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A
Arte
Da
Liderança
Por: Victor Oliveira
1
Não são quantos anos você viveu e sim a intensidade que você absorveu as experiências que
se passaram, que definem, o nível de maturidade e conhecimento que o individuo possui.
2
Agradeço a todos os meus amigos que compartilham da minha loucura, e me escutam nos
meus momentos de mista insanidade e criatividade.
3
Índice
Sobre o autor......................................................................................................................05
Apresentação......................................................................................................................05
Peão ou colaborador? ........................................................................................................06
Cultura dos peões...............................................................................................................07
Poder e autoridade.............................................................................................................08
Humildade...........................................................................................................................08
A arte de perdoar................................................................................................................09
Conheça o serviço..............................................................................................................09
Grupos internos..................................................................................................................10
Confiança da equipe...........................................................................................................11
Reconhecimento.................................................................................................................15
Ser humano........................................................................................................................13
Medo de perder o emprego................................................................................................13
Happy hour..........................................................................................................................14
Créditos finais.....................................................................................................................14
4
Sobre o autor
Durante esse meu “longo” tempo de vida, passei por três empresas, nas quais não citarei os
nomes aqui.
Eu, desde pequeno fui muito curioso, sempre gostei de ver TV escola e documentários, e um
assunto que sempre chamou minha atenção foi administração de empresas, Liderança e
empreendedorismo para ser mais especifico.
Não tive muitas oportunidades de liderar e empreender apos a escola, em meus empregos
sempre fui do nível operacional, apesar de ter tido muita intimidade com outras funções.
Durante o meu emprego de auxiliar de produção na empresa 1, fiz um curso de administração
no SENAC RIO, entrei em contato com muitas informações que eu comparava com meu
cotidiano dentro da empresa. A vantagem que eu tinha era que eu testava certos conceitos com
a classe de base deste sistema, assim tirava conclusões mais sinceras sobre certos assuntos.
Como eu sempre fui curioso, eu sempre observei os pequenos erros da liderança de onde eu
trabalhava, tentando absorver o máximo possível para não cometê-los quando ocupasse um
cargo parecido.
Depois de uma discussão entre Líder e liderado na empresa 1 eu passei a anotar os erros que
eu observava no cotidiano da produção, adorava começar debates sobre os problemas da
produção para saber o que lideres e liderados estavam pensando. Sempre observei alguns
deslises que lideres cometiam que para eles eram a coisa certa a se fazer, mas, na cabeça dos
“peões” era totalmente absurdo.
Apresentação
Decidi escrever este livro para compartilhar minhas experiências com todas as pessoas, que
tenham o mesmo ideal que eu, de contribuir para um ambiente de trabalho melhor, onde cada
ação da liderança seja feita com bases fortes que beneficiem ambos os lados.
Mostrarei com exemplos reais, pequenos erros (na minha opinião) de gerentes, supervisores e
encarregados, onde eles destroem completamente a autoridade que tem, sendo quase que
impossível voltar a ser o que era antes.
Poderemos observar que nos dias atuais, não são os “peões” que devem se adaptar as
empresas, pois esses são desprovidos da capacidade de questionamento e adaptação de
pessoas mais instruídas, veremos que são os lideres que devem se adequar a sua equipe,
sugando da forma mais ecologicamente possível, os recursos que dispõem sem matar a fonte
de onde mina tal energia.
Em certa empresa, existia um setor de embalagem, ali tinha diversas caixas de papelão onde
cada tamanho de caixa era pré determinada para cada produto. Neste setor tinha acabado de
entrar um funcionário novo, Marcelinho, um rapaz jovem, recém-saído do ensino médio, cheio
de expectativas e energia, onde desprendia em trabalho durante o dia, cursos durante a noite, e
pré-vestibular durante os finais de semana, pois universidade publica era seu sonho.
Neste mesmo setor, tinha as figurinhas de sempre, um encarregado puxa-saco com medo de
perder o próprio emprego, pois ele ralou 8 anos para para conseguir aquele cargo, e não se
sente preparado para está ali. Funcionários de mais de 14 anos que ocupavam a mesma
função, bons funcionários que produziam acima da média, mais brincavam de mais, um
5
maluquinho(especial), que era o mascote da turma, e alguns grupinhos.
