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Erros mais grosseiros_do_portugu%c3%a_as[1]
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ERROS GROSSEIROS NA LÍNGUA PORTUGUESA
Para que um falante seja competente na língua escrita, é necessário:
— que consiga interpretar satisfatoriamente um texto alheio;
— que tenha capacidade para elaborar um texto sempre conceptualmente coerente;
— que o seu texto tenha coesão: esteja bem ligado entre os termos usados e entre as
frases, formando um conjunto globalmente harmónico;
— que transmita no texto uma mensagem perfeitamente inteligível, ou que comunique
com uma obra poética de razoável profundidade subliminar.
Para que um texto tenha valor literário, tradicionalmente ponderam-se também as
características clássicas de qualidade na língua: pureza; concisão, escolha perfeita do
vocabulário usado, harmonia de sons, clareza, unidade, ordem.
Ora supondo que tudo o que acima se disse foi satisfeito num texto, mesmo assim o
seu autor não pode considerar-se verdadeiramente competente na língua, se não a
usar com correcção (é o "saber idiomático" em Bechara, a norma da correcção). Isto é, o
apreço sobre a competência escrita de um falante pode ser altamente prejudicado, se
ela for acompanhada de erros na escrita ortográficos ou gramaticais (e não se
compreende como, naquilo que o falante escreve sobre o que pensa, se possam ignorar
estas deficiências na sua competência escrita). Um relatório, até de elevado valor
técnico ou económico, perde prestígio se for elaborado com erros de português. A um
nível elevado de responsabilidade, os erros na escrita são mesmo inaceitáveis
Ora os erros mais frequentes na escrita da nossa língua são do seguinte tipo:
CONSTRUÇÃO DA FRASE: regência (ex.: *`digo eu de que´), ordem (ex.: `ele vem
só´ é diferente de `ele só vem´; flexões de verbos [ex.: *`tu vistes´] concordância (ex.:
*`o ênfase´), propriedade semântica (*`cabecilha de orquestra´, em vez de mestre, pois
cabecilha aplica-se mais a revoltosos), pontuação [ex.: *`A Maria, abriu, a porta), etc.
ORTOGRÁFICOS: letras normalizadas ou de tradição lexical na palavra (ex.:
*assúcar, *jovenil), morfologia (ex.: *todaviamente), acentos (ex.: *outrém, *orgão),
hífen [ex.: *cor-de-vinho, bemaventurado), maiúsculas (ex.: *antónio, *Sábado),
translineação (ex.: *caval-| |heiro).
A verdade, porém, é que nem todos os erros na escrita têm a mesma gravidade. No
«Prontuário» da Texto Editores o Autor distinguiu três graus de gravidade 1: desvios
aceitáveis mas que devem ser evitados num texto exigente (ex.: logotipo → correcto:
logótipo), desvios desaconselháveis (ex.: reprise, gal. → correcto: reposição) e desvios
inaceitáveis (na generalidade os ortográficos e muitos sintácticos). Vd. página "Desvios
na língua de diferente gravidade".
2. No entanto, ainda mesmo nos desvios de escrita inaceitáveis, “uns são mais graves do
que outros”, e há desvios na prosódia que as comunidades linguísticas repudiam
francamente. Muitos desvios dão, efectivamente, a ideia de que o seu autor não
conhece as regras básicas e de que será talvez pessoa de cultura rudimentar. No caso
de ser pessoa pública, pode aparecer logo quem acintosamente diga: «ele nem
português sabe...»
Assim, são mesmos estes desvios graves, que aqui designamos por erros grosseiros,
que devemos cuidadosamente evitar. A colectânea seguinte é um conjunto de alguns
desses erros, feita com base no «Prontuário» da Texto Editores, do Autor. A lista é
aberta e será aumentada sempre que possível:
altitude → O termo deve ser só aplicado à cota geométrica (altitude em relação ao
nível do mar) e não com o sentido de altura, incorrectamente: *`a altitude duma
árvore´
antes quero ou prefiro → É um erro grosseiro associar `antes´ com `prefiro´: *`antes
prefiro´.
anti-hepático, anti-séptico, anti-rugas → Quando o segundo elemento duma estrutura
com unidade semântica começa com h (e esta letra é obrigatória), é normal o
hífen. Considera-se um erro grosseiro a grafia *antihepático (h nunca fica no
interior duma palavra, salvo como símbolo em ch, lh, nh); notar que algumas
expressões perderam o h na fusão dos elementos (ex.: coabitar, desumano,etc.).
