ano e funcionalidade preservada. História de depressão há 30 anos, em tratamento com Diazepam 10mg e Fluoxetina 20mg há 3 anos. Escalas na 1ª consulta: AVD 6/6 ,AIVD 7/8, MEEM: 25/30, GDS: 7/15. Solicitados exames laboratoriais para investigação, mas nenhum apontou alterações. Orientado suspensão gradativa do Diazepam. Após 10 meses, familiar refere piora do quadro cognitivo. Apresentava-se desorientado, com alterações comportamentais, linguagem comprometida e perda de funcionalidade. Escalas: MEEM: 17/30, AVD: 4/6, AIVD: 3/8, GDS: não aplicável. Permanecia em uso de Diazepam. Foi sugerido novamente suspensão do mesmo. Um mês após suspensão, obteve significativa melhora dos sintomas comportamentais e cognitivos. Escalas: AVD: 6/6, AIVD: 7/8, MEEM 27/30, GDS: 0/15. DISCUSSÃO: O Diazepam é um fármaco benzodiazepínico considerado potencialmente inapropriado em idosos por sua meia-vida longa (até 90 horas) e importantes efeitos adversos como alterações cognitivas, risco de quedas e depressão. Tais alterações estão associadas a morbidades e diminuição da qualidade de vida. CONCLUSÃO: Na avaliação do paciente idoso, um novo sintoma deve sempre ser atribuído a efeito adverso até se prove ao contrário. Em vista disso, é necessária cautela ao prescrever um novo medicamento, sendo essencial que o médico leve em consideração o risco-benefício e transmita essa informação ao paciente. Cabe ao médico também a revisão freqüente dos medicamentos e da resposta terapêutica, a descontinuação de terapias desnecessárias, a redução da dose quando possível e a substituição por alternativas mais seguras para que se possa reduzir a morbidade desses pacientes. Deve-se prestar especial atenção à prescrição de fármacos com ação sedativa e com efeitos anticolinérgicos.
Código: 15508 
Título: DEPRESSÃO: IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS E USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM IDOSOS DE UMA INSTUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA 
Autores: Mariana Ferreira Borges Estrela; Letícia Farias Gerlack; Ângelo José Gonçalves Bós; 
Resumo: 
Introdução: Fatores verificados em residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) como isolamento, ociosidade, acomodação e perda de aptidões físicas e sociais geram uma maior probabilidade de desenvolvimento de doenças como a depressão. Um aspecto relevante é a subdiagnosticação devido a dificuldade de percepção dos sintomas, uma vez que alguns deles podem ser cofundidos com mudanças advindas do próprio envelhecer. A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é um instrumento de rastreio utilizado por pesquisadores e clínicos, na identificação de sintomas depressivos ou vulnerabilidade à depressão no idoso. Objetivos: Identificar a prevalência de sintomas depressivos de moradores de uma ILPI utilizando o GDS, assim como o uso de psicotrópicos e diagnósticos de depressão. Métodos: Foi realizada uma entrevista, com 39 idosos, residentes de ILPI de Porto Alegre, no período de abril a junho de 2011. Dados de medicamentos utilizados e doenças foram acessados através dos respectivos prontuários. Para análise do GDS, foi utilizado o ponto de corte >4, em que as pontuações de 0 a 4 corresponde a ausência de depressão, 5-10 provável depressão leve a moderada e >10 provável depressão grave. Resultados: Dos idosos entrevistados, 61,5% eram mulheres, com idade média de 81,5 anos. 20,5% possuem diagnóstico de depressão e destes todos fazem uso de psicotrópicos. De acordo com os resultados do GDS, 38,5% dos idosos obtiveram a pontuação entre 5-10 e 7,7% a pontuação >10, destes 30,8% fazem uso de psicotrópicos. Entre os idosos que possuem diagnóstico de depressão, 37,5% obtiveram a pontuação entre 5-10 e 12,5% a pontuação >10. Dos pacientes com GDS >10, todos fazem uso de antidepressivo, mas somente 33,3% (1) possuem diagnóstico de depressão. Conclusão: Observou-se que todos os residentes com diagnóstico e a maioria com sintomas de provável depressão estavam fazendo uso de algum antidepressivo. Isto representa uma elevada proporção de idosos com acesso ao tratamento na ILPI, por outro lado não há associação de psicoterapia, tampouco avaliação da qualidade do uso dos fármacos. Interessante observar que entre os idosos identificados com GDS>10, todos utilizavam antidepressivos, porém, somente 1 caso apresentava diagnóstico médico. Esses dados reforçam a importância do trabalho multidisciplinar, entre médico, psicólogo e farmacêutico, otimizando o diagnóstico e o tratamento da doença, bem como avaliando aspectos relacionados ao uso de antidepressivos.
Código: 15514 
Título: DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS NO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL 
Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; 
Resumo: 
Introdução: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é a escala mais utilizada para rastreamento do comprometimento cognitivo. Compõem o MEEM questões que se correlacionam em cinco dimensões, quais sejam: concentração, linguagem/práxis, orientação, memória e atenção, com um escore máximo de 30 pontos. Objetivo: Avaliar o desempenho no MEEM de indivíduos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP avaliando o seu desempenho no MEEM de Folstein, seguindo as sugestões para sua utilização no Brasil de Brucki. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados por estatística descritiva e distribuição de frequência no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos. Em relação à escolaridade, 65% eram analfabetos, 7% tinham menos de 1 ano e 15% entre 1 e 4 anos. O tempo de institucionalização variou de 6 meses a 20 anos, com média de 8 anos. Não foi possível realizar o MEEM em 01 indivíduo devido a quadro de Delirium. Apenas 11,5% dos residentes tiveram desempenho no MEEM esperado de acordo com sua escolaridade. A mediana do escore do MEEM entre os participantes do estudo foi igual a 13,5. 28% tiveram valores abaixo de 10 pontos. Dentre as dimensões do MEEM analisadas, destacam-se o baixo desempenho quanto a orientação, apenas 19% estavam completamente orientados quanto ao tempo e 27% quanto ao espaço. Conclusão: Os indivíduos institucionalizados avaliados apresentaram baixo desempenho no MEEM. Este fato pode ser atribuído a um associação de vários fatores, como baixa escolaridade, idade avançada, alta prevalência de declínio cognitivo, ausência de atividades ocupacionais, tempo de institucionalização e isolamento social.
Código: 15436 
Título: DETERMINANTES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; 
Resumo: 
Introdução: Problemas de saúde mental, condições físicas e situação sócio-econômica estão intrinsecamente ligadas. Alguns fatores socioeconômicos propiciam a incidência e prevalência de depressão, a qual acarreta angústia psicológica e prejuízo funcional. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e fatores sócio- demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). As variáveis independentes foram: características sócio-demográficas: sexo, grupo etário (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos), raça/cor (branca e não branca), saber ler e escrever um recado (sim e não), renda familiar per capita (1º tercil, 2º tercil e 3º tercil), estado civil (com união e sem união), participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi realizada a técnica de regressão logística multinomial. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). Sintomas depressivos foi presente em 20% dos idosos e estavam associados a raça/cor, sexo e estado civil. Idosos do sexo feminino (OR = 1,09; IC95% = 1,01-1,18), não- brancos (OR = 1,10; IC95% = 1,02-1,19) e que não possuem companheiro (a) (OR = 1,14; IC95% = 1,05-1,23;) apresentaram maior probabilidade de ter sintomas depressivos. Conclusão: O estudo aponta que sexo, raça/cor e estado civil são importantes preditores de sintomas depressivos. Desse modo, os grupos mais vulneráveis [mulheres, não brancos e sem companheiro(a)] devem ser priorizados em estratégias que visem prevenir a depressão em idosos.
Código: 15442 
Título: DIREITO A SAUDE NA VELHICE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICIPIO DE SÃO DOMINGOS DO SUL 
Autores: Rosane Lorenzeti; Janaina Rigo Santin; Marilene Rodrigues Portella; 
Resumo: 
O envelhecimento crescente da população brasileira se traduz em preocupações de ordem econômica, social e educacional, entre outras. A longevidade emerge num cenário de profunda desigualdade social, violação dos direitos humanos, desemprego, falência dos sistemas de saúde e de educação. Partindo do pressuposto de que os direitos dos idosos nem sempre são respeitados, este estudo objetivou avaliar como se dá a aplicabilidade do direito dos idosos na atenção básica de saúde, bem como elucidar o impacto da legislação vigente na efetivação dos direitos a saúde no município de São Domingos do Sul-RS. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa, proposto por Yin (2005). Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas para a abordagem aos idosos, seus familiares, profissionais de saúde e elementos- chave, ainda utilizou-se a análise documental e técnica da discussão grupal, com vistas a subsidiar propostas para ações e projetos relacionados à saúde do idoso. Os dados apontam que a aplicabilidade dos direitos dos idosos no município estudado se efetiva por meio dos seguintes instrumentos: Política Municipal de Saúde com o plano Municipal de Saúde, Conferências Municipais de Saúde, Assistência a Saúde e Conselho municipal de Saúde; de Assistência Social com a Política Municipal de Assistência Social, Conferências Municipais de Assistência Social e Conselho Municipal de Assistência Social e do Idoso com a Política Municipal do Idoso e Conferência Municipal do Idoso. Verificando acerca de sua efetividade e importância junto à referida parcela da polução traz o entendimento de que a problemática acerca dos direitos do idoso na gestão básica de saúde apresenta em alguns aspectos um hiato entre a previsão legal e a efetividade dos referidos direitos. Outros aspectos, tais como garantias sociais, que correspondem como determinantes do envelhecimento ativo preconizado pela Organização Mundial da Saúde encontra-se em plena execução sob a forma de programas e ações; no que confere a participação e o controle social, os dados acusam que este exercício vem ocorrendo de forma organizada com a participação expressiva dos idosos, todavia, os dados revelam que muitos idosos não têm conhecimento pleno de seus direitos, o que denota a necessidade do uso de estratégias educativas apropriadas ao idoso. A educação para o exercício dos direitos deve ser vista como um compromisso emergente para o segmento longevo.
Código: 15511 
Título: DISFAGIA OROFARÍNGEA EM PACIENTES COM MIASTENIA GRAVIS 
Autores: KARINE DA ROSA PEREIRA; ALINE JULIANE ROMANN; 
Resumo: 
A Miastenia Gravis (MG) é uma desordem autoimune da junção neuromuscular causada pela falha na transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos. Tal doença caracteriza-se por fadiga e fraqueza muscular oscilante e associação com outras doenças autoimunes. A prevalência da MG é estimada de 5 a 15/100.000 casos e a incidência de 1/100.000 casos na população geral. Em termos de idade, a maior incidência da doença é nos homens de 50 a 60 anos e nas mulheres de 20 a 30 anos. A disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição que ocorre na passagem do bolo alimentar da boca até o estômago, dificultando a ingesta segura, confortável e eficiente do alimento, podendo levar à broncoespasmo, obstrução das vias aéreas, desnutrição, desidratação, aspiração pulmonar com consequências, pneumonia e morte. Entre os portadores, a disfagia acomete em torno de 15% a 40% e em uma faixa de 6% a 15%, a disfagia se apresenta como primeiro sintoma da doença. Nos pacientes com MG leve à moderada, a aspiração ocorre em 35% e a principal dificuldade é comumente elocalizada na fase faríngea da deglutição. A disfagia pode ser o principal agente desencadeante de uma crise miastênica em mais de 50% dos pacientes. Aspiração silenciosa, definida pela entrada do alimento na traquéia sem presença de tosse, ocorre em crise miastênica e pode levar à pneumonia. A disfagia nessa doença continua a ser uma fonte significativa de morbidade e mortalidade. Desta maneira, identificar a disfunção faríngea é fundamental na prevenção da aspiração e de pneumonia subsequentes, tornando importante detectá-la, para que co-morbidades como desnutrição, desidratação e pneumonias aspirativas sejam evitadas.
Código: 15466 
Título: ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE 
Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Moema Santos Souza; João de Souza Leal Neto; 
Resumo: 
Introdução: Com o envelhecimento são verificadas alterações no estado nutricional dos indivíduos que podem ter influência dos fatores sócio-demográficos. Objetivo: Verificar a associação entre fatores sócio-demográficos e o estado nutricional de idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com delineamento transversal, de base populacional e comunitária. A população foi composta por idosos (≥60 anos) de ambos os sexos, não institucionalizados e residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A coleta dos dados foi realizada no domicilio de cada idoso no mês de janeiro de 2011. O estado nutricional foi avaliado através do índice de massa corporal (IMC) utilizando-se a seguinte classificação: baixo peso (<23 kg/m2), peso normal (23≤IMC≤28 kg/m2) e obesidade (≥28 kg/m2). Entre os fatores sociodemográficos foram utilizados: sexo; faixa etária (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos); raça/cor (branca e não branca); saber ler e escrever um recado (sim e não); renda familiar per capita (em tercil: ≤ R$255, ≤ R$510 e > R$510); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e não). A análise dos dados foi realizada através do teste Qui-quadrado, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu em 316 idosos, sendo 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de baixo peso, peso normal e obesidade foram 40,7%, 43,7% e 15,7%, respectivamente. Houve associação entre o baixo peso e a faixa etária ≥ 80 anos (p=0,04), entre sobrepeso e o sexo feminino (p=0,08), sobrepeso e união estável (p=0,000). Conclusão: Os resultados mostraram que existe associação entre o comprometimento do EN e fatores sócio- demográficos. De modo que no processo de avaliação nutricional de idosos devem-se considerar possíveis alterações decorrentes dos fatores sócio-demográficos.
