Este documento apresenta o cronograma de aulas e métodos de avaliação de uma disciplina de primeiros socorros. As aulas ocorrerão entre os dias 07/03 a 29/03 e haverá uma avaliação no dia 17/03 e apresentação de trabalho no dia 29/03. A avaliação consistirá em uma prova dissertativa e trabalho em grupo sobre temas de primeiros socorros.
3. MÉTODOS AVALIAÇÃO
• 1 PROVA DISSERTATIVA / MULTIPLA ESCOLHA
PESO(5,0)
• 1 TRABALHO: PESO (5,0)
GINCANA: EM CENA NA URGÊNCIA
- 8 GRUPOS
- TEMAS: QUEIMADURA, TRAUMA, HEMORRAGIA,
FRATURAS
- DISPUTA ENTRE 2 GRUPOS – AVALIAÇÃO DA CLASSE E
DO PROFESSOR
- PRÊMIO: FECHAMENTO DA DISCIPLINA COM NOTA
MÁXIMA
5. EMERGÊNCIA
É quando há uma situação crítica ou algo
iminente, com ocorrência de perigo;
incidente; imprevisto.
Circunstância que exige uma cirurgia ou
intervenção médica de imediato.
6. É quando há uma situação que não pode ser
adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois
se houver demora, corre-se o risco até mesmo de
morte.
Ocorrências de caráter urgente necessitam de
tratamento médico e muitas vezes de cirurgia,
contudo, possuem um caráter menos imediatista.
Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem
sentido de “não aceita demora”:
URGÊNCIA
7. Pré-hospitalar fixo: Unidades Básicas de
Saúde (UBSs); Ambulatórios especializados,
Unidade de Pronto Atendimento (UPA);
Pré-hospitalar móvel: Samu 192, Sistema
Resgate e ambulâncias da iniciativa privada,
entre outros.
Rede hospitalar: Média e alta
complexidade.
8. Habilidades a serem desenvolvidas para o
atendimento de urgência e emergência:
Reconhecer situações de urgência e
emergência, aplicando suporte básico e/ou
avançado de vida,
Utilizando medidas de prevenção aos riscos
ocupacionais;
9. Habilidades a serem desenvolvidas para o
atendimento de urgência e emergência:
Prestar cuidados de enfermagem ao cliente
submetido à terapia intravenosa, aplicando
medidas de segurança;
Prestar cuidados de enfermagem ao cliente
em situação de dor na urgência e emergência;
10. Habilidades a serem desenvolvidas para o
atendimento de urgência e emergência:
Prestar cuidados de enfermagem em urgência
e emergência, junto com a equipe
multiprofissional em saúde, a clientes em
situações de emergências obstétricas;
Identificar situações de urgência e emergência
em saúde mental e prestar cuidados
específicos;
11. Habilidades a serem desenvolvidas para o
atendimento de urgência e emergência:
Prestar cuidados ao cliente em situação de
eventos com múltiplas vítimas, desastres e
catástrofes;
Preparar e orientar o cliente para a realização
de procedimentos e exames em urgência e
Emergência, garantindo segurança, conforto e
privacidade.
13. Atendimento Pré Hospitalar
Atendimento prestado por profissionais da
área da saúde, treinados e capacitados para
prover os cuidados iniciais ao cliente, de
forma organizada e sistematizada, seguido de
transporte até serviço de saúde que
proporcionará o tratamento definitivo.
14. RESGATE
Consiste na retirada do indivíduo de um local,
por vezes de difícil acesso, de onde o mesmo
não possa sair sozinho em segurança.
Pode ser necessário o uso de materiais e
equipamentos especiais para efetuar a
retirada, além de treinamento específico para
realizar esses procedimentos.
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29. TIPOS DE AMBULÂNCIAS
Tipo A – Ambulância de Transporte: veículo destinado
ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que
não apresentam risco de vida, para remoções simples e
de caráter eletivo.
Tipo B – Ambulância de Suporte Básico: veículo
destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes
com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-
hospitalar de pacientes com risco de vida
desconhecido, não classificado com potencial de
necessitar de intervenção médica no local e/ou durante
transporte até o serviço de destino.
30. Tipo C – Ambulância de Resgate: veículo de
atendimento de urgências pré-hospitalares de
pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em
locais de difícil acesso, com equipamentos de
salvamento (terrestre aquático e alturas).
