2. HORMÔNIOS
São substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas
que atuam dentro da corrente sanguínea.
O sangue transporta esses hormônios para atuarem em
áreas específicas do organismo.
3. FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS
Atuam como espécie de mensageiro químico, transportando
informações entre as células.
Agem com função de regular órgãos e regiões do corpo.
4. COMO AGEM OS HORMÔNIOS
Glândulas endócrinas liberam os hormônios no sangue (ou na
hemolinfa), para que atinjam todas as células do corpo.
Cada hormônio atua apenas sobre alguns tipos de células,
denominadas células-alvo.
As células-alvo de determinado hormônio possuem, na membrana
ou no citoplasma, proteínas denominadas receptores hormonais,
capazes de se combinar especificamente com as moléculas do
hormônio.
É apenas quando a combinação correta ocorre que as células-alvo
exibem a resposta característica da ação hormonal.
5. COMO AGEM OS HORMÔNIOS
A regulação endócrina se faz por meio de um mecanismo
denominado retroalimentação ou feedback, pelo qual o nível de
um hormônio no sangue determina a estimulação ou a inibição da
atividade de determinada glândula.
8. A HIPÓFISE
Glândula que no homem tem forma
ovoide.
Diâmetro aproximado de 1 cm.
Localização
Cavidade do osso esfenoide (sela turca),
na parte central da base do crânio. Está
ligada ao hipotálamo através de um
pedúnculo fino denominado trato
hipofisário, imediata mente atrás do
quiasma óptico.
9.
10. Neuroipófise
São produzidos por neurônios de núcleos
hipotalâmicos, descem com fibras
nervosas, através do trato hipofisário,
para a neuroipófise, que é apenas um
reservatório de hormônios.
ADH
Ocitocina
11. Neuroipófise
Aumenta a permeabilidade dos túbulos
renais
Maior reabsorção de água
Menor volume de urina.
Aumento da concentração dos fluidos
corpóreos provoca a excitação de núcleos
hipotalâmicos, que enviarão impulsos
para a neuroipófise que, então, libera o
hormônio antidiurético.
Lesões no hipotálamo ou destruição das
fibras nervosas que vão à neuroipófise
levam ao aparecimento da diabetes
insípida, doença que surge em
consequência da falta do ADH e se
caracteriza por sede excessiva e intensa
poliúria.
Vasopressina ou ADH
12. Neuroipófise
Contração da parede do útero,
especialmente por ocasião do parto
Ejeção do leite pelas glândulas mamárias.
Age na contração dos músculos lisos da
parede do útero e células mioepiteliais
responsáveis pela ejeção do leite.
Ocitocina
13. Hipófise
intermediária
Alguns peixes, anfíbios e répteis
apresentam o hormônio intermedina, que
provoca a dispersão dos grânulos de
pigmento dos cromatóforos, contribuindo
para a proteção do animal contra
predadores (mimetismo).
15. Hipófise anterior
Os hormônios da adenoipófise são
conhecidos coletivamente como trofinas
(do grego, trophé = nutrição)
Atuam estimulando a atividade de outros
órgãos ou glândulas
Os hormônios da porção posterior são, na
verdade, produzidos pelo hipotálamo.
16. Hipófise anterior
Hormônio de crescimento
Importante na indução e na regulação do
crescimento dos vertebrados.
Deficiência (hipossomatotrofismo) desde
a infância: nanismo.
Excesso: gigantismo no animal em
desenvolvimento ou à acromegalia no
adulto, com crescimento exagerado dos
ossos dos membros e da face e aumento
dos órgãos e músculos.
Somatotrófico (GH)
17. Hipófise anterior
Tireotrofina
Estimula a tireoide na captação do iodo
do plasma e na produção de seus
hormônios (tiroxina e tri-iodotironina),
bem como na sua liberação ao sangue.
Tireotrófico (TSH)
18. Hipófise anterior
Estimulante da secreção e liberação de
glicocorticoides pelo córtex da glândula
suprarrenal ou adrenal.
Apresenta efeitos diretos sobre a
pigmentação da pele e sobre tecidos
periféricos com lipólise (digestão de
gorduras).
Adrenocorticotrófico (ACTH)
19. Hipófise anterior
Três hormônios
Controlam a atividade das gônadas e dos
órgãos sexuais.
Fêmea: intervém no ciclo, na
menstruação, na ovulação, na gravidez e
na lactação.
A hipofisectomia resulta na atrofia desses
órgãos, interrupção do ciclo menstrual e
impotência.
