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Noção de Knowing-in-Practice: um
estudo etnográfico em um ambiente
de desenvolvimento de software
Mestrando: Vinicius Porto de Avila
Orientadora: Profa. Dra. Claudia Simone Antonello
Introdução
• Crescente número de pesquisadores enfatizando a centralidade e a
importância estratégica do conhecimento nas organizações;
• Visão tecno-racional da gestão do conhecimento (knowledge
management) X perspectiva social construtivista do conhecimento
na prática (knowing-in-practice);
• Na visão tecno-racional, o conhecimento pode ser compreendido
como um fenômeno com o status de objeto (KOLOSKOV, 2010;
IBERT, 2006);
Introdução
• Em contraste com o nome conhecimento (knowledge), a
perspectiva social construtivista enfatiza o verbo
saber/conhecer (to know/knowing);
• A expressão knowing indica, ao invés de uma propriedade
estática, a capacidade de agir;
• A abordagem social construtivista enfatiza, através da
inserção na prática, a natureza coletiva do saber
(STEHR, 2001; SCHON, 1983; SUCHMAN, 1987; ANCORI et al.
2000; IBERT, 2006).
Questão de Pesquisa
Como o conhecimento é enactado a
partir das práticas de trabalho em um
grupo de desenvolvedores de
software?
Objetivos
Objetivo Geral:
Identificar e compreender o knowing-in-practice de uma equipe de
desenvolvedores de software a partir das práticas de trabalho.
Objetivos Específicos:
• Identificar e descrever as práticas de trabalho do grupo de
desenvolvedores de software;
• Descrever e analisar as relações estabelecidas entre os
desenvolvedores de software que compõem a equipe pesquisada.
Justificativa
• Cooperar para o fortalecimento da perspectiva
sociológica da aprendizagem organizacional;
• Contribuir para a consolidação dos estudos
baseados em prática dentro da academia
brasileira;
• Utilizar método etnográfico para compreender
como a noção de knowing-in-practice é enactada
em uma organização que lida com a informação
de forma ágil, fluída e situada.
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
(ANTONELLO; GODOY, 2010; 2011;
GHERARDI; NICOLINI, 2001)
TEORIAS BASEADAS EM PRÁTICA
(NICOLINI; GHERARDI;
YANOW, 2003; GHERARDI, 2005)
NOÇÃO DE PRÁTICA
(SCHATZKI, 2001;2006;
GHERARDI, 2010)
KNOWING-IN-PRACTICE
(NICOLINI;GHERARDI; YANOW, 2003)
Eixos Teóricos
PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA DA
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
(EASTERBY-SMITH; ARAÚJO, 2001;
GHERARDI; NICOLINI, 2001)
Procedimentos Metodológicos
• Método Etnográfico: Cavedon (2008); Guber
(2011); Godoy (1995).
– Observação Participante (Diários de Campo);
– Entrevistas (realizadas em setembro e dezembro/2012);
– Pesquisa Documental (Publicações oficias do projeto ELSA-
Brasil, página de internet, blog e wiki da equipe de
desenvolvimento);
– Fotos (para auxiliar nas descrições e análises do campo).
1ª FASE
Contatos
realizados
pessoalme
nte
Pesquisa
document
al
Imersão na
escrita do
texto
etnográfico
2ª FASE 3ª FASE
ANÁLISE DOS DADOS
Pesquisa
sobre
possíveis
campos
Definição do
grupo a ser
pesquisado
Inserção no
campo/obser
vação
participante
Saída do
pesquisador
de campo
Entrevist
as
semiestr
uturadas
CONTRUÇÃO DO
RELATÓRIO
FINAL
Coleta de dados -Anotações em
diário de campo/Análise dos
documentos
Análise do diário de
campo e das
entrevistas
Leituras sobre o tema
Aprendizagem Organizacional
Após a inserção no campo:
Definição da temática e dos
objetivos do trabalho.
Leituras específicas: Teorias
Baseadas em Prática , noção de
Knowing-in-practice e
desenvolvimento de software
Desenho de Pesquisa
Organização/Caracterização
• Equipe de desenvolvimento de software do
projeto ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde
do Adulto);
• Indivíduos pesquisados: 12 integrantes da
equipe:
- 11 Desenvolvedores de Software;
- 1 Relações Públicas.