Tipo D – Ambulância de Suporte Avançado:
veículo destinado ao atendimento e transporte de
pacientes de alto risco em emergências pré-
hospitalares e/ou de transporte interhospitalar
que necessitam de cuidados médicos intensivos.
Deve contar com os equipamentos médicos
necessários para esta função.
31. TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: de asa
fixa ou rotativa, utilizada para transporte inter-
hospitalar de pacientes; e aeronave de asa
rotativa para ações de resgate, dotada de
equipamentos médicos homologados pelo
Departamento de Aviação Civil (DAC).
TIPO F – Embarcação de Transporte Médico:
veículo motorizado aquaviário, destinado ao
transporte por via marítima ou fluvial, com
equipamentos médicos necessários ao
atendimento de pacientes conforme sua
gravidade.
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39. Ao pedir ajuda por meio da central de
regulação 192 (SAMU) ou 193 (Corpo de
Bombeiro), o socorrista, parentes da vítima ou
a própria vítima recebe orientações do médico
regulador que decide pelo envio de
ambulância de suporte básico ou avançado
com equipe habilitada em atendimento a
situações de urgência, caso avalie que seja
necessário disponibilizar esse recurso.
40. REGULAÇÃO
O médico regulador autoriza o transporte do
cliente diante do problema de saúde relatado
pela equipe local de atendimento pré-
hospitalar (APH), por meio de comunicação
por telefone ou rádio.
42. Cada veículo é equipado com materiais e
equipamentos específicos, tripulado por
profissionais com diferentes atribuições que
compõem as equipes, segundo o tipo de
atendimento destinado a prestar, no caso,
suporte básico de vida (SBV) ou suporte
avançado de vida (SAV).
43. Os veículos de SAV são equipados com
materiais médico-hospitalar, equipamentos e
medicamentos, permitindo a estabilização do
cliente e seu transporte para o hospital.
Profissionais da área de segurança, como
policiais rodoviários e bombeiros identificam
situações de risco e realizam manobras de
salvamento, resgate e, quando necessário, o
suporte básico de vida (SBV).
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45. ATENDIMENTO HOSPITALAR
As unidades de emergência hospitalares ou
pronto-socorros oferecem atendimento
imediato e ininterrupto aos pacientes adultos
ou crianças em estado crítico ou
potencialmente crítico.
46. ATENDIMENTO HOSPITALAR
A unidade de emergência é caracterizada pelo
fluxo intenso de pessoas que circulam nessa
área, em razão da rotatividade dos pacientes
que procuram o serviço devido à gravidade
das condições em que se encontram,
motivadas por trauma, afecções não
traumáticas, alterações de comportamento,
entre outras.
47. PLANTA FÍSICA
A estrutura física adequada é normatizada pela
Resolução de Diretoria Colegiada (RDC), da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Portaria RDC nº 307, de 14 de novembro de
2002, estabelece normas técnicas para
elaboração de projetos da estrutura física,
arquitetônica, símbolos gráficos, desenho técnico
e toda organização física para estabelecimentos
assistenciais de saúde.
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64. TRIAGEM
É um método utilizado para classificar os
clientes de acordo com a gravidade dos traumas
ou doenças.
Consiste numa avaliação sucinta dos clientes, a
fim de determinar o nível de gravidade ou
prioridade da assistência.
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66. CLASSIFICAÇÃO NA TRIAGEM
EMERGÊNCIA
Estas condições são potencialmente ameaçadoras à
vida ou à ação normal de qualquer órgão;
apresentam a mais alta prioridade.
URGÊNCIA
Estas condições são graves, mas geralmente não
perigosas, podemos considerá-las com segunda
prioridade.
67. TRIAGEM
A triagem consiste na obtenção de um histórico
focalizado na principal queixa do paciente.
SSVV:
Temperatura,
Pulsação,
P.A,
Respiração,
Nível de consciência.
68. AVALIAÇÃO DIRIGIDA
Constituída pelo histórico, exame físico e SSVV.
Sinais: Aquilo que você vê, escuta, sente, cheira durante
o exame físico.
Sintomas: São dados subjetivos relatados pelo paciente.
(queixas de dor no peito, tontura e náusea, etc.).
