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NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM
SUMÁRIO
 Sistema Digestório
 Alimentos
 Nutrientes
 Alimentação
 Nutrição
 Alimentação equilibrada e dieta
 Guia alimentar / Pirâmide alimentar
 Dietoterapia
 Dietas hospitalares
2
Sistema Digestório
ASPECTOS
GERAIS
• Constituído por órgãos e glândulas que
processam os alimentos ingeridos, retirando os
nutrientes necessários para o desenvolvimento e
a manutenção do organismo.
Deglutição
Ato de engolir os alimentos
fisioquímicas ou físico-
alimentos orgânicos sofrem para se
de transformações
os
em moléculas menores, hidrossolúveis e
Digestão
•É o conjunto
químicas que
transformarem
absorvíveis.
Nutrição
•É a incorporação de novos materiais estruturais e energéticos
ao patrimônio celular e orgânico do indivíduo.
Alimentação Digestão Assimilação
Dejeção ou
defecação
Mastigação
Deglutição
Digestão
Absorção
Excreção
 O nosso corpo produz vários tipos de enzimas
digestórias.
Amilases atuam somente sobre o amido;
Proteases agem sobre as proteínas; Lípases
sobre os lipídios, e assim por diante.
ENZIMAS
Órgãos do tubo digestório
1. Boca
2. Faringe
3. Esôfago
4. Estômago
5. Intestino delgado
6. Intestino grosso
7. Ânus
Glândulas anexas
1. Glândulas salivares
2. Pâncreas
3. Fígado
4. Vesícula biliar
 Língua: órgão muscular revestido por mucosa.
-Movimenta os alimentos para deglutição
-Papilas gustativas (4 sabores)
 Dentes:
-Cortam e trituram os alimentos
 Incisivos – cortam
 Caninos – perfurar e triturar
 Molares e pré-molares – amaciar
BOCA
BOCA
FARINGE
É um canal comum aos Sistemas Digestório e Respiratório.
Passam por ela o alimento e o ar.
Presença de órgãos linfoides (amígdalas e adenoides)
Divide-se em :
•Nasofaringe – parte superior. Comunica-se
com a
cavidade nasal
•Orofaringe – parte média. Comunica-se com a cavidade
bucal
•Laringofaringe – parte inferior. Comunica-se com laringe
e com o esôfago.
ESÔFAGO
• Tubo com 20 a 25 cm;
• Liga a faringe ao estômago;
• Dotado de movimentos peristálticos (musculatura lisa);
• Transporta o alimento com 5 a 10 segundos;
ESÔFAGO
• Bolsa de parede musculosa;
• Lado esquerdo do abdômen;
• Liga o esôfago ao intestino delgado;
• Comunica-se com o esôfago através da cárdia (próxima
ao coração)
• Comunica-se com o intestino delgado através do Piloro.
• Transforma os alimentos em uma
massaacidificada e semilíquida – o Quimo.
ESTÔMAGO
• Principal função é a digestão de alimentos protéicos;
• Pode guardar 1,5 L;
• Possui glândulas que produzem suco
gástrico (HCL,
pepsina, lipase e renina) ;
• Internamento revestido por mucosa que
produz muco, para proteção contra o suco
gástrico
ESTÔMAGO
ESTÔMAGO
O alimento sofre a ação do suco gástrico que é secretado
pelas glândulas localizadas na parede estomacal. O muco é
produzido pelas glândulas pilóricas e cárdicas do estômago e
lubrifica o bolo alimentar, além de proteger a parede do
estômago.
O HCl apresenta as seguintes funções: facilita a absorção de
ferro; proporciona um pH ótimo para a digestão protéica; ativa
o Pepsinogênio à Pepsina; age contra os germes restringindo
a fermentação microbiana (ação germicida).
ESTÔMAGO
gástrico são: pepsina, lípase gástrica,
As enzimas do suco
amilase gástrica.
A pepsina é uma enzima proteolítica (digere proteínas em
peptídeos), que atua num meio altamente ácido (pH = 2,0)
gástrica tem atividade lipolítica,
especialmente nas gorduras do
ou seja, sobre
leite e derivados
A lípase
gorduras,
(tributirina)
não desempenha papel importante na
A amilase gástrica
digestão do amido.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é dividido em três
partes:
1.Duodeno – corresponde aos
primeiros 30 cm do intestino delgado,
onde se tem a maior parte da
absorção de todos os nutrientes.
2.Jejuno – a parte média do intestino
3.Íleo – a parte final do intestino
INTESTINO DELGADO
No intestino delgado ocorre a maior parte da digestão e absorção.
O processo inicia no DUODENO. Nele são lançadas secreções do
fígado e pâncreas, caracterizando o processo de digestão química.
Na digestão química há ação:
 Da Bile – separam gorduras em partículas microscópicas,
funcionando como um detergente
 Do suco pancreático – atua na
digestão das proteínas,
carboidratos e lipídeos.
 Do suco entérico – produzido pela mucosa intestinal, possui
enzimas que atuam na transformação das proteínas e carboidratos.
INTESTINO DELGADO
 substâncias resultantes forma um líquido viscoso
de cor branca denominado quilo.
 A digestão continua no jejuno e no íleo.
do processo
no intestino
Ao término
digestório
delgado, o conjunto de
INTESTINO DELGADO
Após a formação do quilo, os nutrientes são absorvidos pelo
organismo, por meio das vilosidades do intestino delgado.
INTESTINO DELGADO
INTESTINO GROSSO
delgado, ele se
Após a digestão do quilo no intestino
encaminha para o intestino grosso.
Esse, dividido em apêndice, cólon e reto, absorve água e
sais minerais e direciona a parte que não foi digerida do
quilo para o reto, a fim de que seja eliminada pelas fezes.
Bactérias da flora intestinal permitem a produção de
vitaminas, como as K e B12.
INTESTINO GROSSO
SALIVARES
SALIVARES
Situadas na boca, produzem a saliva  transformar amido em produtos
mais simples;
contém anticorpos protéicos que destroem as
na boca inclusive as que provocam as cáries
A saliva também
bactérias presentes
dentárias.
A glândula parótida (a maior), localiza-se entre o ângulo da mandíbula e
à base do crânio.
A glândula submandibular é uma glândula salivar que localiza-se abaixo
da mandíbula. Produz a maior parte da saliva total liberada na boca.
As glândulas sublinguais situam-se no assoalho da boca.
PÂNCREAS
É uma glândula endócrina (insulina e glucagon) e exócrina
(suco pancreático).
O suco pancreático atua no processo digestivo, sendo
responsável pela hidrólise da maioria das moléculas (
carboidratos, proteínas, gorduras )
Situa-se posteriormente ao estômago, fixando-se a parede
abdominal posterior.
PÂNCREAS
FÍGADO
glicose (convertida em
Armazena substâncias, como
glicogênio), ferro e vitaminas;
Sintetiza proteínas; inativa produtos tóxicos; metaboliza e
elimina resíduos gerados no próprio corpo (como a uréia ,
o ácido úrico e o ácido lácteo).
Bile ou Bílis, é um fluido produzido pelo fígado, armazena-
se na vesícula biliar e atua na digestão de gorduras, de
alguns alimentos e na absorção de substâncias nutritivas
da dieta ao passarem pelo intestino.
FÍGADO
FÍGADO
03/03/2017 mcscak.: 39
ALIMENTOS
Alimentos
 Produtos naturais ou elaborados, que, quando
ingeridos diariamente, fornecem energia e
substancias nutritivas ao organismo.
 São substancias sólidas ou liquidas que,
levadas ao tubo digestivo, são degradadas e
depois usadas para formar e/ou manter os
tecidos do corpo, regular processos orgânicos
e fornecer energia.
40
Alimentos
 Não existem alimentos perfeitos, ou seja,
nenhum alimento possui todos os nutrientes
responsáveis por regular, construir ou manter
os tecidos os tecidos e fornecer energia.
 A única exceção é o leite materno consumido
até os 6 meses de vida.
41
42
Alimentos
 Existem alimentos que só fornecem as chamadas
calorias vazias, ou seja, são concentrados em
certas substancias que se transformam apenas
em energia após a digestão, como é o caso das
bebidas alcoólicas e refrigerantes.
Nutrientes
 São todas as substancias químicas que fazem
parte dos alimentos. São absorvidos pelo
organismo, sendo indispensáveis para o seu
funcionamento.
 Os nutrientes
 irão formar os tecidos e os órgãos
 manter as atividades vitais e fazer a
manutenção necessária para o crescimento,
desenvolvimento e estabilidade,
 fornecer energia necessária ao organismo.
43
03/03/2017 mcscak.: 44
 São ofertados em quantidades
variadas ao organismo.
São classificados em:
 Macronutrientes
 Micronutrientes
45
CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES
 O organismo precisa em
grandes quantidades.
 São amplamente
encontrados nos
alimentos.
 São especificamente os
carboidratos, as
gorduras e as
proteínas.
 São substancias que o
organismo precisa absorver
em pequenas quantidades,
embora sejam muito
importantes para o
funcionamento orgânico.
 Existem dois tipos de
micronutrientes: as
vitaminas e os minerais.
Macronutrientes Micronutrientes
46
NUTRIENTES
Alimentação
 É a forma e a maneira de proporcionar
ao organismo os alimentos que são
indispensáveis.
 Este ato de buscar os alimentos, os
modificar se necessário, levá-los à
boca, os mastigar e os deglutir; além
de necessário é um ato social.
 Como se trata de um ato aprendido é ao
mesmo tempo educável. A alimentação é
um ato necessário, mas é passível de
educação e assim de modificação.
47
 Existe uma relação entre nutrição, saúde e
bem-estar físico e mental do indivíduo.
 Estudos comprovam que a boa alimentação tem
um papel fundamental na prevenção e no
tratamento de doenças.
 Há mais de 2000 anos, Hipócrates já afirmava
que “teu alimento seja teu remédio e que teu
remédio seja teu alimento”.
 O equilíbrio na dieta é um dos motivos que
permitiu ao ser humano ter vida mais longa no
século XX.
48
49
Alimentação saudável
Para o bem estar físico
– A alimentação
saudável deve fornecer
água, carboidrato,
proteína, lipídio,
vitaminas, fibras e
minerais, os quais são
insubstituíveis e
indispensáveis ao bom
funcionamento do
organismo
(Brasil, 2006)
50
Alimentação saudável
Para bem estar físico – a
alimentação variada e
adequada previne:
•Deficiências
nutricionais.
•Melhora a função
imunológica.
• Previne doenças
crônicas não
transmissíveis.
51
Alimentação saudável
Para o bem estar
mental – alimentar-
se de forma mais
harmônica e
prazerosa,
valorizando cada
alimento e seu sabor.
52
Alimentação saudável
Para o bem estar
social – respeitar a
cultura,
acessibilidade
financeira,
sabor e
variedade.
“Alimentação saudável” pode adquirir muitos significados
dependendo do país ou região de um mesmo país, cultura e época.
Porém em geral a alimentação saudável é sempre composta de
uma alimentação equilibrada.
53
Princípios da
alimentação saudável
 Variedade:
 É importante comer diferentes tipos de alimentos
pertencentes aos diversos grupos; a qualidade dos
alimentos tem de ser observada.
 Moderação:
 Não se deve comer nem mais nem menos do que o
organismo precisa; é importante estar atento à
quantidade certa de alimentos.
 Equilíbrio:
 Quantidade e qualidade são importantes; o ideal é
consumir alimentos variados, respeitando as
quantidades de porções recomendadas para cada grupo
de alimentos. Ou seja, “comer de tudo um pouco”.
54
55
RESUMO:
Alimentação normal (equilibrada) deve ser
 quantitativamente SUFICIENTE
 qualitativamente COMPLETA
 além de HARMONIOSA em seus componentes e
 ADEQUADA à sua finalidade e ao organismo a
que se destina.
56
Alimentação saudável
Os dez passos
para
alimentação
saudável
57
Alimentação saudável
01 – Faça pelo menos três refeições por dia.
02 – Incluam diariamente seis
porções do grupo de cereais (arroz,
milho, trigo, pães e massas).
58
Alimentação saudável
03 – Coma diariamente pelo menos três
porções de legumes e verduras.
04 – Coma feijão com arroz todos os
dias ou pelo menos cinco vezes por
semana.
59
Alimentação saudável
05 – Consuma diariamente três porções
de leite e derivados e uma porção de
carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar
gordura.
06 – Consuma, no máximo,
uma porção por dia de
óleos vegetais, azeite,
manteiga ou margarina.
60
Alimentação saudável
07 – Evite refrigerantes e sucos industrializados,
bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e
outras guloseimas como regra da alimentação.
08 – Diminua a quantidade de sal na
comida e retire o saleiro da mesa.
61
Alimentação saudável
09 – Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos)
de água por dia.
10 – Pratique pelo menos 30
minutos de atividade física todos
os dias e evite as bebidas
alcoólicas e o fumo.
Nutrição
 Conjunto de processos fisiológicos pelos
quais o organismo recebe, transforma, absorve
e utiliza as substâncias químicas e os
nutrientes contidos nos alimentos.
 A nutrição completa se faz no interior de
cada célula. Esse processo natural não
depende da vontade do ser humano.
 Existem muitas maneiras de se alimentar, mas
só uma de se nutrir.
62
63
Uma pessoa pode achar que está bem alimentada
e talvez possa não estar bem nutrida.
 Consumir alimentos diversificados vão
proporcionar nutrientes ao organismo.
 Os alimentos podem ser organizados em categorias a
partir da função que os nutrientes oferecem, como
 energéticos
 construtores e
 reguladores.
64
65
Alimentação saudável
Alimentos energéticos
São os que fornecem carboidratos e lipídios (gorduras) ao
corpo.
Carboidratos – geralmente são de origem vegetal. São
capazes de oferecer nutrientes que serão transformados
em glicose, que será utilizada pelas células em energia para
sua manutenção.
 Fontes: cereais - arroz, milho, trigo, aveia e seus produtos:
farinhas, pães, macarrão, massas, bolos e biscoitos;
tubérculos – batata, batata-doce, inhame, e suas farinhas
e amidos.
