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Cesar S. Machado
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                     Elaboração: Cesar de Souza Machado

                 Atualização desta Edição: 20/11/99 - Versão 19

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                                Índice

     BREVE HISTÓRICO                                                PAG. 02
     CONCEITOS BÁSICOS DE REDES                                     PAG. 03
     CABEAMENTO                                                     PAG. 09
     PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO                                      PAG. 15
     INTERNET E INTRANET                                            PAG. 20
     HARDWARE PARA REDES LOCAIS                                     PAG. 23
     SISTEMAS OPERACIONAIS                                          PAG. 31
     WINDOWS 95                                                     PAG. 33
     WINDOWS NT                                                     PAG. 37


                       Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado             2
Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado   3
1. Breve Histórico
A história das redes locais pode ser dividida em três fases.


REDES EXPERIMENTAIS (1969 a 1981)
Surgimento das primeiras redes, tal como a ARPANet nos EUA. Primeiras experiências
com redes locais na Universidade do Hawai. Surgimento do protocolo Ethernet. Lançamento
dos primeiros microcomputadores comerciais em 1977. Lançamento da arquitetura de
redes SNA da IBM e OSI da ISO.


REDES PROPRIETÁRIAS (1982 a 1995)
Surgimento dos primeiros microcomputadore mais poderosos, de 16 bits, tais como o IMB-
PC e o Apple Macintosh. Início das vendas de placas de rede Ethernet. Surgimento das
primeiras redes locais para microcomputadores empregando arquitetura proprietárias e
operando a velocidades em torno de 10 Mbps. Dezenas de empresas, inclusive no Brasil,
desenvolvem produtos para redes. Surgimento e crescimento da Novell. Surgem
padronizações para sistemas de cabeamento aceitas internacionalmente.


REDES DA INTERNET (1995 até Hoje)
Surgimento das primeiras redes de 100 Mbps empregando protocolos FDDI e ATM. A
Microsoft lança o Windows NT que passa a disputar o mercado com o Netware.
Paralelamente, o Windows For Workgroups elimina do mercado os fabricantes de pequenas
redes. A Internet ganha uma interface gráfica padrão denominada WWW, através da qual
milhões de pessoas leigas passaram a acessar a agora denominada grande rede, que
passa a crescer de forma explosiva. Surgem as Intranets. Disseminação das redes de alta
velocidade com 100 Mbps ou mais, lançamento de produtos Ethernet Gigabit com
velocidade superior a 1. O TCP/IP é aceito como protocolo universal. Internet e Intranets
passam a ser uma das principais vertentes do mercado de redes. Estimativas apontam o
volume de Ecomerce no ano 2000 em pelo menos 200 Bilhões de dólares.




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2. Conceitos Básicos de Redes
DEFINIÇÃO: O QUE É UMA REDE ?
Rede De Computadores pode ser definido como um conjunto de dois ou mais
computadores interligados por meio de um canal de comunicação sustentado por hardware
e software específicos. A rede pode ser local (LAN) ou de longa distância (WAN).


COMPONENTES BÁSICOS DE UMA LAN:
As redes são compostas por onze elementos básicos:
                                                                  5
                         8
                                                 7

                 3                                                        3
                                     4
                             6                                        6

                                                      9

                                                                      1


               2       10
                                                                 11

       1 - ESTAÇÕES: Qualquer microcomputador que seja ligado a rede. As estações de
rede também recebem as seguintes denominações: Cliente, Nó, Nodo, Ponto, Workstation
(estação de trabalho) ou terminal.

      2 - SERVIDOR: Qualquer micro ligado a rede e que centralize as operações dos
usuários desta rede. Em termos de hardware, o servidor pode ser idêntico as estações
embora, geralmente, devido as exigências de servir as estações acabe tendo um hardware
mais poderoso.

       3 - PLACA DE REDE: É o dispositivo que permite aos micros (estações e
servidores) acessarem o meio de transmissão da rede (canal de comunicação), geralmente
um cabo.

       4 - MEIO DE TRANSMISSÃO: É o canal de comunicação por onde circulam os
dados através da rede. Normalmente é um cabo especial, mas também pode ser um canal
de rádio, luz, etc.

      5 - CONECTOR: Interface física entre o cabo e as placas de rede, hubs e tomadas.
Cada cabo tem seu próprio conector.
                         Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                  5
6 - TOMADA: Dispositivo para engate que interliga o cabo da estação ao cabo que
segue até o hub. Seu objetivo é flexibilizar a mudança de posição do micro. Se este for
removido para uma distância maior da tomada, basta confeccionar um pequeno cabo de
interligação, sem ter de se mexer no cabo principal que vai do hub a tomada que pode ter
sido passado por dutos, forros, etc.

       7 - HUB: Concentrador da fiação da rede. É o coração da rede. Seu uso é
obrigatório para que seja possível o emprego dos cabos trançados, os mais utilizados na
atualidade.

      8 - SINAL DE REDE: É o sinal elétrico digital do micro especialmente codificado de
forma a passar pelo meio de transmissão com um mínimo de atenuação.

        9 - PACOTES: Forma pela qual os dados trafegam na rede. Todos os arquivos,
mensagens ou dados transmitidos que ultrapassarem um certo tamanho (1516 bytes no
caso do Ethernet) tem de ser fragmentados em pacotes para fluirem pela rede. Com isto a
velocidade global da rede fica maior pois enquanto uma estação monta um pacote uma
outra pode transmitir um pacote já montado. Outra vantagem deste processo, é que a
verificação e correção de erros fica mais fácil.

     10 - SOR: Sistema Operacional de Rede. Poderoso sistema operacional que roda
em um ou mais micros servidores e que sustenta a rede. Exemplos: Novell Netware,
Windows NT, etc.

      11 - SO: Sistema Operacional Cliente. Sistema operacional comum que roda nas
estações. Ex: DOS ,Windows 3.11, Windows 95, Netware, Windows NT etc.


COMPONENTES BÁSICOS DE UMA WAN:
                                                Canal de
                                              comunicação
                   Roteado                                             Roteado




                         Lan                                            Lan


      Lan: Rede que se interliga a outra.

      Rotador: Equipamento capaz de interligar redes distintas enviando os pacotes de
dados através de rotas (caminhos).

                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   6
Canal de Comunicação: Cirtcuito por onde trafegam os dados. Geralmente é uma
LP (Linha Privativa) mas pode ser um link de rário, cabo ótico ou satélite.


FACILIDADES DE UMA REDE:
-Troca rápida e eficiente de dados
-Troca de Mensagens
-Compartilhamento de periféricos
-Compartilhamento de programas
-Compartilhamento de acessos


ESTAÇÕES
A estação mais comum é um micro do tipo IBM-PC com uma placa de rede padrão Ethernet
empregando um Windows 95 configurado para operar em rede ou com um módulo especial
fornecido pelo fabricante da rede. Outros micros tais como Macintosh também podem ser
conectados como estações de rede.


SERVIDORES
Uma rede pode ter um ou mais servidores, conforme as necessidades. O usual é criar mais
servidores para distribuir o processamento de rede de forma a melhorar o desempenho de
um servidor que esteja sobrecarregado. Desta forma podemos ter:

§   Servidor de Arquivos: Armazena arquivos e programas para os clientes.
§   Servidor de Aplicação: Armazena um aplicativo específico.
§   Servidor de Impressão: Gerenciam a impressão em rede.
§   Servidor de Comunicação: Disponibiliza canais de dados para a rede.
§   Servidor de Fax: Disponibiliza placas modem/fax para as estações clientes.
§   Servidor de CD-ROM: Disponibiliza CD-ROMs para as estações clientes.
§   Servidor Web: Disponibiliza uma intranet para a Rede


                                                            Grande porte

                                                  Risc
                                      Superservidor

                             Vários
                           Servidores

                      Servido
                         r
                       Único




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                 7
Um único microcomputador pode incorporar as funções de servidor de arquivos, de
impressão, de comunicação, etc. Obviamente seu desempenho será proporcionalmente
reduzido. Na prática, redes pequenas que não tenham uma demanda de serviços muito
grande empregam um único servidor que opera como servidor de arquivos, de impressão,
etc. Não é obrigatório o uso de micros para atuarem como servidores de impressora,
comunicação, etc, pois existem dispositivos apropriados que podem ser conectados a rede
com estas mesmas funções.

      Crescimento da Rede: A medida que a rede cresce, mais servidores vão sendo
acrescentados. Em certo ponto é inevitável o emprego de superservidores, ou seja,
máquinas Pentium multiprocessadas ou Computadores Risc cuja capacidade de
processamento e velocidade são muito superiores as de um micro comum. Por fim redes
milhares de usuários poderão usar mainframes (computadores de grande porte).

A figura apresentada a seguir mostra os componentes de um típico servidor de rede.


                           CD-ROM
                                                                        DUAS PLACAS
                                                                        DE REDE
                                                                        ETHERNET



                                                                        CPU PENTIUM
                                                                        200 MHZ



                                                                        MEMÓRIA RAM
                                                                        COM 64 MBYTES

                    UNIDADE DE FITA
                                               DISCO RÍGIDO
                    DAT PARA BACK-UP
                                               SCSI DE 10 GBYTES



VELOCIDADE DE OPERAÇÃO
Atualmente podemos classificar as redes em:

§   Baixa velocidade: 10 Mbps
§   Alta velocidade: 100 Mbps
§   Velocidade Super Alta: 1000 Mbps


TAMANHO DA REDE
Para fins didáticos, vamos classificar as redes conforme a realidade brasileria em:

§   Redes Pequenas: de 2 a 25 computadores
§   Redes Médias: de 26 a 100 computadores
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§    Redes Grandes: Mais de 100 computadores

Segundo a Novell, em 1997 uma rede local no Brasil tem em média 22 estações.

                  PONTOS       SERVIDORES          ADMIN          GERENCIAM. SIST. ADMINIST.

    PEQUENA       02 - 25             1                  0           Não precisa     Não precisa

    MÉDIA         26 - 250         +1                    1           Pode usar       Pode usar

    GRANDE        + 250            Vários             +1             Indispensável   Pode usar




TRÁFEGO
É o volume da dados que flui pela rede. Pode ser pequeno e rápido ou grande e
congestionado, conforme o tamanho da rede e os recursos de hardware da mesma. Em
princípio, quanto maior a rede maior é o tráfego.


BANDA
Canais digitais empregam sinalização banda base. A transmissão se faz por meio de
pacotes que ocupam banda de frequência do canal. Canais analógicos empregam
sinalização analógica que pode ocupar apenas parte da banda do canal permitindo assim a
multiplexação (divisão da banda em vários canais simultâneos).



                                                          Transmissão Banda Base
            Voz    Dados      Video



                       Voz

                      Dados                      Transmissão Banda Larga

                      Video




ACESSO REMOTO
O acesso remoto (a distância) é feito através de um micro dotado de um modem. Ao serem
carregados os drives de rede um módulo para modem é usado no lugar do módulo para
placa de rede. Em seguida um programa de comunicação disca pela linha telefônica
convencional e estabelece a conexão com a rede local. Acessando o servidor remoto faz-se
o logon e uma seção é aberta no servidor.

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ORGÃOS DE NORMATIZAÇÃO
Existem diversos organismos, a maioria nos EUA, que trabalham para estabelecer padrões
técnicos para cabos, equipamentos e protocolos de rede. Dentre eles podemos destacar:

§   ANSI: American National Standarts Institute: Padroniza especificações já existentes.
§   EIA: Electronic Industries Assossiation: Cria padrões para produtos eletrônicos.
§   IEEE: Institute of Electrical and Electronic Engineers: Cria padrões para protocolos.
§   ISO: International Standarts Organization: Cria diversos padrões para redes
§   ITU: International Telecommunications Union: Cria padrões para telecomunicações
§   UL: Underwriters Laboratóries: Cria e confere padrões


TOPOLOGIAS DE REDE
Topologia é a forma pela qual uma rede se distribui quanto ao traçado do sistema de
cabeamento ou outros canais de comunicação. Existem inúmeros modelos teóricos ou
experimentais de topologia. Na prática, pode-se encontrar no mercado redes com topologia
Barra, Estrela e Anel. A topologia Barra é implementada com cabos coaxiais; a Estrela com
cabos trançados e a Anel com cabos Óticos.




           BARRA




                                  ESTRELA                                MISTA
           ANEL


Ao definirmos qual será a topologia física a ser implementada praticamente estará definido
qual será o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa.


ABRANGÊNCIA DAS REDES
As redes podem ser classificadas pela sua abrangência, ou seja, a área espacial ou
geográfica em que elas se localizam fisicamente. Assim temos a Lan, a Man e a Wan.

       LAN (Local Area Network): É uma rede local circunscrita numa área ou espaço
geográfico, bem limitado, pôr exemplo: Um prédio ou um conjunto de prédios. A interligação
das máquinas se faz normalmente por meio de cabos, a menos que o número de máquinas
seja tão grande que seja preciso utilizar-se bridges e routers. Mesmo estes porém, também
se interligam por meio de cabos.
                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                      10
CAN (Campus Area Network): Rede campus é a que se distribui por um campus
universitário ou planta industrial numa área com aproximadamente 5 Km de ráio.

       MAN (Metropolitam Área Network): É um conjunto de duas ou mais redes locais
que se distribuem por uma área ou espaço geográfico amplo, que pode englobar toda uma
cidade ou grupo de cidades (região metropolitana). O uso de bridges e routers é obrigatório
e sua interligação se faz pôr canais tais como Lps, rádio, satélite ou ainda pôr fibra ótica.

       WAN (Wide Area Network): É um conjunto de várias redes locais que se distribuem
pôr uma área ou espaço geográfico irrestrito, que pode englobar vários estados ou vários
países. A interligação tal como na MAN se faz por meio de bridges e routers, porém estes
devem ser cuidadosamente dimensionados prevendo-se por exemplo o fluxo de dados,
rotas alternativas, suporte a múltiplos protocolos, etc.


HIERARQUIA DE REDES
Existem basicamente dois tipos de arquiteturas de redes locais de computadores: Peer-to-
peer e Client/Server.

        REDES NÃO HIERÁRQUICAS: Estas redes caracterizam-se pelo fato de todos os
micros serem clientes e servidores uns dos outros. Não existe servidor de rede dedicado, ou
seja, um micro que centralize as operações da rede. O processamento, armazenamento e a
utilização de periféricos é feito de forma distribuída. Todas as máquinas interligadas
compõem um grupo de trabalho ou Workgroup. O Workgroup é uma maneira de se
organizar este tipo de rede de forma a facilitar a procura e a utilização dos recursos
compartilhados, tais como impressoras, modems, etc. O custo destas redes é relativamente
baixo, no entanto, sua eficiência, devido a ausência de um servidor central é baixa e cai
rapidamente com o aumento do número de estações. Exemplos de redes peer-to-peer:
Lantastic, Personal Netware, Windows For Workgroups e Windows 95.

       REDES HIERÁRQUICAS: Nessa redes, a maior parte do processamento é feito por
um servidor que centraliza os arquivos e gerencia a rede. Às estações cabe uma pequena
parcela do processamento. Esta arquitetura permite a utilização de softwares comuns, mas
para tirar o máximo proveito desta arquitetura eles podem obedecer a filosofia Cliente-
Servidor, onde, no servidor roda um módulo do software chamado back-end, que é
responsável pelo grosso do processamento e nas estações rodam módulos do software que
nada mais são do que interfaces para os usuários, chamados de front-end. Nesta arquitetura
as estações podem ser micros mais simples e o servidor deve ser, obrigatoriamente, uma
máquina bem mais poderosa. Exemplos de redes client-server: Netware 3.12, Netware 4.1,
Windows NT Server.


AMBIENTE
As redes podem ser classificadas pelo fato de seu ambiente ser homogêneo ou
heterogêneo.




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                      11
Redes Homogêneas: São aquelas que utilizam um mesmo sistema operacional e,
portanto, um mesmo conjunto de protocolos de rede, tal como por exemplo a dupla Netware
e Ethernet. Todas as pequenas redes são homogêneas.

        Redes Heterogêneas: São aquelas que utilizam mais de um sistema operacional e
portanto protocolos de rede diferentes. As grandes redes frequentemente são heterogêneas.
Com isto, é necessário empregar-se conversores de protocolo para permitir sua
interligação, dentre outros procedimentos visando uma plena compatibilização. Estas redes
são portanto bem mais complexas do que as redes homogêneas.




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3. Cabeamento
As redes locais tem de se interligar por meio de um canal de comunicação por onde
circularão os dados sob a forma de sinais elétricos. O canal de comunicação mais comum é
algum tipo de cabo condutor, outros canais, eventualmente, podem ser utilizados, tais como
rádio, microondas, infravermelho, luz (cabo ótico) e laser.