72. PRIORIDADE MÁXIMA
o Parada cardíaca e respiratória.
o Artéria seccionada.
o Ferimento torácico fechado com aparente perfuração de pulmão.
o Ferimentos torácicos e abdominais abertos.
o Ferimento aberto do olho.
o Hipotensão grave (choque)
o Hipertensão grave.
o Inconsciência.
o Intoxicação medicamentosa severa.
o Inalação de substâncias tóxicas.
o Perda de um membro.
o Politraumatismo.
o Queimaduras extensas.
o Queimadura química no olho.
73. PRIORIDADE MODERADA
o Alteração da consciência;
o Anomalias do ritmo cardíaco.
o Dificuldade respiratória.
o Dor nas costas com ou sem suspeita de lesão da coluna cervical.
o Dor abdominal ou dorsal aguda.
o Comportamento violento.
o Confusão súbita.
o Hematúria grave.
o Hemoptise, hematêmese, melena.
o Corpo estranho no olho.
o Síncope.
o Paresia e parestesia.
74. PRIORIDADE MÍNIMA
o Ansiedade.
o Abscesso.
o Dispnéia leve.
o Dor dorsal após traumatismo, sem déficit neurológico.
o Fraturas simples.
o Luxações.
o Pequena laceração de tecidos moles.
o Perda significante de peso.
o Fraqueza crônica.
o Cefaléia crônica.
76. Definição
Caracteriza-se por uma elevação rápida,
inapropriada, intensa e sintomática da pressão
arterial, com ou sem risco de deterioração
rápida dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e
artérias), que pode conduzir a um risco imediato
ou potencial de vida. Os níveis tensionais estão
elevados, levando-se em consideração a
pressão arterial diastólica, geralmente >120
mmHg
Martin, José Fernando Vilela, Higashiama, Érika, Garcia, Evandro et al. Perfil de crise
hipertensiva: prevalência e apresentação clínica. Arq. Bras. Cardiol., Ago 2004, vol.83,
no.2, p.125-130.
77. Epidemiologia
Prevalência da HAS 20%-30% (mais de 34 milhões de
brasileiros) *
Emergências hipertensivas ocorrem mais
freqüentemente em pacientes previamente
diagnosticados com hipertensão primária que não
adotam um tratamento adequado *
Pacientes apresentando hipertensão severa podem
representar + de 25% dos indivíduos que chegam a um
serviço urbano de emergência**
* Martin, José Fernando Vilela, Higashiama, Érika, Garcia, Evandro et al. Perfil de crise
hipertensiva: prevalência e apresentação clínica. Arq. Bras. Cardiol., Ago 2004, vol.83, no.2,
p.125-130.
** VII Joint Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure
79. Emergência X Urgência X
Pseudocrise
Urgência = elevação sintomática da PA sem
lesão em orgãos-alvo
Emergência = deterioração rápida de órgãos-
alvo e risco imediato de vida
Pseudocrise = pressão arterial muito elevada e
se encontrarem oligossintomáticos ou
assintomáticos
80. Emergência
Martin, José Fernando Vilela, Higashiama, Érika, Garcia, Evandro et al. Perfil de crise
hipertensiva: prevalência e apresentação clínica. Arq. Bras. Cardiol., Ago 2004, vol.83,
no.2, p.125-130.
