O documento discute os principais índices de desenvolvimento humano como o IDH, IDHAD, IDG e IPM. Apresenta dados sobre a evolução do IDH na América Latina entre os anos 1980-2011 e analisa o caso de Cuba no ranking. Também aborda desigualdades sociais e econômicas no Brasil.
2. Para aferir o avanço na qualidade de vida de
uma população é preciso ir além do puramente
econômico e considerar três dimensões básicas
do desenvolvimento humano:
1. Renda
2. saúde
3. educação
Desde 2010, novas metodologias foram
incorporadas para o cálculo do IDH, os três
pilares que constituem o IDH (saúde, educação
e renda) são mensurados da seguinte forma:
3. uma vida longa e saudável (saúde);
medida pela expectativa de vida
o acesso ao conhecimento (educação) ;
medido por:
1. média de anos de educação de adultos
2. a expectativa de anos de escolaridade para
crianças na idade de iniciar a vida escolar
3. e o padrão de vida (renda) é medido pela
Renda Nacional Bruta (RNB) per capita.
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5. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à
Desigualdade (IDHAD) ;
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) ;
Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) ;
O objetivo é complementar o IDH original, como uma
medida que não reflete as desigualdades internas.
Devido a limitações de dados, esses índices
compostos não avaliam outros fatores
considerados igualmente essenciais ao
desenvolvimento humano, tais como o
engajamento cívico, a sustentabilidade ambiental
ou a qualidade da educação e da saúde.
7. Por que Cuba se situa no quinto lugar do IDH da
América latina?
Cuba é um país ideal para se viver?
A análise do desenvolvimento humano não é
perfeita. Não mede a implantação dos direitos
humanos, nem tira pontos por manter a pena de
morte, nem valoriza o sistema democrático.
Por outro lado há que reconhecer que em Cuba a
educação e o acesso à atenção sanitária são dois
temas de interesse estatal. Estes dois aspectos têm
importante pontuação para o IDH, mas deveria
haver uma correção que contemplasse o sistema de
liberdades dos indivíduos. Cuba então cairia
muitos lugares no ranking.
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9. Se as desigualdades econômicas e sociais são muito
altas, ou se o saneamento e a educação não são boas,
esses países só são recomendáveis para as pessoas
privilegiadas com altos índices de renda.
Se, ademais, a taxa de desigualdade e de pobreza se
aplica a uma enorme quantidade da população como é
o caso do Brasil, verá que há ainda uma grande
quantidade de pessoas de que vivem ali em péssimas
condições devido a sua falta de dinheiro, ou de
formação, de estudos, etc.
Ainda que neste momento o Brasil seja um lugar de
oportunidades, especialmente para espanhóis e
portugueses de alta formação profissional. E sem
dúvida é um dos países mais interessantes para se
investir como mostra este gráfico com a evolução dos
investimentos nos mercados emergentes desde 2001 ao
2011 publicado no Wall Street Journal em 2011:
10. Os países em azul mais escuro são os que têm maior desigualdade.
11. Em junho passado ocorreu a Cúpula Rio+20 em que se comentou a
importância de promover um desenvolvimento sustentável na
América Latina.
O que significa fazer um esforço para diminuir o desmatamento,
promover energias alternativas, melhorar a saúde pública e a
educação, controlar as emissões de CO2 e prevenir as mudanças
que se produzem como consequência da mudança climática.
“O Relatório 2011 prevê que um aumento de 50 centímetros no
nível de mar durante os próximos 40 anos poderia inundar as
zonas costeiras de 31 nações da América Latina e do Caribe”.
Supõe-se que um alto crescimento, um alto desenvolvimento
econômico e industrial leva acoplada uma maior produção de
emissões de CO2. Como diz o Relatório de Desenvolvimento
Humano de 2001
“os países desenvolvidos registram emissões per capita bem mais
altas que as nações em desenvolvimento devido ao alto consumo
de energia de suas atividades, como a condução de carros, o
esfriamento ou aquecimento de lares e negócios, e o consumo de
alimentos processados e empacotados, entre outros.
