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Descargar para leer sin conexión
social
ELO
ELO
ÍndiceÍ n d i c e
A revista Elo Social é uma publicação da
Trianons em parceria com a Editora Zamba
Revista ELO SOCIAL
Diretor e projeto editorial: Juliano Kimura
Editor de arte e projeto gráfico: Will Zamba
Editor de Conteúdo e redator: Théo Salvador
Editor online: Murai
Produtor executivo: Cauê Kalmus
Editora de Conteúdo e redatora: Samanta
Fluture
Marketing: Giselle Zurita
Diretor de fotografia: Jonathan Santos
Jornalista responsável: Wilson Zambardino
Mtb 17.571
22
42
18
8
43
32
12
Especial
Eventos
LadoB
Um retrato do homem
nas redes sociais desde
a idade da pedra
Meia década de
Campus Party!
O que mudou?
Como a tecnologia
está transformando
nossas vidas
A desculpa perfeita
para o chefe e
muita fofura ;}
Os maiores eventos
de 2013 estão aqui,
programe-se
Site muito bom para
bandas alternativas e
com roupas descoladas
Aplicativos milagrosos
para gerenciar
os momentos da vida
expediente
ELOsocial
© As opiniões expressas pelos colaboradoeres são de sua exclusiva
responsabilidade e não representam a opinião da redação.
Av. Nova Independência, 1061 - Itaim
Bibi - São Paulo/SP - CEP 04570-001
www.revistaelosocial.com.brcontato@revistaelosocial.com.br
Comunidade................6
Top.....................................8
Drops..........................	....10
Gadgest.........................12
On Off..............................16
Mundo............................18
Especial	.......................22
Profissão.....................32
Talento..........................34
Entrevista...................36
Games...........................38
LadoB............................40
Eventos.........................42
Agenda.........................43
Opinião.........................44
Tiras.........................46
EditorialE d i t o r i a l
Uma ideia na cabeça
e a internet na mão
T
oda publicação começa como uma
ideia, um assunto ou uma mensagem
que possui função. Com essa revista
foi a mesma coisa. Há mais de um ano
atrás, em um boteco, saindo da ESPM,
nos encontramos... Juliano e eu. Entre um copo de
cerveja e outro, como em um brainstorm, a ideia
foi plantada. E hoje, com 99% de transpiração e 1%
de inspiração, estamos apresentando o Projeto Elo
Social!
Uma revista digital e impressa que pretende circu-
lar em um mundo globalizado que nos aproxima
como parte de uma comunidade maior, atendendo
aos nossos estilos de vida. Uma revista moderna
que faz parte de um grupo antenado, elevado ao
status de iniciados em uma elite cultural. Enten-
demos que outras pessoas como nós estão lendo e
vendo as mesmas coisas, estamos nos conectando
com elas do outro lado da cidade... Ou do mundo.
Embora vivamos como indivíduos, somos afinal de
contas animais sociais, e gostamos de saber que
existem outros como nós.
No século passado declararam que a imprensa es-
tava morta: nascia a era digital! A internet! Parecia
que estávamos diante de um futuro sem papel.
Todas as mídias se apressaram em fazer seus sites,
portais, blogs e passaram a pensar em “como
vamos ganhar dinheiro com isso?”. Seria o fim das
revistas e jornais?
Já passamos mais de uma década desde o início
do século XXI, e parece que aquela previsão foi
um pouco prematura, porque hoje nos deparamos
com outro cenário.
As mídias se complementam: toda revista ou jornal
têm presença obrigatória no ambiente virtual e
mobile, e o designer tem “papel” fundamental
nessa “nova era” onde a informação é distribuida
por todos os meios possíveis de se comunicar.
Wilson Zambardino
4 ELO
Editora
Zamba
Agenda
Mundo
Top
Gadgets
5
O seu espaço real!
6 ELO
ComunidadeC o m u n i d a d e
7ELO
Não! Não são as muitas horas sem sono
que me levaram a experimentar duas opções
para a abertura do texto que acabaram es-
quecidas aqui por falta de atenção. A intenção
foi abordar duas maneiras de perceber uma
mesma situação.
Posso dizer que há algum tempo o primeiro
parágrafo era sempre o consequente desfecho
dos meus dias de trabalho incessante, preso
entre o passado e o futuro, porém sem estar no
presente.
Falemos então da parte boa:
“Caramba, o dia foi curto!”. Como é bom estar
presente no presente e ter iluminado meu peito
pelo brilho intenso no olhar de cada um dos
palestrantes do TEDx Jardins. Reconhecer-me
ali no palco foi revigorante.
A riqueza de cada apresentação é merecedora
de atenção especial, e não acho que deve-
mos empilhar todas em um único e, provável,
gigantesco texto. Entrar nos méritos técnicos
para avaliar o evento também não me parece
razoável e coerente com o propósito tão nobre
ao qual fui exposto.
O que me pareceu mais justo,
e uma homenagem sincera a tudo de mara-
vilhoso que o TEDx Jardins proporcionou aos
seus espectadores, é o relato da minha expe-
riência enquanto ser humano. Que até aqui
abordei aparentemente de maneira superficial,
mas que na realidade foi tão profunda que ain-
da me encontro mergulhado em mim mesmo
buscando respostas, com o cuidado de manter
a respiração presa para ter oxigênio suficiente
para voltar à superfície um dia desses.
Encontro-me, agora, diante
das minhas gargalhadas
de infância, do meu choro por birra, por manha,
mas na maior parte das vezes sincero em
sua manifestação que lavava a alma da dor e
angústia que só eu era capaz de sentir e avaliar.
Recolho-me no meu egoísmo, necessário para
entender o que realmente me faz feliz – ao som
do violão de meu pai que me embalou durante
toda a gestação e infância.
Quando nos sentimos vivos
queremos sempre mais. Essa é a gana de viver
que vou buscar em cada novo despertar. Acre-
ditar que minha felicidade é o que vai mudar o
mundo será a verdade absoluta repetida como
um mantra em todos os meus dias.
Aperte o play, compartilhe um pouquinho do
meu sonho e tenha refletida sobre você minha
felicidade sincera o/ http://goo.gl/kE72I.
Sobre o TEDxJardins
No dia 04 de Outubro de 2012, aconteceu
o TEDx Jardins no MIS (Museu da Imagem
e do Som), em São Paulo. O TEDx Jardins é
um evento organizado de forma voluntária
e independente do TED, uma organização
sem fins lucrativos que nasceu há 25 anos
na Califórnia com o espírito de promo-
ver ideias que merecem ser espalhadas
e apoiar pessoas que mudam o mundo.
”Semeando novas ideias” o TEDx Jardins
foi um evento inspirador e transformador,
mostrou que para alcançar o sonho basta
fazer - simples assim.
E
sta seção é colaborativa e é o xodó do pes-
soal aqui da redação. Afinal, este é o espaço
que a ELO abre para que os membros da
comunidade contribuam com suas opiniões,
sugestões e mostrem para todos os seus
talentos, exercitando assim a essência do conceito
desta publicação.
Para esta edição selecionamos o post feito por Théo
Salvador, que relata a experiência de assistir a um
evento como o TEDx. Sensibilidade à flor da pele e
o puro desejo de levar a felicidade para as pessoas
através da sua própria felicidade.
Minha felicidade
transformará o mundo
“Caramba, o dia foi longo!” – Essa expressão traduz
minha realidade de quase 24 horas sem dormir. Ainda
acordado, tento me concentrar na tarefa de produzir
esse artigo sobre um evento que me tomou muito
tempo, deixando trabalho parado na agência e com-
prometendo todo o meu final de semana.
“Caramba, o dia
foi curto!”
Essa expressão traduz minha realidade de 28
anos de vida na busca por um sonho que se
realiza a cada gesto no presente, tendo no
passado os ensinamentos, inspirações e lições,
tendo no futuro a certeza do objetivo
alcançado.
Conecte-se com o autor no Fa-
cebook: facebook.com/rodrigo.
theodorosalvadorsilva.
Fonte e integra do texto: http://
goo.gl/kYswN.
Depositphotos
Reproduçãofonte
A
s notícias vindas do Japão no
final do ano passado interes-
saram muitos outros além dos
corintianos. Estudo da uni-
versidade de Hiroshima traz a
desculpa perfeita para dar ao chefe quando
você for flagrado vendo imagens de animais
nas redes sociais. Segundo experimento,
pessoas expostas a imagens de filhotes fofos
tinham melhor desempenho na realização de
tarefas que exigiam mais atenção. O motivo?
As imagens geram sentimentos positivos ;)
1
2
3
4
5
O primeiro lugar é um misto de fofura com sucesso nas redes socais. O cachorrinho
Boo tem até página no Facebook com mais de 6 milhões de fãs: http://goo.gl/fB3za
Vídeo de gatinho cego ganhou prêmio e já teve mais de 4 milhões de acessos: http://goo.gl/vDUU1
Pandas filhotes brincam no escorregador de ONG chinesa voltada
para pesquisas e reprodução dos animais: http://goo.gl/x2wfY
Elefantinho vai se refrescar em piscina de plástico e acaba protagonizando
um misto de cena fofa e desajeitada: http://goo.gl/ucXU4
Coletânea de imagens com animais fofos: http://goo.gl/ATXpU
Bichinhos
cute-cute =)
TopT o p
8 ELO
Depositphotos
Imagens de animais
fofos no seu desktop
geram sentimentos
positivos
DropsD r o p s
Redes sociais até
para vestir
Há certo exagero quando al-
guém diz que você não faz mais
nada, que fica enfurnado no
quarto o dia todo ou não larga
do celular nem para comer? E a
culpada quem é? A bendita da
internet e suas mídias digitais.
Se você é viciado assumido em
Facebook, Twitter, Instagram
e outras, talvez se interesse
por looks que te farão vestir a
camisa, ou vestido, ou calça,
ou blusa, ou qualquer outra
peça de roupa inspirada nesses
ícones da vida moderna. Literal-
mente! Confira essa coleção
que o Blog B for Bel preparou
para a coleção outono/inverno
2013 ;)
CONFIRA:
http://goo.gl/FrtzF
Black Friday
invade Twitter
Descontos não tão atrativos,
supostos preços maquiados e
lentidão dos sites foram alvo
de reclamações no Twitter na
versão brasileira da Black Friday
Brasil. Lembra disso? Também
ficou frustrado ou fez piada?
relembre:
http://goo.gl/xnpzx
007 por 70
segundos
Aproveitando os 50 anos do
007 e o lançamento do filme
“007 – Operação Skyfall”, a
Coca-Cola promoveu uma ver-
dadeira missão, digna de James
Bond. Postado em 18/10/2012
o vídeo já está com quase 10
milhões de visualizações.
Assista:
http://goo.gl/gS8WY
Romantismo
e diversão
Vídeos de pedidos de casamen-
to criativos encheram os olhos
do público durante todo o ano
de 2012. Casais apaixonados fi-
zeram uma grande mobilização
com familiares e amigos para as
filmagens. Na hora de declarar o
INSPIRE-SE:
http://goo.gl/gS8WY
Super-Juiz
Joaquim Barbosa foi tratado
como “Super-Juiz” no Twitter e
Facebook. Relator do mensalão
travou disputa com o revisor
do caso, Ricardo Lewandowski.
Aceitação e apoio popular
ajudaram a elevar Barbosa ao
cargo de presidente do Superior
Tribunal Federal.
VEJA O HERÓI EM AÇÃO:
http://goo.gl/O800h
O garoto de
US$ 1 milhão
Desenvolvedor de 17 anos
cria app para iPhone e recebe
US$ 1 milhão. O jovem Nick
D’Aloisio, desenvolveu um
aplicativo que reúne as
principais notícias do dia
em um só lugar. Recebeu de
um grupo de investidores a
quantia de US$ 1 milhão (R$
2,1 milhões) para investir no
software e torná-lo ainda
melhor.
Saiba mais:
http://goo.gl/izSxh
10 ELO
GadgetsG a d g e t s
Aplicativos
milagrosos
Listamos os melhores
aplicativos de
smartphone para
gerenciar todos os
momentos da vida
Unstuck
Tem horas na vida que ficar estático na frente
do computador ou da folha de papel em branco
duram bem mais do que gostaríamos. Mesmo
as pessoas mais produtivas, decididas e foca-
das, uma hora ou outra, acabam “empacando”.
E é para esses momentos que o aplicativo
“Unstuck” serve. Por enquanto, desenvolvido
exclusivamente para iPad, o aplicativo ajuda
a solucionar uma situação em que se está
confuso, receoso ou com qualquer outro senti-
mento que o impeça de continuar. O mais legal
é que não precisam ser situações da rotina do
trabalho. Serve para qualquer momento difícil
da vida. Identificando o problema, ele o analisa
passo-a-passo através de diversas perguntas e,
ao final, oferece um diagnóstico completo com
sugestões para você “desempacar”! Além da
funcionalidade, o layout é muito bonito e intui-
tivo, com ilustrações colocadas em formato de
infográfico.
http://goo.gl/PI5RZ
Para iPad
Gratuito
Eisenhower
Uma abordagem diferente para a gestão de tarefas:
esse aplicativo é baseado em uma abordagem de
gestão do tempo popularizada por Eisenhower,
comandante das forças aliadas durante a Segunda
Guerra Mundial, que cunhou a famosa citação “O
importante é raramente urgente e o urgente é rara-
mente importante”. Seu método em forma de matriz
ajuda a combinar importância e urgência e a planejar
o uso de nosso tempo com inteligência e eficácia.
Neste aplicativo, a matriz toma forma e permite que o
usuário quebre seus projetos em tarefas, tornando-as
melhor gerenciáveis ao classificá-las em uma escala
de fácil visualização e compreenção.
http://goo.gl/CnKHK
Para iPhone, iPad e iPod
$2,99
IdeaBucket
O aplicativo parece simples porém, permite realizar
algo muito complexo: pesar uma ideia de forma
lógica usando dados reais. Esse olhar com per-
cepção mais clínica, às vezes é exatamente o que
precisamos quando estamos tendo problemas ao
avaliar uma ideia, elaborar um plano para um em-
preendimento, aprovar alguma apresentação, che-
car se os dados conferem, etc. Deixando o “feeling”
de lado, o aplicativo oferece o que muitas vezes
esquecemos ou não sabemos como medir nem
pesar: dados, comparativos, análises, resultados.
http://goo.gl/8uutV
Para iPhone, iPad e iPod
$3,99
Bloom
Às vezes, para conectar, precisamos simplesmente desconectar. Esse aplicativo serve exatamente para
isso: programe “blooms” para notificá-lo de fazer coisas que tenham mais a ver com a vida real, de fato
vivida e sentida, do que aquela em que seguimos mecanicamente através de agendas e outros aplicativos
que nos enchem de alarmes, datas e horários. Os “blooms” são pequenas mensagens que aparecem na
tela do seu smartphone alertando para que você dê um tempo em suas tarefas e aproveite para respirar
ar puro, olhar nos olhos de alguém, abraçar sua família, conversar com seus colegas de trabalho de outra
forma que não o e-mail ou o chat do Facebook, lembrar de programar aquela viagem, tirar um cochilo,
fazer um café...
http://goo.gl/pgpp0
Para iPhone, iPad e iPod
Gratuito
12 ELO 13ELO
Fotosreproduçãodosite
Samanta Fluture
Projetos que
inspiram o olhar
A
comunicação entre
o mundo online e
offline se torna cada
vez mais necessária.
Vemos isso aconte-
cer quando algo que acontece
no mundo offline, um programa
de TV, por exemplo, é comen-
tado nas redes sociais enquanto
transmitido. Ou quando uma
ação no mundo virtual estimula
outras ações no mundo real,
como manifestações que são
criadas e organizadas pela web,
antes de tomarem as ruas.
