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Parnasianismo
O Parnasianismo: a “disciplina do bom gosto”

Os romances realistas e naturalistas e a poesia parnasiana
são manifestações literárias dessas mudança. Na poesia, a
            transformação será mais radical.

   Ela foi durante décadas, o espaço privilegiado para a
 expressão das emoções humanas. Em nome da expressão
   de sentimentos e dos estados da alma, os românticos
haviam abandonados os rigores formais na composição dos
                         poemas.

Em 1866, alguns poetas franceses, como Théophile Gautier e
   Lecontre de Lisle, publicam uma antologia de poemas
 intitulada O Parnaso Contemporâneo, em que defendem a
  necessidade de tratar os temas poéticos de modo mais
        objetivo, pondo fim às “lamúrias” românticas.
O Projeto Literário do Parnasianismo
O objetivo declarado dos poetas parnasianos era um só: devolver a beleza formal à poesia,
      eliminando o que consideravam os excessos sentimentalistas românticos que
                   comprometeriam a qualidade artística dos poemas.

                               -> Os agentes do discurso

 A publicação dos poemas também era feita nos jornais, mas acabava tendo uma outra
 forma de circulação importante: a memória dos leitores. Os versos considerados mais
           bonitos eram logo decorados e citados na primeira oportunidade.

                             -> O parnasianismo e o público

   É possível identificar as características do público do Parnasianismo a parti de uma
     explicação, elaborada pelo crítico Nestor Vitor, em 1902, para justificar a grande
 admiração do público pelos poemas de Olavo Bilac. Ele afirmava que Bilac correspondia
    aos ideais da sociedade para a qual escrevia. A elite brasileira não buscava textos
  profundo. O que ela queria – e encontrava principalmente nos versos de Bilac – era a
                  palavra de efeito, a rima trabalhada, o ritmo candente.

                                 -. O modelo parnasiano

Os parnasianos adotam alguns princípios que orientam a seleção de temas e os modelos
                                literários a serem seguidos.
    - Opção por uma poesia descritiva: uso de imagens que apresentem de modo mais
                     imparcial fenômenos naturais, fatos históricos.
  - Resgate de temas da Antiguidade clássica (referência à mitologia e a personagens
                                         históricas).
 - Defesa da “arte pela arte”: a poesia deveria ser composta como um fim em si mesma.
Os parnasianos brasileiros

 Em 1878, os jornais brasileiros deram notícia
    de uma polêmica literária intitulada “ A
       batalha do Parnaso”: debatia-se a
    possibilidade de criação de uma poesia
filosófico-científica para refletir o espírito da
                     época.

   A primeira obra a incorporar, de fato, os
princípios do projeto literário parnasiano foi
 o livro fanfarras, de Teófilo Dias, publicado
     em 1882, data associada ao início do
           Parnasianismo no Brasil.
Olavo Bilac, o poeta das estrelas

   Estrela maior do parnasianismo brasileiro, a
   popularidade de Olavo Bilac está associada à
grande capacidade de trabalhar as palavras e criar
              versos inesquecíveis.

 Colocando-se entre o Parnasianismo mais rigoroso
  e um Romantismo erotizado, Bilac tornou-se um
  mestre. Como poeta, soube aproveitar o que essa
 estética tinha de inovador no trabalho com a forma,
 sem abrir mão da sensibilidade para identificar as
imagens e os temas que respondiam aos anseios de
   um público até então habituados aos exageros
sentimentalistas românticos. Por esse motivo, muito
       de seus versos são lembrados até hoje.
Raimundo Correia: as imagens mais
             sugestivas

  Ao lado de Olavo Bilac. Raimundo Correia
apresenta-se como um parnasiano que não
 submeteu sua sensualidade à devoção da
  forma. Embora tenha abraçado a ideia da
 perfeição formal, seus sonetos exploram a
força das imagens sugestivas, fazendo com
   que o autor oscile entre a descrição e a
                  sugestão.
Outros parnasianos brasileiros

