2. Definição:
“ É uma doença infecto-contagiosa,
sistêmica, provocada por um bacilo
(bacilo de Hansen).É de evolução lenta e
se manifesta por sinais e sintomas
dermatoneurológicos”
3. Agente Etiológico
A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae, que é um parasita intracelular com
afinidade por células cutâneas e por células
dos nervos periféricos, onde se multiplica (11
– 16 dias).
O M. leprae tem alta infectividade e baixa
patogenicidade
4. Transmissão
Vias aéreas
Contato com feridas abertas de doentes não tratados
Apenas 10% das pessoas não são resistentes.
Após a inalação:
Destruição
Defesa
Disseminação
Incubação : 2 a 7 anos
5. Manifestações neurológicas
Diminuição da sensibilidade local
Sensação de anestesia (dolorosa e térmica)
O comprometimento dos ns provoca:
Diminuição da força muscular
Atrofia e contratura dos pés e mãos (inclusive dedos)
Ressecamento dos olhos
Lesões de mucosas
6. Diagnóstico
Exames laboratoriais
1. Baciloscopia
2. Teste de Mitsuda
7. Sinais e Sintomas Dermatológicos
Máculas pigmentadas ou discrômicas
Infiltração
Tubérculo
Nódulo
* As lesões SEMPRE apresentarão alteração de
sensibilidade (hipoestesia ou anestesia).
8. Sinais e Sintomas Neurológicos
Lesões no nervos periféricos.
Dor e espessamento dos nervos periféricos
Perda de sensibilidade (principalmente olhos,
mãos e pés)
Perda de força muscular (principalmente
pálpebras, MMSS e MMII)
9. Diagnóstico – Exame Clínico
Uma pessoa com Hanseníase apresenta uma ou
mais das características:
Lesão(ões) de pele com alteração de
sensibilidade
Acometimento de nervo(s) com espessamento
neural
Baciloscopia positiva
10. Roteiro de diagnóstico clínico
Anamnese- história clínica e epidemiológica
Avaliação dermatológica (face, orelhas,
nádegas, braços, pernas e costas)
Avaliação neurológica: identificação de
neurites, incapacidades e deformidades.
Classificação do grau de incapacidade física
Testes de sensibilidade (tátil, térmica e
dolorosa)
11. Principais ns.periféricos acometidos
FACE: Trigêmio e facial
BRAÇOS: Radial, Ulnar e Mediano
PERNAS: Fibular comum e tibial posterior
Palpação dos troncos dos nervos periféricos
12.
13. Formas Clínicas
Formas Paucibacilares (não contagiosa)
1. Hanseníase Indeterminada
2. Hanseníase Tuberculóide
Formas Multibacilares (contagiosas)
1. Hanseníase Virchowiana
2. Hanseníase Dimorfa
14. Hanseníase Indeterminada
Máculas circunscritas
hipocrômicas (braços,
nádegas, coxa e tronco)
Perda dos anexos
Anestesia
Aumento da sudorese
Curável
15. Hanseníase Tuberculóide
Lesões avermelhadas,
assimétricas e
circunscritas.
Sensibilidade abolida
Alopécia
É estável, benigna com
bom prognóstico
16. Hanseníase Dimorfa
É instável
Acometimento dos
nervos periféricos
Lesões em placas
delimitadas e
avermelhadas por todo
o corpo
Nódulos pardacentos
Orelha lepromatosa
17. Hanseníase Virchowiana
Extremamente
contagiosa
O bacilo vai se
localizar em regiões
mais frias
Máculas e nódulos
Lesões assimétricas no
tronco e na face (facies
leonina)
18. Hanseníase Virchowiana (continuação)
Comprometimento dos
ns. Periféricos
Ulcerações
Mãos em garras
Auto-amputação
Olhos: Logoftalmo,
Ectrópio e Entrópio