Alimentação saudável
Alimentos energéticos
Lipídios - possuem alto valor
energético, protegem os
órgãos vitais e o organismo
contra a perda excessiva de
calor.
Fontes:
óleos e gorduras vegetais –
azeite de oliva
gordura de coco
óleos vegetais
margarina.
66
Alimentação saudável -
Carboidratos
 Gorduras de origem animal –
banha suína, gordura de
animais, pele de aves,
manteiga, creme de leite,
queijos amarelos.
Outras fontes de gordura –
frutas oleaginosas
(amendoim, castanhas, nozes,
avelã).
67
68
Alimentação saudável
Alimentos construtores
• Fornecem proteínas ao corpo.
• São componentes indispensáveis a toda célula viva.
• São substâncias que vão formar e manter os músculos, os
ossos, o sangue, os órgãos, a pele e o cérebro, construir
novos tecidos, promover o crescimento e contribuir para
a resistência do organismo às doenças.
 Fontes: carne suína, bovina, de aves, peixes, ovos, leite e
derivados, leguminosas secas (feijão, ervilha, lentilha,
soja).
Alimentação saudável
Carboidrato simples - O açúcar é rico em calorias e pobre
em nutrientes tornando-se um alimento com calorias
vazias, portanto é um grande vilão para saúde.
Fazem parte desse grupo o açúcar branco, açúcar mascavo,
mel, melado, mel de cana, refrigerantes e doces em geral.
Devem ser consumidos com moderação e com orientação.
69
mascavo
demerara
cristal
70
Alimentação saudável
Alimentos reguladores:
Fornecem vitaminas minerais, fibras e água.
Vitaminas – são compostos orgânicos que aparecem nos
alimentos em pequenas concentrações, mas
desempenham funções especificas e vitais nas células e
nos tecidos do corpo. Não podem ser sintetizadas pelo
organismo, e sua ausência ou absorção inadequada
provocam doenças de carência especifica. Por isso as
vitaminas não podem faltar na alimentação.
 Fontes: frutas, verduras e legumes.
71
Alimentação saudável
Alimentos reguladores
Minerais - são concentrados no corpo e nos alimentos.
São partes integrantes de hormônios, enzimas e
vitaminas e fornecem os constituintes enriquecedores de
ossos e dentes. Cálcio, fósforo, enxofre, cloro e
magnésio são necessários ao organismo em grandes
quantidades diárias. Ferro, flúor, zinco, cobre, iodo,
cromo e cobalto são necessários em quantidades menores.
 Fontes: frutas, verduras e legumes.
72
Alimentação
saudável
Alimentos reguladores
Fibras – não são digeridas ou
absorvidas pelo organismo.
• Não possuem valor nutritivo
ou energético mas participam
ativamente da mecânica da
digestão, tornando-se mais
fácil e completa.
• Ajudam o alimento a se
movimentar através do
intestino, facilitando assim,
o seu funcionamento. Com
poucas fibras, o intestino
trabalha com dificuldade.
• Colaboram para controlar os
níveis de gordura no sangue e
de glicose, evitando
glicemias muito altas.
73
Alimentação saudável
Alimentos reguladores
Água –
principal componente do corpo humano
constitui cerca de 2/3 do peso corpóreo total.
Junto com o oxigênio, é o elemento mais importante para a
manutenção da vida.
Possui funções construtora e reguladora.
74
Proposta de refeição equilibrada
 Salada de alface, tomate e cenoura 
alimentos reguladores.
 Arroz  alimento energético.
 Feijão  alimento construtor.
 Bife grelhado ou frango assado 
alimento construtor.
 Suco de abacaxi  alimento energético.
 Óleo para o preparo dos alimentos 
alimento energético.
03/03/2017 mcscak.: 75
Alimentação
equilibrada e dieta
 Regime alimentar
– estado que um
indivíduo se
encontra com
restrições
alimentares,
podendo ser
temporário ou
permanente.
Dieta
alimentar –
conjunto das
refeições e ações
alimentícias que
se faz durante um
dia ou um
período.
76
 As proporções exatas de cada alimento
não são iguais para todos os indivíduos -
as necessidades de nutrientes variam com a
atividade que desenvolve e as necessidades
fisiológicas de cada um.
77
 As necessidades
variam de acordo com
 a idade
 o sexo
 a atividade física
 os padrões culturais
e sociais.
 Exemplo: A indicação
alimentar para uma
criança não é a
mesma para a sua mãe
e seu pai.
78
03/03/2017 mcscak.: 79
Guia alimentar
pirâmide alimentar
 Uma das preocupações das
autoridades sanitárias e da OMS é
orientar a população para uma alimentação
adequada.
 Há muito vem sendo desenvolvidos
programas e guias alimentares para
orientação e educação, voltados para
uma alimentação adequada.
 São padrões criados baseados nos
hábitos e nas informações científicas.
80
Guia alimentar
 Objetivo – atualizar e unificar as
informações passadas à comunidade que
contribuem e melhoram a alimentação e a saúde
da população.
 Buscam orientar sobre os alimentos
generalistas para que os padrões regionais
não sejam prejudicados e assim haja uma
adaptação aos conceitos informados.
 Desde 1970, diversos modelos de guias já
serviram como orientadores, como a roda dos
alimentos e a pirâmide alimentar, como se
verá a seguir.
81
82
Dez passos para alimentação
saudável para menores de 2
anos. 2002
“Como está sua
alimentação” e o Dez
passos para uma
alimentação saudável
para maiores de 2
anos.
Alimentos Regionais
Brasileiros.
PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
83
Guia pratico de preparo de
alimentos para crianças menores de
12 meses que não podem ser
amamentadas.2004
Guia alimentar
para a população
brasileira
Cadernos de Atenção
Básica: alimentação e
nutrição- Obesidade.
 Está dividida em grupos.
 Permite uma melhor escolha
dos alimentos.
 Melhor combinação para a
alimentação diária.
84
Roda dos alimentos = é uma representação
gráfica criada em Portugal em 1977, no âmbito
da Campanha de Educação Alimentar "Saber comer
é saber viver", que ajuda a escolher e
combinar os alimentos que deverão fazer parte
da alimentação diária.
Pirâmide alimentar
 Os primeiros modelos surgiram nos anos
1970; periodicamente surgem novos
esquemas, adaptados aos hábitos e às
necessidades de cada sociedade e aos
avanços das pesquisas científicas.
 Foi criada para ajudar e a entender
como equilibrar esses alimentos
diariamente. Os alimentos são agrupados
de acordo com as suas funções e seus
nutrientes.
85
Pirâmide alimentar
1992 – Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA) implantou a pirâmide alimentar
como guia alimentar.
86
Pirâmide alimentar
 1996 – nova versão da pirâmide alimentar com
o acréscimo de atividade física na base.
87
88
Pirâmide alimentar
 2005 – o USDA apresentou uma nova versão da
pirâmide alimentar chamada My Piramid (minha
pirâmide).
Os profissionais de saúde
vem demonstrando
resistência a esta nova
versão  não apresentação
dos alimentos; a única
maneira de saber os
detalhes dos alimentos
indicados é através do
acesso ao site
www.pyramid.gov e digitar
os dados pessoais  plano
alimentar personalizado.
Pirâmide alimentar
 O governo americano
propõe novas
recomendações
nutricionais e
alteração da
pirâmide para a
representação de um
prato.
 “My plate” é o nome
do novo programa
encabeçado por
Michelle Obama.
89
90
Os grupos de alimentos na pirâmide
 A pirâmide de alimentos é um instrumento
educativo que pode ser facilmente usado pela
população, mostrando o que pode ser consumido
no dia-a-dia.
 Trata-se de um guia geral que permite
escolher uma dieta saudável e conveniente,
que garanta todos os nutrientes necessários
para a nossa saúde e bem-estar.
 A pirâmide original foi baseada nas
necessidades energéticas de indivíduos
adultos e apresenta a forma como se verá a
seguir.
91
92
1º patamar – carboidratos: pães,
cereais, massas e tubérculos
 Na base da pirâmide
estão os alimentos
fontes de
carboidratos:
 Cereais (arroz)
 Cereais integrais e
seus derivados (pães,
granolas e massas)
 Tubérculos
feculentos (batatas,
macaxeira).
Indicações – cerca de
9 porções no decorrer
do dia.
93
Esses alimentos fornecem energia
para nosso organismo  consumo em
maior quantidade.
94
2º patamar – verduras,
hortaliças e frutas
 Esses alimentos ocupam
o segundo patamar da
pirâmide; apresentam
funções semelhantes.
São chamados alimentos
reguladores, fornecem
vitaminas e sais
minerais que
precisamos. São também
ricos em fibras e
água.
 Quanto maior a
variedade e a
quantidade de consumo
ao dia, melhor.
95
3º patamar – leite e derivados;
peixes e carnes; leguminosas
 Indica-se o consumo
cerca de 2 porções
de cada grupo ao dia
e é necessário
diversificar o
consumo das fontes
protéicas.
96
 O 3º patamar da pirâmide
alimentar apresenta três
grupos alimentares que
oferecem principalmente
proteínas, a saber:
 Leite e derivados
 Peixes, carnes e carnes brancas –
recomenda-se carnes magras, frango sem pele
e o peixe sem couro. O melhor é consumir
carnes assadas, cozidas ou grelhadas.
 Leguminosas – são boas fontes de proteínas
de origem vegetal, como a soja e seus
derivados.
97
4º patamar – açúcar, doces,
carne vermelha e manteiga
 O topo da pirâmide
pode ter variação
entre as três
pirâmides, mas em
todas estão os
alimentos que devem
ser consumidos com
moderação e terem
consumo mensal e não
diário.
 Não existe indicação
do número de
porções, mas a
recomendação é de
consumo moderado.
DESNUTRIÇÃO
CONCEITO
O termo desnutrição (ou subnutrição) refere-se a
um estado patológico causado pela falta de
ingestão ou absorção de nutrientes como
proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais
minerais. Dependendo da gravidade do quadro
clínico, esta doença pode ser dividida em
primeiro, segundo e terceiro grau.
Em suma, é a deficiência energética crônica.
DIAGNÓSTICO
DE ACORDO COM O CÁLCULO DO IMC.
https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-
ash4/p480x480/298960_454006531333739_1578007663_n.jpg
indicadores Pontos de corte classificação
Peso/idade <Percentil 0,1
>=P1 e < P3
>= P3 e < P10
>= P10 e < P97
>= P 97
Peso muito baixo para a idade
Peso baixo para a idade
Risco nutricional
Adequado ou eutrófico
Risco de sobrepeso
Peso/altura* < P3
>= P3 e P10
>= P10 e < P97
>P97
Baixo peso
Risco nutricional
Adequado ou eutrófico
Obesidade
Altura/idade* < P3
>= P3 e P10
Baixa estatura para a idade
Desaceleração do crescimento
EXAMES
Os exames dependem do distúrbio específico. A
maioria dos exames de diagnóstico inclui
avaliação nutricional e exame de sangue.
SINTOMAS
Em alguns casos, a desnutrição é muito leve e não
apresenta sintomas. No entanto, outras vezes, pode ser tão
grave que os danos ao corpo são permanentes, mesmo
sobrevivendo ao problema.
Alguns dos sintomas a que se deve estar atento no âmbito
de um possível quadro (clínico) de desnutrição:
 Cansaço
 Enjoos,
 Desmaios
 Ausência de menstruação
 Crescimento deficiente da criança
 Perda de peso
 Diminuição da resposta imune do organismo
Em casos crônicos, destacamos os seguintes sintomas:
 Hipotermia
 Hipoglicemia
 Anemia grave
 Taquicardia
 Tendências hemorrágicas
 Pneumonia
 Desidratação
 Sarampo
 Icterícia (aspecto amarelado da pele)
 Sinais de colapso circulatório (mãos e pés frios, pulso
fraco e consciência diminuída).
Casos moderados Casos severos
Desnutrição
aguda
moderada
Desnutrição
aguda severa
TIPOS DE
DESNUTRIÇÃO
KWASHIAKOR -
Tipo de desnutrição causada pela carência de
proteína.
Privado de nutrientes o corpo consome seus
próprios recursos e modifica suas funções, como o
equilíbrio celular. A água das células migra de
forma diferente, formando edemas que incham o
corpo. Por isso algumas crianças desnutridas têm
o estômago, o rosto, os braços, as mãos e os pés
inchados. Além do inchaço, a pele ressecada se
rompe com a pressão e surgem úlceras que
infeccionam. Os cabelos se tornam brancos ou
avermelhados.
CARACTERÍSTICAS DO KWASHIOKOR
 Mantém-se certa quantidade de gordura;
 Aparecimento de lesões de pele;
 Atraso no crescimento ponderal e depois estatural;
 Peso abaixo do Percentil 3;
 Edema constante, ora na face, ora nos pés;
 O cabelo é escasso e descorado;
 Aparecimento de diarréia;
 O alimento é rejeitado.
MARASMO -
 Tipo de desnutrição causada pela falta de
calorias. Sem receber os nutrientes necessários
para manter as funções vitais como respiração e
batimentos cardíacos, o corpo passa a buscar
energia nas reservas de gordura e nos músculos.
A criança com marasmo está extremamente
emagrecida, tem os traços emaciados, os
músculos atrofiados. A pele parece grande demais
para o corpo. É como a pele de um idoso.
CARACTERÍSTICAS DO MARASMO
 Emagrecimento imediato;
 Perda intensa de tecido subcutâneo;
 Pele pregueada: sinal da calça larga;
o Diminuição da força para sugar;
o Abdômen proeminente devido à magreza;
oA altura é retardada com o prolongamento;
oApetite preservado;
oDesaparece o bom humor, a criança não sorri.
CAUSAS
A causa mais frequente da desnutrição é uma má
alimentação.
Porém há outras causas possíveis todo e qualquer
outro problema no corpo capaz de interromper o
processo de nutrição
Ex: falta de ingestão de alimentos (desnutrição
primária), até a falta de utilização de nutrientes
pelas
Nas situações de fome, a desnutrição pode afligir
dezenas de milhares de pessoas. Isso acontece,
por exemplo, com pessoas que fogem em meio a
guerras, sem tempo ou capacidade de levar
alimentos, ou quando pragas ou secas
impossibilitam a colheita para populações
essencialmente agrícolas.
