Este subsídio procurará abordar exaustivamente, sem querer ser a última palavra no assunto, mas com o objetivo de auxiliar, o tema Liderança Cristã. Assim, a finalidade deste subsídio é “compreender que o líder cristão autêntico é aquele que não perde o senso de dependência de Deus; distinguir as características de um verdadeiro líder e descrever os tipos de lideranças encontradas no seio da igreja”. Bom estudo!!!
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EBD 1º Tri 2010 Lição 11 - 14032010 - Subsídio
1. Subsídios para Escola Bíblica Dominical
Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Ministério de SBCampo
CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER
Resumo
O subsídio desta semana (Lição 11 – 1º Trimestre de 2010 - de 14/03/2010) da Revista
“Lições Bíblicas” de Jovens e Adultos, que está abordando o tema “Eu, de muito boa vontade,
gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas”, (um estudo na 2ª epístola de Paulo aos
Coríntios), traz o assunto da Autenticidade do Líder Cristão, com o título “Características de
um Autêntico Líder”. O texto áureo desta lição está registrado em 2ª Co 11.2, que diz “Porque
estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como
uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. O comentarista, Pr. Elienai Cabral, extraiu
do texto base (2 Co 10. 12-16; 11. 2,3,5,6), a seguinte verdade prática “Um líder cristão
autêntico é aquele que tem por objetivo maior servir a Deus e à sua igreja”. Com isto, este
subsídio procurará abordar exaustivamente, sem querer ser a última palavra no assunto, mas
com o objetivo de auxiliar, o tema Liderança Cristã. Assim, a finalidade deste subsídio é
“compreender que o líder cristão autêntico é aquele que não perde o senso de dependência de
Deus; distinguir as características de um verdadeiro líder e descrever os tipos de lideranças
encontradas no seio da igreja”.1 Bom estudo!!!
Palavras-Chaves: líder; liderança cristã
Introdução
Nesta seqüência de aula encontramos Paulo demonstrando mais uma vez que vivia
uma vida segundo a vontade de Deus. Que cumpria seu chamado seguindo o maior exemplo
de todos os tempos: Jesus, o Mestre dos mestres. Desta forma ele demonstra que pode sim ser
imitado e seguido conforme escreveu em algumas de suas cartas (1 Co 11.1). No entanto, em
momento algum vemos em Paulo o autoelogio, o autoreconhecimento, como faziam seus
oponentes. De forma nenhuma se coloca acima de alguém, mas podemos observar um Paulo
humilde que reconhece que depende do Senhor Deus para absolutamente tudo. E é
exatamente sobre isto que falaremos nesta lição. O exemplo de liderança deixado para a igreja
de Cristo pelo apóstolo Paulo, ainda uma vez defendendo seu ministério de pseudo mestres.
1
LIÇÕES BÍBLICAS. Jovens e Adultos. 1º Trimestre de 2010. CPAD, 2010. 78 p.
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Características de Paulo como líder
No versículo 12 do texto base para esta aula, encontramos o apóstolo dizendo: “pois
não ousamos contar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas
estes, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, estão sem
entendimento”. Paulo aqui demonstra alguma ironia, segundo alguns estudiosos, ao
mencionar seus oponentes fazendo autojulgamento. O que acontece aqui parece ser o
seguinte, Paulo, parece estar querendo dizer que como eles (seus opositores) não têm uma
forma digna e verdadeira de comparação, então precisam fazer julgamentos deles mesmos. O
que segundo os padrões de Cristo não é recomendável, pois se há alguma medida ou
parâmetro para o cristão, este deve ser tão somente Cristo.
Aliás, se formos aprovados pelos homens e reprovados por Deus, de que adianta esta
aprovação se o Mestre dos mestres não aprovar?
Vejamos uma afirmação muito apropriada de CHAMPLIN, 1995, a este respeito: “O
verdadeiro ideal na direção do qual nos devemos esforçar por avançar é o próprio Cristo, o
que torna inútil qualquer confronto entre nós e os outros homens. Estamos sendo
transformados segundo a sua imagem, e nosso progresso espiritual deve ser medido pela
extensão em que já tivermos assumido a expressão do seu ser, e não pelo modo como já
estamos adiante dos outros2”.
Precisamos nos preocupar com nossa aprovação diante do Rei, não se somos melhores
que este ou aquele. É do conhecimento de todo cristão que no Reino de Deus os padrões não
são semelhantes aos padrões do mundo, ou seja, o líder deve servir e não ser servido. E,
infelizmente, em algumas situações há pessoas que se esquecem disto e assim como os
oponentes de Paulo julgam a si mesmos superiores aos outros, trazendo muitas vezes
prejuízos enormes à igreja de Cristo.