                                                 COAXIAL


                          CABOS                  TRANÇADO


                                                 ÓTICO


CABOS COAXIAIS
Primeiro tipo de cabeamento empregado. Atualmente seu uso está restrito a backbones ou
em redes de até cinco estações ou a interligação de equipamentos. O cabo coaxial é
formado por um condutor elétrico central e por uma malha composta por fios de aço que
serve como "terra" do sinal, ou seja, é o retorno para o sinal elétrico. A malha, que se
interliga a carcaça dos conectores deve ser aterrada para eliminar eventuais diferenças de
potencial elétrico entre os micros e para proporcionar um isolamento elétrico contra
interferências eletromagnéticas sobre o condutor. Entre o condutor central e a malha existe
uma ou mais camadas de plástico isolante e, externamente ao conjunto, uma camada de
isolamento plástico na cor preta, amarela ou vermelha.


               REVESTIMENTO                                       ISOLANTE




                                                                        CONDUTOR
                                             MALHA                       CENTRAL

O padrão Ethernet emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de
10Base2 e 10base5. O 10Base2 é usado para interligar as estações e o servidor entre sí. O
cabo 10Base5, mais grosso, era usado para interligar segmentos de rede através de
transceivers, já estando fora de uso.



                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   13
O cabo 10Base2 também é conhecido por: BNC, RG58A/U ou simplesmente RG58, Thin
Ethernet, Cheapernet, Cabo Coaxial Fino, etc. O cabo 10Base5 também é conhecido por
Thick Ethernet, Cabo Coaxial Grosso ou Yellow Cable.

        Terminação: Uma rede formada por cabos coaxiais em topologia barra deve,
obrigatoriamente, ter dois terminadores BNC de 50 ohms em suas extremidades de forma a
fechar o circuito elétrico formado pelo conjunto condutor/malha, caso contrário, com o
circuito aberto, os sinais elétricos não fluirão.




                                        Terminadores


      Impedância: resistência elétrica do cabo a passagem dos sinais elétricos digitais
provenientes das placas de rede. Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem uma
impedância de 50 ohms, de forma que os conectores empregados neste cabo devem ter o
mesmo valor. Caso haja diferenças significativas nestes valores, por exemplo, da ordem de
20%, as estações não conseguem se comunicar devido a degradação dos sinais elétricos
transmitidos. Como existem cabos e conectores com outras impedâncias, deve-se tomar
cuidado para evitar-se problemas de compatibilidade.

      Distância Máxima: O comprimento máximo do cabo é por norma do IEEE 185
metros para o cabo coaxial fino e 500 metros para o cabo coaxial grosso.

     Distancia Mínima: Recomenda-se para os cabos coaxiais finos uma distância
mínima de pelo menos 0,5 metro entre cada ponto.

       Número Máximo de Estações: Com relação ao número máximo de estações o
IEEE recomenda um máximo de 30 estações para cada segmento de 185 metros de cabos.
Se excedido este limite, os sinais elétricos podem ser distorcidos, tornando sua
recuperação impossível. Para conexão de um número maior de estações deve-se empregar
múltiplos segmentos de cabos partindo de várias placas de rede instaladas no servidor ou
empregando-se repetidores para cabo coaxial.


CABOS TRANÇADOS
São cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefônicos entrelaçados dois a dois. Existem
três variações deste cabo:



                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   14
§   UTP (Unshielded Twisted Pair - par trançado não blindado)
§   FTP (Foil Unshielded Twisted Pair - par trançado foleado não blindado)
§   STP (Shielded Twisted Pair - par trançado blindado).

A utilização de um concentrador de rede (hub) é obrigatória para se interligar os dispositivos
por meio destes cabos.

                                  CABO TRANÇADO UTP




Os cabos trançados são classificados por categorias, conforme a velocidade máxima dos
dados que podem por eles ser transmitidos.

CATEGORIAS DE CABOS TRANÇADOS
Categoria 1 - Usado para transmissões de até 1 Mbps
Categoria 2 - Usado para transmissões de até 4 Mbps
Categoria 3 - Usado para transmissões de até 16 Mbps
Categoria 4 - Usado para transmissões de até 20 Mbps
Categoria 5 - Usado para transmissões de até 100 Mbps

ALCANCE

O alcance máximo recomendado para cada cabo depende do protocolo. Em redes Ethernet
o alcance normalmente é de 100 metros.

Nas extremidades do cabo são afixados conectores telefônicos com oito pinos
denominados RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal conforme descrito a seguir. A
tabela apesentada a seguir mostra a pinagem padrão para os padrões Ethernet e Fast-
Ethernet.

PINO   SINAL
1      Transmissão -
2      Transmissão +
3      Recepção -
4      Não Utilizado
5      Não Utilizado
6      Recepção +
7      Não Utilizado
8      Não Utilizado




                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                      15
PINO 1




                         TRAVA

                                     CONECTOR RJ45




                                      CABO MONTADO

LIGAÇÃO

A ligação do hub a placa de rede é 1:1, ou seja:

Pino 1 - Pino 1
Pino 2 - Pino 2
Pino 3 - Pino 3
Pino 6 - Pino 6

A distribuição dos cabos mais empregada é a definida pela norma EIA/TIA 568A, que
estabelece o seguinte:

Pino 1       Branco do Verde                                                 PAR 2

Pino 2       Verde                                                  PAR 3            PAR 4
                                                                             PAR1
Pino 3       Branco do Laranja
Pino 4       Azul
Pino 5       Branco do Azul
                                                                        1 2 3 4 5 6 7 8
Pino 6       Laranja
Pino 7       Branco do Marrom
Pino 8       Marrom

      Cabeamento Estruturado: Sistema pelo qual os cabos trançados da rede são
dispostos através de Patch Panels e outros dispositivos de distribuição de cabos.

O cabeamento estruturado facilita a operação, manutenção e expansão da rede. Os paineis,
cabos, conectores, tomadas devem obedecer as padronizações internacionais para
cabeamento estruturado EIA/TIA 568A e ISO-DIS1108.




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CABOS ÓTICOS
No cabo ótico, os pacotes enviados por um dispositivo de rede são convertidos em sinais
luminosos por um fotodiodo (led) e são enviados pela fibra ótica do cabo até outro
dispositivo de rede onde um fototransistor converte os sinais luminosos em sinais elétricos
novamente. O interior do cabo é formado por dois ou mais condutores óticos (fibras) feitos
de um tipo de vidro puríssimo, especialmente criado para este fim, de forma a atenuar o
mínimo possível o sinal luminoso. Ao seu redor uma camada de material refletor impede a
dispersão do sinal luminoso. Duas ou mais camadas de material plástico ou kevlar envolvem
o conjunto proporcionando resistência ao cabo e isolamento do ambiente externo.




                  CABO ÓTICO 62,5/125 EMPREGADO NO 10BASEF

Não basta utilizar o cabo ótico para obter ganho de velocidade pois as placas e dispositivos
obedecem a protocolos cujas velocidades já estão definidas. Assim, a principal aplicação
dos cabos óticos se dá em ambientes hostis, com ruído eletromagnético muito elevado (em
fábricas por exemplo) ou na interligação de redes localizadas em instalações prediais
distintas. Como o cabo ótico não conduz eletricidade as redes ficam isoladas eletricamente,
evitando assim que surtos de tensão (devido a ráios) avariem as redes.




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    17
T            CABO ÓTICO                      T




                          R                                            R




Existem vários tipos de cabos óticos. Para redes locais o padrão mais utilizado é o Foril
(Fiber optic Inter-Repeater Link) denominado pelo IEEE como 10BaseF.

Dentre os tipos mais empregados de cabos óticos, destaca-se pelo seu uso predominante o
cabo 62,5/125 micrometros.




                                                     62,5       125




CONCLUSÕES
A tabela apresentada a seguir mostra um resumo com os tipos de cabos e suas atuais
aplicações.

CABO                          APLICAÇÃO
COAXIAL FINO             Pequenas redes com até 5 pontos
COAXIAL GROSSO           Fora de Uso
AUI                      Fora de Uso
TRANÇADO                 Redes de todos os tipos
TRANÇADO BLINDADO        Redes Token-Ring da IBM
ÓTICO                    Ambientes ostis ou longa distância




                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   18
4. Protocolos de Comunicação
Protocolo é um “conjunto de regras que regem a interação entre dois ou mais
processos”. Uma rede local normalmente emprega um conjunto de protocolos
interdependentes e complementares que tem por objetivo assegurar a transmissão confiável
dos dados entre os diversos pontos da rede. Alguns protocolos controlam o acesso ao meio
físico, sendo implementado nas placas de rede ao passo que outros devem ser carregados
nas estações e servidores para permitirem o acesso a rede.

       Comutação Por Pacotes: É o método empregado por todas as redes para
transmitir dados. Mensagens pequenas são transmitidas intagralmente. Mensagens maiores
são fragmentadas em pacotes para serem transmitidas de forma mais eficiente.


                 ESTAÇÃO                                                   SERVIDOR


                Aplicativos                                                    SOR



                 Protocolos                                                Protocolos
                 de Rede                                                   de Rede


                     Placa de                                              Placa de
                      Rede                                                 Rede




                              Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                19
Modelo OSI: Arquitetura de redes dividida em sete camadas, cada qual com uma
função bem específica.


                                                           Camadas

                                                              Aplicação

                                                           Apresentação
                          7
                                                               Sessão
                          6
                          5                                  Transporte

                          4                                     Rede

                          3                                    Enlace
                          2                                    Física
                          1




                                                                                 Dados
              Aplicaçã


              Transport                                                 Header   Dados



              Rede                                 Header                   Dados


                                  Header
              Enlac                                                     Dados



PROTOCOLOS DE ACESSO AO MEIO
       ETHERNET: Protocolo criado pela Xerox, padronizado posteriormente como IEEE
802.3 com algumas modificações. É o protocolo de rede mais utilizado no mundo com 120
milhões de portas instalados em fins de 1997. Seu princípio de operação é baseado numa
arquitetura de difusão com detecção de colisão de pacotes denominado CSMA/CD (Carrier
Sense Multiple Access/Collision Detection). Este processo tem as seguintes características:

Principais características do método CSMA/CD
                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    20
-Todas as placas são interligadas eletricamente entre sí
-O acesso ao cabo é feito contudo por uma placa de rede de cada vez
-Todas as placas possuem um endereço próprio e único
-Normalmente os pacotes transmitidos são endereçados a uma única placa de rede
destinatária.
-Qualquer placa recebe todos os pacotes, logo, tem de filtrá-los permitindo apenas a entrada
dos pacotes que estão endereçados a ela.
-Pacotes especiais porém podem ser irradiados para grupos de placas (multicast) ou para
todas as placas (broadcasting).
-As placas monitoram a portadora no cabo com um sensor (CS)
-Uma placa só pode acessar o cabo se este estiver desocupado
-Um sensor de colisão (CD) monitora a ocorrência de colisões entre pacotes na rede.
-Uma colisão provoca a suspenção momentânea da transmissão de todas as placas do
circuito.
-O aumento do comprimento dos cabos além dos limites permitidos acarreta na distorção
dos sinais e em colisões.

A velocidade nominal do Ethernet é 10 MBPS seja em cabos coaxiais, trançados ou óticos.

     FAST ETHERNET: Protocolo desenvolvido pela 3Com em associação com dezenas
de empresas americanas. Seu objetivo é permitir a comunicação a taxas de até 100 MBps,
mantendo contudo a plena compatibilidade com a tecnologia Ethernet de 10 MBps.

Principais Características do Fast Ethernet:

-Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps
-Operação a 100 ou 10 Mbps
-Nova codificação de dados para operar a 100 Mbps
-Autonegociação da velocidade
-Operação com cabos trançados (100 metros) e óticos (2000 metros)

        ETHERNET GIGABIT: Protocolo de alta volocidade totalmente compatível com o
Ethernet e com o Fast-Ethernet porém operando a velocidades de 1 GBps (1 bilhão de bits
por segundo) ou mais. Promovido pela 3Com e por uma associação de empresas. Devido
ao custo elevado, os produtos Ethernet Gigabit estão sendo empregados inicialmente para
interligar backbones entre switches e servidores de rede.

Principais Características do Ethernet Gigabit:

-Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps
-Operação a 1000, 100 ou 10 Mbps
-Nova codificação de dados para operar a 1000 Mbps
-Autonegociação da velocidade
-Operação com cabos trançados (100 metros) e diversos cabos óticos




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                     21
OUTROS PROTOCOLOS
§   ARCNET: Protocolo de 20 Mbps criado pela Datapoint.
§   ATM: Protocolo 25 à 622 MBps criado por um conjunto de empresas.
§   CDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI.
§   FDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI.
§   TCNS: Protocolo de 100 Mbps criado pela Thomas Conrad
§   TOKEN RING: Protocolo de 32 Mbps da IBM
§   100VG-AnyLAN: Protocolo de 100 Mbps criado pela HP


PROTOCOLOS DE TRANSPORTE E REDE
Os protocolos de transporte e de redesão responsáveis pela fragmentação dos dados a
serem transmitidos em pacotes, seu endereçamento e pela confirmação de recebimento
dos mesmos. Existem vários protocolos criados com este mesmo fim. Em redes locais
destacam-se três tipos: TCP/IP, IPX/SPX e NETBEUI.

       TCP/IP: (Transport Control Protocol/Internet Protocol) É o protocolo de transporte
mais antigo, desenvolvido inicialmente para a ARPAnet. Possui implementação para quase
todos os ambientes (Unix, Windows NT, Netware, Risc, Mainframe, etc). É o protocolo da
INTERNET. A porção IP é responsável pelo endereçamento e a porção TCP é responsável
pela confirmação do recebimento.

      IPX/SPX: Protocolo de transporte nativo do Novell Netware. A porção IPX é
responsável pelo endereçamento e a porção SPX é responsável pela confirmação do
recebimento.

       NET-BEUI: (NetBios Extended User Interface) Protocolo nativo das redes da
Microsoft. Rápido mas limitado em recursos, não podendo ser roteado por Routers, apenas
por bridges. Aplica-se a pequenas redes de até 200 máquinas.


                                                                        Dados



                  NETBEU                                   Header       Dados


                  IPX/SP                               Header           Dados


                  TCP/IP                         Header                 Dados




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                  22
Classes de endereços IP: Os endereços IP são divididos em cinco classes
das quais três podem ser usadas para endereçar computadores e redes: A, B e C.

                                              Campo

                                  8          8          8           8
                   Bytes                                                        Total: 32 Bits


                                 8           8          8           8
            Classe A                                                            /8 Bits


                                  8          8          8           8
            Classe B                                                            /16 Bits

                                 8           8          8           8
            Classe C                                                            /24 Bits

Formato do endereço: Um endereço IP tem o seguinte formato:


                                      Ex:   193.10.38.100

         Classes       Número de             Número de              Inicia em        Termina em
                         redes                 hosts
            A                 126             16.777.214                   1               126

            B               16.383               65.534                   128        191.254.254

            C              2.097.151              254                192.1.1         224.254.254


       Máscara de subrede: Endereço IP especial empregado por roteadores para
endereçar corretamente o tráfego de rede possibilitando a criação de subredes. A seguir
relacionamos as três máscaras de uso genérico.

§   Classe A: 255.0.0.0
§   Classe B: 255.255.0.0
§   Classe C: 255.255.255.0

O endereço de máscara deve estar configurado corretamente nos roteadores assim como
em todos os computadores da rede. Todos os computadores de uma rede local devem
empregar a mesma máscara de subrede.




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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado   24
5. Internet e Intranet
Internet é a maior rede de computadores (WAN) formada por milhares de servidores e por
milhões de usuários. A Internet tem três características básicas: Protocolos e tecnologias
abertas universalmente aceitas; diversidade de serviços e facilidade de navegação.

      Protocolos: O protocolo fundamental da Internet é o TCP/IP, responsável pelo
estabelecimento das conexões básicas. Além dele, protocolos específicos são empregados
conforme se deseja executar certos serviços.

       Servidores: Um servidor WEB ou FTP é excencialmente um programa que pode ser
rodado tanto num microcomputador como num mainframe. Normalmente é necessário que
este programa rode sobre um poderoso sistema operacional tal como o Unix ou o Windows
NT.

      Serviços: Os servidores da Internet oferecem diversos serviços, dentre os quais
destacam-se:

§   WWW: Word Wide Web. Interface gráfica para acesso a informações multimidia.
§   EMAIL: Eletronic Mail. Correio eletrônico para troca de mensagens.
§   FTP: File Transfer Protocol. Serviço para rápida transferência de arquivos.
§   TELNET: Serviço de acesso remoto a outros computadores.