Código: 15497 
Título: ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO EMOCIONAL: RELAÇÕES COM MEDIDAS AFETIVAS ENTRE IDOSOS 
Autores: Samila Sathler Tavares Batistoni; Tiago Nascimento Ordonez; Thais Bento Lima da Silva; Prisicilla Pascarelli Pedrico Nascimento; Meire Cachioni; 
Resumo: 
Mudanças desenvolvimentais no âmbito das habilidades e estratégias de regulação emocional tem sido observadas entre idosos enquanto recurso adaptativo frente às mudanças no processo de envelhecimento. Uma vez que diferentes estratégias de regulação emocional geram variabilidade em medidas de adaptação, bem-estar e saúde torna-se relevante investigar o uso sistemático de diferentes estratégias de regulação emocional em idosos e suas relações com indicadores de funcionamento afetivo. Objetivos: Baseando-se nesse contexto visou-se identificar relações entre as estratégias de regulação emocional (reavaliação cognitiva e supressão emocional) e medidas de experiência afetiva, satisfação com a vida e depressão entre idosos. Método: Cento e cinqüenta e três idosos (M= 66,8 anos; DP=5.20, 71,2% feminino) de uma Universidade Aberta à Terceira Idade responderam ao Questionário de Regulação Emocional, ao Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e à escala de depressão GDS. Resultados: Os idosos pontuaram mais alto nas estratégias de regulação emocional do tipo Reavaliação Cognitiva (M=5,53; DP=0.89) do que nas do tipo Supressão Emocional (M=4.40; 1.36). Análises de correlação indicaram relações positivas de Reavaliação cognitiva com satisfação com a vida e afetos positivos (r=0,37; r=0,25) e relações negativas com depressão e afetos negativos (r= -0,22; r=-0,34). Discussão: Os dados corroboram a concepção de que o maior uso da Reavaliação Cognitiva se relaciona com melhor saúde emocional e possa assim ser considerado, por exemplo, um fator protetor contra sintomas depressivos na velhice. Por outro lado, as relações de Supresão Emocional com indicadores afetivos entre idosos não se comportaram como nos estudos com amostras mais jovens. Conclusões: O construto de Regulação Emocional não se trata de um traço psicológico imutável, mas sensível ao processo de desenvolvimento e envelhecimento. Consistente com as teorias atuais sobre o envelhecimento emocional, os idosos relataram uma vida emocional predominantemente positiva e a capacidade preservada de regular as emoções de forma adaptativa. Palavras-chave: Regulação emocional, satisfação com a vida, depressão.
Código: 15457 
Título: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE E DEMÊNCIA EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BH-MG 
Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Louise Mendes Trigueiro; Felipe de Magalhães Leão Luz; Ana Rita Rodrigues; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Flávia Lanna de Moraes; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Leandr 
Resumo: 
Introdução: Com o envelhecimento populacional tem-se observado o aumento de condições que implicam no comprometimento da independência e da autonomia do idoso. Dentre estas condições, podemos citar o comprometimento cognitivo leve (CCL), definido pela presença de declínio cognitivo mais acentuado do que o esperado para idade e nível educacional, mas insuficiente para limitar a execução das atividades de vida diária (AVD). É uma entidade de difícil diagnóstico, pois tanto o paciente quanto à família deixam de valorizar os sintomas, retardando a visita ao médico e determinando diagnósticos tardios. A depressão, distúrbio também frequente entre os idosos, é comumente subdiagnosticada devido à sintomatologia atípica. Objetivos: Avaliar a prevalência de comprometimentos nas atividades de vida diária, de CCL, de transtorno depressivo maior e de demência e sua etiologia e gravidade em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-parceria entre a SES-MG, a Secretaria Municipal de Saúde de BH e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados pelo Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Observou-se acometimento de AVD’s instrumentais em 55% dos pacientes e de AVD’s básicas em 16%. O diagnóstico de CCL foi observado em 9,9% dos idosos, enquanto o de depressão em 51,9%. Demência foi detectada em 32,8% dos pacientes, sendo a de Alzheimer (DA) a mais prevalente (51,2%), seguida pela demência mista (25,6%) e a vascular (9,5%). Na análise da gravidade da demência pelo CDR, observamos que 42,1% dos pacientes portadores de demência encontravam-se em CDR 3 , 39,5% em CDR 1 e, 18,4%.em CDR 2. Conclusão: Uma parcela significativa dos pacientes apresentava prejuízo nas AVDs. Destaca-se a alta prevalência de depressão na população estudada, acima do observado em inquéritos epidemiológicos. Demência figurou entre as principais causas deste comprometimento. Concordante com os dados existentes na literatura, DA foi a principal causa de demência seguida pela demência mista. No momento do diagnóstico, muitos desses idosos já estão em fase avançada de demência.
Código: 15319 
Título: FUNÇÃO EXECUTIVA E MEMÓRIA CONTEXTUAL INCIDENTAL EM PACIENTES DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de Almeida Fleck; Irani Argimoni; Elke Bromberg; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: Alguns estudos tem sugerido uma relação entre depressão, déficits cognitivos e demência em fases mais tardias da vida. Como as alterações cognitivas relacionadas à depressão já estão presentes em pacientes jovens, torna-se importante avaliar se os déficits dos mesmos podem ser revertidos com estratégias de reabilitação cognitiva, de forma a estabelecer programas preventivos de disfunções adicionais. OBJETIVOS: Analisar a função executiva e a memória contextual de pacientes depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS: Participantes: 17 indivíduos com depressão maior unipolar (idade: 32,52 ± 1,83 anos; 14 mulheres e 3 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional (MINI) e 22 controles (idade: 29,77 ± 1,00 anos; 19 mulheres e 3 homens; BDI: 4,45 ± 0,67) pareados quanto a escolaridade. Critérios de exclusão: escore no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) compatível com demência; déficit sensorial; alteração neurológica ou medicação que comprometesse a atividade do SNC. Os voluntários foram submetidos ao Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST) para avaliar a função executiva e a tarefa de memória contextual incidental para reconhecimento de objeto e contexto. Essa última foi apresentada em duas versões: uma com estratégia facilitadora, que fornecia uma instrução direta para o estabelecimento do vínculo entre objeto e ambiente, e outra sem estratégia facilitadora, que não fornecia pista. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste post-hoc de Tukey. O nível de significância foi p<0.05. RESULTADOS: Os depressivos obtiveram performance mais baixa no WCST para categorias completadas (p=0.001). Na tarefa de memória, não houve diferença significativa entre os grupos para reconhecimento do objeto. No entanto, os pacientes apresentaram um desempenho mais baixo que os controles no reconhecimento do contexto (p=0.000), quando a tarefa de reconhecimento foi realizada sem estratégia facilitadora. Porém, a introdução da estratégia facilitadora reverteu este quadro, equiparando o desempenho de depressivos e controles (p=0.55). CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a depressão pode afetar tanto a função executiva quanto a memória contextual. Adicionalmente, observa-se que os déficits de memória contextual podem ser revertidos pelo uso de estratégias de codificação, indicando que a reserva cognitiva destes pacientes pode ser utilizada em programas de reabilitação cognitiva.
Código: 15431 
Título: GINÁSTICA ORIENTADA: EXPERIÊNCIA DE FORTALECIMENTO DA PROMOÇÃO DE SAÚDE E ENVELHECIMENTO NA SAÚDE DA FAMÍLIA- UBERABA/MG 
Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Cristiane Alves Martins; Sheilla Tribbess; Jair Sindra Virtuoso Junior; 
Resumo: 
Introdução: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. A Estratégia Saúde da Família (ESF) apresenta-se no cenário nacional como uma ferramenta de ação diante desta realidade, pois fortalece os princípios e diretrizes do SUS, através de proposições de práticas inovadoras na Atenção Básica, que realmente privilegiem a resolutividade desse nível de atenção. Na atenção básica, a atividade física é considerada como comportamentos determinantes de saúde e juntamente com uma equipe multiprofissional pode contribuir para as necessidades em saúde das comunidades assistidas, em especial aos idosos. Objetivo: Engajamento de pessoas idosas a práticas de atividades físicas orientada, em praças ou espaços comunitários do município, com apoio dos profissionais da ESF. Método: O apoio intersetorial (secretarias municipais de saúde, Educação e Esportes) possibilita que um grupo de profissionais (Educação Física, Enfermagem e Psicologia) atue no Programa de Ginástica Orientada. A freqüência das atividades é de duas vezes por semana com duração de 60 minutos. A dinâmica das atividades inicia-se com a aferição pressórica dos fatores hemodinâmicos, em seguida as atividades de aquecimento, exercícios aeróbios e de resistência, ao final da seção o encerramento com ação lúdica e reflexão sobre um pensamento, leitura ou a abordagem de algum tema específico de autocuidado e estilo de vida. Resultados: Atualmente, o Programa é constituído por 15 grupos, contando com a participação de aproximadamente 1200 pessoas/semana. O Programa demonstrou-se efetivo para alcance de indicadores da gestão em saúde, sendo uma alternativa de oferecimento de práticas de atividades físicas as pessoas idosas. Considerações: O Programa Ginástica Orientada é consonante as diretrizes da Política Nacional de Promoção à Saúde; seu alicerce é a intersetorialidade para a implementação de cuidado na saúde do idoso, através da atividade física orientada, adota práticas horizontais de gestão para sua efetivação, busca fortalecer a participação social e visa o envelhecimento ativo e saudável dos participantes.
Código: 15551 
Título: HALLUCINATION IN A FRONTOTEMPORAL DEMENTIA CASE 
Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta; 
Resumo: 
Introduction: Frontotemporal dementia (FTD) is associated with marked behavior changes, but hallucinations and delusions are rare. Although most patients with FTD present with socially inappropriate behaviour, compulsive-like acts, poor insight and disinhibition, the presence of psychiatric features including delusions, hallucinations, and paranoia can lead to a misclassification of FTD as psychiatric disorder. In the absence of cognitive deficits non-experts fail to recognize these social changes as dementia symptoms. Objective: To report a case of FTD with early and persistent delusions, in the context of a paraphrenic syndrome. Case Report: An 70 years- old male, was first referred to the dementia outpatient division, at Hospital das Clínicas of Federal University of Goiás in March 2007. The patient’s wife (main caregiver) reported that he presented persecutory delusions and auditory hallucinations since 2005. The caregiver reported that the patient begins to read the bible and hear voices. The voices say that will kill him. According her, the patient is not aggressive and do not see people (without visual hallucinations). His speech is meaningless and he repeats the same phrases many times. At using Depakene 250 mg 2x/day. In this first consultation were raised hypotheses of depression, hypothyroidism and paraphrenia (schizophrenia late). The patient was diagnosed with frontotemporal dementia after the completion of imaging. Conclusion: Delusions and hallucinations can occur in frontotemporal pathology without motor neuron disease. Psychotic symptoms are rare in FTD, possibly due to limited temporal-limbic involvement in this disorder, but our case has no exuberant limbic pathology in contrast to his important frontomesial atrophy.
Código: 15498 
Título: HIPERTENSÃO E COGNIÇÃO, RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, NÍVEIS PRESSÓRICOS, USO DE MEDICAMENTOS ANTI- HIPERTENSIVOS E DESEMPENHO COGNITIVO. 
Autores: Mônica Sanches Yassuda; Ruth Caldeira Melo; Thais Bento Lima da Silva; Tiago Nascimento Ordonez; Priscilla Tiemi Kissaki; Meire Cachioni; 
Resumo: 
Introdução e Objetivos: Estudos têm documentado desempenho mais baixo em testes cognitivos entre idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica quando comparados a idosos normotensos. Entretanto, o uso dos medicamentos anti- hipertensivos e mudanças no estilo de vida podem atenuar a associação entre hipertensão e declínio cognitivo. O presente estudo teve como objetivo comparar o desempenho cognitivo de idosos normotensos e hipertensos, tanto com níveis pressóricos controlados como níveis pressóricos não-controlados. Além disso, foi investigada a relação entre variáveis sociodemográficas, níveis pressóricos, utilização de medicamentos anti-hipertensivos e desempenho cognitivo. Métodos: Participaram do estudo 215 idosos, de ambos os sexos, com 60 anos ou mais, alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade na Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH USP Leste). Os voluntários foram classificados em normotensos (NT, n=64), hipertensos com pressão arterial (PA) controlada (HTPAC, n=48) e Hipertensos com PA não-controlada (HTPANC, n=103), segundo autorelato e medida da PA. O protocolo incluiu variáveis sociodemográficas e clínicas, como questões sobre uso de medicação anti-hipertensiva, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), medidas da pressão arterial, Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), teste de fluência verbal categoria animais, e Teste Cognitivo Breve. Resultados: Os grupos apresentaram semelhanças quanto ao perfil sociodemográfico. Os níveis de PA sistólica e diastólica foram estatisticamente maiores no grupo HTPANC comparado aos outros grupos estudados. O HTPAC fazia maior uso de medicamentos anti-hipertensivos em comparação com o HTPANC. Além disso, foi observado melhor desempenho no MEEM para o grupo HTPAC comparativamente aos demais grupos. As variáveis cognitivas foram influenciadas por escolaridade, renda, uso de medicação anti-hipertensiva (betabloqueadores e antagonistas do canal de cálcio). O desempenho no MEEM foi também influenciado pelos níveis de PA sistólica. Conclusões: Os resultados sugerem que, em idosos, o desempenho cognitivo pode sofrer influência conjunta das variáveis sociodemográficas, dos níveis pressóricos e do uso de medicação hipertensiva.