Espaço Físico e o Cotidiano
• A convivência humana está intrinsicamente ligada ao contexto
em que ocorre, os locais são partes inerentes do fenômeno
(Schatzki, 2005);
• Desenvolvedor inserido em um ambiente;
• Infraestrutura
tecnológica, softwares, manuais, artefatos, linguagem, metod
ologias, normas e regras;
• Saber colocado em ação; práticas diárias performadas em um
espaço físico específico.
Movimento de Chegadas e Saídas
• Movimento de chegadas e a saídas de integrantes alteram a
forma como as práticas são performadas;
• Novos ingressantes aprendem as normas não escritas de
como desempenhar-se eficazmente através de trocas
informais com os mais experientes (Orr, 1990);
• Período de adaptação;
• Pair Programming: oportunidade de
imitar, acertar, errar, aprender e incorporar o que a equipe faz
e como faz;
Cerimônias do Scrum, Pair
Programming e Almoço tecnológico
• Práticas sociais da equipe de desenvolvimento;
• Modos relativamente estáveis no tempo e no
espaço; socialmente reconhecidos; ordenar
elementos heterogêneos; conjunto de atividades;
• As práticas performadas ordenam e estabilizam
comportamentos informais e procedimentos
formais;
Cerimônias do Scrum, Pair
Programming e Almoço tecnológico
• Capacidade de agir “colocada à prova” na ação;
• Prática sofre alterações, se modificando e se molda às
pessoas envolvidas e as necessidades diagnosticadas;
• knowing-in-practice da equipe situado na
prática, constantemente negociado e enactado à
medida que a prática é performada;
• Prática e knowing se relacionam e se complementam;
ambos são provisórios, emergentes e contextuais.
Comunicação da Equipe
• Partilha de informações e conhecimentos gerados
pelos membros do grupo;
• Papel da Relações Públicas;
• Stand-up Meeting;
• Artefatos confeccionados também possuem a
capacidade de apoiar a cooperação e a
comunicação (Svabo, 2003).
Knowing-in-Practice - Considerações
• Conhecimento enactado através das práticas
se transforma rapidamente;
• Softwares “acoplados” ao código-fonte
auxiliam a enactar novos saberes na prática;
• Novos entrantes ou de maneiras distantes de
“pensar o problema”, diferentes interações
ocorrem entre os indivíduos;
Knowing-in-Practice - Considerações
• knowing-in-practice dos desenvolvedores não é um saber
adquirido a priori, se torna saber quando enactado na e
através da ação;
• Uma prática conecta o ‘knowing’ (saber) dos
desenvolvedores com o ‘doing’ (fazer);
• Nova funcionalidade não surge de uma “descoberta”;
• Resultado de trabalho artesanal produzido através das
ações, saberes e experiências do grupo, conscientemente
ou inconscientemente.
KNOWING DOS
DESENVOLVEDORES
DE SOFTWARE
ARTEFATOS
INTERAÇÕES
LINGUAGEM
LOCAL
PRÁTICAS DE
TRABALHO/
PRÁTICAS SOCIAIS
Reunião
definição de
prioridades
Reunião
definição de
tarefas
Retrospectiva
da iteração
Stand-up
Meeting
Pair
Programming
Almoço
Tecnológico
Knowing-in-Practice - Artefatos
• Artefatos do Scrum são entidades negociadas e
confeccionadas pela equipe; dispositivos de
centralização e integração;
• Materializam a ação; carregam consigo saberes
que serão empregados na confecção de novos
saberes;
• Objetos que representam a ação significativa
(Svabo, 2009; Yanow, 2003; Engestrom et
al., 2003).
Knowing-in-Practice - Interações
• Knowing-in-practice articula a natureza emergente do
conhecimento a partir das interações entre as pessoas
(Gherardi, 2008);
• Práticas performadas são “máquinas” produtoras de
interações;
• Interações tornam as pessoas engajadas, competências são
negociadas e alcançadas;
• Saberes enactados através da interação entre os
desenvolvedores; também através da interação entre
indivíduos e equipamentos, manuais, metodologias, etc.
