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O que faz com que as cooperativas sejam bem sucedidas?
Por admin ⋅ 1 de Novembro de 2012 ⋅ Escrever comentário
NOS Tópicos: cooperativas
R.M. Baseman, investigador associado e conselheiro do Instituto
de Investigação PROUT da Venezuela (PRI-VEN) realizou uma pesquisa passiva na internet para encontrar um consenso mundial
sobre a questão do sucesso das cooperativas. Primeiro, Baseman encontrou uma fonte de artigos e publicações em que os autores
expressaram opiniões e conclusões sobre o sucesso e o fracasso de cooperativas. As fontes reflectem a experiência de todos os
continentes e de mais de 10 países, incluindo os da Organização Internacional do Trabalho, a Aliança Cooperativa Internacional e
das Nações Unidas. Estudando isto, ele localizou 175 factores para o sucesso, que ele agrupou em 13 categorias, em termos de
prioridade, de acordo com o número de respostas semelhantes:
Ambiente de apoio1.
Planeamento sólido antecipado2.
Benefícios económicos reais para os membros3.
Gestão qualificada4.
Acreditar nos conceitos das cooperativas5.
Desenvolvimento de base e liderança6.
Financeiramente auto-sustentável7.
Inovação e adaptação8.
Estrutura eficaz e operacional9.
Trabalho em rede com outras cooperativas10.
Comunicações11.
Interesses comuns dos membros12.
Educação13.
As cooperativas, muito mais do que as corporações, reflectem melhor a vida e os pensamentos dos membros-proprietários. Se os
interesses comuns dos membros e os interesses das cooperativas são postos de lado, as cooperativas desaparecem.
“Empresas Cooperativas Bem Sucedidas Transformam uma Comunidade através do Estabelecimento da Democracia
Económica.”
Todos os factores básicos para o sucesso em qualquer negócio também se aplicam às cooperativas, como seria de esperar: tem de
haver uma procura real pelo produto; o planeamento tem que ser completo e realista; e a empresa tem de ganhar dinheiro. Há
também diferenças claras entre cooperativas de consumidores e de produtores, fazendo com que os factores para o sucesso,
também sejam um pouco diferentes. Por exemplo, o apoio difundido da comunidade a uma cooperativa de consumo é essencial,
porque sem milhares de clientes regulares terá que fechar. Por outro lado, uma cooperativa que fabrica soluções de automatização,
por encomenda, para a indústria, é muito menos dependente do apoio da comunidade. [1]
Exemplos de Cooperativas de Pequena Escala em Maleny [2]
Maleny é uma pequena cidade de 5.000 habitantes situada a 100 quilómetros a norte de Brisbane na Sunshine Coast da Austrália.
Vinte cooperativas bem sucedidas funcionam em Maleny, ligando todos os aspectos da vida da comunidade: um banco
cooperativo, uma cooperativa de consumo de alimentos, um clube cooperativo, uma cooperativa de artistas, uma cooperativa de
trocas sem o uso de dinheiro, uma estação de rádio cooperativa, uma cooperativa de cinema, quatro cooperativas ambientais e
vários estabelecimentos cooperativos comunitários.
Sistema Bancário Sustentável MCU (“Maleny Credit Union”, União de Crédito de Maleny)
A União de Crédito Maleny foi iniciada em 1984 com o objectivo de criar uma instituição ética financeira que ajude a autonomia
financeira regional, fazendo empréstimos exclusivamente a pessoas e projectos locais. Inicialmente, foi composta por voluntários,
que trabalhavam alugando quartos e registavam os depósitos de forma manual num diário. No primeiro dia de operações, a
população local depositou mais de 25.000 dólares Americanos.
Hoje, a MCU cresceu para cima de 5.500 membros-proprietários, e 52 milhões de dólares em activos, incluindo o seu próprio
edifício. Pessoas de toda a Austrália investem o seu dinheiro com a União de Crédito; cerca de metade dos seus depósitos vêm de
fora da comunidade.
As ofertas de serviços da MCU incluem poupança, cheques, empréstimos, cartões de crédito, contas de depósito a prazo,
poupança-reforma ética e seguros. Desde a sua criação, a União de Crédito tem feito vários pequenos empréstimos a pessoas
locais que teriam sido impedidas de contrair empréstimos em bancos maiores. Estes empréstimos têm ajudado a comprar um
terreno, a construir as suas próprias casas, e iniciar mais de 100 novos negócios geradores de empregos. Apesar de algumas
dificuldades iniciais, hoje a MCU é extremamente bem sucedida, principalmente porque desenvolveu o equilíbrio certo entre o
conhecimento financeiro e o espírito de cooperação. [3]
Cooperativas de Consumidores de Alimentos
Em 1979, um pequeno grupo de pessoas, que queriam alimentos integrais, cultivados e desenvolvidos por agricultores locais,
formaram a Maple Street Co-op. Hoje em dia, esta gere uma loja a retalho de comida saudável e orgânica, na rua principal de
Maleny, aberta sete dias por semana, com 1.700 membros activos. Possui mais de 40 funcionários e stocks com mais de 4.500
produtos para a saúde. Embora funcione como cooperativa de consumidores, também vende ao público [4].
