1. Mundo industrializado e países
de difícil industrialização
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8º ano – Unidade 7
2. As revoluções liberais 2
22 – Conhecer e compreender a consolidação dos processos de industrialização.
1. Identificar as principais características da segunda fase da industrialização (“Idade do
caminho-de-ferro”), salientando a hegemonia inglesa e o crucial desenvolvimento dos
transportes.
2. Relacionar a revolução dos transportes (terrestres e marítimos) com o crescimento dos
mercados nacionais e a aceleração das trocas.
3. Identificar as principais características da terceira fase da industrialização (“Idade da
eletricidade e petróleo”).
4. Identificar a expansão de processos de industrialização no espaços europeus e
extraeuropeus, salientando e emergência de potências como a Alemanha, os E.U.A ou o
Japão.
5. Sublinhar a dependência das empresas em relação ao capital financeiro, relacionando a
com o desenvolvimento deste sector (capitalismo financeiro).
6. Caracterizar os princípios fundamentais do liberalismo económico relacionando-o com o
crescimento económico verificado no século XIX.
7. Reconhecer a existência de crises cíclicas de superprodução no seio da economia
capitalista, especialmente na segunda metade do século XIX.
8. Reconhecer como o aumento das diferenças nos níveis de desenvolvimento entre países
ou regiões facilitou e potenciou o reforço das situações de dominação económica, cultural
e/ou político-militar.
9. Sublinhar que as colónias e os protetorados dos países industrializados se foram
transformando em fornecedores de matérias-primas e consumidores de bens e serviços de
elevado valor acrescentado oriundos das metrópoles.
3. As revoluções liberais 3
23 – Conhecer e compreender os principais aspetos da
cultura do século XIX
1. Relacionar a industrialização com o reforço do prestígio e
da capacidade de intervenção da ciência e da tecnologia e do
seu impacto no quotidiano das populações.
2. Demonstrar o triunfo do “cientismo” no século XIX.
3. Caracterizar a “arquitetura do ferro” como expressão
estética funcional de sociedades industrializadas e
urbanizadas.
4. Indicar as principais características do impressionismo.
5. Indicar as principais características do romantismo.
6. Apontar as principais características do realismo,
relacionando este movimento estético com a afirmação das
classes médias, com a crítica das condições de trabalho e de
vida das classes populares.
4. As revoluções liberais 4
24 – Conhecer e compreender os sucessos e bloqueios
do processo português de industrialização.
1. Enumerar os momentos mais marcantes da conflitualidade
político-militar, no seio do liberalismo português, verificada
de 1834 a 1850/1851.
2. Referir os obstáculos à modernização portuguesa na
primeira metade do século XIX.
3. Relacionar a estabilidade política obtida em meados do
século XIX com as tentativas de modernização económica
durante a Regeneração.
4. Relacionar as prioridades do Fontismo com o aumento da
dívida pública e com a dependência financeira face ao
estrangeiro.
5. Avaliar os resultados da Regeneração ao nível económico,
demográfico e social.
5. H1 A industrialização da Europa 5
A Revolução dos transportes
Em 1814, Stephenson construiu uma locomotiva a vapor, em
1821 foi inaugurada a primeira linha férrea (Liverpool-
Manchester);
6. H1 A industrialização da Europa 6
Em pouco tempo tanto na Europa como nos EUA iniciou-se
uma fase de construção de vias férreas
7. H1 A industrialização da Europa 7
Os transportes marítimos desenvolvem-se: melhores e
maiores veleiro e aperfeiçoam-se os vapores;
Abrem-se os canais do Panamá e do Suez;
8. H1 A industrialização da Europa 8
Em consequência desta revolução dos transportes o “Mundo
torna-se mais pequeno”;
O Mundo claro não encolheu mas agora as viagens são mais
rápidas, baratas e confortáveis;
Pessoas e produtos viajam por todo o globo;
9. H1 A industrialização da Europa 9
A emigração aumenta bem como o comércio;
As regiões deixam de estar isoladas e desenvolvem-se os
mercados nacionais e internacionais;
O desenvolvimento dos mercados é um incentivo para o
desenvolvimento da produção industrial e agrícola;