Na seqüência, Paulo continua discorrendo sobre sua postura, falando a respeito dos
limites colocados pelo Senhor Deus ao trabalho designado a ele e também o espaço
geográfico delimitado, e que procurava obedecer estes limites, não seguindo a mesma direção
de seus oponentes que além de ocupar um lugar que provavelmente não lhes foi designado,
louvam-se a si mesmos por um trabalho não realizado por eles.
“Nós, porém, não nos gloriamos além da medida, mas conforme o padrão de medida
que Deus nos designou para chegarmos mesmo até vós;”
Ao empregar o pronome nós Paulo, deixa claro que ele e seus companheiros não
ultrapassavam “as medidas” a eles impostas, como analisa CHAPLIN “...sem medida...”, no
original grego, é <ametros>, <incomensuravelmente>, <além dos limites>, isto é,
<excessivamente>.
“...respeitamos o limite da esfera...”, isto é, <...segundo a medida do cânon>, o que
indica a medida, a regra, o limite determinado por Deus. O vocábulo grego <kanon> significa,
literalmente, <vara>; e antigamente referia-se a instrumentos de medir. Pode significar, por
conseguinte, <regra>, <padrão>, <limite>, <província>, <região determinada>.
2
Grifo e destaque da autora
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Paulo aguardava sempre pela vontade de Deus para agir em qualquer situação. Paulo
sempre permaneceu no lugar que foi designado a ele segundo a vontade divina, colhendo os
frutos de seu próprio trabalho e gloriando-se de seus trabalhos de forma comedida sem
exageros, sem ultrapassar qualquer limite.
Ainda no versículo 17 encontramos a orientação de Paulo: “Aquele, porém, que se
gloria, glorie-se no Senhor”. Quando o apóstolo escreve estas palavras nos mostra que
reconhece totalmente a soberania de Deus, pois tudo pertence a Ele e vem dele, as bênçãos
espirituais e materiais, “que os homens possuem por ser ele a origem de todo o dom perfeito e
celeste”.
Só o nosso Senhor pode fazer um julgamento verdadeiro a respeito de alguém, pois só
ele conhece o interior de alguém, seus pensamentos e intenções. Que haja em nós a
preocupação de sermos aprovados por Deus que é o único que “pode derrubar todas as
decisões tomadas pelos homens”. Apenas pelos olhos de Cristo que é verdadeira luz e mostra
toda realidade como realmente é.
Nos versículos seguintes do texto base para este estudo (2 Co 11. 2,3,5,6), o apóstolo
mostra um zelo muito grande pela “noiva de Cristo”, sente-se enciumado por conta do assédio
dos falsos mestres e o perigo que eles representam podendo, inclusive, corromper a noiva do
Cordeiro.
Ainda nestes versículos encontramos Paulo se defendendo ainda de seus opositores,
afirmando que todo o conhecimento que tinha de Cristo havia-o transmitido a igreja de
Corinto. Segundo, ainda, ele mesmo, poderia não ser um exímio orador, porém, sabia muito
bem a respeito do que falava.
Que tipo de líder Deus quer usar
Segundo o minidicionário Houaiss da língua portuguesa a definição das palavras líder
e liderança são respectivamente: Líder: chefe;guia / quem atrai seguidores. Liderança: espírito
de chefia; posição ou característica de líder; pessoa que possui esse espírito ou pessoa(s) que
exerce(m) essa chefia.
Quando pensamos em um líder, logo pensamos em alguém que convence seguidores
de que pode resolver seus problemas da melhor e mais eficaz maneira. Um bom líder tem
sempre respostas e soluções para os seus seguidores. Ele sabe o caminho a seguir, ou pelo
menos convence seus seguidores de que tem competência.
Para um líder guiar, precisa ter autoridade. Se o líder é escolhido desconsiderando-se
os critérios de Deus e os valores bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo.
Temos um grande exemplo desse, quando Israel escolheu Abilmeleque para reinar sobre eles
(Jz. 9). É de grande importância o momento em que vamos escolher um líder.
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Exemplos bíblicos de homens escolhidos por Deus
José: Um líder ideal moldado em uma prova severa de rejeição. A história de José
apresenta-nos um homem humilde de princípios. Era na verdade, o filho favorito de seu pai
Jacó, mas nem por isso é orgulhoso ou soberbo, mas sim seu desejo era de sempre ajudar seu
pai e obedecê-lo.