A primeira prioridade desta cooperativa é fornecer alimentos orgânicos. Concentram-se em alimentos produzidos localmente e, se
isso não for possível, produtos que sejam produzidos na Austrália. Recusam-se a armazenar ou a ter algo na sua oferta ao público
que contenha material geneticamente modificado, assim como produtos de empresas que consideram ser exploradoras de pessoas
ou do meio ambiente. Esta cooperativa actua sobre o princípio do consenso de tomada de decisão.
No início, o trabalho na cooperativa foi voluntário, mas com o crescimento do negócio, o número de trabalhadores assalariados
aumentou lentamente. Durante os seus 32 anos de actividade, tem vindo a superar vários obstáculos primordiais. Em diversos
momentos da sua existência, a cooperativa lidou com problemas como falta de um plano de negócios viável, gestão de perdas,
tomada de decisões de investimento pobres, falta de gestão financeira experiente, e ter gasto bastante tempo a resolver diferenças
de opinião entre os seus membros.
Ao aprender com a experiência, a cooperativa desenvolveu gradualmente um sólido plano estratégico e financeiro. Durante a
última década, a cooperativa teve lucros. No entanto, está estruturada como uma empresa sem fins lucrativos, deste modo os
lucros, ou são reinvestidos para expandir os serviços da cooperativa e desenvolver a sua infra-estrutura, ou são doados para
actividades comunitárias.
Em 2006, a Maple Street Co-op, escolheu compartilhar a gestão com o Clube Upfront, uma restaurante cooperativa, com bar e
sala de entretenimento situada na loja ao lado. O clube ainda funciona como um “coração social” acolhedor e amigável para a
população de Maleny. Recebem regularmente noites de cinema, sessões abertas de convívio, exposições de arte, angariação de
fundos e noites de jogo, juntamente com uma grande variedade de música ao vivo. Os voluntários ajudam em muitas áreas do
Clube, desde lavar pratos, a eventos de planeamento e acções de renovação da propriedade. As duas cooperativas juntas
produzem mais de 2 milhões de dólares em fluxo de caixa anual.
Outras Cooperativas em Maleny
Maleny tem um dos programas do Sistema de Transferência Local de Energia (LETS-Local Energy Transfer System) com maior
sucesso da Austrália. Funciona como uma cooperativa sem trocas monetárias, cujos membros comercializam os seus produtos e
prestam serviços uns aos outros sem o uso do dinheiro. Em vez disso, usam uma moeda local: o Bunya, assim chamado em
lembrança de um fruto local. Isto permite que pessoas com pouco ou nenhum dinheiro participem na economia local. [5]
O Jardim de Infância da Comunidade de Maleny foi construído por um grupo de voluntários da comunidade em 1939. Hoje em
dia, ainda funciona nas mesmas instalações, com um belo jardim paisagístico à entrada. O jardim de infância é dirigido por um
conselho eleito.
Maleny tem três cooperativas ambientais. A Barung Landcare é uma das centenas de grupos de base comunitária, que cuidam da
terra, por toda a Austrália; dirige um viveiro de sucesso, providencia educação ambiental e promove a colheita sustentável de
madeira nativa. A Booroobin Bush Magic gere um viveiro para a floresta tropical, enquanto a Green Hills Fund trabalha para
reflorestar o interior de Maleny.