85. Encefalopatia Hipertensiva
Eventos Fisiopatológicos
Perda da regulação do FSC – 120-160mmHg(PAM)
Ruptura da barreira hematoencefálica
Hemorragias, trombose, edema
Quadro Clínico
Cefaléia Intensa, súbita
Náuseas
Vômitos
Alteração da consciência
Objetivo
Reduzir PA p/ 160/110 mmHg
Drogas de Escolha
Nitroprussiato de Sódio
86. AVC
Há aumento da PA
Isquêmico ou Hemorrágico PA deve ser
reduzida
Droga parenteral titulável
Pacientes com recente AVC-I PAS >220 mmHg
ouPAD 120–140 mmHg, reduzir c/ cautela 10–
15% *
Redução Gradual c/ avaliação constante
Drogas de Escolha
Nitroprussiato de Sódio
* American Stroke Association
87. Hipertensão Maligna
PA sistólica > 130mmHg
Retinopatia IV
IRA
+ Outros sintomas
Obejtivo
Reduzir PA p/ 160-110 mmHg
Droga de Escolha
Nitroprussiato de Sódio
90. Aneurisma Dissecante de Aorta
Dor torácica de forte intensidade
Rx de tórax (Alargamento de mediastino)
Confirma por Aortografia
Obejtivo
Reduzir PA p/ 120-80 mmHg
Droga de Escolha
Nitroprussiato de Sódio + Beta-Bloqueador
Tratamento definitivo
Cirurgia
91. Insf. Coronariana Aguda
Eventos Fisiopatológicos
Consumo de O2
No IAM se não há redução da PA com sedativos pode-se usar
Nitroprussiato de Sódio ou Beta-bloqueador (se não houver contra-
indicação)
92. Edema Agudo de Pulmão
A PA elevada é o evento
que desencadeia
A hiperatividade
simpática contribui
Droga de Escolha
Nitroprussiato de Sódio
Bilateral
Diffuse
Butterfly pattern
Soft fluffy lesions
Coalescing
Air bronchogram
http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/medicine/pulmonar/cxr/atlas/puledema.htm
97. Terapia
Objetivos
Reduzir a pressão arterial média em 25%
1min-1h, e então se estável, para 160/100–110
mmHg dentro das próximas 2–6 horas
98. CRISE HIPERTENSIVA: DROGAS ENDOVENOSAS
(Em Geral Furosemida 20-40 mg EV Associado)
Droga Dose Início
Ação
Duração Indicação
formal
Efeitos adversos
e precauções
Nitroprussiato
(Nipride®)
0,25-10
mcg/kg/min
Imediato 1-2 min. Todas as
emergências
Náuseas,
vômitos, cianeto.
Nitroglicerina
(Tridil ®)
5-100
mcg/min
2-5 min. 5-10
min.
Isquemia
coronariana
Cefaléia,
taquicardia
Hidralazina
(somente para
obstetrícia)
10-20 mg EV
ou 10-40 mg
IM, a cada 6
horas
10-30 min. 3-8
horas
Pré-
eclâmpsia
Taquicardia, e
eclâmpsia,
cefaléia, vômitos.
Piora da angina e
IAM
Metoprolol
(Selozoc ®)
5 mg, EV
Repetir cada
10 min.S/N até
20 mg
5-10 min. 3-4
horas Dissecção
aórtica. Pós-
op.
feocromocit
oma.
Insuficiência
Coronariana
Bradicardia,
bloqueio AV, ICC
e broncospasmo
Esmolol 100-500
mcg/kg 1-5
min. por 4
min. e 50-300
mcg/kg/min
1-5 min. 15-30
min.
99. CRISE HIPERTENSIVA: DROGAS VIA ORAL
Droga Dose Início Ação Duração Efeitos
adversos e
precauções
Captopril 6,25-25 mg VO
ou SL (repetir
em uma hora,
se necessário)
15-30 min. 6-8 horas, Hipotensão,
insuficiência
renal (estenose
de artéria renal
bilateral),
hipercalemia
Clonidina 0,1-0,2 mg, VO
de hora em
hora, até 0,6 mg
30-60 min. 6-8 horas Hipotensão
postural,
sonolência,
boca seca
Minoxidil 5-10 mg, VO
(repetir S/N
após 4 horas)
30 min.
2 horas
8-24
horas
Retenção de
volume,
taquicardia
100. Perguntas
Quando a hipertensão é considerada uma
urgência ?
PAS > 180mmHg ou PAD >120mmHg
+ Sintomas
O que é encefalopatia hipertensiva ?
Emergência, (Isquemia, + permeabilidade vascular,
edema, infarto, hemorragias)
Sinais e Sintomas: (súbitos) de cefaléia, vômitos,
sonolência e confusão, papilaedema, retinopatia.
101. Perguntas
Qual o objetivo do tratamento ? ( Emergência )
Reduzir de forma gradual a PA (PAD<110-90,
PAS<160-140)
Qual a relação entre edema agudo de pulmão e
crise hipertensiva?
Na hipóxia há aumento de catecolaminas
Qual a relação entre dor torácica e crise
hipertensiva?
O aumento da pressão aumenta o trabalho cardíaco
e geralmente é acompanhado de IAM ou angina do
peito
102. Perguntas
Há outro tipo de dor torácica relacionada ?
Sim. A dor do Aneurisma dissecante da aorta.
Quais as emergências renais resultantes da
hipertensão ?