Knowing-in-Practice - Linguagem
• Praticantes adquirem e compartilham jargões utilizando a
linguagem como um meio eficaz para lidar com situações
concretas (Ibert, 2006);
• Linguagem utilizada pelos desenvolvedores está carregada
de saberes enactados na prática;
• Produção social; remodelada e constantemente
renegociada;
• Sentem-se confortáveis para utilizar uma linguagem à
medida que aprendem as normas e as regras dessa
linguagem.
Knowing-in-Practice - Local
• Visão prática do knowing coloca as qualidades do lugar em
evidência (Passi, 2004);
• Espaço habitual compartilhado, composto por equipamentos
e ação, envolvendo relações íntimas de tecnologia e
prática, corpo e pessoa, lugar e atividade (Suchman, 1996);
• Recintos estabilizam a rede de atores e auxiliam no
aperfeiçoamento dos saberes enactados através da ação;
• Ambientes contam com arranjos necessários para que as
interações ocorram e os fenômenos sejam materializados.
Algumas Considerações
• As práticas são performadas no coletivo e possuem relação
direta com os saberes enactados;
• Saberes na prática são complexos, aprendidos e
desenvolvidos nas práticas e pelas práticas (doing, learning
e knowing);
• Toda prática performada pela equipe é uma prática social;
• Knowing-in-practice da equipe não equivale ao mesmo que
conhecimento tácito.
Algumas Considerações
• Práticas performadas pelos desenvolvedores englobam
procedimentos formais e comportamentos informais;
• Achados do estudo vão ao encontro do que os autores dessa
literatura defendem;
• Knowing-in-practice como um fluxo constante de saberes e fazeres;
• “ O conhecimento não é algo que as pessoas possuem em suas
cabeças, mas sim algo que as pessoas fazem juntas”
(Gergen, 1985, p.270).
Limitações e Sugestões para
Pesquisas Futuras
• Saída do Scrum Master, informante do
pesquisador;
• Complexidade do método etnográfico;
• Necessidade de investigar e compreender as
relações de poder existentes entre os
desenvolvedores.
Muito Obrigado!
Mestrando: Vinicius Porto de Avila
Orientadora: Profa. Dra. Claudia Simone Antonello
Contato: adm.viniciusavila@gmail.com

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Noção de Knowing-in-Practice: um estudo etnográfico em um ambiente de desenvolvimento de software

  • 1. Noção de Knowing-in-Practice: um estudo etnográfico em um ambiente de desenvolvimento de software Mestrando: Vinicius Porto de Avila Orientadora: Profa. Dra. Claudia Simone Antonello
  • 2. Introdução • Crescente número de pesquisadores enfatizando a centralidade e a importância estratégica do conhecimento nas organizações; • Visão tecno-racional da gestão do conhecimento (knowledge management) X perspectiva social construtivista do conhecimento na prática (knowing-in-practice); • Na visão tecno-racional, o conhecimento pode ser compreendido como um fenômeno com o status de objeto (KOLOSKOV, 2010; IBERT, 2006);
  • 3. Introdução • Em contraste com o nome conhecimento (knowledge), a perspectiva social construtivista enfatiza o verbo saber/conhecer (to know/knowing); • A expressão knowing indica, ao invés de uma propriedade estática, a capacidade de agir; • A abordagem social construtivista enfatiza, através da inserção na prática, a natureza coletiva do saber (STEHR, 2001; SCHON, 1983; SUCHMAN, 1987; ANCORI et al. 2000; IBERT, 2006).
  • 4. Questão de Pesquisa Como o conhecimento é enactado a partir das práticas de trabalho em um grupo de desenvolvedores de software?
  • 5. Objetivos Objetivo Geral: Identificar e compreender o knowing-in-practice de uma equipe de desenvolvedores de software a partir das práticas de trabalho. Objetivos Específicos: • Identificar e descrever as práticas de trabalho do grupo de desenvolvedores de software; • Descrever e analisar as relações estabelecidas entre os desenvolvedores de software que compõem a equipe pesquisada.
  • 6. Justificativa • Cooperar para o fortalecimento da perspectiva sociológica da aprendizagem organizacional; • Contribuir para a consolidação dos estudos baseados em prática dentro da academia brasileira; • Utilizar método etnográfico para compreender como a noção de knowing-in-practice é enactada em uma organização que lida com a informação de forma ágil, fluída e situada.