O mundo é um só, sem limi-
tações e restrições quanto às in-
terações sociais e a experiência
urbana, que se expandem para
além de barreiras e fronteiras
físicas. A tecnologia que nos
afastou agora nos traz de volta
para os encontros nas ruas:
qr codes, RFID e realidade au-
mentada facilitam e amplificam
essa conexão entre mundos.
Ao entendermos que estamos
conectados o tempo todo,
mesmo enquanto praticamos
atividades offline, essa unifi-
cação permite maior alcance,
mais engajamento e melhores
resultados, pois nos é natural.
E porque este tema está sendo
tão discutido? Vivemos em
uma era que estamos extrema-
mente conectados, são 24 horas
online através de nossos smart-
phones. Mas, até que ponto con-
fundimos conversa e conexão?
Dispositivos que estão sempre
conectados e sempre conosco
nos fazem acreditar que sempre
seremos ouvidos, que podemos
criar filtros e nos concentrar no
que bem entendermos, e que
nunca teremos de ficar sozinhos.
Em nossa busca apressada pela
conexão, fugimos da solidão, da
nossa capacidade de nos separar
da multidão e pensar como in-
divíduo. Retomando a pergunta
acima, nós, pessoas, estamos
sentindo falta do toque, do olhar,
da conversa ouvida e falada. Al-
guns projetos que recentemente
tomaram nossas ruas, redes e
corações.
Tire os olhos da tela e olhe mais para as ruas, tem muito a ver
16 ELO
OnO n
17ELO
Diga não a Inércia
Se mais pessoas pensassem como Fernando
Conte, nosso país seria muito mais alegre e
pacífico. Seu projeto se chama “Você já fez
um amigo hoje? SENTE-SE!” e faz parte do
trabalho da fanpage Diga não a Inércia.
http://goo.gl/PqyPE
Aqui Bate Um Coração
Outra ideia simples, para mostrar que nosso
coração ainda bate, mesmo em meio ao
caos e tempo comprimido da cidade grande:
o projeto Aqui Bate Um Coração espalha
corações de isopor em monumentos de São
Paulo.
http://goo.gl/lX5Km
Microrroteiros
Milhões de pequenas histórias acontecem
ao mesmo tempo nas cidades. A ideia
do projeto microrroteiros é estimular a
imaginação das pessoas nas ruas, contando
histórias do dia-a-dia. O projeto nasceu em
2009 como uma forma de colocar em práti-
ca a criação a partir do olhar para o cotidi-
ano, descrevendo cenas bem curtas, como
pequenos roteiros, de até 140 caracteres.
http://goo.gl/5h3H3
As ruas falam
Muita gente quer falar/desabafar/motivar/
inspirar os outros e mais que isso, querem
ser ouvidas. Essa foi a inspiração necessária
para o Inspiration Page criar o projeto
colaborativo As Ruas Falam, que coleciona
manifestações urbanas das ruas em forma
de palavras e frases de efeito.
http://goo.gl/MAJFw
Community Advice
Qual conselho você daria para o seu
“eu” de 8 anos? E para o seu “eu” de 80?
O artista Susan O’Malley solicitou essas
respostas a 100 moradores de Palo Alto,
charmosa cidade do estado americano da
Califórnia. As respostas que vão de “Nunca
minta” à “Aproveite o cabelo enquanto
você ainda tem”, foram transformadas em
posters espalhados pelo coração do Vale
do Silíco. O projeto de arte, realizado em
conjunto com o Centro de Arte de Palo
Alto, tenta fazer a sociedade refletir em
torno dos conselhos que dá e que ouve
diariamente.
http://goo.gl/oCjsO
OffO f f
Na Russia a interação entre grafite e pessoa
nas paredes a vontede de se renovar, re-tudo...
arte nas ruas a realidade aumentada facilitou e amplificou essa conexão entre mundos
uma receita? título do livro do Roberto Freire
Fotos reprodução Pinterst: http://goo.gl/djztc
Reprodução Grafite dos “Gêmeos”
Samanta Fluture
A internet
das coisas
Cartão com teclado touch-
screen da Mastercard
Um sistema inovador de pa-
gamento interativo ativa um
teclado touchscren no cartão
para gerar uma senha na
hora de pagar, combinando o
cartão com o sistema de se-
gurança do token. No futuro,
novas funções podem ser
adicionadas ao cartão com os
mesmos recursos.
Balança que se conecta às
redes socais e aplicativos
de fitness
Para manter o foco no con-
trole do peso essa balança se
conecta aos aplicativos que
você usa para aumentar a
produtividade do seu treino,
ajudando no controle e ma-
nutenção. O aparelho ainda
permite que você crie difer-
entes perfis para que todos
da família possam usar.
Luzes de bairro em Londres
serão controladas via iPad
O centro de Londres terá lu-
zes controladas por iPad para
economizar energia, reduzir
custos e ser mais eficiente.
Serão instaladas 14 mil luzes
nos próximos quatro anos.
Capacede mede nível de
estresse de ciclistas
Capacete de bicicleta une
sensores EEG (eletroence-
falógrafo) e luzes de LED.
Quando as luzes verdes se
acendem significa que o
ciclista tem baixo nível de
estresse. As luzes vermelhas
indicam alto nível de estresse
e, caso as luzes se tornem
piscantes, quer dizer que o
ciclista está em estado de
pânico.
SixthSense: tornando
qualquer superfície em
touchscreen
Imagine se qualquer objeto,
inclusive seu próprio corpo,
puder ser uma interface. O
“Sixth Sense”, projeto do MIT
(Instituto de Tecnologia de
Massachusetts), funciona
como um “colar” em volta do
pescoço com uma webcam
para capturar os movimentos
e um mini-projetor para gerar
a interface.
Camiseta monitora sinais
vitais para diagnóstico
médico imediato
Chamada de camiseta “Fit”,
em alusão à fitness, foi desen-
volvida para medir a tempe-
ratura do corpo, movimento
e também funcionar como
eletrocardiograma. O pro-
jeto é mais um exemplo de
tecnologia efetiva, prática e
econômica para cuidar da
saúde.
As invenções do futuro
mostram como a
tecnologia inteligente
está transformando
nossas vidas
I
magine como seria
a sua vida rodeada
de tecnologia que
não precisa de
treinamento para
colocar para funcionar,
tecnologia de poucas
tarefas e que pertence ao
contexto, tecnologia que
integra os cinco sentidos,
tecnologia que entrega
experiência rica e inter-
ação intuitiva, tecnologia
que cria um ecossistema,
tecnologia baseada nas
nuvens, tecnologia que
entende e aprende com o
ser humano.
Achamadainternet
dascoisas representa
um conjunto de inven-
ções que permite aos
objetos - comuns, do
cotidiano - se conecta-
rem à rede e passarem
a interagir entre eles
e com as pessoas. Os
pilares que garantem
a transformação dessa
ideia em realidade são os
sensores RFID (sigla em
inglês para identificação
por radiofrequência), as
redes sem fio ubíquas (ou
seja, presentes em todos
os lugares) e a mudança
do protocolo de internet
para a versão IPv6 (o
protocolo atual, IPv4,
só é capaz de “contar”
até 4 bilhões. Já o IPv6
garantirá códigos dife-
rentes para uma quanti-
dade praticamente
infinita de objetos).
Já existem aplicações
ao nosso redor que
fazem uso desse con-
ceito. Confira algumas
invenções cujo o
conceito moldará nosso
futuro:
MundoM u n d o
18 ELO
Samanta Fluture
22 ELO 23ELO
homem
Retratos do
modernoVivemos um tempo em que usamos as redes soci-
ais para criar nossas identidades.Todos temos um
“segundo eu”na rede. Como seres humanos, somos
dependentes de socialização. Mas a maioria de
nós não vive em pequenos vilarejos onde todos se
conhecem. Em vez disso, a maioria vive em cidades,
tem seu trabalho, mora em apartamentos sem
saber quem são seus vizinhos de andar e passam a
vida cultivando as mesmas pessoas a sua volta.
A
tecnologia parece
indispensável, hoje em
dia, porque nos permite
superar esse modelo de
vida moderno ao nos
conectar a alguém quando estamos
sozinhos no trânsito, nas filas, nas
noites de domingo... Isso compensa
o isolamento imposto por barreiras
erguidas ao longo do tempo – cresci-
mento da população, da violência,
da competição, da necessidade de
acumulo material, da angústia e do es-
tresse. O rápido contato com pessoas
no dia a dia não nos permite experi-
mentar novas sensações, emoções
e sentimentos genuínos, mas na
tecnologia parecemos encontrar a
oportunidade de fazê-lo.
Samanta Fluture
e Théo Salvador
Amber Case, antropóloga digital
e pesquisadora do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT),
sabiamente disse em entrevista à
Folha de SP: “Sites como Facebook são
o fast-food da interação social”. Nos
servimos de “pequenos pedações” de
informações, extraídas de integrantes
de nossos grupos sociais e servidas
perfeitamente acompanhadas de
sensações que nos satisfazem por
instantes durante os momentos de
tédio ou procrastinação.
É claro que preferimos encontros
na vida real, mas nos parece não
haver tempo suficiente para distribuir-
mos entre tantos amigos e atividades.
Por outro lado, através das redes
sociais online, nos munindo de poucas
palavras e muitos links, subtraindo
as formalidades e nos tornando mais
abertos e extrovertidos, a toda hora
estamos mantendo contato com
pessoas (e empresas).
Case diz em seus estudos que
“a tecnologia está nos evoluin-
do, nos tornando uma nova versão
do homo sapiens, uma espécie
“ciborgue” ao confiarmos piamente
em “cérebros externos” (telefones
celulares e computadores) para
nos comunicar”. Mas estas máqui-
nas realmente nos ajudam ou nos
dominam? Temos mais relações
sociais com as máquinas do que
com os seres humanos? Chegamos
a um ponto em que precisamos de
todos esses aparelhos, pois do con-
trário não conseguiríamos realizar
coisas como simples indivíduos?
Nossos corpos podem estar fixos
em um lugar, mas nossas mentes e
identidades estão desbravando o
mundo.
BancodeImagens
AorigemA origem
Ao contrário do que a maioria
crê, o termo “redes sociais” não
está diretamente relacionado ao
avanço da internet. É verdade
que o termo se popularizou
recentemente, mas não se pode
confundir e dar o mesmo signifi-
cado de “redes sociais” e “mídias
sociais”.
O primeiro determina uma
ação natural e essencial do ser
humano desde os primórdios, a
interação social para troca de in-
formações, sendo mais comum a
formação de grupos de pessoas
que compartilham dos mesmos
interesses. O segundo são ferra-
mentas digitais que propiciam o
encontro dessas pessoas em um
ambiente virtual.
E mesmo o conceito que
hoje determina o sucesso do
Facebook e demais mídias
sociais imagéticas, que têm no
compartilhamento de ima-
gens o seu grande atrativo, já
podia ser percebido no tempo
dos “homens das cavernas”.
Isso mesmo! As imagens que
hoje são postadas nos murais
virtuais eram feitas a mão e es-
tampavam as faces das rochas.
Sabe aquele momento em que
você está em um parque, como o
Ibirapuera em São Paulo, com um
dia lindo, acompanhado de uma
pessoa especial e resolve tirar
uma foto, postar no Instagram
para que todos os seus amigos e
curiosos saibam por onde anda,
o que está fazendo e deixem
seus comentários em tempo
real dizendo o que acharam da
paisagem, da sua roupa, da sua
companhia, da sua pose, etc.? E
não importa quantas acrobacias
Ao contrário do que a maioria crê, o termo“redes sociais”não está
diretamente relacionado ao avanço da internet. É verdade que o
termo se popularizou recentemente, mas não se pode confundir e
dar o mesmo significado de“redes sociais”e“mídias sociais”.
e trapalhadas os patos façam no lago,
eles não conseguirão chamar a sua
atenção, neste momento toda voltada
aos comentários do seu status. E assim
as pessoas têm deixado de viver o mo-
mento real para expor suas vidas em
uma imensa vitrine virtual e... Opa, esse
não é o momento de desmembrar este
assunto (rs). Voltemos às cavernas.
É óbvio que entre as civilizações
neolíticas não havia tanta agilidade,
mas o registro de suas atividades
diárias eram igualmente ilustrados, por
meio das pinturas, e contavam com
a interação de outros membros da
comunidade que complementavam e
aperfeiçoavam o desenho inicial, o que
podemos entender como uma espécie
de “comentário”, igual ao que os nossos
amigos fazem a cada ação que registra-
mos em nossas mídias sociais. Quem
pode explicar melhor essa relação é
Mark Sapwell, pesquisador e doutor
em arqueologia pela Universidade de
Cambridge.
Sapwell identificou dois sítios
pré-históricos, do final do Mesolítico
(breve período em algumas regiões do
mundo entre o Paleolítico e o Neolíti-
co, por volta de 7.000 a.C.) até a Era do
Bronze (período da civilização em que
ocorreu o desenvolvimento desta liga
metálica, com início no Oriente Médio
em torno de 3.300 a.C.), que parecem
ser uma espécie de ancestral do
Facebook. Após analisar cerca de
2.500 desenhos rupestres em roche-
dos na região de Zalavruga, no nor-
deste da Rússia, e Nämforsen, no norte
da Suécia, ele afirma que as pinturas
não serviam como mero registro. Tam-
bém funcionavam como uma rede de
diálogos e manifestações daquilo que
outros autores “postavam” nas pare-
des rochosas através da arte rupestre.
25ELO
Foi possível identificar pinturas de diferentes épocas
retratando um período de transição entre nomadismo e
agricultura. Sua função era a de comunicar aos viajantes,
que por sua vez reproduziam o desenho em uma espécie
de “curtir” e compartilhar”, ou acrescentavam novas infor-
mações afim de “comentar”. Muitas vezes esses diálogos du-
ravam centenas ou até milhares de anos. Será que teremos
tantos anos de mídias sociais digitais? Quem sabe em um
futuro distante estudiosos e pesquisadores discutam a fer-
ramenta rudimentar Facebook e o impacto que a rede teve
sobre a civilização mundial ;)
Homens da caverna já tinham habilidade de preservar e manipular imagens de objetos na memória
Fotos Reprodução
geralmente encontradas em cavernas
e rochas, as pinturas eram feitas com os mais variados ma-
teriais. Alguns deles eram: sangue, carvão, linfa de árvores,
excrementos, barro, minerais e até mesmo corantes naturais
extraídos de plantas. Desde que foram encontradas as
primeiras gravuras dos homens pré-históricos, seus estudos
têm contribuido, e muito, para melhor conhecermos o
modo de vida deles, nossas origens e processo de evolução.
24 ELO
tecnologiaComo a
transformou
nos
disse que não é relevante? Saber
o que se passa tudo bem, é infor-
mação pura e simples - imagine
que vivemos em um mundo de
informações imparciais e sem
qualquer manipulação -, mas
entender compreende conviver,
habitar o mesmo espaço físico e
cultural, pois esses influenciam
muito o comportamento das
pessoas de determinada região
ou país – os antropólogos estão
aí e não nos deixam mentir.
É neste momento que de-
vemos parar e refletirsobre
algumas manifestações inflama-
das que tomam os meios digitais.
Pessoas compartilham e comen-
tam imagens, depoimentos e
afins sem qualquer embasamen-
to teórico, e o pior, sem qualquer
conhecimento experimental
daquilo que julga defender ou
atacar corretamente. O posicio-
namento a favor ou contra é na
M
ilhares de
anos se
passaram
e um longo
caminho foi
percorrido
desde os nossos ancestrais “The
Flinstones” até os contemporâ-
neos “The Simpsons”. Vamos
reduzir esse abismo de eras e
tentar confrontar a conclusão de
Sapwell e as teorias de Case – os
títulos do primeiro parágrafo
já dizem bastante sobre um e
outro, não? E o que será que
“The Jetsons” terão a dizer no
futuro?