Gonadotróficos
20. Hipófise anterior
Folículo estimulante (FSH),
Estimula o desenvolvimento do folículo, na
mulher, e na espermatogênese, no homem.
Hormônio luteinizante (LH),
Estimula as células intersticiais (ICSH)
Responsável pela formação do corpo lúteo na
mulher.
Estimula a atividade das células de Leydig
que produzem a testosterona no homem.
Luteotrofina ou prolactina (LTH),
Mantém o corpo amarelo e estimula a
produção de seus hormônios
Ação no desenvolvi mento das mamas e
interfere na produção do leite.
Gonadotróficos
23. Glândulas sexuais
Células de Leydig (tecido localizado entre
os tubos seminíferos) secretam
testosterona desde a vida embrionária
estimulada pela placenta.
A partir da puberdade, a hipófise produz o
FSH que estimula a espermogênese e o
desenvolvimento dos tubos seminíferos
além do ICSH que estimula o
desenvolvimento de caracteres sexuais
masculinos
Há o estímulo da maturação dos
espermatozóides por esses androides.
TESTÍCULOS
26. Glândulas sexuais
ESTEROIDES.
SECRETADOS CONSTANTEMENTE, MAS
COM CONCENTRAÇÃO VARIÁVEL (menor
até a puberdade e maior a partir dai).
AGE NO DESENVOLVIMENTO DOS
ÓRGÃOS E CARACTERES SEXUAIS
SECUNDÁRIOS.
ESTIMULA O DESENVOLVIMENTO DAS
TUBAS UTERINAS, ÚTERO, VAGINA,
GENITÁLIA E MAMAS.
NA FASE PRÉ OVULATÓRIA ESTIMULA A
PROLIFERAÇÃO DO ENDOMÉTRIO E
OUTRAS GLÂNDULAS.
ESTRÓGENOS
27. Glândulas sexuais
ESTEROIDE.
PREPARA O ORGANISMO PARA A
GESTAÇÃO.
FORMA O ENDOMÉTRIO E PARTICIPA NA
FORMAÇÃO DA PLACENTA.
DIMINUI A CONTRAÇÃO UTERINA E
AUMENTA A SECREÇÃO UTERINA DE
MATERIAL NUTRITIVO PARA O EMBRIÃO.
DESENVOLVE AS GLÂNDULAS MAMÁRIAS.
INIBE O FSH IMPEDINDO O
DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO
FOLÍCULO DURANTE A GESTAÇÃO.
PROGESTERONA
28. Glândulas sexuais
ANDRÓGENOS SÃO ESTEROIDES DE AÇÃO
MASCULINIZANTE PRODUZIDOS EM
PEQUENA QUANTIDADE PELO OVÁRIO E
SUPRARRENAL.
GONADOTROFINA CORIÔNICA É UMA
GLICOPROTEÍNA.
IMPEDE A INVOLUÇÃO DO CORPO
AMARELO DURANTE A EVOLUÇÃO DA
GRAVIDEZ.
ANDRÓGENOS E GONADOTROFINAS
31. Após a puberdade, os ovários de uma
mulher apresentam diversos Folículos de
Graaf em diferentes estágios de
desenvolvimento.
Sob a estimulação do FSH, inicia-se o
crescimento dos ovários e principalmente
dos folículos.
Em cada ciclo menstrual apenas um
folículo amadurece, processo que se
inicia pelo desenvolvimento do óvulo
imaturo (ovócito).
32. Folículo produz estrógenos
Inibem a produção de FSH e estimulam o
LH (luteinizante): acelera a maturação
final do folículo e o seu rompimento com
a expulsão do óvulo para a cavidade
abdominal (ovulação).
As células que restaram dos folículos
passam a apresentar uma granulação de
luteína (lípide de cor amarela),
constituindo a partir de então o corpo
lúteo ou corpo amarelo.
33. O corpo amarelo tem função endócrina,
secretando principalmente progesterona
e estrógeno, tornando o organismo
feminino apto para a gestação e
colaborando na manutenção e nutrição
do embrião.
O hormônio luteotrófico (LTH) promove a
manutenção do corpo amarelo e a
estimulação para produção dos seus
hormônios.
34. Se não ocorrer fecundação do óvulo, o
corpo amarelo regride e desaparece antes
da ovulação seguinte, deixan do apenas
uma cicatriz es branquiçada no ovário,
denominada corpo amarelo atrésico ou
corpo albicante.
No caso de o óvulo ser fecunda do, o
corpo amarelo persiste durante cerca de
cinco meses e depois regride.
