SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 32
A Escultura Barroca

http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
“A primeira característica reconhecível e típica da escultura
barroca é a sua omnipresença”.
Flávio Conti,
Como reconhecer a arte barroca
Associada à arquitetura ou à pintura, isoladamente em
praças ou jardins, ela invadiu tudo;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

2
Esta proliferação explica-se pela sua adaptabilidade a
interiores e exteriores;
Pelas suas capacidades plásticas: forte modelação de
volumes, dialética de contrastes (vazio/cheio; luz/sombra;
macio/rugoso), movimento, expressividade, cenografia das
composições;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

3
A escultura permitia concretizar os objetivos da Arte Barroca:
Comunicação instintiva e intuitiva das mensagens através das
emoções e sentimentos;
Provocar surpresa e deslumbramento que apelavam a uma
eficaz transmissão das ideias e conceitos;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

4
Estes objetivos estavam claros na intenção dos grandes
encomendadores da época;
A Igreja: transmissão da fé e reforço da imagem espiritual;
Os monarcas: manifestação pública do seu poder e
divulgação da ideologia do absolutismo;
Famílias ricas: forma de demonstrar o seu individualismo;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

5
Comparar as estátuas

David, Bernini
Barroco
David, Miguel Ângelo
Renascimento
HCA, Módulo 6, Curso Turismo

6
Bernini,
Busto de Gabriele Fonseca
Beata Ludovica Albertoni,
Colunata da Praça de S. Pedro,

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

7
Bernini,
O Êxtase de Santa Teresa de
Ávila,
Altar, galeria dos
encomendadores, pormenor

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

8
Bernini,
Cupidos arreliando um fauno,
Apolo e Dafne

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

9
Johan Lukas von Hildebrandt, Palácio Belvedere, Viena
François Girardon, Apolo servido pelas Musas na gruta
de Tétis, jardins de Versalhes

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

10
Gian Lorenzo Bernini (1598-1860) foi o maior escultor do
Barroco;
Nasceu em Nápoles, filho de um escultor;
Foi o artista preferido dos papas: Paulo V, Gregório XV,
Urbano VIII, Inocêncio X, Alexandre VII, Clemente IX,
Clemente X, Inocêncio XI;
Foi escultor, arquiteto, pintor e decorador de interiores;
Também trabalhou na França de Luís XIV;
Foi o grande interprete do espírito da arte barroca;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

11
Expressão técnico-formal da escultura barroca:
Rigor da execução técnica, domínio das técnicas da
escultura;
Perfeição das formas, modeladas com pormenores
realistas levados até ao exagero;

Bernini, busto

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

12
Exploração das capacidades expressivas das personagens
ou das cenas, com a acentuação dos gestos e das
expressões faciais e corporais, procurando o dramatismo;
Preferência por posições em movimento, serpenteadas,
por vezes em equilíbrio instável;

Bernini, Teresa D’Avila
(pormenor)

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

13
Utilização de panejamentos volumosos, favorecendo o
contraste de texturas e os violentos jogos de claro-escuro;
Composições organizadas segundo esquemas complexos,
formando grupos escultóricos, captados num “momento” da
ação (como na fotografia);
Bernini, Teresa D’Avila
(pormenor)

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

14
Sentido cénico das obras, onde a teatralidade dos gestos e
movimentos se adicionava a preocupação do
enquadramento (arquitetónico ou não) em que iam ser
colocadas;

Bernini, Teresa D’Avila

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

15
O espaço a que se destinava a obra era equacionado pelo
escultor;
A maior parte das obras barrocas foram realizadas para
serem vista de um ou dois pontos de vista;
Materiais utilizados: pedra (sobretudo o mármore), bronze,
ouro, prata, marfim, madeiras policromadas, etc.)

Bernini, Cupido

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

16
Duas categorias:
Escultura monumental: que ornamentava a arquitetura
religiosa e civil;
Escultura independente: de carácter comemorativo,
honorífico ou alegórico;
Bernini, Colunata
de S. Pedro

Bernini, David

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

17
Formas e funções da escultura ornamental
A escultura foi o complemento habitual da arquitectura
barroca;

Igreja de S. João de
Latrão, Roma

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

18
Bernini, Baldaquino,
1657-66, mármore,
bronze e ouro, 28,5
metros/altura, Basílica
de S. Pedro

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

19
HCA, Módulo 6, Curso Turismo

20
Trono de São Pedro, encomendado pelo Papa Urbano VIII e
executada por Bernini;
Elevado valor cénico.

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

21
A Escultura barroca foi usada para rematar superfícies e
para as decorar (procurando salientar os efeitos estéticos);

Baltazar Longhena,
Igreja de S. Mª da
Saúde, Veneza,
1631

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

22
Bernini, Palácio do Vaticano

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

23
Bernini, Túmulo do Papa Alexandre VII, 1673-74, Basílica de
S. Pedro

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

24
Bernini, Colunata de S. Pedro, 1656, Apóstolos

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

25
Stefano Maderno, Santa Cecília, 1600, Igreja de S.
Cecília, Roma

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

26
Relevo:
Teve sobretudo funções decorativas, mais raramente
narrativas;
Desenvolveu-se uma gramática formal típica: volutas,
brasões, entablamentos, frontões, frisos, portas e janelas;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