      Acesso: Usuários comuns acessam a Internet através de modems (placa
fax/modem) que se conectam a “Provedores de Acesso”. A partir daí os usuários
empregam programas denominados browsers (navegadores) tais como Netscape e
Windows Explorer para acessar os serviços.


                                                                OPERADORA DE
                                                              TELECOMUNICAÇÕES



                                               CANAL
                                               DE ALTÍSSIMA
                                               VELOCIDADE



                                                                        CANAL
                                                                        DE ALTA
                                       INTERNET                         VELOCIDADE



                                        LINHA TELEFÔNICA



                           MODEM                                  PROVEDOR
                                                                  DE ACESSO




      Endereçamento: Cada computador ligado a Internet tem de possuir seu próprio
endereço IP.




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   25
Serviço DHCP: Serviço de empréstimo de endereços feito por servidores a
computadores normais (estações) de forma a compartilhar um número limitado de
endereços com um grande numero de usuários.

       Serviço DNS: Serviço de conversão de endereços IP (números) em nomes, mais
facilmente memorizados.

       Redes Virtuais: A Internet pode ser empregada como canal para se interligar
usuários remotos a LANs ou mesmo LANs com LANs. Tais redes são denominadas Redes
Virtuais Privadas (VPN - Virtual Private Networks). Sua principal vantagem é o baixo custo
da interligação via Internet

                                           Internet
                                                                             Lan




           Lan                                              Túnel virtual


       Intranet e Extranet: Intranet basicamente é um servidor que disponibiliza uma série
de serviços típicos da Internet para os usuários de uma rede local. O objetivo da Intranet é
aumentar a produtividade das empresas através da disponibilização de serviços rápidos e
confiáveis além de proporcionar uma interface mais amigável com o usuário. Extranet é a
Intranet que pode ser acessada através da internet ou de outros canais de comunicação tal
como linha telefônicas.



                                          SERVIDOR WEB

                       INTRANET                                EXTRANET




                     REDE LOCAL                                 INTERNET




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    26
6. Hardware Para Redes Locais
PLACAS DE REDE ETHERNET
O mesmo que adaptador de rede ou NIC (Network Interface Controller). Dispositivo que
serve de interface física, elétrica, entre o sistema operacional do micro e o cabeamento da
rede. Os adaptadores de rede podem ser internos ou externos.

      Adaptador Externo: Foram criados para que notebooks possam se conectar as
redes. Para tanto eles se conectam aos micros pela porta paralela ou pelo barramento
PCMCIA. Qualquer micro pode usar um adaptador externo, bastando ter uma destas portas,
porém seu custo é bem maior do que um adaptador interno.

      Adaptador Interno: São placas plugadas nos slots das estações. Devem ser
compatíveis com o barramento da estação. Atualmente as mais comuns são para o
barramento ISA (16 bits) e PCI (32 bits).

       Custo das Placas: Existem centenas de fabricantes de placas. As placas mais
simples empregam chips comerciais e as mais sofisticadas chips e tecnologias
proprietárias para otimizar a performance interna do adaptador revestindo em melhor
desempenho para a rede.

§   Placas de Primeira Linha: R$ 120,00 (Ex: 3Com)
§   Placas de Segunda Linha: R$ 60,00 (Ex: SMC e ACCTON)
§   Placas de Terceira Linha: R$ 30,00 (Ex: Placas sem marca)

       Conectores: Os adaptadores Ethernet mais simples trazem apenas um conector
10Base2 ou 10BaseT. Existem modelos que tem dois ou mais conectores recebendo este
último o nome de "combo" (do inglês “combined” - combinado).


                     EEPROM PARA
                       SALVAR A                CHIP-SET                 CONECTOR
                    CONFIGURAÇÃO                                          RJ45




                    MEMÓRIA
                      RAM
                                                                        CONECTOR
                                                                          BNC
                      SOQUETE PARA PROM
                                                  BARRAMENTO
                       DE BOOT REMOTO


       Configurações: Atualmente configura-se o seguinte numa placa de rede:



                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    27
IRQ: Interrupt Request - Solicitação de Interrupção. É a sinalização empregada pelos
periféricos para solicitar a utilização da CPU do micro. Cada periférico deve ser disposto
numas da 16 IRQs do PC. Ex: IRQ 2, 3, 4, 5, etc.

       I/O PORT: O mesmo que I/O. É o canal de comunicação para transferência de dados
entre a CPU do micro e a placa de rede. Ex: 300, 320, 340, 360, etc.

      Plug and Play (PnP): Placas de rede mais novas podem ser configuradas para
operação Plug and Play, para que o Windows 95 detecte e configure a placa
automaticamente sem intervenção do usuário.

      Jumper Less: Os adaptadores mais antigos eram configurados por meio de
estrapes, ao passo que os mais novos, denominados jumper-less são configurados por
meio de um programa em disquete que acompanha o adaptador.

        Prom de Boot: Para ser feito um boot (inicialização) remoto (a partir do servidor)
numa estação (normalmente diskless), é preciso que uma PROM de boot seja inserida num
soquete que vem no adaptador e ser habilitada através dos estrapes ou software. Este chip
contêm instruções que fazem o adaptador buscar no servidor por um arquivo especial de
inicialização para estações.

      Tipo do Cabo: O melhor é deixar que a própria placa detecte o tipo de cabo
conectado. Pode-se contudo configurar a placa para operar com um único tipo de cabo.

       Testes: Atualmente todas as placas de rede trazem em seus disquetes de
configuração dois tipos de testes: Teste Interno da placa e Teste em Rede. O primeiro indica
se a placa está funcionando bem e se existem conflitos de configuração. O teste em rede
permite testar completamente as placas envolvidas, os cabos e os hubs.

       Placas Novell: No ínício de suas atividades, a Novell confeccionou junto com a Eagle
três adaptadores que se tornaram padrão do mercado por terem sido especialmente
criados para o ambiente Netware: NE1000, NE2000 e NE3200 para barramentos de 8, 16 e
32 bits respectivamente. A maioria dos fabricantes asseguram plena compatibilidade de
seus adaptadores com estes padrões.

     Drives ODI (Open Data Interface): Drive criado pela Novell para permitir que o
Netware opere com vários protocolos simultâneamente.

     Drives NDIS: Drives criados pela Microsoft para permitir que as redes baseadas em
Windows operem com vários protocolos simultâneamente.

      Placas Sem Cabos: Placas de rede não padronizadas que utilizam ondas de rádio
para se interconectarem. Seu custo elevado jamais permitiu sua disseminação.


HUBs ETHERNET
O Hub é um concentrador de rede local. Ele permite a distribuição estruturada de
cabeamentos, proporcionando um melhor gerenciamento e monitoração da rede. Permite a
implementação da topologia física estrela. Os primeiros hubs eram passivos, ou seja, não
                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                     28
regeneravam o sinal de rede. Atualmente, todos os hubs são ativos, ou seja, regeneram o
sinal de rede enviado pelas placas de rede, atuando portanto como um repetidor.

       Arquitetura do hub: O hub funciona com um barramento interno comum a todas as
portas.




      Tipos de Hubs: Existem três tipos de hubs: Mesa, Minihubs e Hubs de Chassis.

      Hub Mesa: Pode ser de baixo custo ou gerenciável. Pode ser usado num gabinete
padrão (19 polegadas).

      Mini-Hub: Hub de baixo custo para pequenas redes.

      Hubs de Chassis: Sistema de hubs com gabinete próprio para redes que exijam
um grande número de portas. Estes sistemas dispõe de inúmeras facilidades tais como
gerenciamento, fonte redundantes, etc.

       Portas: Existem hubs de 4 à 48 portas 10BaseT. Cada porta 10BaseT dispõem de
um conector RJ45 fêmea. No painel traseiro existe normalmente uma porta BNC e uma porta
AUI interligadas as portas 10BaseT que podem ser usadas para ligação de backbones,
transceivers ou servidores.

      Alcance: O alcance do cabo entre o hub Ethernet e a estação é de 100 metros. Para
maiores alcances deve-se empregar a ligação em cascata de hubs ou uso de repetidores
apropriados.

       Ligação em Cascata: É a interligação dos hubs através das portas 10BaseT a fim
de aumentar o alcance físico dos cabos da rede. O cabo de interligação pode ser normal
(1:1) ou cruzado (crossover). Neste último caso uma porta 10BaseT, geralmente a primeira
ou a última, pode ser designada para esta ligação dispondo de uma chave onde se opta por
uma ligação direta, convencional (hub a estação) ou uma ligação cruzada (hub a hub). Todos
os fabricantes oferecem a possibilidade de se interligar pelo menos 4 hubs em cascata.
Consulte o manual do fabricante para saber o número máximo de repetições e o tipo de
cabo necessário.




                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    29
Empilhamento: É a interligação de dois ou mais hubs através de uma cabo especial
preso no painel traseiro de forma que os recursos de gerenciamento de um único hub sejam
extendidos aos demais. O número de hubs numa pilha normalmente chega a pelo menos
quatro unidades.

                         LIGA



                         DES




                         LIGA



                         DES




       Hubs Gerenciáveis: Hubs dotados de um módulo capaz de coletar dados
estatísticos sobre a atividade das portas e de gerenciar as mesmas. Este módulo é formado
por um firmware (Hardware e software) que envia os dados coletados empacotados no
formato TCP/IP para uma estação da rede dotada de um programa de gerenciamento.

Existem atualmente três sistemas de gerenciamento:

      SNMP: Simple Network Management Protocol. É o padrão do mercado embora seus
recursos de gerenciamento sejam limitados.

      CMIP: Protocolo de gerenciamento tardiamente padronizado pela ITU que por isso
mesmo praticamente inexiste no mercado. Possui uma estrutura bem mais robusta e
poderosa que o SNMP.

       RMON: Remote Monitoring. É o mais novo dos três e por isto mesmo ainda muito
raro. Existem duas implementações RMON e RMON2. O RMON permite coletar dados e
gerenciar a rede até a camada de enlace. O RMON2 permite monitorar e gerenciar toda a
pilha de protocolos OSI, carecendo contudo da utilização de um módulo de gerenciamento
(probe) a parte.

Apesar de qualquer dispositivo de rede poder ser dotado de um módulo de gerenciamento,
o mais comum é encontrar apenas hubs gerenciáveis. O acréscimo do módulo de
gerenciamento obviamente encarece o custo final do produto. Hubs de baixo custo não
permitem o gerenciamento.




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                  30
PILHA DE HUBS
                                             HUB COM MÓDULO

                                                                   HUB COMUM OU GERENCIÁVEL
                                             HUB GERENCIÁVEL


                                             HUB GERENCIÁVEL


                                             HUB GER..



                                                                            ESTATÍSTICAS
                                                                              DA PORTA




                                                               TELA DO PROGRAMA
              MICRO GERENCIADOR




HUBs e PLACAS FAST ETHERNET
São identicos ao Ethernet porém operam a 100 Mbps. Podem verificar automaticamente se
a placa de rede ou outro hub é Ethernet ou Fast Ethernet e se configurar para operar na
velocidade de 10 ou 100 MBPS, conforme o caso (autodetecção). No caso dos hubs, o
número de repetições é limitado a 2. As demais características são as mesmas dos Hubs
Ethernet. As placas Fast Ethernet comumente trazem dois ou três leds para mostrarem a
conexão e se a velocidade de operação esta em 10 ou 100 MBPS.


SWITCHE
Equipamento fisicamente semelhante ao Hub mas com um funcionamento interno diferente.
Ao contrário do hub que distribui o tráfego de uma porta para todas as demais, o switche faz
uma comutação interna e “interliga” as duas portas, origem e destino, envolvidas em uma
comunicação. Como as demais portas ficam disponíveis, várias comutações podem ser
feitas simultâneamente, agilizando a comunicação.

Para descobrir quem são e onde estão as estações, o switche monitora cada uma de suas
portas, montando tabelas onde todos os dispositivos conectados são relacionados. Para
operar a alta velocidade, o switche emprega componentes ultra-velozes o que eleva
bastante seu custo.

Existem switches para redes Ethernet, Fast-Ethernet, Token-Ring e ATM. A capacidade de
um switche poder ser verificada pelo número de pacotes processados por minuto, que
atualmente podem chegar a casa de centenas de milhares. Se mal configurado, o emprego
do switche pode piorar o desempenho de uma rede ao contrário de melhorá-lo.

      Workgroup Switche: Switche mais simples, com capacidade de processamento
menor e sem portas especializadas. Seu objetivo é substituir o hub.




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Switche Corporativo: Switche com alta capacidade de processamento e dotado de
portas especializadas. Estas portas podem ser usadas para conexão de servidores, hubs e
outros switches.




Os switches corporativos dispõem de diversos recursos para aumentar a performance:

§   Portas full-duplex
§   Portas de 100 Mbps (no caso do switche de 10 Mbps)
§   Portas ATM
§   Portas Gigabit

§   Trucking: Recurso de agregar portas para obter velocidades maiores
§   Bridgind: Recurso de separar as redes por meio de bridges
§   Routing: Recuros de separar as redes por meio de routers


REPEATER
O Repeater (repetidor) é um equipamento usado para retransmitir o sinal da rede local, a
nível físico, aumentando sua área de abrangência. Geralmente o termo se aplica a
repetidores para cabos coaxiais. O número máximo de segmentos que podem ser
interligados com repeaters em redes Ethernet é quatro.




TRANSCEIVER
O Transceiver (Transceptor) é um dispositivo que converte uma porta de rede de um tipo
para outro, por exemplo, Ethernet trançado para AUI. Pode ser interno, vindo embutido em
outros dispositivos, tais como num um adaptador de rede ou externo. Também denominado
por MAU (Media Atachmment Unit). Os transceptores externos se conectam aos

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adaptadores de rede através de cabos e conectores AUI. Normalmente, os transceivers são
oferecidos com uma porta AUI e outra a se escolher.




                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                 33
CONVERSOR DE MÍDIA

Análogo ao transceiver, converte um tipo de cabo em outro. Possui fonte de alimentação
própria.


BRIDGE
A Bridge (Ponte) é um dispositivo que permite a interconexão de duas ou mais redes locais.
Existem dois tipos de bridges: locais e remotas. As bridges locais aplicam-se na
interligação de redes separadas por pequena distância. As bridges remotas são utilizadas
para interconectar redes locais a longa distância através de modems de alta velocidade.

A bridge lê os pacotes que estão trafegando nas redes, verificando os endereços das
estações de origem e destino e, através da comparação dos mesmos com os dados
contidos em uma tabela que ela mesma monta, transmite ou não o pacote para a outra
rede. Sua atuação é portanto análoga a de um filtro podendo assim ser usada para
segmentar-se uma rede com muito tráfego. A bridge pode conectar duas redes cabos
distintos tais como cabo coaxial e par trançado. Cada bridge tem capacidade de analisar e
decidir sobre um número limitado de pacotes por unidade de tempo. Assim sendo, quanto
maior for o tráfego esperado entre as redes, maior deverá ser a capacidade de
processamento de pacotes da bridge. A bridge é mais complexa que o repeater e mais
simples que o router.

                    A        B       C        D




                   TRAFEGO LOCAL                   BRIDGE

                  REDE A   REDE B                                          TRAFEGO
                    A        1                                           INTER-REDES
                    B        2
                    C        3
                                                      1        2         3      4
                    D        4




                                         BRIDGE             TRAFEGO LOCAL




ROUTER
O Router (Roteador) é um dispositivo inteligente utilizado para interconectar várias redes,
aumentando seu o alcance físico ou para se fragmentar o sistema em várias sub-redes
aumentando-se sua disponibilidade geral. Emprega uma tecnologia complementar a das
Bridges, usando os endereços IP dos pacotes de dados para localizar a rede destinatária.
Em seguida, determina a melhor maneira de enviar os pacotes consultando suas tabelas
internas. O router examina, filtra e deixar passar o tráfego de uma rede para outra,
                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   34
escolhendo a melhor rota e otimizando a comunicação, utilizando sofisticados mecanismos
de segurança. Os roteadores mais simples são baseados no Sistema Operacional de
Rede. Neste caso, num mesmo servidor da rede, é instalado o software de roteamento e
dois (ou mais) adaptadores de rede. O roteador transferirá as mensagens de um adaptador
para outro. Com isto, duas redes, de tecnologias diferentes (Ethernet e Token Ring por
exemplo) podem ser interligadas com transparência para os usuários. Os modelos mais
simples operam com um único protocolo de transporte (IPX/SPX ou TCP/IP). Os modelos
mais sofisticados são externos e empregam diversas tecnologias, a maior parte
proprietárias, de forma a otimizar o desempenho, estabelecer rotas, etc.