Os sonhos que Deus deu a José convenceram não do fato de que ele era muito bom
para servir outras pessoas, mas pelo contrário, de que Deus o tinha escolhido para uma tarefa
especial. José foi tentado de várias formas, mas ele não vacilou, pois havia nele um caráter
bem desenvolvido. Com todas as provações nunca encontramos ele murmurando ou querendo
se vingar de seus inimigos. Mas onde quer que ele fosse sua vida era próspera e todos eram
abençoados e o Senhor estava com ele. José foi um líder bem sucedido porque tinha completa
confiança em Deus.
Moisés: um homem preparado e usado por Deus. O potencial da liderança de Moisés
teve origem na criatividade de sua família (Hb. 11.23). Quando recusou ser neto de Faraó,
demonstrou convicção e firmeza. Escolheu ser maltratado e viver fora do palácio. Expressou
segurança pessoal sabendo que Deus o tinha separado para uma sublime missão. Demonstrou
fé nas promessas de Deus e se submeteu a Deus e a seus propósitos por 40 anos no deserto.
Moisés demonstrou incríveis qualidades de liderança durante os 40 anos de jornada
pelo deserto. A paciência e a perseverança pela glória de Deus são as qualidades que
sobressaem. Moisés foi um líder corajoso diante do perigo, criativo diante da rebeldia, e
manso diante das circunstâncias difíceis e impossíveis. Exemplo: Enfrenta o Mar Vermelho.
A sua confiança estava intimamente em Deus.
As qualidades de um líder:
A) Desempenho atual: é a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual
que uma pessoa se encontra.
B) Iniciativa: é a habilidade de ser um auto-indicador. Moisés tomou sua posição ao
lado dos escravos hebreus rejeitados quando matou o mestre de obras egípcio que
batia no hebreu. Como líder mostrou a sua compaixão pelos oprimidos.
C) Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e a confiança de outras pessoas.
Moisés ganhou desde o princípio a confiança do povo hebreu.
D) Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do
grupo. Embora Moisés acreditasse que não tinha eloqüência (boca pesada), durante
o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação com vários níveis
de pessoas. E ainda mais, teve o privilégio de falar face a face com Deus (Deut.
34.10).
E) Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas
na evidência. Moisés julgou corretamente ao reprovar a criação do bezerro de ouro
e sua consequente adoração como repúdio diante de Deus (EX. 32.1-6).
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F) Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso
efetivo do tempo. Moisés mais uma vez se sobressai nessa categoria. Tirando o
povo do Egito, dando a Lei, construindo o Tabernáculo e as cerimônias pelas quais
Israel tinha como se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.
G) Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de se ajustar ao
inesperado. De príncipe para pastor de ovelhas e até um porta-voz de Deus e um
líder da nação de Israel, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade.
H) Afetividade: É a habilidade para controlar sentimentos pessoais, uma mente aberta.
A reação de Moisés a sugestão de Deus de que iria destruir Israel da face da terra e
fazer de Moisés uma grande nação, demonstra como este era desprendido de
sentimentos pessoais e de ambição e orgulho (Ex. 32.11-13). Moisés como líder
tinha essas oito características importantes para um líder.
Moisés além dessas características importantes para um líder, em seu viver
demonstrava um grande relacionamento com Deus e obediência e comunhão com Ele e uma
vida de constante oração.
Temos ainda um exemplo de um filho que teve uma boa educação e foi um grande
líder: Suzana Wesley, impactou o mundo por meio da influência que exerceu na educação de
seus filhos John e Charles Wesley, os quais fundaram o metodismo do século XVIII na
Inglaterra. Ela ensinou a seus filhos a ter autoridade, domínio, sucesso, sofrer,
responsabilidade, disciplina, liberdade, planejamento, iniciativa, vitória, propósito, liderança,
amor, segurança, alegria, firmeza, determinação, lealdade. Essas qualidades são fundamentais
para um líder.
Davi: um homem de coragem e determinação. O rei Davi segundo nos mostra as
Escrituras Sagradas, foi um modelo de liderança hábil. Antes mesmo de alcançar a
maturidade, enfrentou bravamente animais ferozes como o urso e o leão, defendendo assim
suas ovelhas (ISm 17.35). Com coragem inspirada pela fé no Deus Todo poderoso, enfrentou
Golias, o gigante. Sem ter experiência de batalha, nem treinamento especial, a sua confiança
estava somente em Deus e não temeu nem a morte, e foi vencedor.
Podemos encontrar em Davi um homem que elevou sua lealdade de rei ungido de
Deus para um nível raramente visto. Saul, pelo contrário, era tão instável quanto a água,
mentindo constantemente por causa de sua inveja e medo, conspirando contra Davi para
derrubá-lo. Mesmo sabendo que Deus o havia escolhido para substituir Saul como rei, Davi,
ainda assim, apoiou o líder constituído da nação. Várias vezes o mesmo Deus entregou Saul
nas mãos de Davi e ele o poupou, sendo admirado pelo próprio Saul.