O corpo necessita de mais nutrientes em certas fases da
vida:
 Infância
 Adolescência
 Gravidez
 amamentação
 Idosos (caso à parte)
FISIOPATOLOGIAS E CASOS
CLÍNICOS
Em um indivíduo primeiramente com estado
nutricional normal, ao ter sua alimentação altamente
limitada, sofre primeiramente com o gasto energético.
Se gasta rapidamente os ATP produzidos
pelas mitocôndrias e em seguida a glicose dos tecidos e
do sangue com a liberação de insulina.
Com o esgotamento da glicose, a próxima fonte
de energia a ser utilizada é o glicogênio
armazenado nos músculos e no fígado. Ele é
rapidamente lisado em glicose e fornece um
aporte razoável de energia. Sua depleção irá
causar apatia, prostração e até síncopes -
o cérebro que utiliza apenas a glicose e corpos
cetônicos, como fonte de energia sofre muito
quando há hipoglicemia.
Em seguida, a gordura (triacilglicerol) é liberada das
reservas adiposas, é quebrada em acido-graxo mais
glicerol. O glicerol é transportado para o fígado a fim de
produzir novas moléculas de glicose. O ácido-graxo por
meio de beta-oxidação forma corpos cetônicos que causa
aumento da acidez sanguínea (ph sanguíneo normal 7,4).
O acumulo de corpos cetônicos no sangue pode levar a um
quadro de cetomia, sua progressão tende a evoluir com o
surgimento de ceto-acidose (ph<7,3) compensada pelo
organismo com liberação de bicarbonatos na circulação.
A pele fica mais grossa, sem o tecido adiposo
subcutâneo. Nessa etapa, as proteínas dos
músculos e do fígado passam a ser quebradas em
aminoácidos para que esses por meio da
gliconeogênese passem a ser a nova fonte de
glicose (energia). Na verdade, o organismo pode
usar ainda várias substâncias como fonte de
energia além dessas, se for possível. Há grande
perda de massa muscular e as feições do
indivíduo ficam mais próximas ao esqueleto. A
força muscular é mínima e a consequência
seguinte é o óbito.
CONSEQUÊNCIAS
 Coração: o coração perde massa muscular, assim como os
outros músculos do corpo. Em estágio mais avançado
há insuficiência cardíaca e posteriormente morte.
 Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não
vai ter os nutrientes necessários para produzir as células
de defesa. Logo, é comum infecções intestinais
subsequentes, respiratórias e outros acometimentos. A
duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior
em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é
lentificada.
 Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia
ferropriva relacionada à desnutrição.
 Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl
pelo estômago, tornando esse ambiente mais propício para
proliferação bacteriana. O intestino diminui seu ritmo
de peristalse e a absorção de nutrientes fica muito
reduzida.
 Quando não há o que comer o corpo entra num ciclo
vicioso: a falta de alimentação gera falta de energia e
fadiga. Ao perder as forças, a pessoa deixa de se
mexer, de falar, e os mecanismos reguladores da fome
deixam de funcionar: não se tem mais a sensação de
fome ou sede, e o estômago se atrofia. Aos poucos se
perde o contato com o mundo. A desnutrição severa
pode provocar falência dos órgãos, anemia, infecção
generalizada e outras patologias graves.
HTTP://WWW.SCIELO.BR/IMG/REVISTAS/EA/V20N58/14Q1.GIF
TRATAMENTO
Em geral, esta doença pode ser corrigida com a
reposição dos nutrientes de que carece a pessoa e, se
resultar de algum problema específico do organismo,
com um tratamento adequado que trave e inverta a
deficiência nutricional. Se não for detectada a tempo ou
se a pessoa em causa não for devidamente assistida por
um médico, a desnutrição pode dar origem a alguma
deficiência (incapacitação), seja mental ou física, a
outras complicações (doenças) e, inclusive, ser mortal.
Quando há casos de desnutrição não grave o
paciente deve ser tratado em casa
(principalmente no caso de crianças), visto que o
ambiente hospitalar propicia, através de
contágio, o aparecimento de doenças em
organismos debilitados. Quando, porém, o quadro
do paciente é crônico ou ele habita um lugar com
condições deploráveis de vida, ele deve ser
imediatamente hospitalizado
Emagrecimento
acentuado visível
OU
Edema em
ambos os pés
DESNUTRIÇÃO
GRAVE
Dar Vitamina A;
Tratar a criança
para evitar a
hipoglicemia;
Recomendar à
mãe para manter
a criança
agasalhada;
Referir
urgentemente ao
Hospital.
Peso Muito
Baixo para a
Idade
PESO MUITO
BAIXO
Avaliar a
criança ensinar a
tratar o PMB em
casa;
Se menor de 6
meses: avaliar
amamentação;
Marcar retorno
para 5 dias
Peso baixo
OU
Ganho de peso
insuficiente
PESO BAIXO
OU GANHO DE
PESO
INSUFICIENTE
Avaliar a
criança e
aconselhar a
mãe;
Se menor de 6
meses: avaliar
amamentação;
Marcar retorno
para 30 dias.
Peso não é baixo
PESO NÃO É
BAIXO
 Aconselhar a
mãe
 Alimentação adequada;
 Uso do óleo sobre o prato feito;
 Aumento da quantidade de refeições diárias;
 Dieta para tratar o peso muito baixo;
INCIDÊNCIA
Normalmente a desnutrição atinge pessoas de
baixa renda e, sobretudo, crianças dos países
mais pobres. Os países em desenvolvimento
respondem por 95% do total de desnutridos do
planeta.
(HTTP://WWW.DESNUTRICAO.ORG.BR/GRAFICOS/GR_9.GIF)
O aumento de renda das famílias brasileiras e o
declínio substancial da pobreza observados entre
1970 e 1980 certamente devem ter contribuído para
o declínio da desnutrição apontado pelos inquéritos
nutricionais realizados entre 1974-1975 e 1989, mas
a ausência de informações confiáveis sobre a
variação de outros determinantes da desnutrição
infantil nesse período impede uma avaliação
semelhante à realizada para o período mais recente.
NOS ADULTOS
NORTE
NORDESTE
SUDESTE
SUL
CENTRO-OESTE
35,4
42,9
14,9
15,7
20,0
38,1
59,7
34,3
28,4
34,0
36,2
48,8
17,0
18,3
22,3
PROPORÇÃO (%) DE PESSOAS POBRES*. BRASIL:
1999.
PROFILAXIA
CURIOSIDADES
 A desnutrição é, de acordo com o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), a principal causa de
morte dos lactentes (crianças de peito) e crianças novas
em países em vias de desenvolvimento.
 Segundo Médicos sem Fronteiras, a cada ano 3,5 a 5
milhões de crianças menores de cinco anos morrem de
desnutrição.
 Há um tipo intermediário de desnutrição
protéico-calórica é chamado Kwashiorkor-
marasmático. Crianças com esse tipo retêm
algum flúido e tem mais gordura corporal do que
as que tem marasmo.
 Como as crianças desenvolvem Kawashiokor
depois que são desmamadas, eles são geralmente
mais velhas do que as que tem marasmo.
 Nove crianças morrem a cada minuto pela falta
de nutrientes básicos.
 A desnutrição é uma das principais causas de
nascimentos de crianças abaixo do peso normal, crianças
que tem mais chances de adoecer durante a infância,
adolescência e vida adulta. Há estudos recentes que
indicam a existência de vínculos entre desnutrição
infantil e o surgimento de doenças
como hipertensão, diabetes e doenças coronárias.
Até manifestações leves de desnutrição podem limitar o
desenvolvimento físico e intelectual de uma criança,
fazendo com que esta tenha maiores chances de evadir-
se da escola com tenra idade, fato que pode contribuir
para manter o atual índice de analfabetismo entre as
populações de baixa renda.
03/03/2017 mcscak.: 155
DIETOTERAPIA
Dietoterapia
 Desde os tempos remotos a humanidade já
utilizava os alimentos e ervas para fins
medicinais, pois, ainda não existiam o que
chamamos hoje de medicamentos.
15
6
Hipócrates, da Grécia antiga,
considerado o Pai da Medicina,
afirmou há mais de 2 mil anos: “Que
teu remédio seja teu alimento e que
teu alimento seja teu remédio”.
 A dietoterapia é uma ferramenta da
saúde, e em especial do profissional
nutricionista, que usa dos alimentos
(principalmente), para o tratamento e
prevenção de enfermidades, levando ao
organismo a adquirir os nutrientes
necessários para o bom desempenho nas
diversas áreas de atividade e saúde.
15
7
Dietas terapêuticas restritivas aplicadas
conforme enfermidade do paciente
 Reduzidas em macro e micronutrientes
15
8
Hipoglicídicas
Hipolipídicas
Hipossódica
Hipoprotéicas
159
Tipo de dieta Indicada para
Hipoglícidica – dieta pobre em
glicídios (carboidratos e
açúcares); objetivo: diminuir a
quantidade desse nutrientes, sem
reduzir necessariamente as
calorias.
Portadores de diabetes, que é
pobre em glicídios simples, em
destaque a sacarose, o
tradicional açúcar de mesa.
Hipolípidica - Dieta pobre em
gorduras, principalmente
saturadas.
Pacientes com altas taxas de
colesterol e obesos.
Hipossódica - Dieta pobre em
sódio (Na), que se concentra em
especial no sal de cozinha
(cloreto de sódio - NaCl).
Pacientes hipertensos,
cardiopatas, com retenção de
líquidos (edemas), dentre
outros.
Hipoprotéica - Dieta pobre em
proteínas.
Pacientes que com ingestão
controlada de proteínas, como os
portadores de insuficiência
renal, cirrose hepática.
16
0
Dietas terapêuticas restritivas aplicadas
conforme enfermidade do paciente
 Aumentadas em macro e micronutrientes
Hipercalóricas
Hiperprotéicas
Hiperglícidica
Hiperlipídica
16
1
Tipo de dieta Indicada para
Hipercalórica - Dieta rica em
energia.
Prevenir e tratar principalmente
a desnutrição.
Hiperprotéica - Dieta rica em
proteínas.
Usada também nos casos de
desnutrição; pacientes
traumatizados como os queimados,
para o desenvolvimento
hiperplasia de novas células,
principalmente para
reconstituição do tecido
lesionado.
Hiperglícidica - Aplicada em casos específicos de
atletas e também em casos de
intoxicação alcoólica. Na
terapêutica de cirrose hepática,
com restrição de gorduras e
proteínas, a dieta torna-se
hiperglicídica.
Hiperlipídica – dieta com uma
boa quantidade de gorduras.
Geralmente indicada para
tratamento de desnutrição grave
e portadores de fibrose cística.
Consistência da dieta ofertada
 A consistência também é uma fator levado em
consideração, pois, muitas vezes o sistema
digestório não se encontra fisiologicamnte
normal, dentre as consistências
dietoterápicas temos:
 dieta normal/ livre
 dieta branda
 dieta pastosa
 dieta líquida
 dieta líquida restrita
16
2
Dieta normal / livre
 Comumente associada à dieta terapêutica
livre, trata-se de uma refeição normal,
indicada para pacientes sem restrições
alimentares ou sem indicações
dietoterápicas especificas. O paciente
pode receber qualquer tipo de
preparação de acordo com sua tolerância
alimentar.
16
3
16
4
Dieta branda
 Dieta composta por
 alimentos mais cozidos
 fibras abrandadas por cocção ou subdivisão;
de consistência mais mole, normal em
calorias e nutrientes;
 moderada em resíduos;
 fácil de se mastigar, deglutir e também
digerir.
Indicada para pacientes com enfermidades
leves e usada como transição para dieta
livre.
16
5
16
6
Dieta pastosa
 Tem como objetivo fornecer uma dieta que
possa ser mastigada e deglutida com pouco
ou nenhum esforço.
 É composta por alimentos bem macios, bem
cozidos, em forma de purê e papas.
 Indicada geralmente para pacientes com
disfagia, dificuldades de mastigação
(ausência de dentes ou problemas
motores), alterações gastrintestinais ou
outras manifestações clinicas como pós-
cirurgia.
16
7
16
8
Dieta líquida
 Objetivo: fornecer ao paciente uma dieta que
permite minimizar o trabalho do trato
gastrintestinal e a presença de resíduos no
cólon.
 Indicada para pacientes com problemas de
mastigação, deglutição e digestão, com trato
gastrintestinal com alterações moderadas e
para o pós-operatório de cirurgias do trato
gastrintestinal.
 Tem curto tempo de uso.
 Alimentos recomendados:
 Preparações com alimentos liquidificados e
amassados.
16
9
A dieta líquida pode ser
dividida em:
 Dieta líquida clara –
Fornece líquidos, eletrólitos e
pequena quantidade de energia:
Chás, suco de frutas coados,
geleia de mocotó, gelatinas,
sorvetes a base de frutas coadas
(sem leite).
17
0
 Dieta líquida completa: constituída de
líquidos e semi-líquidos, mas pobre em
fibras.
 Alimentos recomendados:
 Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon,
maisena);
 caldos e sopas liquidificadas;
 sucos diluídos e/ou coados;
 leite, iogurte, creme de leite, queijos
cremosos;
 gelatina, geléia de mocotó, pudim,
sorvetes;
 chá, café, chocolate, mate, bebidas não
gasosas, sucos de frutas e de vegetais
coados;
 mingau de cereais, sopa de vegetais
peneirados, cremosas e caldos de
carnes;
 óleos vegetais.
17
1
03/03/2017 mcscak.: 172
Dietas
hospitalares
17
3
17
4
Todos os hospitais possuem manuais
estabelecendo dietas específicas
padronizadas, delineadas para
uniformidade e conveniência de
serviço, baseadas em padrão
dietético apropriado.