  • 7. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL (ANTONELLO; GODOY, 2010; 2011; GHERARDI; NICOLINI, 2001) TEORIAS BASEADAS EM PRÁTICA (NICOLINI; GHERARDI; YANOW, 2003; GHERARDI, 2005) NOÇÃO DE PRÁTICA (SCHATZKI, 2001;2006; GHERARDI, 2010) KNOWING-IN-PRACTICE (NICOLINI;GHERARDI; YANOW, 2003) Eixos Teóricos PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL (EASTERBY-SMITH; ARAÚJO, 2001; GHERARDI; NICOLINI, 2001)
  • 8. Procedimentos Metodológicos • Método Etnográfico: Cavedon (2008); Guber (2011); Godoy (1995). – Observação Participante (Diários de Campo); – Entrevistas (realizadas em setembro e dezembro/2012); – Pesquisa Documental (Publicações oficias do projeto ELSA- Brasil, página de internet, blog e wiki da equipe de desenvolvimento); – Fotos (para auxiliar nas descrições e análises do campo).
  • 9. 1ª FASE Contatos realizados pessoalme nte Pesquisa document al Imersão na escrita do texto etnográfico 2ª FASE 3ª FASE ANÁLISE DOS DADOS Pesquisa sobre possíveis campos Definição do grupo a ser pesquisado Inserção no campo/obser vação participante Saída do pesquisador de campo Entrevist as semiestr uturadas CONTRUÇÃO DO RELATÓRIO FINAL Coleta de dados -Anotações em diário de campo/Análise dos documentos Análise do diário de campo e das entrevistas Leituras sobre o tema Aprendizagem Organizacional Após a inserção no campo: Definição da temática e dos objetivos do trabalho. Leituras específicas: Teorias Baseadas em Prática , noção de Knowing-in-practice e desenvolvimento de software Desenho de Pesquisa
  • 10. Organização/Caracterização • Equipe de desenvolvimento de software do projeto ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto); • Indivíduos pesquisados: 12 integrantes da equipe: - 11 Desenvolvedores de Software; - 1 Relações Públicas.
  • 11. Espaço Físico e o Cotidiano • A convivência humana está intrinsicamente ligada ao contexto em que ocorre, os locais são partes inerentes do fenômeno (Schatzki, 2005); • Desenvolvedor inserido em um ambiente; • Infraestrutura tecnológica, softwares, manuais, artefatos, linguagem, metod ologias, normas e regras; • Saber colocado em ação; práticas diárias performadas em um espaço físico específico.
  • 12. Movimento de Chegadas e Saídas • Movimento de chegadas e a saídas de integrantes alteram a forma como as práticas são performadas; • Novos ingressantes aprendem as normas não escritas de como desempenhar-se eficazmente através de trocas informais com os mais experientes (Orr, 1990); • Período de adaptação; • Pair Programming: oportunidade de imitar, acertar, errar, aprender e incorporar o que a equipe faz e como faz;
  • 13. Cerimônias do Scrum, Pair Programming e Almoço tecnológico • Práticas sociais da equipe de desenvolvimento; • Modos relativamente estáveis no tempo e no espaço; socialmente reconhecidos; ordenar elementos heterogêneos; conjunto de atividades; • As práticas performadas ordenam e estabilizam comportamentos informais e procedimentos formais;
  • 14. Cerimônias do Scrum, Pair Programming e Almoço tecnológico • Capacidade de agir “colocada à prova” na ação; • Prática sofre alterações, se modificando e se molda às pessoas envolvidas e as necessidades diagnosticadas; • knowing-in-practice da equipe situado na prática, constantemente negociado e enactado à medida que a prática é performada; • Prática e knowing se relacionam e se complementam; ambos são provisórios, emergentes e contextuais.
  • 15. Comunicação da Equipe • Partilha de informações e conhecimentos gerados pelos membros do grupo; • Papel da Relações Públicas; • Stand-up Meeting; • Artefatos confeccionados também possuem a capacidade de apoiar a cooperação e a comunicação (Svabo, 2003).