10. H1 A industrialização da Europa 10
Desenvolvem-se as trocas intercontinentais, mundializa-
se a economia;
Os países industrializados vendem os seus produtos à
escala global;
Os mercados coloniais (africanos e asiáticos) são
intensamente explorados;
A Grã-Bretanha domina o comércio mundial;
11. H1 A industrialização da Europa 11
Na segunda metade do século XIX desencadeou-se uma
vaga de inventos;
Na química surgem novos produtos como os adubos, a fibras
sintéticas, os corantes, a aspirina, etc.;
12. H1 A industrialização da Europa 12
No campos das novas energias surgem o telégrafo (Morse), o
telefone (Bell), a telefonia sem fios (Marconi e Hertz);
Edison inventou a lâmpada elétrica;
Inventou-se o gerador e o dínamo, constroem-se centrais
elétricas;
As cidades iluminam-se;
13. H1 A industrialização da Europa 13
Em 1859, na Pensilvânia (EUA) perfurou-se o primeiro
poço de petróleo;
Em 1886, Daimler inventa o motor de explosão que
funciona a gasolina;
Em 1897, Diesel, inventa um motor que funciona com óleo
pesado (diesel);
14. H1 A industrialização da Europa 14
Os irmãos Wright, em 1903, criam o primeiro avião, que
rapidamente vai desenvolver a indústria da aeronáutica e
revolucionar os transportes de longa distância;
15. H1 A industrialização da Europa 15
Novas fontes de energia: eletricidade e petróleo;
Novas máquinas: motor elétrico e motor de explosão;
Desencadeiam um vertiginoso aumento da produção: a
produção em massa;
Surgem novos produtos e novas máquinas;
Na segunda metade do século XIX dá-se a segunda
revolução industrial;
16. O século XIX foi de expansão da Revolução Industrial;
Esta revolução começou em ;
Ao longo do século foi estendendo-se a vários países da
Europa e do Mundo;
Inglaterra
H1 A industrialização da Europa 16
17. Devido ao seu avanço tecnológico a Inglaterra manteve o
primeiro lugar dos países industrializados,
Durante o século XIX, a indústria têxtil foi ultrapassada pela
metalurgia (produção de ferro);
A Grã-Bretanha desenvolveu a construção de vias férreas;
A Inglaterra fabricava e exportava para todo o Mundo
H1 A industrialização da Europa 17
18. H1 A industrialização da Europa 18
O arranque industrial noutros países europeus só se iniciou
depois de 1830;
A Bélgica (rica em minérios) foi um dos primeiros países a
industrializar-se;
A França iniciou a industrialização após 1840;
A Alemanha arrancou em 1860, em apenas 20 anos tornou-
se na grande rival da Inglaterra graças ao desenvolvimento
da indústria química e metalúrgica;
A Suécia iniciou por volta de 1870;
Os restantes países europeus só se industrializaram mais
tarde;
19. H1 A industrialização da Europa 19
Os países de fora da Europa, com exceção dos Estados
Unidos e do Japão não se industrializaram, apesar de muitos
serem ricos em matérias-primas;
A partir de 1840, os Estados Unidos entraram numa fase de
grande crescimento económico;
20. H1 A industrialização da Europa 20
Milhões de europeus emigraram para os EUA e as 13
colónias iniciais foram-se estendendo para Oeste;
O aumento da população e a abundância de matérias-primas
vão criar as condições para uma rápida industrialização;
Após a Guerra Civil (Guerra de Secessão) (1861-1865), em
1869, é inaugurada a primeira linha férrea transcontinental;
21. H1 A industrialização da Europa 21
No início do século XX, os Estados Unidos, tornaram na
primeira potência industrial, ultrapassando a Inglaterra;
22. H1 A industrialização da Europa 22
O Japão: do feudalismo à era industrial
O Japão era um país feudal e fechado ao estrangeiro;
Em 1854, os EUA, obrigaram pela força, o Japão a abrir os
seus portos ao comércio estrangeiro;
23. H1 A industrialização da Europa 23
Em 1967, inicia-se a “Era Meiji”, lançada pelo próprio
imperador Mutsu-Hito para modernizar o Japão;
24. H1 A industrialização da Europa 24
O regime feudal foi abolido;
Os daimios (samurais)perderam poder;
Foi promulgada uma Constituição e eleito um parlamento;
O governo japonês promoveu e ajudou a contratação de
técnicos estrangeiros e a construção de fábricas;
25. H1 A industrialização da Europa 25
Apesar da falta de matérias-primas no seu território o Japão
industrializou-se rapidamente graças à sua disciplina;