36. CICLO MENSTRUAL
Duração media 28 dias
Ovulação aos 14 dias
Período de viabilidade do óvulo é de 24 a
48h
Tempo de vida do espermatozóide é de
72h
Se não houver a fecundação, ocorre a
involução do corpo amarelo e a queda do
nível dos hormônios estrógenos e
progesterone.
Ocorre a descamação da muscosa
uterina: menstruação
37. CICLO MENSTRUAL
Fase proliferativa
Do fim da menstruação até a ovulação.
Estimulação do estrógeno produzido pelo
folículo em desenvolvimento.
Maturação do folículo.
Células da parede uterina proliferam
intensamente, ocorrendo um crescimento
progressivo das glânduIas e vasos
sanguíneos
Espessamento do endométrio.
FASE I
38. CICLO MENSTRUAL
Fase secretora.
Influenciado pelo corpo amarelo.
Formação do corpo lúteo.
Ovulação até a menstruação seguinte.
Continua ocorrendo a proliferação do
endométrio e sua espessura duplica.
FASE II
43. A Tireoide
Glândula endócrina.
Dois lobos ligados por um istmo.
Produz tiroxina e triiodotironina.
Tirotrofina (TSH) estimula a
liberação desses hormônios e
estimula a captação de iodo.
44. Funções dos hormônios da Tireoide
Estimulam as reações químicas (metabolismo) da maioria dos
tecidos do organismo, pois aumentam a quantidade de enzimas
oxidativas.
Acelera o metabolismo dos carboidratos, dos lípides e das
proteínas.
Função importante no crescimento e desenvolvimento, influindo,
inclusive, no ciclo menstrual e na fertilidade.
45. Hipotireoidismo
Hipotireoidismo congênito:
aparecimento do cretinismo.
O afeta do apresenta
pequena estatura
(desenvolvimento
deficiente do esqueleto),
cabeça grande e pernas
curtas, a dentição é
irregular, o
desenvolvimento sexual é
atrasado e há debilidade
mental.
47. Hipertireoidismo
Sintomas: intolerância ao calor, metabolismo basal alto, aumento
da frequência cardíaca, perda de peso, tremor nas mãos,
nervosismo e outras perturbações psíquicas.
Na maioria dos hipertireóidicos ocorre a protusão dos globos
oculares (exoftalmia).
Fernando Caruso.
48. Bócio e iodo
Bócio (papo) é um aumento de volume da tireoide em decorrência
de hipo ou hiperfuncionamento da glândula.
Pode ser endêmico, como resultado da falta de iodo em
determinadas áreas geográficas.
A falta de iodo no organismo impede a transformação da
tiroglobulina em tiroxina. O baixo teor de tiroxina no sangue vai
provocar a liberação constante de tirotrofina pela hipófise
(feedback).
Essa estimulação prolongada da tireoide, por sua vez, leva à
hiperplasia da glândula (bócio).
51. Paratireoides - Características
Dois pares de glândulas ovoides que pesam cerca de 140 mg.
Estão localizadas na face posterior da tireoide.
Função:
Age no metabolismo do cálcio e do fósforo.
Manutenção do nível normal desses íons no plasma e no líquido
intercelular.
52. Paratormônio
Mantém constante a relação entre cálcio e fósforo no plasma,
aumenta a eliminação de cálcio e fósforo pela urina e mobiliza o
cálcio dos ossos;
Favorece a absorção de cálcio pelo intestino, porém, nesse caso, é
indispensável a presença da vitamina D.
53. Hipoparatireoidismo
Reduz o cálcio sanguíneo de seu nível normal e determina um
aumento no nível do fósforo, enquanto a excreção renal do cálcio
e do fósforo diminui.
A queda acentua da no nível do cálcio sanguíneo leva ao
aparecimento da tetania muscular, devido a uma
hiperexcitabilidade dos tecidos nervoso e muscular, causada in
sufi ciência dos íons de cálcio no sangue.
54. Hiperparatireoidismo
Alteração na relação cálcio/fósforo do sangue;
O nível do cálcio eleva-se muito e o nível do fósforo diminui.
Ocorre uma grande mobilização de cálcio dos ossos, levando ao
aparecimento de deformações ósseas e fraturas frequentes.
Há eliminação de cálcio e de fósforo pela urina, podendo haver
formação de cálculos renais devido a um depósito de cálcio.
56. Pâncreas - Características
Glândula anfícrina, ou seja, apresenta uma parte endócrina
(Ilhotas de Langerhans) que produz insulina e glucagon e uma
parte exócrina que produz o suco pancreático.