27
Escultura de vulto redondo:
Usou-se em nichos nas fachadas e no interior;
Em filas sobre os parapeitos das pontes, edifícios,
escadarias e jardins;
Estátuas-colunas, sustentando tetos ou entablamentos;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

28
Misturou-se a estatuária com os relevos e elementos
arquitetónicos;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

29
A escultura barroca preferiu grupos escultóricos que permitiam
composições mais dinâmicas e maiores capacidades
dramáticas e cénicas;
Nascida durante a Contra-Reforma católica a escultura
barroca não deixou de refletir a mística da Igreja;
A temática é fundamentalmente inspirada na Bíblia;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

30
A Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) vigia toda a arte;
Surge uma nova ortodoxia na temática católica: Sagrada
Família, Cristo no Calvário, cenas das virtudes cristãs,
valorização da figura do papa;
Os temas têm funções didáticas e de afirmação da Fé e
poder da Igreja Católica;

HCA, Módulo 6, Curso Turismo

31
Escultura laica:
Retratos individuais de reis e figuras públicas, muitas
vezes retratados em atitudes de triunfo e poder;
Mausoléus;
Grupos mitológicos.

Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da
Cultura e das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
HCA, Módulo 6, Curso Turismo

32

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Módulo 8 contextualização histórica
Módulo 8   contextualização históricaMódulo 8   contextualização histórica
Módulo 8 contextualização históricaCarla Freitas
 
O barroco em frança
O barroco em françaO barroco em frança
O barroco em françaAna Barreiros
 
Módulo 6 contextualização
Módulo 6   contextualizaçãoMódulo 6   contextualização
Módulo 6 contextualizaçãoCarla Freitas
 
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoHistória da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoJoão Couto
 
02 arquitetura barroca
02 arquitetura barroca02 arquitetura barroca
02 arquitetura barrocaVítor Santos
 
Naturalismo, realismo
Naturalismo, realismo Naturalismo, realismo
Naturalismo, realismo Ana Barreiros
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barrocacattonia
 
O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1Carla Teixeira
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidadeAna Barreiros
 
A cultura do cinema
A cultura do cinema   A cultura do cinema
A cultura do cinema Ana Barreiros
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaCarlos Pinheiro
 
Módulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaMódulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaCarla Freitas
 

La actualidad más candente (20)

Módulo 8 contextualização histórica
Módulo 8   contextualização históricaMódulo 8   contextualização histórica
Módulo 8 contextualização histórica
 
Cultura da catedral
Cultura da catedralCultura da catedral
Cultura da catedral
 
A Arte Neoclássica
A Arte NeoclássicaA Arte Neoclássica
A Arte Neoclássica
 
O barroco em frança
O barroco em françaO barroco em frança
O barroco em frança
 
Rococó
RococóRococó
Rococó
 
A cultura da gare
A cultura da gareA cultura da gare
A cultura da gare
 
Módulo 6 contextualização
Módulo 6   contextualizaçãoMódulo 6   contextualização
Módulo 6 contextualização
 
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palcoHistória da Cultura e das Artes - A cultura do palco
História da Cultura e das Artes - A cultura do palco
 
02 arquitetura barroca
02 arquitetura barroca02 arquitetura barroca
02 arquitetura barroca
 
Naturalismo, realismo
Naturalismo, realismo Naturalismo, realismo
Naturalismo, realismo
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1O rococó e o neoclássico parte 1
O rococó e o neoclássico parte 1
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidade
 
A cultura do cinema
A cultura do cinema   A cultura do cinema
A cultura do cinema
 
A arte nova
A arte novaA arte nova
A arte nova
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pintura
 
Módulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaMódulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura Gótica
 
Escultura barroca
Escultura barrocaEscultura barroca
Escultura barroca
 

Similar a Escultura Barroca

Similar a Escultura Barroca (20)

