ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Cap 13 - O Grande Racionalismo
1.
2. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• Os século XV e XVI foram marcados por
importantes mudanças.
• Por um lado, o mapa político da Europa contava
com reinos unificados, que conferiam aos reis o
papel de comandantes de seu povo.
• Por outro lado, a nobreza continuava explorando
uma massa de camponeses.
• As ideias renascentistas e a Reforma religiosa
haviam enfraquecido a Igreja Católica, eram as
ideias escolásticas que ainda predominavam,
mesmo nas universidades.
3. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• Que garantia poderia haver quanto à validade
das novas verdades apresentadas?
• O Renascimento havia aberto muitas portas,
mas acreditava-se que o caminho do verdadeiro
conhecimento ainda estava para ser percorrido.
• Já havia a crença de que a chave para se poder
trilhar esse cominho era a razão.
• A partir do século XVII promoveu-se um avanço
importante: essa razão articulava-se em um
método.
4. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• A preocupação em encontrar um caminho seguro
para o conhecimento já se expressava no
pensamento de Bacon, que viveu as 3 décadas do
século XVII, chamado de o “século do método”.
• O entusiasmo desses filósofos pelas “matemáticas”
fará nascer a ideia de que o sucesso dessa ciência
se deve a seu método e que o método matemático
poderá ser utilizado em todas as outras áreas da
investigação, garantindo a exatidão e a certeza dos
conhecimentos alcançados.
5. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• O que se utilizaria como método não seria a
matemática em si, os números, o cálculo, e sim
o procedimento dedutivo da geometria, isto é,
o modo próprio da matemática de encadear as
razões ou afirmações segundo uma certa
ordem.
• Essa racionalidade se expressaria de modo
geométrico, lógico, dedutivo, o que
caracterizaria a visão específica do racionalismo
moderno.
6. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• O termo racionalismo é empregado para
designar a concepção de que nada existe sem
que haja uma razão para isso.
• Uma pessoa racionalista seria alguém que
procura sempre uma explicação lógica para as
coisas, acredita que por meio de mecanismos
racionais se pode explicar tudo.
• Em filosofia, denominam-se racionalistas as
doutrinas que buscam explicar o processo de
conhecimento dando ênfase ao papel da razão.
7. A IMPORTÂNCIA DA RAZÃO
• O racionalismo desenvolvido pela maioria das
filosofias do século XVII afirmará que todo
conhecimento certo provém de princípios a
priori (anteriores à experiência), indiscutíveis e
evidentes para a razão.
• Esse racionalismo também considerava que os
sentidos são uma fonte confusa, obscura e
provisória de verdade, o que relegará a
experiência sensível a um segundo plano, como
fonte de conhecimento.
8. VIDA
• Nasceu em Haye, França.
• Estudou no colégio jesuíta de La
Flèche.
• Executando a aprendizagem que fez
da matemática. Decepcionou-se com
a educação jesuíta.
• Confessaria, tempos depois, sua
decisão em buscar a ciência por conta
própria, esforçando-se por decifrar o
“grande livro do mundo”.
9. VIDA
• Ingressando na carreira militar,
mudou-se para a Holanda, onde
participou de combates contra os
espanhóis.
• Viajou por vários países europeus,
estabelecendo contato com vários
sábios, entre eles Blaise Pascal.
• O que publicou é suficientemente
vasto para situá-lo como um dos pais
da filosofia moderna.
10. A ÁRVORE DO SABER
• Descartes definira para si a
missão de construir um sistema
filosófico completo.
• FILOSOFIA
– “um perfeito conhecimento de
todas as coisas que o homem pode
saber, tanto para a conduta da sua
vida como para a conservação de
sua saúde e a invenção de todas as
artes”.
12. A ÁRVORE DO SABER
• Desde cedo Descartes se aplicara
intensamente ao estudo das
matemáticas e, entusiasmado com
os resultados que obtivera,
acreditara ser possível transferir
seu instrumental a outras áreas do
saber.
• Galileu dizia que a natureza está
inscrita em linguagem matemática.