Quando pecou e foi repreendido pelo profeta Natã, se humilhou e arrependeu-se
profundamente, o Salmo 51 diz como Davi sentiu as feridas de sua consciência. Qualquer
líder que é inclinado a arrepender-se superficialmente não é digno de sua posição com um
modelo exemplar. Davi amou intensamente seu filho Absalão, mesmo sendo o seu inimigo
cruel, rebelde e traiçoeiro. Chorou amargamente sua morte.
O poder e a fama não fizeram Davi insensível às outras pessoas. Deu valor a justiça,
quando saiu a batalha, trouxe o despojo e repartiu igualmente para todos, mesmo aqueles que
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não foram receberam igualmente. Davi demonstra um padrão de vida em seus salmos: “Oh,
Deus tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu
corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim eu te contemplo no santuário,
para ter a tua força e a tua glória (Sl 63.1,2).
A inclinação de seu coração repousava em Deus. Esta foi a sua disposição, um ardente
almejo da intimidade com Deus que é refletida em muitos salmos compostos por Davi. A
biografia bíblica de Davi revela o processo pelo qual Deus elevou esse jovem a uma estatura
mundial. Aos olhos de seu pai era improvável que Davi se tornasse um líder da nação de
Israel, tanto que Samuel teve que perguntar a Jessé, se ele não tinha outro filho que Deus
pudesse indicar como sua escolha (ISm 16.11-13). O desempenho de Davi sobre a nação foi
um modelo criado pela sabedoria e poder aplicado ao governo. Entre os princípios
predominantes exemplificados por Davi, o primeiro que podemos fazer menção é integridade,
incluindo as virtudes de honestidade e de veracidade. Davi, desde a sua mocidade, buscava
vencer a tentação da hipocrisia e duplicidade. O segundo princípio foi de confiabilidade
cumpriu a promessa feita a seu amigo Jônatas, por meio de seu filho Mefibosete. E, o terceiro
princípio foi o da justiça, o insensato Nabal quase perdeu a sua cabeça por não reconhecer que
a liderança de Davi baseava-se em total justiça (ISm 25), em vez de subornos, favoritismos e
“panelinhas”. O general Joabe que servia a Davi tão habilmente nas batalhas, mas pecava na
falta deste princípio crucial de orientar sua vida pela justiça, como conseqüência perdeu a sua
vida.
Quarto princípio que fez Davi segundo o coração de Deus. Quando três de seus
valentes romperam o arraial dos filisteus para tirar água da cisterna que estava junto a porta de
Belém, para que Davi bebesse, Davi não bebeu (IISm 23.15-17). Como um grande líder como
foi Davi não se considerava digno de beber da água que foi tirada com o risco de vida para
satisfazer seu desejo.
Muitos outros exemplos de princípios de liderança poderiam ser extraídos das histórias
da vida de homens proeminentes do Antigo Testamento, porém, esses exemplos apresentados
devem ser suficientes para destacar o significado do caráter e da maturidade espiritual na vida
daqueles que Deus escolheu para servi-lo como líderes. As circunstâncias de hoje são
radicalmente diferentes daquelas que envolveram a vida de José, Moisés e Davi, mas, os
princípios e verdades que governavam suas ações e atitudes, ainda podem ser mantidos como
verdadeiros para os dias de hoje.
Observando e refletindo a Palavra de Deus, na vida destes líderes cristãos: como José,
Moisés e Davi, temos grandes lições para serem refletidas e praticadas em nossos dias, ainda
que o contexto seja diferente, os princípios não mudam, e são indispensáveis para nós que
somos chamados por Deus para essa tão importante missão de liderança cristã.
Que a coragem, a confiança, a integridade, a humildade, a responsabilidade, a
paciência, a fé e o amor de Deus estejam constantemente em nosso viver. Que o caráter de
Cristo esteja firmado em nós (Fp. 2.1-9).