Existem quatro cooperativas comunitárias estabelecidas em Maleny, incluindo a vila de permacultura Crystal Waters. A povoação
de Crystal Waters aloja 200 residentes em lotes privados com perto de meio-hectar, cada. Dois lotes comunitários, que são
propriedade de uma cooperativa de moradores, incluem edifícios para eventos comunitários, pequenas empresas e um mercado
mensal. A Comunidade Cooperativa de PROUT tem 10 famílias e usa a metade das suas terras para a Escola Primária River, com
mais de 200 alunos em 25 hectares de terra de uma bonita floresta tropical. [6]
A Experiência Cooperativa Venezuelana
A primeira cooperativa legal na Venezuela foi uma associação de poupanças e empréstimos formada em 1960. Até ao final de
1998, existiam 813 cooperativas inscritas com 230.000 membros. A maioria destas ainda estão activas, fortes e resilientes, pois
foram criadas pelos membros sem apoio do governo ou qualquer financiamento. Por exemplo, as Cooperativas de Serviços Sociais
do Estado de Lara (Cecosesola), fundadas em 1967, incluem agora cooperativas de consumidores e produtores na área alimentícia
que prestam serviços a 60 mil pessoas todas as semanas, de crédito mútuo, clínicas de saúde e uma rede de cooperativas de casas
funerárias que é número um na região oeste. [7]
Quando o presidente Hugo Chávez assumiu o cargo no início de 1999, começou a enfatizar as cooperativas, a fim de transformar
as propriedades em formas colectivas de posse e gestão como chave para a Revolução Boliveriana. Em 2005 apelou por um
“socialismo do século XXI”. O seu programa de formação de emprego para desempregados, Missão Vuelvan Caras (“Voltar a
Encarar”), incluía educação cooperativa e incentivou todos os formandos para formarem uma cooperativa. O registo das
cooperativas foi tornado gratuito; foram isentas do imposto de renda; o micro-crédito foi disponibilizado, e foram aprovadas leis
orientado o governo a dar preferência às cooperativas na adjudicação de contratos.
O objectivo era transformar uma economia orientada para o lucro capitalista, numa que fosse orientada para o desenvolvimento
social endógeno e sustentável, envolvendo aqueles que tinham sido marginalizados ou excluídos. O resultado foi a criação
fenomenal de 262.904 cooperativas registadas até ao final de 2008, mas muitas delas nunca se tornaram activas ou colapsaram. O
instituto de supervisão de cooperativas nacionais, SUNACOOP, reconheceu como cooperativas em funcionamento cerca de
70.000 [8], número que ainda é o maior total para qualquer país depois da China.
A maioria das cooperativas têm poucos membros sem qualificação. Devido à alta taxa de fracasso entre as cooperativas registadas,
em 2005, o presidente mudou a abordagem do governo, de cooperativas para empresas socialistas e aquisições de fábricas pelos
trabalhadores. Desta forma, o governo paga os salários, mas mantém a propriedade. PROUT por outro lado, apoia a propriedade
pelo trabalhador, bem como a gestão pelos trabalhadores.
O Instituto de Investigação de PROUT da Venezuela (PRIVEN – PROUT Research Institute of Venezuela) elaborou dois
estudos, em 2007, e um acompanhamento em 2010, para entender os problemas e as necessidades das 40 cooperativas do distrito
rural de Barlovento, situado a duas horas de carro a leste de Caracas. Mais de 90 por cento da população são afro-venezuelanos,
descendentes de ex-escravos, que historicamente sofreram o racismo e a discriminação. O distrito tem altos níveis de pobreza e
desemprego, disparidade económica e emigração para as cidades.
O objectivo destes estudos foi diagnosticar os problemas e desafios que o trabalhador de empresas públicas enfrenta.Os
resultados mostram que:
Três anos após o primeiro estudo, oitenta e cinco por cento das cooperativas ainda estão a funcionar, com pouco apoio do
governo ou nenhum.
Aquelas que fecharam, bem como algumas que sobreviveram foram roubadas por gestores de cooperativas corruptos.
Sessenta por cento dos membros das cooperativas não tiveram formação em cooperativas.
A maioria dos trabalhadores acreditam que recebem o mesmo salário ou menos do que se estivessem trabalhando para
empresas privadas.
Há pouca intercooperação entre cooperativas, assim como pouco apoio da comunidade de Barlovento.
As cooperativas mais estáveis são aquelas em que os membros providenciaram pelo menos parte do capital inicial.
Claramente, as cooperativas da Venezuela precisam de formação prática e consultores sensíveis às necessidades gerais.
Directrizes para cooperativas bem sucedidas
Os sucessos das cooperativas Maleny foram alcançados através de grandes lutas ao longo das duas últimas décadas. Em Maleny
os proutistas, em consenso com outros membros dos comités de gestão, elaboraram as directrizes que consideram importantes na
construção de empresas cooperativas de sucesso:
Satisfazer a necessidade. As pessoas têm de se unir, a fim de atender a uma necessidade genuína na comunidade. Não
importa o quão boa é a ideia, pois se não houver uma necessidade da comunidade, a empresa não terá sucesso.
Estabelecer um grupo de fundadores. Algumas pessoas dedicadas têm de assumir a responsabilidade de levar a ideia inicial
até à criação. No entanto, uma pessoa terá de fornecer a liderança.