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13. O Brasil está em 84° lugar no Ranking do
IDH Global 2011
Os primeiros são:
1. Noruega
2. Austrália
3. Holanda.
No Ranking do IDH dos Municípios do
Brasil 2000 os primeiros são:
1. São Caetano do Sul (SP);
2. Águas de São Pedro (SP);
3. Niterói (RJ);
4. Florianópolis (SC)
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15. Entretanto vale salientar que apesar de possuir grande
número de pessoas pobres, o Brasil não é um país pobre,
mas tem que superar um quadro de injustiça social e
desigualdade.
As desigualdades sociais estão presentes em todo o país. Há
muitas dificuldades a serem superadas nas áreas de
educação, assistência social, saúde, distribuição de renda
e emprego.
Outro aspecto a se considerar é que o estudo define como
indigentes apenas as pessoas com renda per capita inferior a
um quarto do salário mínimo, e pobre com renda acima
desse patamar, até no máximo meio salário mínimo, e estes
são valores muito baixos.
A pobreza não é relacionada somente à falta de recursos,
mas englobam diversos elementos como a desigualdade na
distribuição de renda, a vulnerabilidade, a exclusão social, a
violência, a discriminação, a ausência de dignidade, etc.
Neste sentido, a UNESCO está comprometida com a
promoção da conscientização para o fato de que a libertação
da pobreza é um direito humano fundamental.
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17. Desde 2008, quando eclodiu a crise financeira nos EUA, a
Europa começou a se sentir afetada financeiramente,
quando seus bancos apresentaram perdas de investimentos,
e atravessaram processo de falência e venda de seus títulos.
Para piorar os rumores de crise, países despreparados como
a Grécia iniciaram um processo de febre econômica por não
terem suas contas em dia antes da eclosão da crise
econômica mundial. No decorrer dos últimos anos, o
governo grego havia assumido dívidas por meio de gastos
excessivos que estavam fora dos acordos firmados com o
bloco europeu.
Perante a crise global, o déficit do país elevou-se muito
rápido e os investidores passaram a exigir altas taxas para
emprestar dinheiro para a Grécia. Além da própria, situação
parecida ocorreria na Irlanda Portugal, Espanha, Itália e
parte da estabilidade da França.
18. Esses países, principalmente entre os anos de 2010 e
2011, passaram a ter de pagar juros mais altos com seus
sistemas financeiros amarrados ao endividamento
massivo. No caso da Grécia, a crise da dívida desse
país havia iniciado no fim do ano de 2009, ocorrendo
em virtude da crise mundial e de alto endividamento
da economia grega.
A dívida da Grécia, na ocasião, havia registrado 120%
do PIB do país. A crise agravou-se pela falta de
transparência na divulgação dos valores da dívida.
Para não influenciar os demais da Zona do Euro, a
União Europeia iniciou um pacote de ajuda para a
Grécia, inserindo no país a previsão de empréstimos e
supervisão do Banco Central Europeu sobre a
economia grega.
Sobre Portugal e Espanha, Segundo os analistas
econômicos, em 2011, caso a crise agravasse, haveria
um rebaixamento das dívidas de todos os países da
Europa, a crise da Grécia atingiu todos os países da
Zona do Euro.
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20. Medidas e Reformas para efervescer a Crise
O Parlamento grego aprovou em maio medidas de
austeridade com o objetivo de economizar 4,8
bilhões de euros, que incluem congelar os salários
do setor público, aumentar os impostos, aumentar
o Valor da gasolina e a idade para a aposentadoria.
Pressão Popular, Protestos e Manifestações.
Em Atenas, a população faz protestos contra as
medidas de austeridade do governo, com algumas
manifestações violentas. Os dois maiores
sindicatos do país classificaram as medidas de
austeridade como “antipopulares” e “bárbaras”.
Essas revoltas populares fizeram o Fundo
Monetário Internacional (FMI) anunciar (dia
16/06) medidas econômicas de ajuda ao governo
de Atenas.
21. Situação da População e Problemas Econômicos
O Desemprego na Grécia atingiu 15,9% no
primeiro trimestre de 2011, num aumento de 4,2 %
no ano de 2010. Esse aumento na taxa é
concomitante à crise financeira que instaurou uma
Recessão, agravada por rigorosos planos para
reduzir o déficit nos cofres públicos. As estatísticas
mostram também que a faixa etária mais afetada
pela falta de emprego é a entre 15 e 29 anos (os
índices chegam a até 30,9%). Além disso, a
produção e o PIB estão em queda.