O que salta aos olhos, literal-
mente, a cada atualização da
timeline das suas mídias digitais
é o volume absurdo de infor-
mação que é compartilhado de
maneira frenética. Temos nossa
primeira pauta para discussão.
Afinal, nossos antepassados
compartilhavam uma pintura a
cada não sei quantos dias, a cada
não sei quantos quilômetros
de distância uma das outras e
por não sei quantos milhares de
anos.
Certo, a distância física já não
é relevante, não é preciso mais
caminhar entre cavernas para
entender o que se passa com a
“aldeia” vizinha, quais são seus
hábitos e costumes. Opa, quem
26 ELO
mesma velocidade das atua-
lizações, não há tempo a perder,
é preciso mostrar agilidade e
total convicção com a causa
compartilhada pelos amigos e
seguir pela barra de rolagem
para curtir o próximo post.
Cenário que se opõe a
cena que habita o imaginário
quando divagamos e tentamos
vislumbrar de que maneira a
mensagem pintada em uma
rocha era contemplada pelos
artistas comunicadores de
tempos longínquos. Sentados,
descansando de longa viagem,
olhavam para aqueles desenhos
de traços simples e humildes,
mas que eram suficientes para
dizer que ali havia caça, animais
perigosos, uma comunidade
de agricultores ou nômades.
Era prestação de serviço. A
intervenção em obra alheia era
por admiração e vontade em
aprender aqueles traços ou por
necessidade relevante de com-
plementar a história que ali era
contada. Nada de “mimimi”!
Hà muito tempo
as tecnologias vêm
atropelando tudo,
todo dia você desco-
bre um novo aplica-
tivo que por muito
pouco pode resolver
um monte de coisas
Fotos: DepositPhotos
O
que será que mudou na
natureza humana para que
o supérfluo seja cada vez
mais valorizado? Existem
muitas possibilidades para
fortalecermos os laços e discutirmos
o que é realmente essencial à existên-
cia humana, mas o que vemos é uma
superexposição pessoal e um volume de
informações gigantesco, que apesar de
rasas e superficiais, nos afogam.
Associados a uma imagem “fofinha”
ou “polêmica”, são esses os conteúdos
campeões nas redes sociais digitais.
Reinando
absolutos neste cenário temos os fes-
tejados infográficos. Pesquisa realizada
pela equipe do blog Social Media Today
traz dados concretos sobre o que todos
já sabiam: as fotos ainda proporcionam
mais engajamento que qualquer outro
tipo de conteúdo nas redes. Os leitores
online estão se tornando cada vez mais
preguiçosos, acomodados e imediatis-
tas.
Agora sim, cabe retomar aquela
reflexão sobre o modo como as pessoas
têm usado as mídias digitais para expor
sua intimidade em busca da aprovação
da massa e, quem sabe, a conquista da
fama virtual. As pessoas usam as redes
sociais como vitrines das suas vidas.
Estão buscando a felicidade instantânea
– reflexo dessa geração hiperconectada,
bombardeada de informações que
privilegiam a superficialidade. Estão
revelando seus segredos sem nem se
darem conta. Abrem mão do momento
de estarem sós e refletir, para ai sim
compartilhar o que vale a pena. Já se
seráqueO que
mudou?Há muito tempo as tecnologias vêm atropelando tudo, todo dia você desco-
bre um novo aplicativo que por muito pouco pode resolver muitas coisas
Como a tecnologia nos transformou
A produção automática
do espaço
O segundo “eu”
Preservação da sua vida
virtual
Compressão do tempo e
espaço
Tempo
simultâneo
Ambientedeintimidade
Não refletimos mais
Podemos por tudo o que quisermos dentro de um pendrive
ou tirar tudo o que quisermos de dentro do computador, é só
imprimir.
Perfis em redes sociais estão ali, disponíveis para que as pessoas
interajam com eles, mesmo você não estando lá.
Da mesma forma que faz com sua vida real, você preserva
rigidamente suas atividades e identidade online.
Não há mais distância entre um ponto e outro. Todos podem
estar conectados sem precisar haver locomoção.
Somos “paleontologistas” das nossas memórias digitais, ca-
vando por mensagens que deixamos, e-mails que mandamos e
fotos que tiramos.
Podemos nos conectar com quem quisermos a qualquer mo-
mento. Se fosse fisicamente, a sala que você está ficaria lotada.
Não estamos apenas sentados em algum lugar. Estamos perma-
nentemente conectados e preocupados. As pessoas não estão
parando mais para refletir.
perguntou: “Qual o valor do se-
gredo?”. Pois é, esse numeral, se
é que ele existe, é muito particu-
lar, cada um deve ser capaz, ou
não, de determinar o seu. Fato é
que ele já foi colocado à venda e
sabe-se lá por qual valor.
Agora a pergunta é outra:
somos vítimas e nos tornamos
produtos online por pura ingenui-
dade, ou temos nossa parcela
de culpa por “ligarmos o piloto
automático” sem fazer questão
da reflexão individual? Reflita: se
você é o que compartilha, que tal
dar uma olhada na sua timeline?
Você se encontra ali?
Fontes e leituras complementares
- Estudos de Amber Case: “Somos to-
dos ciborgues” - http://goo.gl/hgChg;
entrevista - http://goo.gl/eLZm2.
- Estudos de Mark Sapwell: matérias
relacionadas - http://goo.gl/27JlC /
http://goo.gl/jJh1j.
- Augusto de Franco - “A origem das
redes sociais é a sociedade humana”:
entrevista - http://goo.gl/6MepV.
- “Faz sentido mergulhar de cabeça
em uma piscina rasa?”: http://goo.gl/
l8sRL.
- Pesquisa Social Media Today: http://
goo.gl/3jyhs.
- “Qual o valor do segredo”: http://goo.
gl/Y6HzS.
-“100% conectado”: http://goo.gl/
pweG5.
- Vídeo “Desconecte para conectar” -
para refletir sobre essa tal civilização
“ciborgue”: http://goo.gl/K2uIL.28 ELO
Imagens:DepositPhotos
Oquevocêpode
aprenderonline
Onde encontrar os melhores cursos gratuitos
32 ELO 33ELO
ProfissãoP r o f i s s ã o
N
ão faz muito
tempo que
cursos online
eram vis-
tos como
formação, no máximo,
complementar àquela
tradicional. Hoje já não é
mais o caso. Sem pagar
nada, é possível ter acesso
às aulas das melhores
universidades do mundo,
como Harvard, MIT,
Berkeley, Yale e muitas
outras. Os cursos online
não servem apenas para
nos aperfeiçoarmos em
temas que lidamos no
dia-a-dia do trabalho, mas
também para estudar ma-
térias diferentes, enxergar
outros pontos de vista e
aproveitar alguns minutos
de cada dia para aprender
coisas novas. Separamos
uma lista com os melhores
sites para você colocar a
mão na massa:
TEDx Ed:
Plataforma especial do TED
para Educação, concentran-
do vídeos curtos e didáticos,
com lições que valem ser
espalhadas. Em inglês e
português.
http://goo.gl/TFfU6
MIT Open Course
Ware:
Acesso gratuito ao conteúdo
acadêmico de mais de 2.000
cursos do MIT – videoaulas,
estudos, exercícios, provas,
listas de leitura, cobertura
de eventos e palestras. Foi o
pontapé da democratização
da educação através da tec-
nologia. Em inglês.
http://goo.gl/rLZiX
edX:
Uma parceria entre MIT e
Harvard, a plataforma online
de educação oferece cursos
gratuitos de universidades
como MIT, Harvard, Berkeley
e UTx. Em inglês.
http://goo.gl/OIJjy
Coursera:
Plataforma online de edu-
cação com cursos de todas
as áreas criados de forma in-
terativa e com videoaulas de
universidades consagradas
do mundo todo. Em inglês.
http://goo.gl/xDDD2
Classroom.tv:
Uma plataforma social de
educação online com cursos
oferecidos em videoaulas,
diversos materias de apoio,
contato com alunos e profes-
sores e testes de aprovação.
Há até cursos ministrados
pelo Google.
http://goo.gl/Aho19
AcademicEarth:
Cursos online gratuitos de
universidades do mundo
todo. Há algumas universi-
dades que oferecem progra-
mas com certificados. Em
inglês.
http://goo.gl/CYCsn
iTunes U:
Aplicativo para iPhone, iPad
e iPod que dá acesso a um
catálogo de cursos oferecidos
pelas melhores universidades
do mundo. Todo o material
do curso, como exercícios,
vídeoaulas e textos de apoio
podem ser acessados através
do aplicativo. Em inglês.
http://goo.gl/7VSVe
Ebah:
Rede social brasileira para
compartilhar trabalhos
acadêmicos. Em português.
http://goo.gl/Sg6EX
Tusts+:
Além de ser um site educativo
com tutoriais e dicas para
designers, desenvolvedores e
comunicadores, há um curso
gratuito de HTML e CSS (30
Days to Learn HTML and CSS)
através de videoaulas. Em
inglês.
http://goo.gl/3uyiO
FGV Online:
Um catálogo de cursos online
e gratuitos, com certificado,
que passam por diversas
áreas como negócios, gestão,
temáticas humanas e sociais.
Em português.
http://goo.gl/uf8os
Livemochila:
Uma plataforma online e
social para aprender e ensinar
idiomas. Em português.
http://goo.gl/KaI2N
Sebrae:
O site da instituição oferece
cursos gratuitos para quem
está pensando em em-
preender ou já possui o pró-
prio negócio e quer aprimorá-
lo. Em português.
http://goo.gl/YUoex
DepositPhotos
Samanta Fluture
TalentoT a l e n t o
Perfil: Profissional de
Talento
Nome: Giselle A. Zurita
Idade: 25 anos
Onde trabalha: Trianons
Cargo e função: Analista
de Mídias Sociais - cria
conteúdo, faz relatórios
de métricas e está
começando a gerenciar
anúncios.
LinkedIn:
http://goo.gl/tWsfF
R
esumo da tra-
jetória profis-
sional: Depois
de se formar
em Marketing pela USP,
ficou dois anos na área
de SEO (Search Engine
Optimization - otimi-
zação de sites para
mecanismos de busca).
Adorava trabalhar
nessa área! Optou em
trocar SEO por Mídias
Sociais porque acredi-
tou esta área tem mais
a ver com seu interesse
nas relações humanas
e com a sua formação.
“Porém, a verdade é
que uma boa estratégia
de marketing online
tem que levar diversos
aspectos em conside
ração. Como, na minha
opinião, comecei pela
parte mais difícil de
entender, que é SEO,
levo vantagem”.
Oquemaisgostana
profissão:gosta do fato
de estar em constante
transformação, muito
por conta das relações
dinâmicas que se
estabelecem nas redes
sociais. Tentar entender
e prever o comporta-
mento humano a cada
dia nesse ambiente vir-
tual parece algo sempre
divertido e desafiador.
Oqueéumdesafio
diário: o mais difícil
nessa área é manter-se
ricamente atualizada. A
quantidade de novi-
dades e informações
que vemos todos os
dias é tão grande, que
é preciso ter um filtro
apurado para separar
o que é importante do
que não é, porque é hu-
manamente impossível
absorver tudo. É um
jogo diário de atenção,
sem dúvida.
Dicaparaquempensa
emtrabalharnaárea:
acredita que quem
trabalha com mí-
dias sociais precisa ter a
mente aberta, raciocínio
rápido, respeito pela
opinião do outro e ser
curioso, Quem não tiver
ouvidos e olhos atentos
vai encontrar diversas
barreiras, porque, pode
ter cara, mas trabalhar
com mídias sociais não
é uma festa (... pelo
menos não toda hora!).
34 ELO
nas horas
vagas Giselle
se apresenta com
o grupo folclórico
Fraternidad Capo-
rales San Simon SP,
dançando caporales
(dança típica da
Bolívia) e também
se dedica ao canto
no Coro Educacional
do SoArte. No centro
com os irmãos Mário
e Luigi na BGS (tra-
balho + diversão)
Fotos : arquivo pessoal
36 ELO 33ELO
EntrevistaE n t r e v i s t a
ELO: A ELO é uma revista volta-
da para pessoas que convivem
diariamente com as redes
sociais, mas talvez não tenham
conhecimento da complexi-
dade deste universo. Explicar
esse universo é uma das nossas
missões. Pelo o que sabemos
da sua trajetória profissional,
há alguns anos você não se via
trabalhando com redes sociais,
não é verdade?
Juliano: Realmente, eu não via as
redes sociais como meu cenário,
porém sempre tive muita afini-
dade com a parte social. Quando
mais novo eu não gostava de
jogar videogame sozinho, e quan-
do descobri os jogos multiplayers
online foi quase a descoberta da
minha vida. O mundo profissional
que vivemos hoje vive abaixo
da palavra “multi”, que vem de
múltiplos. Vivemos nessa era em
que precisamos ser multidiscipli-
nados, multicanais, multitarefas,
etc... As empresas clamam por
esse tipo de profissional.
ELO: Você faz parte da geração
que viveu o momento de tran-
sição na maneira como nos co-
municamos com mundo. Como
foi o processo de adaptação?
Juliano: Eu tive meu primeiro
contato muito cedo. Quando
pequeno tive que aprender linhas
de comando pra poder acessar
jogos no computador de parentes
ou no escritório do meu pai. Anos
depois minha família adquiriu seu
primeiro computador, mas nessa
fase eu já havia brincado muito
na rua e tinha quase 18 anos.
Foi uma paixão a primeira vista.
Passava horas em uma conexão
discada a 56kpbs tentando extrair
o máximo que conseguia daquele
mundo novo.
A grande verdade é que a nova
geração não sabe como a inter-
net evoluiu, e entender parte
dessa transição agrega muito no
trabalho cotidiano.
Naquela época fiz um site pes-
soal chamado “atocadocoelho”
hospedado num serviço extinto
chamado Homepage grátis (HPG).
Foi onde tive minhas primeiras
experiências com comunidades
digitais. Por exemplo: criei uma
página com a foto, nome e o sta-
tus online/offline do antigo ICQ.
ELO: Vê algo de prejudicial na
atual geração, nascida e desen-
volvida submersa em monta-
nhas de informações e tecnolo-
gias diariamente renovadas?
Juliano: O pior ainda está por vir,
uma nova geração totalmente
imersa nessa tecnologia está
vindo e não estamos nos pre-
parando de forma correta. Essa
nova geração vai crescer em
todos os níveis sociais. Os crimes
virtuais estão começando a
acontecer e digo que não vemos
Juliano Kimura
C
EO da Trianons, é professor
e palestrante da Ecommerce
School. Possui doze anos de
experiência profissional, sendo
seis anos como gestor e três
atuando com inovação digital e redes
sociais.
Ao longo desse período trabalhou na Level
Up! Games, Supportcomm e Gameloft
Brasil. Na maior parte de sua carreira atuou
no mercado de entretenimento digital.
Ex-diretor executivo na Gaia Creative,
agência voltada à inovação digital e gestão
do conhecimento, coordenou equipes mul-
tidisciplinares e de alto desempenho que
atendiam clientes como BMW, Grupo CCR,
Hospital Albert Einstein, TJSP, Bourbon
Hotéis, Bio Ritmo e Grupo Protege.
nem a ponta do iceberg. Caso o
governo e as autoridades não se
preparem corretamente teremos
sérios problemas dentro de dois
ou três anos.
ELO: Você está vivendo uma
nova fase profissional a frente
da Trianons, e já pode se orgu-
lhar de alguns cases de sucesso.
Conte-nos um pouco da sua
trajetória profissional até aqui.
