O documento fornece instruções sobre como redigir respostas argumentativas, em primeira e terceira pessoa, para questões apresentadas. Ele também dá orientações sobre como produzir artigos de opinião e cartas de leitor, incluindo estrutura, estilo e assinatura.
2. RESPOSTAARGUMENTATIVA
• Sem título;
• 1 ou 2 parágrafos;
• Identifique as informações principais do(s) texto(s). Extrapolar o(s)
texto(s) de apoio;
• Escolha as informações que respondam ao comando. Planejar os
argumentos;
• Retome a pergunta (temática) e depois justifique com os argumentos
a serem desenvolvidos;
• Apresente argumentos que sustentem a afirmação inicial da proposta
(justificativa);
• Estruture o argumento em: tese+sustentação+confirmação da tese;
• Finalize com retomada da argumentação (resposta direta ao
questionamento);
• Use linguagem formal;
• Utilize a 1ª ou 3ª pessoa, depende do enunciado.
3. RESPOSTA EM 1ª PESSOA
O comitê de ética da sua universidade quer saber
a opinião da comunidade acadêmica sobre o uso
de animais em experimentos científicos. Para isso,
realizou uma enquete com a seguinte pergunta:
Como aluno da
universidade, elabore, em até 15 linhas, uma
RESPOSTA ARGUMENTATIVA para essa
pergunta, posicionando-se a favor OU contra o
uso de animais em pesquisas científicas.
4. Sou contra o uso de animais em pesquisas científicas,
visto que os seres humanos, pelo menos em sua maioria,
consideram-se superiores, donos da razão e do mundo. Por isso,
acreditam que usar cobaias em experimentos é viável, pois estão
desenvolvendo métodos que beneficiam a raça humana. Então, para a
maioria das pessoas, não há problema nisso. No entanto, esquecem-
se de que esses animais também possuem necessidades e sentem os
efeitos das experiências. Se é ensinado ao homem, desde pequeno,
que se deve respeitar os bichos, então todos devem respeitar,
inclusive os pesquisadores e cientistas que os usam em seus testes.
Além disso, o homem não tem autoridade sobre o bicho.
Animais são animais, com a diferença de que o ser humano é racional.
Mesmo que seja preciso desenvolver métodos para melhorar a
qualidade de vida das pessoas, usar os animais para tal finalidade é
desumano, uma vez que eles não podem expressar sua vontade. Com
a avançada tecnologia do mundo atual, é possível usar métodos
alternativos em experiências. Testes assim já estão sendo
desenvolvidos, com resultados positivos. A partir disso, posiciono-
me contrário a utilização de animais em pesquisas científicas.
5. Sou a favor do uso de animais em pesquisas científicas, visto
que tal prática é fundamental para o avanço da qualidade de vida no
planeta. Isso acontece porque, por mais que existam métodos
alternativos, os testes com seres vivos ainda são mais eficazes e
acessíveis. Assim, caso estes fossem substituídos, tornar-se-ia
impossível para as universidades de menor porte, como a nossa, arcar
com o material das pesquisas, diminuindo substancialmente a quantidade
destas. Com o tempo, a discrepância gerada pela insuficiência de verba
passaria a evidenciar-se nas relações entre os países – uma vez que só
os mais ricos poderiam pagar pelo desenvolvimento científico-tecnológico
– polarizando o conhecimento e exacerbando a desigualdade global.
Além do mais, é um contrassenso o argumento de que a
participação de bichos é antiética, já que, por participar de um estudo com
teste em porcos, sei que os animais de laboratórios são bem alimentados,
higienizados e tratados. Também torna essa consideração contraditória o
fato de que nós, humanos, criamos bovinos, suínos, aves, entre outros
seres, para nos servirem de alimento, processo aceito e análogo ao
primeiro (considerando o sacrifício animal). Dessa forma, por temer a
redução do desenvolvimento científico em pequenos polos, bem como
por não considera-lo agressivo aos animais, concordo com o uso destes
em pesquisas.
6. RESPOSTA EM 3ª PESSOA
Redija, em até 15 linhas, uma resposta
argumentativa à pergunta “A internet é
nociva?’. Sua resposta pode apoiar-se na
coletânea de textos, mas não deve
apresentar cópias desta.
7. A internet pode ser considerada nociva devido ao tempo
gasto com seu uso e também a exposição pessoal demasiada.
Um aspecto ruim da internet é a perda da noção de tempo.
Quando uma pessoa se conecta à rede, pode acabar se
distraindo com os vários recursos que a internet oferece e
quando se der conta pode perceber que passou o dia todo
conectada e não realizou nada importante para a própria vida.