                   Rede 1      R      Rede 2       R      Rede 3         R   Rede 4


                    H                                                          H

                                       Salt



GATEWAY
Gateway (Comporta) é um dispositivo utilizado para converter o protocolo de comunicação
de um sistema para outro permitindo a interconexão de redes com arquiteturas
completamente diferentes. Podem operar em servidores dedicados ou não conforme a
necessidade do processamento necessário. Geralmente sua capacidade de processar
pacotes é inferior a das Brigdes e Routers.




                                                                     MAINFRAME



                        REDE LOCAL




                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                35
7. Sistemas Operacionais
Como foi abordado anteriormente, o sistema opracional é o software básico do
computador. Dele dependem todos os demais programas.

Existem dois tipos de sistemas com relação a redes:

      SO: Sistema operacional ou sistema operacional cliente, instalado nas estações

§   MS-DOS
§   Windows 3.1/3.11
§   Windows 95/98
§   Windows NT Workstation
§   OS8 (Aplle Macintosh)
§   OS2

      SOR: Sistema operacional de rede, instalado nos servidores

§   Windows NT
§   Netware
§   Unix

ELEMENTOS COMUNS AOS SISTEMAS OPERACIONAIS EM REDE

      Usuários: São as pessoas que utilizam recursos da rede

      Logon: Operação de conexão do micro com a rede

      Logoff: Operação de desconexão do micro com a rede

      Senha: Código empregado para restringir o acesso a rede

      Nome do Micro: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede.

      Workgroup: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede.

      Diretório Compartilhado: Um diretório de um micro disponibilizado para a rede.

      Impressora Compartilhada: Uma impressora ligada a um micro disponibilizada
para a rede.

      Mapeamento: Drives lógicos criados para possibilitar a navegação na rede.

      Controle de Acesso: Barreiras ou limites impostos aos usuários por motivo de
segurança.



                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   36
Grupos: Associação de usuários em grupos de afinidade de forma a facilitar o
gerenciamento.

      Política de Contas: Restrições aos acessos dos usuários, estabelecidas pelo
gerente da rede em função das conveniências da mesma.

      Serviço de Diretórios: Sistema pelo qual uma rede de múltiplos servidores é
acessada como um todo pelos usuários. O serviço de diretórios permite logon único na rede
e uma grande flexibilidade para que os usuários acessem todos os recursos disponíveis
independentemente do local da rede de onde é feito o logon. O serviço de diretórios do
Netware chama-se NDS (Novell Directory Services). O serviço de diretórios do NT será
implementado na versão 5.0.




                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   37
8. Windows 9x
LAN MANAGER

O Primeiro SOR da Microsoft. Não obteve sucesso e foi descontinuado em 1993.

WINDOWS FOR WORKGROUPS

Também denominado de Windows 3.11 ou simplesmente WFW. Trata-se de uma
atualização do Windows lançada em 1993, na qual foram acrescentadas recursos de rede
peer-to-peer.

WINDOWS 95

O Windows 95 é uma evolução do WFW possuindo os mesmos recursos e facilidades de
rede peer-to-peer deste. A principal diferença entre ambos reside na interface gráfica.

O Windows 95 é uma evolução da dupla DOS+Windows. Parte do código foi substituída por
um kernel de 32 bits e parte foi mantida no antigo código de 16 bits, de forma que o
Windows 95 é um sistema híbrido. Traz consigo recursos de rede peer-to-peer equivalentes
ao Windows For Workgroups, baseados nos comandos NET, do DOS. Por ser constituido
pelo DOS, o 95 pode sofrer instabilidades na medida que muitos acessos sejam feitos
simultâneamente a um mesmo micro. Uma rede peer-to-peer baseada no 95 também tende
a ficar lenta na medida que muitos micros são conectados a rede.

WINDOWS 98

Atualização do Windows 95, traz o Internet Explorer incorporado, interface gráfica mais
rápida e novos recursos avançados para redes tal como protocolos PPTP, gerenciamento
SNMP e novos drives de 32 bits.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FO WINDOWS 9x

n   Interface gráfica
n   Suporte a conectividade incorporado
n   Suporte a dispositivos Plug and Play
n   Interação com protocolos e formatos da Internet
n   Navegador Web (Windows Explorer) incorporado

ARQUITETURA

A figura a segui apresnta a arquitetura do Windows 9x.




                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado               38
Aplicativos
               Ferramentas
               de Interface
               com o Usuário
                                      Shell de 32 bits


                                                                           Registry
                           Núcleo do Windows 95


                     Virtual                   IFS
                                                                        Configuration
                    Machine              Installable File
                                                                          Manager
                    Manager             System Manager

                                  Drivers de Dispositivo

                                            Hardware



REGISTRO

As configurações de rede no Windows 95 são gravadas Numa área codificada chamada
Registro. O acesso ao registro é feito através do programa Regedit.exe.

PLUG AND PLAY

O Windows 95 atualmente é o único sistema operacional para PC a suportar este modo de
operação, sob o qual placas que obedecem as especificações Plug and Play podem ser
automaticamente detectadas e configuradas pelo Windows 95, facilitando assim o trabalho
de instalação ou troca destas placas.

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE DE REDE

1 – Acessar o item Iniciar - Configurações - Painel de Controle – Rede.

2 – Adicionar um adaptador sececionando da lista do Windows 95 ou empregando-se o
drive que vem no disquete da placa.

3- Marcar os Itens Copartilhamento de Arquivos e Compartilhamentto de impressoras.

4 – Selecionar a opção Logon Principal da Rede – Cliente para Redes Microsoft.

5 – Se for usar protocolo TCP/IP selecione-o em Adicionar Protocolo – Microsoft –
TCP/IP. Depois configure o endereçamento e a máscara de subrede clicando em TCP/IP -
propriedades. Os demais protocolos não precisam de configuração.

6 – Clique na placa de rede e configure a IRQ e o I/O. se ela estiver configurada para Plug
and Play, provavelmente o Windows vai detecta-la automaticamente e não será preciso fazer
esta configuração.

7 – Clique em identificação e registre o nome do usuário e do grupo de trabalho.

                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    39
8 – Reinicie o Windows para validar as novas configurações.

LOGON e LOGOFF

Logon é a conexão do usuário a rede. O Windows 95 configurado para operar em rede
exibe uma tela de logon ao ser inicializado. Nesta tela deve ser escrito o nome do usuário e
sua senha. A opção cancelar permite rodar o 95 mas fora da rede. Logoff é a desconexão
da rede. Para encerrar a sessão e desconectar, deve-se teclar em Iniciar – Desligar –
Encerrar Todos os Programas e Efetuar Logon com Nome Diferente.

AMBIENTE DE REDE

No ícone ambiente de rede, disponível na área principal, pode-se visualizar os
computadores conectados a rede. A atualização desta tela pode ser feita pressionando-se a
tecla F5. As mesmas informações podem ser visualizadas no ambiente de rede do Windows
Explorer.

WINDOWS EXPLORER

Além de permitir a manipulação convencional dos arquivos e pastas existentes no disco
rígido, o Windows Explorer permite ainda o compartilhamento de pastas do disco rígido e
mapeamento de pastas de outros micros ligados a rede.

Para compartilhar pastas: Clique com o botão direito do mouse na pasta desejada e
selecione compartilhar.

Para mapear a pasta de outro micro: Clique com o botão esquerdo do mouse em
ambiente de rede e em seguida no micro desejado até que ele apresente suas pastas

                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                     40
compartilhadas. Em seguida clique com o botão direito do mouse na pasta desejada e
selecione mapear unidade de rede.

Use a tecla F5 para atualizar o ambiente de rede do Explorer.

Para copiar arquivos e programas de um micro para outro, basta selecionar os arquivos
desejados com o muse e usar o recurso Arrastar e Soltar.

SENHAS

Em painel de controle – senhas pode-se modificar a senha de um usuário, habilitar-se o
gerenciamento remoto e estabelecer um perfil de usuário.

UTILITÁRIOS

O Windows 95 possui alguns utilitários que podem ser empregados em rede. Alguns
recursos só estão disponíveis na versão OSR-2 ou são disponibilizadas ao se instalar o
protocolo TCP/IP.

Winpopup: Permite enviar e receber mensagens em rede
Winipcfg: Exibe o endereço IP empregado pelo micro
Ping: Permite verificar a presença de outros hosts na rede

INFORMAÇÕES DE AJUDA

Em caso de dúvidas, consulte o Help do Windows para verificar como instalar e configurar
as opções de rede, propondo inclusive vários procedimentos úteis de verificação.

IMPRESSÃO EM REDE

Para adcionar um impressora basta clicar em Meu Computador – Impressoras –
Adcionar Impressoras. Se a impressora estiver na Rede, selecione esta opção e clique
em Localizar para encontrar as impressoras disponíveis nas rede.

AUMENTANDO O DESEMPENHO

Para tornar o Windows 95 mais rápido na rede selecione em Painel de Controle –
Sistema – Desempenho – Sistema de Arquivos o item Servidor de Rede.




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                 41
9. Windows NT
O Windows NT foi lançado em 1993, sendo comercializado em duas versões: Workstation e
Server. O NT Workstation, foi criado para ser empregado em estações de trabalho
poderosas, podendo ainda constituir redes peer-to-peer de até 10 usuários. O NT Server foi
criado para ser um servidor de rede possibilitando um número ilimitado de acessos. A
arquitetura de ambos é basicamente a mesma, sendo que a versão Server possui módulos
extras para gerenciamento da rede a nível de servidor, além de possibilitar a validação de
usuários a nível de domínio. A princípio sua aceitação foi pequena devido aos poucos
recursos apresentados e a sua necessidade de um hardware (CPU e RAM) muito pesado
para a época. Atualmente na versão 4.0 o NT tem a mesma interface gráfica do Windows
95. O NT vem apresentando expressivo aumento de vendas e penetração no mercado.
Atualmente (1997) 22% das redes são Windows NT.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

n   Suporta um número ilimitado de usuários simultâneos
n   Multiplataforma (PC, Alfa, Risc)
n   Opera com Multiprocessamento
n   Opera com Multitarefa
n   Opera no Modo Cliente/Servidor
n   Alta capacidade de segurança
n   Alta confiabilidade
n   Suite de aplicativos
n   Suporta até 4 GB de memória RAM
n   Suporta até 16 Hexabytes de Disco Rígido
n   Suporta múltiplos clientes
n   Suporta múltiplos protocolos
n   Fornece conexão remota (via modem) para 256 usuários

ARQUITETURA


                                        Aplicação         Aplicação      Aplicação
                                          OS/2             Win 32         Posix
                    Subsistemas

                                       Subsistema        Subsistema      Subsistema



                 Executive Services
                                      Gerenciadores Diversos

                  Device                               Kernel
                  Drivers
                                        Hardware Abstraction Layer (HAL)
                                              Hardware




                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                 42
O NT é formado por um kernel (núcleo) de 32 bits. Entre o Kernel e o hardware um software
denominado HAL (Hardware Abstraction Layer) serve de interface com o hardware e
permite a portabilidade do NT para diferentes plataformas. Device drives permitem o NT
acessar discos, CD-ROM e unidades de fita. Por fim módulos denominados Subsistemas
permitem ao NT executar aplicativos NT, OS/2, DOS/Windows e POSIX (Unix padronizado).

GERENCIAMENTO DE DISCO RÍGIDO

O NT 4.0 admite partições nos formatos FAT de 16 bits (MS-DOS) e NTFS de 32 bits. Este
último tem como principais características:

-Autodefragmentação
-Possibilidade de compressão dinâmica
-Admite permissões para arquivos e pastas extras, além dos da partição FAT
-Auditoria
-Acesso mais rápido

O mais comum e seguro é ter no disco do servidor uma pequena partição FAT com o MS-
DOS para dar o Boot e conter os arquivos de sistema pois ela pode ser mais facilmente
reparada em caso de avarias no disco. O restante do disco pode ser ocupado por uma ou
mais partições NTFS.

GERENCIAMENTO DA MEMÓRIA RAM

O NT possui um sistema de gerenciamento de memória que isola os aplicativos uns dos
outros na RAM de forma que um aplicativo jamais fará um Servidor NT travar.

Para se instalar um servidor NT é preciso que existam 12 MBytes de memória RAM.
Recomenda-se contudo um mínimo de 64 Mbytes de RAM para um servidor poder entrar em
produção (operação normal).

TOLERÂNCIA A FALHAS

O Windows NT proporciona tolerância a falhas através de um conjunto de medidas de
armazenamento redundante denominado RAID (Redundant Arrays of Inexpressive Disks),
que permitem por exemplo o espelhamento de disco para proteção dos dados.

INTEROPERABILIDADE

O NT já vem com gateways que lhe permitem se comunicar com diversas outras redes, tais
como Novell, Unix, e IBM. O NT Workstation permite a conexão remota de um usuário, via
modem. O NT Server permite a conexão de até 256 usuários remotos via modem.

BACK-OFFICE

Suite de aplicativos básicos que vem com o Windows NT. Consiste nos seguintes produtos:


§   SQL Server: Banco de dados cliente/servidor
§   SNA Server: Gerenciador de conexões PC/Mainframes IBM.
                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                   43
§   Exchange Server: Servidor de Email
§   SMS Server: Sistema Administrativo

DOMÍNIO

Domínio é uma base de dados que contém os nomes, senhas e direitos dos usuários,
localizando-se num Windows NT Server denominado Controlador de Domínio Primário. Uma
rede local só pode ter um Controlador de Domínio Primário mas pode ter vários outros
servidores NT denominados Controlador de Domínio Reserva. Cada Servidor de Domínio
Reserva contém uma cópia do domínio do Servidor Primário que é permanentemente
atualizada. Os usuários de um domínio não podem acessar outro domínio automaticamente
a menos que sejam estabelecidas relações de confiança entre os Servidores Primários.
Este esquema funciona basicamente da seguinte maneira: Se o servidor A confia no
servidor B, então os usuários de B podem acessar A Os usuários de A porém só acessarão
B se este também confiar em A. O esquema é simples mas vai ficando progressivamente
complicado conforme o número de servidores vai aumentando.

INSTALAÇÃO

A instalação do NT é quase totalmente automática, bastando ao administrador aceitar os
passos propostos pelo software instalador.

Processo de Instalação:

1 – Roda-se o programa WINNT.EXE
2 – Os arquivos do diretório I386 são descompactados no HD.
3 – Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado.
4 – O micro dá boot pelo NT a partir dos arquivos instalados. São solicitadas algumas
informações básicas sobre o sistema. É criado o diretório definitivo do NT denominado
WINNT. Ao término desta faze o micro deve ser reinicializado.
5 - O NT é carregado já com Interface gráfica. São solicitadas mais informações sobre como
deverá ser instalado o servidor. Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado pela
última vez.

                   PARTIÇÃO DOS:
                   FORMATO DE ARQUIVOS FAT
                   MS-DOS
                   DRIVES DO CD-ROM
                   ARQUIVOS DE SISTEMA




                                                    PARTIÇÃO NT:
                                                    FORMATO DE ARQUIVOS NTFS
                                                    ARQUIVOS DE SISTEMA
                                                    ARQUIVOS DOS USUÁRIOS
                           HD




                           Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                    44
DESLIGAMENTO DO SERVIDOR NT

O servidor NT não pode ser simplesmente desligado pois muitos processos podem estar
em execução no momento com dados momentaneamente na memória RAM aguardando a
gravação em disco. Antes de desligar o servidor NT é preciso portanto, obrigatoriamente,
executar o comando Desligar invocando o botão respectivo ao precionarmos as teclas
CTRL + ALT +DEL no console do servidor ou em Iniciar – Desligar. Com o comando
Desligar, todos os processos serão encerrados, todas as conexões com usuários serão
interrompidas e a RAM será liberada.

ACESSO AO SERVIDOR NT

Finda a instalação o servidor NT pode ser acessado pelo servidor ou por uma estação. No
servidor o acesso é feito através da tela de Logon que pode ser invocada pressionando-se
simultaneamente as teclas CRTL + ALT + DEL. O servidor pedirá o nome do usuário e sua
senha. Se houver mais de um domínio, este também poderá ser selecionado nesta tela. Os
clientes do NT serão naturalmente o Windows 3.11 e o Windows 95 devidamente
configurados para operar em rede.