Código: 15547 
Título: IDOSOS E AS LESÕES AUTO PROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE, UM RETRATO DOS REGISTROS NO BRASIL. 
Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Sula Paiva Fagundes; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO:Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano são registrados cerca de um milhão de suicídios no mundo. Considerando que a população acima de 80 anos é a que mais cresce no Brasil, é importante uma atenção diferenciada para os aspectos sociais e de saúde. O aumento das taxas de suicídio entre idosos sugere uma relação da progressão etária com processos biológicos/psicológicos favorecendo a decisão do indivíduo idoso de se autodestruir. OBJETIVO:O objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva epidemiológica dos óbitos registrados entre 1999 e 2009 no Brasil, em pessoas com 60 anos ou mais, tendo como causa o CID-BR-10: 109 Lesões auto provocadas voluntariamente.MÉTODO:Análise de dados coletados referentes à taxa de suicídio a partir do Datasus, com o auxílio de literatura científica. RESULTADO: Analisando-se os óbitos por suicídio, em relação ao total da população, verificou-se que entre o ano de 1999 e 2009 a taxa média de ocorrências de mortes, para as faixas etárias estudadas manteve-se estável, exceto a faixa de 80 anos ou mais que apresentou declínio. Os registros, porém mostraram que a proporção de óbitos causados por suicídio é maior em pessoas com 80 anos ou mais, sendo em média 15 vezes maior que nas demais faixas etárias, reduzindo, entre os anos de 2007 e 2009, para 13 vezes. Em todas as faixas etárias o ano de 2005 apresentou a maior incidência de óbitos registrados por suicídio. A menor incidência de óbitos por suicídio ocorreu no ano 2000, para a faixa etária de 70 aos 79 anos, sendo esta a faixa etária que apresentou menor índice em todos os anos pesquisados.No período estudado, o pico das ocorrências de suicídios deu-se no ano de 2005, decaindo nos seguintes.CONCLUSÃO:O ato de suicídio apresentou maior incidência com o avanço da idade, e principalmente em idosos muito idosos.Considerando o aumento progressivo da expectativa de vida, faz-se essencial um olhar para os idosos e sua relação com a vida, identificando os principais motivos que conduzem ao ato de suicídio a fim de que sejam desenvolvidas estratégias para minimizar tal impacto.
Código: 15370 
Título: IDOSOS QUE COMETEM SUICÍDIO: REVISÃO DA LITERATURA 
Autores: Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; Karen Dal Lago Miotto; 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: O suicídio realizado pelos idosos, atualmente, retrata um grave problema para a sociedade de diversas partes do mundo. Os dados em relação a autodestruição senil são muito elevados e a razão entre tentativas e suicídios consumados é muito próxima, quase 2:1. OBJETIVO: O objetivo da presente revisão foi analisar fatores de riscos associados ao suicídio de pessoas idosas, a partir da literatura. METODOLOGIA: Estudo feito através da revisão da literatura acerca do tema. Foram consultadas as bases de dados medline e bireme com os seguintes descritores: psiquiatria idoso, suicídio idoso. DISCUSSÃO: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em países subdesenvolvidos, como o Brasil, é considerado idoso a pessoa com idade maior ou igual a 60 anos. O envelhecimento faz parte do processo biológico humano e pode ou não estar acompanhado de doenças que causam limitações para a execução das atividades de vida diária que, muitas vezes, tornam o indivíduo um ser incapacitado. Os idosos apresentam riscos de cometerem o suicídio, entre esses estão: a perda de papéis na sociedade; morte de amigos e parentes; isolamento social; saúde em declínio; restrições financeiras; redução do funcionamento cognitivo; perda da autonomia. Tendo em vista este declínio de funções, antes realizadas, ou mesmo da diminuição da autoridade em certos casos, pois, com o envelhecimento, os idosos tornam-se mais dependentes física e intelectualmente de cuidadores, é que emerge, em muitos destes senis, o desejo ou a impulsividade para cometerem um ato suicida. CONCLUSÃO: O suicídio está apresentado como sendo um grave problema, uma vez que a população considerada idosa está em constante crescimento na maior parte do mundo, sendo assim, justifica - se um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que afeta esta faixa etária.
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  • 3. Código: 15412 Título: A INFLUÊNCIA DA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA CAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; Resumo: Introdução: Sintomas depressivos têm sido relacionado a pior desempenho em teste de caminhada em idosos, prejudicando diretamente a qualidade de vida e atividades habituais desses indivíduos. Objetivo: Verificar a relação entre sintomas depressivos e o desempenho no teste de caminhada em idosos residentes na comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com delineamento seccional. Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para testar a velocidade de caminhada foi utilizado um percurso de 2,44 m, no qual o participante foi instruído a andar de uma extremidade a outra em sua velocidade habitual, como se estivesse andando pela rua. Os participantes poderiam usar dispositivos de apoio, se necessário, e realizou-se o trajeto duas vezes, com o tempo sendo registrado em segundos. O menor tempo foi considerado nas análises. O indivíduo foi considerado capaz de realizar o teste, quando conseguia concluí-lo em ≤ 60 s. Para avaliar o desempenho no teste de caminhada foi adotada uma pontuação de acordo com a distribuição do tempo em Percentil: incapaz ou não concluiu = escore 0 (incapaz); > P75 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A associação entre a pontuação na GDS e o escore do teste de caminhada foi avaliada por meio da Correlação de Spearman. Utilizou-se do teste do qui-quadrado para comparar a prevalência de limitação nos testes de caminhada em indivíduos com e sem sintomas depressivos. Em todas as análises o nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,8. A prevalência de depressão encontrada foi de 20%. Idosos com sintomatologia depressiva apresentam 43,4% de limitação nos testes de caminhada, enquanto que, idosos assintomáticos apenas 16,7% (p = 0, 008). Observou-se que a pontuação na GDS está negativamente correlacionada ao desempenho no teste de caminhada (R= -0,32). Conclusão: Os resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos prejudica a capacidade de deslocamento em indivíduos idosos residentes em comunidade.
  • 4. Código: 15450 Título: A QUESTÃO DO TRABALHO, APOSENTADORIA E PERTENCIMENTO SOCIAL: ESTUDO COM UM GRUPO DE IDOSOS VESTIBULOPATAS Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano; Resumo: Introdução: Segundo estudos realizados, o evento da aposentadoria se associa à ruptura de rotinas realizadas pelo indivíduo durante anos e à perda do status profissional que contribuía para a sua constituição identitária. A impossibilidade do desempenho de novos papéis em uma sociedade que supervaloriza a produtividade e a inserção no mundo do trabalho faz com que a aposentadoria seja vivenciada como a perda do próprio sentido da vida e fator de exclusão social, concorrendo para o surgimento de comportamentos depressivos ou socialmente negativos, agravados por outros distúrbios próprios do envelhecimento, como as vestibulopatias. Objetivo: Investigar a relação que idosos vestibulopatas estabelecem com o trabalho e a aposentadoria e as suas influências sobre o sentido de pertencimento social. Método: Foi realizado um estudo exploratório e descritivo com 62 idosos vestibulopatas, de 60 a 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis de escolaridade. As informações foram obtidas por meio de um questionário específico e de entrevistas individuais com duração aproximada de uma hora e meia cada uma. Todos os participantes assinaram previamente o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Dos participantes, 79% eram aposentados, enquanto 18% foram excluídos da aposentadoria por terem trabalhado sem vínculos legais e 3% somente desempenharam atividades domésticas; 18% continuavam a trabalhar e 76% gostariam de voltar ao mercado de trabalho; 79% consideraram que as vestibulopatias e as limitações físicas e intelectuais próprias do envelhecimento não interferem no retorno ao trabalho; 70% verbalizaram sentimentos de baixa autoestima devido ao não desempenho de um trabalho produtivo; 35% gostariam de exercer um trabalho não remunerado; 30% utilizavam farmacoterapia antidepressiva, tendo iniciado entre 6 meses e um ano após a aposentadoria, e 90% dos entrevistados afirmaram que o exercício do trabalho era importante para eles e que sentiam a falta da convivência diária com os parceiros e dos rituais relacionados ao trabalho, chegando a chorar no relato das experiências. Conclusão: Em idosos vestibulopatas, o evento da aposentadoria e o não exercício de uma atividade produtiva trazem uma carga negativa e um sentimento de não pertencimento social que, associados às manifestações clínicas de distúrbios do equilíbrio corporal, podem interferir na sua saúde física e mental. Medidas que reduzam esses impactos devem ser fomentadas nesta população.
  • 5. Código: 15347 Título: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE DEFICTS NEUROLÓGICOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): UM RELATO DE CASO Autores: Letícia Y Castro; Sibelle de Almeida Tierno; Melissa Lampert; Marcelo Salame; Simone Almeida Tierno; Resumo: Introdução A demência vascular é, após a Doença de Alzheimer, a segunda principal causa de demência nos países ocidentais. É importante origem de déficits cognitivos, motores e implicações psicossociais. O modelo de assistência multidisciplinar é a proposta que mais se encaixa às necessidades multifatoriais deste indivíduo. Apresentamos um caso de reabilitação de um paciente com seqüelas de AVC que recebeu esse tipo de assistência. Objetivos Demonstrar, através de um caso de demência vascular, um modelo de trabalho em equipe multidisciplinar no cuidado e reabilitação do paciente. Métodos Análise dos dados do prontuário do paciente e revisão de literatura. Resultados Paciente A.A.D.,masculino, 68 anos, com história prévia de etilismo e tabagismo, chegou ao pronto atendimento com hemiparesia à direita, fala disártrica, lúcido, porém desorientado. Em TC de crânio evidenciou-se hipodensidade subcortical em lobo frontal direito. A arteriografia de carótidas mostrou oclusão de artéria carótida esquerda distal por evento embólico. O paciente apresentou boa evolução clínica, porém após a arteriografia, apresentou novo evento isquêmico. Teve alta hospitalar hemiplégico à direita e afásico, restrito ao leito, incontinente, em uso de sonda vesical de demora e com dieta por sonda nasoenteral. Após, foi assistido pela equipe serviço de internação domiciliar, composta por assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga, médica e nutricionista. Foram feitas visitas periódicas e as decisões tomadas pela equipe priorizavam um plano de reabilitação que otimizasse a capacidade funcional e autonomia do paciente. Foi submetido a exercícios de reabilitação fono e fisioterápicos, cuidados com prevenção de escaras, manejo das comorbidades clínicas e houve também treinamento com os cuidadores. Hoje o paciente deambula com auxílio, apresenta fala discretamente disártrica, continência fecal e urinária e independência para a maioria das atividades diárias. Está vinculado ao ambulatório de Geriatria e em acompanhamento com a mesma equipe responsável por sua reabilitação. Conclusão O plano de trabalho da equipe multidisciplinar, baseado na visão integral do paciente foi fundamental na reabilitação física e funcional do doente. É de extrema importância que se expanda esta abordagem para que um número cada vez maior de pacientes crônicos seja beneficiado.
  • 6. Código: 15549 Título: ACESSIBILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS EM HOSPITAIS DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL Autores: Vanessa Medeiros Pinto; Aline Ponte; Daniela Tonús; Giulia Rodrigues; Laura Pacheco; Resumo: Atualmente a inclusão vem sendo apontada como um fator importante, privilegiando a promoção da saúde em diversos ambientes. A ausência de acessibilidade pode eliminar ou restringir a independência de indivíduos com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Nesse âmbito realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo, avaliando as condições arquitetônicas de acesso de pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida a um hospital público e um hospital privado de Santa Maria/RS. A partir das análises dos ambientes observou-se que os espaços hospitalares não estão totalmente adaptados para receber pessoas com deficiências físicas e/ou mobilidade reduzida, pois apresentam instalações inadequadas, não seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para facilitar o deslocamento de pessoas com tais dificuldades poderiam ser adotadas medidas públicas organizacionais destinadas a lhes garantir o direito de ir e vir livremente e, ao mesmo tempo, eliminar barreiras físicas que as impeçam de alcançar seus objetivos.