Também é um erro grosseiro *antiséptico, *flexisegurança ou *antirugas
(intervocálicos, s tem valor de z, e r o valor alveolar, como em caro); no novo
acordo, muitas destas palavras duplicam a consoante como já se faz em
termossifão ou em biorritmo). Notar a curiosidade de se estar a substituir o termo
correcto flexissegurança pelo abreviado flexigurança, por razões políticas:
aférese no termo segurança, posto em dúvida.
ao encontro → É um erro grosseiro dizer-se *`foi de encontro à ideia´, pois `de encontro
a´ significa choque.
cacofonias → Devem-se evitar agrupamentos que sejam cacófatos: *`essa cana, me
herda, terá que´, etc.
caracteres, esfincteres, tónica ¦té¦ → É um erro grosseiro considerar estas palavras
esdrúxulas: *`carácteres, esfíncteres´. No entanto escreve-se: hífenes em Portugal,
plural de hífen.
com certeza → A escrita com fusão dos elementos é um erro grosseiro: *concerteza
coma → O coma, estado médico de coma, é um termo masculino, e não tem acento,
sendo erros grosseiros escrever-se: *`a coma, o côma´. Só é feminino quando
significa vírgula, sinal. Contrariamente deve escrever-se uma entorse e não *`um
entorse´ porque é substantivo feminino.
concordância → `Quem´ leva o verbo para a terceira pessoa do singular, logo são
erros grosseiros: *`foram eles quem fizeram´ (correcto: quem fez), *`fui eu quem fiz
´ (correcto: quem fez). Diferentemente, `um dos que´ leva o verbo para a
terceira pessoa do plural, logo é um erro grosseiro: *`eu sou um dos que faço´
(correcto: um dos que fazem).
3. Com o verbo ser ou parecer, excepto quando o sujeito é uma pessoa, o verbo
concorda com o predicativo, logo são erros grosseiros, por exemplo: *`é dez horas
´ (correcto: são dez horas); *`o importante é as dívidas´ (correcto: são as dívidas);
mas deve escrever-se: o João é as honras da turma.
O número das páginas é masculino, logo é um erro grosseiro: *`na página vinte
e duas´ (*correcto: [número] vinte e dois).
Com indefinidos inflexíveis (ninguém, tudo, cada um, nada, parte, etc. ou com
colectivos, o verbo vai para o singular, logo são erros grosseiros, por exemplo:
*`cada um deles fizeram´ (correcto: fez); *`a totalidade dos alunos faltaram ao
exame (correcto: faltou), *`o congresso dos advogados criticaram a justiça´
(correcto: criticou).
Nas percentagens, o verbo concorda com a grandeza avaliada, logo é um erro
grosseiro *`10% do conjunto de casas estão vendidas´ (correcto: está); mas a regra
não é taxativa, pois estilisticamente pode haver vantagem em não a seguir: `10%
da turma são bons alunos´ (correcto: é constituída por bons alunos).
conselho (dar um c.) → É frequente confundir na escrita o conselho (recomendação,
reunião) com o concelho (subdivisão territorial).
consigamos ¦gâmos¦, possamos ¦ssâmos¦→ Na primeira pessoa do plural há uma
tendência errada para manter a tonicidade do singular: que eu consiga, que tu
consigas, *`que nós consígamos´, que eu possa que tu possas, *`que nós póssamos´.
contive-me, conteve-se; entretiveste, entretiveram, → Nestes verbos irregulares que
seguem o paradigma do verbo ter (ex.: conter, deter, entreter, manter, obter,
reter, etc.), não os conjugar como ter, é um erro grosseiro: *`conti-me, conteu-se;
entreteste, entreteram, etc.´). Notar que nem todos os verbos terminados em -ter
seguem este paradigma: os regulares (ex.: combater, derreter, meter, reverter,
etc.) conjugam-se de outra forma (ex.: meti-me, meteu-se, combateste,
combateram). O erro nos irregulares é uma consequência de se seguir o
paradigma dos regulares.
cumprimento → Deve-se distinguir na escrita o cumprimento (saudação) do
comprimento (dimensão)
de (apesar de isso ser; digo eu que) → Em construções de infinitivo fundir o `de´ é
errado: *`apesar disso ser´. Com declarativos (como dizer, falar, comunicar,
anunciar, afirmar, etc.) a preposição é proibida: *`digo eu de que´.