IRC ou IRA
Que outras causas de crise hipertensiva
existem?
Feocromocitoma, Hipertensão rebote, IMAO(c/
alimentos), drogas(cocaína,LSD,)
104. CONVULSÃO
São alterações no funcionamento do cérebro que
provocam contrações musculares descontroladas.
Desordem das mensagens cerebrais – neurônios.
105. Pode ocorrer como evento isolado em
decorrência de doenças sistêmicas tais como
distúrbios hidroeletrolíticos, insuficiência renal,
insuficiência hepática, septicemia, estado
hiperglicêmico, entre outros.
Portanto é uma desordem na transmissão dos
impulsos elétricos cerebrais, que se manifesta
por espasmos involuntários dos grupos
musculares com perda da consciência, sendo
limitada em relação ao tempo.
106. ATENÇÃO
Estado de mal convulsivo, pode ser definido
como atividade convulsiva contínua de duração
superior a cinco minutos ou ainda a ocorrência
de duas ou mais convulsões entre as quais não
há completa recuperação da consciência.
111. Antes da convulsão, o cliente pode apresentar:
Alterações visuais e olfativas;
Perda da consciência,
Enrijecimento do corpo,
Apnéia,
Contrações musculares violentas,
Sialorréia.
Esta fase pode durar até um minuto.
112. Terminada a crise, ocorre o relaxamento da
musculatura, podendo ocasionar perda de urina, fezes e
um sono reparador necessário para o reequilíbrio da
atividade elétrica cerebral.
Ao acordar, o cliente pode sentir-se cansado, confuso,
com dor de cabeça e dor em outras partes do corpo
machucadas durante a convulsão.
118. CONVULSÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MOV + AD
0 minuto: diazepam (ou dormonid) IV 0,2mg/Kg
- Velocidade infusão 2mg/min (máximo 5mg/min)
- Se não tiver acesso venoso pode fazer dormonid IM
0,1mg/Kg ou diazepam via retal
Repete diazepam mesma dose se não sair com
primeira dose
119. CONVULSÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
HIDANTALIZAR
- Hidantal 20mg/Kg (ampola 250mg/5ml)
- Diluído em 250-500ml de SF
- Velocidade infusão 50mg/min
- Problemas: hipotensão, arritmias
- Recorrência da crise durante infusão do hidantal
pode fazer diazepan
Ainda em crise após hidantalização pode fazer
novas doses de hidantal de 5mg/Kg,
respeitando máximo de 30mg/Kg (20 + 5 + 5)
120. CONVULSÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Crise após hidantal: Intubar obrigatoriamente
Ainda em crise ou 45min de crise iniciar
gardenal 20mg/Kg IV
- Ampolas 200mg/1ml (apresentação para uso IV não
é a mesma que para uso IM)
- Velocidade infusão 50-75mg/min
- Problemas: depressão respiratória, RNC, hipotensão
- Opção ao gardenal: Midazolam ataque 0,2mg/kg IV,
manutenção 0,05-0,4mg/kg/h
121. CONVULSÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ainda em crise ou 60min de crise iniciar droga
anestésica ajustando dose até cessação crises
e EEG com surto-supressao
- (1a opção) Tiopental: ataque 100-250mg em 30seg,
seguido 50mg cada 3min até controle crise; após
iniciar manutenção 3-5mg/kg/h. Problema:
hipotensão
- Midazolam: ataque 0,2mg/kg IV, manutenção 0,05-
0,4mg/kg/h. Problema: taquifilaxia
- Propofol: ataque 1,5mg/kg, manutenção 2-10mg/kg/h
122. APÓS CONVULSÃO PENSE NA
SUA CAUSA!!!!!!!
História clínica
Exame físico
Exames laboratoriais
Exames imagem
Em 90% dos casos fatais, a morte deve-se à
causa que levou ao status, e não ao status em
si
123. ALGUNS CONCEITOS
Convulsão ou crise convulsiva: crise com atividade
tônico-clônica
Crise não-convulsiva: crise sem atividade tônico-clônica
(crise parcial simples ou complexa, crise tipo ausência,
crise mioclônica)
Estado de mal epiléptico (status epiléptico): crise
suficientemente prolongada ou repetitiva para causar
uma condição fixa e duradoura.