Juliano: Eu passei muito tempo
em uma posição intermediária. O
que seria isso? Essa foi uma fase
onde ao mesmo tempo em que
recebia ordens, também deveria
delegar. Foi delicado, pois pre-
cisava atender as demandas e ao
mesmo tempo manter a equipe
motivada. Precisava escolher as
pessoas certas para estarem ao
meu lado. Da mesma forma que
tive bons “chefes”, também tive
chefes não tão bons. Tive que
me policiar para não adquirir os
piores hábitos. Hoje, tento ao má-
ximo gerenciar a Trianons como
gostaria de ter sido gerenciado,
o papel de líder é muito diferente
de ser chefe. O que posso dizer
é que é um trabalho que neces-
sita maturidade profissional,
saber lidar com diferentes perfis
e motivar cada pessoa é muito
mais difícil que apenas delegar
atividades.
ELO: Quais os prós e os con-
tras de um cotidiano empírico
nas redes sociais, onde ainda
não existem muitas fórmulas
estabelecidas sobre como se
comportar e tampouco como
obter o sucesso?
Juliano: Na Trianons levantamos
a bandeira da ousadia. É melhor
você ser repreendido por ter
feito algo do que por não ter feito
nada. O fato das pessoas associa-
rem errar com falhar ou falta de
competência é um dos princi-
pais fatores que bloqueiam a
inovação. No livro “A Bíblia da Ino-
vação” de Phillip Kotler, ele dedica
todo um capítulo para falar disso.
Muitas das empresas ainda
sofrem com o desafio de fazerem
as redes sociais “em casa”, as que
já passaram por essa fase sabem
que, fatalmente, as atualizações
serão esquecidas por causa do
dia-a-dia corporativo. Ao pas-
sarem por essa experiência elas
entendem a importância das
redes sociais. Esse é um primeiro
grande passo.
ELO: As empresas brasileiras já
entendem que as redes sociais
são um ambiente para relacio-
namento e não de propaganda?
37ELO
Juliano: Existem alguns poucos
mercados ou empresas que já se
adaptaram as redes sociais. Mas
enquanto as empresas tratarem
as redes sociais como broadcast,
da mesma forma que fazem
com a TV, rádio ou impressos,
irão ignorar totalmente o fato da
internet ser uma via de comuni-
cação de mão dupla. O fato de a
internet ser um ambiente, quase
íntimo, de cada pessoa gera
um cenário hostil para comuni-
cações frias.
ELO: Como analisa o uso que
as pessoas têm feito das redes
sociais online? Considera sau-
dável e maduro?
Juliano: Nosso uso atual é
regular, simplesmente pelo fato
de que não fomos orientados
a como usar a internet. Essa
“falta de educação” digital não
nos permite extrair nem 1% do
verdadeiro potencial da internet.
Nem na vida pessoal e nem na
vida profissional.
ELO: E você, como utiliza as
redes sociais online?
Juliano: Na vida profissional é
meu ambiente de pesquisa e
divulgação de trabalho através
de um conteúdo de qualidade.
Além de ser meu ambiente de
trabalho, eu gosto dos meus ami-
gos e de estar em contato com
eles. Gosto da ideia de compar-
tilhar parte da minha vida e de
certa forma manter esse contato
com pessoas que normalmente
seriam esquecidas sem as redes
sociais.
ELO: O que podemos esperar
para 2013?
Juliano: Existem duas tendên-
cias que me chamam a atenção.
O fato de estarmos nos rela-
cionando com outras pessoas
de forma mais rápida cria uma
necessidade de tangibilizar essas
novas amizades. O O2O, online
para offline. já é notado nos
encontros de comunidades vir-
tuais no mundo real. Da mesma
forma, a geolocalização continua
crescendo, mas está longe de
alcançar a maturidade.
Não podemos
esperar novos
resultados
fazendo as
mesmas coisas
A grande
verdade é que
a nova geração
não sabe como a
internet evoluiu
Fotos : Will Zamba
GamesG a m e s
A vida é
um jogo ;)
38 ELO 39ELO
Jogar é uma necessidade
básica do ser humano
aplicada em diversos casos
da nossa vida corriqueira
sem ao menos percebermos
V
ocê é daqueles que condena as pesso-
as que jogam videogame por horas?
Não consegue se imaginar em frente
a uma tela por tanto tempo desem-
penhando um papel aparentemente
sem qualquer propósito? Com certeza você não é
um “gamer”, termo que determina apaixonados e
profissionais dos videogames.
Porém, mesmo sem
qualquer contato com
um console desses
mais modernos, você
vivencia a experiência
dos games todos os
dias de sua vida. O
“gamification”, termo
relativamente novo, é
usado para referir-se a
utilização de conceitos
e elementos dos games
na vida real.
Jogar é uma neces-
sidade básica do ser
humano aplicada em
diversos casos da nossa
vida corriqueira sem ao
menos percebermos.
Por exemplo, o modo
como planejamos e
executamos nossa car-
reira profissional para
alcançarmos um obje-
tivo, onde há pessoas
competindo conosco,
algumas nos auxilian-
do na jornada, outras
contra e a família na
torcida.
Com a popularização
da internet e o “boom”
das redes sociais onli-
ne, os games ganharam destaque como ferramen-
ta social para os mais diversos fins. A atividade de
jogar, reunir os amigos em volta do videogame,
sempre foi social.
O termo “jogos sociais” está fortemente atrelado
à internet e principalmente ao Facebook por ter
permitido a interação entre amigos, em jogos digi-
tais, sem que eles estejam fisicamente no mesmo
espaço e tempo – o último episódio do documen-
tário “A era do videogame” exibido
no canal Discovery Channel trata
dessa fase na evolução dos games:
http://goo.gl/Q2oWY.
Principalmente com o Facebook
e demais mídias sociais, a grande
mudança foi no perfil dos jogadores.
Diferentemente de um console de
videogame onde o jogador passa
horas na frente da TV em uma única
sessão, os jogos sociais, que nor-
malmente são casuais e requerem
atividades e ações curtas, acabaram
por atrair um perfil de jogadores
totalmente novo.
Os especialistas em games
nunca se aprofundaram na
pesquisa e implementação do
“gamification” em serviços e pro-
dutos da vida real, apesar destes
elementos sempre estarem
presentes de forma inconsciente
nos seus desenvolvimentos.
Está aí um grande filão para ser
melhor explorado por profissio-
nais dos jogos e das empresas
no desenvolvimento de novos
produtos e serviços, digitais ou
não.
O fenômeno “gamification” vai
além dos badges e conquistas
do FourSquare ou do GetGlue,
como exemplo, o cartão de
milhas acumuladas por uma
companhia aérea ou os selos
de fidelidade do restaurante
que frequentamos são perfeitos
exemplos, já que eles também
trazem o chamado “Lock-in
Effect” - em que o usuário vai
preferir usar determinada com-
panhia aérea porque já começou
a acumular suas milhas e não
porque o preço é o mais barato.
A mesma situação se repete no
caso do restaurante.
Quem nunca começou a cole-
cionar tampinhas de refrigeran-
tes promocionais para serem
trocadas por um prêmio e desde
então não troca esta marca por
nada?
Com barreiras de entrada quase
nulas, os jogos sociais podem
muito bem servir como ferra-
menta de educação e formação
do cidadão. Tudo depende
de como o jogo é construído.
“Civilization”, concebido pelo
Sid Meier, ensina muito sobre o
desenvolvimento de nossa civili-
zação e história do mundo.
Conseguiu extrapolar o volume
e alcance de qualquer jogo con-
siderado “educacional”, pois foi
desenvolvido para ser comercial
e divertido, mas que também
ensina por acaso. Serve como
um ótimo benchmark para de-
senvolvimento de qualquer jogo
que considere transmitir algum
conhecimento para seu público.
Seja para o entretenimento ou
a competição, como ferramenta
de marketing ou relacionamen-
to social, os games são parte
do nosso dia-a-dia de maneira
conceitual ou literal. A consciên-
cia deste fato pode ajudar você
a experimentar o melhor dos
mundos, todas as possibilidades
proporcionadas pela conexão
dos games e das redes sociais
em um ambiente virtual ou real.
Thiago é formado em Design
com especialização em Geren-
ciamento de Projetos, e traba-
lha com videogames há mais
de nove anos. Atualmente é
responsável pela expansão das
operações da Wooga, uma das
líderes no desenvolvimento de
jogos sociais para a web e plata-
formas móveis.
Imagem Assassin’s Creed
Imagem Social City
Thiago Guarino Appella
21ELO
Comunidade
alternativa
Uma comunidade virtual com
mais de 2 milhões de membros
LadoBL a d o B
Dark loja virtual tem
espaço para bandas
V
ampire Freaks começou em 1999
como site pessoal de um jovem gótico
e, após 13 anos de mudanças, hoje é
uma comunidade virtual com mais de
2 milhões de membros interessados na
cultural alternativa dark.
Além de contar com fóruns de discussões, loja
virtual e espaço especial para as bandas, também
tem cases de 020 (online para offline) como a re-
alização do “Triton Festival” em NY, o maior festival
de música gótica-industrial dos Estados Unidos,
que contou com 24 bandas em 3 dias de festa.
Na página há uma cronologia muito interessante
de se analizar, pois descreve as mudanças do
site ao longo dos anos pelo ponto de vista de
desenvolvimento. Isso nos permite acompanhar
as tendências de cada época, e como elas foram
capazes de transformar um pequeno site autoral
em uma enorme comunidade online. Essa gradual
integração de recursos nos permite estabelecer pa-
ralelos com o amadurecimento da própria internet
na última década. Entender o caminho que levou
páginas estáticas até a tal da “Web 2.0”.
Acesse: http://goo.gl/h8AoH
40 ELO
Fotos:site
Murai
Abril
Dias3e4-WebExpoForum
Centro de Convenções Frei Caneca,
São Paulo, SP - O ponto de encontro
para quem leva mídia social a sério e
quer trocar informações e experiên-
cias com profissionais de diversas
empresas.
Dia4-CongressoTV2.0
Centro de Convenções Frei Caneca,
São Paulo, SP - A evolução da TV e da
distribuição de conteúdo para múlti-
plas plataformas discutida por quem
está à frente dos mais importantes
projetos de novas mídias.
Maio
Dias16e17-12ºTelaVivaMóvel
Centro de Convenções Frei Caneca,
São Paulo, SP - Comunicação e Mar-
keting na palma da sua mão: temas
atuais do mercado de conteúdo
móvel, como as apps, redes sociais
móveis, marketing e conteúdo pa-
trocinado, entre outros.
Dias21e22-57ºPainel2013
Telebrasil
Unique Palace, Brasília, DF -
O Painel TELEBRASIL é o principal
encontro de lideranças e autoridades
da área de telecomunicações, reuni-
das para discutir os rumos do setor
no Brasil.
Junho
Dias04e05-FórumBrasilde
Televisão
Centro de Convenções Frei Caneca,
São Paulo, SP - Focado na realização
de negócios, e com público qualifi-
cado, o evento reúne produtoras e
distribuidoras de conteúdo e emis-
soras de TV para debater temas de
interesse nacional e internacional.
Dias24e25-SeminárioCallCenter
IP+CRM
Amcham, São Paulo, SP -
Seminário que enfoca o desafio do
atendimento aos clientes e consumi-
dores no Brasil ao longo de toda a ca-
deia de valor envolvida nos serviços
de relacionamento.
Agosto
Dias6,7e8-ABTA2013Feirae
Congresso
Transamérica Expo Center, São Paulo,
SP - Maior encontro sobre mídias
convergentes na América Latina, é o
único que congrega, em um mesmo
ambiente, os principais operadores
de TV por assinatura e banda larga,
empresas de telecomunicações,
produtores e programadores de
conteúdo, empresas de tecnologia e
provedores de Internet.
Dia14-FórumSaúdeDigital
Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP -
Seminário que apresenta uma grade
de palestras e discussões relevantes
aos investimentos de TI e Telecom na
área da saúde.
Setembro
Dias5e6-CongressoLatino-
AmericanoSatélites2013
Royal Tulip, Rio de Janeiro, RJ - A reali-
dade do mercado de satélites, novas
tecnologias e aplicações, no único
evento sobre o assunto na América
Latina.
Dias24e25-ForumMobile+
Centro de Convenções Frei Caneca,
São Paulo, SP - As inovações e propos-
tas desenvolvidas por operadoras,
agências de propaganda móvel,
integradores de valor agregado e
soluções empresariais e fabricantes
de dispositivos móveis.
Outubro
Dia9-ConstruTic-Semináriode
TecnologianaConstruçãoCivil
Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP -
Seminário apresenta novas soluções
de TIC para a construção civil.
Novembro
Dia7-TVAPPs
Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP -
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tivos e conteúdos para plataformas
de TV conectadas à internet, o evento
debate como oferecer novas ex-
periências aos usuários de conteúdo
online em televisores.
Fonte: Converge Comunicações
http://goo.gl/Hi08Z
43ELO
Para colocar na agenda e já garantir presença nos
grandes eventos sobre comunicação confirmados para
2013: marketing, tecnologia, tendências, novas mídias
e redes sociais, e muito mais. Maiores detalhes ao longo
do ano nas próximas edições da revista ELO.( )
AgendaA g e n d a
: :Campus Party 2013
C
omparando a
primeira Campus
Party Brasil, em 2008,
com a edição de 2013,
pude notar uma série
de mudanças. Não por decisão
da organização do evento, mas
como reflexo da forma como a
internet, especialmente as redes
sociais, evoluíram nos últimos
6 anos. Os exemplos de profis-
sionalização são percebidos
em todos os cantos da Campus
Party.
Em 2008 o evento era mais fo-
cado nos participantes. Lembro
de compartilhar bancada com
blogeiros famosos, responsáveis
por sites como Cocadaboa,
Hempadão e Sedendário &
Hiperativo. Não havia tietagem,
apenas um descontraído senso
de comunidade. Os palcos de
palestra eram muito menores.
Em 2013 houve uma separação
entre participantes normais e as
web celebridades, que ganharam
status de VIP. Maior exemplo
disso foi a criação da área para
stand up comedy, alimentada
por humoristas que usaram a
rede como principal meio para
se tornarem conhecidos.
Se em 2008 a parte mais
animada dos games foi um
campeonato de Street Fighter
improvisado na madrugada
pelos próprios participantes, em
2013 os e-sports chegaram com
tudo, com campeonatos patroci-
nados por gigantes da indústria,
premiações bacanas, taças,
telões imponentes, arquiban-
cadas lotadas e streaming em
tempo real para o mundo todo.
Houve também um amadure-
cimento na parte tecnológica.
Há menos conteúdo para os
curiosos. A popularização da
conexão de banda larga resi-
dencial tornou a conexão super
rápida da Campus Party em algo
irrelevante. O mesmo aconteceu
com os gimmicks tecnológicos
como o Kinect e dispositivos
de realidade aumentada. As
seções de robótica, astronomia e
simuladores ainda existem, mas
entendo que como nichos cada
vez mais isolados.
Não acho que a profissio-
nalização e amadurecimento da
Campus Party tenha sido algo
ruim, mas a presença maciça
da cultura empreendedora e
conteúdo voltado para startups,
administração e captação de
recursos me faz pensar se, daqui
a 6 anos, ainda será coerente
para o evento carregar o termo
“Party” no nome.
O reflexo dos últimos 6 anos de mudanças
42 ELO
EventosE v e n t o s
DepositPhotos
DepositPhotos
Murai
44 ELO
OpiniãoO p i n i ã o
O
deio apresentações. Odeio falar de
mim na terceira pessoa (o que mos-
tra que se eu fosse o Pelé, estaria
f*****). Mas é necessário, haja vista
que vocês não me conhecem e
precisam ao menos tentar saber quem é essa pes-
soa que vai escrever na revista,) pelos próximos
tempos.