  • 7. Código: 15430 Título: ANÁLISE DA IDADE SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES FISICAMENTE ATIVAS Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Igor Conterato; Denise Rodrigues Bueno; Camila Buonani da Silva; Ismael F. Freitas Júnior; Jair Sindra Virtuoso Júnior; Resumo: Introdução: Diante das transformações demográficas, a qualidade de vida e o envelhecimento são aspectos importantes para a longevidade ativa, sendo que, dependem do equilíbrio entre o declínio natural das capacidades individuais, mentais, físicas e dos hábitos de vida, ou seja, dos comportamentos extrínsecos que o indivíduo tem ao longo da vida. Objetivo: Verificar a partir de qual idade a qualidade de vida começa a ser mais afetada. Métodos: A amostra foi constituida por 210 mulheres fisicamente ativas, com idade entre 30 a 85 anos (56 ± 11 anos), participantes do programa “Ginástica Orientada” da cidade de Uberaba/ MG, que realizam atividade física orientada duas vezes por semana. Para análise do efeito da idade sobre a qualidade de vida as mulheres foram divididas em cinco diferentes grupos de acordo com décadas vividas, sendo o primeiro grupo (1) com idade compreendida entre 30 a 40 anos, e o quinto grupo (5) com idade acima de 70 anos. Para a análise subjetiva de qualidade de vida foi aplicado a versão curta do questionário proposto pela World Health Organization’s Quality Of Life- WHOQOL-BREF que consta de 26 questões, sendo duas questões gerais e as demais 24 abordando os quatro domínios específicos avaliados pelo referido questionário (físico, relação social ambiental e psicológico). A comparação entre as idades foi realizada utilizando-se a ANOVA One-Way, com teste Post Hoc Least Significant Difference – LSD e a correlação de Person para verificar a associação entre idade e domínio físico. Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS (versão 13.0) e o nível de significância foi previamente estabelecido em 5%. Resultados: O único dos domínios que apresentou diferença estatística foi o domínio físico, uma vez que, as mulheres do grupo 1 (16,00) e 2 (15,66) apresentaram resultados significativamente maiores que as dos grupos 3 (14,85), 4(14,86) e 5 (14,15) com o P<0,03, ocorreu também correlação negativa da idade com o domínio físico (- 0,21) com o P<0,002. Considerações: De acordo com os resultados apresentados podemos concluir que na amostra do presente estudo a qualidade de vida começa a ser mais afetada, no que diz respeito ao domínio físico, a partir dos 50 anos.
  • 8. Código: 15434 Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUEDA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE NO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; José Carlos Candido Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; Resumo: Introdução: A queda constitui-se como evento multifatorial decorrente de alterações fisiológicas do envelhecimento, enfermidades, circunstâncias sociais e ambientais. Evidências sugerem que a depressão pode fazer parte da rede causal da queda. Objetivo: Verificar a associação entre queda e depressão em idosos residentes em comunidade no interior do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A prevalência de quedas foi avaliada por meio de resposta dicotômica (sim ou não) a seguinte pergunta: “O Sr.(a) teve alguma queda nos últimos 12 meses?”. Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre queda e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 (DP). As prevalências de queda e depressão foram 26% e 20%, respectivamente. A ocorrência de queda foi significativamente maior (p = 0, 005) nos idosos com presença de sintomas depressivos (41%) do que naqueles com ausência (22,1%). Conclusão: Os resultados mostraram que a ocorrência de quedas está associada à presença de sintomas depressivos em idosos, sugerindo o desenvolvimento de ações que visem à promoção da saúde dos idosos deprimidos para prevenção de quedas.
  • 9. Código: 15410 Título: ASSOCIAÇÕES ENTRE MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA E PREJUÍZOS NA MEMÓRIA DE TRABALHO, NA MEMÓRIA VERBAL E NO FUNCIONAMENTO EXECUTIVO DE IDOSOS Autores: Tatiana De Nardi Dias da Costa; Breno Sanvicente Vieira; Rodrigo Grassi de Oliveira; Resumo: Introdução: A Traumatologia Desenvolvimental investiga uma rede de interações entre genética, experiências ambientais, períodos de vulnerabilidade e características de resiliência, buscando entender o impacto biopsicossocial de eventos adversos no desenvolvimento humano. Nesta perspectiva, evidências associam maus-tratos infantis, como negligência e abuso, a prejuízos no funcionamento psicossocial adaptativo na velhice e à incidência de transtornos psiquiátricos, alterações neurofuncionais, neuroestruturais e a déficits cognitivos na vida adulta. Contudo, esse estudo é pioneiro na investigação da relação entre negligência e abuso na infância e o funcionamento cognitivo de idosos. Objetivo: investigou-se a associação entre maus- tratos na infância e o desempenho de idosos em tarefas de Memória de Trabalho (MT), Memória Verbal (MV) e Funções Executivas (FE). Método: Em uma amostra de 61 idosos (M=69,9 anos) foram aplicados os instrumentos: MEEM, MINI plus para fins de exclusão de indivíduos com demência e psicopatologias. Para avaliação de maus- tratos foi utilizado Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), versão brasileira do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Este avalia traumas infantis nas áreas: abuso físico, abuso sexual, abuso emocional, negligência física e negligência emocional. Estes testes foram intercalados com uma bateria de tarefas neuropsicológicas. Resultados: A partir da análise regressão linear, a negligência na infância associou-se de forma significativa a prejuízos em tarefas de MT, nos componentes Executivo Central (Tarefa N-back auditiva: β= -0,367; p=0,031)e Buffer Episódico (Memória Lógica Imediata –WMS-R: β= -0,420; p=0,012) e de MV tardia (Memória Lógica Tardia- WMS-R= β= -0,434; p=0,006). Ademais, a exposição a abuso físico na infância apresentou-se como fator de impacto nas FE de idosos, especialmente na tarefa Cubos (WAIS-III) de organização visuoespacial (β= -0,375; p=0,027). Conclusão: Os achados inferem que a negligência na infância, isoladamente, configura um fator robusto associado com prejuízos na MT e MV de idosos. Por outro lado, o abuso físico parece associar-se com dificuldades de FE. Conclui-se que maus- tratos infantis, por si só, devem ser investigados como fatores de risco para desenvolvimento de problemas biopsicossociais e cognitivos com impactos a médio e longo prazo.
  • 10. Código: 15530 Título: ATENÇÃO A SAÚE DO IDOSO: AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR E DEPRESSÃO EM IDOSOS Autores: EVANI MARQUES PEREIRA; Jhoni Carlos Almeida Rodrigues; Vanessa Fernanda Goes; Marcus Peikriszwili Tartaruga; Maria Cristina Umpiérrez Vieira; Juliana Sartori Bonini.; Resumo: O tema em foco foi a avaliação da funcionalidade familiar e depressão em idosos. Teve como objetivo: Avaliar o nível de funcionalidade familiar em idosos e a sua correlação com a depressão. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa. A população alvo deste trabalho foram idosos residentes no município de Guarapuava – Paraná, pertencentes a quatro Unidades Básicas de Saúde (USB). Como critério de inclusão considerou-se idosos a partir de 60 anos de idade, usuários do Sistema Único de Saúde que estão cadastrados Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). A coleta de dados foi realizada através do instrumento de avaliação de funcionalidade familiar (APGAR da família), foi realizada no período do mês de novembro á dezembro de 2009. Teve início somente após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, FR nº 296561, sob o oficio nº 172/2009. Utilizamos o instrumento APGAR de Família. Os dados obtidos foram tabulados em planilha do Microsoft Office Excel, com dupla digitação, e em seguida quantificado. Foi realizada uma análise de correlação não paramétrica (Spearman), com índice de significância de 0,05.Dos 256 idosos avaliados, a idade média foi de 72 ± 8,43 anos. Na avaliação da depressão, o número de idosos com suspeita desta chegou a 63 idosos, totalizando 24,60% da amostra. quanto a funcionalidade familiar, 88,67% (n=227) dos idosos possuíam boa funcionalidade familiar, 5,46% (n=14) tiveram um moderada disfunção familiar e 5,85% (n=15) apresentaram elevada disfunção familiar. Não houve correlação entre depressão e funcionalidade familiar (r=-0,27). Não houve também correlação entre estas variáveis de acordo com os gêneros, feminino (r=-0,29) e masculino (r= -0,23). Os resultados demonstram a necessidade do serviço de saúde promover ações de prevenção de intervenção nas famílias, a fim de que os idosos continuem com o apoio em seus lares, e conseqüentemente uma melhor qualidade de vida. Faz parte do papel da enfermagem desenvolver um trabalho que minimize esses sintomas, mostrando ao idoso as características desta fase de vida, evidenciando que eles podem viver bem com prazer e qualidade. O enfermeiro deve promover a valorização da auto-estima do idoso, estimulando-o ao auto cuidado, autonomia, utilidade e independência. Descritores: Idoso Fragilizado, Transtornos de Adaptação, Idoso.
  • 11. Código: 15435 Título: ATIVIDADE FÍSICA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Bruno Morbeck de Queiroz; Venícius Dantas da Silva; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; Resumo: Introdução: A depressão constitui doença mental freqüente no idoso e está associada a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. A atividade física é uma das estratégias utilizadas na prevenção e tratamento de deprimidos. Objetivo: Averiguar a associação entre a prática de atividade física e a presença da sintomatologia depressiva em idosos residentes no município de Lafaiete Coutinho-BA. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A atividade física dos idosos foi avaliada pelo IPAQ e os indivíduos foram classificados como insuficientemente ativos (< 150 min./semana) e ativos (≥ 150 min./semana). Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui- quadrado foi utilizado para verificar a associação entre atividade física e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). A prevalência de idosos sedentários foi de 47,7% e de sintomas depressivos positivos de 20%. A prevalência de sintomas depressivos positivos foi significativamente maior (p = 0, 004) nos idosos menos ativos (28,2%) do que nos ativos (13,7%). Conclusão: Os resultados mostraram forte associação entre sintomas depressivos e nível de atividade física insuficiente, ressaltando a importância da atividade física na prevenção e promoção da saúde do idoso.
  • 12. Código: 15504 Título: AUTONOMIA: A VALORIZAÇÃO DO SUJEITO NO FIM DA VIDA Autores: Rejimara Alves Fernandes; Isabelle Schmidt da Silva; Vanessa C. Bacelo Scheunemann; Milene Oliveira Tavares; Nina Rosa D’Ávila Paixão; Resumo: INTRODUÇÃO: Segundo Segre e Cohen (1995), a bioética é o ramo da ética que enfoca questões relativas à vida e à morte; como prolongamento da vida com qualidade. Desta forma, faz-se necessário discutir a abordagem e o manejo de pacientes que encontram-se em situação de morte próxima decorrente dos agravos da doença. O impacto desta discussão é gerada devido à magnitude que tem a morte e a polêmica que cerca o fato de que supostamente o ser humano detém o poder de decisão sobre a vida ou morte de outro. A autonomia se refere ao respeito, à vontade e ao direito de autogovernar-se. Conforme Fabbro (1999), só se fala no exercício de autonomia quando há troca de conhecimento e informação entre equipe de saúde e o paciente, oferecendo dados importantes, em linguagem acessível, para que sua decisão possa ser tomada, garantindo a competência de todos os membros envolvidos na situação.OBJETIVO: Promover a reflexão e discussão sobre a autonomia e o cuidado à pacientes sem possibilidade de cura assim como o resgate da relação equipe de saúde- paciente-família.MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado nas experiências de psicólogas residentes.RESULTADOS: Na prática clínica observa-se que as situações de vida e morte envolvem vários personagens (paciente, familiares e equipe de saúde); por vezes a equipe de saúde age unilateralmente, justificando-se com a idéia de que sabe o que é melhor para o paciente, considerando que este não possui preparo para saber o que é o melhor para si, facilitando o exercício do paternalismo e da superproteção. O olhar da psicologia também focou-se além da percepção desta problemática, possibilitando captar os sentimentos envolvidos com decisões tomadas frente à morte, ou na iminência desta. Observou-se que alguns pacientes com diagnóstico de câncer nos estágios finais reforçavam a vontade de não mais viver ou de desistir do tratamento, por vezes muito sacrificante, porém raros casos foram ouvidos de forma empática pela equipe e familiares.CONCLUSÕES: Portanto é imprescindível respeitar a autonomia, oferecer informações que possibilitam escolhas quanto aos procedimentos. Salientando como viés a vulnerabilidade inerente ao paciente hospitalizado muitas vezes senil ou debilitado. Para isto cabe ainda, fortalecer abordagens como o esclarecimento da patologia, opções terapêuticas e medidas de conforto, avaliando exatamente de forma ética a capacidade do paciente em tomar decisões acerca de sua própria vida.
  • 13. Código: 15407 Título: AVALIAÇÃO COGNITIVA E FUNCIONAL DE IDOSOS DE COMUNIDADE QUILOMBOLA DO NORDESTE DO ESTADO DE GOIÁS Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta; Resumo: INTRODUÇÃO: As principais alterações observadas em idosos com demência se referem aos aspectos cognitivos e funcionais os quais apresentam forte correlação. As alterações cognitivas, somadas à depressão, instabilidade, incontinência são considerados os gigantes da geriatria e estão diretamente associados com o grau de dependência desta população, sendo necessária maior atenção para prevenção, detecção e tratamento destas condições. Estudos sobre o envelhecimento, demência e alterações no âmbito cognitivo e funcional em idosos são escassos no Estado de Goiás, sobretudo envolvendo uma população com características peculiares, como a Kalunga, que se diferencia principalmente pelos aspectos sócio-demográficos, étnicos e culturais. OBJETIVO: Estimar a prevalência de alterações cognitivas e funcionais em idosos da comunidade quilombola Kalunga no município de Cavalcante-GO. MÉTODOS: Estudo transversal das alterações cognitivas e funcionais de idosos, com idade igual ou maior que 60 anos. Foram coletados e analisados dados de identificação, sócio- demográficos, culturais e de morbidades prévias. Os dados de avaliação cognitiva e funcional foram obtidos por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e do Questionário de Atividades de Vida Diária (QAVD). RESULTADOS: No total foram avaliados 65 idosos. A maioria dos indivíduos era do gênero masculino (52,3%), casada (58,5%) e com idade média de 71,58 anos. O índice de analfabetismo entre os indivíduos avaliados correspondeu a 93,8%. A prevalência de indivíduos com alteração cognitiva e funcional foi de 9,2% (n=6), sendo que a alteração funcional (18,5%) foi mais prevalente que a cognitiva (12,3%). CONCLUSÕES: A população em estudo não apresentou prevalência equivalente de alterações cognitivas e funcionais em relação a outros estudos realizados no Brasil e em outros países com população negra.