13. A ÁRVORE DO SABER
• Descartes construirá seu método
de investigação calcado no modelo
matemático de demonstração.
• E por que o modelo matemático
parecia tão perfeito?
• Descartes percebeu haver nas
matemáticas aquilo que queria
encontrar no mundo: verdades
absolutas e incontestáveis.
15. A ÁRVORE DO SABER
• Para alcançar essa certeza que só
as matemáticas têm, Descartes
adotou em seu método filosófico o
mesmo procedimento lógico
demonstrativo da geometria
analítica.
• Ele acreditava na existência de
uma ordem natural inerente à
estrutura do conhecimento.
16. A ÁRVORE DO SABER
• Se a matemática é o fundamento
comum a todas as ciências, por que ela
não faz parte da árvore do saber?
• Porque, sendo apenas um meio, um
exercício, ela fornecerá apenas o
método.
• O método cartesiano encontra-se
detalhadamente apresentado em sua
obra Regras para a direção do espírito.
17. A ÁRVORE DO SABER
• Em Discurso do Método,
sintetiza esse método por
meio de quatro preceitos
que prescreve para si e que
não se devem ser jamais
esquecidos na busca do
conhecimento verdadeiro.
18. A ÁRVORE DO SABER
1. Jamais escolher alguma coisa
como verdadeira que eu não
conhecesse evidentemente como
tal;
2. Dividir cada uma das dificuldades
que eu duvidasse em tantas
parcelas quantas possíveis e
quantas necessárias fossem para
melhor resolvê-las;
19. A ÁRVORE DO SABER
3. Conduzir por ordem meus
pensamentos, começando pelos
objetos mais simples e mais fáceis de
conhecer, para subir, pouco a pouco,
como por degraus, até o
conhecimento dos mais compostos.
4. Fazer em toda parte enumerações tão
completas e revisões tão gerais que
eu tivesse a certeza de nada omitir.
20. A dúvida metódica e o cogito
• Para conhecer a verdade, é preciso, de
início, colocar todos os nossos
conhecimentos em dúvida.
• É necessário questionar tudo e analisar,
criteriosamente, se existe algo na realidade
de que possamos ter plena certeza.
• Fazendo uma aplicação metódica da dúvida,
foi considerando como incertas todas as
percepções sensoriais, todas as noções
adquiridas sobre os objetos materiais.
21. A dúvida metódica e o cogito
• Finalmente, estabeleceu que a única
verdade totalmente livre de dúvida era a
seguinte: meus pensamentos existem.
• E em seguida observou que a existência
desses pensamentos se confundia com a
essência da sua própria existência como
ser pensante.
• Disso decorreu a célebre conclusão:
Cogito ergo sum.
ou
Penso, logo existo.
22. A dúvida metódica e o cogito
• Esse “Penso, logo existo” seria uma verdade
absolutamente firme, certa e segura, que
deveria ser adotada como princípio básico
de toda a sua filosofia.
• PENSAMENTO abrange tudo o que
afirmamos, negamos, sentimos,
imaginamos, cremos e sonhamos.
• O ser humano era uma substância
essencialmente pensante.
• O pensamento (consciência) é algo mais
certo que a própria matéria corporal.
23. A dúvida metódica e o cogito
• Toda a filosofia posterior que sofreu a
influência de Descartes assumiu uma
tendência idealista.
• Foi um racionalista convicto.
• Recomendava que desconfiássemos das
percepções sensoriais, responsabilizando-as
pelos freqüentes erros do conhecimento
humano.
• O verdadeiro conhecimento das coisas
externas devia ser conseguido através do
trabalho lógico da mente.
24. O DUALISMO E O SUBJETIVISMO
CARTESIANO
• A separação entre res cogitam e res
extensa na metafísica cartesiana
inaugura uma concepção dualista da
realidade, isto é, aquela que separa
totalmente a realidade espiritual da
realidade material.
• A divisão entre essas duas substâncias
tem como consequência o fato de, para
o filósofo, a mente e o corpo serem
também duas coisas totalmente
separadas e distintas.