A insulina é secretada pelas células β das Ilhotas de Langerhans
do pâncreas.
O glucagon é secretado pelas células α das Ilhotas de Langerhans.
57. Insulina
É um hormônio que interfere no
metabolismo dos açúcares
(carboidratos), controlando o nível
de glicose no sangue.
Controla a produção de glicogênio
pelo fígado e estimula o consumo
de glicose pelos tecidos,
aumentando a permeabilidade,
através das membranas
celulares, a esta substância.
58. Hipoinsulinismo
Provoca a Diabetes mellitus.
Sintomas: hiperglicemia e a hiperglicosúria
(eliminação de excesso de glicose pela urina). Glicose
sanguínea supera o nível normal, quantidade essa que
ultrapassa os limites da reabsorção renal, portanto, o
excesso é eliminado na urina.
A deficiência na produção de insulina pode depender
de vários fatores, porém, geralmente, é causada por
fatores genéticos.
59. Hiperinsulinismo
Produção excessiva de insulina, geralmente resultante de tumor
nas Ilhotas de Langerhans.
Consequência: hipoglicemia.
Excesso de insulina determina, pela hipoglicemia, o choque
insulínico que se caracteriza por grande excitabilidade do sistema
nervoso central, podendo resultar em tremores, intenso
nervosismo e até alucinações.
Em casos mais extremos, pode levar a convulsões, perda de
consciência e mesmo ao estado de coma.
60. Glucagon
Ação antagônica à insulina
Aumenta a glicemia.
Estimula a glicogenólise no fígado e a liberação de glicose no
sangue.
Secreção é controlada pelo nível de glicose sanguínea.
A queda do nível glicose determina a liberação de glucagon que,
por sua atividade, restabelece a glicemia normal.
63. CARACTERÍSTICAS
São glândulas que se localizam sobre o polo superior de cada rim.
A adrenal apresenta duas regiões que diferem na origem,
estrutura e fisiologia: o córtex e a medula.
64. CARACTERÍSTICAS
Medula da suprarrenal:
adrenalina e noradrenalina.
Córtex:
Envolve a medula externamente.
Os principais hormônios são: a aldosterona e
o cortisol.
Merecem ser citados, ainda, a corticosterona,
os hormônios androgênicos e estrogênicos.
65. ALDOSTERONA
Também denominada mineralocorticoide.
Responsável pela regulação do metabolismo salino, causando
aumento na reabsorção do sódio e excreção renal do potássio.
Como consequência determina uma reabsorção maior de cloro.
A corticosterona, em menor grau que a aldosterona, aumenta a
reabsorção de sódio pelos túbulos renais.
66. CORTISOL
Também chamado glicocorticoide.
Determina o aumento da concentração de glicose no sangue.
Desempenha papel importante no metabolismo das proteínas e
das gorduras, levando à síntese de glicose a partir dessas
substâncias, o que se denomina neoglicogênese.
A corticosterona também tem pequena função glicocorticoide.
O cortisol causa também menos consumo de glicose pelos tecidos
e aumenta a resistência à insulina.
67. HORMÔNIOS CORTICOSSEXUAIS
Ambos os sexos apresentam uma contínua secreção de
hormônios corticossexuais (estrógenos e a progesterona) pelo
córtex da suprarrenal.
Os efeitos fisiológicos desses hormônios são mínimos, embora
atuem junta mente com os hormônios das gônadas no
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
68. ANOMALIAS DO CÓRTEX DA ADRENAL
Hipoadrenalismo
Uma das manifestações é a Doença de Addison, com
perda de peso, vômitos, diarreias e pigmentação excessiva
da pele.
Hiperadrenalismo
Doença de Cushing, que se caracteriza pela obesidade do
rosto e do tronco sem comprometimento geral dos
membros, hipertensão arterial, diminuição da tolerância à
glicose, debilidade e alterações cutâneas.
69. Síndrome androgenital - hipercorticalismo
A hiperatividade cortical com a produção excessiva de hormônios
androgênicos leva a essa síndrome.
Vida fetal: pseudo-hermafroditismo feminino (meninas com clitóris
superdesenvolvido e vários sintomas de virilização).
70. Síndrome androgenital - hipercorticalismo
Menino pré-púbere: desenvolvimento sexual precoce.
Mulher adulta: aparecimento de pelos no rosto e no tronco, atrofia
das mamas e menstruação escassa ou ausente; a voz torna-se
grossa e o aspecto corporal, masculino. Esse quadro denomina-se
virilismo.