Isso pode levar até a depressão se o indivíduo se der conta de
que não está vivendo para si e sim para a rede.
Ademais, a rede também pode levar a um excesso de
exposição de seus usuários em sites de relacionamentos. Quem
coloca fotos suas e de seus amigos expõe não só a si próprio,
mas a todos a quem com ele convivem. Essa exposição pode
causar a dificuldade de desenvolvimento da capacidade de
autorreflexão e introspecção, essenciais para a vida como um
todo. Assim, esses e vários outros aspectos fazem a internet
maléfica aos seus usuários.
8. ARTIGO DE OPINIÃO
• Título criativo, colocado na primeira linha, centralizado;
• Divida em 2 ou 3 parágrafos, porém, não utilize a estrutura da
dissertação;
• Permite coloquialidade e pessoalidade (1ª pessoa);
• A tese deve ficar explícita e ser comprovada com argumentos
sólidos e coerentes;
• A estrutura do argumento é: tese+sustentação+confirmação da
tese; já a estrutura do contra-argumento é: tese+refutação da
tese+ confirmação da negação da tese;
• Utilize a contra-argumentação (quebre uma ideia com seu
argumento);
• Uso de figuras de linguagem, de ironia e de pontuação
diferenciada revelam as marcas autorais.
9. Na condição de frequentador/cliente de
shopping-centers, redija um texto, em até
quinze linhas, no qual você manifeste sua
opinião a favor ou contra a prática do
rolezinho nesses tipos de estabelecimento.
Você deverá dar um título ao seu artigo de
opinião e assiná-lo, usando os nomes Carlos
ou Eva.
10. Classe “C”: Ascensão que gerou medo?
A polêmica que gira em torno dos tais rolezinhos, nada mais
é do que medo. Nós nos orgulhamos de o Brasil ser um país no
qual o número de pessoas que saíram da linha de pobreza é grande
e cuja chamada classe “C” encontra-se em ascensão. Porém, o fato
é que não estamos preparados para receber a onda de pertencentes
dessa classe em nossos shopping-centers.
É claro que os adeptos do politicamente correto - chatos,
por sinal - alegarão que é direito de todos frequentar qualquer lugar
que se deseja. E de fato é! Mas convenhamos: é desagradável ir a
um ambiente onde há pessoas que não se enquadram a tal. Músicas
(se é que tal som pode ser assim chamado) tocando no alto falante
dos celulares, além de um vocabulário às vezes baixo sendo gritado
em alto e bom som, incomodam. Não estamos acostumados com o
exagero da periferia.
Não me incomoda a presença da classe “C” em ambientes antes
não frequentados por ela, porém, acho profundamente desagradável e
até um pouco assustador a reunião de centenas de jovens com pouca
roupa e muita cor e ousadia invadindo o ar comedido e elegante dos
tradicionais shoppings. Talvez outro lugar para eles seria mais
pertinente. Ou querer sossego nas horas de lazer é pedir muito?
Eva.
11. Produza um artigo de opinião, em até 20
linhas, no qual se posicione a respeito da
utilização de animais em pesquisas. Você
deverá dar um título ao seu artigo. Para
orientar sua produção, considere que seu
texto será publicado em um jornal de
circulação local, cujos leitores podem ter
uma opinião diversa da sua, ou podem não
ter ainda uma opinião formada sobre a
questão em pauta.
12. Sem animais não há pesquisa
O uso de animais ainda é fundamental para a manutenção e o
funcionamento da nossa sociedade, seja para alimentação, desenvolvimento de
tecnologias ou para companhia. Obviamente, como bióloga, acredito que o correto
seria que todos os animais fossem sujeitos de sua própria vida e tivessem
garantido o direito à sua existência, em conformidade com as características
biológicas e ecológicas de sua espécie. Contudo, é utopia acreditar que no curto e
médio prazo conseguiremos conduzir os avanços científicos, sociais e econômicos
sem o uso de animais. Mesmo assim, não é devido a essa constatação que
devemos ficar de braços cruzados.
Ademais, os dilemas éticos devem ser resolvidos com consenso e,
concomitantemente, devemos direcionar nossa criatividade e tecnologia à busca de
alternativas. Enquanto não alcançamos a total possibilidade de substituição,
devemos estabelecer regras de conduta no tratamento dos animais que estão sob
nossa tutela e respeitar ao máximo aqueles que, mesmo sem a sua concordância,
justificam a sua existência para nos auxiliar. A opinião da sociedade é
extremamente importante para mudanças de paradigmas éticos a fim de
restabelecer o equilíbrio na relação com a natureza. Para tal, dispomos de
diferentes ferramentas, tais como a bioética, e que são mais eficientes que os
manifestos radicais, pois conduzem ao diálogo entre os envolvidos visando chegar
a um consenso, em um momento em que as regras morais já não conseguem gerir
os conflitos de interesse diante de tantos problemas éticos.