Considerado, por Olavo Bilac, o “chefe” do Parnasianismo brasileiro, Alberto de Oliveira se dedicou
               inteiramente ao culto à forma a partir do segundo livro de poesias

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  • 2. O Parnasianismo: a “disciplina do bom gosto” Os romances realistas e naturalistas e a poesia parnasiana são manifestações literárias dessas mudança. Na poesia, a transformação será mais radical. Ela foi durante décadas, o espaço privilegiado para a expressão das emoções humanas. Em nome da expressão de sentimentos e dos estados da alma, os românticos haviam abandonados os rigores formais na composição dos poemas. Em 1866, alguns poetas franceses, como Théophile Gautier e Lecontre de Lisle, publicam uma antologia de poemas intitulada O Parnaso Contemporâneo, em que defendem a necessidade de tratar os temas poéticos de modo mais objetivo, pondo fim às “lamúrias” românticas.
  • 3. O Projeto Literário do Parnasianismo O objetivo declarado dos poetas parnasianos era um só: devolver a beleza formal à poesia, eliminando o que consideravam os excessos sentimentalistas românticos que comprometeriam a qualidade artística dos poemas. -> Os agentes do discurso A publicação dos poemas também era feita nos jornais, mas acabava tendo uma outra forma de circulação importante: a memória dos leitores. Os versos considerados mais bonitos eram logo decorados e citados na primeira oportunidade. -> O parnasianismo e o público É possível identificar as características do público do Parnasianismo a parti de uma explicação, elaborada pelo crítico Nestor Vitor, em 1902, para justificar a grande admiração do público pelos poemas de Olavo Bilac. Ele afirmava que Bilac correspondia aos ideais da sociedade para a qual escrevia. A elite brasileira não buscava textos profundo. O que ela queria – e encontrava principalmente nos versos de Bilac – era a palavra de efeito, a rima trabalhada, o ritmo candente. -. O modelo parnasiano Os parnasianos adotam alguns princípios que orientam a seleção de temas e os modelos literários a serem seguidos. - Opção por uma poesia descritiva: uso de imagens que apresentem de modo mais imparcial fenômenos naturais, fatos históricos. - Resgate de temas da Antiguidade clássica (referência à mitologia e a personagens históricas). - Defesa da “arte pela arte”: a poesia deveria ser composta como um fim em si mesma.
  • 4. Os parnasianos brasileiros Em 1878, os jornais brasileiros deram notícia de uma polêmica literária intitulada “ A batalha do Parnaso”: debatia-se a possibilidade de criação de uma poesia filosófico-científica para refletir o espírito da época. A primeira obra a incorporar, de fato, os princípios do projeto literário parnasiano foi o livro fanfarras, de Teófilo Dias, publicado em 1882, data associada ao início do Parnasianismo no Brasil.
  • 5. Olavo Bilac, o poeta das estrelas Estrela maior do parnasianismo brasileiro, a popularidade de Olavo Bilac está associada à grande capacidade de trabalhar as palavras e criar versos inesquecíveis. Colocando-se entre o Parnasianismo mais rigoroso e um Romantismo erotizado, Bilac tornou-se um mestre. Como poeta, soube aproveitar o que essa estética tinha de inovador no trabalho com a forma, sem abrir mão da sensibilidade para identificar as imagens e os temas que respondiam aos anseios de um público até então habituados aos exageros sentimentalistas românticos. Por esse motivo, muito de seus versos são lembrados até hoje.
  • 6. Raimundo Correia: as imagens mais sugestivas Ao lado de Olavo Bilac. Raimundo Correia apresenta-se como um parnasiano que não submeteu sua sensualidade à devoção da forma. Embora tenha abraçado a ideia da perfeição formal, seus sonetos exploram a força das imagens sugestivas, fazendo com que o autor oscile entre a descrição e a sugestão.
  • 7. Outros parnasianos brasileiros Considerado, por Olavo Bilac, o “chefe” do Parnasianismo brasileiro, Alberto de Oliveira se dedicou inteiramente ao culto à forma a partir do segundo livro de poesias