de madeira → É considerada galicismo a expressão *`em madeira´ (ou outro qualquer
material)
de mais e demais → De mais opõe-se a de menos; é um erro grosseiro escrever: *`tem
sal demais´. Demais pode modernamente ter o sentido de demasiado, mas só com
adjectivos ou advérbios (exemplos: `é parvo demais´, `foi tarde demais´, em
especial quando não faz sentido ser oposto a de menos).
diminutivo → Demonstra ignorância pronunciar: *¦diminuitivo¦, por semelhança
fonética com diminuir, diminuição
divisão silábica (na translineação) → São erros grosseiros separar ditongos
decrescentes: *go-| |ivo. É um erro grave separar os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu, ou
aqueles que formam vogais nasais, como am, an, em, en, im, in, om, on, um, un
(exemplo de erros graves: *`cac-| |ho; pe-| |nte; li-| |mbo; colo-| |mbo; tu-| |
4. mba´. Não se devem separar muitos grupos de b, c, d, f, g, p, t, v com l ou com r
(exemplo de erros graves: *`celeb-| |rar; ac-| |lamar; cáted-| |ra; af-| |luir;
reg-||rado; rep-| |rimir; at-| |lético´.
ênfase → Ênfase é um termo feminino, sendo portanto, errado dizer-se: *o ênfase.
enquanto → A associação de `enquanto´ com `que´ é considerada pelos puristas um
galicismo condenável: *`enquanto que´. Alguns inovadores entendem que esta
associação já entrou na língua.
entrevi, entreviu → Nestes verbos com o mesmo paradigma de ver, não os conjugar
como ver é um erro grosseiro: *`entrevim, entreveio´). No verbo intervir é que
existem formas semelhantes: intervim, interveio; mas neste verbo também se pode
errar (ver intervindo).
falar-nos-iam → A conjugação pronominal neste caso faz-se com mesóclise. É um erro
grosseiro escrever: *`falariam-nos´.
Florida, tónica ¦ri¦ → O uso desta pronúncia inglesa entre nós é considerado
ignorância: *Flórida.
gente, a gente vai → gente leva o verbo para a terceira pessoa do singular e não
para a primeira do plural, erradamente: *`a gente vamos´.
grama → Massa ou peso, é masculino. Considera-se falta de conhecimento dizer: *`tem
umas gramas a mais´.
grande → Pode-se dizer o mais pequeno, mas é tradicionalmente considerado um erro
grosseiro dizer: *`o mais grande´, pois deve-se neste caso dizer o maior.
guardar-mos, guardarmos → É um erro grosseiro confundir a conjugação pronominal
com a flexão verbal do infinitivo flexionado ou do futuro do conjuntivo (exemplos
de erros: `tu vais *guardarmos [me + os], para quando eu precisar deles´ ou `se
nós *guardar-mos no cofre, fica seguro´).
hás-de, hão-de → Como se diz: eu hei-de, ele há-de, a tendência é dizer erradamente:
*`tu hades´ e *`eles hadem´.
haverá festejos → O verbo haver com o sentido de existir só se conjuga no singular.
Dizer: *`haverão festejos´ é um erro grosseiro.
interviesse, interveio → Nestes verbos com o paradigma de vir, não os conjugar como
vir é um erro grosseiro: *`intervisse, interviu´. No verbo entrever é que existem
formas semelhantes (ver entrevi)
intervindo (tenho intervindo) → Nos tempos compostos de verbos com paradigma
igual ao do verbo vir, é preciso atender a que o particípio passado deste verbo é
igual ao gerúndio: ``tenho vindo´ e não *`tenho vido´, logo, é um erro grosseiro
*`tenho intervido´.
juniores, seniores, tónica ¦ió¦ → Há a tendência de pronunciar o plural de júnior e de
sénior com acentos nas mesmas sílabas. Notar, porém, que isso colocaria o acento
tónico antes da antepenúltima sílaba o que é também um erro grosseiro em
palavras com todos os elementos aglutinados: *`júniores, séniores´.
NOTA: Também é errada a pronúncia com o semifechado: *¦ô¦.
5. líder, líderes ¦lídèrs¦, repórteres ¦pórtèrs¦ → Pronunciar mudos os ee destas
palavras é considerado um erro: *`¦lídrs¦, ¦pórtrs¦´.
molho ¦ô¦, rego ¦ê¦ → Segundo as normas em vigor, não se acentuam na
generalidade as homógrafas heterofónicas. São portanto erros grosseiros:
*môlho, *rêgo, etc.