Me chamo Hilário Júnior (pois é) e
trabalho com redes sociais desde
2008. Primeiro como “moderador
de comunidades” ( o mercado de
“social media” tem um nome bonito
pra isso, chama-se Community
Manager, mas pra mim é moderador
mesmo...), depois estrategista e as-
sessor de imprensa 2.0 e finalmente
analista e coordenador de redes
sociais. Já trabalhei com empresas, alguns
políticos, alguns artistas e agora estou aqui, me
aventurando como colunista de revista (minha
mãe está orgulhosa)
Se tem uma coisa que eu entendo, é de números
nessas redes sociais. Mas mais que os números,
nós - que trabalhamos ou queremos trabalhar
com - precisamos entender de pessoas. São as
pessoas que movem a internet, não os bits, bytes
e teras espalhados em servidores mil. Por exem-
plo, o que seria do Facebook sem os 900 milhões
de usuários que povoam sua rede? Ou, como
saberíamos que um “vídeo está bom-
bando” no Youtube (e depois aparece no
programa da Eliana; do Gugu e até do
Faustão...) se não fossem seus comen-
tários e pessoas repassando em tweets,
posts no face, blogs e tumblrs da vida?
Na somatória dos números e das pesso-
as, o sucesso vem a cabo. E é disso que
tratarei nesta coluna. Se tem alguém
que posso agradecer, este alguém é a
internet - sujeito oculto e/ou figurado,
segundo o dicionário - Por que se não fosse ela,
nem nas páginas desta publicação eu estaria.
Parafraseando aquele filme famoso do Patrick
Swayze: Para Wong Foo: Obrigado por tudo
Internet!
São as pessoas
que movem a
internet, não os
bits, bytes e te-
ras espalhados
em servidores
Hilário Júnior
DepositPhotos
TirasT i r a s
46 ELO
Luis “Salsicha” é pé “vermeio” e “rockstar” frustrado, nascido em Fartura,
interior de SP. Veio para São Paulo colocar um pouco de agitação em sua vida,
além de ter que estudar publicidade. Acabou descobrindo o marketing digital,
que o influenciou na criação de um blog, onde posta notícias, listas, curiosi-
dades e assuntos relacionados a musica e cinema, além de publicar cartoons e
infográficos que ensinam as pessoas a sobreviverem em filmes de terror.
Salsicha :}
Gabriel :}
‘No despertar da vida adulta aos 22 anos, Gabriel nunca deixou de lado os de-
senhos e os quadrinhos. Mora em São Paulo, onde estudou Design Industrial,
ama tirinhas como Peanuts e Calvin & Haroldo, considera Watchmen a melhor
coisa já feita e se arrisca desenhando cartoons por aí. Ele deu início às suas
empreitadas com um blog de tirinhas bem humoradas, Teddy & Picker, e agora
se volta ao Felicidade Filtrada, onde vê um crescente número de admiradores.
Canais
@luissalsicha
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  • 3. ELO ÍndiceÍ n d i c e A revista Elo Social é uma publicação da Trianons em parceria com a Editora Zamba Revista ELO SOCIAL Diretor e projeto editorial: Juliano Kimura Editor de arte e projeto gráfico: Will Zamba Editor de Conteúdo e redator: Théo Salvador Editor online: Murai Produtor executivo: Cauê Kalmus Editora de Conteúdo e redatora: Samanta Fluture Marketing: Giselle Zurita Diretor de fotografia: Jonathan Santos Jornalista responsável: Wilson Zambardino Mtb 17.571 22 42 18 8 43 32 12 Especial Eventos LadoB Um retrato do homem nas redes sociais desde a idade da pedra Meia década de Campus Party! O que mudou? Como a tecnologia está transformando nossas vidas A desculpa perfeita para o chefe e muita fofura ;} Os maiores eventos de 2013 estão aqui, programe-se Site muito bom para bandas alternativas e com roupas descoladas Aplicativos milagrosos para gerenciar os momentos da vida expediente ELOsocial © As opiniões expressas pelos colaboradoeres são de sua exclusiva responsabilidade e não representam a opinião da redação. Av. Nova Independência, 1061 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04570-001 www.revistaelosocial.com.brcontato@revistaelosocial.com.br Comunidade................6 Top.....................................8 Drops.......................... ....10 Gadgest.........................12 On Off..............................16 Mundo............................18 Especial .......................22 Profissão.....................32 Talento..........................34 Entrevista...................36 Games...........................38 LadoB............................40 Eventos.........................42 Agenda.........................43 Opinião.........................44 Tiras.........................46 EditorialE d i t o r i a l Uma ideia na cabeça e a internet na mão T oda publicação começa como uma ideia, um assunto ou uma mensagem que possui função. Com essa revista foi a mesma coisa. Há mais de um ano atrás, em um boteco, saindo da ESPM, nos encontramos... Juliano e eu. Entre um copo de cerveja e outro, como em um brainstorm, a ideia foi plantada. E hoje, com 99% de transpiração e 1% de inspiração, estamos apresentando o Projeto Elo Social! Uma revista digital e impressa que pretende circu- lar em um mundo globalizado que nos aproxima como parte de uma comunidade maior, atendendo aos nossos estilos de vida. Uma revista moderna que faz parte de um grupo antenado, elevado ao status de iniciados em uma elite cultural. Enten- demos que outras pessoas como nós estão lendo e vendo as mesmas coisas, estamos nos conectando com elas do outro lado da cidade... Ou do mundo. Embora vivamos como indivíduos, somos afinal de contas animais sociais, e gostamos de saber que existem outros como nós. No século passado declararam que a imprensa es- tava morta: nascia a era digital! A internet! Parecia que estávamos diante de um futuro sem papel. Todas as mídias se apressaram em fazer seus sites, portais, blogs e passaram a pensar em “como vamos ganhar dinheiro com isso?”. Seria o fim das revistas e jornais? Já passamos mais de uma década desde o início do século XXI, e parece que aquela previsão foi um pouco prematura, porque hoje nos deparamos com outro cenário. As mídias se complementam: toda revista ou jornal têm presença obrigatória no ambiente virtual e mobile, e o designer tem “papel” fundamental nessa “nova era” onde a informação é distribuida por todos os meios possíveis de se comunicar. Wilson Zambardino 4 ELO Editora Zamba Agenda Mundo Top Gadgets 5
  • 4. O seu espaço real! 6 ELO ComunidadeC o m u n i d a d e 7ELO Não! Não são as muitas horas sem sono que me levaram a experimentar duas opções para a abertura do texto que acabaram es- quecidas aqui por falta de atenção. A intenção foi abordar duas maneiras de perceber uma mesma situação. Posso dizer que há algum tempo o primeiro parágrafo era sempre o consequente desfecho dos meus dias de trabalho incessante, preso entre o passado e o futuro, porém sem estar no presente. Falemos então da parte boa: “Caramba, o dia foi curto!”. Como é bom estar presente no presente e ter iluminado meu peito pelo brilho intenso no olhar de cada um dos palestrantes do TEDx Jardins. Reconhecer-me ali no palco foi revigorante. A riqueza de cada apresentação é merecedora de atenção especial, e não acho que deve- mos empilhar todas em um único e, provável, gigantesco texto. Entrar nos méritos técnicos para avaliar o evento também não me parece razoável e coerente com o propósito tão nobre ao qual fui exposto. O que me pareceu mais justo, e uma homenagem sincera a tudo de mara- vilhoso que o TEDx Jardins proporcionou aos seus espectadores, é o relato da minha expe- riência enquanto ser humano. Que até aqui abordei aparentemente de maneira superficial, mas que na realidade foi tão profunda que ain- da me encontro mergulhado em mim mesmo buscando respostas, com o cuidado de manter a respiração presa para ter oxigênio suficiente para voltar à superfície um dia desses. Encontro-me, agora, diante das minhas gargalhadas de infância, do meu choro por birra, por manha, mas na maior parte das vezes sincero em sua manifestação que lavava a alma da dor e angústia que só eu era capaz de sentir e avaliar. Recolho-me no meu egoísmo, necessário para entender o que realmente me faz feliz – ao som do violão de meu pai que me embalou durante toda a gestação e infância. Quando nos sentimos vivos queremos sempre mais. Essa é a gana de viver que vou buscar em cada novo despertar. Acre- ditar que minha felicidade é o que vai mudar o mundo será a verdade absoluta repetida como um mantra em todos os meus dias. Aperte o play, compartilhe um pouquinho do meu sonho e tenha refletida sobre você minha felicidade sincera o/ http://goo.gl/kE72I. Sobre o TEDxJardins No dia 04 de Outubro de 2012, aconteceu o TEDx Jardins no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo. O TEDx Jardins é um evento organizado de forma voluntária e independente do TED, uma organização sem fins lucrativos que nasceu há 25 anos na Califórnia com o espírito de promo- ver ideias que merecem ser espalhadas e apoiar pessoas que mudam o mundo. ”Semeando novas ideias” o TEDx Jardins foi um evento inspirador e transformador, mostrou que para alcançar o sonho basta fazer - simples assim. E sta seção é colaborativa e é o xodó do pes- soal aqui da redação. Afinal, este é o espaço que a ELO abre para que os membros da comunidade contribuam com suas opiniões, sugestões e mostrem para todos os seus talentos, exercitando assim a essência do conceito desta publicação. Para esta edição selecionamos o post feito por Théo Salvador, que relata a experiência de assistir a um evento como o TEDx. Sensibilidade à flor da pele e o puro desejo de levar a felicidade para as pessoas através da sua própria felicidade. Minha felicidade transformará o mundo “Caramba, o dia foi longo!” – Essa expressão traduz minha realidade de quase 24 horas sem dormir. Ainda acordado, tento me concentrar na tarefa de produzir esse artigo sobre um evento que me tomou muito tempo, deixando trabalho parado na agência e com- prometendo todo o meu final de semana. “Caramba, o dia foi curto!” Essa expressão traduz minha realidade de 28 anos de vida na busca por um sonho que se realiza a cada gesto no presente, tendo no passado os ensinamentos, inspirações e lições, tendo no futuro a certeza do objetivo alcançado. Conecte-se com o autor no Fa- cebook: facebook.com/rodrigo. theodorosalvadorsilva. Fonte e integra do texto: http:// goo.gl/kYswN. Depositphotos Reproduçãofonte
  • 5. A s notícias vindas do Japão no final do ano passado interes- saram muitos outros além dos corintianos. Estudo da uni- versidade de Hiroshima traz a desculpa perfeita para dar ao chefe quando você for flagrado vendo imagens de animais nas redes sociais. Segundo experimento, pessoas expostas a imagens de filhotes fofos tinham melhor desempenho na realização de tarefas que exigiam mais atenção. O motivo? As imagens geram sentimentos positivos ;) 1 2 3 4 5 O primeiro lugar é um misto de fofura com sucesso nas redes socais. O cachorrinho Boo tem até página no Facebook com mais de 6 milhões de fãs: http://goo.gl/fB3za Vídeo de gatinho cego ganhou prêmio e já teve mais de 4 milhões de acessos: http://goo.gl/vDUU1 Pandas filhotes brincam no escorregador de ONG chinesa voltada para pesquisas e reprodução dos animais: http://goo.gl/x2wfY Elefantinho vai se refrescar em piscina de plástico e acaba protagonizando um misto de cena fofa e desajeitada: http://goo.gl/ucXU4 Coletânea de imagens com animais fofos: http://goo.gl/ATXpU Bichinhos cute-cute =) TopT o p 8 ELO Depositphotos Imagens de animais fofos no seu desktop geram sentimentos positivos
  • 6. DropsD r o p s Redes sociais até para vestir Há certo exagero quando al- guém diz que você não faz mais nada, que fica enfurnado no quarto o dia todo ou não larga do celular nem para comer? E a culpada quem é? A bendita da internet e suas mídias digitais. Se você é viciado assumido em Facebook, Twitter, Instagram e outras, talvez se interesse por looks que te farão vestir a camisa, ou vestido, ou calça, ou blusa, ou qualquer outra peça de roupa inspirada nesses ícones da vida moderna. Literal- mente! Confira essa coleção que o Blog B for Bel preparou para a coleção outono/inverno 2013 ;) CONFIRA: http://goo.gl/FrtzF Black Friday invade Twitter Descontos não tão atrativos, supostos preços maquiados e lentidão dos sites foram alvo de reclamações no Twitter na versão brasileira da Black Friday Brasil. Lembra disso? Também ficou frustrado ou fez piada? relembre: http://goo.gl/xnpzx 007 por 70 segundos Aproveitando os 50 anos do 007 e o lançamento do filme “007 – Operação Skyfall”, a Coca-Cola promoveu uma ver- dadeira missão, digna de James Bond. Postado em 18/10/2012 o vídeo já está com quase 10 milhões de visualizações. Assista: http://goo.gl/gS8WY Romantismo e diversão Vídeos de pedidos de casamen- to criativos encheram os olhos do público durante todo o ano de 2012. Casais apaixonados fi- zeram uma grande mobilização com familiares e amigos para as filmagens. Na hora de declarar o INSPIRE-SE: http://goo.gl/gS8WY Super-Juiz Joaquim Barbosa foi tratado como “Super-Juiz” no Twitter e Facebook. Relator do mensalão travou disputa com o revisor do caso, Ricardo Lewandowski. Aceitação e apoio popular ajudaram a elevar Barbosa ao cargo de presidente do Superior Tribunal Federal. VEJA O HERÓI EM AÇÃO: http://goo.gl/O800h O garoto de US$ 1 milhão Desenvolvedor de 17 anos cria app para iPhone e recebe US$ 1 milhão. O jovem Nick D’Aloisio, desenvolveu um aplicativo que reúne as principais notícias do dia em um só lugar. Recebeu de um grupo de investidores a quantia de US$ 1 milhão (R$ 2,1 milhões) para investir no software e torná-lo ainda melhor. Saiba mais: http://goo.gl/izSxh 10 ELO
  • 7. GadgetsG a d g e t s Aplicativos milagrosos Listamos os melhores aplicativos de smartphone para gerenciar todos os momentos da vida Unstuck Tem horas na vida que ficar estático na frente do computador ou da folha de papel em branco duram bem mais do que gostaríamos. Mesmo as pessoas mais produtivas, decididas e foca- das, uma hora ou outra, acabam “empacando”. E é para esses momentos que o aplicativo “Unstuck” serve. Por enquanto, desenvolvido exclusivamente para iPad, o aplicativo ajuda a solucionar uma situação em que se está confuso, receoso ou com qualquer outro senti- mento que o impeça de continuar. O mais legal é que não precisam ser situações da rotina do trabalho. Serve para qualquer momento difícil da vida. Identificando o problema, ele o analisa passo-a-passo através de diversas perguntas e, ao final, oferece um diagnóstico completo com sugestões para você “desempacar”! Além da funcionalidade, o layout é muito bonito e intui- tivo, com ilustrações colocadas em formato de infográfico. http://goo.gl/PI5RZ Para iPad Gratuito Eisenhower Uma abordagem diferente para a gestão de tarefas: esse aplicativo é baseado em uma abordagem de gestão do tempo popularizada por Eisenhower, comandante das forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, que cunhou a famosa citação “O importante é raramente urgente e o urgente é rara- mente importante”. Seu método em forma de matriz ajuda a combinar importância e urgência e a planejar o uso de nosso tempo com inteligência e eficácia. Neste aplicativo, a matriz toma forma e permite que o usuário quebre seus projetos em tarefas, tornando-as melhor gerenciáveis ao classificá-las em uma escala de fácil visualização e compreenção. http://goo.gl/CnKHK Para iPhone, iPad e iPod $2,99 IdeaBucket O aplicativo parece simples porém, permite realizar algo muito complexo: pesar uma ideia de forma lógica usando dados reais. Esse olhar com per- cepção mais clínica, às vezes é exatamente o que precisamos quando estamos tendo problemas ao avaliar uma ideia, elaborar um plano para um em- preendimento, aprovar alguma apresentação, che- car se os dados conferem, etc. Deixando o “feeling” de lado, o aplicativo oferece o que muitas vezes esquecemos ou não sabemos como medir nem pesar: dados, comparativos, análises, resultados. http://goo.gl/8uutV Para iPhone, iPad e iPod $3,99 Bloom Às vezes, para conectar, precisamos simplesmente desconectar. Esse aplicativo serve exatamente para isso: programe “blooms” para notificá-lo de fazer coisas que tenham mais a ver com a vida real, de fato vivida e sentida, do que aquela em que seguimos mecanicamente através de agendas e outros aplicativos que nos enchem de alarmes, datas e horários. Os “blooms” são pequenas mensagens que aparecem na tela do seu smartphone alertando para que você dê um tempo em suas tarefas e aproveite para respirar ar puro, olhar nos olhos de alguém, abraçar sua família, conversar com seus colegas de trabalho de outra forma que não o e-mail ou o chat do Facebook, lembrar de programar aquela viagem, tirar um cochilo, fazer um café... http://goo.gl/pgpp0 Para iPhone, iPad e iPod Gratuito 12 ELO 13ELO Fotosreproduçãodosite Samanta Fluture