13. CARTA DO LEITOR
• Na carta do leitor, o contexto é contestar, repudiar, apoiar,
comentar as ideias de um determinado texto publicado em
canal impresso ou virtual;
• Sempre comece a carta do leitor apresentando qual foi o texto
lido e apresentando seu objetivo;
• Elabore 2 parágrafos;
• Assine conforme o comando, sempre;
• A estrutura deve ser esta:
Local, data.
Vocativo,
Contextualização + Socialização + referência ao texto-base
+ objetivo da carta + tema. Argumentação + explicação +
comprovação. Reforço do objetivo da carta.
Despedida, Assinatura
14. Tendo como apoio os textos 1 e 2, escreva
uma carta ao editor da revista Rede
Imprensa Livre, Sr. Souza, com até 15 linhas,
expondo sua opinião a respeito do projeto de
lei do Deputado Federal Márcio Marinho, que
proíbe tatuagem em crianças e jovens. Não
utilize nome próprio ou fictício para assinar a
sua carta. Escreva apenas a palavra Leitor
como assinatura.
15. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Ao editor da Revista rede Imprensa Livre, Senhor Souza,
Como leitor desta revista e pai de dois adolescentes, vejo
a necessidade de expor minha opinião a respeito do projeto de lei
do deputado federal Márcio Marinho, publicado na última edição.
É claro, posso parecer “careta”, mas sou contra tatuagens. Meus filhos
conhecem meu posicionamento, pois enquanto eles não forem maiores
de idade, não têm minha autorização. Contudo, Senhor Souza,
oponho-me ao projeto de lei, proposto pelo deputado, visto que não
acredito ser função do Estado interferir nesses tipos de decisões
pessoais, ainda mais colocar o ato como crime, previsto em lei.
Sou ciente dos riscos que essa pintura corporal pode acarretar,
porém, senhor editor, essa lei fará, apenas, as clínicas de melhores
estruturas obedecerem-na, e levará os adolescentes recorrerem a
lugares clandestinos, correndo maiores riscos. Vivemos em uma
sociedade democrática, assim, os cidadãos devem ter o direito de
fazer suas escolhas, mesmo que elas não me agradem, como é o caso
da tatuagem. O dever do Estado não é criminalizar aqueles que
oferecem esse recurso com segurança, mas sim garantir que esses
estabelecimentos existam e ofereçam melhor involução aos jovens,
antes que eles marquem seus corpos de forma definitiva.
Atenciosamente, Leitor.
16. Como leitor da Revista Veja, escreva
uma carta ao editor, Sr. Silva, com até
15 linhas, expondo sua opinião a
respeito da “nova lei antipalmada”,
sustentando sua posição. Assine a
carta apenas com o nome Leitor.
17. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Caríssimo Senhor Silva, editor da Revista Veja,
Após ter lido a reportagem sobre o projeto da nova lei
“antipalmada” em sua revista, indignei-me e senti a necessidade
de expor minha opinião. Como se não bastasse, agora querem
inventar um meio de aniquilar a pouca autoridade que ainda resta dos
pais brasileiros sobre os filhos, uma vergonha. Desse modo, defendo
que, como brasileiro e pai, tenho direito de educar meus filhos como
achar mais adequado.
Criei meus três filhos com amor e algumas palmadas, Senhor
Silva, e eles nunca tiveram nenhuma sequela por isso. As crianças,
principalmente quando bem novas, não compreendem correções
verbais, por ainda não terem seu intelecto formado para tal. Dessa
forma, correções físicas fazem-se necessárias. Devo frisar que nunca
espanquei meus filhos, além de não conhecer quem o faça. Considero
essa proposta de lei um insulto à inteligência dos pais brasileiros, uma
vez que leis para punir agressões físicas e espancamentos já
possuímos. Assim, torço para que esse absurdo não seja aprovado no
congresso nacional.
Sem mais para o momento,
Leitor.
18. CARTA DE SOLICITAÇÃO
• Na carta de solicitação, o contexto é apresentar brevemente uma
situação problema e tecer toda a linha de argumentação sobre
medidas para a resolução da problemática;
• Elabore 2 parágrafos ( ao menos);
• Assine conforme o comando, sempre;
• A estrutura deve ser esta:
Local, data.