04 pintura barroca
04 pintura barroca04 pintura barroca
04 pintura barroca
 
ARTE BARROCA.docx
ARTE BARROCA.docxARTE BARROCA.docx
ARTE BARROCA.docx
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Barroco 8º Ano
Barroco   8º AnoBarroco   8º Ano
Barroco 8º Ano
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
03 escultura e pintura gótica
03 escultura e pintura gótica03 escultura e pintura gótica
03 escultura e pintura gótica
 
7 barroco 2020
7 barroco 20207 barroco 2020
7 barroco 2020
 
B Arroco E Maneirismo
B Arroco E ManeirismoB Arroco E Maneirismo
B Arroco E Maneirismo
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
05 a cultura do palácio 2
05 a cultura do palácio 205 a cultura do palácio 2
05 a cultura do palácio 2
 
Arte e pintura barroca catarina e cristiana 11ºh
Arte e pintura barroca   catarina e cristiana   11ºhArte e pintura barroca   catarina e cristiana   11ºh
Arte e pintura barroca catarina e cristiana 11ºh
 
F4 A Arte Barroca
F4   A Arte BarrocaF4   A Arte Barroca
F4 A Arte Barroca
 
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao RomantismoHistória da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
 
Arte Barroca
Arte BarrocaArte Barroca
Arte Barroca
 
Arte barroca.pptx
Arte barroca.pptxArte barroca.pptx
Arte barroca.pptx
 
Barroco atualizado
Barroco atualizadoBarroco atualizado
Barroco atualizado
 
Maneirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococoManeirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococo
 

Más de Vítor Santos

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdfVítor Santos
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdfVítor Santos
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdfVítor Santos
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdfVítor Santos
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdfVítor Santos
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdfVítor Santos
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdfVítor Santos
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdfVítor Santos
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdfVítor Santos
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdfVítor Santos
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdfVítor Santos
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdfVítor Santos
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdfVítor Santos
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdfVítor Santos
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdfVítor Santos
 

Más de Vítor Santos (20)