USUÁRIOS E POLÍTICA DE CONTAS

Cada usuário do NT recebe uma conta ao ser criado. A conta do usuário pode ser
desabilitada ou não pelo servidor. O servidor NT pode ainda estabelecer o seguinte:

n   Se o usuário deve ou não usar senha
n   O tamanho da senha
n   Se a senha tem data de expiração
n   Se o usuário pode, ele mesmo, trocar a senha
n   O tamanho mínimo da senha
n   Se o usuário pode acessar o servidor com a senha vencida
n   Quais dias da semana e horários o usuário poderá acessar o servidor
n   Se o servidor vai monitorar tentativas de invasão
n   Se tentativas de invasão acarretarão bloqueio da estação e por quanto tempo.

MAPEAMENTO

No NT o mapeamento é feito da mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Outros
servidores e estações do usuário podem ser mapeados logicamente e acessados clicando-
se a letra correspondente no File manager ou clicando-se o nome do computador sob a
pasta Ambiente de Rede do Windows Explorer (Windows NT 4.0 e posteriores).

COMPARTILHAMENTO DE DIRETÓRIOS E IMPRESSORAS

O compartilhamento dos recursos do servidor para os usuários é feito da mesma forma que
no Windows 3.11 e no Windows 95.




                            Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                45
IMPRESSÃO EM REDE

Para se utilizar a impressão em rede no Servidor NT deve-se instalar a mesma no servidor
da mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Pode surgir neste ponto um
problema: até o momento, nem todas as impressoras tem drivers para Windows NT. Em
seguida a impressora deve ser compartilhada e disponibilizada para as estações pelo
gerenciador de Impressão.

INSTALAÇÃO DE APLICATIVOS NO SERVIDOR NT

Os programas aplicativos podem ser instalados normalmente no servidor, ou pelas
estaçãoes bastando apenas especificar o caminho de instalação. Embora servidor NT
possa rodar todos os palicativos nele instalados, isto não é recomendável sob pena de
ocorrer significativa redução da velocidade da rede.




                          Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado                  46

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Redes de Computadores: Introdução às Redes Locais