Vocativo,
Contextualização / Socialização. Identificação da situação
problema, suas causas e consequências. Exposição de argumentos
que comprovem a necessidade de uma solução para o problema,
vantagens que essa solução traria.
Sugestões de possíveis medidas para a solução do problema.
Justificativas para as medidas de solução. Expectativas.
Agradecimentos, Assinatura.
19. Redija uma CARTA DE SOLICITAÇÃO, em até
15 linhas, ao vereador de sua cidade, Sr.
Eugênio da Câmara, solicitando a
proposição de um projeto de lei que crie
programas de descarte e de reciclagem de
lixo eletrônico. Você deverá assinar sua carta
usando apenas (sem mais complemento) o
nome Cidadão ou Cidadã.
20. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Respeitado Senhor vereador Eugênio da Câmara,
Sou engenheiro ambiental e vejo o descarte de lixo eletrônico
como um problema grave, pois seu acúmulo favorece a poluição e a
proliferação de doenças. Por isso, solicito que o senhor proponha um
projeto de lei que vise solucionar essa questão. Acredito ser de extrema
importância que nossa cidade resolva esse problema.
O lixo eletrônico pode ser reciclado e para isso, Senhor vereador,
basta instalar postos de coletas dos dejetos em diversos pontos da cidade.
Quando não há possibilidade de reciclagem, é possível pensar na
incineração, desde que a fumaça seja filtrada para retirar as impurezas e
toxicidades. Também é viável pensar em uma associação entre empresas
coletoras de lixo e as de produção dos eletrônicos, promovendo, assim, uma
ajuda mútua que, com certeza, beneficia a sociedade.
Dessa forma, Prezado vereador, peço que elabore um projeto de
lei de execução simples para a população, e que englobe também a punição
àqueles que realizarem o descarte incorreto ou queimarem o lixo eletrônico
de maneira indevida. É necessário nos adequarmos e aprendermos a lidar
com os problemas que a modernidade traz, para que seja possível
morarmos em uma cidade limpa e ambientalmente correta.
Agradeço desde já, Cidadã.
21. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Ao senhor vereador Eugênio da Câmara,
Sou catadora de lixo, trabalho no lixão municipal, e todos os
dias sou surpreendida com a quantidade de lixo eletrônico que vem
misturado a resíduos domésticos. Sabendo disso, senhor vereador,
escrevo-lhe a fim de solicitar a criação de um projeto de lei o qual
trate sobre o descarte e a reciclagem dos lixos eletrônicos em
nossa cidade.
Por experiência própria, ao fazer uma catação de lixo, já inalei
mercúrio proveniente de uma bateria de celular, o que me afastou do
trabalho por dias devido a uma intoxicação. Portanto, para que outros
trabalhadores não se contaminem, faz-se necessário uma lei
municipal que determine a coleta e o descarte dos lixos eletrônicos,
respectivamente, em caminhões e locais próprios.
Ainda, é válido ressaltar que vários componentes dos lixos
eletrônicos podem ser reaproveitados. É o caso, por exemplo, do cobre
dos computadores, o qual pode ser reciclado e transformado em fiação
elétrica, reduzindo, assim, os gastos da prefeitura com esse tipo de
manutenção. Conto com sua colaboração, caro vereador, para criar este
projeto de lei que beneficiará a todos os munícipes.
Atenciosamente,
Cidadã.
22. CARTA DE RECLAMAÇÃO
• Na carta de reclamação, o contexto é apresentar uma situação
problema com justificativa e solicitar medidas para a sua resolução;
• Elabore 2 parágrafos;
• Assine conforme o comando, sempre;
• A estrutura deve ser esta:
Local, data.
Vocativo,
Contextualização (do que reclama? Sua reclamação se justifica?)
+ Socialização + objetivo da carta (o que pretende com a carta: trocar
o produto/ receber o dinheiro de volta/ pedir solução para o
problema apresentado?)+ tema.
Argumentação + explicação + comprovação. Retomada do vocativo +
argumentação + comprovação. Reforço do objetivo da carta.
Solicitação ( o que quer para resolver o problema?)
Despedida,
Assinatura.
23. Depois de ler o texto Pior colégio tem baile
funk em aula e rebelião, você assumirá o
papel de Aurora, mãe fictícia de Talita da
Silva Medeiros, aluna citada no texto, e
escreverá uma CARTA DE RECLAMAÇÃO,
com no máximo 20 linhas, ao Secretário de
Educação do Estado de São Paulo,
solicitando providências para dar fim às
ocorrências de indisciplinas que acontecem
na Escola Estadual Madre Paulina.