Nobel, prémio Nobel, tónica ¦bél¦ → O mecenas que instituiu o prémio chamava-se
Nobel e não erradamente: *Nóbel.
Oceânia → A pronúncia com tónica em i é um erro grosseiro em Portugal: *Oceania.
odeia → A pronúncia sem o e, frequente, é um erro grosseiro *odia.
outrem → Porque frequentemente as palavras terminadas em `em´ são acentuadas,
como acontece com Santarém, há a tendência para acentuar outrem, mas como a
palavra é grave, isso é um erro grosseiro: *outrém.
param, compara → Porque a primeira pessoa do singular do verbo parar é
acentuada: `pára´, para não se confundir com a preposição `para´, há tendência
para se acentuarem outras formas do verbo parar ou formas compostas com
flexões do verbo parar, erradamente: *páram, *compára.
peras → Como pêra é acentuada, para não se confundir com a preposição antiga pera
(para), também se acentua erradamente o plural: *pêras.
perda (a perda) → Perca é um termo correcto com o sentido de peixe, ou como forma
verbal do verbo perder (que eu perca), mas como substantivo é um erro grosseiro:
*a perca.
pleonasmos → devem-se evitar expressões que repitam a ideia: *`entrar para dentro´,
*`subir para cima´, *`ambos os dois´, *`principal protagonista´ (protagonista já é a
principal personagem), *`breve alocução´ (uma alocução é breve), *`consenso
geral´ (consenso já é geral), *`monopólio exclusivo´ (já há exclusividade num
monopólio),*`hemorragia de sangue´(hemorragia já é de sangue), etc. Ver com o
mesmo tema o capítulo: Linguística > Desvios de gravidade decrescente.
poder-se-ia → A conjugação pronominal neste caso faz-se com mesóclise. É um erro
grosseiro escrever: *`poderia-se´.
pontuação → Desligar com vírgula o sujeito do verbo ou este dos seus complementos
(excepto em estruturas intercaladas) é um erro grave: *`o cão, roeu, o osso´.
Inversamente, não separar por vírgula o vocativo também é um erro grosseiro:
*`Maria anda cá!´. A vírgula só pode existir depois do fecho do parênteses ou do
fecho das aspas: | (),| ou |«», |. Antes da abertura denota ignorância grave das
regras: |*, ()| ou |*, « »|. Numa citação que seja um período, o ponto deve ficar
dentro das aspas, o que não dispensa outro ponto final, se o conjunto termina
outro período; exemplo correcto: “O Vate escreveu: «Se a tanto me ajudar o
engenho e arte.».” Quando o período termina com uma abreviatura, ou outro
símbolo com ponto, é um erro grosseiro repetir o ponto; exemplo de erro: *"está
no r/c..". NOTA: os pontos só existem seguidos em número ímpar (ponto final: um
ponto; reticências: três pontos; interrupção de texto: cinco pontos).
6. por que e porque → Quando o `que´ é equivalente a `qual´ não se pode fundir o `por´
com o `que´, e é um erro grosseiro escrever-se: *`o motivo porque não vou´
(correcto: por que) . Numa interrogação sem o substantivo explícito, o `porque´
não se separa em Portugal, e é errado escrever: *`por que não vais? (correcto:
porque).
proibido → Quando o grupo vocálico `oi´ é pronunciado com hiato, e como se usa o
acento para a diérese do ditongo (ex.: proíbo), a tendência é acentuar *proíbido,
o que é um erro grosseiro, pois a palavra não é esdrúxula e, segundo as regras
ortográficas, o acento não se pode usar quando a vogal não é tónica.
quadrúmano → Pronunciar esta palavra como grave é um erro grosseiro: *quadrumano
¦mâ¦.
quaisquer → Plural de qualquer. São erros grosseiros: *quaisqueres, *qualqueres.
quer (ele quer) → Embora se escreva quere-o, quere-se, é errado escrever *`ele quere´.
questão → Deve dizer-se fazer uma pergunta, levantar um problema Não é aceitável
dizer-se: *`colocar uma questão´, pois quem coloca põe alguma coisa nalgum
lugar.
rubrica → Quer para assinatura abreviada quer para título, a palavra é sempre
grave. É um erro grosseiro dizer: *rúbrica. Também se passa o mesmo com pudica,
mas *púdica está a entrar na língua, porque a comunidade linguística tem
relutância em aceitar pudica.
saem, traem → Porque há a epêntese meramente fonética de um i entre a e e para
dar eufonia ao hiato (o que se faz, por exemplo, na grafia correcta da palavra
creio), há a tendência errada de escrever: *`saiem, traiem´.
sintaxe ¦sse¦ → Há a tendência errada para pronunciar esta palavra como o som
*¦ks¦ de x: *¦sintakse¦
ter de → Com o sentido de dever, é um erro grosseiro a estrutura: *`ter que´.
tóxico ¦kssi¦ → É um erro grosseiro pronunciar o termo com x a valer ch: *¦tóchico¦
tu deste, fizeste, etc. → Há a tendência para confundir a segunda pessoa do singular
com a do plural, erradamente: *`tu destes, fizestes, etc.)
