Este documento resume a filosofia moderna e medieval em três partes principais. A primeira parte descreve a filosofia moderna entre os séculos XV-XX, começando com o Renascimento e incluindo diferentes escolas de pensamento. A segunda parte explica a filosofia medieval, que buscou justificar racionalmente as verdades religiosas. A terceira parte conclui que a filosofia moderna marcou uma mudança focando nos limites e possibilidades do conhecimento, em contraste com a filosofia medieval que focou na natureza do
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
Trabalho de filosofia
1. TRABALHO DE FILOSOFIA
A FILOSOFIA MODERNA E MEDIEVAL
Autores: Wellington Luiz Novaes
Gabriella Nogueira da Silva
Professora: SONIA MAIA TELES XAVIER
sonteles@yahoo.com.br
Coronel Fabriciano, Maio de 2012.
2. Filosofia moderna
É toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século
XX, mas a filosofa desenvolvida dentro desse período está fragmentada em
vários sub-tópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como:
Filosofia da Renascença, Filosofia do século XVII, Filosofia do século XVIII
e a Filosofia do século XIX.
Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico.
Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de
René Descartes e o Tratado de George Berkeley ainda se faziam referência a
questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e
imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade
ainda pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum
tipo de fundamento para uma determinada concepção científica (caso de
Descartes), ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para preparar o
terreno para a ciência tomar seu rumo (caso de John Locke), ou ainda como
competindo com determinada conclusão ou método científico (caso de
Berkeley, em The Analyst, no qual ele criticou o cálculo newtoniano-leibniziano
– mais especificamente, à noção de infinitesimal – e de David Hume com o
tratamento matemático do espaço e do tempo). Gradualmente, contudo, a
filosofia moderna foi deixando de se voltar ao objetivo de aumentar o
conhecimento material, i.e., de buscar a descoberta de novas verdades – isso é
assunto para a ciência – bem como de justificar as crenças religiosas
racionalmente. Em obras posteriores, especialmente a de Immanuel Kant, a
filosofia claramente passa a ser encarada antes como uma atividade de
clarificação das próprias condições do conhecimento humano: começava assim
a chamada "virada epistemológica”.
Filosofia medieval
Na Idade Média, ocorreu um intenso sincretismo entre o conhecimento clássico
e as crenças religiosas. De fato, uma das principais preocupações dos filósofos
medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas
contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da
Igreja Cristã e da Religião Islâmica, tais como a da existência de Deus, a
imortalidade da alma, etc.
3. Principais períodos:
Patrística (I d.C <--> VII d.C):
É um período que se caracteriza pelo resultado dos esforços dos apóstolos
(João e Paulo) e dos primeiros “Padres da Igreja” para conciliar a nova religião
com o pensamento filosófico mais corrente da época entre os gregos e os
romanos. Não obstante, tomou como tarefa a defesa da fé cristã, frente as
diversas críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”. Os nomes
mais salientes desse período são os de Justino, Tertuliano, Clemente de
Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio, Gregório de Nissa. "Eles
representam a primeira tentativa de harmonizar determinados princípios da
Filosofia grega (particularmente do Epicurismo, do Estoicismo e do
pensamento de Platão) com a doutrina cristã. (...). Eles não só estavam
envolvidos com a tradição cultural helênica como também conviviam com
filósofos estóicos, epicuristas, peripatéticos (sofistas), pitagóricos e
neoplatônicos. E não só conviviam, como também foram educados nesse
ambiente multiforme da Filosofia grega ainda antes de suas conversões"
(SPINELLI, Miguel. Helenização e Recriação de Sentidos. A Filosofia na época
da expansão do Cristianismo – Séculos II III e IV. Porto Alegre: Edipucrs, 2002,
p.5).
Medieval (VIII d.C <--> XIV d.C):
Período bastante influenciado pelo pensamento socrático e platônico
(conhecido aqui como neoplatônismo, vindo da filosofia de Plotino). Ocupou-se
em discutir e problematizar “Questões Universais”. É nesse período que o
pensamento cristão firma-se como "Filosofia Cristã", que mais tarde se torna
Teologia.
Renascença (XIV d.C <--> XVI d.C):
É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média
e novas obras de Aristóteles, e ainda temos a recuperação de trabalhos de
grandes autores e artistas gregos e romanos. São três as linhas de
Pensamento: Neoplatonismo e Hermetismo; Pensamentos florentinos e por fim
o Antropocentrismo iniciático (homem dono do seu destino). Foi um período
marcado por uma efervescência teórico prática, alimentada principalmente por
descobertas marítimas e crises político-culturais que culminaram em profundas
críticas à Igreja Católica, que evoluíram para Reforma Protestante (a Igreja
Católica responde com a Contra-Reforma e com a Inquisição).
4. CONCLUSÃO
Se examinarmos a filosofia moderna e medieval, verificamos que, de Sócrates
a Tomás de Aquino, o problema que se põe de maneira prevalecente é o que
diz respeito ao ser como ser. A filosofia moderna marca uma mudança
substancial, apresentando, desde o início, acentuada preocupação pelo
problema dos limites e das possibilidades do conhecimento e, de maneira
particular, do conhecimento científico. Essa preocupação pelos fundamentos
das verdades científicas, em atitude de reserva contra meros argumentos de
autoridade, acentua-se ainda mais ao se constituírem as duas grandes
correntes, cujo diálogo assinala o sentido dos novos tempos: o racionalismo de
Descartes e o empirismo de Bacon.”