24. São Paulo, 11 de janeiro de 2015.
Prezado Secretário de Educação do Estado de São Paulo,
Sou mãe de uma aluna do terceiro ano do ensino médio do
Colégio Madre Paulina e estou indignada com as ocorrências de
indisciplina nesta instituição. Escrevo-lhe, desse modo, a fim de
reclamar sobre o descaso do Estado para com o colégio, uma vez
que este, além de ter obtido nota insuficiente na prova do Saresp,
ainda conta com infraestrutura deficiente, o que desestimula nossos
filhos. Ademais, minha filha relata constantemente as ocorrências de
brigas, tráfico de drogas, displicência por parte dos professores e até
festas nos horários de aula. O Estado sempre afirma que medidas
estão sendo ou serão tomadas, contudo, há oito anos a situação
da escola só piora, comprovando que nenhuma atitude foi
tomada.
Além disso, decorrente da péssima gestão do colégio, o
conteúdo programático exigido pelo ENEM e principais vestibulares
não está sendo ministrado, o que acarretará em mais perdas para os
alunos os quais querem algo melhor para si. Diante disso, Senhor
secretário, solicito que implante uma base da patrulha escolar dentro
do colégio, a fim de coagir a criminalidade e evitar a depredação do
patrimônio. Só assim será possível investir na revitalização da
infraestrutura e no estímulo do corpo docente e discente.
Atenciosamente, Aurora.
25. Como leitor da revista Escola, escreva
uma carta ao editor, Sr. Santos, com até
15 linhas, reclamando sobre a falta de
exemplos ilustrativos do bullying na
escola. Assine a carta apenas com o
nome Leitor.
26. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Prezado Senhor Santos,
Levando em consideração que a temática “O bullying nas escolas”
deve ser discutido por todos os segmentos da sociedade, inclusive nas
escolas, a publicação dos textos sobre o assunto permitiu que muitos
refletissem sobre esse problema atual. Porém, escrevo-lhe a fim de reclamar
sobre a ausência de exemplos sobre o que realmente vem a ser o
bullying no ambiente escolar, visto que os textos publicados na revista a
qual o senhor edita abordam as formas e os participantes de uma situação de
bullying, mas não apresentaram nenhum exemplo ou situação real em que
tenha sido observado e registrado esse tipo de agressão em alguma escola,
além das intervenções realizadas.
Sou professora e vivencio muitas dessa situações entre meus
alunos. Assim, comprei a revista porque um colega de trabalho me alertou que
o assunto era capa e poderia encontrar ajuda de maior credibilidade do que a
que tenho visto na internet. No entanto, não havia lá nenhuma informação que
me fosse útil neste sentido. Desse modo, sugiro que na próxima edição, o
tema venha a ser retomado e que sejam publicados casos registrados em
escolas, além de relatos de vítimas e opiniões de especialistas sobre o
assunto. Certo de contar com a sua compreensão, agradeço os esforços em
pesquisar e publicar exemplos e relatos atuais sobre o assunto.
Sem mais, Leitor.
27. CARTAABERTA
• A carta aberta é um texto por meio do qual um cidadão ou grupo dirige-
se, publicamente, a um interlocutor específico, ou entidade, ou
população diretamente envolvido(s) em situação ou assunto controverso,
de interesse coletivo;
• Elabore 2 parágrafos;
• Tanto o emissor quanto o receptor podem ser determinados pelo
enunciado, atente-se a isso;
• A estrutura deve ser esta:
Local, data.
Carta aberta + destinatário+ assunto
Contextualização / Socialização. Identificação da situação problema,
suas causas e consequências. Justificativa do motivo pelo qual esses
problemas incomodam ou fazem mal ao grupo.
Sugestões de possíveis medidas para a solução do problema.
Justificativas para as medidas de solução. Expectativas.
Agradecimentos,
Assinatura.
• *local e data podem vir após o corpo de texto.
28. A partir da leitura do texto “O preconceito
linguístico deveria ser crime” e das discussões
sobre a variação linguística nas aulas de
linguística, você, como representante dos
acadêmicos do Curso de Letras da
Universidade Estadual de Maringá, resolveu
redigir uma Carta Aberta , em até 15 linhas, a ser
divulgada nas redes sociais, endereçada à
população. Essa carta tem como objetivo
esclarecer à população de Maringá sobre os
danos do preconceito linguístico ao cidadão e
incentivar a tolerância a outras formas de falar,
além da norma padrão. Assine como Estudante de
Letras.
29. Maringá, 11 de janeiro de 2016.
Carta aberta para os maringaenses sobre preconceito linguístico
Como representante dos acadêmicos do Curso de Letras
da Universidade Estadual de Maringá, denuncio um preconceito
muito frequente, mas pouco discutido: o preconceito linguístico.