Comprometer-se com uma visão. Comprometer-se com os ideais e valores implícitos nas empresas cooperativas, e tentar
garantir que tanto os membros como a gestão são honestos, dedicados e competentes.
Realizar um estudo de viabilidade. Avaliar objectivamente a percepção da necessidade, e determinar se o empreendimento
proposto pode suprimir essa necessidade através da realização de um estudo de viabilidade.
Estabelecer fins claros e objectivos. Os membros de cada empresa devem formular fins claros e objectivos através de
consensos. Estes fins e objectivos irão ajudar a dirigir tudo a partir do foco inicial do grupo fundador para estratégias
promocionais e processos orçamentais nos próximos anos.
Desenvolver um bom plano de negócios. A empresa vai necessitar de capital, terá de gerir as finanças de forma eficiente, e
em algum momento irá ter que tomar decisões efectivas sobre empréstimos, pagamentos e alocação de lucro.
Assegurar o apoio e o envolvimento dos membros. Os membros são proprietários da própria empresa – a cada passo, o seu
apoio e envolvimento são essenciais.
Estabelecer um local. Assegurar instalações operacionais adequadas para a empresa, na melhor localização possível na
comunidade.
Obter gestão qualificada. De dentro da comunidade, trazer para a empresa as pessoas que têm as qualificações necessárias
nas áreas de gestão, negócios finanças, sistema judicial e de contabilidade.
Continuar a educação e formação. Idealmente, os membros terão capacidades necessárias, em particular, qualidades de
comunicação e desenvolvimento interpessoal necessárias, para executar o empreendimento com sucesso. Caso isso não
aconteça, vão ter de desenvolver tais capacidades ou trazer novos membros que as têm.
Regras de Ouro Estratégicas para uma Comunidade Económica
Comece em pequena escala, com as competências e os recursos disponíveis na comunidade.
Faça uso de modelos de referência, sempre que possível, aqueles com experiência no desenvolvimento da comunidade.
Verifique se a empresa envolve tantas pessoas quanto possível.
Benefícios à comunidade
Empresas cooperativas beneficiam uma comunidade de muitas maneiras. Juntam as pessoas, incentivam-nas a usar as suas
capacidades e talentos, e proporcionam-lhes uma oportunidade de desenvolver novas capacidades. Fortalecem a comunidade,
criando um sentimento de pertença, promovendo relações estreitas entre os diferentes tipos de pessoas, e capacitam-nas para
tomar decisões para o desenvolvimento de sua comunidade.
Tudo isto fomenta o espírito de comunidade. Trabalhando em conjunto, a comunidade é capaz de realizar muito mais do que
quando os indivíduos seguem caminhos separados.
A nível económico, as cooperativas promovem auto-suficiência económica regional e independência de controlo externo,
capacitando as pessoas locais. Criam emprego, fazem circular o dinheiro dentro da comunidade, e oferecem uma ampla gama de
bens e serviços. Como as empresas cooperativas são de propriedade dos próprios membros, os lucros permanecem na região
local. Deste modo, aumentam a riqueza e constroem a força da comunidade.
Em essência, empresas cooperativas de sucesso transformam uma comunidade através do estabelecimento de democracia
económica. Uma empresa cooperativa é o sistema sócio-económico do futuro. Com o capitalismo global terminalmente doente, o
desenvolvimento de cooperativas como alternativas independentes faz todo o sentido. Em Mondragón, em Maleny, e na
Venezuela, esse futuro está agora a ser revelado.
Notas
1 O artigo completo e a base de dados estão disponíveis em: http://priven.org/publications/
2 Veja Jake Karlyle, “Maleny Cooperatives”. New Renaissance , Volume 12, No 2 (Winter, 2003-4), e o excelente documentário
de Alister Multimedia, “Creating Prosperous Communities: Small-Scale Cooperative Enterprises in Maleny”
http://alistermultimedia.nhlf.org/creating-prosperous-communities/
3 http://www.malenycu.com.au
4 http://www.maplestreetco-op.com
5 http://www.lets.org.au/qlets.html
6 http://www.amriverschool.org.
7 Carla Ferreira, “A cooperative where there are no positions, only tasks to be done: Cecosesola, Venezuela”.
http://priven.org/262/
8 Dario Azzellini, “Venezuela’s Solidarity Economy: Collective Ownership, Expropriation and Workers Self-Management.”
WorkingUSA: The Journal of Labor and Society. Volume 12, Issue 2, junho de 2009, pp 171-191.
Extraído de: Após o Capitalismo: Democracia Económica em Acção por Dada Maheshvarananda (Puerto Rico: InnerWorld
Publications, 2012): www.aftercapitalism.org
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O que faz com que as cooperativas sejam bem sucedidas?