  • 2. REDES - Copright by COMUNICAÇÃO DIGITAL LTDA - 1996 - Todos os direitos reservados. A reprodução parcial ou integral desta apostila por quaisquer meios é expressamente proibida salvo com autorização por escrito emitida pela COMUNICAÇÃO DIGITAL. Os infratores estão sujeitos as penalidades previstas em lei. Elaboração: Cesar de Souza Machado Atualização desta Edição: 20/11/99 - Versão 19 COMUNICAÇÃO DIGITAL LTDA: SETOR COMERCIAL NORTE, QUADRA 01, ED QUADRA 01, CENTRAL PARK SL 507, BRASÍLIA - DF CEP 70710-500 TEL: 55 (061) 328-0517 FAX: 55 (061) 326-1110 EMAIL: cdigital@tba.com.br Programa do Curso & Índice BREVE HISTÓRICO PAG. 02 CONCEITOS BÁSICOS DE REDES PAG. 03 CABEAMENTO PAG. 09 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO PAG. 15 INTERNET E INTRANET PAG. 20 HARDWARE PARA REDES LOCAIS PAG. 23 SISTEMAS OPERACIONAIS PAG. 31 WINDOWS 95 PAG. 33 WINDOWS NT PAG. 37 Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 2
  • 3. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 3
  • 4. 1. Breve Histórico A história das redes locais pode ser dividida em três fases. REDES EXPERIMENTAIS (1969 a 1981) Surgimento das primeiras redes, tal como a ARPANet nos EUA. Primeiras experiências com redes locais na Universidade do Hawai. Surgimento do protocolo Ethernet. Lançamento dos primeiros microcomputadores comerciais em 1977. Lançamento da arquitetura de redes SNA da IBM e OSI da ISO. REDES PROPRIETÁRIAS (1982 a 1995) Surgimento dos primeiros microcomputadore mais poderosos, de 16 bits, tais como o IMB- PC e o Apple Macintosh. Início das vendas de placas de rede Ethernet. Surgimento das primeiras redes locais para microcomputadores empregando arquitetura proprietárias e operando a velocidades em torno de 10 Mbps. Dezenas de empresas, inclusive no Brasil, desenvolvem produtos para redes. Surgimento e crescimento da Novell. Surgem padronizações para sistemas de cabeamento aceitas internacionalmente. REDES DA INTERNET (1995 até Hoje) Surgimento das primeiras redes de 100 Mbps empregando protocolos FDDI e ATM. A Microsoft lança o Windows NT que passa a disputar o mercado com o Netware. Paralelamente, o Windows For Workgroups elimina do mercado os fabricantes de pequenas redes. A Internet ganha uma interface gráfica padrão denominada WWW, através da qual milhões de pessoas leigas passaram a acessar a agora denominada grande rede, que passa a crescer de forma explosiva. Surgem as Intranets. Disseminação das redes de alta velocidade com 100 Mbps ou mais, lançamento de produtos Ethernet Gigabit com velocidade superior a 1. O TCP/IP é aceito como protocolo universal. Internet e Intranets passam a ser uma das principais vertentes do mercado de redes. Estimativas apontam o volume de Ecomerce no ano 2000 em pelo menos 200 Bilhões de dólares. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 4
  • 5. 2. Conceitos Básicos de Redes DEFINIÇÃO: O QUE É UMA REDE ? Rede De Computadores pode ser definido como um conjunto de dois ou mais computadores interligados por meio de um canal de comunicação sustentado por hardware e software específicos. A rede pode ser local (LAN) ou de longa distância (WAN). COMPONENTES BÁSICOS DE UMA LAN: As redes são compostas por onze elementos básicos: 5 8 7 3 3 4 6 6 9 1 2 10 11 1 - ESTAÇÕES: Qualquer microcomputador que seja ligado a rede. As estações de rede também recebem as seguintes denominações: Cliente, Nó, Nodo, Ponto, Workstation (estação de trabalho) ou terminal. 2 - SERVIDOR: Qualquer micro ligado a rede e que centralize as operações dos usuários desta rede. Em termos de hardware, o servidor pode ser idêntico as estações embora, geralmente, devido as exigências de servir as estações acabe tendo um hardware mais poderoso. 3 - PLACA DE REDE: É o dispositivo que permite aos micros (estações e servidores) acessarem o meio de transmissão da rede (canal de comunicação), geralmente um cabo. 4 - MEIO DE TRANSMISSÃO: É o canal de comunicação por onde circulam os dados através da rede. Normalmente é um cabo especial, mas também pode ser um canal de rádio, luz, etc. 5 - CONECTOR: Interface física entre o cabo e as placas de rede, hubs e tomadas. Cada cabo tem seu próprio conector. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 5
  • 6. 6 - TOMADA: Dispositivo para engate que interliga o cabo da estação ao cabo que segue até o hub. Seu objetivo é flexibilizar a mudança de posição do micro. Se este for removido para uma distância maior da tomada, basta confeccionar um pequeno cabo de interligação, sem ter de se mexer no cabo principal que vai do hub a tomada que pode ter sido passado por dutos, forros, etc. 7 - HUB: Concentrador da fiação da rede. É o coração da rede. Seu uso é obrigatório para que seja possível o emprego dos cabos trançados, os mais utilizados na atualidade. 8 - SINAL DE REDE: É o sinal elétrico digital do micro especialmente codificado de forma a passar pelo meio de transmissão com um mínimo de atenuação. 9 - PACOTES: Forma pela qual os dados trafegam na rede. Todos os arquivos, mensagens ou dados transmitidos que ultrapassarem um certo tamanho (1516 bytes no caso do Ethernet) tem de ser fragmentados em pacotes para fluirem pela rede. Com isto a velocidade global da rede fica maior pois enquanto uma estação monta um pacote uma outra pode transmitir um pacote já montado. Outra vantagem deste processo, é que a verificação e correção de erros fica mais fácil. 10 - SOR: Sistema Operacional de Rede. Poderoso sistema operacional que roda em um ou mais micros servidores e que sustenta a rede. Exemplos: Novell Netware, Windows NT, etc. 11 - SO: Sistema Operacional Cliente. Sistema operacional comum que roda nas estações. Ex: DOS ,Windows 3.11, Windows 95, Netware, Windows NT etc. COMPONENTES BÁSICOS DE UMA WAN: Canal de comunicação Roteado Roteado Lan Lan Lan: Rede que se interliga a outra. Rotador: Equipamento capaz de interligar redes distintas enviando os pacotes de dados através de rotas (caminhos). Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 6
  • 7. Canal de Comunicação: Cirtcuito por onde trafegam os dados. Geralmente é uma LP (Linha Privativa) mas pode ser um link de rário, cabo ótico ou satélite. FACILIDADES DE UMA REDE: -Troca rápida e eficiente de dados -Troca de Mensagens -Compartilhamento de periféricos -Compartilhamento de programas -Compartilhamento de acessos ESTAÇÕES A estação mais comum é um micro do tipo IBM-PC com uma placa de rede padrão Ethernet empregando um Windows 95 configurado para operar em rede ou com um módulo especial fornecido pelo fabricante da rede. Outros micros tais como Macintosh também podem ser conectados como estações de rede. SERVIDORES Uma rede pode ter um ou mais servidores, conforme as necessidades. O usual é criar mais servidores para distribuir o processamento de rede de forma a melhorar o desempenho de um servidor que esteja sobrecarregado. Desta forma podemos ter: § Servidor de Arquivos: Armazena arquivos e programas para os clientes. § Servidor de Aplicação: Armazena um aplicativo específico. § Servidor de Impressão: Gerenciam a impressão em rede. § Servidor de Comunicação: Disponibiliza canais de dados para a rede. § Servidor de Fax: Disponibiliza placas modem/fax para as estações clientes. § Servidor de CD-ROM: Disponibiliza CD-ROMs para as estações clientes. § Servidor Web: Disponibiliza uma intranet para a Rede Grande porte Risc Superservidor Vários Servidores Servido r Único Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 7
  • 8. Um único microcomputador pode incorporar as funções de servidor de arquivos, de impressão, de comunicação, etc. Obviamente seu desempenho será proporcionalmente reduzido. Na prática, redes pequenas que não tenham uma demanda de serviços muito grande empregam um único servidor que opera como servidor de arquivos, de impressão, etc. Não é obrigatório o uso de micros para atuarem como servidores de impressora, comunicação, etc, pois existem dispositivos apropriados que podem ser conectados a rede com estas mesmas funções. Crescimento da Rede: A medida que a rede cresce, mais servidores vão sendo acrescentados. Em certo ponto é inevitável o emprego de superservidores, ou seja, máquinas Pentium multiprocessadas ou Computadores Risc cuja capacidade de processamento e velocidade são muito superiores as de um micro comum. Por fim redes milhares de usuários poderão usar mainframes (computadores de grande porte). A figura apresentada a seguir mostra os componentes de um típico servidor de rede. CD-ROM DUAS PLACAS DE REDE ETHERNET CPU PENTIUM 200 MHZ MEMÓRIA RAM COM 64 MBYTES UNIDADE DE FITA DISCO RÍGIDO DAT PARA BACK-UP SCSI DE 10 GBYTES VELOCIDADE DE OPERAÇÃO Atualmente podemos classificar as redes em: § Baixa velocidade: 10 Mbps § Alta velocidade: 100 Mbps § Velocidade Super Alta: 1000 Mbps TAMANHO DA REDE Para fins didáticos, vamos classificar as redes conforme a realidade brasileria em: § Redes Pequenas: de 2 a 25 computadores § Redes Médias: de 26 a 100 computadores Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 8
  • 9. § Redes Grandes: Mais de 100 computadores Segundo a Novell, em 1997 uma rede local no Brasil tem em média 22 estações. PONTOS SERVIDORES ADMIN GERENCIAM. SIST. ADMINIST. PEQUENA 02 - 25 1 0 Não precisa Não precisa MÉDIA 26 - 250 +1 1 Pode usar Pode usar GRANDE + 250 Vários +1 Indispensável Pode usar TRÁFEGO É o volume da dados que flui pela rede. Pode ser pequeno e rápido ou grande e congestionado, conforme o tamanho da rede e os recursos de hardware da mesma. Em princípio, quanto maior a rede maior é o tráfego. BANDA Canais digitais empregam sinalização banda base. A transmissão se faz por meio de pacotes que ocupam banda de frequência do canal. Canais analógicos empregam sinalização analógica que pode ocupar apenas parte da banda do canal permitindo assim a multiplexação (divisão da banda em vários canais simultâneos). Transmissão Banda Base Voz Dados Video Voz Dados Transmissão Banda Larga Video ACESSO REMOTO O acesso remoto (a distância) é feito através de um micro dotado de um modem. Ao serem carregados os drives de rede um módulo para modem é usado no lugar do módulo para placa de rede. Em seguida um programa de comunicação disca pela linha telefônica convencional e estabelece a conexão com a rede local. Acessando o servidor remoto faz-se o logon e uma seção é aberta no servidor. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 9
  • 10. ORGÃOS DE NORMATIZAÇÃO Existem diversos organismos, a maioria nos EUA, que trabalham para estabelecer padrões técnicos para cabos, equipamentos e protocolos de rede. Dentre eles podemos destacar: § ANSI: American National Standarts Institute: Padroniza especificações já existentes. § EIA: Electronic Industries Assossiation: Cria padrões para produtos eletrônicos. § IEEE: Institute of Electrical and Electronic Engineers: Cria padrões para protocolos. § ISO: International Standarts Organization: Cria diversos padrões para redes § ITU: International Telecommunications Union: Cria padrões para telecomunicações § UL: Underwriters Laboratóries: Cria e confere padrões TOPOLOGIAS DE REDE Topologia é a forma pela qual uma rede se distribui quanto ao traçado do sistema de cabeamento ou outros canais de comunicação. Existem inúmeros modelos teóricos ou experimentais de topologia. Na prática, pode-se encontrar no mercado redes com topologia Barra, Estrela e Anel. A topologia Barra é implementada com cabos coaxiais; a Estrela com cabos trançados e a Anel com cabos Óticos. BARRA ESTRELA MISTA ANEL Ao definirmos qual será a topologia física a ser implementada praticamente estará definido qual será o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa. ABRANGÊNCIA DAS REDES As redes podem ser classificadas pela sua abrangência, ou seja, a área espacial ou geográfica em que elas se localizam fisicamente. Assim temos a Lan, a Man e a Wan. LAN (Local Area Network): É uma rede local circunscrita numa área ou espaço geográfico, bem limitado, pôr exemplo: Um prédio ou um conjunto de prédios. A interligação das máquinas se faz normalmente por meio de cabos, a menos que o número de máquinas seja tão grande que seja preciso utilizar-se bridges e routers. Mesmo estes porém, também se interligam por meio de cabos. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 10
  • 11. CAN (Campus Area Network): Rede campus é a que se distribui por um campus universitário ou planta industrial numa área com aproximadamente 5 Km de ráio. MAN (Metropolitam Área Network): É um conjunto de duas ou mais redes locais que se distribuem por uma área ou espaço geográfico amplo, que pode englobar toda uma cidade ou grupo de cidades (região metropolitana). O uso de bridges e routers é obrigatório e sua interligação se faz pôr canais tais como Lps, rádio, satélite ou ainda pôr fibra ótica. WAN (Wide Area Network): É um conjunto de várias redes locais que se distribuem pôr uma área ou espaço geográfico irrestrito, que pode englobar vários estados ou vários países. A interligação tal como na MAN se faz por meio de bridges e routers, porém estes devem ser cuidadosamente dimensionados prevendo-se por exemplo o fluxo de dados, rotas alternativas, suporte a múltiplos protocolos, etc. HIERARQUIA DE REDES Existem basicamente dois tipos de arquiteturas de redes locais de computadores: Peer-to- peer e Client/Server. REDES NÃO HIERÁRQUICAS: Estas redes caracterizam-se pelo fato de todos os micros serem clientes e servidores uns dos outros. Não existe servidor de rede dedicado, ou seja, um micro que centralize as operações da rede. O processamento, armazenamento e a utilização de periféricos é feito de forma distribuída. Todas as máquinas interligadas compõem um grupo de trabalho ou Workgroup. O Workgroup é uma maneira de se organizar este tipo de rede de forma a facilitar a procura e a utilização dos recursos compartilhados, tais como impressoras, modems, etc. O custo destas redes é relativamente baixo, no entanto, sua eficiência, devido a ausência de um servidor central é baixa e cai rapidamente com o aumento do número de estações. Exemplos de redes peer-to-peer: Lantastic, Personal Netware, Windows For Workgroups e Windows 95. REDES HIERÁRQUICAS: Nessa redes, a maior parte do processamento é feito por um servidor que centraliza os arquivos e gerencia a rede. Às estações cabe uma pequena parcela do processamento. Esta arquitetura permite a utilização de softwares comuns, mas para tirar o máximo proveito desta arquitetura eles podem obedecer a filosofia Cliente- Servidor, onde, no servidor roda um módulo do software chamado back-end, que é responsável pelo grosso do processamento e nas estações rodam módulos do software que nada mais são do que interfaces para os usuários, chamados de front-end. Nesta arquitetura as estações podem ser micros mais simples e o servidor deve ser, obrigatoriamente, uma máquina bem mais poderosa. Exemplos de redes client-server: Netware 3.12, Netware 4.1, Windows NT Server. AMBIENTE As redes podem ser classificadas pelo fato de seu ambiente ser homogêneo ou heterogêneo. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 11
  • 12. Redes Homogêneas: São aquelas que utilizam um mesmo sistema operacional e, portanto, um mesmo conjunto de protocolos de rede, tal como por exemplo a dupla Netware e Ethernet. Todas as pequenas redes são homogêneas. Redes Heterogêneas: São aquelas que utilizam mais de um sistema operacional e portanto protocolos de rede diferentes. As grandes redes frequentemente são heterogêneas. Com isto, é necessário empregar-se conversores de protocolo para permitir sua interligação, dentre outros procedimentos visando uma plena compatibilização. Estas redes são portanto bem mais complexas do que as redes homogêneas. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 12
  • 13. 3. Cabeamento As redes locais tem de se interligar por meio de um canal de comunicação por onde circularão os dados sob a forma de sinais elétricos. O canal de comunicação mais comum é algum tipo de cabo condutor, outros canais, eventualmente, podem ser utilizados, tais como rádio, microondas, infravermelho, luz (cabo ótico) e laser. COAXIAL CABOS TRANÇADO ÓTICO CABOS COAXIAIS Primeiro tipo de cabeamento empregado. Atualmente seu uso está restrito a backbones ou em redes de até cinco estações ou a interligação de equipamentos. O cabo coaxial é formado por um condutor elétrico central e por uma malha composta por fios de aço que serve como "terra" do sinal, ou seja, é o retorno para o sinal elétrico. A malha, que se interliga a carcaça dos conectores deve ser aterrada para eliminar eventuais diferenças de potencial elétrico entre os micros e para proporcionar um isolamento elétrico contra interferências eletromagnéticas sobre o condutor. Entre o condutor central e a malha existe uma ou mais camadas de plástico isolante e, externamente ao conjunto, uma camada de isolamento plástico na cor preta, amarela ou vermelha. REVESTIMENTO ISOLANTE CONDUTOR MALHA CENTRAL O padrão Ethernet emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de 10Base2 e 10base5. O 10Base2 é usado para interligar as estações e o servidor entre sí. O cabo 10Base5, mais grosso, era usado para interligar segmentos de rede através de transceivers, já estando fora de uso. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 13
  • 14. O cabo 10Base2 também é conhecido por: BNC, RG58A/U ou simplesmente RG58, Thin Ethernet, Cheapernet, Cabo Coaxial Fino, etc. O cabo 10Base5 também é conhecido por Thick Ethernet, Cabo Coaxial Grosso ou Yellow Cable. Terminação: Uma rede formada por cabos coaxiais em topologia barra deve, obrigatoriamente, ter dois terminadores BNC de 50 ohms em suas extremidades de forma a fechar o circuito elétrico formado pelo conjunto condutor/malha, caso contrário, com o circuito aberto, os sinais elétricos não fluirão. Terminadores Impedância: resistência elétrica do cabo a passagem dos sinais elétricos digitais provenientes das placas de rede. Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem uma impedância de 50 ohms, de forma que os conectores empregados neste cabo devem ter o mesmo valor. Caso haja diferenças significativas nestes valores, por exemplo, da ordem de 20%, as estações não conseguem se comunicar devido a degradação dos sinais elétricos transmitidos. Como existem cabos e conectores com outras impedâncias, deve-se tomar cuidado para evitar-se problemas de compatibilidade. Distância Máxima: O comprimento máximo do cabo é por norma do IEEE 185 metros para o cabo coaxial fino e 500 metros para o cabo coaxial grosso. Distancia Mínima: Recomenda-se para os cabos coaxiais finos uma distância mínima de pelo menos 0,5 metro entre cada ponto. Número Máximo de Estações: Com relação ao número máximo de estações o IEEE recomenda um máximo de 30 estações para cada segmento de 185 metros de cabos. Se excedido este limite, os sinais elétricos podem ser distorcidos, tornando sua recuperação impossível. Para conexão de um número maior de estações deve-se empregar múltiplos segmentos de cabos partindo de várias placas de rede instaladas no servidor ou empregando-se repetidores para cabo coaxial. CABOS TRANÇADOS São cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefônicos entrelaçados dois a dois. Existem três variações deste cabo: Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 14
  • 15. § UTP (Unshielded Twisted Pair - par trançado não blindado) § FTP (Foil Unshielded Twisted Pair - par trançado foleado não blindado) § STP (Shielded Twisted Pair - par trançado blindado). A utilização de um concentrador de rede (hub) é obrigatória para se interligar os dispositivos por meio destes cabos. CABO TRANÇADO UTP Os cabos trançados são classificados por categorias, conforme a velocidade máxima dos dados que podem por eles ser transmitidos. CATEGORIAS DE CABOS TRANÇADOS Categoria 1 - Usado para transmissões de até 1 Mbps Categoria 2 - Usado para transmissões de até 4 Mbps Categoria 3 - Usado para transmissões de até 16 Mbps Categoria 4 - Usado para transmissões de até 20 Mbps Categoria 5 - Usado para transmissões de até 100 Mbps ALCANCE O alcance máximo recomendado para cada cabo depende do protocolo. Em redes Ethernet o alcance normalmente é de 100 metros. Nas extremidades do cabo são afixados conectores telefônicos com oito pinos denominados RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal conforme descrito a seguir. A tabela apesentada a seguir mostra a pinagem padrão para os padrões Ethernet e Fast- Ethernet. PINO SINAL 1 Transmissão - 2 Transmissão + 3 Recepção - 4 Não Utilizado 5 Não Utilizado 6 Recepção + 7 Não Utilizado 8 Não Utilizado Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 15
  • 16. PINO 1 TRAVA CONECTOR RJ45 CABO MONTADO LIGAÇÃO A ligação do hub a placa de rede é 1:1, ou seja: Pino 1 - Pino 1 Pino 2 - Pino 2 Pino 3 - Pino 3 Pino 6 - Pino 6 A distribuição dos cabos mais empregada é a definida pela norma EIA/TIA 568A, que estabelece o seguinte: Pino 1 Branco do Verde PAR 2 Pino 2 Verde PAR 3 PAR 4 PAR1 Pino 3 Branco do Laranja Pino 4 Azul Pino 5 Branco do Azul 1 2 3 4 5 6 7 8 Pino 6 Laranja Pino 7 Branco do Marrom Pino 8 Marrom Cabeamento Estruturado: Sistema pelo qual os cabos trançados da rede são dispostos através de Patch Panels e outros dispositivos de distribuição de cabos. O cabeamento estruturado facilita a operação, manutenção e expansão da rede. Os paineis, cabos, conectores, tomadas devem obedecer as padronizações internacionais para cabeamento estruturado EIA/TIA 568A e ISO-DIS1108. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 16