  • 14. Código: 15532 Título: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E BIOQUÍMICA DE ANIMAIS EXPOSTOS CRONICAMENTE A FUMAÇA DE CIGARRO DURANTE O PERÍODO PRÉ-NATAL: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA Autores: Renata D‘altoé De Luca; Daiane Bittencourt Fraga; Fernando Viana Ghedim; Pedro F Deroza; Alexandre Silverio; Andreza L Cipriano; João Luciano Quevedo; Ricardo A Pinho; Alexandra Ioppi Zugno; Resumo: Introdução: A esquizofrenia é uma doença heterogênea e extremamente debilitante e pode ser causada por dois fatores: a hereditariedade e as influências ambientais. Estudos mostram que a alterações na enzima acetilcolinesterase (AChE) no período pré-natal estão associadas a déficits no desenvolvimento neuronal de serotonina e dopamina e podem resultar em anormalidades comportamentais a longo prazo. Objetivo: O objetivo do nosso trabalho foi avaliar parâmetros comportamentais e bioquímicos de ratos adultos expostos cronicamente a fumaça de cigarro durante o período pré-natal. Materiais e métodos: Ratas Wistar gestantes foram expostas a 12 cigarros por dia, durante toda a gestação. Nós avaliamos a atividade da enzima AChE e a atividade locomotora de ratos machos adultos desta prole, submetidos ao modelo animal de esquizofrenia por indução de doses agudas de cetamina (5 mg/kg, 15 mg/kg e 25 mg/kg). A atividade da enzima AChE foi determinada pelo método de Ellman et al. (1961). A atividade locomotora foi avaliada no campo aberto. Resultados: Nós observamos que a administração de doses agudas de cetamina aumentou significativamente a atividade da enzima AChE em todas as estruturas estudadas (CPF, amígdala, estriado e soro) em ambos os grupos, em ratos expostos e não expostos a fumaça de cigarro durante o período pré-natal comparado com os que receberam somente salina. Os resultados também mostraram que a atividade locomotora aumentou significativamente no grupo que recebeu dose aguda de 25 mg/kg de cetamina e não foram expostos a fumaça de cigarro e nas doses de 5mg/kg, 15 mg/kg e 25 mg/kg nos grupos que foram expostos a fumaça de cigarro comparado ao grupo controle. Conclusão: A exposição da fumaça de cigarro no período pré-natal causa alterações na atividade da enzima AChE e alterações comportamentais, em idade adulta, podendo contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia.
  • 15. Código: 15417 Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; Resumo: Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50), divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste. Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros (reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros. Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
  • 16. Código: 15418 Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; Resumo: Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50), divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste. Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros (reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros. Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
  • 17. Código: 15416 Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA IMPLÍCITA EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Gabriela Pereyra Tizeli; Adriana Machado Vasques; Renata Busin do Amaral; Resumo: Introdução: Nos últimos anos, os processos de consolidação de memória vêm sendo alvo de muitas pesquisas, visando o entendimento das bases biológicas do comportamento. Nesse estudo, buscou-se verificar se a memória implícita altera seu desempenho em idosos saudáveis na faixa dos 60-70 anos. Objetivo: Avaliar a aquisição e persistência da memória implícita e comparar seu desempenho entre dois grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70 anos), com gênero, escolaridade, classe socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos. Metodologia: Estudo transversal controlado, realizado em Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e funcionários de Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de medicação psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da memória implícita foi utilizado Hooper Visual Organization Test (VOT). Resultados: Houve uma diferença significativa (p<0,001) entre os grupos, demonstrando que o grupo 2 apresenta pior desempenho da memória implícita quando comparado ao grupo 1. Conclusão: A avaliação com VOT mostrou que o grupo 1 apresenta um desempenho da memória implícita significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas de ansiedade não interferem em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os gêneros e classe socioeconômica. Descritores: Memória implícita, aprendizagem, envelhecimento, ansiedade, depressão.
  • 18. Código: 15461 Título: AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Ana Rita Rodrigues Lira; Felipe de Magalhães Leão Luz; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Louise Mendes Trigueiro; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Flávia Lanna de Moraes; F Resumo: Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) é o declínio de funções cognitivas acima do esperado para a idade, mas que não prejudica a funcionalidade. Esta enfermidade tem sido muito estudada, pois estes pacientes apresentam risco elevado de desenvolver demência. Objetivos: Avaliar presença de CCL e associações com outras patologias em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Dos 131 pacientes, treze (9,9%) apresentavam quadro clínico sugestivo de CCL. Entre os pacientes com CCL, 53,8% apresentaram depressão, mas não houve associação significativa entre estas variáveis (p=0,931, OR: 1,05 – IC95% - 0,33-3,32). Também não houve associação entre CCL e tabagismo (p=0,497, OR:1,54 - IC95% 0,44-5,37), entre CCL e diabetes mellitus tipo 2 (p=0,338, OR:1,79 - IC95% 0,54-5,90), entre CCL e dislipidemia (p=0,098, OR: 2,74 – IC95% 0,80-9,39) ou correlação com sexo do paciente (p=0,112 OR:0,40 - IC95% 0,12-1,28). Quanto à presença de hipertensão arterial, observamos que 92,3% dos idosos com CCL são hipertensos. Todavia não houve significância estatística (p=0,183, OR:4,47 – IC95%0,56-35,74). Com relação aos quadros metabólicos, não constatamos associação com deficiência de vitamina B12 (p=0,21 OR: 0,21 - IC95% 0,03-1,70) e nem com hipotireoidismo (p=0,451, OR: 1,60 IC95% 0,40-6,44). Conclusão: A prevalência de CCL neste estudo foi elevada (9,9%) quando comparado aos dados da literatura (em torno de 5% da população geral. Provavelmente, relacionada às características da população atendida em um centro de atenção secundária em geriatria. Apesar da alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis nestes pacientes, estas patologias não representaram fator de risco para desenvolver CCL na população em estudo.
  • 19. Código: 15455 Título: AVALIAÇÃO DO DISTÚRBIO DE DEPRESSÃO MAIOR ENTRE OS IDOSOS ATENDIDOS NO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Felipe de Magalhães Leão Luz; Louise Mendes Trigueiro; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Ana Rita Rodrigues Lira; Flávia Lanna de Moraes; Luiz Armando Cunha de Marco; Débora Marques de Mirand Resumo: Introdução: A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais frequente do idoso, afetando sua funcionalidade e consequentemente sua qualidade de vida. Cursa, na maioria das vezes, com sintomatologia não usual quando comparados aos adultos, predominando os sintomas somáticos como perda ou ganho ponderal, alteração do sono, irritabilidade e lentificação do pensamento. Devido à sintomatologia atípica é frequentemente subdiagnosticada e subtratada. As consequências para os idosos são relevantes: prejuízo cognitivo e funcional, dificuldade maior na recuperação e reabilitação de doenças, risco de quedas e acidentes, além da maior incidência de suicídio entre a população idosa. Objetivos: investigar a prevalência de depressão em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida (PMV), uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Também objetiva estudar as associações com dados demográficos. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Após, foi realizada análise estatística utilizando os programas SPSS 12.0 e EPI- Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. A prevalência de depressão maior, utilizando critérios DSM IV para diagnóstico foi de 51,9%. Não houve associação entre o diagnóstico de depressão maior e o gênero (p=0,993, OR: 1,00 – IC95% 0,46-2,15), idade (p=0,091), tabagismo (p=0,89) e etilismo (p=0,645). Também não observamos associação com histórico de acidente vascular encefálico (p=0,421) ou com diagnóstico de demência (p=0,119, OR: 0,56 – IC95% 0,26-1,17). Conclusão: Observa-se elevada prevalência de depressão entre os idosos atendidos no PMV em Belo Horizonte, contrastando com as taxas citadas pela literatura médica, que varia entre cinco a 18% dos idosos na comunidade, provavelmente por se tratar de um centro de referência em atenção secundária em geriatria. Na amostra avaliada não se observou associação entre depressão e demência ou histórico de acidente vascular encefálico.
  • 20. Código: 15433 Título: BILINGUISMO COMO RESERVA COGNITIVA Autores: Ana Beatriz Areas da Luz Fontes; Johanna Dagort Billig; Ingrid Finger; Resumo: Introdução: Estudos têm revelado um efeito positivo do bilinguismo no controle inibitório e têm sugerido que indivíduos que fazem uso contínuo de duas ou mais línguas ao longo da vida demonstram retardo no início das manifestações clínicas de demências. Objetivos: O presente estudo buscou investigar em que medida o bilinguismo, operacionalizado como uso diário de duas línguas no decorrer da vida, contribui para o desenvolvimento de uma reserva cognitiva, através da manutenção da eficiência do controle inibitório no envelhecimento. Método: Participaram do estudo 42 adultos (20 monolíngues, 20 bilíngues) e 49 idosos (23 monolíngues, 26 bilíngues) saudáveis de diferentes níveis de escolaridade. Os critérios de inclusão foram: escore acima do ponto de corte no Mini Exame do Estado Mental (em função do nível de escolaridade) e escore abaixo do ponto de corte na Escala de Depressão Geriátrica. Para avaliar o desempenho dos indivíduos em termos de controle inibitório, analisou- se o tempo de reação e a acurácia dos mesmos na tarefa Simon de Flechas (estímulo não-linguístico) e no teste Stroop (estímulo linguístico). Resultados: A análise do Efeito Simon (tempo de reação na presença do estímulo incongruente – tempo de reação na presença do estímulo congruente) revelou um efeito conjunto de experiência de linguagem e de idade, demonstrando uma diferença entre a magnitude do Efeito Simon entre monolingues e bilíngues adultos, mas não idosos. Além disso, o nível de escolaridade influenciou o tempo de reação dos participantes. Com relação ao desempenho dos participantes no Teste Stroop, apenas um efeito de congruência foi encontrado e revelou que os participantes foram significativamente mais rápidos na presença de estímulos congruentes. Conclusão: Os resultados encontrados não parecem corroborar evidência anterior de que o bilinguismo contribui para manutenção do controle inibitório. Esta divergência entre o resultado encontrado e resultados de pesquisas anteriores pode ser ao menos parcialmente atribuída ao uso mais eficiente de controles no estudo presente.
  • 21. Código: 15424 Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Moema Santos Souza; Venicius Dantas da Silva; Resumo: Introdução: A capacidade funcional, quando utilizada como base da avaliação geriátrica, engloba as várias dimensões de saúde que afetam a vida da população idosa. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e condições de saúde em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo transversal de base populacional e domiciliar. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na cidade de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram: auto-percepção de saúde (positiva e negativa); queda nos últimos 12 meses (sim e não); número de doenças crônicas (0, 1 e 2 ou mais); hospitalização nos últimos 12 meses (nenhuma e 1 ou mais); uso de medicamentos (0, 1 e 2 ou mais); sintomas depressivos, avaliado pela GDS-15 (<6 pontos = sem sintomas e ≥6 pontos = com sintomas); estado cognitivo, avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (comprometido e não comprometido); IMC (<22 kg/m² = peso insuficiente, 22 a 27 kg/m² = adequado e >27 kg/m² = sobrepeso). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e as condições de saúde. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência nas AIVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 3,78; IC95% = 1,89- 7,55) e ao uso de 2 ou mais medicamentos (OR = 2,67; IC95% = 1,08-6,59). A dependência nas ABVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 4,05; IC95% = 1,54-10,65), uma ou mais hospitalizações (OR = 3,77; IC95% = 1,39-10,23) e ao IMC (OR = 4,34; IC95% = 1,31-14,48, para baixo peso; OR = 7,19; IC95% = 2,10-24,57, para sobrepeso). Conclusão: Os resultados mostram que comprometimento do estado cognitivo, polifarmácia, hospitalização, baixo peso e sobrepeso são importantes determinantes da capacidade funcional em idosos residentes em comunidade.
  • 22. Código: 15425 Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Adriano Rodrigues Brandão Correia; Mateus Carmo Santos; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Resumo: Introdução: Os fatores comportamentais exercem influência na capacidade funcional do idoso, atuando positivamente quando o indivíduo está sujeito a hábitos de vida saudáveis. Esses fatores podem auxiliar na adaptação desse grupo à incapacidade, que tende a ocorrer concomitantemente a idade. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e fatores comportamentais em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi avaliada através das atividades básicas da vida diária (ABVDs) e das atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes, quando não relatavam necessidade de ajuda para realizar nenhuma atividade, e dependentes, quando relatavam necessidade de ajuda em pelo menos uma das atividades. Uma escala de incapacidade funcional hierárquica foi construída distinguindo três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram os fatores comportamentais: atividade física (<150 min/sem = insuficientemente ativo; ≥150 min/sem = ativo), avaliada pelo IPAQ, versão longa; alcoolismo (bebe ≤1 dia/sem; bebe >1 dia/sem); tabagismo (fumante, ex-fumante e nunca fumou). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e os fatores comportamentais. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. Apenas a atividade física foi associada a capacidade funcional, com os indivíduos insuficientemente ativos sendo mais dependentes (OR = 3,40; IC95% = 1,62-7,14, para ABVDs; OR = 1,91; IC95%=1,09-3,36, para AIVDs). Conclusão: Os resultados apontam a atividade física, dentre os fatores comportamentais, como um forte preditor da capacidade funcional. Observa-se a necessidade do incentivo a prática de atividade física nesse grupo etário, para que haja aumento da qualidade de vida e dos anos vividos sem incapacidade.