  • 1. PROUTugal » PROUT » Neo-Humanismo » Eventos e Actividades » Recursos Galeria » Pesquisa Search for: Go Pesquisar Início Sobre Contactos Artigo O que faz com que as cooperativas sejam bem sucedidas? Por admin ⋅ 1 de Novembro de 2012 ⋅ Escrever comentário NOS Tópicos: cooperativas R.M. Baseman, investigador associado e conselheiro do Instituto de Investigação PROUT da Venezuela (PRI-VEN) realizou uma pesquisa passiva na internet para encontrar um consenso mundial sobre a questão do sucesso das cooperativas. Primeiro, Baseman encontrou uma fonte de artigos e publicações em que os autores expressaram opiniões e conclusões sobre o sucesso e o fracasso de cooperativas. As fontes reflectem a experiência de todos os continentes e de mais de 10 países, incluindo os da Organização Internacional do Trabalho, a Aliança Cooperativa Internacional e das Nações Unidas. Estudando isto, ele localizou 175 factores para o sucesso, que ele agrupou em 13 categorias, em termos de prioridade, de acordo com o número de respostas semelhantes: Ambiente de apoio1. Planeamento sólido antecipado2. Benefícios económicos reais para os membros3. Gestão qualificada4. Acreditar nos conceitos das cooperativas5. Desenvolvimento de base e liderança6. Financeiramente auto-sustentável7. Inovação e adaptação8. Estrutura eficaz e operacional9. Trabalho em rede com outras cooperativas10. Comunicações11. Interesses comuns dos membros12.
  • 2. Educação13. As cooperativas, muito mais do que as corporações, reflectem melhor a vida e os pensamentos dos membros-proprietários. Se os interesses comuns dos membros e os interesses das cooperativas são postos de lado, as cooperativas desaparecem. “Empresas Cooperativas Bem Sucedidas Transformam uma Comunidade através do Estabelecimento da Democracia Económica.” Todos os factores básicos para o sucesso em qualquer negócio também se aplicam às cooperativas, como seria de esperar: tem de haver uma procura real pelo produto; o planeamento tem que ser completo e realista; e a empresa tem de ganhar dinheiro. Há também diferenças claras entre cooperativas de consumidores e de produtores, fazendo com que os factores para o sucesso, também sejam um pouco diferentes. Por exemplo, o apoio difundido da comunidade a uma cooperativa de consumo é essencial, porque sem milhares de clientes regulares terá que fechar. Por outro lado, uma cooperativa que fabrica soluções de automatização, por encomenda, para a indústria, é muito menos dependente do apoio da comunidade. [1] Exemplos de Cooperativas de Pequena Escala em Maleny [2] Maleny é uma pequena cidade de 5.000 habitantes situada a 100 quilómetros a norte de Brisbane na Sunshine Coast da Austrália. Vinte cooperativas bem sucedidas funcionam em Maleny, ligando todos os aspectos da vida da comunidade: um banco cooperativo, uma cooperativa de consumo de alimentos, um clube cooperativo, uma cooperativa de artistas, uma cooperativa de trocas sem o uso de dinheiro, uma estação de rádio cooperativa, uma cooperativa de cinema, quatro cooperativas ambientais e vários estabelecimentos cooperativos comunitários. Sistema Bancário Sustentável MCU (“Maleny Credit Union”, União de Crédito de Maleny) A União de Crédito Maleny foi iniciada em 1984 com o objectivo de criar uma instituição ética financeira que ajude a autonomia financeira regional, fazendo empréstimos exclusivamente a pessoas e projectos locais. Inicialmente, foi composta por voluntários, que trabalhavam alugando quartos e registavam os depósitos de forma manual num diário. No primeiro dia de operações, a população local depositou mais de 25.000 dólares Americanos. Hoje, a MCU cresceu para cima de 5.500 membros-proprietários, e 52 milhões de dólares em activos, incluindo o seu próprio edifício. Pessoas de toda a Austrália investem o seu dinheiro com a União de Crédito; cerca de metade dos seus depósitos vêm de fora da comunidade. As ofertas de serviços da MCU incluem poupança, cheques, empréstimos, cartões de crédito, contas de depósito a prazo, poupança-reforma ética e seguros. Desde a sua criação, a União de Crédito tem feito vários pequenos empréstimos a pessoas locais que teriam sido impedidas de contrair empréstimos em bancos maiores. Estes empréstimos têm ajudado a comprar um terreno, a construir as suas próprias casas, e iniciar mais de 100 novos negócios geradores de empregos. Apesar de algumas dificuldades iniciais, hoje a MCU é extremamente bem sucedida, principalmente porque desenvolveu o equilíbrio certo entre o conhecimento financeiro e o