Apesar dos Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1998, tratarem as
variações da língua como algo comum e inevitável, estas são ainda
mal vistas por uma grande parcela da população, estando também
relacionadas com outros preconceitos, como o social.
Por esses motivos, a prática desse preconceito leva a
humilhação e a desvalorização do individuo, pois ao dizer que a
variação utilizada por ele é errada, está se ofendendo não apenas a
ele, mas também sua educação (tanto escolar quanto familiar), cultura
e região de origem. Vale a pena frisar que todos nós já utilizamos
essas variantes menos prestigiadas em algum momento de nossas
vidas. Desse modo, peço a disseminação dessa problemática e
também que esse preconceito seja considerado tão ultrajante quanto
os outros, assim, podemos punir aqueles que o praticam, construindo,
então, uma comunidade sem preconceitos.
Cordialmente, Estudante de Letras.
30. TEXTO INSTRUCIONAL
• Título objetivo e sucinto, induzindo a injunção;
• Pode fazer em prosa ou em tópicos;
• Introdução contendo contexto, emissor, receptor, canal e
objetivo;
• Organize a sequência de ações de modo lógico e coerente;
• Articule as ações por meio de mecanismos sequenciais (em
primeiro lugar, logo em seguinte, após, por fim, depois de etc.
);
• Sempre justifique suas orientações. A justificativa deve sempre
retomar o objetivo do texto;
• Seja uniforme: marque os verbos no infinitivo ou no imperativo;
• Uso coerente dos parágrafos;
• Contato com o leitor.
31. Redija um texto instrucional, em até 15 linhas,
aos leitores da Folhateen, caderno do jornal
Folha de S.Paulo, que contém matérias
dirigidas, geralmente, ao público jovem. Você
assumirá a posição de um(a) estudante
morador(a) de uma república, que dará
instruções de sobrevivência para quem
deseja morar em uma república para
estudar, levando em consideração as
informações dos textos A e B, mas também
ampliando-as.
32. Como não fazer da república uma “anarquia”
Se você vai ingressar em uma universidade e
precisará morar fora de casa, a república é uma ótima
opção. Por isso, como estudante morador de república, fui
convidado pela Folhateen para instruir você, leitor, a como
sobreviver em uma república. Prefira habitações onde a
quantidade de moradores seja reduzida, pois quanto mais
gente, maior é a dificuldade de conciliar os interesses de todos.
Ademais, horários de refeições devem ser estabelecidos, bem
como, os horários de visitas (namorados, amigos), se é que
estas serão permitidas.
Além disso, tenha bons hábitos de higiene e
organização, visto que o bom andamento da república começa
pelas atitudes individuais de seus moradores. Respeite seus
colegas de moradia, afinal, é com eles que você provavelmente
irá dividir a casa até acabar seu curso. Por fim, dividam as
tarefas domésticas e administrativas do lar, porque os afazeres
se tornam mais fáceis quando não sobrecarrega somente uma
pessoa. Aproveite sua vida na república, apesar das regras,
conviver com outras pessoas e trocar experiências só farão de
você uma pessoa melhor.
33. Vou morar em república, e agora?
Você está pensando em cursar alguma universidade fora, mas
não sabe onde morar quando tiver que mudar de cidade? Sozinho ou em
república? Se a república for a sua opção, mais barata por sinal, não se
desespere! Como moradora de república, fui convidada pela Folhateen
para dar algumas recomendações a fim de que você acerte na escolha
dos parceiros, além de ter uma convivência agradável com os novos
colegas de casa.
*Discuta as regras que deverão ser seguidas com o pessoal. Assim, cada
um terá uma responsabilidade nas tarefas, como lavar louça, tirar o lixo,
lavar os banheiros. Uma dica legal é a de fazer um cronograma de
atividades e colar na porta da geladeira, dessa forma, ninguém esquece;
*Converse com os colegas sobre quem poderá frequentar a casa, visto
que evitará incômodos ou mesmo constrangimentos causados por visitas
inusitadas ou indesejadas;
*Estipule horários. Há horas para estudar, trabalhar, descansar e festejar.
Desse modo, cada um desenvolverá seus deveres de acordo com o
combinado e crises serão evitadas.
Seguindo esses passos, você terá uma boa convivência, firmará
amizades, terá liberdade e, acima de tudo, estudará onde você sempre
quis com mais tranquilidade e diversão.
34. RELATO
• Título simples, subjetivo;
• Narrativa de fatos/ ações em sequência lógica e cronológica
(não faça idas e vindas no texto; estabeleça um ponto de
partida e um ponto de chegada) ou, ainda, descrição de rotina.