A nobreza (samurais) passou a investir na indústria;
No início dos século XX, o Japão já era um dos países mais
industrializados do Mundo;
26. H1 A industrialização da Europa 26
A vida quotidiana alterou-se profundamente;
Surgem o automóvel, o elevador, o frigorífico, a máquina de
escrever, a máquina de costura, o gramofone, o
cinematógrafo, etc.;
As máquinas e os aparelhos elétricos invadiram o dia a dia
das pessoas revolucionando a vida das pessoas em casa, no
trabalho e nas viagens;
No início do século XX surgem novos hábitos;
27. H1 A industrialização da Europa 27
O liberalismo económico foi uma teoria proposta por Adam
Smith (1723-1790);
Defende que a riqueza dos países depende da liberdade
individual (iniciativa privada);
A economia deve privilegiar a livre concorrência e livre
produção e circulação de produtos;
O Estado (governo) não deve intervir na economia;
Estas ideias permitiram um grande desenvolvimento
económico embora tivessem provocado profundos
desequilíbrios sociais;
28. H1 A industrialização da Europa 28
Desenvolvem-se grandes empresas industriais e
económicas;
Muitas delas são sociedades por ações, as sociedades
anónimas;
29. H1 A industrialização da Europa 29
Desenvolve-se o capital financeiro (Bancos e Bolsa de
Valores);
Os bancos acumulam dinheiro depositado pelas pessoas;
Os industriais e até os próprios estados pedem dinheiro
emprestado;
O capitalismo financeiro controla a economia e o próprio
estado;
30. H1 A industrialização da Europa 30
O desenvolvimento do capitalismo provocou crises
económicas de uma novo tipo: crises de superprodução;
A perspetival de lucro provocava a vontade de produzir cada
vez mais;
Num determinado momento já não existe pessoas suficientes
para comprarem tantos produtos;
As empresas não vendem, têm prejuízos e despedem
trabalhadores e muitas vezes abrem falência;
O aumento do número de desempregados provocava uma
baixa ainda maior no consumo;
No entanto após algum tempo a economia voltava a crescer;
31. Os novos modelos culturais 31
No século XIX a ciência conheceu um grande avanço;
A indústria apoia a investigação procurando desenvolver
novos produtos e meios de produção mais eficazes;
32. Os novos modelos culturais 32
Principais inventos e inventores do
século XIX:
Edison – lâmpada elétrica e gramofone;
Pierre e Marie Curie – radioatividade;
Pasteur – vacina contra a raiva;
Charles Darwin – publica “A origem das
espécies”;
A química foi a ciência do século;
33. Os novos modelos culturais 33
Para além das Ciências da Natureza desenvolvem-se as
ciências humanas que estudam o comportamento humano,
como a História, Filosofia, Sociologia, Psicologia, etc.;
34. Os novos modelos culturais 34
A aliança entre a ciência e a técnica produziu um progresso
notável;
Desenvolve-se o cientismo que considera que a ciência é o
único conhecimento válido que acabaria por descobrir todas
as leis da natureza e resolver todos os problemas da
Humanidade;
O Estado passa a considerar a educação como um dever;
O ensino primário torna-se obrigatório;
Era necessário preparar a juventude para o trabalho e para
exercer o direito de voto;
35. Os novos modelos culturais 35
O século XIX foi uma época de grandes inovações culturais e
artísticas;
O primeiro movimento foi o Romantismo que exaltou as
emoções e a luta pela liberdade;
36. Os novos modelos culturais 36
Em meados do século surgiu o Realismo que tinha como
objetivo criticar a sociedade;
Em Portugal, Eça de Queirós foi um dos grandes expoentes
desse movimento;
37. Os novos modelos culturais 37
A partir de 1860 surge uma nova
técnica de pintura, o Impressionismo,
que rejeita as regras tradicionais de
pintura;
A linha de contorno é eliminada e
pintam com pequenas pinceladas de
cores puras, justapostas;
38. Os novos modelos culturais 38
Principais pintores do impressionismo:
Monet, Renoir, Degas.
39. Os novos modelos culturais 39
No final do século surgiram pintores como Van Gogh, Cézanne
e Gauguin que vão abrir novos caminhos para a pintura;
40. Os novos modelos culturais 40
Ao nível da arquitetura desenvolve-se a arquitetura do ferro e
do vidro;
42. Os países do sul e do leste da
Europa tiveram uma
industrialização difícil.