 As necessidades nutricionais dos pacientes
deverão ser determinadas depois de diversas
analises como:
 estado nutricional
 histórico de cirurgia e medicamentos e
outros tratamentos médicos
 efeito de patologia que acomete o paciente
 perdas nutricionais decorrentes.
17
5
 Durante a internação hospitalar, o paciente
estará passivo a diversas dietas terapêuticas
específicas, além das apropriadas para o pré
e o pós-operatório. Estas dietas podem
temporárias ou permanentes e, sendo assim,
serão seguidas após a alta hospitalar.
 Além das dietas-padrão relatadas (normal,
branda, pastosa, líquida), outras dietas
específicas se destacam, como está
apresentado a seguir:
17
6
 Dieta isenta de glúten – específica para portadores
diagnosticados com doença celíaca. O paciente não deve
então consumir alguns cereais e seus derivados – trigo,
centeio,cevada e aveia.
17
7
 Dieta baixa em purinas – dieta específica para
portadores de gota, doença caracterizada pelo aumento
exagerado de ácido úrico no sangue. Evitar o consumo de
alimentos como carne vermelha, frutos do mar, peixes,
como sardinha e salmão, e miúdos.
 Dieta baixa em colesterol – para pacientes cardiopatas
ou com altos níveis de colesterol. Alimentos a serem
restringidos são os gordurosos de origem animal. Essa
dieta pode ser temporária ou permanente.
 Dieta para pacientes renais crônicos – indivíduos com
doença renal crônica ou que estejam em fase de diálise,
necessitam uma dieta extremamente restritiva e específica
inclusive no volume hídrico.
 Dietas para preparo de exames: alguns exames
bioquímicos e funcionais, invasivos ou não precisam de
restrições alimentares ou de preparo específico. Para
cada exame existe a indicação nutricional específica.
a) Pesquisa de Gordura nas Fezes (Sudam III):
observar presença de gordura nas fezes.
Característica principal: consumir uma grande
quantidade de gordura/dia.
Deve ser iniciada três dias antes da realização do
exame.
17
8
c) Colonoscopia:
visualizar todo o cólon.
Características:
dieta líquida sem resíduos
com maior oferta hídrica.
- Tempo:
oferecer na véspera do
exame.
- Alimentos permitidos:
macarrão, purê de batatas,
sopas coadas, caldo de
galinha, peixe, ovos, queijo
branco, cremes, pudins,
torradas, biscoito de
polvilho, sorvetes,
gelatinas, geleias, suco de
frutas coadas.
- Alimentos proibidos:
carnes, verduras, polpa de
frutas, cereais integrais.
- Dia do exame: realizada
lavagem intestinal.
d) Pesquisa de Sangue
Oculto nas fezes:
observar presença de
hemácias nas fezes.
- Características: não
consumir carnes de
qualquer tipo (vermelhas
e brancas), vegetais
(beterraba, rabanete,
tomate, cenoura, nabo,
abóbora, espinafre,
alface), feijão, gema de
ovo, goiabada.
- Tempo: 3 a 4 dias antes
do exame.
17
9
03/03/2017 mcscak.: 180
Terapia nutricional
vias de administração
A nutrição
pode ser feita
18
1
por via oral, ou seja, pela
maneira natural do processo
de alimentação.
por um modo
especial.
nutrição
enteral
nutrição
parenteral.
 A nutrição enteral
ocorre quando o
alimento é colocado
diretamente em uma
área do tubo
digestivo,
geralmente o
estômago ou o jejuno
através de sondas
que podem entrar
pela narina ou boca
ou por um orifício
feito por cirurgia
diretamente no
abdômen do paciente.
A nutrição parenteral
– realizada quando o
paciente é
alimentado com
preparados para
administração
diretamente na veia,
não passando pelo
tubo digestivo.
18
2
Nutrição enteral ou terapia
nutricional enteral (NE)
 Dieta de consistência líquida que
fornece os nutrientes necessários para
manter o estado nutricional adequado
aos pacientes incapacitados de se
alimentarem por via oral, mas possuem o
sistema digestório ainda em
funcionamento adequado, com função
intestinal preservada, sem obstrução ou
que não sejam doentes terminais.
18
3
Benefícios
 Aproxima-se mais da alimentação natural, sendo,
portanto, mais fisiológica
 Pode receber nutrientes complexos, tais como
proteínas integrais e fibras
 Estimula a atividade imunológica intestinal
 Reforça a barreira da mucosa intestinal, aumentando a
proteção contra a translocação bacteriana
 Tem menor índice de complicações
 Tem metodologia mais simples e menor curto
Administração
 Naso/orogástrica;
 Nasoduodenal;
 Nasojejunal;
 Gastrotomiae jejunostomia (são mais utilizadas para
alimentação enteral em longoprazo).
Material utilizado:
• Látex (sonda foley, dreno de Kehr);
• PVC (sonda Levin);
• Poliuretano e Silicone flexíveis (cateter enteral, de gastrostomia e foley)
Kehr Levin Gastrostomia
Sonda Foley
Sonda Enteral
Indicaçõe
s
 Quandoo paciente não podecomer:
 Estado decoma
 Lesões do sistema nervosocentral
 Debilidadeacentuada
 Traumatismo bucomaxilofacial
 Intervenções cirúrgicasda boca, faringe, esôfagoedo
estômago
 Obstruções mecânicas e fisiologiasdo tubo digestivo
 Anorexia
 Câncer
 Pós-operatório
 Queimaduras
Localização Gástrica
•Maior Tolerância a fórmulas variadas;
•Boa aceitação de fórmulas
hiperosmóticas;
•Progressão mais rápida para alcançar o
valor calórico total ideal;
•Introdução de grandes volumes;
•Fácil posicionamento da sonda.
•Alto risco de aspiração em paciente s
com dificuldades neuromotoras de
deglutição;
•Saída acidental da sonda nasoenteral
devido à tosse, náuseas ou vômitos.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Localização Enteral
•Menor risco de aspiração;
•Maior dificuldade de saída acidental da
sonda;
•Permite nutrição enteral quando a
alimentação gástrica é inconveniente ou
inoportuna.
•Risco de aspiração em pacientes que
têm mobilidade alterada ou alimentação
à noite;
•Desalojamento acidental, podendo
causar refluxo gástrico;
•Requer dietas normo ou
hipoosmolares.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Administração
 Intermitente (até 500 ml a cada 3 a 6 horas)
 Bólus (de 100 a 350 ml, noestômagoa cada 2 a 6 horas)
 Contínua (50 a 150ml/hora)
Indicações para dieta NE
Pacientes com
• AVE
• depressão
• anorexia nervosa
• câncer
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• caquexia
• grandes queimados
• lesões de face e mandíbula
• distúrbios neurológicos
• pós-operatório de risco nutricional
• coma.
19
4
19
5
Nutrição enteral
PRESCRIÇÃO:
 nutricionista / médico especializado.
TIPOS DE DIETAS
1- Formulações caseiras / Naturais: utilizados alimentos in
natura, sucos de fruta coados e sopas liquidificadas – atentar
para os valores nutricionais e higiênicos.
2- Formulações Industriais: dieta modulares ou completas –
menor manipulação e menor risco de contaminação.
FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA DAS FORMULAÇÕES
 Tempo de utilização
 Via de acesso
 Poder aquisitivo do paciente
 Estado nutricional.
Nutrição enteral
 Padrões para administração da dieta por
sonda:
 não ser viscosa
 não ter partículas
 cuidados com a higienização.
 Esta via de nutrição pode ser temporária ou
permanente.
 Uso prolongado pode acarretar dificuldades
digestivas ou entéricas.
 Monitoramento e correções nutricionais serão
necessários para melhores resultados.
19
6
Nutrição enteral
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO/ VIAS DE ACESSO DA N.E.
 Vão depender da patologia de base, da
previsão de permanência da sonda de
alimentação e da preferência do paciente.
 Vias de acesso:
 Acesso transnasal
 Gastrotomia
 Jejunostomia
19
7
Acesso transnasal – utilização da
 sonda nasogástrica, com entrada da sonda pelo
nariz e chegada no estomago ou
 sonda nasoentérica, com entrada da sonda pelo
nariz e chegada ao duodeno.
As sondas são vias de aceso de curto prazo.
19
8
Vias de Administração / Vias de Acesso da
Nutrição Enteral
 Gastrotomia
endoscópica
percutânea (PEG):
sonda fixada no estomago
ou
Jejunostomia
percutânea direta
(JEP) – ainda em
desenvolvimento e nem
sempre empregada.
 Gastrotomia ou
jejunostomia por
punção:através de
acesso cirúrgico.
19
9
As estomias são vias de acesso de
longo prazo.
Cuidados de Enfermagem na
terapia nutricional enteral
 O enfermeiro é membro da Equipe
multiprofissional de Terapia Enteral (EMTN)
tem como principal responsabilidade a
administração da Terapia Nutricional (TN),
acompanhando todo o processo objetivando a
prevenção e a detecção precoce de
complicações.
20
0
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
 Lavar as mãos antes de manusear a dieta;
 Conferir prescrição da dieta: identificação do
paciente, tipo de dieta, via de administração, volume
prescrito;
 Observar temperatura, aspecto, volume e consistência
antes de administrar a dieta.
 Elevar cabeceira no mínimo 30°
 Aspirar conteúdo gástrico sempre antes de administrar
dieta ou medicação para avaliar aspecto e volume do
refluxo;
 Registrar no prontuário do paciente se houver refluxo,
e comunicar ao médico ou enfermeiro;
 Avaliar aceitação da dieta pelo paciente baseado nos
seguintes parâmetros: presença de ruídos hidroaéreos,
ausência de distensão abdominal e/ou vômitos, aspecto e
volume do refluxo gastroesofágico.
20
1
20
2
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
NA TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL(continuação)
Instalar dieta com equipo próprio e exclusivo, devendo
trocá-lo a cada dieta.
Controlar gotejamento/velocidade de infusão conforme
forma de administração: gravitacional ou em bomba de
infusão.
Lavar percurso da SNG/SNE após infusão da dieta com 20ml
de água potável.
Lavar as mãos após procedimento.
Registrar no impresso modelo nº122 – HGV (Evolução e
Prescrição de Enfermagem) a aceitação da dieta, o volume
administrado e características do refluxo gastroesofágico.
20
3
Terapia nutricional parenteral (TNP)
 Indicação:
 Prevenir ou tratar a desnutrição em
pacientes que não apresentam funcionamento
adequado do trato gastrointestinal e que não
podem receber alimentação por via oral ou
enteral.
 O médico tem responsabilidade exclusiva por
esta dieta.
 A via de administração dos nutrientes é
realizada através de uma veia (via
intravenosa).
 Sua administração nunca deve ser de
emergência: antes de receber a TNP, o
paciente precisa estar
hemodinamicamente estável, ou seja, a
circulação sangüínea deve estar
funcionando normalmente.
 Quando a TNP é indicada, torna-se
necessário um acesso venoso e uma
técnica de infusão apropriada para o
sucesso da nutrição.
20
4
 Vias de acesso:
 Via cateter em uma veia central
(NPC)
 Via dispositivo inserido em veia
periférica, normalmente no
antebraço (NPP).
 Por shunt arteriovenoso utilizado
para hemodiálise ou exclusivo
para nutrição parenteral, em
pacientes cuja cateterização
central não seja possível.
20
5
A TNP com
previsão com mais
de 7 dias de
duração deve ser
realizada por
meio de um
acesso venoso
central,
para evitar
o risco de
trombo flebite.
03/03/2017 mcscak.: 206
Sistemas de
nutrição
parenteral
Sistema múltiplos frascos
(MF) = administração de
múltiplos frascos com
nutrientes, separados em
aminoácidos, glicose e
lipídios.
Flexibilidade e facilidade de
ajustes a rápidas mudanças
nas necessidades do paciente,
principalmente em UTI.
Sistema 3 em 1 (3:1)
Todos os componentes das
necessidades diárias da
TNP encontram-se
misturados em um único
recipiente.
Administração mais fácil +
custos, preparo e manejo
menores + melhor
assimilação + menos
complicações.
Sistema mais utilizado.
20
7
Nutrição Parenteral
 A nutrição parenteral visa a fornecer, por via
parenteral, todos os elementos necessários à demanda
nutricional de pacientes com necessidade normal ou
aumentada, cuja via digestiva não pode ser utilizada ou
é ineficaz. A nutrição parenteral pode ser total, isto é,
quando o paciente é nutrido exclusivamente por via
parenteral, ou complementar, quando está associada à
utilização concomitante da via digestiva.
Composição
 Matéria-prima para a síntese protéica; água;
eletrólitos(sódio, cloro, potássio, cálcio, magnésio e
fosfato) e outros macrominerais; vitaminas e
oligoelementos(ferro, iodo, zinco, cobre, cromo,
manganês, selênio, molibdênio e cobalto).
Vias
 Tradicionalmente, o termo nutrição parenteral
periférica (NPP) designa a administração de água,
eletrólitos, proteína e substratos calóricos através de
uma via periférica do paciente. Na nutrição parenteral
total(NPT) estão substâncias que são administradas
através do sistema venoso central do paciente. O
objetivo de ambas é aliviar ou corrigir os sinais, os
sintomas e as seqüelas da desnutrição.
Indicações
 Obstruções mecânicas e fisiológicas do tubo digestivo
 Estenose do esôfago, estenose pilórica;
 Obstrução intestinal, semi-obstrução intestinal;
 Intervenções cirúrgicas da boca, faringe, esôfago e do
estômago
 Lesões do sistema nervoso central
 Debilidade acentuada
 Quando o paciente não deve comer
 Formas graves de doenças inflamatórias intestinais
 Neoplasias
 Caquexias graves
Administração
 De modo geral, a via de acesso ao sistema venoso para administração da terapia são as vias
periféricas nos membros superiores e centrais (veia subclávia ou a veia jugular interna ou
externa).
 A velocidade de infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as
condições clínicas do paciente, A velocidade ideal da infusão de glicose varia de entre 0,5
e 0,75 g/kg/hora.