  • 23. Código: 15426 Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Raiana Souza Ferreira; Adriano Rodrigues Brandão Correia; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Resumo: Introdução: A avaliação da capacidade funcional deve abranger os aspectos da interação entre o indivíduo e os fatores contextuais. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade funcional e fatores sócio-demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. O município estudado possui baixos indicadores sócio-demográficos e educacionais. A capacidade funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram as características sócio-demográficas: sexo; grupos etários (60-69, 70-79 e ≥80 anos); raça/cor auto referida (branco e não branco); sabe ler e escrever um recado (sim e não); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial múltipla, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência nas AIVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 4,46; IC95% = 2,13-9,36), raça/cor não branca (OR = 2,32; IC95% = 1,12-4,80) e não saber ler ou escrever (OR = 3,51; IC95% = 1,90-6,47). A dependência nas ABVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 6,43; IC95% = 2,49-16,58) e não participação em atividades religiosas (OR = 8,57; IC95% = 2,42-30,30). Conclusão: O declínio na capacidade funcional está associado ao aumento na idade, não participação em atividades religiosas, raça não branca e não saber ler ou escrever. Sugere-se priorizar esses grupos mais vulneráveis em ações com foco na saúde funcional.
  • 24. Código: 15439 Título: CUIDADORES SIGNIFICANTES :ATENÇÃO DIFERENCIADA A POSSÍVEL SOBRECARGA FÍSICA E EMOCIONAL Autores: Daniela Tonús; KAREN SEEGER; VANESSA MEDEIROS PINTO; Resumo: Introdução: A hospitalização é uma circunstância de grande desamparo para o paciente e seus familiares, onde muitas vezes não existem orientações claras que possam direcioná-los e auxiliá-los quanto à rotina e suas modificações em virtude desse evento. Assim, pode causar sobrecarga, não só ao paciente que está acometido de cuidados, mas também para seu cuidador. A qualidade de vida dos cuidadores merece uma atenção especial por parte dos profissionais da saúde, visto que, estes por vezes adoecem em função dos fatores estressores causados pela situação a qual estão expostos. Objetivo: analisar se existe sobrecarga física e emocional em cuidadores significantes de pacientes neurológicos. Além disso, investigar quais os fatores que levam a esta sobrecarga e verificar o momento de maior angustia e fragilidade. Metodologia: Este trabalho é caracterizado por uma pesquisa qualitativa, com abordagem em grupo focal, podendo dessa forma basear-se na tendência humana de formar opiniões e atitudes na interação com os outros indivíduos. A pesquisa foi realizada em um hospital geral na cidade de Santa Maria-RS durante o primeiro semestre de 2011. Os sujeitos da pesquisa foram cuidadores de pacientes neurológicos hospitalizados e utilizou um roteiro temático composto por quatro questões norteadoras. Resultados e conclusão: Os resultados comprovam que os cuidadores significantes sofrem de sobrecarga física assim como emocional, necessitando, portanto de atenção e cuidado por parte dos profissionais da saúde, inclusive dos terapeutas ocupacionais. Este artigo aponta que, os cuidadores de pacientes neurológicos apresentam sobrecarga emocional mais exacerbada que a sobrecarga física, comprometendo sua vida e suas rotinas diárias. Percebe-se o quanto à hospitalização causa estresse, angustia, e cansaço físico, emocional aos cuidadores, sendo possível detectar que, esse processo de hospitalização desde o inicio acarreta em prejuízos para todas as pessoas envolvidas. Durante a análise, foi possível observar que o fator gerador de maior desgaste durante o período de hospitalização além do emocional se caracteriza pelo tempo que estes cuidadores estão acompanhando os doentes, assim como a patologia do qual foram acometidos. Ainda, percebeu-se que, durante a internação os cuidadores sofrem maior desgaste justamente por ser um momento em que estes afastam-se da sua rotina e também pelas inquietações que essa situação provoca.
  • 25. Código: 15377 Título: DEMENCIA EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Silvana de Moura; Daiana Netto Paz; Resumo: Introdução: a velhice é um período normal, caracterizado por mudanças físicas, mentais e psicológicas. A demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível, na qual funções anteriormente adquiridas são gradualmente perdidas. Acomete em 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta progressivamente com o aumento da idade. Objetivo: descrever principais características da demência em idosos. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: demência é uma patologia significativa em pacientes idosos. Os sintomas incluem alterações na memória, linguagem e orientação; perturbações comportamentais como agitação, inquietação, raiva, violência, gritos, desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações. Dentre os fatores de risco estão: idade avançada, história familiar de demência e sexo feminino. Entre as causas estão: tumores cerebrais, uso de medicamentos e álcool, doenças pulmonares, infecções e doenças inflamatórias. Doenças degenerativas do sistema nervoso central são as principais causas na maioria desses pacientes. A demência do tipo Alzheimer é o subtipo mais comum presente em 50 a 60% dos pacientes com demência. Neste a memória é a função mais afetada e a pessoa mostra incapacidade para aprender e elaborar novas informações. Conclusão: pacientes idosos devem ser, regularmente, acompanhados pelo seu médico, esse deve ter cuidadosa avaliação e fornecer orientações precisas a esses pacientes. Dessa forma muitos transtornos mentais podem ser evitados ou controlados.
  • 26. Código: 15379 Título: DEMENCIA VASCULAR EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; Resumo: Introdução: a demência do tipo vascular é o segundo tipo mais comum de demência, apresenta caracteristicas clinicas semelhante a demência tipo Alzheimer mas com um início mais abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Sua frequência é diretamente relacionada com a idade, estando em 30% dos idosos acima de 85 anos. Objetivo: descrever manifestações clínicas e fatores relacionados com demência tipo vascular. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete melito (DM), tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca, aterosclerose, dislipidemia, obesidade, sexo masculino, raça negra e baixo nível socioeconômico, são fatores de risco para desenvolver demência vascular. Seu diagnóstico é realizado através de anamnese e exame físico com escalas especificas (por ex: escala de hachinski) e exames de imagem. O quadro clínico é caracterizado com início abrupto relacionado, muitas vezes, a um acidente vascular cerebral ou a um ataque isquêmico transitório, podendo haver estabilidade, melhora ou piora progressivas. A HAS é considerada por diversos estudos o fator de risco de maior importância. Autores afirmam que 20% dos pacientes não apresentam alterações em exames neurológicos. Seu tratamento consiste em terapia cognitiva comportamental e medicações inibidoras da colinesterase. Estudos viram que a associação com antidepressivos em longo prazo em pacientes sem história de depressão, diminui as taxas de demência e minimiza as perdas cognitivas. Já antidepressivos, a curto prazo, geram mais prejuízos as funções cognitivas em pessoas com demências. Conclusão: A demência vascular é considerada uma doença secundária a acometimento cerebrovascular, dessa forma é passível de prevenção primária e secundária. O diagnóstico precoce e a identificação dos principais fatores de risco permitem a elaboração de estratégias preventivas, que podem retardar ou melhorar a evolução do paciente.
  • 27. Código: 15513 Título: DEMÊNCIA EM INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; Márcio Galvão Oliveira; Resumo: Introdução: A demência é o preditor mais importante de institucionalização e, reciprocamente, a prevalência de demência é maior entre os idosos institucionalizados. Objetivos: Avaliar a prevalência de demência em indivíduos de uma instituição de longa permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP que foram submetidos a anamnese, exame clínico geral, exame neurológico, Diagnostic and Statistical Mannual Disorders (DSM-IV), Clinical Dementia Rating (CDR) e Atividades Básicas de Vida Diária (AVDs) de Katz. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos e 50% eram solteiros. Em relação à escolaridade, 65% eram analfabetos. A prevalência de demência nesses indivíduos foi de 63,6%, sendo que 57% tinham CDR=2 e 14% CDR=3. Nenhum destes indivíduos tinham diagnóstico prévio e nem recebiam medicamentos para demência. 46% eram independentes para as AVDs. Conclusão: Embora demência e institucionalização tenham uma forte associação recíproca, a demência mantém-se subdiagnosticada e subtratada nos indivíduos institucionalizados analisados, compromentendo sua funcionalidade e qualidade de vida.
  • 28. Código: 15540 Título: DEMÊNCIA SECUNDÁRIA AO USO DE DIAZEPAM E SEU MANEJO AMBULATORIAL: Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Renato Gorga Bandeira de Mello; Resumo: INTRODUÇÃO: O uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos associa-se a efeitos adversos e interações potencialmente perigosas. Alterações fisiológicas, reações atípicas a fármacos, polifarmácia e esquemas terapêuticos inadequados estão associados a esses problemas. OBJETIVO: descrever caso clínico de alteração cognitiva associada ao uso de Diazepam em paciente acompanhado em um serviço de geriatria. RELATO DE CASO: paciente masculino, 69 anos, encaminhado para avaliação cognitiva ao ambulatório de Geriatria da PUCRS, Porto Alegre. Familiar relatava esquecimento progressivo há um ano e funcionalidade preservada. História de depressão há 30 anos, em tratamento com Diazepam 10mg e Fluoxetina 20mg há 3 anos. Escalas na 1ª consulta: AVD 6/6 ,AIVD 7/8, MEEM: 25/30, GDS: 7/15. Solicitados exames laboratoriais para investigação, mas nenhum apontou alterações. Orientado suspensão gradativa do Diazepam. Após 10 meses, familiar refere piora do quadro cognitivo. Apresentava-se desorientado, com alterações comportamentais, linguagem comprometida e perda de funcionalidade. Escalas: MEEM: 17/30, AVD: 4/6, AIVD: 3/8, GDS: não aplicável. Permanecia em uso de Diazepam. Foi sugerido novamente suspensão do mesmo. Um mês após suspensão, obteve significativa melhora dos sintomas comportamentais e cognitivos. Escalas: AVD: 6/6, AIVD: 7/8, MEEM 27/30, GDS: 0/15. DISCUSSÃO: O Diazepam é um fármaco benzodiazepínico considerado potencialmente inapropriado em idosos por sua meia-vida longa (até 90 horas) e importantes efeitos adversos como alterações cognitivas, risco de quedas e depressão. Tais alterações estão associadas a morbidades e diminuição da qualidade de vida. CONCLUSÃO: Na avaliação do paciente idoso, um novo sintoma deve sempre ser atribuído a efeito adverso até se prove ao contrário. Em vista disso, é necessária cautela ao prescrever um novo medicamento, sendo essencial que o médico leve em consideração o risco-benefício e transmita essa informação ao paciente. Cabe ao médico também a revisão freqüente dos medicamentos e da resposta terapêutica, a descontinuação de terapias desnecessárias, a redução da dose quando possível e a substituição por alternativas mais seguras para que se possa reduzir a morbidade desses pacientes. Deve-se prestar especial atenção à prescrição de fármacos com ação sedativa e com efeitos anticolinérgicos.
  • 29. Código: 15508 Título: DEPRESSÃO: IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS E USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM IDOSOS DE UMA INSTUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Autores: Mariana Ferreira Borges Estrela; Letícia Farias Gerlack; Ângelo José Gonçalves Bós; Resumo: Introdução: Fatores verificados em residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) como isolamento, ociosidade, acomodação e perda de aptidões físicas e sociais geram uma maior probabilidade de desenvolvimento de doenças como a depressão. Um aspecto relevante é a subdiagnosticação devido a dificuldade de percepção dos sintomas, uma vez que alguns deles podem ser cofundidos com mudanças advindas do próprio envelhecer. A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é um instrumento de rastreio utilizado por pesquisadores e clínicos, na identificação de sintomas depressivos ou vulnerabilidade à depressão no idoso. Objetivos: Identificar a prevalência de sintomas depressivos de moradores de uma ILPI utilizando o GDS, assim como o uso de psicotrópicos e diagnósticos de depressão. Métodos: Foi realizada uma entrevista, com 39 idosos, residentes de ILPI de Porto Alegre, no período de abril a junho de 2011. Dados de medicamentos utilizados e doenças foram acessados através dos respectivos prontuários. Para análise do GDS, foi utilizado o ponto de corte >4, em que as pontuações de 0 a 4 corresponde a ausência de depressão, 5-10 provável depressão leve a moderada e >10 provável depressão grave. Resultados: Dos idosos entrevistados, 61,5% eram mulheres, com idade média de 81,5 anos. 20,5% possuem diagnóstico de depressão e destes todos fazem uso de psicotrópicos. De acordo com os resultados do GDS, 38,5% dos idosos obtiveram a pontuação entre 5-10 e 7,7% a pontuação >10, destes 30,8% fazem uso de psicotrópicos. Entre os idosos que possuem diagnóstico de depressão, 37,5% obtiveram a pontuação entre 5-10 e 12,5% a pontuação >10. Dos pacientes com GDS >10, todos fazem uso de antidepressivo, mas somente 33,3% (1) possuem diagnóstico de depressão. Conclusão: Observou-se que todos os residentes com diagnóstico e a maioria com sintomas de provável depressão estavam fazendo uso de algum antidepressivo. Isto representa uma elevada proporção de idosos com acesso ao tratamento na ILPI, por outro lado não há associação de psicoterapia, tampouco avaliação da qualidade do uso dos fármacos. Interessante observar que entre os idosos identificados com GDS>10, todos utilizavam antidepressivos, porém, somente 1 caso apresentava diagnóstico médico. Esses dados reforçam a importância do trabalho multidisciplinar, entre médico, psicólogo e farmacêutico, otimizando o diagnóstico e o tratamento da doença, bem como avaliando aspectos relacionados ao uso de antidepressivos.