Tanto no relato em 1ª quanto em 3ª pessoa;
• Identifique as informações do enunciado as quais são
imperativas na construção do texto e não as modifique;
• A essas informações, acrescente outras, que você deve
inventar a partir de seu conhecimento de mundo, mas sempre
com verossimilhança;
• 2 parágrafos;
• No relato em 1ª pessoa, elabore narrativa;
• No relato em 3ª pessoa, fundamente seu texto com base em
testemunho(s), ou seja, utilize citações diretas e indiretas.
35. RELATO EM 1ª PESSOA
A escola onde você estuda está organizando
um evento em homenagem à terceira idade.
Como parte das atividades, os alunos deverão
relatar histórias de idosos que vivem bem
nessa fase da vida. Redija, portanto, um
RELATO, em até 15 linhas, sobre um(a)
idoso(a) que você conheça, apresentando o
que essa pessoa faz para garantir sua
qualidade de vida na terceira idade. Caso
precise dar nome a esse(a) idoso(a), use dona
Benta ou tio Barnabé.
36. RELATO NO PASSADO
O exemplo de Dona Benta
Minha avó, Dona Benta, tem 79 anos e dá um show
em muitos jovens de minha idade. Aos 59 anos, ela teve uma
perda parcial da visão e descobriu que sofria de diabetes. A
partir de então, trocou sua alimentação, seus hábitos e
aprendeu a controla-la. Esse problema fez com que Dona Benta
se superasse. Ela começou a caminhar meia hora diariamente,
a praticar dança e aprender pintura. Atualmente, é integrante
do projeto “verdura para todos” e ajuda os demais idosos da
comunidade a cuidar dos alimentos que são produzidos na horta
comunitária a fim de serem levados para as escolas ou dados à
população.
Minha avó vai ao médico regularmente e faz
acompanhamento com uma nutricionista para não descuidar do
corpo e manter seus hábitos. Sem dúvida, Dona Benta hoje é
um exemplo de superação e nos mostra que não existe idade
para adquirir hábitos saudáveis.
37. RELATO DE ROTINA
Em minha família, temos o tio Barnabé que, aos 76 anos, é
um exemplo de terceira idade saudável. Ele dorme todos os dias
muito cedo e acorda com o raiar do dia, então, liga seu rádio para
ouvir músicas de sua época. No café da manhã, que faz em
companhia da esposa, não faltam frutas, leite e pão integral. Logo
após o desjejum, sai para fazer sua caminhada na pequena cidade,
pratica atividades físicas nos equipamentos da praça para a terceira
idade e volta para casa para fazer o que mais gosta: cuidar de sua
horta, onde colhe a maior parte dos legumes e verduras que consome.
Seu almoço é sempre com alimentos necessários para uma
alimentação saudável para sua idade, criteriosamente orientados por
um nutricionista.
Tio Barnabé acredita que uma boa “sesta” faz bem para a
saúde, por isso, dorme sempre meia horinha após o almoço. Depois
disso, geralmente brinca com seus netos e duas vezes por semana
atua como voluntário em uma creche, consertando brinquedos. Todos
os finais de tarde, ele joga xadrez com os amigos, para manter sua
mente ativa. Segundo ele, com essa rotina de vida, pretende viver no
mínimo até os 100 anos.
38. RELATO EM 3ª PESSOA
Como repórter, redija um relato de uma
experiência presenciada na qual
apresente problemas gerados pela
necessidade de exposição nas redes
sociais. Caso julgue necessário, use um
dos nomes a seguir em seu texto:
Daniel, Mariana, Carla Jonas.
39. Síndrome de Narciso?
A busca pelo “selfie” perfeito é algo que, a cada dia mais, vem
acometendo pessoas das mais variadas faixas etárias, porém, os
jovens ainda são a maior vítima do vício. Um caso recente do que isso
pode ocasionar é do jovem Daniel, 19 anos, estudante. Ele é obcecado
por postar fotos suas nas redes sociais e tentou o suicídio após sentir-
se frustrado por não conseguir tirar o “selfie” perfeito. Na tentativa da
imagem ideal, o estudante passava 10 horas por dia realizando até
200 cliques.
De acordo com ele, perdeu quase 30 quilos, abandonou a
escola e não saiu de casa por seis meses para tentar encontrar a foto
perfeita. Frustrado com suas tentativas, o adolescente tentou se
suicidar com uma overdose. A mãe do jovem conseguiu salvá-lo.
