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Folclore Ilustrado

Região Sudeste:
A Lenda do Saci-Pererê
História ilustrada com a lenda desse personagem símbolo do nosso folclore. Junto
com o Caipora, é sem dúvida o mais famoso personagem do folclore brasileiro.


Região Sul :
O Negrinho do Pastoreio :
É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado
pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do
Brasil. . Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul.
O Saci   É uma criança, um negrinho de
         uma perna só que fuma um
         cachimbo e usa na cabeça uma
         carapuça vermelha que lhe dá
         poderes mágicos, como o de
         desaparecer e aparecer onde
         quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O
         Pererê, que é pretinho, O Trique,
         moreno e brincalhão e o Saçurá,
         que tem olhos vermelhos. Ele
         também se transforma numa ave
         chamada Matiaperê cujo assobio
         melancólico dificilmente se sabe
         de onde vem.
Ele adora fazer
pequenas travessuras,
como esconder
brinquedos, soltar
animais dos currais,     Ele não atravessa
derramar sal nas         córregos nem
cozinhas, fazer          riachos. Alguém
tranças nas crinas dos   perseguido por
cavalos, etc. Diz a      ele, deve jogar
crença popular que       cordas com nós
dentro de todo           em sem caminho
redemoinho de vento      que ele vai parar
existe um Saci.          para desatar os
                         nós, deixando
                         que a pessoa fuja.
Diz a lenda que, se
alguém jogar dentro do
redemoinho um rosário
de mato bento ou uma
peneira, pode captura-lo,
e se conseguir sua
carapuça, será
recompensado com a
realização de um desejo.
Nos tempos da      O negrinho do pastoreio
escravidão, havia um                      Pegou o chicote e
estancieiro malvado                       deu uma surra tão
com negros e peões.                       grande no menino
Num dia de inverno,                            que ele ficou
fazia frio de rachar e                   sangrando. ‘‘Você
o fazendeiro                            vai me dar conta do
mandou que um                           baio, ou verá o que
menino negro de                          acontece’’, disse o
quatorze anos fosse                         malvado patrão.
pastorear cavalos e                          Aflito, ele foi à
potros recém-                            procura do animal.
comprados. No final                       Em pouco tempo,
do tarde, quando o                      achou ele pastando.
menino voltou, o                             Laçou-o, mas a
estancieiro disse que                    corda se partiu e o
faltava um cavalo                            cavalo fugiu de
baio.                                                  novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda
mais irritado, espancou o garoto e o
amarrou, nu, sobre um formigueiro.
No dia seguinte, quando ele foi ver
o estado de sua vítima, tomou um
susto. O menino estava lá, mas de
pé, com a pele lisa, sem nenhuma
marca das chicotadas.


Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros
cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho
nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu
conduzindo a tropilha.
Glossário
•Crina: Pêlos compridos e flexíveis, do pescoço e da cauda do cavalo e de
outros animais.Redemoinho
•Córrego: Ribeiro pequeno; riacho.
•Carapuça:. . Nome comum a vários objetos de forma cônica.
•Desatar: Desfazer, tirar o nó ou laço de.
•Pastorear: 1. Guiar ao pasto. 2. Guardar o gado no pasto; pastorar. 3.
Governar eclesiasticamente.
•Estancieiro: Proprietário de fazenda para criação de gado.
•Baio: 1. Da cor do ouro desmaiado. 2. Diz-se do cavalo castanho. S. m.
Cavalo baio.
•Estância: 1. Morada, residência. 2. Fazenda para criação de gado.
•Tropilha.: 1. Lote de cavalos que têm o mesmo pelame e que
acompanham uma égua madrinha. .

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  • 1. Folclore Ilustrado Região Sudeste: A Lenda do Saci-Pererê História ilustrada com a lenda desse personagem símbolo do nosso folclore. Junto com o Caipora, é sem dúvida o mais famoso personagem do folclore brasileiro. Região Sul : O Negrinho do Pastoreio : É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil. . Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul.
  • 2. O Saci É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
  • 3. Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, Ele não atravessa derramar sal nas córregos nem cozinhas, fazer riachos. Alguém tranças nas crinas dos perseguido por cavalos, etc. Diz a ele, deve jogar crença popular que cordas com nós dentro de todo em sem caminho redemoinho de vento que ele vai parar existe um Saci. para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja.
  • 4. Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode captura-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.
  • 5. Nos tempos da O negrinho do pastoreio escravidão, havia um Pegou o chicote e estancieiro malvado deu uma surra tão com negros e peões. grande no menino Num dia de inverno, que ele ficou fazia frio de rachar e sangrando. ‘‘Você o fazendeiro vai me dar conta do mandou que um baio, ou verá o que menino negro de acontece’’, disse o quatorze anos fosse malvado patrão. pastorear cavalos e Aflito, ele foi à potros recém- procura do animal. comprados. No final Em pouco tempo, do tarde, quando o achou ele pastando. menino voltou, o Laçou-o, mas a estancieiro disse que corda se partiu e o faltava um cavalo cavalo fugiu de baio. novo.
  • 6. Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
  • 7. Glossário •Crina: Pêlos compridos e flexíveis, do pescoço e da cauda do cavalo e de outros animais.Redemoinho •Córrego: Ribeiro pequeno; riacho. •Carapuça:. . Nome comum a vários objetos de forma cônica. •Desatar: Desfazer, tirar o nó ou laço de. •Pastorear: 1. Guiar ao pasto. 2. Guardar o gado no pasto; pastorar. 3. Governar eclesiasticamente. •Estancieiro: Proprietário de fazenda para criação de gado. •Baio: 1. Da cor do ouro desmaiado. 2. Diz-se do cavalo castanho. S. m. Cavalo baio. •Estância: 1. Morada, residência. 2. Fazenda para criação de gado. •Tropilha.: 1. Lote de cavalos que têm o mesmo pelame e que acompanham uma égua madrinha. .