espírito de cooperação. [3] Cooperativas de Consumidores de Alimentos Em 1979, um pequeno grupo de pessoas, que queriam alimentos integrais, cultivados e desenvolvidos por agricultores locais, formaram a Maple Street Co-op. Hoje em dia, esta gere uma loja a retalho de comida saudável e orgânica, na rua principal de Maleny, aberta sete dias por semana, com 1.700 membros activos. Possui mais de 40 funcionários e stocks com mais de 4.500 produtos para a saúde. Embora funcione como cooperativa de consumidores, também vende ao público [4]. A primeira prioridade desta cooperativa é fornecer alimentos orgânicos. Concentram-se em alimentos produzidos localmente e, se isso não for possível, produtos que sejam produzidos na Austrália. Recusam-se a armazenar ou a ter algo na sua oferta ao público que contenha material geneticamente modificado, assim como produtos de empresas que consideram ser exploradoras de pessoas ou do meio ambiente. Esta cooperativa actua sobre o princípio do consenso de tomada de decisão. No início, o trabalho na cooperativa foi voluntário, mas com o crescimento do negócio, o número de trabalhadores assalariados aumentou lentamente. Durante os seus 32 anos de actividade, tem vindo a superar vários obstáculos primordiais. Em diversos
  • 3. momentos da sua existência, a cooperativa lidou com problemas como falta de um plano de negócios viável, gestão de perdas, tomada de decisões de investimento pobres, falta de gestão financeira experiente, e ter gasto bastante tempo a resolver diferenças de opinião entre os seus membros. Ao aprender com a experiência, a cooperativa desenvolveu gradualmente um sólido plano estratégico e financeiro. Durante a última década, a cooperativa teve lucros. No entanto, está estruturada como uma empresa sem fins lucrativos, deste modo os lucros, ou são reinvestidos para expandir os serviços da cooperativa e desenvolver a sua infra-estrutura, ou são doados para actividades comunitárias. Em 2006, a Maple Street Co-op, escolheu compartilhar a gestão com o Clube Upfront, uma restaurante cooperativa, com bar e sala de entretenimento situada na loja ao lado. O clube ainda funciona como um “coração social” acolhedor e amigável para a população de Maleny. Recebem regularmente noites de cinema, sessões abertas de convívio, exposições de arte, angariação de fundos e noites de jogo, juntamente com uma grande variedade de música ao vivo. Os voluntários ajudam em muitas áreas do Clube, desde lavar pratos, a eventos de planeamento e acções de renovação da propriedade. As duas cooperativas juntas produzem mais de 2 milhões de dólares em fluxo de caixa anual. Outras Cooperativas em Maleny Maleny tem um dos programas do Sistema de Transferência Local de Energia (LETS-Local Energy Transfer System) com maior sucesso da Austrália. Funciona como uma cooperativa sem trocas monetárias, cujos membros comercializam os seus produtos e prestam serviços uns aos outros sem o uso do dinheiro. Em vez disso, usam uma moeda local: o Bunya, assim chamado em lembrança de um fruto local. Isto permite que pessoas com pouco ou nenhum dinheiro participem na economia local. [5] O Jardim de Infância da Comunidade de Maleny foi construído por um grupo de voluntários da comunidade em 1939. Hoje em dia, ainda funciona nas mesmas instalações, com um belo jardim paisagístico à entrada. O jardim de infância é dirigido por um conselho eleito. Maleny tem três cooperativas ambientais. A Barung Landcare é uma das centenas de grupos de base comunitária, que cuidam da terra, por toda a Austrália; dirige um viveiro de sucesso, providencia educação ambiental e promove a colheita sustentável de madeira nativa. A Booroobin Bush Magic gere um viveiro para a floresta tropical, enquanto a Green Hills Fund trabalha para reflorestar o interior de Maleny. Existem quatro cooperativas comunitárias estabelecidas em Maleny, incluindo a vila de permacultura Crystal Waters. A povoação de Crystal Waters aloja 200 residentes em lotes privados com perto de meio-hectar, cada. Dois lotes comunitários, que são propriedade de uma cooperativa de moradores, incluem edifícios para eventos comunitários, pequenas empresas e um mercado mensal. A Comunidade Cooperativa de PROUT tem 10 famílias e usa a metade das suas terras para a Escola Primária River, com mais de 200 alunos em 25 hectares de terra de uma bonita floresta tropical. [6] A Experiência Cooperativa Venezuelana A primeira cooperativa legal na Venezuela foi uma associação de poupanças e empréstimos formada em 1960. Até ao final de 