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  • 9. Projetos que inspiram o olhar A comunicação entre o mundo online e offline se torna cada vez mais necessária. Vemos isso aconte- cer quando algo que acontece no mundo offline, um programa de TV, por exemplo, é comen- tado nas redes sociais enquanto transmitido. Ou quando uma ação no mundo virtual estimula outras ações no mundo real, como manifestações que são criadas e organizadas pela web, antes de tomarem as ruas. O mundo é um só, sem limi- tações e restrições quanto às in- terações sociais e a experiência urbana, que se expandem para além de barreiras e fronteiras físicas. A tecnologia que nos afastou agora nos traz de volta para os encontros nas ruas: qr codes, RFID e realidade au- mentada facilitam e amplificam essa conexão entre mundos. Ao entendermos que estamos conectados o tempo todo, mesmo enquanto praticamos atividades offline, essa unifi- cação permite maior alcance, mais engajamento e melhores resultados, pois nos é natural. E porque este tema está sendo tão discutido? Vivemos em uma era que estamos extrema- mente conectados, são 24 horas online através de nossos smart- phones. Mas, até que ponto con- fundimos conversa e conexão? Dispositivos que estão sempre conectados e sempre conosco nos fazem acreditar que sempre seremos ouvidos, que podemos criar filtros e nos concentrar no que bem entendermos, e que nunca teremos de ficar sozinhos. Em nossa busca apressada pela conexão, fugimos da solidão, da nossa capacidade de nos separar da multidão e pensar como in- divíduo. Retomando a pergunta acima, nós, pessoas, estamos sentindo falta do toque, do olhar, da conversa ouvida e falada. Al- guns projetos que recentemente tomaram nossas ruas, redes e corações. Tire os olhos da tela e olhe mais para as ruas, tem muito a ver 16 ELO OnO n 17ELO Diga não a Inércia Se mais pessoas pensassem como Fernando Conte, nosso país seria muito mais alegre e pacífico. Seu projeto se chama “Você já fez um amigo hoje? SENTE-SE!” e faz parte do trabalho da fanpage Diga não a Inércia. http://goo.gl/PqyPE Aqui Bate Um Coração Outra ideia simples, para mostrar que nosso coração ainda bate, mesmo em meio ao caos e tempo comprimido da cidade grande: o projeto Aqui Bate Um Coração espalha corações de isopor em monumentos de São Paulo. http://goo.gl/lX5Km Microrroteiros Milhões de pequenas histórias acontecem ao mesmo tempo nas cidades. A ideia do projeto microrroteiros é estimular a imaginação das pessoas nas ruas, contando histórias do dia-a-dia. O projeto nasceu em 2009 como uma forma de colocar em práti- ca a criação a partir do olhar para o cotidi- ano, descrevendo cenas bem curtas, como pequenos roteiros, de até 140 caracteres. http://goo.gl/5h3H3 As ruas falam Muita gente quer falar/desabafar/motivar/ inspirar os outros e mais que isso, querem ser ouvidas. Essa foi a inspiração necessária para o Inspiration Page criar o projeto colaborativo As Ruas Falam, que coleciona manifestações urbanas das ruas em forma de palavras e frases de efeito. http://goo.gl/MAJFw Community Advice Qual conselho você daria para o seu “eu” de 8 anos? E para o seu “eu” de 80? O artista Susan O’Malley solicitou essas respostas a 100 moradores de Palo Alto, charmosa cidade do estado americano da Califórnia. As respostas que vão de “Nunca minta” à “Aproveite o cabelo enquanto você ainda tem”, foram transformadas em posters espalhados pelo coração do Vale do Silíco. O projeto de arte, realizado em conjunto com o Centro de Arte de Palo Alto, tenta fazer a sociedade refletir em torno dos conselhos que dá e que ouve diariamente. http://goo.gl/oCjsO OffO f f Na Russia a interação entre grafite e pessoa nas paredes a vontede de se renovar, re-tudo... arte nas ruas a realidade aumentada facilitou e amplificou essa conexão entre mundos uma receita? título do livro do Roberto Freire Fotos reprodução Pinterst: http://goo.gl/djztc Reprodução Grafite dos “Gêmeos” Samanta Fluture
  • 10. A internet das coisas Cartão com teclado touch- screen da Mastercard Um sistema inovador de pa- gamento interativo ativa um teclado touchscren no cartão para gerar uma senha na hora de pagar, combinando o cartão com o sistema de se- gurança do token. No futuro, novas funções podem ser adicionadas ao cartão com os mesmos recursos. Balança que se conecta às redes socais e aplicativos de fitness Para manter o foco no con- trole do peso essa balança se conecta aos aplicativos que você usa para aumentar a produtividade do seu treino, ajudando no controle e ma- nutenção. O aparelho ainda permite que você crie difer- entes perfis para que todos da família possam usar. Luzes de bairro em Londres serão controladas via iPad O centro de Londres terá lu- zes controladas por iPad para economizar energia, reduzir custos e ser mais eficiente. Serão instaladas 14 mil luzes nos próximos quatro anos. Capacede mede nível de estresse de ciclistas Capacete de bicicleta une sensores EEG (eletroence- falógrafo) e luzes de LED. Quando as luzes verdes se acendem significa que o ciclista tem baixo nível de estresse. As luzes vermelhas indicam alto nível de estresse e, caso as luzes se tornem piscantes, quer dizer que o ciclista está em estado de pânico. SixthSense: tornando qualquer superfície em touchscreen Imagine se qualquer objeto, inclusive seu próprio corpo, puder ser uma interface. O “Sixth Sense”, projeto do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), funciona como um “colar” em volta do pescoço com uma webcam para capturar os movimentos e um mini-projetor para gerar a interface. Camiseta monitora sinais vitais para diagnóstico médico imediato Chamada de camiseta “Fit”, em alusão à fitness, foi desen- volvida para medir a tempe- ratura do corpo, movimento e também funcionar como eletrocardiograma. O pro- jeto é mais um exemplo de tecnologia efetiva, prática e econômica para cuidar da saúde. As invenções do futuro mostram como a tecnologia inteligente está transformando nossas vidas I magine como seria a sua vida rodeada de tecnologia que não precisa de treinamento para colocar para funcionar, tecnologia de poucas tarefas e que pertence ao contexto, tecnologia que integra os cinco sentidos, tecnologia que entrega experiência rica e inter- ação intuitiva, tecnologia que cria um ecossistema, tecnologia baseada nas nuvens, tecnologia que entende e aprende com o ser humano. Achamadainternet dascoisas representa um conjunto de inven- ções que permite aos objetos - comuns, do cotidiano - se conecta- rem à rede e passarem a interagir entre eles e com as pessoas. Os pilares que garantem a transformação dessa ideia em realidade são os sensores RFID (sigla em inglês para identificação por radiofrequência), as redes sem fio ubíquas (ou seja, presentes em todos os lugares) e a mudança do protocolo de internet para a versão IPv6 (o protocolo atual, IPv4, só é capaz de “contar” até 4 bilhões. Já o IPv6 garantirá códigos dife- rentes para uma quanti- dade praticamente infinita de objetos). Já existem aplicações ao nosso redor que fazem uso desse con- ceito. Confira algumas invenções cujo o conceito moldará nosso futuro: MundoM u n d o 18 ELO Samanta Fluture
  • 11.
  • 12. 22 ELO 23ELO homem Retratos do modernoVivemos um tempo em que usamos as redes soci- ais para criar nossas identidades.Todos temos um “segundo eu”na rede. Como seres humanos, somos dependentes de socialização. Mas a maioria de nós não vive em pequenos vilarejos onde todos se conhecem. Em vez disso, a maioria vive em cidades, tem seu trabalho, mora em apartamentos sem saber quem são seus vizinhos de andar e passam a vida cultivando as mesmas pessoas a sua volta. A tecnologia parece indispensável, hoje em dia, porque nos permite superar esse modelo de vida moderno ao nos conectar a alguém quando estamos sozinhos no trânsito, nas filas, nas noites de domingo... Isso compensa o isolamento imposto por barreiras erguidas ao longo do tempo – cresci- mento da população, da violência, da competição, da necessidade de acumulo material, da angústia e do es- tresse. O rápido contato com pessoas no dia a dia não nos permite experi- mentar novas sensações, emoções e sentimentos genuínos, mas na tecnologia parecemos encontrar a oportunidade de fazê-lo. Samanta Fluture e Théo Salvador Amber Case, antropóloga digital e pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sabiamente disse em entrevista à Folha de SP: “Sites como Facebook são o fast-food da interação social”. Nos servimos de “pequenos pedações” de informações, extraídas de integrantes de nossos grupos sociais e servidas perfeitamente acompanhadas de sensações que nos satisfazem por instantes durante os momentos de tédio ou procrastinação. É claro que preferimos encontros na vida real, mas nos parece não haver tempo suficiente para distribuir- mos entre tantos amigos e atividades. Por outro lado, através das redes sociais online, nos munindo de poucas palavras e muitos links, subtraindo as formalidades e nos tornando mais abertos e extrovertidos, a toda hora estamos mantendo contato com pessoas (e empresas). Case diz em seus estudos que “a tecnologia está nos evoluin- do, nos tornando uma nova versão do homo sapiens, uma espécie “ciborgue” ao confiarmos piamente em “cérebros externos” (telefones celulares e computadores) para nos comunicar”. Mas estas máqui- nas realmente nos ajudam ou nos dominam? Temos mais relações sociais com as máquinas do que com os seres humanos? Chegamos a um ponto em que precisamos de todos esses aparelhos, pois do con- trário não conseguiríamos realizar coisas como simples indivíduos? Nossos corpos podem estar fixos em um lugar, mas nossas mentes e identidades estão desbravando o mundo. BancodeImagens
  • 13. AorigemA origem Ao contrário do que a maioria crê, o termo “redes sociais” não está diretamente relacionado ao avanço da internet. É verdade que o termo se popularizou recentemente, mas não se pode confundir e dar o mesmo signifi- cado de “redes sociais” e “mídias sociais”. O primeiro determina uma ação natural e essencial do ser humano desde os primórdios, a interação social para troca de in- formações, sendo mais comum a formação de grupos de pessoas que compartilham dos mesmos interesses. O segundo são ferra- mentas digitais que propiciam o encontro dessas pessoas em um ambiente virtual. E mesmo o conceito que hoje determina o sucesso do Facebook e demais mídias sociais imagéticas, que têm no compartilhamento de ima- gens o seu grande atrativo, já podia ser percebido no tempo dos “homens das cavernas”. Isso mesmo! As imagens que hoje são postadas nos murais virtuais eram feitas a mão e es- tampavam as faces das rochas. Sabe aquele momento em que você está em um parque, como o Ibirapuera em São Paulo, com um dia lindo, acompanhado de uma pessoa especial e resolve tirar uma foto, postar no Instagram para que todos os seus amigos e curiosos saibam por onde anda, o que está fazendo e deixem seus comentários em tempo real dizendo o que acharam da paisagem, da sua roupa, da sua companhia, da sua pose, etc.? E não importa quantas acrobacias Ao contrário do que a maioria crê, o termo“redes sociais”não está diretamente relacionado ao avanço da internet. É verdade que o termo se popularizou recentemente, mas não se pode confundir e dar o mesmo significado de“redes sociais”e“mídias sociais”. e trapalhadas os patos façam no lago, eles não conseguirão chamar a sua atenção, neste momento toda voltada aos comentários do seu status. E assim as pessoas têm deixado de viver o mo- mento real para expor suas vidas em uma imensa vitrine virtual e... Opa, esse não é o momento de desmembrar este assunto (rs). Voltemos às cavernas. É óbvio que entre as civilizações neolíticas não havia tanta agilidade, mas o registro de suas atividades diárias eram igualmente ilustrados, por meio das pinturas, e contavam com a interação de outros membros da comunidade que complementavam e aperfeiçoavam o desenho inicial, o que podemos entender como uma espécie de “comentário”, igual ao que os nossos amigos fazem a cada ação que registra- mos em nossas mídias sociais. Quem pode explicar melhor essa relação é Mark Sapwell, pesquisador e doutor em arqueologia pela Universidade de Cambridge. Sapwell identificou dois sítios pré-históricos, do final do Mesolítico (breve período em algumas regiões do mundo entre o Paleolítico e o Neolíti- co, por volta de 7.000 a.C.) até a Era do Bronze (período da civilização em que ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, com início no Oriente Médio em torno de 3.300 a.C.), que parecem ser uma espécie de ancestral do Facebook. Após analisar cerca de 2.500 desenhos rupestres em roche- dos na região de Zalavruga, no nor- deste da Rússia, e Nämforsen, no norte da Suécia, ele afirma que as pinturas não serviam como mero registro. Tam- bém funcionavam como uma rede de diálogos e manifestações daquilo que outros autores “postavam” nas pare- des rochosas através da arte rupestre. 25ELO Foi possível identificar pinturas de diferentes épocas retratando um período de transição entre nomadismo e agricultura. Sua função era a de comunicar aos viajantes, que por sua vez reproduziam o desenho em uma espécie de “curtir” e compartilhar”, ou acrescentavam novas infor- mações afim de “comentar”. Muitas vezes esses diálogos du- ravam centenas ou até milhares de anos. Será que teremos tantos anos de mídias sociais digitais? Quem sabe em um futuro distante estudiosos e pesquisadores discutam a fer- ramenta rudimentar Facebook e o impacto que a rede teve sobre a civilização mundial ;) Homens da caverna já tinham habilidade de preservar e manipular imagens de objetos na memória Fotos Reprodução geralmente encontradas em cavernas e rochas, as pinturas eram feitas com os mais variados ma- teriais. Alguns deles eram: sangue, carvão, linfa de árvores, excrementos, barro, minerais e até mesmo corantes naturais extraídos de plantas. Desde que foram encontradas as primeiras gravuras dos homens pré-históricos, seus estudos têm contribuido, e muito, para melhor conhecermos o modo de vida deles, nossas origens e processo de evolução. 24 ELO
