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Sinopse Crítica
Walner Mamede
Autor(es) do texto original
Luciana Mourão
Pedro PM Meneses
Ano
2012
Titulo
Construção de Medidas em TD&E (Cap. 3)
Fonte (Livro, revista, jornal)
Medidas de avaliação em TD&E
(ABBAD, Gardênia et al)
Editor(a)
Artmed
Local
POA
Páginas
38-47
Objetivos
- Discutir a importância da construção de medidas
- Explicar o processo de construção de medidas
- Justificar técnicas de coleta de dados
Idéias Principais
- A avaliação não determina o sucesso dos resultados, mas o condiciona, probabilisticamente.
Contudo, pelo desconhecimento sobre a importância do desenvolvimento das estratégias de
medidas e avaliação, isso tem sido negligenciado em vários projetos.
- Não existe uma técnica unívoca para a coleta de dados, mas entre as mais utilizadas
encontramos a Delphi, a entrevista em profundidade, o grupo focal e a análise de objetivos.
- É mais profícua a apresentação de uma heurística positiva ao processo de avaliação que de
uma heurística negativa, o que será objetivo deste texto.
- O processo de construção de medidas, via de regra, segue alguns passos:
1- Definição do foco:
*Fundamentação teórica
*Nível (reação, aprendizagem, comportamento, mudança ou valor final)
*Componente-alvo (ambiente, insumos, procedimentos, processos ou
resultados)
*Efeitos esperados
*Hipóteses para os efeitos (suposições)
2- Definição dos atores
*Listar atores e expectativas de contribuição
3- Coleta de dados
*Análise documental com foco nos objetivos
*Coleta de informações junto aos atores sobre o problema, a finalidade, os
objetivos, os processos, os procedimentos, os resultados e as suposições (entrevistas,
questionários...)
4- Analise dos dados
*Leitura preliminar
*Comparar pontos de vista
*Estabelecer convergências e divergências
5- Análise de conteúdo dedutiva
*Definição das categorias avaliativas dirigida pelos níveis e componentes
definidos na etapa 1 e orientadas pela literatura.
*Nova leitura e classificação do material orientadas pelas categorias
6- Decisão sobre o modelo do questionário
*Definir tipo de escala, a qual orientará a confecção dos itens do questionário
(mais comum: Likert de 5 ou 10 pontos)
7- Redação dos itens do instrumento
*A partir das categorias definidas na etapa 5 e do tipo da escala, elaborar os
itens.
8- Formatação do instrumento
*Organizar os itens, juntamente, com informações de preenchimento e
garantias de sigilo das respostas, em um documento único.
- Métodos qualitativos (compreensão e interpretação dos dados) são mais utilizados nas
fases de elaboração do questionário e de interpretação dos resultados. Métodos
quantitativos (mensuração) são mais empregados na fase de aplicação do instrumento.
- Um objetivo instrucional deve expressar o desempenho observável e mensurável desejado
do aprendiz, na forma de um verbo de ação que indique, claramente, um único comportamento
esperado. Objetivos centrados no papel do instrutor ou professor são considerados
inadequados.
- Os recursos necessários ao desempenho (condições) e o padrão a ser utilizado como
referência de sucesso (critério) são desejáveis como parte do objetivo instrucional, mas não
obrigatórios.
- Indicadores de necessidades de treinamento devem ser passíveis de observação,
mensuração e julgamento.
- Após a análise documental, se constatada a inadequação ou obscurantismo dos objetivos, os
atores envolvidos em sua elaboração e aqueles alvos de sua aplicação deverão ser
consultados, a fim de que seja possível elaborar as questões avaliativas do instrumento de
medida.
- Entrevista em profundidade é uma “conversa a dois”, com um número total reduzido de
participantes, um roteiro flexível (semi-estruturado), duração média de 40 a 75 minutos e
que deve buscar, além das opiniões do entrevistado sobre os temas apresentados,
explicações sobre suas razões, causas, motivações e justificativas. O entrevistador deve
possuir conhecimentos sobre o contexto organizacional, o objeto de avaliação, os objetivos
do trabalho e a literatura especializada, a fim de bem conduzir a entrevista e mantê-la
focada, sem torná-la por demais rígida ou induzir as respostas ou dar ao entrevistado a
impressão de que está em um interrogatório.