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
 
0_história_A.pdf
0_história_A.pdf0_história_A.pdf
0_história_A.pdf
 

Escultura Barroca

  • 2. “A primeira característica reconhecível e típica da escultura barroca é a sua omnipresença”. Flávio Conti, Como reconhecer a arte barroca Associada à arquitetura ou à pintura, isoladamente em praças ou jardins, ela invadiu tudo; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 2
  • 3. Esta proliferação explica-se pela sua adaptabilidade a interiores e exteriores; Pelas suas capacidades plásticas: forte modelação de volumes, dialética de contrastes (vazio/cheio; luz/sombra; macio/rugoso), movimento, expressividade, cenografia das composições; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 3
  • 4. A escultura permitia concretizar os objetivos da Arte Barroca: Comunicação instintiva e intuitiva das mensagens através das emoções e sentimentos; Provocar surpresa e deslumbramento que apelavam a uma eficaz transmissão das ideias e conceitos; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 4
  • 5. Estes objetivos estavam claros na intenção dos grandes encomendadores da época; A Igreja: transmissão da fé e reforço da imagem espiritual; Os monarcas: manifestação pública do seu poder e divulgação da ideologia do absolutismo; Famílias ricas: forma de demonstrar o seu individualismo; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 5
  • 6. Comparar as estátuas David, Bernini Barroco David, Miguel Ângelo Renascimento HCA, Módulo 6, Curso Turismo 6
  • 7. Bernini, Busto de Gabriele Fonseca Beata Ludovica Albertoni, Colunata da Praça de S. Pedro, HCA, Módulo 6, Curso Turismo 7
  • 8. Bernini, O Êxtase de Santa Teresa de Ávila, Altar, galeria dos encomendadores, pormenor HCA, Módulo 6, Curso Turismo 8
  • 9. Bernini, Cupidos arreliando um fauno, Apolo e Dafne HCA, Módulo 6, Curso Turismo 9
  • 10. Johan Lukas von Hildebrandt, Palácio Belvedere, Viena François Girardon, Apolo servido pelas Musas na gruta de Tétis, jardins de Versalhes HCA, Módulo 6, Curso Turismo 10
  • 11. Gian Lorenzo Bernini (1598-1860) foi o maior escultor do Barroco; Nasceu em Nápoles, filho de um escultor; Foi o artista preferido dos papas: Paulo V, Gregório XV, Urbano VIII, Inocêncio X, Alexandre VII, Clemente IX, Clemente X, Inocêncio XI; Foi escultor, arquiteto, pintor e decorador de interiores; Também trabalhou na França de Luís XIV; Foi o grande interprete do espírito da arte barroca; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 11
  • 12. Expressão técnico-formal da escultura barroca: Rigor da execução técnica, domínio das técnicas da escultura; Perfeição das formas, modeladas com pormenores realistas levados até ao exagero; Bernini, busto HCA, Módulo 6, Curso Turismo 12
  • 13. Exploração das capacidades expressivas das personagens ou das cenas, com a acentuação dos gestos e das expressões faciais e corporais, procurando o dramatismo; Preferência por posições em movimento, serpenteadas, por vezes em equilíbrio instável; Bernini, Teresa D’Avila (pormenor) HCA, Módulo 6, Curso Turismo 13
  • 14. Utilização de panejamentos volumosos, favorecendo o contraste de texturas e os violentos jogos de claro-escuro; Composições organizadas segundo esquemas complexos, formando grupos escultóricos, captados num “momento” da ação (como na fotografia); Bernini, Teresa D’Avila (pormenor) HCA, Módulo 6, Curso Turismo 14
  • 15. Sentido cénico das obras, onde a teatralidade dos gestos e movimentos se adicionava a preocupação do enquadramento (arquitetónico ou não) em que iam ser colocadas; Bernini, Teresa D’Avila HCA, Módulo 6, Curso Turismo 15
  • 16. O espaço a que se destinava a obra era equacionado pelo escultor; A maior parte das obras barrocas foram realizadas para serem vista de um ou dois pontos de vista; Materiais utilizados: pedra (sobretudo o mármore), bronze, ouro, prata, marfim, madeiras policromadas, etc.) Bernini, Cupido HCA, Módulo 6, Curso Turismo 16
  • 17. Duas categorias: Escultura monumental: que ornamentava a arquitetura religiosa e civil; Escultura independente: de carácter comemorativo, honorífico ou alegórico; Bernini, Colunata de S. Pedro Bernini, David HCA, Módulo 6, Curso Turismo 17
  • 18. Formas e funções da escultura ornamental A escultura foi o complemento habitual da arquitectura barroca; Igreja de S. João de Latrão, Roma HCA, Módulo 6, Curso Turismo 18
  • 19. Bernini, Baldaquino, 1657-66, mármore, bronze e ouro, 28,5 metros/altura, Basílica de S. Pedro HCA, Módulo 6, Curso Turismo 19
  • 20. HCA, Módulo 6, Curso Turismo 20
  • 21. Trono de São Pedro, encomendado pelo Papa Urbano VIII e executada por Bernini; Elevado valor cénico. HCA, Módulo 6, Curso Turismo 21
  • 22. A Escultura barroca foi usada para rematar superfícies e para as decorar (procurando salientar os efeitos estéticos); Baltazar Longhena, Igreja de S. Mª da Saúde, Veneza, 1631 HCA, Módulo 6, Curso Turismo 22
  • 23. Bernini, Palácio do Vaticano HCA, Módulo 6, Curso Turismo 23
  • 24. Bernini, Túmulo do Papa Alexandre VII, 1673-74, Basílica de S. Pedro HCA, Módulo 6, Curso Turismo 24
  • 25. Bernini, Colunata de S. Pedro, 1656, Apóstolos HCA, Módulo 6, Curso Turismo 25
  • 26. Stefano Maderno, Santa Cecília, 1600, Igreja de S. Cecília, Roma HCA, Módulo 6, Curso Turismo 26
  • 27. Relevo: Teve sobretudo funções decorativas, mais raramente narrativas; Desenvolveu-se uma gramática formal típica: volutas, brasões, entablamentos, frontões, frisos, portas e janelas; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 27
  • 28. Escultura de vulto redondo: Usou-se em nichos nas fachadas e no interior; Em filas sobre os parapeitos das pontes, edifícios, escadarias e jardins; Estátuas-colunas, sustentando tetos ou entablamentos; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 28
  • 29. Misturou-se a estatuária com os relevos e elementos arquitetónicos; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 29
  • 30. A escultura barroca preferiu grupos escultóricos que permitiam composições mais dinâmicas e maiores capacidades dramáticas e cénicas; Nascida durante a Contra-Reforma católica a escultura barroca não deixou de refletir a mística da Igreja; A temática é fundamentalmente inspirada na Bíblia; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 30
  • 31. A Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) vigia toda a arte; Surge uma nova ortodoxia na temática católica: Sagrada Família, Cristo no Calvário, cenas das virtudes cristãs, valorização da figura do papa; Os temas têm funções didáticas e de afirmação da Fé e poder da Igreja Católica; HCA, Módulo 6, Curso Turismo 31
  • 32. Escultura laica: Retratos individuais de reis e figuras públicas, muitas vezes retratados em atitudes de triunfo e poder; Mausoléus; Grupos mitológicos. Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da Cultura e das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011 HCA, Módulo 6, Curso Turismo 32