Greves – já em 2010 ocorreram mais de 10 greves
no país contra as medidas da trinca (FMI, BCE e
UE). Neste ano, 2011, já ocorreram 3 paralisações
apoiadas pelas centrais sindicais. O poder
legislativo analisa novas medidas, mas o governo
socialdemocrata, liderado pelo primeiro-ministro
George Papandreou, enfrenta crescentes tensões e
resistências entre os parlamentares de sua base.
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23. O Brasil que Dilma governa herda as realizações
e problemas de 25 anos de governos civis.
Os problemas se arrastam desde José Sarney que
lançou o Plano Cruzado (1986), baseado no
congelamento de preços e salários e extinção da
correção monetária que de nada adiantou para
controlar a inflação que o índice já chegava a
oitenta por cento ao mês.
Logo depois recebemos Fernando Collor que pra
terminar de piorar estabeleceu um plano o qual
impedia os saques de poupança e de conta-
correntes por 18 meses, e ainda roubou 70% de
todo nosso dinheiro arrecadado.
24. Depois veio Itamar Franco que sucedido de Fernando
Henrique Cardoso estabeleceram juntos uma nova
moeda o Real que foi ate bem estabelecido.
Um tempo depois tivemos um marco o ex-presidente
Lula, que fez o que mais os brasileiros queriam: manter
a inflação baixa. Manteve as políticas macroeconômicas
além de projetar programas de transferência de renda.
O Brasil foi colocado em 5º lugar em termos de
economia mundial. Houve ainda o pagamento da
divida externa que já vinha desde muitos anos em juros
absurdos.
Agora que estamos no governo Dilma onde a taxa de
inflação vem novamente aumentando 7,31% e para
evitar que esse nível continue subindo aumentaram as
taxas de juros, mas já se pensa em baixar as mesmas,
segundo a presidenta. Houve um aumento no salário
mínimo de R$ 112,00 de R$ 510,00 para R$ 622,00, mas
lembrando de que este custo não é maior que a
arrecadação de impostos em virtude do crescimento do
consumo consequente da alta do piso salarial.
25. Em relação à política externa teve algumas
mudanças algumas delas foi relacionada às
questões dos direitos humanos do Irã, Dilma
deixou claro que estaria disposta a mudar o padrão
de votação do Brasil em resoluções que tratassem
das violações aos direitos humanos. Aproximou-se
mais da Argentina, buscando maior integração
comercial e incentivando a integração produtiva
Apesar disso o Brasil ainda continua em 84º no
IDH; 88º no ranking da educação; 104º em
qualidade da Infraestrutura; 75º no ranking de
percepção a corrupção; e um importante grau
elevado de pessoas na miséria. Contudo o nosso
governo irá gastar 70 Bilhões com copa do mundo
e olimpíadas, as quais o Brasil restou com um total
de 17 medalhas (três de ouro), ocupando a 22ª
posição.
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27. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de
21 milhões de pessoas. Esse número demonstra que o
crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%,
inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e
2000). No entanto, acompanhando uma tendência
mundial, o crescimento demográfico brasileiro vem
sofrendo reduções nos últimos anos. A população
continuará aumentando, porém em pequenas
proporções.
A urbanização, a queda da fecundidade da mulher, o
planejamento familiar, a utilização de métodos de
prevenção à gravidez, a mudança ideológica da
população, são todos fatores que contribuem para a
redução do crescimento populacional.
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29. Conforme estimativas do (IBGE), em 2050 a
população brasileira serão de aproximadamente
259,8 milhões de pessoas, nesse mesmo ano a taxa
de vegetativo positivo de 2,40%. Com essa queda
brusca no crescimento vegetativo, acorrerá sim, o
envelhecimento da população e como
consequência mais uma queda no crescimento
demográfico.
Crescimento vegetativo será de 0,24, bem diferente
da década de 1950, que apresentou taxa de
crescimento.
Além de tudo a reforma agrária está parada no
governo Dilma. Isso se deve à conjugação de
vários fatores; o mais importante é que o
agronegócio é hegemônico na sociedade.