  • 17. CABOS ÓTICOS No cabo ótico, os pacotes enviados por um dispositivo de rede são convertidos em sinais luminosos por um fotodiodo (led) e são enviados pela fibra ótica do cabo até outro dispositivo de rede onde um fototransistor converte os sinais luminosos em sinais elétricos novamente. O interior do cabo é formado por dois ou mais condutores óticos (fibras) feitos de um tipo de vidro puríssimo, especialmente criado para este fim, de forma a atenuar o mínimo possível o sinal luminoso. Ao seu redor uma camada de material refletor impede a dispersão do sinal luminoso. Duas ou mais camadas de material plástico ou kevlar envolvem o conjunto proporcionando resistência ao cabo e isolamento do ambiente externo. CABO ÓTICO 62,5/125 EMPREGADO NO 10BASEF Não basta utilizar o cabo ótico para obter ganho de velocidade pois as placas e dispositivos obedecem a protocolos cujas velocidades já estão definidas. Assim, a principal aplicação dos cabos óticos se dá em ambientes hostis, com ruído eletromagnético muito elevado (em fábricas por exemplo) ou na interligação de redes localizadas em instalações prediais distintas. Como o cabo ótico não conduz eletricidade as redes ficam isoladas eletricamente, evitando assim que surtos de tensão (devido a ráios) avariem as redes. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 17
  • 18. T CABO ÓTICO T R R Existem vários tipos de cabos óticos. Para redes locais o padrão mais utilizado é o Foril (Fiber optic Inter-Repeater Link) denominado pelo IEEE como 10BaseF. Dentre os tipos mais empregados de cabos óticos, destaca-se pelo seu uso predominante o cabo 62,5/125 micrometros. 62,5 125 CONCLUSÕES A tabela apresentada a seguir mostra um resumo com os tipos de cabos e suas atuais aplicações. CABO APLICAÇÃO COAXIAL FINO Pequenas redes com até 5 pontos COAXIAL GROSSO Fora de Uso AUI Fora de Uso TRANÇADO Redes de todos os tipos TRANÇADO BLINDADO Redes Token-Ring da IBM ÓTICO Ambientes ostis ou longa distância Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 18
  • 19. 4. Protocolos de Comunicação Protocolo é um “conjunto de regras que regem a interação entre dois ou mais processos”. Uma rede local normalmente emprega um conjunto de protocolos interdependentes e complementares que tem por objetivo assegurar a transmissão confiável dos dados entre os diversos pontos da rede. Alguns protocolos controlam o acesso ao meio físico, sendo implementado nas placas de rede ao passo que outros devem ser carregados nas estações e servidores para permitirem o acesso a rede. Comutação Por Pacotes: É o método empregado por todas as redes para transmitir dados. Mensagens pequenas são transmitidas intagralmente. Mensagens maiores são fragmentadas em pacotes para serem transmitidas de forma mais eficiente. ESTAÇÃO SERVIDOR Aplicativos SOR Protocolos Protocolos de Rede de Rede Placa de Placa de Rede Rede Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 19
  • 20. Modelo OSI: Arquitetura de redes dividida em sete camadas, cada qual com uma função bem específica. Camadas Aplicação Apresentação 7 Sessão 6 5 Transporte 4 Rede 3 Enlace 2 Física 1 Dados Aplicaçã Transport Header Dados Rede Header Dados Header Enlac Dados PROTOCOLOS DE ACESSO AO MEIO ETHERNET: Protocolo criado pela Xerox, padronizado posteriormente como IEEE 802.3 com algumas modificações. É o protocolo de rede mais utilizado no mundo com 120 milhões de portas instalados em fins de 1997. Seu princípio de operação é baseado numa arquitetura de difusão com detecção de colisão de pacotes denominado CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection). Este processo tem as seguintes características: Principais características do método CSMA/CD Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 20
  • 21. -Todas as placas são interligadas eletricamente entre sí -O acesso ao cabo é feito contudo por uma placa de rede de cada vez -Todas as placas possuem um endereço próprio e único -Normalmente os pacotes transmitidos são endereçados a uma única placa de rede destinatária. -Qualquer placa recebe todos os pacotes, logo, tem de filtrá-los permitindo apenas a entrada dos pacotes que estão endereçados a ela. -Pacotes especiais porém podem ser irradiados para grupos de placas (multicast) ou para todas as placas (broadcasting). -As placas monitoram a portadora no cabo com um sensor (CS) -Uma placa só pode acessar o cabo se este estiver desocupado -Um sensor de colisão (CD) monitora a ocorrência de colisões entre pacotes na rede. -Uma colisão provoca a suspenção momentânea da transmissão de todas as placas do circuito. -O aumento do comprimento dos cabos além dos limites permitidos acarreta na distorção dos sinais e em colisões. A velocidade nominal do Ethernet é 10 MBPS seja em cabos coaxiais, trançados ou óticos. FAST ETHERNET: Protocolo desenvolvido pela 3Com em associação com dezenas de empresas americanas. Seu objetivo é permitir a comunicação a taxas de até 100 MBps, mantendo contudo a plena compatibilidade com a tecnologia Ethernet de 10 MBps. Principais Características do Fast Ethernet: -Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps -Operação a 100 ou 10 Mbps -Nova codificação de dados para operar a 100 Mbps -Autonegociação da velocidade -Operação com cabos trançados (100 metros) e óticos (2000 metros) ETHERNET GIGABIT: Protocolo de alta volocidade totalmente compatível com o Ethernet e com o Fast-Ethernet porém operando a velocidades de 1 GBps (1 bilhão de bits por segundo) ou mais. Promovido pela 3Com e por uma associação de empresas. Devido ao custo elevado, os produtos Ethernet Gigabit estão sendo empregados inicialmente para interligar backbones entre switches e servidores de rede. Principais Características do Ethernet Gigabit: -Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps -Operação a 1000, 100 ou 10 Mbps -Nova codificação de dados para operar a 1000 Mbps -Autonegociação da velocidade -Operação com cabos trançados (100 metros) e diversos cabos óticos Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 21
  • 22. OUTROS PROTOCOLOS § ARCNET: Protocolo de 20 Mbps criado pela Datapoint. § ATM: Protocolo 25 à 622 MBps criado por um conjunto de empresas. § CDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI. § FDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI. § TCNS: Protocolo de 100 Mbps criado pela Thomas Conrad § TOKEN RING: Protocolo de 32 Mbps da IBM § 100VG-AnyLAN: Protocolo de 100 Mbps criado pela HP PROTOCOLOS DE TRANSPORTE E REDE Os protocolos de transporte e de redesão responsáveis pela fragmentação dos dados a serem transmitidos em pacotes, seu endereçamento e pela confirmação de recebimento dos mesmos. Existem vários protocolos criados com este mesmo fim. Em redes locais destacam-se três tipos: TCP/IP, IPX/SPX e NETBEUI. TCP/IP: (Transport Control Protocol/Internet Protocol) É o protocolo de transporte mais antigo, desenvolvido inicialmente para a ARPAnet. Possui implementação para quase todos os ambientes (Unix, Windows NT, Netware, Risc, Mainframe, etc). É o protocolo da INTERNET. A porção IP é responsável pelo endereçamento e a porção TCP é responsável pela confirmação do recebimento. IPX/SPX: Protocolo de transporte nativo do Novell Netware. A porção IPX é responsável pelo endereçamento e a porção SPX é responsável pela confirmação do recebimento. NET-BEUI: (NetBios Extended User Interface) Protocolo nativo das redes da Microsoft. Rápido mas limitado em recursos, não podendo ser roteado por Routers, apenas por bridges. Aplica-se a pequenas redes de até 200 máquinas. Dados NETBEU Header Dados IPX/SP Header Dados TCP/IP Header Dados Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 22
  • 23. Classes de endereços IP: Os endereços IP são divididos em cinco classes das quais três podem ser usadas para endereçar computadores e redes: A, B e C. Campo 8 8 8 8 Bytes Total: 32 Bits 8 8 8 8 Classe A /8 Bits 8 8 8 8 Classe B /16 Bits 8 8 8 8 Classe C /24 Bits Formato do endereço: Um endereço IP tem o seguinte formato: Ex: 193.10.38.100 Classes Número de Número de Inicia em Termina em redes hosts A 126 16.777.214 1 126 B 16.383 65.534 128 191.254.254 C 2.097.151 254 192.1.1 224.254.254 Máscara de subrede: Endereço IP especial empregado por roteadores para endereçar corretamente o tráfego de rede possibilitando a criação de subredes. A seguir relacionamos as três máscaras de uso genérico. § Classe A: 255.0.0.0 § Classe B: 255.255.0.0 § Classe C: 255.255.255.0 O endereço de máscara deve estar configurado corretamente nos roteadores assim como em todos os computadores da rede. Todos os computadores de uma rede local devem empregar a mesma máscara de subrede. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 23
  • 24. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 24
  • 25. 5. Internet e Intranet Internet é a maior rede de computadores (WAN) formada por milhares de servidores e por milhões de usuários. A Internet tem três características básicas: Protocolos e tecnologias abertas universalmente aceitas; diversidade de serviços e facilidade de navegação. Protocolos: O protocolo fundamental da Internet é o TCP/IP, responsável pelo estabelecimento das conexões básicas. Além dele, protocolos específicos são empregados conforme se deseja executar certos serviços. Servidores: Um servidor WEB ou FTP é excencialmente um programa que pode ser rodado tanto num microcomputador como num mainframe. Normalmente é necessário que este programa rode sobre um poderoso sistema operacional tal como o Unix ou o Windows NT. Serviços: Os servidores da Internet oferecem diversos serviços, dentre os quais destacam-se: § WWW: Word Wide Web. Interface gráfica para acesso a informações multimidia. § EMAIL: Eletronic Mail. Correio eletrônico para troca de mensagens. § FTP: File Transfer Protocol. Serviço para rápida transferência de arquivos. § TELNET: Serviço de acesso remoto a outros computadores. Acesso: Usuários comuns acessam a Internet através de modems (placa fax/modem) que se conectam a “Provedores de Acesso”. A partir daí os usuários empregam programas denominados browsers (navegadores) tais como Netscape e Windows Explorer para acessar os serviços. OPERADORA DE TELECOMUNICAÇÕES CANAL DE ALTÍSSIMA VELOCIDADE CANAL DE ALTA INTERNET VELOCIDADE LINHA TELEFÔNICA MODEM PROVEDOR DE ACESSO Endereçamento: Cada computador ligado a Internet tem de possuir seu próprio endereço IP. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 25
  • 26. Serviço DHCP: Serviço de empréstimo de endereços feito por servidores a computadores normais (estações) de forma a compartilhar um número limitado de endereços com um grande numero de usuários. Serviço DNS: Serviço de conversão de endereços IP (números) em nomes, mais facilmente memorizados. Redes Virtuais: A Internet pode ser empregada como canal para se interligar usuários remotos a LANs ou mesmo LANs com LANs. Tais redes são denominadas Redes Virtuais Privadas (VPN - Virtual Private Networks). Sua principal vantagem é o baixo custo da interligação via Internet Internet Lan Lan Túnel virtual Intranet e Extranet: Intranet basicamente é um servidor que disponibiliza uma série de serviços típicos da Internet para os usuários de uma rede local. O objetivo da Intranet é aumentar a produtividade das empresas através da disponibilização de serviços rápidos e confiáveis além de proporcionar uma interface mais amigável com o usuário. Extranet é a Intranet que pode ser acessada através da internet ou de outros canais de comunicação tal como linha telefônicas. SERVIDOR WEB INTRANET EXTRANET REDE LOCAL INTERNET Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 26
  • 27. 6. Hardware Para Redes Locais PLACAS DE REDE ETHERNET O mesmo que adaptador de rede ou NIC (Network Interface Controller). Dispositivo que serve de interface física, elétrica, entre o sistema operacional do micro e o cabeamento da rede. Os adaptadores de rede podem ser internos ou externos. Adaptador Externo: Foram criados para que notebooks possam se conectar as redes. Para tanto eles se conectam aos micros pela porta paralela ou pelo barramento PCMCIA. Qualquer micro pode usar um adaptador externo, bastando ter uma destas portas, porém seu custo é bem maior do que um adaptador interno. Adaptador Interno: São placas plugadas nos slots das estações. Devem ser compatíveis com o barramento da estação. Atualmente as mais comuns são para o barramento ISA (16 bits) e PCI (32 bits). Custo das Placas: Existem centenas de fabricantes de placas. As placas mais simples empregam chips comerciais e as mais sofisticadas chips e tecnologias proprietárias para otimizar a performance interna do adaptador revestindo em melhor desempenho para a rede. § Placas de Primeira Linha: R$ 120,00 (Ex: 3Com) § Placas de Segunda Linha: R$ 60,00 (Ex: SMC e ACCTON) § Placas de Terceira Linha: R$ 30,00 (Ex: Placas sem marca) Conectores: Os adaptadores Ethernet mais simples trazem apenas um conector 10Base2 ou 10BaseT. Existem modelos que tem dois ou mais conectores recebendo este último o nome de "combo" (do inglês “combined” - combinado). EEPROM PARA SALVAR A CHIP-SET CONECTOR CONFIGURAÇÃO RJ45 MEMÓRIA RAM CONECTOR BNC SOQUETE PARA PROM BARRAMENTO DE BOOT REMOTO Configurações: Atualmente configura-se o seguinte numa placa de rede: Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 27
  • 28. IRQ: Interrupt Request - Solicitação de Interrupção. É a sinalização empregada pelos periféricos para solicitar a utilização da CPU do micro. Cada periférico deve ser disposto numas da 16 IRQs do PC. Ex: IRQ 2, 3, 4, 5, etc. I/O PORT: O mesmo que I/O. É o canal de comunicação para transferência de dados entre a CPU do micro e a placa de rede. Ex: 300, 320, 340, 360, etc. Plug and Play (PnP): Placas de rede mais novas podem ser configuradas para operação Plug and Play, para que o Windows 95 detecte e configure a placa automaticamente sem intervenção do usuário. Jumper Less: Os adaptadores mais antigos eram configurados por meio de estrapes, ao passo que os mais novos, denominados jumper-less são configurados por meio de um programa em disquete que acompanha o adaptador. Prom de Boot: Para ser feito um boot (inicialização) remoto (a partir do servidor) numa estação (normalmente diskless), é preciso que uma PROM de boot seja inserida num soquete que vem no adaptador e ser habilitada através dos estrapes ou software. Este chip contêm instruções que fazem o adaptador buscar no servidor por um arquivo especial de inicialização para estações. Tipo do Cabo: O melhor é deixar que a própria placa detecte o tipo de cabo conectado. Pode-se contudo configurar a placa para operar com um único tipo de cabo. Testes: Atualmente todas as placas de rede trazem em seus disquetes de configuração dois tipos de testes: Teste Interno da placa e Teste em Rede. O primeiro indica se a placa está funcionando bem e se existem conflitos de configuração. O teste em rede permite testar completamente as placas envolvidas, os cabos e os hubs. Placas Novell: No ínício de suas atividades, a Novell confeccionou junto com a Eagle três adaptadores que se tornaram padrão do mercado por terem sido especialmente criados para o ambiente Netware: NE1000, NE2000 e NE3200 para barramentos de 8, 16 e 32 bits respectivamente. A maioria dos fabricantes asseguram plena compatibilidade de seus adaptadores com estes padrões. Drives ODI (Open Data Interface): Drive criado pela Novell para permitir que o Netware opere com vários protocolos simultâneamente. Drives NDIS: Drives criados pela Microsoft para permitir que as redes baseadas em Windows operem com vários protocolos simultâneamente. Placas Sem Cabos: Placas de rede não padronizadas que utilizam ondas de rádio para se interconectarem. Seu custo elevado jamais permitiu sua disseminação. HUBs ETHERNET O Hub é um concentrador de rede local. Ele permite a distribuição estruturada de cabeamentos, proporcionando um melhor gerenciamento e monitoração da rede. Permite a implementação da topologia física estrela. Os primeiros hubs eram passivos, ou seja, não Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 28
  • 29. regeneravam o sinal de rede. Atualmente, todos os hubs são ativos, ou seja, regeneram o sinal de rede enviado pelas placas de rede, atuando portanto como um repetidor. Arquitetura do hub: O hub funciona com um barramento interno comum a todas as portas. Tipos de Hubs: Existem três tipos de hubs: Mesa, Minihubs e Hubs de Chassis. Hub Mesa: Pode ser de baixo custo ou gerenciável. Pode ser usado num gabinete padrão (19 polegadas). Mini-Hub: Hub de baixo custo para pequenas redes. Hubs de Chassis: Sistema de hubs com gabinete próprio para redes que exijam um grande número de portas. Estes sistemas dispõe de inúmeras facilidades tais como gerenciamento, fonte redundantes, etc. Portas: Existem hubs de 4 à 48 portas 10BaseT. Cada porta 10BaseT dispõem de um conector RJ45 fêmea. No painel traseiro existe normalmente uma porta BNC e uma porta AUI interligadas as portas 10BaseT que podem ser usadas para ligação de backbones, transceivers ou servidores. Alcance: O alcance do cabo entre o hub Ethernet e a estação é de 100 metros. Para maiores alcances deve-se empregar a ligação em cascata de hubs ou uso de repetidores apropriados. Ligação em Cascata: É a interligação dos hubs através das portas 10BaseT a fim de aumentar o alcance físico dos cabos da rede. O cabo de interligação pode ser normal (1:1) ou cruzado (crossover). Neste último caso uma porta 10BaseT, geralmente a primeira ou a última, pode ser designada para esta ligação dispondo de uma chave onde se opta por uma ligação direta, convencional (hub a estação) ou uma ligação cruzada (hub a hub). Todos os fabricantes oferecem a possibilidade de se interligar pelo menos 4 hubs em cascata. Consulte o manual do fabricante para saber o número máximo de repetições e o tipo de cabo necessário. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 29
  • 30. Empilhamento: É a interligação de dois ou mais hubs através de uma cabo especial preso no painel traseiro de forma que os recursos de gerenciamento de um único hub sejam extendidos aos demais. O número de hubs numa pilha normalmente chega a pelo menos quatro unidades. LIGA DES LIGA DES Hubs Gerenciáveis: Hubs dotados de um módulo capaz de coletar dados estatísticos sobre a atividade das portas e de gerenciar as mesmas. Este módulo é formado por um firmware (Hardware e software) que envia os dados coletados empacotados no formato TCP/IP para uma estação da rede dotada de um programa de gerenciamento. Existem atualmente três sistemas de gerenciamento: SNMP: Simple Network Management Protocol. É o padrão do mercado embora seus recursos de gerenciamento sejam limitados. CMIP: Protocolo de gerenciamento tardiamente padronizado pela ITU que por isso mesmo praticamente inexiste no mercado. Possui uma estrutura bem mais robusta e poderosa que o SNMP. RMON: Remote Monitoring. É o mais novo dos três e por isto mesmo ainda muito raro. Existem duas implementações RMON e RMON2. O RMON permite coletar dados e gerenciar a rede até a camada de enlace. O RMON2 permite monitorar e gerenciar toda a pilha de protocolos OSI, carecendo contudo da utilização de um módulo de gerenciamento (probe) a parte. Apesar de qualquer dispositivo de rede poder ser dotado de um módulo de gerenciamento, o mais comum é encontrar apenas hubs gerenciáveis. O acréscimo do módulo de gerenciamento obviamente encarece o custo final do produto. Hubs de baixo custo não permitem o gerenciamento. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 30
  • 31. PILHA DE HUBS HUB COM MÓDULO HUB COMUM OU GERENCIÁVEL HUB GERENCIÁVEL HUB GERENCIÁVEL HUB GER.. ESTATÍSTICAS DA PORTA TELA DO PROGRAMA MICRO GERENCIADOR HUBs e PLACAS FAST ETHERNET São identicos ao Ethernet porém operam a 100 Mbps. Podem verificar automaticamente se a placa de rede ou outro hub é Ethernet ou Fast Ethernet e se configurar para operar na velocidade de 10 ou 100 MBPS, conforme o caso (autodetecção). No caso dos hubs, o número de repetições é limitado a 2. As demais características são as mesmas dos Hubs Ethernet. As placas Fast Ethernet comumente trazem dois ou três leds para mostrarem a conexão e se a velocidade de operação esta em 10 ou 100 MBPS. SWITCHE Equipamento fisicamente semelhante ao Hub mas com um funcionamento interno diferente. Ao contrário do hub que distribui o tráfego de uma porta para todas as demais, o switche faz uma comutação interna e “interliga” as duas portas, origem e destino, envolvidas em uma comunicação. Como as demais portas ficam disponíveis, várias comutações podem ser feitas simultâneamente, agilizando a comunicação. Para descobrir quem são e onde estão as estações, o switche monitora cada uma de suas portas, montando tabelas onde todos os dispositivos conectados são relacionados. Para operar a alta velocidade, o switche emprega componentes ultra-velozes o que eleva bastante seu custo. Existem switches para redes Ethernet, Fast-Ethernet, Token-Ring e ATM. A capacidade de um switche poder ser verificada pelo número de pacotes processados por minuto, que atualmente podem chegar a casa de centenas de milhares. Se mal configurado, o emprego do switche pode piorar o desempenho de uma rede ao contrário de melhorá-lo. Workgroup Switche: Switche mais simples, com capacidade de processamento menor e sem portas especializadas. Seu objetivo é substituir o hub. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 31