- Status convulsivo
- Status não-convulsivo
124. STATUS EPILÉPTICO
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Status convulsivo
- Crise convulsiva com mais de 5 min de duração
- 20 a 30 min de crises convulsivas contínuas
(subentrantes)
- Pelo menos três convulsões em 1 hora
Status não-convulsivo
- Crises não-convulsivas sem recuperação da
consciência entre as crises
125. QUANDO HIDANTALIZAR?
No estado mal epiléptico após segunda dose
diazepam: fazer hidantal na dose máxima em
velocidade de infusão máxima
Após segunda crise convulsiva (regra geral):
fazer mais lento, mais comumente 40-60 min
126. ALTA APÓS CRISE ÚNICA!!!!!!!!!
Após crise única (descartado crise aguda
sintomatica) deve-se estratificar o risco de
recorrência da crise para se definir introdução
ou não de droga anti-epiléptica. Pedir RM crânio
(se não disponível TC é aceitável) e EEG
127. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO
PÓS-ICTAL
Efeito benzodiazepínicos usados durante crise
Estado mal não-convulsivo
Outra doença neurológica ativa (que inclusive
pode ter sido a causa da convulsão, p.e.
encefalite)
TCE durante crise
Paciente ficou seqüelado
129. CAUSAS
Hipoglicemia em virtude de jejum prolongado,
Ambiente pouco ventilado,
Condições emocionais,
Algumas patologias (arritmia cardíaca),
Efeitos colaterais de medicamentos,
Hipotensão postural.
130. SINAIS E SINTOMAS
Precedem o desmaio:
Escurecimento da vista,
Tontura,
Palidez,
Dificuldade para se manter de pé ou sentado,
Desconforto epigástrico,
Dificuldade respiratória,
Sudorese fria,
Pulso fino.
131. QUADRO CLÍNICO
Perda da consciência,
Relaxamento muscular,
Palidez,
Abolição do reflexo palpebral,
Pulso fino e
Respiração superficial.
132. CONDUTA
Visa restabelecer a oxigenação cerebral e, desta
forma, evitar o desmaio ou amenizar suas
consequências.
Para evitar o desmaio, o cliente deve ser deitado
em decúbito dorsal horizontal, com os MMII
ligeiramente elevados; ou sentado em uma
cadeira com os braços estendidos entre as
pernas separadas.
139. IAM
CONCEITO
É um quadro potencialmente grave, que surge
quando o fluxo de sangue que irriga o coração
através das artérias coronárias é insuficiente,
levando à necrose de parte do músculo
cardíaco.
140.
141.
142.
143.
144. IAM
Infartos fulminantes são aqueles que ocorrem
devido à necrose uma extensa área cardíaca,
tornando o coração incapaz de continuar seu
trabalho de bombeamento de sangue.
145. SINTOMAS
Tipicamente os sintomas do infarto são dor no meio
ou à esquerda do peito, tipo aperto, pressão ou
peso, muitas vezes com irradiação para o braço
esquerdo, mandíbula e/ou costas.
A dor pode ser desencadeada por esforço físico,
estresse emocional ou após uma refeição exagerada,
mas também pode surgir subitamente em repouso.
146. SINTOMAS
A dor do infarto apresenta piora gradual e é
normalmente acompanhada de:
Sudorese
Dispnéia,
Palidez,
Agitação
Náuseas e vômitos.
149. A isquemia cardíaca pode ser
dividida em três estágios:
Angina estável,
Angina instável,
Infarto do miocárdio.
TIPOS DE DOR ISQUEMICA NO
CORAÇÃO
150. ANGINA ESTÁVEL
É a isquemia cardíaca causada pelo esforço físico,
estresse ou qualquer outra situação que aumente
temporariamente a demanda de sangue do
músculo cardíaco.
Há uma ou mais obstruções nas artérias
coronarianas, mas elas não são grandes o
suficiente para causar dor em repouso.
151. ANGINA ESTÁVEL
Quando paciente faz um esforço ele sente dor,
mas ela é de curta duração e desaparece
alguns minutos após o repouso.
152. ANGINA INSTÁVEL
É a isquemia cardíaca que ocorre em repouso
ou com apenas mínimos esforços, como
pentear o cabelo ou tomar banho.
A obstrução é grande o suficiente para que o
fluxo de sangue seja inferior ao necessário em
situações basais.