  • 30. Código: 15514 Título: DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS NO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; Resumo: Introdução: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é a escala mais utilizada para rastreamento do comprometimento cognitivo. Compõem o MEEM questões que se correlacionam em cinco dimensões, quais sejam: concentração, linguagem/práxis, orientação, memória e atenção, com um escore máximo de 30 pontos. Objetivo: Avaliar o desempenho no MEEM de indivíduos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP avaliando o seu desempenho no MEEM de Folstein, seguindo as sugestões para sua utilização no Brasil de Brucki. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados por estatística descritiva e distribuição de frequência no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos. Em relação à escolaridade, 65% eram analfabetos, 7% tinham menos de 1 ano e 15% entre 1 e 4 anos. O tempo de institucionalização variou de 6 meses a 20 anos, com média de 8 anos. Não foi possível realizar o MEEM em 01 indivíduo devido a quadro de Delirium. Apenas 11,5% dos residentes tiveram desempenho no MEEM esperado de acordo com sua escolaridade. A mediana do escore do MEEM entre os participantes do estudo foi igual a 13,5. 28% tiveram valores abaixo de 10 pontos. Dentre as dimensões do MEEM analisadas, destacam-se o baixo desempenho quanto a orientação, apenas 19% estavam completamente orientados quanto ao tempo e 27% quanto ao espaço. Conclusão: Os indivíduos institucionalizados avaliados apresentaram baixo desempenho no MEEM. Este fato pode ser atribuído a um associação de vários fatores, como baixa escolaridade, idade avançada, alta prevalência de declínio cognitivo, ausência de atividades ocupacionais, tempo de institucionalização e isolamento social.
  • 31. Código: 15436 Título: DETERMINANTES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes; Resumo: Introdução: Problemas de saúde mental, condições físicas e situação sócio-econômica estão intrinsecamente ligadas. Alguns fatores socioeconômicos propiciam a incidência e prevalência de depressão, a qual acarreta angústia psicológica e prejuízo funcional. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e fatores sócio- demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). As variáveis independentes foram: características sócio-demográficas: sexo, grupo etário (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos), raça/cor (branca e não branca), saber ler e escrever um recado (sim e não), renda familiar per capita (1º tercil, 2º tercil e 3º tercil), estado civil (com união e sem união), participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi realizada a técnica de regressão logística multinomial. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). Sintomas depressivos foi presente em 20% dos idosos e estavam associados a raça/cor, sexo e estado civil. Idosos do sexo feminino (OR = 1,09; IC95% = 1,01-1,18), não- brancos (OR = 1,10; IC95% = 1,02-1,19) e que não possuem companheiro (a) (OR = 1,14; IC95% = 1,05-1,23;) apresentaram maior probabilidade de ter sintomas depressivos. Conclusão: O estudo aponta que sexo, raça/cor e estado civil são importantes preditores de sintomas depressivos. Desse modo, os grupos mais vulneráveis [mulheres, não brancos e sem companheiro(a)] devem ser priorizados em estratégias que visem prevenir a depressão em idosos.
  • 32. Código: 15442 Título: DIREITO A SAUDE NA VELHICE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICIPIO DE SÃO DOMINGOS DO SUL Autores: Rosane Lorenzeti; Janaina Rigo Santin; Marilene Rodrigues Portella; Resumo: O envelhecimento crescente da população brasileira se traduz em preocupações de ordem econômica, social e educacional, entre outras. A longevidade emerge num cenário de profunda desigualdade social, violação dos direitos humanos, desemprego, falência dos sistemas de saúde e de educação. Partindo do pressuposto de que os direitos dos idosos nem sempre são respeitados, este estudo objetivou avaliar como se dá a aplicabilidade do direito dos idosos na atenção básica de saúde, bem como elucidar o impacto da legislação vigente na efetivação dos direitos a saúde no município de São Domingos do Sul-RS. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa, proposto por Yin (2005). Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas para a abordagem aos idosos, seus familiares, profissionais de saúde e elementos- chave, ainda utilizou-se a análise documental e técnica da discussão grupal, com vistas a subsidiar propostas para ações e projetos relacionados à saúde do idoso. Os dados apontam que a aplicabilidade dos direitos dos idosos no município estudado se efetiva por meio dos seguintes instrumentos: Política Municipal de Saúde com o plano Municipal de Saúde, Conferências Municipais de Saúde, Assistência a Saúde e Conselho municipal de Saúde; de Assistência Social com a Política Municipal de Assistência Social, Conferências Municipais de Assistência Social e Conselho Municipal de Assistência Social e do Idoso com a Política Municipal do Idoso e Conferência Municipal do Idoso. Verificando acerca de sua efetividade e importância junto à referida parcela da polução traz o entendimento de que a problemática acerca dos direitos do idoso na gestão básica de saúde apresenta em alguns aspectos um hiato entre a previsão legal e a efetividade dos referidos direitos. Outros aspectos, tais como garantias sociais, que correspondem como determinantes do envelhecimento ativo preconizado pela Organização Mundial da Saúde encontra-se em plena execução sob a forma de programas e ações; no que confere a participação e o controle social, os dados acusam que este exercício vem ocorrendo de forma organizada com a participação expressiva dos idosos, todavia, os dados revelam que muitos idosos não têm conhecimento pleno de seus direitos, o que denota a necessidade do uso de estratégias educativas apropriadas ao idoso. A educação para o exercício dos direitos deve ser vista como um compromisso emergente para o segmento longevo.
  • 33. Código: 15511 Título: DISFAGIA OROFARÍNGEA EM PACIENTES COM MIASTENIA GRAVIS Autores: KARINE DA ROSA PEREIRA; ALINE JULIANE ROMANN; Resumo: A Miastenia Gravis (MG) é uma desordem autoimune da junção neuromuscular causada pela falha na transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos. Tal doença caracteriza-se por fadiga e fraqueza muscular oscilante e associação com outras doenças autoimunes. A prevalência da MG é estimada de 5 a 15/100.000 casos e a incidência de 1/100.000 casos na população geral. Em termos de idade, a maior incidência da doença é nos homens de 50 a 60 anos e nas mulheres de 20 a 30 anos. A disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição que ocorre na passagem do bolo alimentar da boca até o estômago, dificultando a ingesta segura, confortável e eficiente do alimento, podendo levar à broncoespasmo, obstrução das vias aéreas, desnutrição, desidratação, aspiração pulmonar com consequências, pneumonia e morte. Entre os portadores, a disfagia acomete em torno de 15% a 40% e em uma faixa de 6% a 15%, a disfagia se apresenta como primeiro sintoma da doença. Nos pacientes com MG leve à moderada, a aspiração ocorre em 35% e a principal dificuldade é comumente elocalizada na fase faríngea da deglutição. A disfagia pode ser o principal agente desencadeante de uma crise miastênica em mais de 50% dos pacientes. Aspiração silenciosa, definida pela entrada do alimento na traquéia sem presença de tosse, ocorre em crise miastênica e pode levar à pneumonia. A disfagia nessa doença continua a ser uma fonte significativa de morbidade e mortalidade. Desta maneira, identificar a disfunção faríngea é fundamental na prevenção da aspiração e de pneumonia subsequentes, tornando importante detectá-la, para que co-morbidades como desnutrição, desidratação e pneumonias aspirativas sejam evitadas.
  • 34. Código: 15466 Título: ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Moema Santos Souza; João de Souza Leal Neto; Resumo: Introdução: Com o envelhecimento são verificadas alterações no estado nutricional dos indivíduos que podem ter influência dos fatores sócio-demográficos. Objetivo: Verificar a associação entre fatores sócio-demográficos e o estado nutricional de idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com delineamento transversal, de base populacional e comunitária. A população foi composta por idosos (≥60 anos) de ambos os sexos, não institucionalizados e residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A coleta dos dados foi realizada no domicilio de cada idoso no mês de janeiro de 2011. O estado nutricional foi avaliado através do índice de massa corporal (IMC) utilizando-se a seguinte classificação: baixo peso (<23 kg/m2), peso normal (23≤IMC≤28 kg/m2) e obesidade (≥28 kg/m2). Entre os fatores sociodemográficos foram utilizados: sexo; faixa etária (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos); raça/cor (branca e não branca); saber ler e escrever um recado (sim e não); renda familiar per capita (em tercil: ≤ R$255, ≤ R$510 e > R$510); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e não). A análise dos dados foi realizada através do teste Qui-quadrado, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu em 316 idosos, sendo 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de baixo peso, peso normal e obesidade foram 40,7%, 43,7% e 15,7%, respectivamente. Houve associação entre o baixo peso e a faixa etária ≥ 80 anos (p=0,04), entre sobrepeso e o sexo feminino (p=0,08), sobrepeso e união estável (p=0,000). Conclusão: Os resultados mostraram que existe associação entre o comprometimento do EN e fatores sócio- demográficos. De modo que no processo de avaliação nutricional de idosos devem-se considerar possíveis alterações decorrentes dos fatores sócio-demográficos.
  • 35. Código: 15497 Título: ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO EMOCIONAL: RELAÇÕES COM MEDIDAS AFETIVAS ENTRE IDOSOS Autores: Samila Sathler Tavares Batistoni; Tiago Nascimento Ordonez; Thais Bento Lima da Silva; Prisicilla Pascarelli Pedrico Nascimento; Meire Cachioni; Resumo: Mudanças desenvolvimentais no âmbito das habilidades e estratégias de regulação emocional tem sido observadas entre idosos enquanto recurso adaptativo frente às mudanças no processo de envelhecimento. Uma vez que diferentes estratégias de regulação emocional geram variabilidade em medidas de adaptação, bem-estar e saúde torna-se relevante investigar o uso sistemático de diferentes estratégias de regulação emocional em idosos e suas relações com indicadores de funcionamento afetivo. Objetivos: Baseando-se nesse contexto visou-se identificar relações entre as estratégias de regulação emocional (reavaliação cognitiva e supressão emocional) e medidas de experiência afetiva, satisfação com a vida e depressão entre idosos. Método: Cento e cinqüenta e três idosos (M= 66,8 anos; DP=5.20, 71,2% feminino) de uma Universidade Aberta à Terceira Idade responderam ao Questionário de Regulação Emocional, ao Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e à escala de depressão GDS. Resultados: Os idosos pontuaram mais alto nas estratégias de regulação emocional do tipo Reavaliação Cognitiva (M=5,53; DP=0.89) do que nas do tipo Supressão Emocional (M=4.40; 1.36). Análises de correlação indicaram relações positivas de Reavaliação cognitiva com satisfação com a vida e afetos positivos (r=0,37; r=0,25) e relações negativas com depressão e afetos negativos (r= -0,22; r=-0,34). Discussão: Os dados corroboram a concepção de que o maior uso da Reavaliação Cognitiva se relaciona com melhor saúde emocional e possa assim ser considerado, por exemplo, um fator protetor contra sintomas depressivos na velhice. Por outro lado, as relações de Supresão Emocional com indicadores afetivos entre idosos não se comportaram como nos estudos com amostras mais jovens. Conclusões: O construto de Regulação Emocional não se trata de um traço psicológico imutável, mas sensível ao processo de desenvolvimento e envelhecimento. Consistente com as teorias atuais sobre o envelhecimento emocional, os idosos relataram uma vida emocional predominantemente positiva e a capacidade preservada de regular as emoções de forma adaptativa. Palavras-chave: Regulação emocional, satisfação com a vida, depressão.
  • 36. Código: 15457 Título: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE E DEMÊNCIA EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BH-MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Louise Mendes Trigueiro; Felipe de Magalhães Leão Luz; Ana Rita Rodrigues; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Flávia Lanna de Moraes; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Leandr Resumo: Introdução: Com o envelhecimento populacional tem-se observado o aumento de condições que implicam no comprometimento da independência e da autonomia do idoso. Dentre estas condições, podemos citar o comprometimento cognitivo leve (CCL), definido pela presença de declínio cognitivo mais acentuado do que o esperado para idade e nível educacional, mas insuficiente para limitar a execução das atividades de vida diária (AVD). É uma entidade de difícil diagnóstico, pois tanto o paciente quanto à família deixam de valorizar os sintomas, retardando a visita ao médico e determinando diagnósticos tardios. A depressão, distúrbio também frequente entre os idosos, é comumente subdiagnosticada devido à sintomatologia atípica. Objetivos: Avaliar a prevalência de comprometimentos nas atividades de vida diária, de CCL, de transtorno depressivo maior e de demência e sua etiologia e gravidade em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-parceria entre a SES-MG, a Secretaria Municipal de Saúde de BH e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados pelo Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Observou-se acometimento de AVD’s instrumentais em 55% dos pacientes e de AVD’s básicas em 16%. O diagnóstico de CCL foi observado em 9,9% dos idosos, enquanto o de depressão em 51,9%. Demência foi detectada em 32,8% dos pacientes, sendo a de Alzheimer (DA) a mais prevalente (51,2%), seguida pela demência mista (25,6%) e a vascular (9,5%). Na análise da gravidade da demência pelo CDR, observamos que 42,1% dos pacientes portadores de demência encontravam-se em CDR 3 , 39,5% em CDR 1 e, 18,4%.em CDR 2. Conclusão: Uma parcela significativa dos pacientes apresentava prejuízo nas AVDs. Destaca-se a alta prevalência de depressão na população estudada, acima do observado em inquéritos epidemiológicos. Demência figurou entre as principais causas deste comprometimento. Concordante com os dados existentes na literatura, DA foi a principal causa de demência seguida pela demência mista. No momento do diagnóstico, muitos desses idosos já estão em fase avançada de demência.