- Grupo focal é a técnica de entrevista em grupo (6 à 10 indivíduos), com duração de uma
hora à uma hora e meia e foco nas interações interpessoais e não nos conteúdos verbalizados,
observando-se a direção do debate, as interações de ideias, as repercussões mútuas dos
posicionamentos e as convergências e divergências de opiniões, sem que se busque o consenso
ou um posicionamento correto, mas que haja adequada administração dos conflitos por parte
do entrevistador. Os grupos devem ser constituídos por indivíduos com perfil semelhante
quanto ao papel exercido no objeto avaliado, de forma que um não se imponha ao outro por
sua posição, inibindo-o ou induzindo a posicionamentos falsos em busca de aprovação (o que
pode ocorrer, inclusive, em relação à pessoa do entrevistador, devendo ser evitado).
- Tanto na entrevista em profundidade quanto no grupo focal, é importante que sejam
possibilitados, aos entrevistados, garantias de sigilo, ambiente acolhedor e opção de não
participar da entrevista ou não gravá-la, nesse caso, deve outro profissional anotar as falas
da forma mais fiel possível.
- O Delphi é uma técnica indicada para a projeção de impacto, que se utiliza de um
questionário interativo que circula repetidas vezes entre os participantes (5 à 20 indivíduos),
intercalando cada rodada com uma análise por parte do pesquisador, que realiza uma síntese
das respostas e faz uma devolutiva aos participantes junto com o questionário na rodada
seguinte. Isso se repete até que haja uma convergência de opiniões (em geral, 2 à 3 vezes), o
que dura, no mínimo, 26 dias mais o período de preparo e análise. A técnica permite uma
maior democratização, autonomia, reflexão e sinceridade na participação, já que as respostas
devem permanecer anônimas e os respondentes podem gozar de conveniência quanto ao
momento e local para elaborá-las, mas há de se cuidar para que não se force o consenso pela
manipulação das respostas.

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Construção de medidas em TD&E

  • 1. Sinopse Crítica Walner Mamede Autor(es) do texto original Luciana Mourão Pedro PM Meneses Ano 2012 Titulo Construção de Medidas em TD&E (Cap. 3) Fonte (Livro, revista, jornal) Medidas de avaliação em TD&E (ABBAD, Gardênia et al) Editor(a) Artmed Local POA Páginas 38-47 Objetivos - Discutir a importância da construção de medidas - Explicar o processo de construção de medidas - Justificar técnicas de coleta de dados Idéias Principais - A avaliação não determina o sucesso dos resultados, mas o condiciona, probabilisticamente. Contudo, pelo desconhecimento sobre a importância do desenvolvimento das estratégias de medidas e avaliação, isso tem sido negligenciado em vários projetos. - Não existe uma técnica unívoca para a coleta de dados, mas entre as mais utilizadas encontramos a Delphi, a entrevista em profundidade, o grupo focal e a análise de objetivos. - É mais profícua a apresentação de uma heurística positiva ao processo de avaliação que de uma heurística negativa, o que será objetivo deste texto. - O processo de construção de medidas, via de regra, segue alguns passos: 1- Definição do foco: *Fundamentação teórica *Nível (reação, aprendizagem, comportamento, mudança ou valor final) *Componente-alvo (ambiente, insumos, procedimentos, processos ou resultados) *Efeitos esperados *Hipóteses para os efeitos (suposições) 2- Definição dos atores *Listar atores e expectativas de contribuição 3- Coleta de dados *Análise documental com foco nos objetivos *Coleta de informações junto aos atores sobre o problema, a finalidade, os objetivos, os processos, os procedimentos, os resultados e as suposições (entrevistas, questionários...) 4- Analise dos dados *Leitura preliminar *Comparar pontos de vista *Estabelecer convergências e divergências 5- Análise de conteúdo dedutiva *Definição das categorias avaliativas dirigida pelos níveis e componentes definidos na etapa 1 e orientadas pela literatura. *Nova leitura e classificação do material orientadas pelas categorias