NOVOS (2007-11-08):
acordos, tónica ¦ô¦ → Atendendo a que é frequente no plural a abertura para ó,
semiaberta, da vogal de palavras graves com tónica no singular ô, semifechada
(ex.: porco/porcos) há tendência para se pronunciar erradamente: *¦acórdos¦, o
que ainda não é aceite pela comunidade linguística. Também com tónica ¦ô¦,
segundo o «Prontuário» da Texto, se deve pronunciar em Portugal: abortos,
Agostos, bolos, cachorros, cocos, consolos, engodos, garotos, globos, gostos,
7. gozos, lobos, moços, morros, namoros, pilotos, rebocos, rolos, rostos , sopros,
subornos, etc.
cônjuge → Esta palavra é um substantivo sobrecomum (um só género). Logo deve
escrever-se `ela é o cônjuge´ e não erradamente *`ela é a cônjuge´. Da mesma
maneira, deve ser sempre: o algoz, o bebé, a criança, a criatura, o carrasco, a
testemunha, o verdugo, qualquer que seja o género da pessoa a quem nos
referimos.
Félix → Este antropónimo pronuncia-se ¦lich¦ e não erradamente *¦liks¦; mas Fénix
pronuncia-se ¦niks¦ em Portugal e não erradamente *¦nich¦, .
ortoépia → Pronúncias correctas (em parte segundo Bechara ou «Prontuário» da Texto
Editores):
Oxítonas: cateter ¦tér¦, Gibraltar ¦tár¦, Gulbenkian ¦kiã¦, novel ¦vél¦.
Paroxítonas: arcediago ¦diá¦, aziago ¦ziá¦, cartomancia ¦ssía¦, ciclope ¦kló¦,
clímax ¦klí¦, hissope ¦ssó¦, ibero ¦bé¦, impio ¦pí-o¦ (sem piedade), leucemia
¦mía¦, oximoro ¦mô¦ , Pandora ¦dó¦, policromo ¦crô¦, quiromancia ¦ssía¦,
Salonica ¦ní¦.
Proparoxítonas: álacre ¦á¦, álcali ¦á¦, álibi ¦á¦, anódino ¦nó¦, antífrase ¦tí¦,
aríete ¦rí¦, arquétipo ¦ké¦, brâmane ¦brâ¦, cáspite ¦káspitè¦, Cárpatos ¦ká¦,
cizânia ¦zâ¦, Cleópatra ¦ó¦, Dâmocles ¦dâ¦, díptero ¦dí¦, Éfeso ¦é¦, éolo ¦é¦,
êxodo ¦ê¦, fac-símile ¦ssí¦, fagócito ¦gó¦, farândula ¦rân¦, grandíloquo ¦dí¦,
Héjira ¦é¦, Hélade ¦é¦, hipódromo ¦pó¦, ímpio ¦ím¦ (sem religião), ínclito ¦ín¦,
ínterim ¦ín¦, leucócitos ¦kó¦, monólito ¦nó¦, Niágara ¦niá¦, Pégaso ¦pé¦,
protótipo ¦tó¦,, quírie ¦kí¦, revérbero ¦vé¦, sinonímia ¦ní¦, síndrome ¦ssí¦,
Sófia ¦ssó¦, (topónimo), Sofia ¦fía¦ (antropónimo), Tâmisa ¦tâ¦, Termópilas
¦mó¦, trânsfuga ¦trâns¦, zénite ¦zé¦.
Ver entradas: acordos, caracteres, esfincteres, Félix, Florida, juniores, seniores,
líder, líderes , repórteres, Nobel, Oceânia, quadrúmano, rubrica, sintaxe,
tóxico.
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Ver nota de rodapé na página deste `sítio´ com o título "Desvios na língua de
gravidade decrescente", incluída na rubrica geral "Linguística"