  • 37. Código: 15319 Título: FUNÇÃO EXECUTIVA E MEMÓRIA CONTEXTUAL INCIDENTAL EM PACIENTES DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de Almeida Fleck; Irani Argimoni; Elke Bromberg; Resumo: INTRODUÇÃO: Alguns estudos tem sugerido uma relação entre depressão, déficits cognitivos e demência em fases mais tardias da vida. Como as alterações cognitivas relacionadas à depressão já estão presentes em pacientes jovens, torna-se importante avaliar se os déficits dos mesmos podem ser revertidos com estratégias de reabilitação cognitiva, de forma a estabelecer programas preventivos de disfunções adicionais. OBJETIVOS: Analisar a função executiva e a memória contextual de pacientes depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS: Participantes: 17 indivíduos com depressão maior unipolar (idade: 32,52 ± 1,83 anos; 14 mulheres e 3 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional (MINI) e 22 controles (idade: 29,77 ± 1,00 anos; 19 mulheres e 3 homens; BDI: 4,45 ± 0,67) pareados quanto a escolaridade. Critérios de exclusão: escore no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) compatível com demência; déficit sensorial; alteração neurológica ou medicação que comprometesse a atividade do SNC. Os voluntários foram submetidos ao Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST) para avaliar a função executiva e a tarefa de memória contextual incidental para reconhecimento de objeto e contexto. Essa última foi apresentada em duas versões: uma com estratégia facilitadora, que fornecia uma instrução direta para o estabelecimento do vínculo entre objeto e ambiente, e outra sem estratégia facilitadora, que não fornecia pista. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste post-hoc de Tukey. O nível de significância foi p<0.05. RESULTADOS: Os depressivos obtiveram performance mais baixa no WCST para categorias completadas (p=0.001). Na tarefa de memória, não houve diferença significativa entre os grupos para reconhecimento do objeto. No entanto, os pacientes apresentaram um desempenho mais baixo que os controles no reconhecimento do contexto (p=0.000), quando a tarefa de reconhecimento foi realizada sem estratégia facilitadora. Porém, a introdução da estratégia facilitadora reverteu este quadro, equiparando o desempenho de depressivos e controles (p=0.55). CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a depressão pode afetar tanto a função executiva quanto a memória contextual. Adicionalmente, observa-se que os déficits de memória contextual podem ser revertidos pelo uso de estratégias de codificação, indicando que a reserva cognitiva destes pacientes pode ser utilizada em programas de reabilitação cognitiva.
  • 38. Código: 15431 Título: GINÁSTICA ORIENTADA: EXPERIÊNCIA DE FORTALECIMENTO DA PROMOÇÃO DE SAÚDE E ENVELHECIMENTO NA SAÚDE DA FAMÍLIA- UBERABA/MG Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Cristiane Alves Martins; Sheilla Tribbess; Jair Sindra Virtuoso Junior; Resumo: Introdução: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. A Estratégia Saúde da Família (ESF) apresenta-se no cenário nacional como uma ferramenta de ação diante desta realidade, pois fortalece os princípios e diretrizes do SUS, através de proposições de práticas inovadoras na Atenção Básica, que realmente privilegiem a resolutividade desse nível de atenção. Na atenção básica, a atividade física é considerada como comportamentos determinantes de saúde e juntamente com uma equipe multiprofissional pode contribuir para as necessidades em saúde das comunidades assistidas, em especial aos idosos. Objetivo: Engajamento de pessoas idosas a práticas de atividades físicas orientada, em praças ou espaços comunitários do município, com apoio dos profissionais da ESF. Método: O apoio intersetorial (secretarias municipais de saúde, Educação e Esportes) possibilita que um grupo de profissionais (Educação Física, Enfermagem e Psicologia) atue no Programa de Ginástica Orientada. A freqüência das atividades é de duas vezes por semana com duração de 60 minutos. A dinâmica das atividades inicia-se com a aferição pressórica dos fatores hemodinâmicos, em seguida as atividades de aquecimento, exercícios aeróbios e de resistência, ao final da seção o encerramento com ação lúdica e reflexão sobre um pensamento, leitura ou a abordagem de algum tema específico de autocuidado e estilo de vida. Resultados: Atualmente, o Programa é constituído por 15 grupos, contando com a participação de aproximadamente 1200 pessoas/semana. O Programa demonstrou-se efetivo para alcance de indicadores da gestão em saúde, sendo uma alternativa de oferecimento de práticas de atividades físicas as pessoas idosas. Considerações: O Programa Ginástica Orientada é consonante as diretrizes da Política Nacional de Promoção à Saúde; seu alicerce é a intersetorialidade para a implementação de cuidado na saúde do idoso, através da atividade física orientada, adota práticas horizontais de gestão para sua efetivação, busca fortalecer a participação social e visa o envelhecimento ativo e saudável dos participantes.
  • 39. Código: 15551 Título: HALLUCINATION IN A FRONTOTEMPORAL DEMENTIA CASE Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta; Resumo: Introduction: Frontotemporal dementia (FTD) is associated with marked behavior changes, but hallucinations and delusions are rare. Although most patients with FTD present with socially inappropriate behaviour, compulsive-like acts, poor insight and disinhibition, the presence of psychiatric features including delusions, hallucinations, and paranoia can lead to a misclassification of FTD as psychiatric disorder. In the absence of cognitive deficits non-experts fail to recognize these social changes as dementia symptoms. Objective: To report a case of FTD with early and persistent delusions, in the context of a paraphrenic syndrome. Case Report: An 70 years- old male, was first referred to the dementia outpatient division, at Hospital das Clínicas of Federal University of Goiás in March 2007. The patient’s wife (main caregiver) reported that he presented persecutory delusions and auditory hallucinations since 2005. The caregiver reported that the patient begins to read the bible and hear voices. The voices say that will kill him. According her, the patient is not aggressive and do not see people (without visual hallucinations). His speech is meaningless and he repeats the same phrases many times. At using Depakene 250 mg 2x/day. In this first consultation were raised hypotheses of depression, hypothyroidism and paraphrenia (schizophrenia late). The patient was diagnosed with frontotemporal dementia after the completion of imaging. Conclusion: Delusions and hallucinations can occur in frontotemporal pathology without motor neuron disease. Psychotic symptoms are rare in FTD, possibly due to limited temporal-limbic involvement in this disorder, but our case has no exuberant limbic pathology in contrast to his important frontomesial atrophy.
  • 40. Código: 15498 Título: HIPERTENSÃO E COGNIÇÃO, RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, NÍVEIS PRESSÓRICOS, USO DE MEDICAMENTOS ANTI- HIPERTENSIVOS E DESEMPENHO COGNITIVO. Autores: Mônica Sanches Yassuda; Ruth Caldeira Melo; Thais Bento Lima da Silva; Tiago Nascimento Ordonez; Priscilla Tiemi Kissaki; Meire Cachioni; Resumo: Introdução e Objetivos: Estudos têm documentado desempenho mais baixo em testes cognitivos entre idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica quando comparados a idosos normotensos. Entretanto, o uso dos medicamentos anti- hipertensivos e mudanças no estilo de vida podem atenuar a associação entre hipertensão e declínio cognitivo. O presente estudo teve como objetivo comparar o desempenho cognitivo de idosos normotensos e hipertensos, tanto com níveis pressóricos controlados como níveis pressóricos não-controlados. Além disso, foi investigada a relação entre variáveis sociodemográficas, níveis pressóricos, utilização de medicamentos anti-hipertensivos e desempenho cognitivo. Métodos: Participaram do estudo 215 idosos, de ambos os sexos, com 60 anos ou mais, alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade na Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH USP Leste). Os voluntários foram classificados em normotensos (NT, n=64), hipertensos com pressão arterial (PA) controlada (HTPAC, n=48) e Hipertensos com PA não-controlada (HTPANC, n=103), segundo autorelato e medida da PA. O protocolo incluiu variáveis sociodemográficas e clínicas, como questões sobre uso de medicação anti-hipertensiva, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), medidas da pressão arterial, Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), teste de fluência verbal categoria animais, e Teste Cognitivo Breve. Resultados: Os grupos apresentaram semelhanças quanto ao perfil sociodemográfico. Os níveis de PA sistólica e diastólica foram estatisticamente maiores no grupo HTPANC comparado aos outros grupos estudados. O HTPAC fazia maior uso de medicamentos anti-hipertensivos em comparação com o HTPANC. Além disso, foi observado melhor desempenho no MEEM para o grupo HTPAC comparativamente aos demais grupos. As variáveis cognitivas foram influenciadas por escolaridade, renda, uso de medicação anti-hipertensiva (betabloqueadores e antagonistas do canal de cálcio). O desempenho no MEEM foi também influenciado pelos níveis de PA sistólica. Conclusões: Os resultados sugerem que, em idosos, o desempenho cognitivo pode sofrer influência conjunta das variáveis sociodemográficas, dos níveis pressóricos e do uso de medicação hipertensiva.
  • 41. Código: 15547 Título: IDOSOS E AS LESÕES AUTO PROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE, UM RETRATO DOS REGISTROS NO BRASIL. Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Sula Paiva Fagundes; Resumo: INTRODUÇÃO:Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano são registrados cerca de um milhão de suicídios no mundo. Considerando que a população acima de 80 anos é a que mais cresce no Brasil, é importante uma atenção diferenciada para os aspectos sociais e de saúde. O aumento das taxas de suicídio entre idosos sugere uma relação da progressão etária com processos biológicos/psicológicos favorecendo a decisão do indivíduo idoso de se autodestruir. OBJETIVO:O objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva epidemiológica dos óbitos registrados entre 1999 e 2009 no Brasil, em pessoas com 60 anos ou mais, tendo como causa o CID-BR-10: 109 Lesões auto provocadas voluntariamente.MÉTODO:Análise de dados coletados referentes à taxa de suicídio a partir do Datasus, com o auxílio de literatura científica. RESULTADO: Analisando-se os óbitos por suicídio, em relação ao total da população, verificou-se que entre o ano de 1999 e 2009 a taxa média de ocorrências de mortes, para as faixas etárias estudadas manteve-se estável, exceto a faixa de 80 anos ou mais que apresentou declínio. Os registros, porém mostraram que a proporção de óbitos causados por suicídio é maior em pessoas com 80 anos ou mais, sendo em média 15 vezes maior que nas demais faixas etárias, reduzindo, entre os anos de 2007 e 2009, para 13 vezes. Em todas as faixas etárias o ano de 2005 apresentou a maior incidência de óbitos registrados por suicídio. A menor incidência de óbitos por suicídio ocorreu no ano 2000, para a faixa etária de 70 aos 79 anos, sendo esta a faixa etária que apresentou menor índice em todos os anos pesquisados.No período estudado, o pico das ocorrências de suicídios deu-se no ano de 2005, decaindo nos seguintes.CONCLUSÃO:O ato de suicídio apresentou maior incidência com o avanço da idade, e principalmente em idosos muito idosos.Considerando o aumento progressivo da expectativa de vida, faz-se essencial um olhar para os idosos e sua relação com a vida, identificando os principais motivos que conduzem ao ato de suicídio a fim de que sejam desenvolvidas estratégias para minimizar tal impacto.
  • 42. Código: 15370 Título: IDOSOS QUE COMETEM SUICÍDIO: REVISÃO DA LITERATURA Autores: Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; Karen Dal Lago Miotto; Resumo: INTRODUÇÃO: O suicídio realizado pelos idosos, atualmente, retrata um grave problema para a sociedade de diversas partes do mundo. Os dados em relação a autodestruição senil são muito elevados e a razão entre tentativas e suicídios consumados é muito próxima, quase 2:1. OBJETIVO: O objetivo da presente revisão foi analisar fatores de riscos associados ao suicídio de pessoas idosas, a partir da literatura. METODOLOGIA: Estudo feito através da revisão da literatura acerca do tema. Foram consultadas as bases de dados medline e bireme com os seguintes descritores: psiquiatria idoso, suicídio idoso. DISCUSSÃO: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em países subdesenvolvidos, como o Brasil, é considerado idoso a pessoa com idade maior ou igual a 60 anos. O envelhecimento faz parte do processo biológico humano e pode ou não estar acompanhado de doenças que causam limitações para a execução das atividades de vida diária que, muitas vezes, tornam o indivíduo um ser incapacitado. Os idosos apresentam riscos de cometerem o suicídio, entre esses estão: a perda de papéis na sociedade; morte de amigos e parentes; isolamento social; saúde em declínio; restrições financeiras; redução do funcionamento cognitivo; perda da autonomia. Tendo em vista este declínio de funções, antes realizadas, ou mesmo da diminuição da autoridade em certos casos, pois, com o envelhecimento, os idosos tornam-se mais dependentes física e intelectualmente de cuidadores, é que emerge, em muitos destes senis, o desejo ou a impulsividade para cometerem um ato suicida. CONCLUSÃO: O suicídio está apresentado como sendo um grave problema, uma vez que a população considerada idosa está em constante crescimento na maior parte do mundo, sendo assim, justifica - se um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que afeta esta faixa etária.