  • 32. Switche Corporativo: Switche com alta capacidade de processamento e dotado de portas especializadas. Estas portas podem ser usadas para conexão de servidores, hubs e outros switches. Os switches corporativos dispõem de diversos recursos para aumentar a performance: § Portas full-duplex § Portas de 100 Mbps (no caso do switche de 10 Mbps) § Portas ATM § Portas Gigabit § Trucking: Recurso de agregar portas para obter velocidades maiores § Bridgind: Recurso de separar as redes por meio de bridges § Routing: Recuros de separar as redes por meio de routers REPEATER O Repeater (repetidor) é um equipamento usado para retransmitir o sinal da rede local, a nível físico, aumentando sua área de abrangência. Geralmente o termo se aplica a repetidores para cabos coaxiais. O número máximo de segmentos que podem ser interligados com repeaters em redes Ethernet é quatro. TRANSCEIVER O Transceiver (Transceptor) é um dispositivo que converte uma porta de rede de um tipo para outro, por exemplo, Ethernet trançado para AUI. Pode ser interno, vindo embutido em outros dispositivos, tais como num um adaptador de rede ou externo. Também denominado por MAU (Media Atachmment Unit). Os transceptores externos se conectam aos Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 32
  • 33. adaptadores de rede através de cabos e conectores AUI. Normalmente, os transceivers são oferecidos com uma porta AUI e outra a se escolher. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 33
  • 34. CONVERSOR DE MÍDIA Análogo ao transceiver, converte um tipo de cabo em outro. Possui fonte de alimentação própria. BRIDGE A Bridge (Ponte) é um dispositivo que permite a interconexão de duas ou mais redes locais. Existem dois tipos de bridges: locais e remotas. As bridges locais aplicam-se na interligação de redes separadas por pequena distância. As bridges remotas são utilizadas para interconectar redes locais a longa distância através de modems de alta velocidade. A bridge lê os pacotes que estão trafegando nas redes, verificando os endereços das estações de origem e destino e, através da comparação dos mesmos com os dados contidos em uma tabela que ela mesma monta, transmite ou não o pacote para a outra rede. Sua atuação é portanto análoga a de um filtro podendo assim ser usada para segmentar-se uma rede com muito tráfego. A bridge pode conectar duas redes cabos distintos tais como cabo coaxial e par trançado. Cada bridge tem capacidade de analisar e decidir sobre um número limitado de pacotes por unidade de tempo. Assim sendo, quanto maior for o tráfego esperado entre as redes, maior deverá ser a capacidade de processamento de pacotes da bridge. A bridge é mais complexa que o repeater e mais simples que o router. A B C D TRAFEGO LOCAL BRIDGE REDE A REDE B TRAFEGO A 1 INTER-REDES B 2 C 3 1 2 3 4 D 4 BRIDGE TRAFEGO LOCAL ROUTER O Router (Roteador) é um dispositivo inteligente utilizado para interconectar várias redes, aumentando seu o alcance físico ou para se fragmentar o sistema em várias sub-redes aumentando-se sua disponibilidade geral. Emprega uma tecnologia complementar a das Bridges, usando os endereços IP dos pacotes de dados para localizar a rede destinatária. Em seguida, determina a melhor maneira de enviar os pacotes consultando suas tabelas internas. O router examina, filtra e deixar passar o tráfego de uma rede para outra, Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 34
  • 35. escolhendo a melhor rota e otimizando a comunicação, utilizando sofisticados mecanismos de segurança. Os roteadores mais simples são baseados no Sistema Operacional de Rede. Neste caso, num mesmo servidor da rede, é instalado o software de roteamento e dois (ou mais) adaptadores de rede. O roteador transferirá as mensagens de um adaptador para outro. Com isto, duas redes, de tecnologias diferentes (Ethernet e Token Ring por exemplo) podem ser interligadas com transparência para os usuários. Os modelos mais simples operam com um único protocolo de transporte (IPX/SPX ou TCP/IP). Os modelos mais sofisticados são externos e empregam diversas tecnologias, a maior parte proprietárias, de forma a otimizar o desempenho, estabelecer rotas, etc. Rede 1 R Rede 2 R Rede 3 R Rede 4 H H Salt GATEWAY Gateway (Comporta) é um dispositivo utilizado para converter o protocolo de comunicação de um sistema para outro permitindo a interconexão de redes com arquiteturas completamente diferentes. Podem operar em servidores dedicados ou não conforme a necessidade do processamento necessário. Geralmente sua capacidade de processar pacotes é inferior a das Brigdes e Routers. MAINFRAME REDE LOCAL Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 35
  • 36. 7. Sistemas Operacionais Como foi abordado anteriormente, o sistema opracional é o software básico do computador. Dele dependem todos os demais programas. Existem dois tipos de sistemas com relação a redes: SO: Sistema operacional ou sistema operacional cliente, instalado nas estações § MS-DOS § Windows 3.1/3.11 § Windows 95/98 § Windows NT Workstation § OS8 (Aplle Macintosh) § OS2 SOR: Sistema operacional de rede, instalado nos servidores § Windows NT § Netware § Unix ELEMENTOS COMUNS AOS SISTEMAS OPERACIONAIS EM REDE Usuários: São as pessoas que utilizam recursos da rede Logon: Operação de conexão do micro com a rede Logoff: Operação de desconexão do micro com a rede Senha: Código empregado para restringir o acesso a rede Nome do Micro: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede. Workgroup: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede. Diretório Compartilhado: Um diretório de um micro disponibilizado para a rede. Impressora Compartilhada: Uma impressora ligada a um micro disponibilizada para a rede. Mapeamento: Drives lógicos criados para possibilitar a navegação na rede. Controle de Acesso: Barreiras ou limites impostos aos usuários por motivo de segurança. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 36
  • 37. Grupos: Associação de usuários em grupos de afinidade de forma a facilitar o gerenciamento. Política de Contas: Restrições aos acessos dos usuários, estabelecidas pelo gerente da rede em função das conveniências da mesma. Serviço de Diretórios: Sistema pelo qual uma rede de múltiplos servidores é acessada como um todo pelos usuários. O serviço de diretórios permite logon único na rede e uma grande flexibilidade para que os usuários acessem todos os recursos disponíveis independentemente do local da rede de onde é feito o logon. O serviço de diretórios do Netware chama-se NDS (Novell Directory Services). O serviço de diretórios do NT será implementado na versão 5.0. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 37
  • 38. 8. Windows 9x LAN MANAGER O Primeiro SOR da Microsoft. Não obteve sucesso e foi descontinuado em 1993. WINDOWS FOR WORKGROUPS Também denominado de Windows 3.11 ou simplesmente WFW. Trata-se de uma atualização do Windows lançada em 1993, na qual foram acrescentadas recursos de rede peer-to-peer. WINDOWS 95 O Windows 95 é uma evolução do WFW possuindo os mesmos recursos e facilidades de rede peer-to-peer deste. A principal diferença entre ambos reside na interface gráfica. O Windows 95 é uma evolução da dupla DOS+Windows. Parte do código foi substituída por um kernel de 32 bits e parte foi mantida no antigo código de 16 bits, de forma que o Windows 95 é um sistema híbrido. Traz consigo recursos de rede peer-to-peer equivalentes ao Windows For Workgroups, baseados nos comandos NET, do DOS. Por ser constituido pelo DOS, o 95 pode sofrer instabilidades na medida que muitos acessos sejam feitos simultâneamente a um mesmo micro. Uma rede peer-to-peer baseada no 95 também tende a ficar lenta na medida que muitos micros são conectados a rede. WINDOWS 98 Atualização do Windows 95, traz o Internet Explorer incorporado, interface gráfica mais rápida e novos recursos avançados para redes tal como protocolos PPTP, gerenciamento SNMP e novos drives de 32 bits. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FO WINDOWS 9x n Interface gráfica n Suporte a conectividade incorporado n Suporte a dispositivos Plug and Play n Interação com protocolos e formatos da Internet n Navegador Web (Windows Explorer) incorporado ARQUITETURA A figura a segui apresnta a arquitetura do Windows 9x. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 38
  • 39. Aplicativos Ferramentas de Interface com o Usuário Shell de 32 bits Registry Núcleo do Windows 95 Virtual IFS Configuration Machine Installable File Manager Manager System Manager Drivers de Dispositivo Hardware REGISTRO As configurações de rede no Windows 95 são gravadas Numa área codificada chamada Registro. O acesso ao registro é feito através do programa Regedit.exe. PLUG AND PLAY O Windows 95 atualmente é o único sistema operacional para PC a suportar este modo de operação, sob o qual placas que obedecem as especificações Plug and Play podem ser automaticamente detectadas e configuradas pelo Windows 95, facilitando assim o trabalho de instalação ou troca destas placas. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE DE REDE 1 – Acessar o item Iniciar - Configurações - Painel de Controle – Rede. 2 – Adicionar um adaptador sececionando da lista do Windows 95 ou empregando-se o drive que vem no disquete da placa. 3- Marcar os Itens Copartilhamento de Arquivos e Compartilhamentto de impressoras. 4 – Selecionar a opção Logon Principal da Rede – Cliente para Redes Microsoft. 5 – Se for usar protocolo TCP/IP selecione-o em Adicionar Protocolo – Microsoft – TCP/IP. Depois configure o endereçamento e a máscara de subrede clicando em TCP/IP - propriedades. Os demais protocolos não precisam de configuração. 6 – Clique na placa de rede e configure a IRQ e o I/O. se ela estiver configurada para Plug and Play, provavelmente o Windows vai detecta-la automaticamente e não será preciso fazer esta configuração. 7 – Clique em identificação e registre o nome do usuário e do grupo de trabalho. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 39
  • 40. 8 – Reinicie o Windows para validar as novas configurações. LOGON e LOGOFF Logon é a conexão do usuário a rede. O Windows 95 configurado para operar em rede exibe uma tela de logon ao ser inicializado. Nesta tela deve ser escrito o nome do usuário e sua senha. A opção cancelar permite rodar o 95 mas fora da rede. Logoff é a desconexão da rede. Para encerrar a sessão e desconectar, deve-se teclar em Iniciar – Desligar – Encerrar Todos os Programas e Efetuar Logon com Nome Diferente. AMBIENTE DE REDE No ícone ambiente de rede, disponível na área principal, pode-se visualizar os computadores conectados a rede. A atualização desta tela pode ser feita pressionando-se a tecla F5. As mesmas informações podem ser visualizadas no ambiente de rede do Windows Explorer. WINDOWS EXPLORER Além de permitir a manipulação convencional dos arquivos e pastas existentes no disco rígido, o Windows Explorer permite ainda o compartilhamento de pastas do disco rígido e mapeamento de pastas de outros micros ligados a rede. Para compartilhar pastas: Clique com o botão direito do mouse na pasta desejada e selecione compartilhar. Para mapear a pasta de outro micro: Clique com o botão esquerdo do mouse em ambiente de rede e em seguida no micro desejado até que ele apresente suas pastas Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 40
  • 41. compartilhadas. Em seguida clique com o botão direito do mouse na pasta desejada e selecione mapear unidade de rede. Use a tecla F5 para atualizar o ambiente de rede do Explorer. Para copiar arquivos e programas de um micro para outro, basta selecionar os arquivos desejados com o muse e usar o recurso Arrastar e Soltar. SENHAS Em painel de controle – senhas pode-se modificar a senha de um usuário, habilitar-se o gerenciamento remoto e estabelecer um perfil de usuário. UTILITÁRIOS O Windows 95 possui alguns utilitários que podem ser empregados em rede. Alguns recursos só estão disponíveis na versão OSR-2 ou são disponibilizadas ao se instalar o protocolo TCP/IP. Winpopup: Permite enviar e receber mensagens em rede Winipcfg: Exibe o endereço IP empregado pelo micro Ping: Permite verificar a presença de outros hosts na rede INFORMAÇÕES DE AJUDA Em caso de dúvidas, consulte o Help do Windows para verificar como instalar e configurar as opções de rede, propondo inclusive vários procedimentos úteis de verificação. IMPRESSÃO EM REDE Para adcionar um impressora basta clicar em Meu Computador – Impressoras – Adcionar Impressoras. Se a impressora estiver na Rede, selecione esta opção e clique em Localizar para encontrar as impressoras disponíveis nas rede. AUMENTANDO O DESEMPENHO Para tornar o Windows 95 mais rápido na rede selecione em Painel de Controle – Sistema – Desempenho – Sistema de Arquivos o item Servidor de Rede. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 41
  • 42. 9. Windows NT O Windows NT foi lançado em 1993, sendo comercializado em duas versões: Workstation e Server. O NT Workstation, foi criado para ser empregado em estações de trabalho poderosas, podendo ainda constituir redes peer-to-peer de até 10 usuários. O NT Server foi criado para ser um servidor de rede possibilitando um número ilimitado de acessos. A arquitetura de ambos é basicamente a mesma, sendo que a versão Server possui módulos extras para gerenciamento da rede a nível de servidor, além de possibilitar a validação de usuários a nível de domínio. A princípio sua aceitação foi pequena devido aos poucos recursos apresentados e a sua necessidade de um hardware (CPU e RAM) muito pesado para a época. Atualmente na versão 4.0 o NT tem a mesma interface gráfica do Windows 95. O NT vem apresentando expressivo aumento de vendas e penetração no mercado. Atualmente (1997) 22% das redes são Windows NT. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS n Suporta um número ilimitado de usuários simultâneos n Multiplataforma (PC, Alfa, Risc) n Opera com Multiprocessamento n Opera com Multitarefa n Opera no Modo Cliente/Servidor n Alta capacidade de segurança n Alta confiabilidade n Suite de aplicativos n Suporta até 4 GB de memória RAM n Suporta até 16 Hexabytes de Disco Rígido n Suporta múltiplos clientes n Suporta múltiplos protocolos n Fornece conexão remota (via modem) para 256 usuários ARQUITETURA Aplicação Aplicação Aplicação OS/2 Win 32 Posix Subsistemas Subsistema Subsistema Subsistema Executive Services Gerenciadores Diversos Device Kernel Drivers Hardware Abstraction Layer (HAL) Hardware Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 42
  • 43. O NT é formado por um kernel (núcleo) de 32 bits. Entre o Kernel e o hardware um software denominado HAL (Hardware Abstraction Layer) serve de interface com o hardware e permite a portabilidade do NT para diferentes plataformas. Device drives permitem o NT acessar discos, CD-ROM e unidades de fita. Por fim módulos denominados Subsistemas permitem ao NT executar aplicativos NT, OS/2, DOS/Windows e POSIX (Unix padronizado). GERENCIAMENTO DE DISCO RÍGIDO O NT 4.0 admite partições nos formatos FAT de 16 bits (MS-DOS) e NTFS de 32 bits. Este último tem como principais características: -Autodefragmentação -Possibilidade de compressão dinâmica -Admite permissões para arquivos e pastas extras, além dos da partição FAT -Auditoria -Acesso mais rápido O mais comum e seguro é ter no disco do servidor uma pequena partição FAT com o MS- DOS para dar o Boot e conter os arquivos de sistema pois ela pode ser mais facilmente reparada em caso de avarias no disco. O restante do disco pode ser ocupado por uma ou mais partições NTFS. GERENCIAMENTO DA MEMÓRIA RAM O NT possui um sistema de gerenciamento de memória que isola os aplicativos uns dos outros na RAM de forma que um aplicativo jamais fará um Servidor NT travar. Para se instalar um servidor NT é preciso que existam 12 MBytes de memória RAM. Recomenda-se contudo um mínimo de 64 Mbytes de RAM para um servidor poder entrar em produção (operação normal). TOLERÂNCIA A FALHAS O Windows NT proporciona tolerância a falhas através de um conjunto de medidas de armazenamento redundante denominado RAID (Redundant Arrays of Inexpressive Disks), que permitem por exemplo o espelhamento de disco para proteção dos dados. INTEROPERABILIDADE O NT já vem com gateways que lhe permitem se comunicar com diversas outras redes, tais como Novell, Unix, e IBM. O NT Workstation permite a conexão remota de um usuário, via modem. O NT Server permite a conexão de até 256 usuários remotos via modem. BACK-OFFICE Suite de aplicativos básicos que vem com o Windows NT. Consiste nos seguintes produtos: § SQL Server: Banco de dados cliente/servidor § SNA Server: Gerenciador de conexões PC/Mainframes IBM. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 43
  • 44. § Exchange Server: Servidor de Email § SMS Server: Sistema Administrativo DOMÍNIO Domínio é uma base de dados que contém os nomes, senhas e direitos dos usuários, localizando-se num Windows NT Server denominado Controlador de Domínio Primário. Uma rede local só pode ter um Controlador de Domínio Primário mas pode ter vários outros servidores NT denominados Controlador de Domínio Reserva. Cada Servidor de Domínio Reserva contém uma cópia do domínio do Servidor Primário que é permanentemente atualizada. Os usuários de um domínio não podem acessar outro domínio automaticamente a menos que sejam estabelecidas relações de confiança entre os Servidores Primários. Este esquema funciona basicamente da seguinte maneira: Se o servidor A confia no servidor B, então os usuários de B podem acessar A Os usuários de A porém só acessarão B se este também confiar em A. O esquema é simples mas vai ficando progressivamente complicado conforme o número de servidores vai aumentando. INSTALAÇÃO A instalação do NT é quase totalmente automática, bastando ao administrador aceitar os passos propostos pelo software instalador. Processo de Instalação: 1 – Roda-se o programa WINNT.EXE 2 – Os arquivos do diretório I386 são descompactados no HD. 3 – Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado. 4 – O micro dá boot pelo NT a partir dos arquivos instalados. São solicitadas algumas informações básicas sobre o sistema. É criado o diretório definitivo do NT denominado WINNT. Ao término desta faze o micro deve ser reinicializado. 5 - O NT é carregado já com Interface gráfica. São solicitadas mais informações sobre como deverá ser instalado o servidor. Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado pela última vez. PARTIÇÃO DOS: FORMATO DE ARQUIVOS FAT MS-DOS DRIVES DO CD-ROM ARQUIVOS DE SISTEMA PARTIÇÃO NT: FORMATO DE ARQUIVOS NTFS ARQUIVOS DE SISTEMA ARQUIVOS DOS USUÁRIOS HD Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 44
  • 45. DESLIGAMENTO DO SERVIDOR NT O servidor NT não pode ser simplesmente desligado pois muitos processos podem estar em execução no momento com dados momentaneamente na memória RAM aguardando a gravação em disco. Antes de desligar o servidor NT é preciso portanto, obrigatoriamente, executar o comando Desligar invocando o botão respectivo ao precionarmos as teclas CTRL + ALT +DEL no console do servidor ou em Iniciar – Desligar. Com o comando Desligar, todos os processos serão encerrados, todas as conexões com usuários serão interrompidas e a RAM será liberada. ACESSO AO SERVIDOR NT Finda a instalação o servidor NT pode ser acessado pelo servidor ou por uma estação. No servidor o acesso é feito através da tela de Logon que pode ser invocada pressionando-se simultaneamente as teclas CRTL + ALT + DEL. O servidor pedirá o nome do usuário e sua senha. Se houver mais de um domínio, este também poderá ser selecionado nesta tela. Os clientes do NT serão naturalmente o Windows 3.11 e o Windows 95 devidamente configurados para operar em rede. USUÁRIOS E POLÍTICA DE CONTAS Cada usuário do NT recebe uma conta ao ser criado. A conta do usuário pode ser desabilitada ou não pelo servidor. O servidor NT pode ainda estabelecer o seguinte: n Se o usuário deve ou não usar senha n O tamanho da senha n Se a senha tem data de expiração n Se o usuário pode, ele mesmo, trocar a senha n O tamanho mínimo da senha n Se o usuário pode acessar o servidor com a senha vencida n Quais dias da semana e horários o usuário poderá acessar o servidor n Se o servidor vai monitorar tentativas de invasão n Se tentativas de invasão acarretarão bloqueio da estação e por quanto tempo. MAPEAMENTO No NT o mapeamento é feito da mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Outros servidores e estações do usuário podem ser mapeados logicamente e acessados clicando- se a letra correspondente no File manager ou clicando-se o nome do computador sob a pasta Ambiente de Rede do Windows Explorer (Windows NT 4.0 e posteriores). COMPARTILHAMENTO DE DIRETÓRIOS E IMPRESSORAS O compartilhamento dos recursos do servidor para os usuários é feito da mesma forma que no Windows 3.11 e no Windows 95. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 45
  • 46. IMPRESSÃO EM REDE Para se utilizar a impressão em rede no Servidor NT deve-se instalar a mesma no servidor da mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Pode surgir neste ponto um problema: até o momento, nem todas as impressoras tem drivers para Windows NT. Em seguida a impressora deve ser compartilhada e disponibilizada para as estações pelo gerenciador de Impressão. INSTALAÇÃO DE APLICATIVOS NO SERVIDOR NT Os programas aplicativos podem ser instalados normalmente no servidor, ou pelas estaçãoes bastando apenas especificar o caminho de instalação. Embora servidor NT possa rodar todos os palicativos nele instalados, isto não é recomendável sob pena de ocorrer significativa redução da velocidade da rede. Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 46