As estruturas económicas e
sociais do Antigo Regime
mantinham-se;
Ainda contribuiu para o atraso
português as invasões francesas,
a independência do Brasil e a
guerra civil entre liberais e
absolutistas;
H2 O caso português 42
43. H2 O caso português 43
Em meados do século XIX, Portugal era um país atrasado
com uma agricultura típica do Antigo Regime, pouco
produtiva;
Com exceção de alguns investimentos na produção vinícola
os progressos;
Não existia um mercado interno para estimular a produção;
44. H2 O caso português 44
Um dos fatores que impedia a evolução económica foi a
instabilidade política:
Guerra civil entre absolutistas e liberais (1832-1834);
Revolução vintista em setembro de 1836 (setembrismo).
Governo liderado por Passos Manuel tenta realizar algumas
reformas económicas;
Instauração de um governo autoritário em 1842 por Costa
Cabral (cabralismo);
45. H2 O caso português 45
Em 1846 desencadeia-se a
revolta popular da Maria da
Fonte;
Nova revolta popular em
1846, a Patuleia;
Em 1851, um movimento
liderado pelo marechal
duque de Saldanha,
propõe-se recuperar o
atraso português, ficou
conhecido pelo nome de
Regeneração;
46. H2 O caso português 46
A Regeneração instaurou a estabilidade política;
Na segunda metade do século XIX instalou-se um rotativismo
partidário entre os partidos Regenerador e Histórica, que iam
ocupando o poder através de eleições;
Fontes Pereira de Melo deu início a uma política de
desenvolvimento dos transportes (fontismo);
47. H2 O caso português 47
Iniciou-se a construção de vias férreas;
Em 1856 foi inaugurada a primeira linha e em 1890 já
existiam cerca de 2000 km de linhas férreas;
Construíram-se estradas e pontes;
Surge o selo postal (1853), o telégrafo (1857) e o telefone
(1882);
Esta política melhorou a circulação de pessoas e produtos;
Muitos destes investimentos eram estrangeiros;
48. H2 O caso português 48
Esta política de desenvolvimento levou à dependência
económica face ao estrangeiro;
As obras públicas foram realizadas com recurso a
empréstimos contraídos no estrangeiro;
Esta dívida externa foi aumentando;
Para agar os juros foram contraindo novos empréstimos;
Criou-se um ciclo vicioso que irá endividar cada vez mais o
estado português;
49. H2 O caso português 49
Apesar deste investimento nos transportes a industrialização
do país prosseguia muito lentamente;
Faltava mão-de-obra qualificada e mercado interno;
Nos finais do século XIX desenvolveram-se algumas
unidades industriais, sobretudo em Lisboa e no Porto;
50. H2 O caso português 50
A vitória dos liberais em 1834 levou ao poder a burguesia
liberal;
Muitos burgueses adquiriram grandes propriedades agrícolas
que tinham sido confiscadas pelo estado em 1834;
Outros ocupavam cargos políticos e administrativos;
Durante a Regeneração a alta burguesia investiu em bancos
e nas companhias que financiavam as obras públicas;
51. H2 O caso português 51
Poucos investiram na industrialização do país;
A classe média portuguesa era pouco significativa;
Só no final do século XIX começou a surgir uma pequena e
média burguesia urbana (comerciantes, professores, médicos,
funcionários públicos)
52. H2 O caso português 52
A população rural beneficiou pouco com o liberalismo;
Muitos pequenos proprietários foram à falência e tiveram de
vender as suas terras;
Muitos, sobretudo no Norte do país, viram-se forçados a
emigrar;
Durante a segunda metade do século XIX emigraram
centenas de milhares de portugueses;
O Brasil é o destino da maioria;
Alguns, enriqueciam e regressavam a Portugal, eram
chamados “os brasileiros”;
53. H2 O caso português 53
Nas cidades industrializadas, sobretudo em Lisboa e no porto,
surge uma nova classe social, os operários ou proletários;
Para estes a vida era difícil, horários de trabalho de mais de
12 horas diárias, trabalho infantil, direitos quase inexistentes;
54. H2 O caso português 54
Os operários começaram a lutar pelos seus direitos;
Associaram-se em sindicatos;
Em 1872 deu-se o primeiro surto de greves, pelo aumento do
salário e a diminuição do horário de trabalho;
Difundem-se as ideias socialistas;
55. As revoluções liberais 55
Bibliografia:
Apresentação construída com base nos livros
Diniz, Maria Emília, Tavares, Adérito, Caldeira, Arlindo M.,
História 8, Raiz Editora, 2012
Neto, Helena e outros, História 8, Santillana,2014