25. O DUALISMO E O SUBJETIVISMO
CARTESIANO
• Outra consequência dessa divisão é a
separação entre sujeito (o ser que
pensa) e objeto (o ser pensado), na
qual o sujeito assume a função
ordenadora do conhecimento.
• Em Descartes, o pensamento encontra
em si os fundamentos que permitirão
aceitar algo como verdadeiro.
• Essa característica da filosofia
cartesiana é denominada de
subjetivismo.
26. O DUALISMO E O SUBJETIVISMO
CARTESIANO
• SUBJETIVISMO faz com que o
conhecimento do mundo seja possível
apenas por meio das ideias das coisas,
isto é, das representação.
• REPRESENTAÇÃO é todo conteúdo
presente na mente. Na concepção
tradicional, ou realista, representação é
a conversão das coisas em ideias dessas
coisas.
27. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• A medicina cartesiana apresentava
características mecanicistas, mas
depois Descartes mudou de
orientação e passou a afirmar que
o corpo humano deve ser estudado
como parte de um composto
substancial resultante da união
entre alma e corpo, e não como
uma máquina.
28. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• Em sua obra As Paixões da Alma, o
filósofo entende que a alma se une
ao corpo de maneira uniforme por
todas as suas partes e “não se
pode dizer que ela esteja em
qualquer de suas partes com
exclusão de outras, porque o corpo
é uno e indivisível” – a
indivisibilidade é própria da união.
29. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• Essa ligação se dá mais
particularmente em determinado
ponto do cérebro: a glândula
pineal.
• A GLÂNDULA PINEAL situa-se na
base do cérebro, atrás da hipófase,
e atualmente se atribui a ela papel
importante no desenvolvimento
psicofísico e sexual.
30. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• Descarte descreve como cada posição dessa
glândula provoca um afeto ou paixão da
alma.
• Se ela está de um lado, sentimos desejos; se
está de outro, temos repulsa.
• De acordo com ele, não podemos excitar ou
suprimir diretamente as paixões pela ação
direta da vontade, e sim, “indiretamente,
pela representação das coisas que costumam
estar unidas às paixões que queremos ter, e
que são contrárias às que queremos rejeitar”.
31. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• Exemplo, se queremos rejeitar uma
tristeza, devemos ter pensamentos que
nos causem alegria.
• O que Descartes prescreve é a
modificação dos pensamentos para
alterar as condições do corpo e da
alma.
• Uma alma forte e virtuosa mantém as
paixões sob controle e o corpo
saudável.
32. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
• A vontade terá papel fundamental na moral
cartesiana, pois será ela fundamentalmente
quem agirá sobre o entendimento e, a partir
dele, sobre as paixões, em busca do que
pode ser melhor ou mais perfeito para o
homem.
• Descartes reconhece que não se pode ter
certeza absoluta em todos os domínios, pois
“a natureza do homem não é a de saber
tudo”, e que às vezes só se pode emitir “o
melhor juízo possível”.
34. VIDA
• Nasceu em Amsterdã, na Holanda.
• Era filho de imigrantes judeus de
origem hispano-portuguesa que havia
fugido das perseguições religiosas.
• Foi educado dentro da tradição
judaica, mas afastou-se da ortodoxia
ao receber influências de correntes
dissidentes do judaísmo e dos
pensamentos escolásticos, platônicorenascentistas e cartesiano.
35. VIDA
• Foi excomungado e excluído da
comunidade judaica de Amsterdã,
além de deserdado pela família aos 24
anos de idade.
• Teve então de fugir e viveu o resto de
sua vida em várias cidades
holandesas, ganhando seu sustento
como polidor de lentes.
• De saúde frágil, sofreu quase 20 anos
de tuberculose.
36. VIDA
• Além de defender a separação entre
Estado e Igreja, política e religião, filosofia
e teologia, foi um grande crítico da
superstição, tanto religiosa e política
como filosófica.
• Em seu Tratado teológico-político,
submete a Bíblia a uma interpretação
histórico-crítica baseada na análise
gramatical da língua hebraica e da história
do povo judeu, e conclui que seus textos
estão intimamente ligados ao momento
histórico em que foram escritos.
