1. DEGLUTIÇÃO
Alimento presente na boca
Faringe
Esôfago
Estômago
Colaboram com o processo :
• Língua
• Músculos faríngeos
• Paredes do esôfago
Túnica muscular do esôfago está formado em :
Cão e Ruminantes : fibras musculares estriadas
Cavalo, Suíno e Gato : a porção distal próxima da cardia tem fibras musculares lisas
FASES DA DEGLUTIÇÃO
1. Primeira fase – Fase Voluntária
Trajeto dos líquidos e sólidos até atravessar o ístmo da fauce. O bolo alimentar é
colocado no dorso da língua em posição favorável à deglutição. A boca se fecha o bolo é
movido para a base da língua contra o palato duro, iniciando o movimento na parte anterior
da língua no sentido antero posterior . Finalmente a base da língua se projeta fortemente
para trás e para cima empurrando o bolo para a faringe.
2. Segunda fase – Fase Reflexa
Ë bastante breve e corresponde ao transito do bolo alimentar pela faringe. Ao passar
pela faringe o bolo alimentar cruza as vias respiratórias e por um breve espaço de tempo a
respiração para.
Os alimentos mais fluídos e os líquidos são projetados rapidamente até a cardia pela
contração dos músculos miloiodeos e outros músculos presentes na cavidade bucal.
Os alimentos sólidos : contração dos músculos constrictores médios e inferiores da
faringe. A dilatação da zona distal da faringe facilita a movimentação do bolo alimentar.
Quando o processo de deglutição é finalizado a respiração volta a ocorrer naturalmente.
2. 3. Terceira fase – Transito pelo Esôfago
Temos a participação de movimentos peristálticos:
- Peristáltismo primário : coordenado por fibras do nervo vago
- Peristáltismo secundário : coordenado pelo sistema nervoso intrínseco
Entre os animais domésticos, apenas o cavalo possui um esfíncter bem
desenvolvido, em forma de uma estrutura anular constituída por potentes fibras musculares
que formam a cárdia.
A passagem dos alimentos pela cárdia depende do estado de repleção do estômago,
bem como do processo de apreensão de alimento.
Nos ruminantes temos a presença de esfíncteres no esôfago, esfíncter cranial e
caudal.
Regulação Nervosa da Deglutição
A segunda e a terceira fase da deglutição são controladas por um arco reflexo, o
qual ocorre em função da excitação de certas elementos envolvidos no processo.
• Base da Língua
• Mucosa da Faringe
• Palato
• Epiglote
• Nervo glossofaríngeo
• Nervo laringocranial
As fibras nervosas são dirigidas ao centro nervoso da deglutição localizado no
Bulbo, na base do 4o ventrículo, sobre o centro da respiração e próximo aos núcleos do
nervo vago.
3. MOVIMENTOS DO TRATO DIGESTIVO
MOTILIDADE
Componentes funcionais do Estômago :
• Fundo
• Corpo
• Antro
Esfíncteres :
• Cardia (anterior)
• Piloro (posterior) : o piloro não tem inervação independente
e sua função é evitar a regurgitação (volta do alimento do
intestino para o estômago).
Inervação :
• Intrínseca
⇒ Plexo mioentérico : Auerbach
⇒ Plexo submucoso : Meissner
• Extrínseca
⇒ Simpática : plexo celíaco (inibe a motilidade )
⇒ Parassimpática : plexo vagal ( estimula a motilidade )
Funções : A motilidade gástrica tem 3 funções básicas
• Armazenagem : relaxamento da região do fundo (relaxação
receptiva).
• Mistura : a presença do alimento na região do corpo e do
antro aumento a atividade contrátil do estômago. Através da
peristalse e da retropropulsão, o alimento é misturado com o
suco gástrico dando origem ao quimo.
• Esvaziamento : passagem do quimo para o intestino
delgado.