“Estava constantemente em busca da “selfie” perfeita. Quando percebi
que não podia, queria morrer. Perdi meus amigos, minha educação,
minha saúde e quase minha vida”, disse o rapaz. Hoje ele faz um
tratamento intensivo de terapia para controlar o vício em tecnologia e o
Transtorno Dismórfico Corporal, um tipo de ansiedade excessiva com a
aparência pessoal.
40. RESUMO
• Não tem título;
• 1 ou 2 parágrafos;
• Selecione as informações essenciais do(s) texto(s) de apoio
(mapeamento);
• Organize as ideias coerentemente, mantendo a ordem do(s)
texto(s) original(is);
• Marque a temática logo no início, bem como as referências.
Caso seja coletânea, apresente que os textos possuem várias
fontes;
• Articule as informações com mecanismos coesivos e retomada
de referências;
• Não acrescente informações, tampouco opine;
• Use 3ª pessoa.
41. Redija um RESUMO, em até 15 linhas,
apresentando as informações
principais do texto “Promessas, não
realidades” de Renato Lessa. Lembre-
se de que, em um resumo, são
expostas as ideias principais do texto.
Você não pode copiá-las literalmente
nem deve expressar sua opinião e/ou
comentário sobre elas.
42. Praças espanholas ocupadas por jovens: é sobre tal cenário
que se debruça Renato Lessa, no artigo intitulado “Promessas, não
realidades”, publicado na revista Ciência Hoje, vol. 48. Segundo o
autor, a atitude desses jovens, unidos por uma vida mais digna, pode
ser explicada por diferentes fatores. De acordo com a publicação, em
um primeiro momento, pode-se pensar que a grave crise enfrentada
pela Espanha, país marcado pelo desemprego, é a causa das
ocupações; porém, destaca-se em seguida que a principal razão é a
descrença com relação à política.
Para Lessa, assim, a tomada das praças foi influenciada pelo
último pleito municipal espanhol, em que, a exemplo do ocorrido em
Portugal, houve um grande avanço conservador e uma considerável
abstenção. Trata-se, na visão do articulista, de um exemplo concreto
da crise de representação institucional em um contexto marcado pela
ausência da atração dos partidos enquanto motores de um processo
de formação política desde a base. Isso, pontua o escritor do artigo,
nunca existiu na visão dos mais céticos. O texto é finalizado com a
afirmação de que o lema “Basta de realidade, dêem-nos promessas”
bem expressa a postura dos jovens espanhóis.
43. RESPOSTA INTERPRETATIVA
• Sem título;
• 2 parágrafos;
• Interpretação e compreensão da temática e das ideias
principais do(s) texto(s) de apoio;
• Relacione as informações dos textos de apoio;
• Interpretação da informação solicitada no comando. Dar
atenção aos verbos (relacionar, indicar, justificar,
comparar...)
• Retome os comandos do enunciado na ordem em que
aparecem.
44. Redija, em até 15 linhas, uma resposta
interpretativa, que indique as causas que
explicam a atual posição do idoso em nossa
sociedade, presentes nos textos 1 e 2,
comprovando a causa expressa no texto 3,
com fragmentos desse texto.
45. Os textos “Senilidade e invisibilidade social”, de
Camila Maciel Polônio e “A sociedade e a terceira idade” do
Dr. João Roberto D. Azevedo, apresentam algumas causas
que podem justificar a atual posição do idoso em nossa
sociedade. Tal como a mudança da valorização entre jovens e
idoso em nossa sociedade, aquele valorizado excessivamente e
esse não mais valorizado. Os trechos de “Velhice”, de Vinícius
de Moraes, “Virá o dia em que eu (... )E lendo os clássicos com
a afeição que minha mocidade não permite”, retratam o velho
que antes era tido como sábio, pois possuía muita experiência
de vida, procurando pelos mais novos em busca de orientação.
Outra causa, também sugerida nos primeiros textos,
pode ser a atual sociedade capitalista que impõe nas famílias o
foco na produtividade, fazendo com que o idoso, que não
produz mais, perca seu lugar na sociedade. O que é
demonstrado nos últimos trechos do texto “Velhice”, de Vinícius
de Moraes: “serei um corpo sem mocidade, inútil e vazio” e “O
eterno velho (...) cujo único valor é ser cadáver de uma
mocidade criadora”.
46. • Os slides das aulas estão disponíveis em :
< http://pt.slideshare.net/viviantrombini>
• ** Todas as informações sobre os gêneros foram cedidos
pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) em curso
sobre os gêneros.
• *** Boa parte dos paradigmas dos textos também foram
cedidos pela UEM no referido curso, exceto o do gênero
RESUMO, cedido pela UFPR (Universidade Federal do
Paraná).