37. VIDA
• Eles são basicamente regras de conduta
humana formuladas dentro de
determinado contexto, sem constituir,
portanto, verdades absolutas.
• Isso significa que as palavras contidas na
Bíblia não teriam vindo de Deus, pois se
Moisés tivesse realmente tido uma
revelação de Deus, os dez mandamentos
não seriam apenas as leis de um povo e
sim verdades eternas, que valeriam para
todos.
38. O DEUS IMANENTE
• Espinosa não concordava com a ideia
generalizada de que Deus é um ser
superior a tudo e separado de tudo,
portanto um ser transcendente.
• Para ele, Deus e a natureza são a mesma
coisa.
• DEUS = NATUREZA.
• Em sua obra Ética, o filósofo explica que
separar Deus do mundo, significa
conceber a existência de duas
substâncias, o que seria impossível pela
própria definição de substância.
39. O DEUS IMANENTE
• SUBSTÂNCIA é “o que existe em si e
por si é conhecido, isto é, aquilo cujo
conceito não carece do conceito de
outra coisa do qual deva ser
formado”.
• O único ser que “existe em si e por si é
concebido” é Deus, portanto, não
pode haver outra substância.
• A natureza seria o conjunto das
infinitas manifestações da substância
única, isto é, Deus.
40. O DEUS IMANENTE
• Ele diz: o mundo “é em Deus” e “Deus,
ou a natureza”, isto é, a natureza é
idêntica a Deus.
• Substância, Deus ou natureza são,
portanto, a mesma coisa.
• Ele é chamado de:
– MONISTA, pois para ele toda a realidade
seria composta de apenas uma única
substância.
– PANTEÍSTA, pois ele identifica Deus em
todas as coisas, ou defende a ideia de que
tudo participa da substância divina.
41. O DEUS IMANENTE
• A inteligência humana consegue
identificar no mundo apenas duas
manifestações essenciais da
substância, que ele denomina
atributos: o pensamento e a extensão.
• Tudo que existe no mundo, ou cada
criatura em particular, cada
fenômeno, seria um modo de
manifestação de Deus ou de seus
atributos, o pensamento e a extensão.
42. O DEUS IMANENTE
• EXEMPLO:
– Atributo extensão: livro;
– Atributo pensamento: as ideias contidas
no livro.
• Para Espinosa, Deus é causa imanente,
isto é, interna, que produz efeito em
sim mesma (os modos), e todos os
efeitos ou modos são fruto da
necessidade dos atributos ou
características essenciais de Deus.
43. O DEUS IMANENTE
• Isso significa que tudo o que existe e
acontece no mundo é o resultado
necessário da natureza de Deus, isto
é, não pode ser diferente, tem de ser
de determinada maneira.
• Não há LIVRE-ARBÍTRIO no mundo.
• Deus, ou a natureza, se manifesta por
meio das leis da natureza, que são
eternas, imutáveis e inteiramente
determinadas pela necessidade da
natureza divina.
44. O DEUS IMANENTE
• Os homens “enganam-se
quando se julgam livres, e esta
opinião consiste apenas em
que eles têm consciência de
suas ações e são ignorantes
das causas pela quais são
determinadas”.
45. A NATUREZA HUMANA
• A natureza humana é uma das
expressões da substância única,
repetindo de maneira finita a estrutura
da substância infinita, Deus, ou natureza.
– CORPO modo da extensão;
– ALMA modo do pensamento.
• Ao descrever a essência do homem, o
filósofo identifica um elemento, o
canatus (esforço, impulso instintivo),
que seria o esforço empreendido por
cada coisa para perseverar em seu ser.
46. A NATUREZA HUMANA
• Quando o conatus se torna consciente
de si, ele se chama desejo. Ambos
contribuem para afirmar e expandir o
nosso ser.
• Quando nossos desejos sofrem a ação
das forças externas, nascem as paixões,
que são modificações passivas de nosso
ser.
• A alegria e a tristeza são as paixões
fundamentais, das quais resultam todas
as outras.