 Os pacientes devem receber 1000 ml da fórmula de alimentação parenteral no primeiro
dia. Se estes 1000 ml forem bem tolerados, ou seja, se não surgirem sinais de intolerância
â glicose ou outro desequilíbrio metabólico ou eletrolótico, 2000 ml podem ser
infundidos no segundo dia. Se for necessário, mais 1000 ml da fórmula podem ser
adicionados. Uma regra prática no aumento da velocidade de infusão até 20 a 50 ml/hora
a cada um ou dois dias, conforme a capacidade do paciente de tolerar mais líquido e a
sobrecarga de glicose.
 Um fato de extrema importância é que as soluções sejam administradas em fluxo
contínuo e regular. As oscilações na velocidade de infusão, freqüentemente observadas
quando se utiliza o gotejamento livre por queda gravitacional, controlado por pinças
mecânicas, são notavelmente indesejáveis, dificultando sensivelmente a adaptação
metabólica do paciente frente ao aumento progressivo do aporte nutricional. As bombas
infusoras, disponíveis em várias modalidades, constituem opção bastante recomendável
para o controle seguro e eficaz da infusão contínua e regular das soluções nutritivas.
Complicações
 Como todo método terapêutico, a nutrição parenteral não é isenta de
riscos e complicações. Na verdade, algumas complicações podem
assumir proporções desastrosas, e até mesmo fatais, sobretudo se o
método for aplicado de maneira inescrupulosa.
 O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos
cuidados higiênicos, incluindo higiene corporal, pronta remoção da
sondas e curativos contaminados, manutenção de vestimentas limpas e
adequadas para o exame médico periódico.
 O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e
antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do
preparo das soluções nutritivas finais. A pessoa responsável por essa
tarefa deve estar inteiramente conscientizada quanto à gravidade dos
riscos de contaminação dessas soluções. As soluções nutritivas usadas
no aporte nutricional podem constituir um excelente meio de cultura
de bactérias e fungos
Complicações
 Hiperglicemia
 Hipoglicemia reacional
 Sobrecarga deaminoácidos
 Acidose metabólica
 Hipervitaminose
 Bacteremia
Cuidados de
Enfermagem
 Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução e
gotejamento;
 Orientar o paciente;
 Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;
 O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos cuidados
higiênico;
 O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia,
no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas
finais;
 Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo a
permeabilidade;
 Realizar curativo com técnica asséptica a cada 24 horas ou de acordo a necessidade
utilizando solução estabelecida pelo protocolo da unidade no acesso central;
 Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter, edema, dor, rubor,
hiperemia e presença de secreção;
 A localização central do cateter deve ser confirmada (RX) antes de iniciar a NP
Pratique uma alimentação saudável!
21
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  • 2. SUMÁRIO  Sistema Digestório  Alimentos  Nutrientes  Alimentação  Nutrição  Alimentação equilibrada e dieta  Guia alimentar / Pirâmide alimentar  Dietoterapia  Dietas hospitalares 2
  • 4.
  • 5. ASPECTOS GERAIS • Constituído por órgãos e glândulas que processam os alimentos ingeridos, retirando os nutrientes necessários para o desenvolvimento e a manutenção do organismo.
  • 6. Deglutição Ato de engolir os alimentos fisioquímicas ou físico- alimentos orgânicos sofrem para se de transformações os em moléculas menores, hidrossolúveis e Digestão •É o conjunto químicas que transformarem absorvíveis. Nutrição •É a incorporação de novos materiais estruturais e energéticos ao patrimônio celular e orgânico do indivíduo.
  • 9.  O nosso corpo produz vários tipos de enzimas digestórias. Amilases atuam somente sobre o amido; Proteases agem sobre as proteínas; Lípases sobre os lipídios, e assim por diante. ENZIMAS
  • 10. Órgãos do tubo digestório 1. Boca 2. Faringe 3. Esôfago 4. Estômago 5. Intestino delgado 6. Intestino grosso 7. Ânus Glândulas anexas 1. Glândulas salivares 2. Pâncreas 3. Fígado 4. Vesícula biliar
  • 11.  Língua: órgão muscular revestido por mucosa. -Movimenta os alimentos para deglutição -Papilas gustativas (4 sabores)  Dentes: -Cortam e trituram os alimentos  Incisivos – cortam  Caninos – perfurar e triturar  Molares e pré-molares – amaciar BOCA
  • 12. BOCA
  • 13. FARINGE É um canal comum aos Sistemas Digestório e Respiratório. Passam por ela o alimento e o ar. Presença de órgãos linfoides (amígdalas e adenoides) Divide-se em : •Nasofaringe – parte superior. Comunica-se com a cavidade nasal •Orofaringe – parte média. Comunica-se com a cavidade bucal •Laringofaringe – parte inferior. Comunica-se com laringe e com o esôfago.
  • 14.
  • 15.
  • 16. ESÔFAGO • Tubo com 20 a 25 cm; • Liga a faringe ao estômago; • Dotado de movimentos peristálticos (musculatura lisa); • Transporta o alimento com 5 a 10 segundos;
  • 18. • Bolsa de parede musculosa; • Lado esquerdo do abdômen; • Liga o esôfago ao intestino delgado; • Comunica-se com o esôfago através da cárdia (próxima ao coração) • Comunica-se com o intestino delgado através do Piloro. • Transforma os alimentos em uma massaacidificada e semilíquida – o Quimo.
  • 19. ESTÔMAGO • Principal função é a digestão de alimentos protéicos; • Pode guardar 1,5 L; • Possui glândulas que produzem suco gástrico (HCL, pepsina, lipase e renina) ; • Internamento revestido por mucosa que produz muco, para proteção contra o suco gástrico
  • 21. ESTÔMAGO O alimento sofre a ação do suco gástrico que é secretado pelas glândulas localizadas na parede estomacal. O muco é produzido pelas glândulas pilóricas e cárdicas do estômago e lubrifica o bolo alimentar, além de proteger a parede do estômago. O HCl apresenta as seguintes funções: facilita a absorção de ferro; proporciona um pH ótimo para a digestão protéica; ativa o Pepsinogênio à Pepsina; age contra os germes restringindo a fermentação microbiana (ação germicida).
  • 22. ESTÔMAGO gástrico são: pepsina, lípase gástrica, As enzimas do suco amilase gástrica. A pepsina é uma enzima proteolítica (digere proteínas em peptídeos), que atua num meio altamente ácido (pH = 2,0) gástrica tem atividade lipolítica, especialmente nas gorduras do ou seja, sobre leite e derivados A lípase gorduras, (tributirina) não desempenha papel importante na A amilase gástrica digestão do amido.
  • 23. INTESTINO DELGADO O intestino delgado é dividido em três partes: 1.Duodeno – corresponde aos primeiros 30 cm do intestino delgado, onde se tem a maior parte da absorção de todos os nutrientes. 2.Jejuno – a parte média do intestino 3.Íleo – a parte final do intestino
  • 24. INTESTINO DELGADO No intestino delgado ocorre a maior parte da digestão e absorção. O processo inicia no DUODENO. Nele são lançadas secreções do fígado e pâncreas, caracterizando o processo de digestão química. Na digestão química há ação:  Da Bile – separam gorduras em partículas microscópicas, funcionando como um detergente  Do suco pancreático – atua na digestão das proteínas, carboidratos e lipídeos.  Do suco entérico – produzido pela mucosa intestinal, possui enzimas que atuam na transformação das proteínas e carboidratos.
  • 25. INTESTINO DELGADO  substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca denominado quilo.  A digestão continua no jejuno e no íleo. do processo no intestino Ao término digestório delgado, o conjunto de
  • 26. INTESTINO DELGADO Após a formação do quilo, os nutrientes são absorvidos pelo organismo, por meio das vilosidades do intestino delgado.
  • 28. INTESTINO GROSSO delgado, ele se Após a digestão do quilo no intestino encaminha para o intestino grosso. Esse, dividido em apêndice, cólon e reto, absorve água e sais minerais e direciona a parte que não foi digerida do quilo para o reto, a fim de que seja eliminada pelas fezes. Bactérias da flora intestinal permitem a produção de vitaminas, como as K e B12.
  • 31. SALIVARES Situadas na boca, produzem a saliva  transformar amido em produtos mais simples; contém anticorpos protéicos que destroem as na boca inclusive as que provocam as cáries A saliva também bactérias presentes dentárias. A glândula parótida (a maior), localiza-se entre o ângulo da mandíbula e à base do crânio. A glândula submandibular é uma glândula salivar que localiza-se abaixo da mandíbula. Produz a maior parte da saliva total liberada na boca. As glândulas sublinguais situam-se no assoalho da boca.
  • 32. PÂNCREAS É uma glândula endócrina (insulina e glucagon) e exócrina (suco pancreático). O suco pancreático atua no processo digestivo, sendo responsável pela hidrólise da maioria das moléculas ( carboidratos, proteínas, gorduras ) Situa-se posteriormente ao estômago, fixando-se a parede abdominal posterior.
  • 34. FÍGADO glicose (convertida em Armazena substâncias, como glicogênio), ferro e vitaminas; Sintetiza proteínas; inativa produtos tóxicos; metaboliza e elimina resíduos gerados no próprio corpo (como a uréia , o ácido úrico e o ácido lácteo). Bile ou Bílis, é um fluido produzido pelo fígado, armazena- se na vesícula biliar e atua na digestão de gorduras, de alguns alimentos e na absorção de substâncias nutritivas da dieta ao passarem pelo intestino.
  • 37.
  • 38.
  • 40. Alimentos  Produtos naturais ou elaborados, que, quando ingeridos diariamente, fornecem energia e substancias nutritivas ao organismo.  São substancias sólidas ou liquidas que, levadas ao tubo digestivo, são degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular processos orgânicos e fornecer energia. 40
  • 41. Alimentos  Não existem alimentos perfeitos, ou seja, nenhum alimento possui todos os nutrientes responsáveis por regular, construir ou manter os tecidos os tecidos e fornecer energia.  A única exceção é o leite materno consumido até os 6 meses de vida. 41
  • 42. 42 Alimentos  Existem alimentos que só fornecem as chamadas calorias vazias, ou seja, são concentrados em certas substancias que se transformam apenas em energia após a digestão, como é o caso das bebidas alcoólicas e refrigerantes.
  • 43. Nutrientes  São todas as substancias químicas que fazem parte dos alimentos. São absorvidos pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento.  Os nutrientes  irão formar os tecidos e os órgãos  manter as atividades vitais e fazer a manutenção necessária para o crescimento, desenvolvimento e estabilidade,  fornecer energia necessária ao organismo. 43
  • 44. 03/03/2017 mcscak.: 44  São ofertados em quantidades variadas ao organismo. São classificados em:  Macronutrientes  Micronutrientes
  • 45. 45 CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES  O organismo precisa em grandes quantidades.  São amplamente encontrados nos alimentos.  São especificamente os carboidratos, as gorduras e as proteínas.  São substancias que o organismo precisa absorver em pequenas quantidades, embora sejam muito importantes para o funcionamento orgânico.  Existem dois tipos de micronutrientes: as vitaminas e os minerais. Macronutrientes Micronutrientes
  • 47. Alimentação  É a forma e a maneira de proporcionar ao organismo os alimentos que são indispensáveis.  Este ato de buscar os alimentos, os modificar se necessário, levá-los à boca, os mastigar e os deglutir; além de necessário é um ato social.  Como se trata de um ato aprendido é ao mesmo tempo educável. A alimentação é um ato necessário, mas é passível de educação e assim de modificação. 47
  • 48.  Existe uma relação entre nutrição, saúde e bem-estar físico e mental do indivíduo.  Estudos comprovam que a boa alimentação tem um papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças.  Há mais de 2000 anos, Hipócrates já afirmava que “teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”.  O equilíbrio na dieta é um dos motivos que permitiu ao ser humano ter vida mais longa no século XX. 48
  • 49. 49 Alimentação saudável Para o bem estar físico – A alimentação saudável deve fornecer água, carboidrato, proteína, lipídio, vitaminas, fibras e minerais, os quais são insubstituíveis e indispensáveis ao bom funcionamento do organismo (Brasil, 2006)
  • 50. 50 Alimentação saudável Para bem estar físico – a alimentação variada e adequada previne: •Deficiências nutricionais. •Melhora a função imunológica. • Previne doenças crônicas não transmissíveis.
  • 51. 51 Alimentação saudável Para o bem estar mental – alimentar- se de forma mais harmônica e prazerosa, valorizando cada alimento e seu sabor.
  • 52. 52 Alimentação saudável Para o bem estar social – respeitar a cultura, acessibilidade financeira, sabor e variedade.
  • 53. “Alimentação saudável” pode adquirir muitos significados dependendo do país ou região de um mesmo país, cultura e época. Porém em geral a alimentação saudável é sempre composta de uma alimentação equilibrada. 53
  • 54. Princípios da alimentação saudável  Variedade:  É importante comer diferentes tipos de alimentos pertencentes aos diversos grupos; a qualidade dos alimentos tem de ser observada.  Moderação:  Não se deve comer nem mais nem menos do que o organismo precisa; é importante estar atento à quantidade certa de alimentos.  Equilíbrio:  Quantidade e qualidade são importantes; o ideal é consumir alimentos variados, respeitando as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de alimentos. Ou seja, “comer de tudo um pouco”. 54
  • 55. 55 RESUMO: Alimentação normal (equilibrada) deve ser  quantitativamente SUFICIENTE  qualitativamente COMPLETA  além de HARMONIOSA em seus componentes e  ADEQUADA à sua finalidade e ao organismo a que se destina.
  • 56. 56 Alimentação saudável Os dez passos para alimentação saudável
  • 57. 57 Alimentação saudável 01 – Faça pelo menos três refeições por dia. 02 – Incluam diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas).
  • 58. 58 Alimentação saudável 03 – Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras. 04 – Coma feijão com arroz todos os dias ou pelo menos cinco vezes por semana.
  • 59. 59 Alimentação saudável 05 – Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar gordura. 06 – Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.
  • 60. 60 Alimentação saudável 07 – Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação. 08 – Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.
