O documento discute o elemento químico nitrogênio, incluindo sua história, importância para seres vivos, e o ciclo do nitrogênio na natureza, no qual bactérias fixam o nitrogênio atmosférico e o convertem em compostos que são absorvidos por plantas e animais.
4. Historia do nitrogênio
O nitrogênio (do latim nitrogenium e este do grego νίτρον = nitro, e -genio, da
raiz grega γεν = gerar) considera-se que foi descoberto formalmente por Daniel
Rutherford em 1772 ao determinar algumas de suas propriedades. Entretanto,
pela mesma época, também se dedicaram ao seu estudo Scheele que o isolou,
Cavendish, e Priestley.
Alguns anos depois, em 1790, foi chamado de nitrogênio, por Jean Antoine
Chaptal, que significa “formador de salitre”.
Daniel RutherfordJoseph PriestleyJean Antoine Chaptal
5. Introdução O Nitrogênio
É o gás presente em maior quantidade no ar. Essa substância é
fundamental para a vida na Terra, pois faz parte da composição das
proteínas, que são moléculas presentes em todos os organismos
vivos.
O nitrogênio é um elemento químico de número atômico (Z) 7, massa
molar 14,0067 g/mol e P.F e P.E iguais a -209,9 ºC e - 195,8 ºC. Esse
elemento é o mais abundante no ar atmosférico, com cerca de
78% de seu volume em massa. Cerca de 20% do ar é constituído de
gás oxigênio e 1% de outros gases, tais como argônio, gás carbônico
e vapor de água.
6. Nitrogênio e Seres Vivos
A maioria dos seres vivos é incapaz de utilizar o nitrogênio atmosférico para
sintetizar proteínas e outras substâncias orgânicas. Ao contrário do carbono e
do oxigênio, o nitrogênio é muito pouco reativo do ponto de vista químico, e
apenas certas bactérias e algas azuis têm a capacidade de assimilar o
nitrogênio da atmosfera e mudá-lo de maneira a ser usada pelas células assim
os animais obtêm o nitrogênio somente por meio dos alimentos.
Com sais de nitrogênio, as plantas fabricam outras substâncias que formam seu
corpo.
Os animais, conseguem essas substâncias ingerindo as plantas ou outros
seres vivos. processo pelo qual o nitrogênio circula através das plantas e do
solo pela ação de organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogênio.
8. Introdução ao Ciclo
Por exemplo, certas plantas, e organismos marinhos, e varias bactérias possuem enzimas
que são capazes de induzir o gás nitrogênio do ar a reagir, “fixando-se” na forma de
amônia (NH3) ou íons amônio (NH4+) por meio de redução. Esse processo de redução
catalisada por enzimas feito pelas bactérias, que é conhecido como fixação biológica de
nitrogênio, representa 90% de toda a fixação de origem natural.
O gás nitrogênio da atmosfera pode reagir com o gás oxigênio do ar formando óxidos de
nitrogênio (NOX), principalmente o NO2. Mas essa reação envolve uma grande
quantidade de energia, por isso ela acontece na atmosfera por meio de descargas de
relâmpagos. Por meio das tempestades, esses compostos e outros que contêm nitrogênio
descem para a terra e são absorvidos pelas raízes das plantas.
9. Etapas do Ciclo N²
● Fixação
● A fixação do nitrogênio é o processo
pelo qual o nitrogênio gasoso do ar....
● Nitrificação
● Várias espécies de bactérias capazes
de oxidar a amônia conhecida como
nitrificação...
● Amonificação
● As bactérias saprófitas e várias
espécies de fungos....liberam o
excesso...é denominado amonificação
10. Fixação N²
Conforme podemos ver, se todo o nitrogênio que é removido do solo não fosse constantemente
reposto, praticamente toda a vida neste planeta desapareceria finalmente. O nitrogênio é
reabastecido no solo pela fixação do nitrogênio.
Das várias classes de organismos fixadores de nitrogênio, as bactérias simbióticas são,
incomparavelmente, as mais importantes em termos de quantidades totais de nitrogênio fixado. A
mais comum das bactérias fixadoras de nitrogênio é Rhizobium, que é um tipo de bactéria que
invade as raízes de leguminosas (angiospermas da família Fabaceae ou Leguminosae), tais como
trevo, ervilha, feijão, ervilhaca e alfafa.
11. Nitrificação N²
Várias espécies de bactérias comumente encontradas nos solos são capazes
de oxidar a amônia ou amônio. A oxidação do amoníaco, conhecida como
nitrificação, é um processo que produz energia e a que libera é utilizada por
estas bactérias para reduzir o Diox. C , da mesma forma que as plantas
autotróficas utilizam a energia luminosa para a redução do dióxido de carbono.
Tais organismos são conhecidos como autotróficos quimiossintéticos
(diferentes dos autotróficos fotossintéticos, como as plantas e as algas).
Nitrosomonas e Nitrosococcus oxidam o amoníaco dando nitrito (NO2-):
2 NH3 + 3O2-------->2 NO2
-
+ 2 H
+
+ 2 H2O
O nitrito é tóxico para as plantas superiores
12. Desnitrificação & perda de N²
Conforme observamos, os compostos nitrogenados das plantas clorofiladas
retornam ao solo com a morte das mesmas. No decorrer deste ciclo Tem-se
uma “perda” de quantidade de N², no sentido de ser inutilizável a planta. Uma
das causas da perda de nitrogênio é a remoção de plantas do solo, o N² pode
ser também perdido quando a parte superficial do solo é decapitada pela
erosão ou quando sua superfície é destruída pelo fogo. Em alguns solos,
bactérias desnitrificantes decompõem os nitratos e liberam nitrogênio para o ar
(isto é, o O2 pode ser reduzido mais rapidamente que o NO3-) e ocorre
extensamente apenas nos solos com deficiência de oxigênio, isto é, nos solos
que são mal drenados e, portanto, pobremente arejados.
13. Amonificação N²
Grande parte do nitrogênio encontrado no solo provém de materiais orgânicos mortos,
nos quais existe sob a forma de compostos orgânicos complexos, tais como proteínas,
aminoácidos, ácidos nucleicos e nucleoides. As bactérias saprófitas e várias espécies
de fungos são os principais responsáveis pela decomposição de materiais orgânicos
mortos. e liberam o excesso de nitrogênio sob a forma de amônio (NH4+). Este
processo é denominado amonificação.
14. N² Na industria
O nitrogênio líquido é usado como refrigerante, tanto para o congelamento de produtos
alimentícios como para o transporte de alimento, também é usado como meio de
resfriamento no transporte de órgãos para transplante e na conservação de sêmen para
inseminação artificial do gado, já que garante uma temperatura de 190º C abaixo de
zero.