Teoria Crítica da Sociedade e o Fim da Centralidade do Trabalho
1. A centralidade do trabalho na organização da sociedade e os fundamentos da relação entre a educação e o trabalho
2. A centralidade do trabalho na organização da sociedade e os fundamentos da relação entre a educação e o trabalho Parte II - Descentralidade do trabalho e o paradigma da modernidade. Disciplina: Trabalho, Educação e Desenvolvimento Societário. Professora: Maria Aparecida da Silva Alunos: Sara Rios Bambirra Santos Valeria Bolognini F. Machado Venício Jos é Martins Mestrado em Educaç ão Tecnológica
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5. Pressupostos da Linguagem “ O que nos destaca da natureza é a única coisa cuja natureza podemos de fato conhecer: a linguagem” “ A única categoria cuja natureza permite substituir, na contextura de um novo paradigma, a velha relação objetivista de sujeito-objeto por uma nova relação eminentemente comunicativa de sujeito-sujeito não é outra senão a linguagem.” “ O paradigma da comunicação, em substituição ao da produção, caracteriza um desdobramento da intuição segundo a qual o telos – o fim último – do entendimento habita na linguagem”.
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10. Andr é Gorz Ordem patronal da produção, inocuidade do controle das fábricas e neoproletáriado. Discute o estatuto político do proletariado como sujeito revolucionário OPERARIADO única classe capaz de abolir o sistema capitalista, ao se re-apropriar do sistema de produção. não ocorreu em decorrência do processo de desqualificação taylorista do trabalho e da inocuidade do controle direto da produção como estratégia de abolição da ordem capitalista. Proletariado revelou-se constitutivamente incapaz de se tornar sujeito de poder. desalojado do controle técnico sobre a produção, incapaz de apropriar-se de um sistema de produção profundamente complexo, confrontado com a fragilidade da estratégia baseada na tomada das fábricas e impotente para alterar estruturalmente a formação social capitalista. o proletariado encontrou seu fim como sujeito histórico revolucionário. Do antigo e temível proletariado, restaria apenas uma massa de assalariados acomodados.
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13. Claus Offe: fragmentação político-organizacional proletária, descentralização identitária do trabalho e obsolescência da luta de classe. categoria privilegiada da pesquisa sociológica TRABALHO ASSALARIADO 1. Desagregação político-organizacional da classe trabalhadora 2. Descentralização do trabalho como eixo estruturador das identidades individuais e coletivas 3. Obsolescência do conflito capital-trabalho como contradição fundamental das sociedades contemporâneas conseqüências
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16. Offe 2) haveria atualmente uma tendência ao reconhecimento, pelos trabalhadores, dos custos crescentes e benefícios decrescentes associados ao trabalho e à renda. A sobrecarga física e psíquica do trabalho e seus riscos para a saúde seriam desestímulos cada vez mais para a intensificação individual do trabalho, ao passo que as aspirações e desejos de auto-realização (lazer, família, auto-estima, ócio etc.) seriam tendencialmente construídos fora do trabalho ou em oposição ao estresse e insatisfação associados ao trabalho;
17. Offe 3) os ambientes de vida anteriormente estruturados em torno do trabalho encontrar-se-iam em desagregação em decorrência das descontinuidades freqüentes entre formação individual e postos de trabalho ocupados e do crescimento do tempo de desemprego nas trajetórias profissionais. As tradições familiares, vínculos organizacionais e modalidades de lazer, educação e consumo antes estruturados em torno do pertencimento ao trabalho seriam minadas pela rotatividade entre ocupações distintas e pelo desemprego, obstaculizando a construção de raízes coletivas, sob a forma de uma cultura proletária comum.
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19. Refer ê n cias B ibliográficas ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho . Ensaio sobre afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999. BONFIM, Antonio Carlos Ferreira. “A descentralidade do trabalho na versão antropológica habermasiana da autoformação do homem”. Trabalho e Educação , Belo Horizonte, 7: 63-75, jul /dez – 2000. CHAIU, Marilena. O que é ideologia ? Cole ção Primeiros Passos, 38.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. GORZ, Andre, Crítica da divisão do trabalho. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. KONDER, Leandro. Marx Vida e Obra. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor. 1968. LUKÁCS, Georg. A reprodução da sociedade como totalidade. Revista Estudos de Sociologia . UNESP. n.1, 1996. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã . 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006. SOUSA, Marcelo Alves. “A tese da perda de centralidade do trabalho como despolitização do capitalismo contemporâneo”. Enfoques , Rio de Janeiro, jul. 2004. Disponível em <http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br/julho2003/04.html> Acesso em 13 Abr 2007.