  • 14. tecnologiaComo a transformou nos disse que não é relevante? Saber o que se passa tudo bem, é infor- mação pura e simples - imagine que vivemos em um mundo de informações imparciais e sem qualquer manipulação -, mas entender compreende conviver, habitar o mesmo espaço físico e cultural, pois esses influenciam muito o comportamento das pessoas de determinada região ou país – os antropólogos estão aí e não nos deixam mentir. É neste momento que de- vemos parar e refletirsobre algumas manifestações inflama- das que tomam os meios digitais. Pessoas compartilham e comen- tam imagens, depoimentos e afins sem qualquer embasamen- to teórico, e o pior, sem qualquer conhecimento experimental daquilo que julga defender ou atacar corretamente. O posicio- namento a favor ou contra é na M ilhares de anos se passaram e um longo caminho foi percorrido desde os nossos ancestrais “The Flinstones” até os contemporâ- neos “The Simpsons”. Vamos reduzir esse abismo de eras e tentar confrontar a conclusão de Sapwell e as teorias de Case – os títulos do primeiro parágrafo já dizem bastante sobre um e outro, não? E o que será que “The Jetsons” terão a dizer no futuro? O que salta aos olhos, literal- mente, a cada atualização da timeline das suas mídias digitais é o volume absurdo de infor- mação que é compartilhado de maneira frenética. Temos nossa primeira pauta para discussão. Afinal, nossos antepassados compartilhavam uma pintura a cada não sei quantos dias, a cada não sei quantos quilômetros de distância uma das outras e por não sei quantos milhares de anos. Certo, a distância física já não é relevante, não é preciso mais caminhar entre cavernas para entender o que se passa com a “aldeia” vizinha, quais são seus hábitos e costumes. Opa, quem 26 ELO mesma velocidade das atua- lizações, não há tempo a perder, é preciso mostrar agilidade e total convicção com a causa compartilhada pelos amigos e seguir pela barra de rolagem para curtir o próximo post. Cenário que se opõe a cena que habita o imaginário quando divagamos e tentamos vislumbrar de que maneira a mensagem pintada em uma rocha era contemplada pelos artistas comunicadores de tempos longínquos. Sentados, descansando de longa viagem, olhavam para aqueles desenhos de traços simples e humildes, mas que eram suficientes para dizer que ali havia caça, animais perigosos, uma comunidade de agricultores ou nômades. Era prestação de serviço. A intervenção em obra alheia era por admiração e vontade em aprender aqueles traços ou por necessidade relevante de com- plementar a história que ali era contada. Nada de “mimimi”! Hà muito tempo as tecnologias vêm atropelando tudo, todo dia você desco- bre um novo aplica- tivo que por muito pouco pode resolver um monte de coisas Fotos: DepositPhotos
  • 15. O que será que mudou na natureza humana para que o supérfluo seja cada vez mais valorizado? Existem muitas possibilidades para fortalecermos os laços e discutirmos o que é realmente essencial à existên- cia humana, mas o que vemos é uma superexposição pessoal e um volume de informações gigantesco, que apesar de rasas e superficiais, nos afogam. Associados a uma imagem “fofinha” ou “polêmica”, são esses os conteúdos campeões nas redes sociais digitais. Reinando absolutos neste cenário temos os fes- tejados infográficos. Pesquisa realizada pela equipe do blog Social Media Today traz dados concretos sobre o que todos já sabiam: as fotos ainda proporcionam mais engajamento que qualquer outro tipo de conteúdo nas redes. Os leitores online estão se tornando cada vez mais preguiçosos, acomodados e imediatis- tas. Agora sim, cabe retomar aquela reflexão sobre o modo como as pessoas têm usado as mídias digitais para expor sua intimidade em busca da aprovação da massa e, quem sabe, a conquista da fama virtual. As pessoas usam as redes sociais como vitrines das suas vidas. Estão buscando a felicidade instantânea – reflexo dessa geração hiperconectada, bombardeada de informações que privilegiam a superficialidade. Estão revelando seus segredos sem nem se darem conta. Abrem mão do momento de estarem sós e refletir, para ai sim compartilhar o que vale a pena. Já se seráqueO que mudou?Há muito tempo as tecnologias vêm atropelando tudo, todo dia você desco- bre um novo aplicativo que por muito pouco pode resolver muitas coisas Como a tecnologia nos transformou A produção automática do espaço O segundo “eu” Preservação da sua vida virtual Compressão do tempo e espaço Tempo simultâneo Ambientedeintimidade Não refletimos mais Podemos por tudo o que quisermos dentro de um pendrive ou tirar tudo o que quisermos de dentro do computador, é só imprimir. Perfis em redes sociais estão ali, disponíveis para que as pessoas interajam com eles, mesmo você não estando lá. Da mesma forma que faz com sua vida real, você preserva rigidamente suas atividades e identidade online. Não há mais distância entre um ponto e outro. Todos podem estar conectados sem precisar haver locomoção. Somos “paleontologistas” das nossas memórias digitais, ca- vando por mensagens que deixamos, e-mails que mandamos e fotos que tiramos. Podemos nos conectar com quem quisermos a qualquer mo- mento. Se fosse fisicamente, a sala que você está ficaria lotada. Não estamos apenas sentados em algum lugar. Estamos perma- nentemente conectados e preocupados. As pessoas não estão parando mais para refletir. perguntou: “Qual o valor do se- gredo?”. Pois é, esse numeral, se é que ele existe, é muito particu- lar, cada um deve ser capaz, ou não, de determinar o seu. Fato é que ele já foi colocado à venda e sabe-se lá por qual valor. Agora a pergunta é outra: somos vítimas e nos tornamos produtos online por pura ingenui- dade, ou temos nossa parcela de culpa por “ligarmos o piloto automático” sem fazer questão da reflexão individual? Reflita: se você é o que compartilha, que tal dar uma olhada na sua timeline? Você se encontra ali? Fontes e leituras complementares - Estudos de Amber Case: “Somos to- dos ciborgues” - http://goo.gl/hgChg; entrevista - http://goo.gl/eLZm2. - Estudos de Mark Sapwell: matérias relacionadas - http://goo.gl/27JlC / http://goo.gl/jJh1j. - Augusto de Franco - “A origem das redes sociais é a sociedade humana”: entrevista - http://goo.gl/6MepV. - “Faz sentido mergulhar de cabeça em uma piscina rasa?”: http://goo.gl/ l8sRL. - Pesquisa Social Media Today: http:// goo.gl/3jyhs. - “Qual o valor do segredo”: http://goo. gl/Y6HzS. -“100% conectado”: http://goo.gl/ pweG5. - Vídeo “Desconecte para conectar” - para refletir sobre essa tal civilização “ciborgue”: http://goo.gl/K2uIL.28 ELO Imagens:DepositPhotos
  • 16.
  • 17. Oquevocêpode aprenderonline Onde encontrar os melhores cursos gratuitos 32 ELO 33ELO ProfissãoP r o f i s s ã o N ão faz muito tempo que cursos online eram vis- tos como formação, no máximo, complementar àquela tradicional. Hoje já não é mais o caso. Sem pagar nada, é possível ter acesso às aulas das melhores universidades do mundo, como Harvard, MIT, Berkeley, Yale e muitas outras. Os cursos online não servem apenas para nos aperfeiçoarmos em temas que lidamos no dia-a-dia do trabalho, mas também para estudar ma- térias diferentes, enxergar outros pontos de vista e aproveitar alguns minutos de cada dia para aprender coisas novas. Separamos uma lista com os melhores sites para você colocar a mão na massa: TEDx Ed: Plataforma especial do TED para Educação, concentran- do vídeos curtos e didáticos, com lições que valem ser espalhadas. Em inglês e português. http://goo.gl/TFfU6 MIT Open Course Ware: Acesso gratuito ao conteúdo acadêmico de mais de 2.000 cursos do MIT – videoaulas, estudos, exercícios, provas, listas de leitura, cobertura de eventos e palestras. Foi o pontapé da democratização da educação através da tec- nologia. Em inglês. http://goo.gl/rLZiX edX: Uma parceria entre MIT e Harvard, a plataforma online de educação oferece cursos gratuitos de universidades como MIT, Harvard, Berkeley e UTx. Em inglês. http://goo.gl/OIJjy Coursera: Plataforma online de edu- cação com cursos de todas as áreas criados de forma in- terativa e com videoaulas de universidades consagradas do mundo todo. Em inglês. http://goo.gl/xDDD2 Classroom.tv: Uma plataforma social de educação online com cursos oferecidos em videoaulas, diversos materias de apoio, contato com alunos e profes- sores e testes de aprovação. Há até cursos ministrados pelo Google. http://goo.gl/Aho19 AcademicEarth: Cursos online gratuitos de universidades do mundo todo. Há algumas universi- dades que oferecem progra- mas com certificados. Em inglês. http://goo.gl/CYCsn iTunes U: Aplicativo para iPhone, iPad e iPod que dá acesso a um catálogo de cursos oferecidos pelas melhores universidades do mundo. Todo o material do curso, como exercícios, vídeoaulas e textos de apoio podem ser acessados através do aplicativo. Em inglês. http://goo.gl/7VSVe Ebah: Rede social brasileira para compartilhar trabalhos acadêmicos. Em português. http://goo.gl/Sg6EX Tusts+: Além de ser um site educativo com tutoriais e dicas para designers, desenvolvedores e comunicadores, há um curso gratuito de HTML e CSS (30 Days to Learn HTML and CSS) através de videoaulas. Em inglês. http://goo.gl/3uyiO FGV Online: Um catálogo de cursos online e gratuitos, com certificado, que passam por diversas áreas como negócios, gestão, temáticas humanas e sociais. Em português. http://goo.gl/uf8os Livemochila: Uma plataforma online e social para aprender e ensinar idiomas. Em português. http://goo.gl/KaI2N Sebrae: O site da instituição oferece cursos gratuitos para quem está pensando em em- preender ou já possui o pró- prio negócio e quer aprimorá- lo. Em português. http://goo.gl/YUoex DepositPhotos Samanta Fluture
  • 18. TalentoT a l e n t o Perfil: Profissional de Talento Nome: Giselle A. Zurita Idade: 25 anos Onde trabalha: Trianons Cargo e função: Analista de Mídias Sociais - cria conteúdo, faz relatórios de métricas e está começando a gerenciar anúncios. LinkedIn: http://goo.gl/tWsfF R esumo da tra- jetória profis- sional: Depois de se formar em Marketing pela USP, ficou dois anos na área de SEO (Search Engine Optimization - otimi- zação de sites para mecanismos de busca). Adorava trabalhar nessa área! Optou em trocar SEO por Mídias Sociais porque acredi- tou esta área tem mais a ver com seu interesse nas relações humanas e com a sua formação. “Porém, a verdade é que uma boa estratégia de marketing online tem que levar diversos aspectos em conside ração. Como, na minha opinião, comecei pela parte mais difícil de entender, que é SEO, levo vantagem”. Oquemaisgostana profissão:gosta do fato de estar em constante transformação, muito por conta das relações dinâmicas que se estabelecem nas redes sociais. Tentar entender e prever o comporta- mento humano a cada dia nesse ambiente vir- tual parece algo sempre divertido e desafiador. Oqueéumdesafio diário: o mais difícil nessa área é manter-se ricamente atualizada. A quantidade de novi- dades e informações que vemos todos os dias é tão grande, que é preciso ter um filtro apurado para separar o que é importante do que não é, porque é hu- manamente impossível absorver tudo. É um jogo diário de atenção, sem dúvida. Dicaparaquempensa emtrabalharnaárea: acredita que quem trabalha com mí- dias sociais precisa ter a mente aberta, raciocínio rápido, respeito pela opinião do outro e ser curioso, Quem não tiver ouvidos e olhos atentos vai encontrar diversas barreiras, porque, pode ter cara, mas trabalhar com mídias sociais não é uma festa (... pelo menos não toda hora!). 34 ELO nas horas vagas Giselle se apresenta com o grupo folclórico Fraternidad Capo- rales San Simon SP, dançando caporales (dança típica da Bolívia) e também se dedica ao canto no Coro Educacional do SoArte. No centro com os irmãos Mário e Luigi na BGS (tra- balho + diversão) Fotos : arquivo pessoal
  • 19. 36 ELO 33ELO EntrevistaE n t r e v i s t a ELO: A ELO é uma revista volta- da para pessoas que convivem diariamente com as redes sociais, mas talvez não tenham conhecimento da complexi- dade deste universo. Explicar esse universo é uma das nossas missões. Pelo o que sabemos da sua trajetória profissional, há alguns anos você não se via trabalhando com redes sociais, não é verdade? Juliano: Realmente, eu não via as redes sociais como meu cenário, porém sempre tive muita afini- dade com a parte social. Quando mais novo eu não gostava de jogar videogame sozinho, e quan- do descobri os jogos multiplayers online foi quase a descoberta da minha vida. O mundo profissional que vivemos hoje vive abaixo da palavra “multi”, que vem de múltiplos. Vivemos nessa era em que precisamos ser multidiscipli- nados, multicanais, multitarefas, etc... As empresas clamam por esse tipo de profissional. ELO: Você faz parte da geração que viveu o momento de tran- sição na maneira como nos co- municamos com mundo. Como foi o processo de adaptação? Juliano: Eu tive meu primeiro contato muito cedo. Quando pequeno tive que aprender linhas de comando pra poder acessar jogos no computador de parentes ou no escritório do meu pai. Anos depois minha família adquiriu seu primeiro computador, mas nessa fase eu já havia brincado muito na rua e tinha quase 18 anos. Foi uma paixão a primeira vista. Passava horas em uma conexão discada a 56kpbs tentando extrair o máximo que conseguia daquele mundo novo. A grande verdade é que a nova geração não sabe como a inter- net evoluiu, e entender parte dessa transição agrega muito no trabalho cotidiano. Naquela época fiz um site pes- soal chamado “atocadocoelho” hospedado num serviço extinto chamado Homepage grátis (HPG). Foi onde tive minhas primeiras experiências com comunidades digitais. Por exemplo: criei uma página com a foto, nome e o sta- tus online/offline do antigo ICQ. ELO: Vê algo de prejudicial na atual geração, nascida e desen- volvida submersa em monta- nhas de informações e tecnolo- gias diariamente renovadas? Juliano: O pior ainda está por vir, uma nova geração totalmente imersa nessa tecnologia está vindo e não estamos nos pre- parando de forma correta. Essa nova geração vai crescer em todos os níveis sociais. Os crimes virtuais estão começando a acontecer e digo que não vemos Juliano Kimura C EO da Trianons, é professor e palestrante da Ecommerce School. Possui doze anos de experiência profissional, sendo seis anos como gestor e três atuando com inovação digital e redes sociais. Ao longo desse período trabalhou na Level Up! Games, Supportcomm e Gameloft Brasil. Na maior parte de sua carreira atuou no mercado de entretenimento digital. Ex-diretor executivo na Gaia Creative, agência voltada à inovação digital e gestão do conhecimento, coordenou equipes mul- tidisciplinares e de alto desempenho que atendiam clientes como BMW, Grupo CCR, Hospital Albert Einstein, TJSP, Bourbon Hotéis, Bio Ritmo e Grupo Protege. nem a ponta do iceberg. Caso o governo e as autoridades não se preparem corretamente teremos sérios problemas dentro de dois ou três anos. ELO: Você está vivendo uma nova fase profissional a frente da Trianons, e já pode se orgu- lhar de alguns cases de sucesso. Conte-nos um pouco da sua trajetória profissional até aqui. Juliano: Eu passei muito tempo em uma posição intermediária. O que seria isso? Essa foi uma fase onde ao mesmo tempo em que recebia ordens, também deveria delegar. Foi delicado, pois pre- cisava atender as demandas e ao mesmo tempo manter a equipe motivada. Precisava escolher as pessoas certas para estarem ao meu lado. Da mesma forma que tive bons “chefes”, também tive chefes não tão bons. Tive que me policiar para não adquirir os piores hábitos. Hoje, tento ao má- ximo gerenciar a Trianons como gostaria de ter sido gerenciado, o papel de líder é muito diferente de ser chefe. O que posso dizer é que é um trabalho que neces- sita maturidade profissional, saber lidar com diferentes perfis e motivar cada pessoa é muito mais difícil que apenas delegar atividades. ELO: Quais os prós e os con- tras de um cotidiano empírico nas redes sociais, onde ainda não existem muitas fórmulas estabelecidas sobre como se comportar e tampouco como obter o sucesso? Juliano: Na Trianons levantamos a bandeira da ousadia. É melhor você ser repreendido por ter feito algo do que por não ter feito nada. O fato das pessoas associa- rem errar com falhar ou falta de competência é um dos princi- pais fatores que bloqueiam a inovação. No livro “A Bíblia da Ino- vação” de Phillip Kotler, ele dedica todo um capítulo para falar disso. Muitas das empresas ainda sofrem com o desafio de fazerem as redes sociais “em casa”, as que já passaram por essa fase sabem que, fatalmente, as atualizações serão esquecidas por causa do dia-a-dia corporativo. Ao pas- sarem por essa experiência elas entendem a importância das redes sociais. Esse é um primeiro grande passo. ELO: As empresas brasileiras já entendem que as redes sociais são um ambiente para relacio- namento e não de propaganda? 37ELO Juliano: Existem alguns poucos mercados ou empresas que já se adaptaram as redes sociais. Mas enquanto as empresas tratarem as redes sociais como broadcast, da mesma forma que fazem com a TV, rádio ou impressos, irão ignorar totalmente o fato da internet ser uma via de comuni- cação de mão dupla. O fato de a internet ser um ambiente, quase íntimo, de cada pessoa gera um cenário hostil para comuni- cações frias. ELO: Como analisa o uso que as pessoas têm feito das redes sociais online? Considera sau- dável e maduro? Juliano: Nosso uso atual é regular, simplesmente pelo fato de que não fomos orientados a como usar a internet. Essa “falta de educação” digital não nos permite extrair nem 1% do verdadeiro potencial da internet. Nem na vida pessoal e nem na vida profissional. ELO: E você, como utiliza as redes sociais online? Juliano: Na vida profissional é meu ambiente de pesquisa e divulgação de trabalho através de um conteúdo de qualidade. Além de ser meu ambiente de trabalho, eu gosto dos meus ami- gos e de estar em contato com eles. Gosto da ideia de compar- tilhar parte da minha vida e de certa forma manter esse contato com pessoas que normalmente seriam esquecidas sem as redes sociais. ELO: O que podemos esperar para 2013? Juliano: Existem duas tendên- cias que me chamam a atenção. O fato de estarmos nos rela- cionando com outras pessoas de forma mais rápida cria uma necessidade de tangibilizar essas novas amizades. O O2O, online para offline. já é notado nos encontros de comunidades vir- tuais no mundo real. Da mesma forma, a geolocalização continua crescendo, mas está longe de alcançar a maturidade. Não podemos esperar novos resultados fazendo as mesmas coisas A grande verdade é que a nova geração não sabe como a internet evoluiu Fotos : Will Zamba