  • 61. 61 Alimentação saudável 09 – Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. 10 – Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
  • 62. Nutrição  Conjunto de processos fisiológicos pelos quais o organismo recebe, transforma, absorve e utiliza as substâncias químicas e os nutrientes contidos nos alimentos.  A nutrição completa se faz no interior de cada célula. Esse processo natural não depende da vontade do ser humano.  Existem muitas maneiras de se alimentar, mas só uma de se nutrir. 62
  • 63. 63 Uma pessoa pode achar que está bem alimentada e talvez possa não estar bem nutrida.  Consumir alimentos diversificados vão proporcionar nutrientes ao organismo.
  • 64.  Os alimentos podem ser organizados em categorias a partir da função que os nutrientes oferecem, como  energéticos  construtores e  reguladores. 64
  • 65. 65 Alimentação saudável Alimentos energéticos São os que fornecem carboidratos e lipídios (gorduras) ao corpo. Carboidratos – geralmente são de origem vegetal. São capazes de oferecer nutrientes que serão transformados em glicose, que será utilizada pelas células em energia para sua manutenção.  Fontes: cereais - arroz, milho, trigo, aveia e seus produtos: farinhas, pães, macarrão, massas, bolos e biscoitos; tubérculos – batata, batata-doce, inhame, e suas farinhas e amidos.
  • 66. Alimentação saudável Alimentos energéticos Lipídios - possuem alto valor energético, protegem os órgãos vitais e o organismo contra a perda excessiva de calor. Fontes: óleos e gorduras vegetais – azeite de oliva gordura de coco óleos vegetais margarina. 66
  • 67. Alimentação saudável - Carboidratos  Gorduras de origem animal – banha suína, gordura de animais, pele de aves, manteiga, creme de leite, queijos amarelos. Outras fontes de gordura – frutas oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes, avelã). 67
  • 68. 68 Alimentação saudável Alimentos construtores • Fornecem proteínas ao corpo. • São componentes indispensáveis a toda célula viva. • São substâncias que vão formar e manter os músculos, os ossos, o sangue, os órgãos, a pele e o cérebro, construir novos tecidos, promover o crescimento e contribuir para a resistência do organismo às doenças.  Fontes: carne suína, bovina, de aves, peixes, ovos, leite e derivados, leguminosas secas (feijão, ervilha, lentilha, soja).
  • 69. Alimentação saudável Carboidrato simples - O açúcar é rico em calorias e pobre em nutrientes tornando-se um alimento com calorias vazias, portanto é um grande vilão para saúde. Fazem parte desse grupo o açúcar branco, açúcar mascavo, mel, melado, mel de cana, refrigerantes e doces em geral. Devem ser consumidos com moderação e com orientação. 69 mascavo demerara cristal
  • 70. 70 Alimentação saudável Alimentos reguladores: Fornecem vitaminas minerais, fibras e água. Vitaminas – são compostos orgânicos que aparecem nos alimentos em pequenas concentrações, mas desempenham funções especificas e vitais nas células e nos tecidos do corpo. Não podem ser sintetizadas pelo organismo, e sua ausência ou absorção inadequada provocam doenças de carência especifica. Por isso as vitaminas não podem faltar na alimentação.  Fontes: frutas, verduras e legumes.
  • 71. 71 Alimentação saudável Alimentos reguladores Minerais - são concentrados no corpo e nos alimentos. São partes integrantes de hormônios, enzimas e vitaminas e fornecem os constituintes enriquecedores de ossos e dentes. Cálcio, fósforo, enxofre, cloro e magnésio são necessários ao organismo em grandes quantidades diárias. Ferro, flúor, zinco, cobre, iodo, cromo e cobalto são necessários em quantidades menores.  Fontes: frutas, verduras e legumes.
  • 72. 72 Alimentação saudável Alimentos reguladores Fibras – não são digeridas ou absorvidas pelo organismo. • Não possuem valor nutritivo ou energético mas participam ativamente da mecânica da digestão, tornando-se mais fácil e completa. • Ajudam o alimento a se movimentar através do intestino, facilitando assim, o seu funcionamento. Com poucas fibras, o intestino trabalha com dificuldade. • Colaboram para controlar os níveis de gordura no sangue e de glicose, evitando glicemias muito altas.
  • 73. 73 Alimentação saudável Alimentos reguladores Água – principal componente do corpo humano constitui cerca de 2/3 do peso corpóreo total. Junto com o oxigênio, é o elemento mais importante para a manutenção da vida. Possui funções construtora e reguladora.
  • 74. 74 Proposta de refeição equilibrada  Salada de alface, tomate e cenoura  alimentos reguladores.  Arroz  alimento energético.  Feijão  alimento construtor.  Bife grelhado ou frango assado  alimento construtor.  Suco de abacaxi  alimento energético.  Óleo para o preparo dos alimentos  alimento energético.
  • 76.  Regime alimentar – estado que um indivíduo se encontra com restrições alimentares, podendo ser temporário ou permanente. Dieta alimentar – conjunto das refeições e ações alimentícias que se faz durante um dia ou um período. 76
  • 77.  As proporções exatas de cada alimento não são iguais para todos os indivíduos - as necessidades de nutrientes variam com a atividade que desenvolve e as necessidades fisiológicas de cada um. 77
  • 78.  As necessidades variam de acordo com  a idade  o sexo  a atividade física  os padrões culturais e sociais.  Exemplo: A indicação alimentar para uma criança não é a mesma para a sua mãe e seu pai. 78
  • 79. 03/03/2017 mcscak.: 79 Guia alimentar pirâmide alimentar
  • 80.  Uma das preocupações das autoridades sanitárias e da OMS é orientar a população para uma alimentação adequada.  Há muito vem sendo desenvolvidos programas e guias alimentares para orientação e educação, voltados para uma alimentação adequada.  São padrões criados baseados nos hábitos e nas informações científicas. 80
  • 81. Guia alimentar  Objetivo – atualizar e unificar as informações passadas à comunidade que contribuem e melhoram a alimentação e a saúde da população.  Buscam orientar sobre os alimentos generalistas para que os padrões regionais não sejam prejudicados e assim haja uma adaptação aos conceitos informados.  Desde 1970, diversos modelos de guias já serviram como orientadores, como a roda dos alimentos e a pirâmide alimentar, como se verá a seguir. 81
  • 82. 82 Dez passos para alimentação saudável para menores de 2 anos. 2002 “Como está sua alimentação” e o Dez passos para uma alimentação saudável para maiores de 2 anos. Alimentos Regionais Brasileiros. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
  • 83. 83 Guia pratico de preparo de alimentos para crianças menores de 12 meses que não podem ser amamentadas.2004 Guia alimentar para a população brasileira Cadernos de Atenção Básica: alimentação e nutrição- Obesidade.
  • 84.  Está dividida em grupos.  Permite uma melhor escolha dos alimentos.  Melhor combinação para a alimentação diária. 84 Roda dos alimentos = é uma representação gráfica criada em Portugal em 1977, no âmbito da Campanha de Educação Alimentar "Saber comer é saber viver", que ajuda a escolher e combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.
  • 85. Pirâmide alimentar  Os primeiros modelos surgiram nos anos 1970; periodicamente surgem novos esquemas, adaptados aos hábitos e às necessidades de cada sociedade e aos avanços das pesquisas científicas.  Foi criada para ajudar e a entender como equilibrar esses alimentos diariamente. Os alimentos são agrupados de acordo com as suas funções e seus nutrientes. 85
  • 86. Pirâmide alimentar 1992 – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) implantou a pirâmide alimentar como guia alimentar. 86
  • 87. Pirâmide alimentar  1996 – nova versão da pirâmide alimentar com o acréscimo de atividade física na base. 87
  • 88. 88 Pirâmide alimentar  2005 – o USDA apresentou uma nova versão da pirâmide alimentar chamada My Piramid (minha pirâmide). Os profissionais de saúde vem demonstrando resistência a esta nova versão  não apresentação dos alimentos; a única maneira de saber os detalhes dos alimentos indicados é através do acesso ao site www.pyramid.gov e digitar os dados pessoais  plano alimentar personalizado.
  • 89. Pirâmide alimentar  O governo americano propõe novas recomendações nutricionais e alteração da pirâmide para a representação de um prato.  “My plate” é o nome do novo programa encabeçado por Michelle Obama. 89
  • 90. 90
  • 91. Os grupos de alimentos na pirâmide  A pirâmide de alimentos é um instrumento educativo que pode ser facilmente usado pela população, mostrando o que pode ser consumido no dia-a-dia.  Trata-se de um guia geral que permite escolher uma dieta saudável e conveniente, que garanta todos os nutrientes necessários para a nossa saúde e bem-estar.  A pirâmide original foi baseada nas necessidades energéticas de indivíduos adultos e apresenta a forma como se verá a seguir. 91
  • 92. 92
  • 93. 1º patamar – carboidratos: pães, cereais, massas e tubérculos  Na base da pirâmide estão os alimentos fontes de carboidratos:  Cereais (arroz)  Cereais integrais e seus derivados (pães, granolas e massas)  Tubérculos feculentos (batatas, macaxeira). Indicações – cerca de 9 porções no decorrer do dia. 93 Esses alimentos fornecem energia para nosso organismo  consumo em maior quantidade.
  • 94. 94 2º patamar – verduras, hortaliças e frutas  Esses alimentos ocupam o segundo patamar da pirâmide; apresentam funções semelhantes. São chamados alimentos reguladores, fornecem vitaminas e sais minerais que precisamos. São também ricos em fibras e água.  Quanto maior a variedade e a quantidade de consumo ao dia, melhor.
  • 95. 95 3º patamar – leite e derivados; peixes e carnes; leguminosas  Indica-se o consumo cerca de 2 porções de cada grupo ao dia e é necessário diversificar o consumo das fontes protéicas.
  • 96. 96  O 3º patamar da pirâmide alimentar apresenta três grupos alimentares que oferecem principalmente proteínas, a saber:  Leite e derivados  Peixes, carnes e carnes brancas – recomenda-se carnes magras, frango sem pele e o peixe sem couro. O melhor é consumir carnes assadas, cozidas ou grelhadas.  Leguminosas – são boas fontes de proteínas de origem vegetal, como a soja e seus derivados.
  • 97. 97 4º patamar – açúcar, doces, carne vermelha e manteiga  O topo da pirâmide pode ter variação entre as três pirâmides, mas em todas estão os alimentos que devem ser consumidos com moderação e terem consumo mensal e não diário.  Não existe indicação do número de porções, mas a recomendação é de consumo moderado.
  • 100. O termo desnutrição (ou subnutrição) refere-se a um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais. Dependendo da gravidade do quadro clínico, esta doença pode ser dividida em primeiro, segundo e terceiro grau. Em suma, é a deficiência energética crônica.
  • 102.
  • 103. DE ACORDO COM O CÁLCULO DO IMC. https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak- ash4/p480x480/298960_454006531333739_1578007663_n.jpg
  • 104. indicadores Pontos de corte classificação Peso/idade <Percentil 0,1 >=P1 e < P3 >= P3 e < P10 >= P10 e < P97 >= P 97 Peso muito baixo para a idade Peso baixo para a idade Risco nutricional Adequado ou eutrófico Risco de sobrepeso Peso/altura* < P3 >= P3 e P10 >= P10 e < P97 >P97 Baixo peso Risco nutricional Adequado ou eutrófico Obesidade Altura/idade* < P3 >= P3 e P10 Baixa estatura para a idade Desaceleração do crescimento
  • 105.
  • 106.
  • 107.
  • 108. EXAMES Os exames dependem do distúrbio específico. A maioria dos exames de diagnóstico inclui avaliação nutricional e exame de sangue.
  • 110. Em alguns casos, a desnutrição é muito leve e não apresenta sintomas. No entanto, outras vezes, pode ser tão grave que os danos ao corpo são permanentes, mesmo sobrevivendo ao problema. Alguns dos sintomas a que se deve estar atento no âmbito de um possível quadro (clínico) de desnutrição:  Cansaço  Enjoos,  Desmaios  Ausência de menstruação  Crescimento deficiente da criança  Perda de peso  Diminuição da resposta imune do organismo
  • 111. Em casos crônicos, destacamos os seguintes sintomas:  Hipotermia  Hipoglicemia  Anemia grave  Taquicardia  Tendências hemorrágicas  Pneumonia  Desidratação  Sarampo  Icterícia (aspecto amarelado da pele)  Sinais de colapso circulatório (mãos e pés frios, pulso fraco e consciência diminuída).
  • 112. Casos moderados Casos severos Desnutrição aguda moderada Desnutrição aguda severa TIPOS DE DESNUTRIÇÃO
  • 113. KWASHIAKOR - Tipo de desnutrição causada pela carência de proteína. Privado de nutrientes o corpo consome seus próprios recursos e modifica suas funções, como o equilíbrio celular. A água das células migra de forma diferente, formando edemas que incham o corpo. Por isso algumas crianças desnutridas têm o estômago, o rosto, os braços, as mãos e os pés inchados. Além do inchaço, a pele ressecada se rompe com a pressão e surgem úlceras que infeccionam. Os cabelos se tornam brancos ou avermelhados.
  • 114. CARACTERÍSTICAS DO KWASHIOKOR  Mantém-se certa quantidade de gordura;  Aparecimento de lesões de pele;  Atraso no crescimento ponderal e depois estatural;  Peso abaixo do Percentil 3;  Edema constante, ora na face, ora nos pés;  O cabelo é escasso e descorado;  Aparecimento de diarréia;  O alimento é rejeitado.
  • 115.
  • 116. MARASMO -  Tipo de desnutrição causada pela falta de calorias. Sem receber os nutrientes necessários para manter as funções vitais como respiração e batimentos cardíacos, o corpo passa a buscar energia nas reservas de gordura e nos músculos. A criança com marasmo está extremamente emagrecida, tem os traços emaciados, os músculos atrofiados. A pele parece grande demais para o corpo. É como a pele de um idoso.
  • 117. CARACTERÍSTICAS DO MARASMO  Emagrecimento imediato;  Perda intensa de tecido subcutâneo;  Pele pregueada: sinal da calça larga; o Diminuição da força para sugar; o Abdômen proeminente devido à magreza; oA altura é retardada com o prolongamento; oApetite preservado; oDesaparece o bom humor, a criança não sorri.