  • 16. Knowing-in-Practice - Considerações • Conhecimento enactado através das práticas se transforma rapidamente; • Softwares “acoplados” ao código-fonte auxiliam a enactar novos saberes na prática; • Novos entrantes ou de maneiras distantes de “pensar o problema”, diferentes interações ocorrem entre os indivíduos;
  • 17. Knowing-in-Practice - Considerações • knowing-in-practice dos desenvolvedores não é um saber adquirido a priori, se torna saber quando enactado na e através da ação; • Uma prática conecta o ‘knowing’ (saber) dos desenvolvedores com o ‘doing’ (fazer); • Nova funcionalidade não surge de uma “descoberta”; • Resultado de trabalho artesanal produzido através das ações, saberes e experiências do grupo, conscientemente ou inconscientemente.
  • 18. KNOWING DOS DESENVOLVEDORES DE SOFTWARE ARTEFATOS INTERAÇÕES LINGUAGEM LOCAL PRÁTICAS DE TRABALHO/ PRÁTICAS SOCIAIS Reunião definição de prioridades Reunião definição de tarefas Retrospectiva da iteração Stand-up Meeting Pair Programming Almoço Tecnológico
  • 19. Knowing-in-Practice - Artefatos • Artefatos do Scrum são entidades negociadas e confeccionadas pela equipe; dispositivos de centralização e integração; • Materializam a ação; carregam consigo saberes que serão empregados na confecção de novos saberes; • Objetos que representam a ação significativa (Svabo, 2009; Yanow, 2003; Engestrom et al., 2003).
  • 20. Knowing-in-Practice - Interações • Knowing-in-practice articula a natureza emergente do conhecimento a partir das interações entre as pessoas (Gherardi, 2008); • Práticas performadas são “máquinas” produtoras de interações; • Interações tornam as pessoas engajadas, competências são negociadas e alcançadas; • Saberes enactados através da interação entre os desenvolvedores; também através da interação entre indivíduos e equipamentos, manuais, metodologias, etc.
  • 21. Knowing-in-Practice - Linguagem • Praticantes adquirem e compartilham jargões utilizando a linguagem como um meio eficaz para lidar com situações concretas (Ibert, 2006); • Linguagem utilizada pelos desenvolvedores está carregada de saberes enactados na prática; • Produção social; remodelada e constantemente renegociada; • Sentem-se confortáveis para utilizar uma linguagem à medida que aprendem as normas e as regras dessa linguagem.
  • 22. Knowing-in-Practice - Local • Visão prática do knowing coloca as qualidades do lugar em evidência (Passi, 2004); • Espaço habitual compartilhado, composto por equipamentos e ação, envolvendo relações íntimas de tecnologia e prática, corpo e pessoa, lugar e atividade (Suchman, 1996); • Recintos estabilizam a rede de atores e auxiliam no aperfeiçoamento dos saberes enactados através da ação; • Ambientes contam com arranjos necessários para que as interações ocorram e os fenômenos sejam materializados.
  • 23. Algumas Considerações • As práticas são performadas no coletivo e possuem relação direta com os saberes enactados; • Saberes na prática são complexos, aprendidos e desenvolvidos nas práticas e pelas práticas (doing, learning e knowing); • Toda prática performada pela equipe é uma prática social; • Knowing-in-practice da equipe não equivale ao mesmo que conhecimento tácito.
  • 24. Algumas Considerações • Práticas performadas pelos desenvolvedores englobam procedimentos formais e comportamentos informais; • Achados do estudo vão ao encontro do que os autores dessa literatura defendem; • Knowing-in-practice como um fluxo constante de saberes e fazeres; • “ O conhecimento não é algo que as pessoas possuem em suas cabeças, mas sim algo que as pessoas fazem juntas” (Gergen, 1985, p.270).
  • 25. Limitações e Sugestões para Pesquisas Futuras • Saída do Scrum Master, informante do pesquisador; • Complexidade do método etnográfico; • Necessidade de investigar e compreender as relações de poder existentes entre os desenvolvedores.
  • 26. Muito Obrigado! Mestrando: Vinicius Porto de Avila Orientadora: Profa. Dra. Claudia Simone Antonello Contato: adm.viniciusavila@gmail.com