47. A NATUREZA HUMANA
• A alegria paixão que favorece a
passagem para uma maior perfeição do
ser, é sempre boa;
• A tristeza leva o homem a uma
menor perfeição e é sempre má.
• Como é impossível ao homem livrar-se
das paixões, a VIRTUDE consistirá em
alcançar um conhecimento verdadeiro
de nossas paixões, para com ele valerse das paixões positivas, principalmente
o amor, e ampliar o canatus.
48. A NATUREZA HUMANA
• Ser VIRTUOSO consiste em, por meio da
razão, formar ideias claras e distintas do
que se passa em nós, reconhecer o
dinamismo da vida e afirmar-se como a
causa adequada dos efeitos que
ocorrem em nós.
• A verdadeira liberdade do homem:
conhecer, pela razão, a necessidade das
coisas e agir de acordo com essa
necessidade.
50. VIDA
• Nasceu em Leipzig, Alemanha,
durante a Guerra dos Trinta Anos.
• Filho de um professor de filosofia da
Universidade de Leipzig, muito cedo
Leibniz entrou em contato com os
principais textos filosóficos.
• Dedicando-se à matemática, tornouse um dos maiores matemáticos de
seu tempo, chegando à ideia do
cálculo infinitesimal.
51. VIDA
• Fez várias contribuições na área da física,
inventou a máquina de multiplicar, fundou a
Academia de Ciências de Berlim e foi membro da
Royal Society de Londres e da Fraternidade
Rosacruz.
• Doutorou-se em direito e dedicou a maior parte
de sua vida à política palaciana, ocupando
diversos cargos públicos e realizando várias
missões diplomáticas, nas quais pretendeu
realizar o sonho de harmonizar o protestantismo
com o catolicismo e reunificar os cristão.
• Faleceu em Hanôver, em 14 de novembro de
1716.
52. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Leibniz ambicionou construir uma
ciência universal, mas nunca
conseguiu levar seu projeto adiante.
• Suas ideias formam um todo coerente
e sistemático que busca explicar a
totalidade das coisas.
• Ele foi pioneiro na formulação da
lógica matemática, ou simbólica, que
busca expressar as estruturas e
operações do pensamento numa
linguagem matemática.
53. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Uma das principais contribuições
de Leibniz para a história da
filosofia resulta de seu trabalho
em definir a natureza da verdade.
• Ele analisa as proposições, ou
afirmações, verdadeiras e conclui
que em todas elas a noção do
predicado está incluída na noção
do sujeito.
54. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• EXEMPLO:
– Dizer “o triângulo tem três lados” é uma
proposição verdadeira, pois a noção
“três lados” (o predicado) está incluída
na de “triângulo” (o sujeito).
– Se fosse dito “o triângulo tem quatro
lados iguais”, teríamos uma proposição
falsa, pois a noção “quatro lados iguais”
não está incluída na de “triângulo”, isto
é, ela identifica-se como outro sujeito.
55. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Representação simbólica:
– FRASE VERDADEIRA: A é A (a identidade);
– FRASE FALSA: A é não-A (a contradição).
• Trata-se de uma retomada do
princípio de não-contradição,
presente na lógica de Aristóteles, que
diz que “é impossível ser e não ser ao
mesmo tempo”.
• Para Leibniz, a verdade deverá ser
sempre expressa pela proposição A é
A.
56. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Mesmo quando temos uma
proposição do tipo A é B, para
conhecer se ela é falsa ou não
devemos analisar e reduzir a
noção de B até transformá-la em
A e obter a proposição A é A ou a
A é não-A.
• ANALISAR identificar tudo que
está no sujeito.
57. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Ele reconhece que existem
proposições que escapam a essa
demonstração: por mais que
recuemos em sua análise e em
suas causas não chegamos à
identidade (A é A).
• EXEMPLO:
– D. Pedro I deu o grito do Ipiranga.
– É uma verdade histórica (um fato).
58. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Distinção entre os 2 tipos de
verdades:
– VERDADES DE RAZÃO: são aquelas a que
uma pessoa chega pela análise lógica dos
termos de uma proposição. São eternas,
essenciais e metafísicas. Pertence ao
domínio da lógica e da matemática.