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A seleção dos líderes que Deus quer usar
Em nossos dias vemos líderes separando pessoas para a liderança sem estas
verdadeiramente, estarem preparadas para assumirem determinadas funções. Muitas vezes
somos iludidos a olhar para a postura, eloqüência, inteligência e tantas outras qualidades em
pessoas, e, infelizmente, nos esquecemos de orar e esperar a resposta de Deus que conhece a
intenção do coração de cada um. Esquecemo-nos de analisar as experiências passadas dos
futuros líderes como critério para a liderança; nem analisamos o tempo disponível para saber
se realmente o obreiro estará disposto a dedicar na obra. Em nossos dias muitos estão
dispostos a ensinar e não mais em aprender, e isto está causando problemas seríssimos na
igreja, onde as constantes transformações na sociedade exigem mais dedicação à meditação e
ao estudo sério das Escrituras. Por falta desse tempo muitos não se adéquam às novas
realidades e, na administração eclesiástica, acabam por perpetuar certos status culturais
(costumes) diferentes da realidade atual, causando conflitos de gerações e esquecendo-se de
aplicar a essência da Palavra de Deus, e, até mesmo distorcendo-a. E por fim, há muitos
líderes com sérios problemas acerca da convicção de suas chamadas. Ao se confrontar com a
primeira dificuldade o líder, não perseverante, deixa de lado toda a obra, desistindo sem
nenhum temor, como se tudo o que ele conquistara fosse propriedade dele e não do Senhor
que o permitiu chegar àquela posição.
Nos tempos bíblicos percebemos que os líderes mais bem sucedidos foram àqueles
colocados por Deus e segundo o Seu coração. Portanto é viável aguardar a resposta do
Espírito de Deus na separação de pessoas maduras para obra dEle (At 13.2-3). Não
confundindo a maturidade com a idade. Maturidade tem está relacionado com as grandezas
das experiências que passamos na vida e a capacidade de absorvê-las, já idade está
relacionada com a quantidade de aniversários que realizamos.
Nos dias atuais precisamos de homens dispostos, perseverante e aprovados para a obra
de Deus. Para isso, os atuais líderes da igreja precisam, mais do que nunca, rever seus
conceitos e critérios a fim de enquadrar-se nas orientações bíblicas.
Notemos os critérios de Paulo para o ministério: não pode ser um novo convertido e
precisa ter boa reputação (1Tm 3.6-7; Cl 1.28). Tiago escreveu: "Meus irmãos, não vos
torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo" (Tg 3.1). Pedro
escreveu para os anciãos na Ásia Menor, indicando que ele tinha em mente os homens mais
experientes e aprovados nas igrejas (1Pe 5.1; At 14.23). Hebreus sugere que a função de
liderança dos mestres deve ser reservada àqueles que tem estado na igreja por tempo
suficiente para serem provados (Hb 5.11-14).
A sabedoria ensina que o líder seja maduro, e não infantil. Isso significa que a
elasticidade emocional substitui a infantilidade emocional de altos e baixos. A igreja em
corinto sofreu da praga de líderes imaturos e infantis que dividiam o corpo de Cristo em
facções e criavam tensão através de inveja e de discórdia (1Co 3.1-3).
Quando jovens são entregues a posição de liderança eclesiástica gradativamente, e
sendo avaliados a cada novo estágio da carreira, com certeza haverá boa qualidade na
liderança.
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Conclusão
Ao estudarmos o exemplo de Paulo e de outros grandes homens que Deus escolheu e
usou de forma espetacular para a realização de sua obra podemos desejar aquilo que só o
próprio Deus nos pode dar, “o desejo de uma bondade que é acesa e alimentada pelo amor de
Cristo”.
Se...
(Douglas Malloch)
Se você não puder se um pinheiro no topo da colina,
seja um arbusto no vale – mas seja
O melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puder ser uma árvore.
Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva,
E dê alegria a algum caminho.
Se não puder se almíscar, seja então, apenas uma tília –
Mas a tília mais viva do lago!
Não podemos ser todos capitães, temos de ser tripulação.
Há alguma coisa para todos nós aqui.
Há grandes obras e outras menores a realizar.
E é a próxima a tarefa que devemos empreender.
Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda,
Se não puder se Sol, seja um satélite;
Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso –
Mas seja o melhor do que quer que você seja!
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Referências
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Almeida Revista e Corrigida.CPAD, 1995.
CARVALHO. Ailton Muniz. Os dez Mandamentos de líder idôneo para o século XXI. São
Paulo: Novo Século, 1996.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo,
1995.
GABY. Wagner. Relações públicas para líderes cristãos. Rio de Janeiro: CPAD, 1990.
HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Atos a Apocalipse. Tradução: Luis
Aron, Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SHEDD. Russell P. O líder que Deus usa.
São Bernardo do Campo, 09 de março de 2010.
Carolina Souza da Silva3
Revisão Teológica:
Valter Borges dos Santos4
3
Superintendente da EBD – AD Thelma. E-mail: carolinaslv@ig.com.br
4
Evangelista, pastor AD Thelma. E-mail: valtergislene@uol.com.br
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