  • 118.
  • 119. CAUSAS
  • 120. A causa mais frequente da desnutrição é uma má alimentação. Porém há outras causas possíveis todo e qualquer outro problema no corpo capaz de interromper o processo de nutrição Ex: falta de ingestão de alimentos (desnutrição primária), até a falta de utilização de nutrientes pelas
  • 121. Nas situações de fome, a desnutrição pode afligir dezenas de milhares de pessoas. Isso acontece, por exemplo, com pessoas que fogem em meio a guerras, sem tempo ou capacidade de levar alimentos, ou quando pragas ou secas impossibilitam a colheita para populações essencialmente agrícolas.
  • 122.
  • 123. O corpo necessita de mais nutrientes em certas fases da vida:  Infância  Adolescência  Gravidez  amamentação  Idosos (caso à parte)
  • 125. Em um indivíduo primeiramente com estado nutricional normal, ao ter sua alimentação altamente limitada, sofre primeiramente com o gasto energético. Se gasta rapidamente os ATP produzidos pelas mitocôndrias e em seguida a glicose dos tecidos e do sangue com a liberação de insulina.
  • 126. Com o esgotamento da glicose, a próxima fonte de energia a ser utilizada é o glicogênio armazenado nos músculos e no fígado. Ele é rapidamente lisado em glicose e fornece um aporte razoável de energia. Sua depleção irá causar apatia, prostração e até síncopes - o cérebro que utiliza apenas a glicose e corpos cetônicos, como fonte de energia sofre muito quando há hipoglicemia.
  • 127. Em seguida, a gordura (triacilglicerol) é liberada das reservas adiposas, é quebrada em acido-graxo mais glicerol. O glicerol é transportado para o fígado a fim de produzir novas moléculas de glicose. O ácido-graxo por meio de beta-oxidação forma corpos cetônicos que causa aumento da acidez sanguínea (ph sanguíneo normal 7,4). O acumulo de corpos cetônicos no sangue pode levar a um quadro de cetomia, sua progressão tende a evoluir com o surgimento de ceto-acidose (ph<7,3) compensada pelo organismo com liberação de bicarbonatos na circulação.
  • 128. A pele fica mais grossa, sem o tecido adiposo subcutâneo. Nessa etapa, as proteínas dos músculos e do fígado passam a ser quebradas em aminoácidos para que esses por meio da gliconeogênese passem a ser a nova fonte de glicose (energia). Na verdade, o organismo pode usar ainda várias substâncias como fonte de energia além dessas, se for possível. Há grande perda de massa muscular e as feições do indivíduo ficam mais próximas ao esqueleto. A força muscular é mínima e a consequência seguinte é o óbito.
  • 130.  Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos do corpo. Em estágio mais avançado há insuficiência cardíaca e posteriormente morte.  Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os nutrientes necessários para produzir as células de defesa. Logo, é comum infecções intestinais subsequentes, respiratórias e outros acometimentos. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lentificada.
  • 131.  Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia ferropriva relacionada à desnutrição.  Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl pelo estômago, tornando esse ambiente mais propício para proliferação bacteriana. O intestino diminui seu ritmo de peristalse e a absorção de nutrientes fica muito reduzida.
  • 132.  Quando não há o que comer o corpo entra num ciclo vicioso: a falta de alimentação gera falta de energia e fadiga. Ao perder as forças, a pessoa deixa de se mexer, de falar, e os mecanismos reguladores da fome deixam de funcionar: não se tem mais a sensação de fome ou sede, e o estômago se atrofia. Aos poucos se perde o contato com o mundo. A desnutrição severa pode provocar falência dos órgãos, anemia, infecção generalizada e outras patologias graves.
  • 135. Em geral, esta doença pode ser corrigida com a reposição dos nutrientes de que carece a pessoa e, se resultar de algum problema específico do organismo, com um tratamento adequado que trave e inverta a deficiência nutricional. Se não for detectada a tempo ou se a pessoa em causa não for devidamente assistida por um médico, a desnutrição pode dar origem a alguma deficiência (incapacitação), seja mental ou física, a outras complicações (doenças) e, inclusive, ser mortal.
  • 136. Quando há casos de desnutrição não grave o paciente deve ser tratado em casa (principalmente no caso de crianças), visto que o ambiente hospitalar propicia, através de contágio, o aparecimento de doenças em organismos debilitados. Quando, porém, o quadro do paciente é crônico ou ele habita um lugar com condições deploráveis de vida, ele deve ser imediatamente hospitalizado
  • 137. Emagrecimento acentuado visível OU Edema em ambos os pés DESNUTRIÇÃO GRAVE Dar Vitamina A; Tratar a criança para evitar a hipoglicemia; Recomendar à mãe para manter a criança agasalhada; Referir urgentemente ao Hospital.
  • 138. Peso Muito Baixo para a Idade PESO MUITO BAIXO Avaliar a criança ensinar a tratar o PMB em casa; Se menor de 6 meses: avaliar amamentação; Marcar retorno para 5 dias
  • 139. Peso baixo OU Ganho de peso insuficiente PESO BAIXO OU GANHO DE PESO INSUFICIENTE Avaliar a criança e aconselhar a mãe; Se menor de 6 meses: avaliar amamentação; Marcar retorno para 30 dias.
  • 140. Peso não é baixo PESO NÃO É BAIXO  Aconselhar a mãe
  • 141.  Alimentação adequada;  Uso do óleo sobre o prato feito;  Aumento da quantidade de refeições diárias;  Dieta para tratar o peso muito baixo;
  • 143. Normalmente a desnutrição atinge pessoas de baixa renda e, sobretudo, crianças dos países mais pobres. Os países em desenvolvimento respondem por 95% do total de desnutridos do planeta.
  • 145.
  • 146. O aumento de renda das famílias brasileiras e o declínio substancial da pobreza observados entre 1970 e 1980 certamente devem ter contribuído para o declínio da desnutrição apontado pelos inquéritos nutricionais realizados entre 1974-1975 e 1989, mas a ausência de informações confiáveis sobre a variação de outros determinantes da desnutrição infantil nesse período impede uma avaliação semelhante à realizada para o período mais recente.
  • 149.
  • 150.
  • 152.  A desnutrição é, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a principal causa de morte dos lactentes (crianças de peito) e crianças novas em países em vias de desenvolvimento.  Segundo Médicos sem Fronteiras, a cada ano 3,5 a 5 milhões de crianças menores de cinco anos morrem de desnutrição.
  • 153.  Há um tipo intermediário de desnutrição protéico-calórica é chamado Kwashiorkor- marasmático. Crianças com esse tipo retêm algum flúido e tem mais gordura corporal do que as que tem marasmo.  Como as crianças desenvolvem Kawashiokor depois que são desmamadas, eles são geralmente mais velhas do que as que tem marasmo.  Nove crianças morrem a cada minuto pela falta de nutrientes básicos.
  • 154.  A desnutrição é uma das principais causas de nascimentos de crianças abaixo do peso normal, crianças que tem mais chances de adoecer durante a infância, adolescência e vida adulta. Há estudos recentes que indicam a existência de vínculos entre desnutrição infantil e o surgimento de doenças como hipertensão, diabetes e doenças coronárias. Até manifestações leves de desnutrição podem limitar o desenvolvimento físico e intelectual de uma criança, fazendo com que esta tenha maiores chances de evadir- se da escola com tenra idade, fato que pode contribuir para manter o atual índice de analfabetismo entre as populações de baixa renda.
  • 156. Dietoterapia  Desde os tempos remotos a humanidade já utilizava os alimentos e ervas para fins medicinais, pois, ainda não existiam o que chamamos hoje de medicamentos. 15 6 Hipócrates, da Grécia antiga, considerado o Pai da Medicina, afirmou há mais de 2 mil anos: “Que teu remédio seja teu alimento e que teu alimento seja teu remédio”.
  • 157.  A dietoterapia é uma ferramenta da saúde, e em especial do profissional nutricionista, que usa dos alimentos (principalmente), para o tratamento e prevenção de enfermidades, levando ao organismo a adquirir os nutrientes necessários para o bom desempenho nas diversas áreas de atividade e saúde. 15 7
  • 158. Dietas terapêuticas restritivas aplicadas conforme enfermidade do paciente  Reduzidas em macro e micronutrientes 15 8 Hipoglicídicas Hipolipídicas Hipossódica Hipoprotéicas
  • 159. 159 Tipo de dieta Indicada para Hipoglícidica – dieta pobre em glicídios (carboidratos e açúcares); objetivo: diminuir a quantidade desse nutrientes, sem reduzir necessariamente as calorias. Portadores de diabetes, que é pobre em glicídios simples, em destaque a sacarose, o tradicional açúcar de mesa. Hipolípidica - Dieta pobre em gorduras, principalmente saturadas. Pacientes com altas taxas de colesterol e obesos. Hipossódica - Dieta pobre em sódio (Na), que se concentra em especial no sal de cozinha (cloreto de sódio - NaCl). Pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros. Hipoprotéica - Dieta pobre em proteínas. Pacientes que com ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência renal, cirrose hepática.
  • 160. 16 0 Dietas terapêuticas restritivas aplicadas conforme enfermidade do paciente  Aumentadas em macro e micronutrientes Hipercalóricas Hiperprotéicas Hiperglícidica Hiperlipídica
  • 161. 16 1 Tipo de dieta Indicada para Hipercalórica - Dieta rica em energia. Prevenir e tratar principalmente a desnutrição. Hiperprotéica - Dieta rica em proteínas. Usada também nos casos de desnutrição; pacientes traumatizados como os queimados, para o desenvolvimento hiperplasia de novas células, principalmente para reconstituição do tecido lesionado. Hiperglícidica - Aplicada em casos específicos de atletas e também em casos de intoxicação alcoólica. Na terapêutica de cirrose hepática, com restrição de gorduras e proteínas, a dieta torna-se hiperglicídica. Hiperlipídica – dieta com uma boa quantidade de gorduras. Geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave e portadores de fibrose cística.
  • 162. Consistência da dieta ofertada  A consistência também é uma fator levado em consideração, pois, muitas vezes o sistema digestório não se encontra fisiologicamnte normal, dentre as consistências dietoterápicas temos:  dieta normal/ livre  dieta branda  dieta pastosa  dieta líquida  dieta líquida restrita 16 2
  • 163. Dieta normal / livre  Comumente associada à dieta terapêutica livre, trata-se de uma refeição normal, indicada para pacientes sem restrições alimentares ou sem indicações dietoterápicas especificas. O paciente pode receber qualquer tipo de preparação de acordo com sua tolerância alimentar. 16 3
  • 164. 16 4
  • 165. Dieta branda  Dieta composta por  alimentos mais cozidos  fibras abrandadas por cocção ou subdivisão; de consistência mais mole, normal em calorias e nutrientes;  moderada em resíduos;  fácil de se mastigar, deglutir e também digerir. Indicada para pacientes com enfermidades leves e usada como transição para dieta livre. 16 5
  • 166. 16 6
  • 167. Dieta pastosa  Tem como objetivo fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.  É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de purê e papas.  Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou outras manifestações clinicas como pós- cirurgia. 16 7
  • 168. 16 8
  • 169. Dieta líquida  Objetivo: fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduos no cólon.  Indicada para pacientes com problemas de mastigação, deglutição e digestão, com trato gastrintestinal com alterações moderadas e para o pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal.  Tem curto tempo de uso.  Alimentos recomendados:  Preparações com alimentos liquidificados e amassados. 16 9
  • 170. A dieta líquida pode ser dividida em:  Dieta líquida clara – Fornece líquidos, eletrólitos e pequena quantidade de energia: Chás, suco de frutas coados, geleia de mocotó, gelatinas, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite). 17 0
  • 171.  Dieta líquida completa: constituída de líquidos e semi-líquidos, mas pobre em fibras.  Alimentos recomendados:  Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon, maisena);  caldos e sopas liquidificadas;  sucos diluídos e/ou coados;  leite, iogurte, creme de leite, queijos cremosos;  gelatina, geléia de mocotó, pudim, sorvetes;  chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, sucos de frutas e de vegetais coados;  mingau de cereais, sopa de vegetais peneirados, cremosas e caldos de carnes;  óleos vegetais. 17 1
  • 173. 17 3
  • 174. 17 4 Todos os hospitais possuem manuais estabelecendo dietas específicas padronizadas, delineadas para uniformidade e conveniência de serviço, baseadas em padrão dietético apropriado.
  • 175.  As necessidades nutricionais dos pacientes deverão ser determinadas depois de diversas analises como:  estado nutricional  histórico de cirurgia e medicamentos e outros tratamentos médicos  efeito de patologia que acomete o paciente  perdas nutricionais decorrentes. 17 5
  • 176.  Durante a internação hospitalar, o paciente estará passivo a diversas dietas terapêuticas específicas, além das apropriadas para o pré e o pós-operatório. Estas dietas podem temporárias ou permanentes e, sendo assim, serão seguidas após a alta hospitalar.  Além das dietas-padrão relatadas (normal, branda, pastosa, líquida), outras dietas específicas se destacam, como está apresentado a seguir: 17 6
  • 177.  Dieta isenta de glúten – específica para portadores diagnosticados com doença celíaca. O paciente não deve então consumir alguns cereais e seus derivados – trigo, centeio,cevada e aveia. 17 7  Dieta baixa em purinas – dieta específica para portadores de gota, doença caracterizada pelo aumento exagerado de ácido úrico no sangue. Evitar o consumo de alimentos como carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos.  Dieta baixa em colesterol – para pacientes cardiopatas ou com altos níveis de colesterol. Alimentos a serem restringidos são os gordurosos de origem animal. Essa dieta pode ser temporária ou permanente.  Dieta para pacientes renais crônicos – indivíduos com doença renal crônica ou que estejam em fase de diálise, necessitam uma dieta extremamente restritiva e específica inclusive no volume hídrico.
