A escultura barroca se caracterizou pela sua omnipresença associada à arquitetura e pintura. Sua proliferação se deu por sua capacidade de se adaptar a interiores e exteriores, com forte modelagem de volumes e jogos de luz e sombra. A escultura permitiu concretizar os objetivos da arte barroca de comunicação emocional e provocar surpresa. Bernini foi o maior escultor do período, interpretando o espírito barroco com obras dinâmicas que enfatizavam gestos e expressões
2. “A primeira característica reconhecível e típica da escultura
barroca é a sua omnipresença”.
Flávio Conti,
Como reconhecer a arte barroca
Associada à arquitetura ou à pintura, isoladamente em
praças ou jardins, ela invadiu tudo;
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3. Esta proliferação explica-se pela sua adaptabilidade a
interiores e exteriores;
Pelas suas capacidades plásticas: forte modelação de
volumes, dialética de contrastes (vazio/cheio; luz/sombra;
macio/rugoso), movimento, expressividade, cenografia das
composições;
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4. A escultura permitia concretizar os objetivos da Arte Barroca:
Comunicação instintiva e intuitiva das mensagens através das
emoções e sentimentos;
Provocar surpresa e deslumbramento que apelavam a uma
eficaz transmissão das ideias e conceitos;
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5. Estes objetivos estavam claros na intenção dos grandes
encomendadores da época;
A Igreja: transmissão da fé e reforço da imagem espiritual;
Os monarcas: manifestação pública do seu poder e
divulgação da ideologia do absolutismo;
Famílias ricas: forma de demonstrar o seu individualismo;
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10. Johan Lukas von Hildebrandt, Palácio Belvedere, Viena
François Girardon, Apolo servido pelas Musas na gruta
de Tétis, jardins de Versalhes
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11. Gian Lorenzo Bernini (1598-1860) foi o maior escultor do
Barroco;
Nasceu em Nápoles, filho de um escultor;
Foi o artista preferido dos papas: Paulo V, Gregório XV,
Urbano VIII, Inocêncio X, Alexandre VII, Clemente IX,
Clemente X, Inocêncio XI;
Foi escultor, arquiteto, pintor e decorador de interiores;
Também trabalhou na França de Luís XIV;
Foi o grande interprete do espírito da arte barroca;
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12. Expressão técnico-formal da escultura barroca:
Rigor da execução técnica, domínio das técnicas da
escultura;
Perfeição das formas, modeladas com pormenores
realistas levados até ao exagero;
Bernini, busto
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13. Exploração das capacidades expressivas das personagens
ou das cenas, com a acentuação dos gestos e das
expressões faciais e corporais, procurando o dramatismo;
Preferência por posições em movimento, serpenteadas,
por vezes em equilíbrio instável;
Bernini, Teresa D’Avila
(pormenor)
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14. Utilização de panejamentos volumosos, favorecendo o
contraste de texturas e os violentos jogos de claro-escuro;
Composições organizadas segundo esquemas complexos,
formando grupos escultóricos, captados num “momento” da
ação (como na fotografia);
Bernini, Teresa D’Avila
(pormenor)
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15. Sentido cénico das obras, onde a teatralidade dos gestos e
movimentos se adicionava a preocupação do
enquadramento (arquitetónico ou não) em que iam ser
colocadas;
Bernini, Teresa D’Avila
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16. O espaço a que se destinava a obra era equacionado pelo
escultor;
A maior parte das obras barrocas foram realizadas para
serem vista de um ou dois pontos de vista;
Materiais utilizados: pedra (sobretudo o mármore), bronze,
ouro, prata, marfim, madeiras policromadas, etc.)
Bernini, Cupido
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17. Duas categorias:
Escultura monumental: que ornamentava a arquitetura
religiosa e civil;
Escultura independente: de carácter comemorativo,
honorífico ou alegórico;
Bernini, Colunata
de S. Pedro
Bernini, David
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18. Formas e funções da escultura ornamental
A escultura foi o complemento habitual da arquitectura
barroca;
Igreja de S. João de
Latrão, Roma
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21. Trono de São Pedro, encomendado pelo Papa Urbano VIII e
executada por Bernini;
Elevado valor cénico.
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22. A Escultura barroca foi usada para rematar superfícies e
para as decorar (procurando salientar os efeitos estéticos);
Baltazar Longhena,
Igreja de S. Mª da
Saúde, Veneza,
1631
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26. Stefano Maderno, Santa Cecília, 1600, Igreja de S.
Cecília, Roma
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27. Relevo:
Teve sobretudo funções decorativas, mais raramente
narrativas;
Desenvolveu-se uma gramática formal típica: volutas,
brasões, entablamentos, frontões, frisos, portas e janelas;
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28. Escultura de vulto redondo:
Usou-se em nichos nas fachadas e no interior;
Em filas sobre os parapeitos das pontes, edifícios,
escadarias e jardins;
Estátuas-colunas, sustentando tetos ou entablamentos;
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29. Misturou-se a estatuária com os relevos e elementos
arquitetónicos;
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30. A escultura barroca preferiu grupos escultóricos que permitiam
composições mais dinâmicas e maiores capacidades
dramáticas e cénicas;
Nascida durante a Contra-Reforma católica a escultura
barroca não deixou de refletir a mística da Igreja;
A temática é fundamentalmente inspirada na Bíblia;
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31. A Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) vigia toda a arte;
Surge uma nova ortodoxia na temática católica: Sagrada
Família, Cristo no Calvário, cenas das virtudes cristãs,
valorização da figura do papa;
Os temas têm funções didáticas e de afirmação da Fé e
poder da Igreja Católica;
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32. Escultura laica:
Retratos individuais de reis e figuras públicas, muitas
vezes retratados em atitudes de triunfo e poder;
Mausoléus;
Grupos mitológicos.
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da
Cultura e das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
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