4. Regulação do Esvaziamento Gástrico :
1. Reflexos Locais :
• Excitatórios : iniciados pela expansão do antro. Vagotomia
diminui a magnitude e a coordenação das contrações do
estômago.
• Inibitórios : reflexos enterogástricos
- Proposta : prevenir o fluxo de quimo acima da capacidade do intestino
- Causas : alta osmolaridade, baixo pH, produtos da digestão de lipídeos e
proteínas, baixa osmolaridade, o conteúdo calórico do alimento, e a
distensão da parede do duodeno
2. Hormônios: liberados do estômago e do intestino.
• Efeitos excitatórios : Gastrina ( liberada na circulação em
resposta à distensão do antro e produtos da quebra dos
alimentos.
• Efeitos inibitórios : produzidos por uma variedade de
hormônios intestinais denominados enterogastronas, como
CCK e Secretina.
• CCK : liberado do duodeno em resposta a produtos da
digestão de lipídeos e proteínas. CCK atua
bloqueando o efeito excitatório da Gastrina na
musculatura lisa do estômago.
• Secretina : é liberada do duodeno em resposta à
presença de ácido. A Secretina tem um efeito
inibitório direto sobre a musculatura lisa.
Não é um fenômeno espontâneo. Depende da conteúdo duodenal. O
esvaziamento é mais ou menos rápido dependendo da natureza da dieta.
Moléculas que exercem influência sobre o esvaziamento gástrico e que se
encontram no quimo do duodeno.
Lipídeos > Ácidos Graxos > Amino Ácidos > Açúcares > Íons H+
Lipídeos diminuem a motilidade tanto quando estão presentes no
estômago como no duodeno.
1. Métodos de Estudo
• Balão/Sonda : manômetro e quimógrafo
• Radiológico : contraste e raios x
• Fistula : quimógrafo
5. • Fragmento de tecido em solução isotônica rica em O2
2. Movimentos
Nos períodos interdigestivos : atividade motora e secretora ocorre a cada 1-3
horas com períodos de 10-30 minutos.
Períodos digestivos :
Bolo Alimentar → Estômago → Movimentos Gástricos
Ocorrência de ondas peristálticas fortes no antro pilórico.
Aumento do tonus e atividade rítmica.
Os alimentos e o suco gástrico se misturam na região pilórica do estômago
durante a ingestão de alimento. No estado avançado de digestão e com o estômago
quase vazio, a mistura ocorre por todo o estômago. Não presenciamos estratificação.
O estômago apresenta grande automatismo devido ao Plexo de Awerbach.
A inervação extrínsica é dada pelos nervos : vago e esplênico.
• Reflexos condicionados
• Reflexos não condicionados
No cavalo e no suíno, o estômago não fica totalmente vazio nos períodos
interdigestivos.
Homem e carnívoros : esvaziamanto total interrefeições.
Cavalo e suíno : após 24 horas.
3. Replexão do Estômago
4. Trânsito de Líquidos
Mecanismos de Esvaziamento :
• Fenômeno contínuo
• Pequenas quantidades
• Ondas peristálticas
• Contrações tônicas
6. O VÔMITO
É um reflexo protetor. Comum em omnívoros e carnívoros.
Cavalo não vomita :
• Cárdia muito próximo do piloro.
• Ângulo de desembocadura do esôfago no estômago é muito
agudo.
O Centro do Vômito é localizado no bulbo. Estão envolvidos com o
mecanismo de vômito, as seguintes estruturas :
• Nervo vago
• Nervo glossofaríngeo
• Inervação dos músculos respiratórios
• Inervação da parede abdominal
O Vômito :
1) Inspiração profunda
2) Fechamento da glote
3) Contração do piloro e região próxima
4) Relaxamento da região fúndica
5) O bolo vai para a região cárdica
6) Região cárdica → Esôfago
7) Fechamento da cárdia
8) Relaxamento do diafragma
9) Contração dos músculos respiratórios e aumento da pressão na cavidade
torácica e esôfago.