– VERDADES DE FATO: são aquelas a que uma
pessoa chega depois de examinar os fatos,
que envolvem a proposição. São temporais,
contingentes e físicas, ou seja, valem para
determinadas condições existenciais.
Pertencem às ciências.
59. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• As proposições necessárias (VR)
passam a ser denominadas
PROPOSIÇÕES ANALÍTICAS.
• As proposições contingentes (VF)
passam a ser denominadas
PROPOSIÇÕES SINTÉTICAS.
• As verdades de fato, serão
fundamentadas pelo princípio
metafísico da razão suficiente.
60. VERDADES DE RAZÃO E
VERDADE DE FATO
• Tudo o que existe tem de ter uma
causa ou uma razão
determinante, isto é, que serve
para justificar a priori por que
algo é assim em vez de ser de
outra maneira.
• Então será preciso admitir, como
razão suficiente e última, Deus.
61. O MELHOR DOS MUNDOS
POSSÍVEIS
• Outro ponto importante da filosofia
leibniziana é a ideia de possibilidade.
• As verdades de razão, como as
matemáticas, são necessárias, isto é,
seu contrário é impossível, as
verdades de fato não são necessárias,
ou seja, seu contrário é possível.
• Será, então, que o mundo poderia ser
totalmente diferente?
62. O MELHOR DOS MUNDOS
POSSÍVEIS
• Para Leibniz isso não é possível, porque
Deus é um ser com o máximo de
essência ou qualidades, no qual estariam
contidas todas as verdades, todo o
cosmo, e ele agiria sempre com um
máximo de perfeição.
• Deus teria escolhido um mundo
composto de uma série de possíveis que
não se contradizem entre si e que
formam a melhor combinação de
possíveis.
• Portanto, como Deus só poderia fazer o
melhor possível, este é o melhor dos
mundos possíveis.
63. TEORIA DAS MÔNADAS
• O filósofo alemão tem uma visão
pluralista da realidade.
• Segundo ele, como não existem
dois seres perfeitamente
idênticos, é necessário que exista
também uma infinidade de
substâncias, que se agregam
diferentemente, formando seres
individuais distintos.
64. TEORIA DAS MÔNADAS
• MÔNADA é como ele designa cada
uma dessas substâncias: “a mônada,
de que falaremos aqui, é apenas uma
substância simples que entra nos
compostos; simples, isto é, sem
partes”.
• As mônadas seriam centros de
atividade não materiais que
comporiam tudo o que existe, desde
um grão de areia, o corpo e a mente
humana, até Deus, que seria uma
grande mônada contendo todas as
outras mônadas.
65. TEORIA DAS MÔNADAS
• Pelo ato da percepção, cada
mônada expressa ou representa a
totalidade do Universo a partir de
seu ponto de vista, de sua
perspectiva, como se fosse um
espelho.
• Nas mônadas superiores, a
percepção é acompanhada da
apercepção, isto é, da autorepresentação ou consciência.
66. TEORIA DAS MÔNADAS
• Como um mundo completo, toda
mônada também é fechada em si
mesma, isto é, não se comunica
com o mundo exterior.
• Um homem não sabe o que vai na
cabeça do outro, pois, como diz
Leibniz, “as mônadas não têm
janelas por onde qualquer coisa
possa entrar ou sair”.
67. TEORIA DAS MÔNADAS
• As mônadas constituem um todo
ordenado e harmonioso, pois são
como “relógios que, apesar de
independentes, marcam a mesma
hora”.
• Haveria uma harmonia
preestabelecida no Universo, o
que garantiria a ordenação das
mônadas.
68. TEORIA DAS MÔNADAS
• Essa harmonia teria sido criada
por Deus, substância infinita e
perfeita separada do mundo, que
contém em si, como suas infinitas
expressões, as percepções de
todas as mônadas, das quais
também é, portanto, o Criador.
69. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia:
história e grandes temas. 16 ed. reform. e
ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.
• CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4. ed.
São Paulo: Ática, 2011.