153. ANGINA INSTÁVEL
A angina instável pode ser considerada um
pré-infarto, sendo classificada como uma
síndrome coronária aguda.
Apenas pelos sintomas não é possível
distinguir uma angina instável de um infarto.
159. O que é Choque?
Condição em que a pressão arterial sistêmica é inadequada
para fornecer oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos
vitais e a função celular
Fluxo adequado para os
tecidos
Bomba cardíaca adequada
Sistema circulatório ou
vasculatura efetiva
Volume sanguíneo suficiente
160. Volume sanguíneo circulante
Causa predominante do choque
Estimulação simpática e sistema
cardiovascular
Débito cardíaco
PA e perfusão tissular
Barorreceptores estimulados
FC e contratilidade
Débito cardíaco PA Retorno venoso
Constrição arteriolar Constrição venosa
FISIOPATOLOGIA DO
CHOQUE
161. Estágios do choque
• COMPENSATÓRIO
• PROGRESSIVO
• IRREVERSÍVEL
•PA normal
•Aumento de FC e contratilidade
•DC adequado
•Desvio de sangue para órgãos vitais
•Pele fria e pegajosa
•Diminuição de peristalse e débito urinário
•Alcalose respiratória compensatória
•PAM abaixo dos limites normais (PAS <90
mmHg)
•Aumento da permeabilidade vascular
•SARA ou “pulmão de choque”
•Arritmias e isquemia cardíacas
•IRA
•Distúrbios neurológicos, do TGI, hepáticos,
hematológicos e etc.
Disfunção orgânica progressiva e
falência de múltiplos órgão
162. Estratégias gerais de tratamento no
Choque
• Reposição de líquidos para restaurar o volume
intravascular (soluções cristalóides e colóides)
• Medicamentos vasoativos para restaurar o
tônus vasomotor e melhorar a função cardíaca
• Suporte nutricional para abordar as exigências
metabólicas que, com frequência, se mostram
aumentadas no choque
167. Choque hipovolêmico
Cuidados de Enfermagem
• Monitorar rigorosamente os pacientes em risco de déficits hídricos
(prevenção primária)
• Administração segura de líquidos e medicamentos prescritos e
registro
• Identificar possíveis complicações da reposição hídrica
• Posicionamento adequado (Trendelemburg)
• Observar os seguintes parâmetros: FC, ritmo cardíaco, pulso, PA,
sons pulmonares e balanço hídrico
168. Choque Cardiogênico
• É a insuficiência aguda
da perfusão tissular,
causada pelo
funcionamento cardíaco
inadequado ou por
qualquer causa que leve
à diminuição do débito
cardíaco
172. Choque Cardiogênico
Diagnóstico
1) Sindrômico
• Volume urinário inferior a 20 ml/h
• Pele fria e enchimento capilar diminuído
• PAS < 90 mmHg
• Acidose metabólica
• Alterações do estado de consciência (agitação, sonolência, confusão e
coma)
• Pressão capilar pulmonar > 15 mmHg
• Índice cardíaco < 2,2L/min/m²
2) Etiológico
173. Choque Cardiogênico
Tratamento
• Manter PA suficiente para assegurar um
volume urinário maior do que 50 ml/h e
impedir acidose metabólica
• Manter volemia suficiente para permitir a
contratilidade máxima do miocárdio
174. Choque Cardiogênico
• Instalação de Balão Intra-Aórtico
Através de um mecanismo de deslocamento de
volume em contrapulsão, pode contribuir com o
aumento do débito cardíaco de maneira
importante.
