O documento discute vazamentos de óleo no pré-sal e se estamos preparados para lidar com eles. Relata simulações de vazamentos feitas pela Petrobras que mostraram falhas nos equipamentos e procedimentos de contenção. Também menciona acidentes reais ocorridos recentemente e a necessidade de melhorias contínuas na preparação para emergências ambientais na indústria de petróleo e gás.
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
Para fazer funcionar uma plataforma de retirada de petróleo no mar, é
necessária a licença de operação que é concedida pelo Ibama.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
RESOLUÇÃO No 398, DE 11 DE JUNHO DE 2008
A licença, por sua vez, só é outorgada se a empresa apresentar um
Plano de Emergência Individual, um documento técnico que
descreve com minúcias o que farão os funcionários da plataforma, e
equipes de segurança em terra e embarcações, no caso de
vazamento de óleo no mar.
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
SIMULAÇÃO do IBAMA : 8h20 do dia 10 de março 2011
um analista ambiental do Ibama da Praça XV telefonou para um fiscal da
plataforma SS-53, ao sul do Campo de Tambuatá, na Bacia de Santos.
Acidente: 80 mil litros de óleo (vaz médio) haviam vazado no mar.
- Uma hora depois, outro analista aviso informou que bolotas de óleo
flutuavam na praia de Vila Caiçara, no município de Praia Grande,
no litoral sul paulista.
Os dois alarmes, pré agendados e simulados, marcavam o
começo do teste do Plano de Emergência Individual da
plataforma.
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
Nas operações de mar vazaram, hipoteticamente, 80 mil litros.
Em seu parecer técnico do IBAMA, assinado por todos, ele
registrou: “Houve problemas no lançamento da
barreira de contenção, que não foi inflada
completamente, e houve a quebra do skimmer
após a sua colocação na água.”
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
O analista observou que o coordenador de operações no mar,
Manuel Osório, da Petrobras, sediado no Rio, demorou seis horas
para chegar à plataforma, a partir da comunicação do incidente,
“perdendo um tempo precioso em um combate à
emergência”.
E registrou que o helicóptero usado na simulação tinha combustível
apenas parao trajeto aeroporto–plataforma–aeroporto. “Em
emergências, vários sobrevôos devem ser realizados, a
fim de que o coordenador de operações no mar oriente o
posicionamento das embarcações de resposta, o que
demanda mais combustível.”
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
Na conclusão do parecer, no qual Maturana assinou o seu
“De acordo”, está dito que “os equipamentos de contenção
e recolhimento apresentaram problemas (barreira afundada
em vários trechos e recolhedor quebrado), não sendo
possível a simulação dos procedimentos.
Ressalta-se que os mesmos problemas se repetiram em praticamente
todos os simulados realizados pela empresa no
ano de 2009, o que demonstra a necessidade de uma alteração
dos seus procedimentos de avaliação e manutenção destes
equipamentos”
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Vazamento de óleo no pré-sal
Estamos preparados?
A Petrobras teve uma nova chance três meses depois, em 9 de junho:
um segundo simulado, na mesma plataforma SS-53,
e praticamente nas mesmas condições, incluindo o aviso prévio.
“A Petrobras foi novamente reprovada, porque cometeu os mesmos
erros”,
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Vazamento de óleo
Neste momento....
Chevrom – mancha de 163km2
500 barris dia
120 km da costa
Poço terá que ser abandonado
Este ano foram 32 acidentes contra 16 do ano passado...
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Vazamento de óleo
Neste momento....
A Chevron declarou que o vazamento no campo Frade, na bacia de
Campos, divulgado na última quinta-feira (10/11), está na faixa de
330 barris por dia e se espalhou por uma área de 163 km
quadrados. Esses dados são contestados por John Amos, diretor
do site SkyTruth, especializado na interpretação de fotos de
satélite para fins ambientais. A partir de uma imagem da NASA, ele
concluiu que a mancha toma uma área de 2.379 km quadrados
(14,5 vezes o declarado pela Chevron) e que o total derramado
pode chegar a 3.738 barris por dia, cerca de dez vezes mais do que
o declarado pela Chevron.
A expectativa de que o vazamento pode ser pior do que havia sido
divulgado no início fez as ações da empresa -- que usa a marca
Texaco nos EUA -- caírem 3% na bolsa de Nova York.
http://blog.skytruth.org/2011/11/oil-spill-off-brazil-seen-on-satellite.html
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FONTE: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-50/questoes-ambientais/multiplicacao-do-perigo