1998, existiam 813 cooperativas inscritas com 230.000 membros. A maioria destas ainda estão activas, fortes e resilientes, pois foram criadas pelos membros sem apoio do governo ou qualquer financiamento. Por exemplo, as Cooperativas de Serviços Sociais do Estado de Lara (Cecosesola), fundadas em 1967, incluem agora cooperativas de consumidores e produtores na área alimentícia que prestam serviços a 60 mil pessoas todas as semanas, de crédito mútuo, clínicas de saúde e uma rede de cooperativas de casas funerárias que é número um na região oeste. [7] Quando o presidente Hugo Chávez assumiu o cargo no início de 1999, começou a enfatizar as cooperativas, a fim de transformar as propriedades em formas colectivas de posse e gestão como chave para a Revolução Boliveriana. Em 2005 apelou por um “socialismo do século XXI”. O seu programa de formação de emprego para desempregados, Missão Vuelvan Caras (“Voltar a Encarar”), incluía educação cooperativa e incentivou todos os formandos para formarem uma cooperativa. O registo das cooperativas foi tornado gratuito; foram isentas do imposto de renda; o micro-crédito foi disponibilizado, e foram aprovadas leis orientado o governo a dar preferência às cooperativas na adjudicação de contratos.
  • 4. O objectivo era transformar uma economia orientada para o lucro capitalista, numa que fosse orientada para o desenvolvimento social endógeno e sustentável, envolvendo aqueles que tinham sido marginalizados ou excluídos. O resultado foi a criação fenomenal de 262.904 cooperativas registadas até ao final de 2008, mas muitas delas nunca se tornaram activas ou colapsaram. O instituto de supervisão de cooperativas nacionais, SUNACOOP, reconheceu como cooperativas em funcionamento cerca de 70.000 [8], número que ainda é o maior total para qualquer país depois da China. A maioria das cooperativas têm poucos membros sem qualificação. Devido à alta taxa de fracasso entre as cooperativas registadas, em 2005, o presidente mudou a abordagem do governo, de cooperativas para empresas socialistas e aquisições de fábricas pelos trabalhadores. Desta forma, o governo paga os salários, mas mantém a propriedade. PROUT por outro lado, apoia a propriedade pelo trabalhador, bem como a gestão pelos trabalhadores. O Instituto de Investigação de PROUT da Venezuela (PRIVEN – PROUT Research Institute of Venezuela) elaborou dois estudos, em 2007, e um acompanhamento em 2010, para entender os problemas e as necessidades das 40 cooperativas do distrito rural de Barlovento, situado a duas horas de carro a leste de Caracas. Mais de 90 por cento da população são afro-venezuelanos, descendentes de ex-escravos, que historicamente sofreram o racismo e a discriminação. O distrito tem altos níveis de pobreza e desemprego, disparidade económica e emigração para as cidades. O objectivo destes estudos foi diagnosticar os problemas e desafios que o trabalhador de empresas públicas enfrenta.Os resultados mostram que: Três anos após o primeiro estudo, oitenta e cinco por cento das cooperativas ainda estão a funcionar, com pouco apoio do governo ou nenhum. Aquelas que fecharam, bem como algumas que sobreviveram foram roubadas por gestores de cooperativas corruptos. Sessenta por cento dos membros das cooperativas não tiveram formação em cooperativas. A maioria dos trabalhadores acreditam que recebem o mesmo salário ou menos do que se estivessem trabalhando para empresas privadas. Há pouca intercooperação entre cooperativas, assim como pouco apoio da comunidade de Barlovento. As cooperativas mais estáveis são aquelas em que os membros providenciaram pelo menos parte do capital inicial. Claramente, as cooperativas da Venezuela precisam de formação prática e consultores sensíveis às necessidades gerais. Directrizes para cooperativas bem sucedidas Os sucessos das cooperativas Maleny foram alcançados através de grandes lutas ao longo das duas últimas décadas. Em Maleny os proutistas, em consenso com outros membros dos comités de gestão, elaboraram as directrizes que consideram importantes na construção de empresas cooperativas de sucesso: Satisfazer a necessidade. As pessoas têm de se unir, a fim de atender a uma necessidade genuína na comunidade. Não importa o quão boa é a ideia, pois se não houver uma necessidade da comunidade, a empresa não terá sucesso. Estabelecer um grupo de fundadores. Algumas pessoas dedicadas têm de assumir a responsabilidade de levar a ideia inicial até à criação. No entanto, uma pessoa terá de fornecer a liderança. Comprometer-se com uma