  • 20. GamesG a m e s A vida é um jogo ;) 38 ELO 39ELO Jogar é uma necessidade básica do ser humano aplicada em diversos casos da nossa vida corriqueira sem ao menos percebermos V ocê é daqueles que condena as pesso- as que jogam videogame por horas? Não consegue se imaginar em frente a uma tela por tanto tempo desem- penhando um papel aparentemente sem qualquer propósito? Com certeza você não é um “gamer”, termo que determina apaixonados e profissionais dos videogames. Porém, mesmo sem qualquer contato com um console desses mais modernos, você vivencia a experiência dos games todos os dias de sua vida. O “gamification”, termo relativamente novo, é usado para referir-se a utilização de conceitos e elementos dos games na vida real. Jogar é uma neces- sidade básica do ser humano aplicada em diversos casos da nossa vida corriqueira sem ao menos percebermos. Por exemplo, o modo como planejamos e executamos nossa car- reira profissional para alcançarmos um obje- tivo, onde há pessoas competindo conosco, algumas nos auxilian- do na jornada, outras contra e a família na torcida. Com a popularização da internet e o “boom” das redes sociais onli- ne, os games ganharam destaque como ferramen- ta social para os mais diversos fins. A atividade de jogar, reunir os amigos em volta do videogame, sempre foi social. O termo “jogos sociais” está fortemente atrelado à internet e principalmente ao Facebook por ter permitido a interação entre amigos, em jogos digi- tais, sem que eles estejam fisicamente no mesmo espaço e tempo – o último episódio do documen- tário “A era do videogame” exibido no canal Discovery Channel trata dessa fase na evolução dos games: http://goo.gl/Q2oWY. Principalmente com o Facebook e demais mídias sociais, a grande mudança foi no perfil dos jogadores. Diferentemente de um console de videogame onde o jogador passa horas na frente da TV em uma única sessão, os jogos sociais, que nor- malmente são casuais e requerem atividades e ações curtas, acabaram por atrair um perfil de jogadores totalmente novo. Os especialistas em games nunca se aprofundaram na pesquisa e implementação do “gamification” em serviços e pro- dutos da vida real, apesar destes elementos sempre estarem presentes de forma inconsciente nos seus desenvolvimentos. Está aí um grande filão para ser melhor explorado por profissio- nais dos jogos e das empresas no desenvolvimento de novos produtos e serviços, digitais ou não. O fenômeno “gamification” vai além dos badges e conquistas do FourSquare ou do GetGlue, como exemplo, o cartão de milhas acumuladas por uma companhia aérea ou os selos de fidelidade do restaurante que frequentamos são perfeitos exemplos, já que eles também trazem o chamado “Lock-in Effect” - em que o usuário vai preferir usar determinada com- panhia aérea porque já começou a acumular suas milhas e não porque o preço é o mais barato. A mesma situação se repete no caso do restaurante. Quem nunca começou a cole- cionar tampinhas de refrigeran- tes promocionais para serem trocadas por um prêmio e desde então não troca esta marca por nada? Com barreiras de entrada quase nulas, os jogos sociais podem muito bem servir como ferra- menta de educação e formação do cidadão. Tudo depende de como o jogo é construído. “Civilization”, concebido pelo Sid Meier, ensina muito sobre o desenvolvimento de nossa civili- zação e história do mundo. Conseguiu extrapolar o volume e alcance de qualquer jogo con- siderado “educacional”, pois foi desenvolvido para ser comercial e divertido, mas que também ensina por acaso. Serve como um ótimo benchmark para de- senvolvimento de qualquer jogo que considere transmitir algum conhecimento para seu público. Seja para o entretenimento ou a competição, como ferramenta de marketing ou relacionamen- to social, os games são parte do nosso dia-a-dia de maneira conceitual ou literal. A consciên- cia deste fato pode ajudar você a experimentar o melhor dos mundos, todas as possibilidades proporcionadas pela conexão dos games e das redes sociais em um ambiente virtual ou real. Thiago é formado em Design com especialização em Geren- ciamento de Projetos, e traba- lha com videogames há mais de nove anos. Atualmente é responsável pela expansão das operações da Wooga, uma das líderes no desenvolvimento de jogos sociais para a web e plata- formas móveis. Imagem Assassin’s Creed Imagem Social City Thiago Guarino Appella
  • 21. 21ELO Comunidade alternativa Uma comunidade virtual com mais de 2 milhões de membros LadoBL a d o B Dark loja virtual tem espaço para bandas V ampire Freaks começou em 1999 como site pessoal de um jovem gótico e, após 13 anos de mudanças, hoje é uma comunidade virtual com mais de 2 milhões de membros interessados na cultural alternativa dark. Além de contar com fóruns de discussões, loja virtual e espaço especial para as bandas, também tem cases de 020 (online para offline) como a re- alização do “Triton Festival” em NY, o maior festival de música gótica-industrial dos Estados Unidos, que contou com 24 bandas em 3 dias de festa. Na página há uma cronologia muito interessante de se analizar, pois descreve as mudanças do site ao longo dos anos pelo ponto de vista de desenvolvimento. Isso nos permite acompanhar as tendências de cada época, e como elas foram capazes de transformar um pequeno site autoral em uma enorme comunidade online. Essa gradual integração de recursos nos permite estabelecer pa- ralelos com o amadurecimento da própria internet na última década. Entender o caminho que levou páginas estáticas até a tal da “Web 2.0”. Acesse: http://goo.gl/h8AoH 40 ELO Fotos:site Murai
  • 22. Abril Dias3e4-WebExpoForum Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP - O ponto de encontro para quem leva mídia social a sério e quer trocar informações e experiên- cias com profissionais de diversas empresas. Dia4-CongressoTV2.0 Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP - A evolução da TV e da distribuição de conteúdo para múlti- plas plataformas discutida por quem está à frente dos mais importantes projetos de novas mídias. Maio Dias16e17-12ºTelaVivaMóvel Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP - Comunicação e Mar- keting na palma da sua mão: temas atuais do mercado de conteúdo móvel, como as apps, redes sociais móveis, marketing e conteúdo pa- trocinado, entre outros. Dias21e22-57ºPainel2013 Telebrasil Unique Palace, Brasília, DF - O Painel TELEBRASIL é o principal encontro de lideranças e autoridades da área de telecomunicações, reuni- das para discutir os rumos do setor no Brasil. Junho Dias04e05-FórumBrasilde Televisão Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP - Focado na realização de negócios, e com público qualifi- cado, o evento reúne produtoras e distribuidoras de conteúdo e emis- soras de TV para debater temas de interesse nacional e internacional. Dias24e25-SeminárioCallCenter IP+CRM Amcham, São Paulo, SP - Seminário que enfoca o desafio do atendimento aos clientes e consumi- dores no Brasil ao longo de toda a ca- deia de valor envolvida nos serviços de relacionamento. Agosto Dias6,7e8-ABTA2013Feirae Congresso Transamérica Expo Center, São Paulo, SP - Maior encontro sobre mídias convergentes na América Latina, é o único que congrega, em um mesmo ambiente, os principais operadores de TV por assinatura e banda larga, empresas de telecomunicações, produtores e programadores de conteúdo, empresas de tecnologia e provedores de Internet. Dia14-FórumSaúdeDigital Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP - Seminário que apresenta uma grade de palestras e discussões relevantes aos investimentos de TI e Telecom na área da saúde. Setembro Dias5e6-CongressoLatino- AmericanoSatélites2013 Royal Tulip, Rio de Janeiro, RJ - A reali- dade do mercado de satélites, novas tecnologias e aplicações, no único evento sobre o assunto na América Latina. Dias24e25-ForumMobile+ Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP - As inovações e propos- tas desenvolvidas por operadoras, agências de propaganda móvel, integradores de valor agregado e soluções empresariais e fabricantes de dispositivos móveis. Outubro Dia9-ConstruTic-Semináriode TecnologianaConstruçãoCivil Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP - Seminário apresenta novas soluções de TIC para a construção civil. Novembro Dia7-TVAPPs Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP - Voltado para o mercado de aplica- tivos e conteúdos para plataformas de TV conectadas à internet, o evento debate como oferecer novas ex- periências aos usuários de conteúdo online em televisores. Fonte: Converge Comunicações http://goo.gl/Hi08Z 43ELO Para colocar na agenda e já garantir presença nos grandes eventos sobre comunicação confirmados para 2013: marketing, tecnologia, tendências, novas mídias e redes sociais, e muito mais. Maiores detalhes ao longo do ano nas próximas edições da revista ELO.( ) AgendaA g e n d a : :Campus Party 2013 C omparando a primeira Campus Party Brasil, em 2008, com a edição de 2013, pude notar uma série de mudanças. Não por decisão da organização do evento, mas como reflexo da forma como a internet, especialmente as redes sociais, evoluíram nos últimos 6 anos. Os exemplos de profis- sionalização são percebidos em todos os cantos da Campus Party. Em 2008 o evento era mais fo- cado nos participantes. Lembro de compartilhar bancada com blogeiros famosos, responsáveis por sites como Cocadaboa, Hempadão e Sedendário & Hiperativo. Não havia tietagem, apenas um descontraído senso de comunidade. Os palcos de palestra eram muito menores. Em 2013 houve uma separação entre participantes normais e as web celebridades, que ganharam status de VIP. Maior exemplo disso foi a criação da área para stand up comedy, alimentada por humoristas que usaram a rede como principal meio para se tornarem conhecidos. Se em 2008 a parte mais animada dos games foi um campeonato de Street Fighter improvisado na madrugada pelos próprios participantes, em 2013 os e-sports chegaram com tudo, com campeonatos patroci- nados por gigantes da indústria, premiações bacanas, taças, telões imponentes, arquiban- cadas lotadas e streaming em tempo real para o mundo todo. Houve também um amadure- cimento na parte tecnológica. Há menos conteúdo para os curiosos. A popularização da conexão de banda larga resi- dencial tornou a conexão super rápida da Campus Party em algo irrelevante. O mesmo aconteceu com os gimmicks tecnológicos como o Kinect e dispositivos de realidade aumentada. As seções de robótica, astronomia e simuladores ainda existem, mas entendo que como nichos cada vez mais isolados. Não acho que a profissio- nalização e amadurecimento da Campus Party tenha sido algo ruim, mas a presença maciça da cultura empreendedora e conteúdo voltado para startups, administração e captação de recursos me faz pensar se, daqui a 6 anos, ainda será coerente para o evento carregar o termo “Party” no nome. O reflexo dos últimos 6 anos de mudanças 42 ELO EventosE v e n t o s DepositPhotos DepositPhotos Murai
  • 23. 44 ELO OpiniãoO p i n i ã o O deio apresentações. Odeio falar de mim na terceira pessoa (o que mos- tra que se eu fosse o Pelé, estaria f*****). Mas é necessário, haja vista que vocês não me conhecem e precisam ao menos tentar saber quem é essa pes- soa que vai escrever na revista,) pelos próximos tempos. Me chamo Hilário Júnior (pois é) e trabalho com redes sociais desde 2008. Primeiro como “moderador de comunidades” ( o mercado de “social media” tem um nome bonito pra isso, chama-se Community Manager, mas pra mim é moderador mesmo...), depois estrategista e as- sessor de imprensa 2.0 e finalmente analista e coordenador de redes sociais. Já trabalhei com empresas, alguns políticos, alguns artistas e agora estou aqui, me aventurando como colunista de revista (minha mãe está orgulhosa) Se tem uma coisa que eu entendo, é de números nessas redes sociais. Mas mais que os números, nós - que trabalhamos ou queremos trabalhar com - precisamos entender de pessoas. São as pessoas que movem a internet, não os bits, bytes e teras espalhados em servidores mil. Por exem- plo, o que seria do Facebook sem os 900 milhões de usuários que povoam sua rede? Ou, como saberíamos que um “vídeo está bom- bando” no Youtube (e depois aparece no programa da Eliana; do Gugu e até do Faustão...) se não fossem seus comen- tários e pessoas repassando em tweets, posts no face, blogs e tumblrs da vida? Na somatória dos números e das pesso- as, o sucesso vem a cabo. E é disso que tratarei nesta coluna. Se tem alguém que posso agradecer, este alguém é a internet - sujeito oculto e/ou figurado, segundo o dicionário - Por que se não fosse ela, nem nas páginas desta publicação eu estaria. Parafraseando aquele filme famoso do Patrick Swayze: Para Wong Foo: Obrigado por tudo Internet! São as pessoas que movem a internet, não os bits, bytes e te- ras espalhados em servidores Hilário Júnior DepositPhotos
  • 24. TirasT i r a s 46 ELO Luis “Salsicha” é pé “vermeio” e “rockstar” frustrado, nascido em Fartura, interior de SP. Veio para São Paulo colocar um pouco de agitação em sua vida, além de ter que estudar publicidade. Acabou descobrindo o marketing digital, que o influenciou na criação de um blog, onde posta notícias, listas, curiosi- dades e assuntos relacionados a musica e cinema, além de publicar cartoons e infográficos que ensinam as pessoas a sobreviverem em filmes de terror. Salsicha :} Gabriel :} ‘No despertar da vida adulta aos 22 anos, Gabriel nunca deixou de lado os de- senhos e os quadrinhos. Mora em São Paulo, onde estudou Design Industrial, ama tirinhas como Peanuts e Calvin & Haroldo, considera Watchmen a melhor coisa já feita e se arrisca desenhando cartoons por aí. Ele deu início às suas empreitadas com um blog de tirinhas bem humoradas, Teddy & Picker, e agora se volta ao Felicidade Filtrada, onde vê um crescente número de admiradores. Canais @luissalsicha facebook.com/luissalsicha setimovolume.com Canais @luissalsicha facebook.com/luissalsicha setimovolume.com