  • 178.  Dietas para preparo de exames: alguns exames bioquímicos e funcionais, invasivos ou não precisam de restrições alimentares ou de preparo específico. Para cada exame existe a indicação nutricional específica. a) Pesquisa de Gordura nas Fezes (Sudam III): observar presença de gordura nas fezes. Característica principal: consumir uma grande quantidade de gordura/dia. Deve ser iniciada três dias antes da realização do exame. 17 8
  • 179. c) Colonoscopia: visualizar todo o cólon. Características: dieta líquida sem resíduos com maior oferta hídrica. - Tempo: oferecer na véspera do exame. - Alimentos permitidos: macarrão, purê de batatas, sopas coadas, caldo de galinha, peixe, ovos, queijo branco, cremes, pudins, torradas, biscoito de polvilho, sorvetes, gelatinas, geleias, suco de frutas coadas. - Alimentos proibidos: carnes, verduras, polpa de frutas, cereais integrais. - Dia do exame: realizada lavagem intestinal. d) Pesquisa de Sangue Oculto nas fezes: observar presença de hemácias nas fezes. - Características: não consumir carnes de qualquer tipo (vermelhas e brancas), vegetais (beterraba, rabanete, tomate, cenoura, nabo, abóbora, espinafre, alface), feijão, gema de ovo, goiabada. - Tempo: 3 a 4 dias antes do exame. 17 9
  • 180. 03/03/2017 mcscak.: 180 Terapia nutricional vias de administração
  • 181. A nutrição pode ser feita 18 1 por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de alimentação. por um modo especial. nutrição enteral nutrição parenteral.
  • 182.  A nutrição enteral ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo digestivo, geralmente o estômago ou o jejuno através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição parenteral – realizada quando o paciente é alimentado com preparados para administração diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo. 18 2
  • 183. Nutrição enteral ou terapia nutricional enteral (NE)  Dieta de consistência líquida que fornece os nutrientes necessários para manter o estado nutricional adequado aos pacientes incapacitados de se alimentarem por via oral, mas possuem o sistema digestório ainda em funcionamento adequado, com função intestinal preservada, sem obstrução ou que não sejam doentes terminais. 18 3
  • 184. Benefícios  Aproxima-se mais da alimentação natural, sendo, portanto, mais fisiológica  Pode receber nutrientes complexos, tais como proteínas integrais e fibras  Estimula a atividade imunológica intestinal  Reforça a barreira da mucosa intestinal, aumentando a proteção contra a translocação bacteriana  Tem menor índice de complicações  Tem metodologia mais simples e menor curto
  • 185. Administração  Naso/orogástrica;  Nasoduodenal;  Nasojejunal;  Gastrotomiae jejunostomia (são mais utilizadas para alimentação enteral em longoprazo).
  • 186.
  • 187. Material utilizado: • Látex (sonda foley, dreno de Kehr); • PVC (sonda Levin); • Poliuretano e Silicone flexíveis (cateter enteral, de gastrostomia e foley) Kehr Levin Gastrostomia
  • 190. Indicaçõe s  Quandoo paciente não podecomer:  Estado decoma  Lesões do sistema nervosocentral  Debilidadeacentuada  Traumatismo bucomaxilofacial  Intervenções cirúrgicasda boca, faringe, esôfagoedo estômago  Obstruções mecânicas e fisiologiasdo tubo digestivo  Anorexia  Câncer  Pós-operatório  Queimaduras
  • 191. Localização Gástrica •Maior Tolerância a fórmulas variadas; •Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas; •Progressão mais rápida para alcançar o valor calórico total ideal; •Introdução de grandes volumes; •Fácil posicionamento da sonda. •Alto risco de aspiração em paciente s com dificuldades neuromotoras de deglutição; •Saída acidental da sonda nasoenteral devido à tosse, náuseas ou vômitos. VANTAGENS DESVANTAGENS
  • 192. Localização Enteral •Menor risco de aspiração; •Maior dificuldade de saída acidental da sonda; •Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente ou inoportuna. •Risco de aspiração em pacientes que têm mobilidade alterada ou alimentação à noite; •Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico; •Requer dietas normo ou hipoosmolares. VANTAGENS DESVANTAGENS
  • 193. Administração  Intermitente (até 500 ml a cada 3 a 6 horas)  Bólus (de 100 a 350 ml, noestômagoa cada 2 a 6 horas)  Contínua (50 a 150ml/hora)
  • 194. Indicações para dieta NE Pacientes com • AVE • depressão • anorexia nervosa • câncer • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica • caquexia • grandes queimados • lesões de face e mandíbula • distúrbios neurológicos • pós-operatório de risco nutricional • coma. 19 4
  • 195. 19 5 Nutrição enteral PRESCRIÇÃO:  nutricionista / médico especializado. TIPOS DE DIETAS 1- Formulações caseiras / Naturais: utilizados alimentos in natura, sucos de fruta coados e sopas liquidificadas – atentar para os valores nutricionais e higiênicos. 2- Formulações Industriais: dieta modulares ou completas – menor manipulação e menor risco de contaminação. FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA DAS FORMULAÇÕES  Tempo de utilização  Via de acesso  Poder aquisitivo do paciente  Estado nutricional.
  • 196. Nutrição enteral  Padrões para administração da dieta por sonda:  não ser viscosa  não ter partículas  cuidados com a higienização.  Esta via de nutrição pode ser temporária ou permanente.  Uso prolongado pode acarretar dificuldades digestivas ou entéricas.  Monitoramento e correções nutricionais serão necessários para melhores resultados. 19 6
  • 197. Nutrição enteral VIAS DE ADMINISTRAÇÃO/ VIAS DE ACESSO DA N.E.  Vão depender da patologia de base, da previsão de permanência da sonda de alimentação e da preferência do paciente.  Vias de acesso:  Acesso transnasal  Gastrotomia  Jejunostomia 19 7
  • 198. Acesso transnasal – utilização da  sonda nasogástrica, com entrada da sonda pelo nariz e chegada no estomago ou  sonda nasoentérica, com entrada da sonda pelo nariz e chegada ao duodeno. As sondas são vias de aceso de curto prazo. 19 8
  • 199. Vias de Administração / Vias de Acesso da Nutrição Enteral  Gastrotomia endoscópica percutânea (PEG): sonda fixada no estomago ou Jejunostomia percutânea direta (JEP) – ainda em desenvolvimento e nem sempre empregada.  Gastrotomia ou jejunostomia por punção:através de acesso cirúrgico. 19 9 As estomias são vias de acesso de longo prazo.
  • 200. Cuidados de Enfermagem na terapia nutricional enteral  O enfermeiro é membro da Equipe multiprofissional de Terapia Enteral (EMTN) tem como principal responsabilidade a administração da Terapia Nutricional (TN), acompanhando todo o processo objetivando a prevenção e a detecção precoce de complicações. 20 0
  • 201. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL  Lavar as mãos antes de manusear a dieta;  Conferir prescrição da dieta: identificação do paciente, tipo de dieta, via de administração, volume prescrito;  Observar temperatura, aspecto, volume e consistência antes de administrar a dieta.  Elevar cabeceira no mínimo 30°  Aspirar conteúdo gástrico sempre antes de administrar dieta ou medicação para avaliar aspecto e volume do refluxo;  Registrar no prontuário do paciente se houver refluxo, e comunicar ao médico ou enfermeiro;  Avaliar aceitação da dieta pelo paciente baseado nos seguintes parâmetros: presença de ruídos hidroaéreos, ausência de distensão abdominal e/ou vômitos, aspecto e volume do refluxo gastroesofágico. 20 1
  • 202. 20 2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL(continuação) Instalar dieta com equipo próprio e exclusivo, devendo trocá-lo a cada dieta. Controlar gotejamento/velocidade de infusão conforme forma de administração: gravitacional ou em bomba de infusão. Lavar percurso da SNG/SNE após infusão da dieta com 20ml de água potável. Lavar as mãos após procedimento. Registrar no impresso modelo nº122 – HGV (Evolução e Prescrição de Enfermagem) a aceitação da dieta, o volume administrado e características do refluxo gastroesofágico.
  • 203. 20 3 Terapia nutricional parenteral (TNP)  Indicação:  Prevenir ou tratar a desnutrição em pacientes que não apresentam funcionamento adequado do trato gastrointestinal e que não podem receber alimentação por via oral ou enteral.  O médico tem responsabilidade exclusiva por esta dieta.  A via de administração dos nutrientes é realizada através de uma veia (via intravenosa).
  • 204.  Sua administração nunca deve ser de emergência: antes de receber a TNP, o paciente precisa estar hemodinamicamente estável, ou seja, a circulação sangüínea deve estar funcionando normalmente.  Quando a TNP é indicada, torna-se necessário um acesso venoso e uma técnica de infusão apropriada para o sucesso da nutrição. 20 4
  • 205.  Vias de acesso:  Via cateter em uma veia central (NPC)  Via dispositivo inserido em veia periférica, normalmente no antebraço (NPP).  Por shunt arteriovenoso utilizado para hemodiálise ou exclusivo para nutrição parenteral, em pacientes cuja cateterização central não seja possível. 20 5 A TNP com previsão com mais de 7 dias de duração deve ser realizada por meio de um acesso venoso central, para evitar o risco de trombo flebite.
  • 206. 03/03/2017 mcscak.: 206 Sistemas de nutrição parenteral
  • 207. Sistema múltiplos frascos (MF) = administração de múltiplos frascos com nutrientes, separados em aminoácidos, glicose e lipídios. Flexibilidade e facilidade de ajustes a rápidas mudanças nas necessidades do paciente, principalmente em UTI. Sistema 3 em 1 (3:1) Todos os componentes das necessidades diárias da TNP encontram-se misturados em um único recipiente. Administração mais fácil + custos, preparo e manejo menores + melhor assimilação + menos complicações. Sistema mais utilizado. 20 7
  • 208. Nutrição Parenteral  A nutrição parenteral visa a fornecer, por via parenteral, todos os elementos necessários à demanda nutricional de pacientes com necessidade normal ou aumentada, cuja via digestiva não pode ser utilizada ou é ineficaz. A nutrição parenteral pode ser total, isto é, quando o paciente é nutrido exclusivamente por via parenteral, ou complementar, quando está associada à utilização concomitante da via digestiva.
  • 209. Composição  Matéria-prima para a síntese protéica; água; eletrólitos(sódio, cloro, potássio, cálcio, magnésio e fosfato) e outros macrominerais; vitaminas e oligoelementos(ferro, iodo, zinco, cobre, cromo, manganês, selênio, molibdênio e cobalto).
  • 210. Vias  Tradicionalmente, o termo nutrição parenteral periférica (NPP) designa a administração de água, eletrólitos, proteína e substratos calóricos através de uma via periférica do paciente. Na nutrição parenteral total(NPT) estão substâncias que são administradas através do sistema venoso central do paciente. O objetivo de ambas é aliviar ou corrigir os sinais, os sintomas e as seqüelas da desnutrição.
  • 211. Indicações  Obstruções mecânicas e fisiológicas do tubo digestivo  Estenose do esôfago, estenose pilórica;  Obstrução intestinal, semi-obstrução intestinal;  Intervenções cirúrgicas da boca, faringe, esôfago e do estômago  Lesões do sistema nervoso central  Debilidade acentuada  Quando o paciente não deve comer  Formas graves de doenças inflamatórias intestinais  Neoplasias  Caquexias graves
  • 212. Administração  De modo geral, a via de acesso ao sistema venoso para administração da terapia são as vias periféricas nos membros superiores e centrais (veia subclávia ou a veia jugular interna ou externa).  A velocidade de infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as condições clínicas do paciente, A velocidade ideal da infusão de glicose varia de entre 0,5 e 0,75 g/kg/hora.  Os pacientes devem receber 1000 ml da fórmula de alimentação parenteral no primeiro dia. Se estes 1000 ml forem bem tolerados, ou seja, se não surgirem sinais de intolerância â glicose ou outro desequilíbrio metabólico ou eletrolótico, 2000 ml podem ser infundidos no segundo dia. Se for necessário, mais 1000 ml da fórmula podem ser adicionados. Uma regra prática no aumento da velocidade de infusão até 20 a 50 ml/hora a cada um ou dois dias, conforme a capacidade do paciente de tolerar mais líquido e a sobrecarga de glicose.  Um fato de extrema importância é que as soluções sejam administradas em fluxo contínuo e regular. As oscilações na velocidade de infusão, freqüentemente observadas quando se utiliza o gotejamento livre por queda gravitacional, controlado por pinças mecânicas, são notavelmente indesejáveis, dificultando sensivelmente a adaptação metabólica do paciente frente ao aumento progressivo do aporte nutricional. As bombas infusoras, disponíveis em várias modalidades, constituem opção bastante recomendável para o controle seguro e eficaz da infusão contínua e regular das soluções nutritivas.
  • 213.
  • 214. Complicações  Como todo método terapêutico, a nutrição parenteral não é isenta de riscos e complicações. Na verdade, algumas complicações podem assumir proporções desastrosas, e até mesmo fatais, sobretudo se o método for aplicado de maneira inescrupulosa.  O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos cuidados higiênicos, incluindo higiene corporal, pronta remoção da sondas e curativos contaminados, manutenção de vestimentas limpas e adequadas para o exame médico periódico.  O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais. A pessoa responsável por essa tarefa deve estar inteiramente conscientizada quanto à gravidade dos riscos de contaminação dessas soluções. As soluções nutritivas usadas no aporte nutricional podem constituir um excelente meio de cultura de bactérias e fungos
  • 215. Complicações  Hiperglicemia  Hipoglicemia reacional  Sobrecarga deaminoácidos  Acidose metabólica  Hipervitaminose  Bacteremia
  • 216. Cuidados de Enfermagem  Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução e gotejamento;  Orientar o paciente;  Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;  O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos cuidados higiênico;  O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais;  Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo a permeabilidade;  Realizar curativo com técnica asséptica a cada 24 horas ou de acordo a necessidade utilizando solução estabelecida pelo protocolo da unidade no acesso central;  Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter, edema, dor, rubor, hiperemia e presença de secreção;  A localização central do cateter deve ser confirmada (RX) antes de iniciar a NP
  • 217. Pratique uma alimentação saudável! 21 7