visão. Comprometer-se com os ideais e valores implícitos nas empresas cooperativas, e tentar garantir que tanto os membros como a gestão são honestos, dedicados e competentes. Realizar um estudo de viabilidade. Avaliar objectivamente a percepção da necessidade, e determinar se o empreendimento proposto pode suprimir essa necessidade através da realização de um estudo de viabilidade. Estabelecer fins claros e objectivos. Os membros de cada empresa devem formular fins claros e objectivos através de consensos. Estes fins e objectivos irão ajudar a dirigir tudo a partir do foco inicial do grupo fundador para estratégias promocionais e processos orçamentais nos próximos anos. Desenvolver um bom plano de negócios. A empresa vai necessitar de capital, terá de gerir as finanças de forma eficiente, e em algum momento irá ter que tomar decisões efectivas sobre empréstimos, pagamentos e alocação de lucro. Assegurar o apoio e o envolvimento dos membros. Os membros são proprietários da própria empresa – a cada passo, o seu apoio e envolvimento são essenciais. Estabelecer um local. Assegurar instalações operacionais adequadas para a empresa, na melhor localização possível na comunidade. Obter gestão qualificada. De dentro da comunidade, trazer para a empresa as pessoas que têm as qualificações necessárias
  • 5. nas áreas de gestão, negócios finanças, sistema judicial e de contabilidade. Continuar a educação e formação. Idealmente, os membros terão capacidades necessárias, em particular, qualidades de comunicação e desenvolvimento interpessoal necessárias, para executar o empreendimento com sucesso. Caso isso não aconteça, vão ter de desenvolver tais capacidades ou trazer novos membros que as têm. Regras de Ouro Estratégicas para uma Comunidade Económica Comece em pequena escala, com as competências e os recursos disponíveis na comunidade. Faça uso de modelos de referência, sempre que possível, aqueles com experiência no desenvolvimento da comunidade. Verifique se a empresa envolve tantas pessoas quanto possível. Benefícios à comunidade Empresas cooperativas beneficiam uma comunidade de muitas maneiras. Juntam as pessoas, incentivam-nas a usar as suas capacidades e talentos, e proporcionam-lhes uma oportunidade de desenvolver novas capacidades. Fortalecem a comunidade, criando um sentimento de pertença, promovendo relações estreitas entre os diferentes tipos de pessoas, e capacitam-nas para tomar decisões para o desenvolvimento de sua comunidade. Tudo isto fomenta o espírito de comunidade. Trabalhando em conjunto, a comunidade é capaz de realizar muito mais do que quando os indivíduos seguem caminhos separados. A nível económico, as cooperativas promovem auto-suficiência económica regional e independência de controlo externo, capacitando as pessoas locais. Criam emprego, fazem circular o dinheiro dentro da comunidade, e oferecem uma ampla gama de bens e serviços. Como as empresas cooperativas são de propriedade dos próprios membros, os lucros permanecem na região local. Deste modo, aumentam a riqueza e constroem a força da comunidade. Em essência, empresas cooperativas de sucesso transformam uma comunidade através do estabelecimento de democracia económica. Uma empresa cooperativa é o sistema sócio-económico do futuro. Com o capitalismo global terminalmente doente, o desenvolvimento de cooperativas como alternativas independentes faz todo o sentido. Em Mondragón, em Maleny, e na Venezuela, esse futuro está agora a ser revelado. Notas 1 O artigo completo e a base de dados estão disponíveis em: http://priven.org/publications/ 2 Veja Jake Karlyle, “Maleny Cooperatives”. New Renaissance , Volume 12, No 2 (Winter, 2003-4), e o excelente documentário de Alister Multimedia, “Creating Prosperous Communities: Small-Scale Cooperative Enterprises in Maleny” http://alistermultimedia.nhlf.org/creating-prosperous-communities/ 3 http://www.malenycu.com.au 4 http://www.maplestreetco-op.com 5 http://www.lets.org.au/qlets.html 6 http://www.amriverschool.org. 7 Carla Ferreira, “A cooperative where there are no positions, only tasks to be done: Cecosesola, Venezuela”. http://priven.org/262/ 8 Dario Azzellini, “Venezuela’s Solidarity Economy: Collective Ownership, Expropriation and Workers Self-Management.” WorkingUSA: The Journal of Labor and Society. Volume 12, Issue 2, junho de 2009, pp 171-191. Extraído de: Após o Capitalismo: Democracia Económica em Acção por Dada Maheshvarananda (Puerto Rico: InnerWorld Publications, 2012): www.aftercapitalism.org Comentários Sem comentários.