Ariane Mnouchkine fundou o Théâtre du Soleil em 1964 como uma companhia teatral cooperativa e eclética. O Théâtre du Soleil produz espetáculos criativos que misturam culturas e são encenados em locais não convencionais. Mnouchkine rejeita o palco tradicional e enfatiza a colaboração no processo de criação.
1. Ariane Mnouchkine
“Que o espetáculo produzido pelo grupo seja o que o grupo quer que ele seja.”
Lumilan Noda e Tatiana Duarte
2. Ariane Mnouchkine
É diretora de Teatro e Cinema
Nascida dia 3 de março de 1939 em Boulogne-sur-Seine/FR (hoje com 72
anos)
O Pai foi produtor de cinema e cria a produtora Les Films Ariane, quando
Ariane tinha 6 anos
Ariane é influenciada pela cultura cinematográfica e disto nasce a
peculiaridade de sua forma de encenar
Fundou Associação Teatral dos Estudantes de Paris (ATEP) o que se tornou
o Théâtre du Soleil – cia fundada em 1964.
3. Théâtre du Soleil
Fundada em 1964 como Sociedade Cooperativa Operária de Produção Théâtre du
Soleil na Cartoucherie de Vincenne
Mnouchkine deu esse nome em homenagem a um grupo de diretores de filmes
que tinham seus trabalhos caracterizados por luz e sensualidade;
Teatro Eclético e Criativo - mistura de cenografias culturais
Processo colaborativo
Valorizada quanto à coletividade:
Princípios éticos, socialistas e coletivos (paridade de salários - cooperativismo)
20 nacionalidades dentro do Théâtre du Soleil
4. “Tenho de ver se a comida está boa, se a chuva
não está entrando pelo teto e administrar o
dinheiro que temos. Não estou em busca de
patrocinadores. Recusamos isso porque não
queremos ficar escravos deles.”
Ariane Mnouchkine, ao ser perguntada sobre as
dificuldades do ofício de diretora teatral.
(DELGADO, Maria M. e HERITAGE, Paul. Diálogos no Palco, 1999. Pág 386)
5. Características da Encenação
Rejeita utilização de palcos tradicionais e opta por espaços cênicos como
ginásios, celeiros, indústrias etc.
Geralmente seus atores vestem o figurino ou colocam sua maquiagem em
frente aos olhos do público.
Exploração dos sentidos Visual, Sensorial e Musical
É dotada por características da linguagem cinematográfica
7. • 1964 - Os Pequenos Burgueses de Máximo Gorki, criação coletiva feita a
partir da adaptação de Arthur Adamov.
• 1965 - Le Capitaine Fracasse de Théophille Gautier, criação coletiva.
• 1967 - A Cozinha de Arnold Wesker, num circo abandonado, este foi seu
primeiro sucesso.
• 1968 - Sonhos de uma Noite de Verão de Shakespeare.
• 1969 - Les Clowns (Os Palhaços).
• 1970 - 1789, peça marcante na história do moderno teatro françês.
• 1972 - 1793.
8. • 1975 - A Idade do Ouro.
• 1979 - Mephisto.
• 1981 - Les Shakespeare, estudo sobre a biomecânica de
Meyerhold e do cinema japonês, baseada em Ricardo II e
Henrique IV de Shakespeare.
• 1982 - Twefth Night, também de Shakespeare com figurino em
estilo indiano.
• 1984 - Henry IV, parte 1, também com iconografia japonesa.
• 1985 - A Terrível e Inacabada História de Norodom Sihanounk, Rei
do Camboja, com oito horas de duração.
9. • 1989 - A Indiada ou A Índia dos seus Sonhos.
• 1990 a 1992 - Lês Atrides adaptação de Iphigenia in Aulis de
Eurípedes e das Orestiadas de Ésquilo (1990-93)
• 1995 - Tartufo de Molière.
• 2003 - Le Dernier Caravansérail
• 2006 - Les Ephémères - Os Efêmeros, apresentada no Brasil, no
festival de teatro Porto Alegre em Cena e na cidade de São
Paulo, em 2007.
10. Tambours sur la digue
1999 - Tambours sur la Digue, de Hélène Cixous, em forma de peça antiga para
marionetes, representada por atores. Adaptação cinematográfica de Ariane Mnouchkine, em 2001, na
Cartoucherie, com atores do Théâtre du Soleil. Apresenta-se em Paris e em turnê
(Bâle, Anvers, Lyon, Montreal, Tóquio, Seul, Sydney), para 150 mil espectadores
11. Les Éphémères (imagens do esp. em Nova Iorque – julho de 2009)
Les Éphémères é humanista, revela instantes do cotidiano das pessoas. Para mostrar
essas situações, os cenários, muito realistas, giram e expõem os aposentos das casas
dos personagens, que têm suas vidas se cruzando no decorrer do espetáculo.
14. “Trabalhamos muito, corremos risco mas não somos tão bem-pagos. Admito
que é um luxo. Temos o espaço, temos tempo, temos luz, temos de certo
modo tudo o que precisamos para trabalhar. E é aí que vai o dinheiro, não é
em outra coisa”. Ariane Mnouchkine
(DELGADO, Maria M. e HERITAGE, Paul. Diálogos no Palco, 1999. Pág 382)
Fachada do Théâtre du Soleil: Duccio Bellugi-Vannuccini, Juliana
o antes e o depois Carneiro da Cunha e Paula Giusti
15. Jean"Jacques Lemêtre e Hélène Cixous
Jean-Jacques Lemêtre é músico,
compositor e performer, também
conhecido por ser um
criador/construtor de instrumentos
musicais.
Hélène Cixous é uma escritora
feminista e professora universitária
francesa, dramaturga do Théâtre du
Soleil.
16. Fontes Bibliográficas
• http://www.etnocenologia.org/vicoloquio/index.php?option=com_content&view=article&id=64:deolinda-catarina-franca-
de-vilhena-ariane-mnouchkine-e-o-theatre-du-soleil-notas-de-uma-trajetoria-entre-palco-e-tela-&catid=14:paineis-de-
pesquisadores-convidados&Itemid=186
• http://vestindoacena.com/2007/10/13/o-theatre-du-soleil-na-passarela-do-samba/
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ariane_Mnouchkine
• http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/lesephemeres/?page=companhia
• DELGADO, Maria M. e HERITAGE, Paul. Diálogos no Palco, 1999.