O documento descreve o desenvolvimento motor e psicomotor de uma criança de 1 ano e 10 meses. O estudo observou a capacidade da criança de realizar várias atividades próprias de sua idade em diferentes fases de desenvolvimento. A criança realizou bem algumas atividades, mas teve dificuldade em outras, possivelmente por falta de estímulo. Os pais e professores irão observar seu progresso antes de procurar avaliação profissional.
2. ESTUDO DE CASO ACERCA DA FASE DE
DESENVOLVIMENTO MOTOR DE UMA
CRIANÇA DE 1 ANO E 10 MESES, DO
SEXO MASCULINO. AANÁLISE FOI
FEITAA PARTIR DE UM ROTEIRO DE
OBSERVAÇÃO REALIZADO PARA FAIXA
ETÁRIA DE 1 A 2 ANOS DE IDADE. PARA
ISSO, FOI PEDIDO À CRIANÇA QUE
EXECUTASSE ALGUMAS ATIVIDADES
QUE ESTÃO DE ACORDO COM SUA
IDADE.
3. Vitor da Fonseca (1988) comenta que a
"PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a
integração superior da motricidade, produto de uma relação
inteligível entre a criança e o meio.
Na psicomotricidade existem 7 elementos básicos:
Equilíbrio/tonicidade
Noção corporal
Lateralidade
Estruturação temporal
Estruturação espacial
Coordenação motora global
Coordenação motora fina
4. FASE DOS MOVIMENTOS
RUDIMENTARES
Engloba as primeiras formas de movimentos
voluntários, o controle tônico – postural, manipulação e
movimentação de locomoção,.
Para Vygotsky (1993) o movimento é sempre uma
reação do organismo vivo a qualquer excitação que atue
sobre ele a partir do meio externo, ou que surge de seu
próprio organismo.
5. ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Fase dos Movimentos Rudimentares
Todos os movimentos que puderam ser observados foram
realizados facilmente.
- Imitar movimentos circulares.
- Passar da posição sentada para em pé.
- Sentar-se em cadeira pequena.
- Arremessar bolas em caixas.
- Engatinhar em degraus.
- Rastejar imitando animais.
- Caminhar independentemente .
6. FASE SENSÓRIO-MOTORA
- A criança realizou facilmente
as atividades como: afastar ou
aproximar objetos, subir em
banquinhos ou cadeiras.
- E realizou parcialmente as
atividades: Deslocamento
invisível de objetos e Aquisição
da linguagem. (a criança ainda
não fala, só balbucia)
7. Segundo Luria, a primeira etapa da função reguladora da
linguagem da criança - função base do comportamento
voluntário - é a capacidade de subordinação à instrução
verbal do adulto e, a partir dessa "subordinação
primitiva" (p. 96), forma-se o ato voluntário.
8. FASE DO CORPO VIVIDO
Ele é definido por Wallon (1975, p.105) como “um
elemento de base indispensável à criança para
formação da sua personalidade; é a
representação mais ou menos global, mais ou
menos específica e diferenciada que tem do seu
próprio corpo”.
Já para Ajuriaguerra (1980), a referência do
corpo só existe na medida em que o indivíduo seja
o possuidor; de fato, o esquema corporal (a
referência de si mesmo) não é um dado, mas uma
prática que evolui com a exploração e a imitação.
9. ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
As atividades que foram realizados facilmente
foram: Andar em curvas, chutar bola e folhear
livros.
Foram realizados parcialmente: Atividade comando
(Sobe e Desce), Reconhecer a própria imagem em
fotos, Dançar em diferentes ritmos e Empilhar
objetos.
A criança não conseguiu realizar: Desenho,
Coreografias com músicas educativas que ajudam a
reconhecer partes do corpo, Pular com um pé só ao
ritmo de uma música, Imitar animais, Brincar de
Estátua.
10. CONCLUSÃO
As crianças de 1 a 2 anos estão no início da caminhada que as levará
a dominar o ambiente em que vivem. A atividade motora passa a ser
cada vez mais intensa, oportunizando que a criança explore o ambiente
e os objetos que dele fazem parte.
Provavelmente a criança observada não desenvolveu alguns
elementos psicomotores por falta de estímulo do ambiente externo, ele
ingressou faz 2 meses na escola e antes disso era uma babá que ficava
aos seus cuidados, mas como a criança também apresenta dificuldade na
linguagem, e tem um comportamento agressivo e muito agitado, os pais
e a equipe escolar relataram que estão com uma atenção redobrada com
ele, e vão esperar acabar o ano letivo para ver se ele terá algum
progresso, caso contrário procurarão orientação de um profissional
especializado (neurologista, psicólogo e psicopedagogo).