  • 2. 6- Decisão sobre o modelo do questionário *Definir tipo de escala, a qual orientará a confecção dos itens do questionário (mais comum: Likert de 5 ou 10 pontos) 7- Redação dos itens do instrumento *A partir das categorias definidas na etapa 5 e do tipo da escala, elaborar os itens. 8- Formatação do instrumento *Organizar os itens, juntamente, com informações de preenchimento e garantias de sigilo das respostas, em um documento único. - Métodos qualitativos (compreensão e interpretação dos dados) são mais utilizados nas fases de elaboração do questionário e de interpretação dos resultados. Métodos quantitativos (mensuração) são mais empregados na fase de aplicação do instrumento. - Um objetivo instrucional deve expressar o desempenho observável e mensurável desejado do aprendiz, na forma de um verbo de ação que indique, claramente, um único comportamento esperado. Objetivos centrados no papel do instrutor ou professor são considerados inadequados. - Os recursos necessários ao desempenho (condições) e o padrão a ser utilizado como referência de sucesso (critério) são desejáveis como parte do objetivo instrucional, mas não obrigatórios. - Indicadores de necessidades de treinamento devem ser passíveis de observação, mensuração e julgamento. - Após a análise documental, se constatada a inadequação ou obscurantismo dos objetivos, os atores envolvidos em sua elaboração e aqueles alvos de sua aplicação deverão ser consultados, a fim de que seja possível elaborar as questões avaliativas do instrumento de medida. - Entrevista em profundidade é uma “conversa a dois”, com um número total reduzido de participantes, um roteiro flexível (semi-estruturado), duração média de 40 a 75 minutos e que deve buscar, além das opiniões do entrevistado sobre os temas apresentados, explicações sobre suas razões, causas, motivações e justificativas. O entrevistador deve possuir conhecimentos sobre o contexto organizacional, o objeto de avaliação, os objetivos do trabalho e a literatura especializada, a fim de bem conduzir a entrevista e mantê-la focada, sem torná-la por demais rígida ou induzir as respostas ou dar ao entrevistado a impressão de que está em um interrogatório. - Grupo focal é a técnica de entrevista em grupo (6 à 10 indivíduos), com duração de uma hora à uma hora e meia e foco nas interações interpessoais e não nos conteúdos verbalizados, observando-se a direção do debate, as interações de ideias, as repercussões mútuas dos posicionamentos e as convergências e divergências de opiniões, sem que se busque o consenso ou um posicionamento correto, mas que haja adequada administração dos conflitos por parte do entrevistador. Os grupos devem ser constituídos por indivíduos com perfil semelhante quanto ao papel exercido no objeto avaliado, de forma que um não se imponha ao outro por sua posição, inibindo-o ou induzindo a posicionamentos falsos em busca de aprovação (o que pode ocorrer, inclusive, em relação à pessoa do entrevistador, devendo ser evitado). - Tanto na entrevista em profundidade quanto no grupo focal, é importante que sejam possibilitados, aos entrevistados, garantias de sigilo, ambiente acolhedor e opção de não participar da entrevista ou não gravá-la, nesse caso, deve outro profissional anotar as falas da forma mais fiel possível.
  • 3. - O Delphi é uma técnica indicada para a projeção de impacto, que se utiliza de um questionário interativo que circula repetidas vezes entre os participantes (5 à 20 indivíduos), intercalando cada rodada com uma análise por parte do pesquisador, que realiza uma síntese das respostas e faz uma devolutiva aos participantes junto com o questionário na rodada seguinte. Isso se repete até que haja uma convergência de opiniões (em geral, 2 à 3 vezes), o que dura, no mínimo, 26 dias mais o período de preparo e análise. A técnica permite uma maior democratização, autonomia, reflexão e sinceridade na participação, já que as respostas devem permanecer anônimas e os respondentes podem gozar de conveniência quanto ao momento e local para elaborá-las, mas há de se cuidar para que não se force o consenso pela manipulação das respostas.