• Medida de pressão na artéria pulmonar,
cateteriamo cardíaco/angioplastia coronária,
agentes inotrópicos positivos e suporte
ventilatório
175. Choque Cardiogênico
Drogas utilizadas Indicação/Efeito
Dopamina Inotropismo +; aumento do fluxo renal;
Dobutamina Melhor efeito inotrópico que a dopamina;
menos taquicardizante; utilizada em casos
de ICC sem choque;
Noradrenalina Vasoconstrictor potente; pode necessitar
da associação com vasodilatadores;
Adrenalina Cronotropismo +; elevação da PA;
utilizada apenas em situações de PCR
Nitroprussiato de sódio Vasodilatador; indicado em uso de BIA e
situações de hipotensão associada a
resistência periférica aumentada
Trombolítico Utilizado no tratamento de IAM
176. Choque Cardiogênico
Prognóstico
• Os índices de mortalidade correspondem a 50-
60%
• Alguns fatores de mau prognóstico incluem
baixo débito cardíaco, pressão em cunha da
artéria pulmonar elevada, idade avançada,
oligúria, PA elevada, taquicardia e história de
IAM prévio
177. Choque Cardiogênico
Cuidados de Enfermagem
• Monitoração hemodinâmica e cardíaca do paciente
• Administração segura e exata de líquidos e
medicamentos intravenosos
• Proteção da pele
• Avaliação da função respiratória
180. Choque Séptico
Síndrome clínica ocasionada pela presença, na
corrente sanguínea, de microorganismos ou
seus produtos, e que envolve insuficiência
circulatória e perfusão tissular inadequada.
183. Choque Séptico
A progressão da falência de múltiplos órgãos e
sistemas segue a seguinte ordem:
PULMONAR
HEPÁTICA
RENAL
184. Choque Séptico
Manifestações clínicas
• Estágios precoces = Paciente consciente e
alerta; pele quente e ruborizada; pulsos
amplos; hipotensão moderada; débito
urinário diminuído; febre
Podem ser referidos: cefaléia, prostração,
mialgia, apreensão, agitação e anorexia
185. Choque Séptico
FASE INICIAL (Choque quente)
• Extremidades aquecidas
• Diminuição da resistência periférica
• DC normal ou elevado
• Hiperventilação (alcalose respiratória)
• Débito urinário normal
• Febre
186. Choque Séptico
FASE AVANÇADA (Choque frio)
• Extremidades frias
• DC reduzido
• Resistência periférica aumentada
• Hipotensão
• Acidose metabólica (metabolismo anaeróbio e
acúmulo de ácido lático)
187. Choque Séptico
Tratamento
• Reconhecimento do agente etiológico ANTIBIOTICOTERAPIA
• Monitoração hemodinâmica
• Observar os seguintes parâmetros: nível de consciência, respiração,
pulso, cor da pele, enchimento capilar, hidratação, PA, PVC,
temperatura, diurese
• Reposição volêmica com soluções cristalóides
• Uso de vasoconstrictores, inotrópicos e vasodilatadores
188. Choque Séptico
Cuidados de Enfermagem
• Monitorar sítios de punção arterial e venosa, incisões
cirúrgicas, sondas urinárias e feridas traumáticas ou Úlceras
de pressão para os sinais de infecção
• Realizar todos os procedimentos invasivos com técnica
asséptica, após cuidadosa higienização das mãos
• Comunicar alterações da temperatura corporal
• Administrar medicamentos com segurança
189. Choque Anafilático
Reação de hipersensibilidade imediata, em
indivíduos previamente sensibilizados, após
reexposição a antígenos.
192. Choque Anafilático
Tratamento
• Manter VAS permeáveis
• Suplementar Oxigênio
• Acesso venoso
• Monitorização hemodinâmica
• Administrar soluções cristalóides
• Uso de drogas vasoativas ADRENALINA
0,3-0,5 ML A CADA 15 OU 20 MIN, SC
0,1 ML+10 ML DE SF 0,9% INFUNDIDA DURANTE 10-15 MIN, EV
193. Choque Anafilático
Cuidados de Enfermagem
• Avaliar e comunicar a existência de alergias ou reações
prévias aos antígenos
• Orientar os pacientes quanto a “carteirinha de
identificação de alergias”
• Avaliar risco para reação alérgica a contrastes
administrados durante a realização de exames
diagnósticos
195. Choque Neurogênico
Etiologia
• Lesões da medula espinhal
• Anestesias peridurais ou raquidianas
• Drogas bloqueadoras autônomas
Manifestações clínicas
• Diminuição da PA
• Extremidades quentes acima da lesão, e frias, abaixo
Tratamento
• Infusão de cristalóides para restauração do volume
• Tratar a causa primária
196. Choque Neurogênico
Cuidados de Enfermagem
• Imobilização
• Aplicar meias de compressão elástica
• Administrar heparina de baixo peso molecular,
conforme prescrição, para evitar a formação de
trombos
• Elevar e manter a cabeceira do leito em 30° para
evitar o choque neurogênico quando o paciente
está recebendo anestesia epidural