Alguns meses depois, Marcelinho tinha um bom relacionamento com a supervisão, pois ele era
esforçado e dominava ferramentas de busca na internet, e sempre que precisava seu supervisor
lhe pedia favores, isso despertou um pavor no encarregado, pois o mesmo não se sentia apto
ao cargo, e antes quem fazia os pedidos do supervisor era o encarregado. Depois de certo
tempo, qualquer coisa era desculpa para Marcelinho e o encarregado discutirem.
Certa vez, após discutir com Marcelinho o encarregado tentou demiti-lo na frente de todos, para
impor respeito, foi correndo ao supervisor e disse:
-Temos que demitir o Marcelinho
-E porque eu iria demiti-lo?
-Ele fala e anda de mais!
-Se for demitir alguém por falar e andar de mais, esse alguém seria você, pois quem mais fala e
anda aqui é você.
Irritado o encarregado volta e diz gritando para Marcelinho
-Você não vai pegar o meu lugar, não vai!
Neste setor tinha 13 funcionários e todos ficaram olhando uns para a cara dos outros.
O que você aprenderia com essa situação?
Peão ou colaborador?
Quando comecei a trabalhar na empresa 1 comecei a observar quem estava ali para somar e
quem estava só para ganhar um trocado. Durante algum tempo tentei definir o que era peão, e
cheguei a uma conclusão. Peão é aquele funcionário que busca ganhar o dinheiro no final do
mês, pois este é o seu único objetivo para com o trabalho. Peão não aceita novas ideias, além
de não gostar, tem medo, assim como baratas tem medo da luz.
Frases como “faz só o seu trabalho”, “porque fazer isso, não é minha função”,“mal vejo a hora
de me aposentar” são típicas de peões. Parece que eles tem medo do trabalho e ao mesmo
tempo morre de medo de perdê-lo, se pudesse ficar em casa ganhando dinheiro não pensariam
duas vezes, nunca buscam somar forças em uma equipe, se agarram a sua zona de conforto e
nunca sairão de lá por vontade própria.
Não confunda peão com colaborador. Quando identificar uma pessoa fazendo o seu trabalho e
aquele pouquinho além, pode ter certeza que aquela pessoa veio para somar, e terá um futuro
brilhante. A diferença de peão para colaborador é que os peões não gostam de trabalhar e os
colaboradores amam trabalhar, não quero dizer que todos nós devemos trocar nossos lares
pelo trabalho, longe disso, coloque sua família sempre em primeiro lugar, pois no final da vida
só o que restará serão as lembranças que nós tivemos com os amigos e a família.
Um bom colaborador é aquele que busca somar forçar com seus colegas, e alcançar objetivos
que a primeira vista parece impossível.
O colaborador faz da dificuldade uma motivação, e sempre busca melhorar em que faz, sem
pensar nas recompensas que viram.
6
Um exemplo de colaborador que passou pela minha vida foi quando trabalhei na “empresa 2”,
depois de trabalhar la por um tempo, a empresa abriu uma nova loja na cidade vizinha e os
seus novos funcionários vieram treinar um mês na minha loja.
Quando apareceram os novos funcionários que eu treinaria conheci o “Fabinho”, desde quando
o vi percebi que era um bom garoto e chegou para somar, não tive dificuldades de ensiná-lo a
função pois o mesmo aprendia rápido e já tinha experiência no ramo.
Depois de mais ou menos 1 ano, eu já tinha mudado de empresa, encontrei o “Fabinho” na loja
da cidade vizinha, conversei com ele durante alguns minutos e fiquei sabendo que ele tinha
recebido duas promoções em menos de um ano fiquei muito feliz por ele, e perguntei o segredo
dele para conseguir aquelas promoções, ele disse, simples, busquei aprender as funções do
cargo que eu queria nos meus períodos livres, assim quando apareceu a oportunidade eu era o
mais indicado para a função.
Depois de conversar com o Fabinho, consegui distinguir a diferença entre peão e colaborador.
Cultura dos peões
Independentemente do tipo de pessoa, esses trabalhadores anseiam por uma liderança
inspiradora.
Já observei diversas vezes os supervisores quebrando a cabeça para solucionar algum
problema e um funcionário do nível operacional ter a resposta na ponta da língua, parece
simples mas isso acontece com muita frequência, nos sistemas de produção onde não tem um
dialogo aberto entre líder e liderado, isso acontece por um motivo, na cabeça de qualquer peão,
o chefe sempre será visto com maus olhos, pois o simples fato dele ser chefe o faz uma pessoa
ruim.
Um peão sempre falara mal do chefe pelas costas, um colaborador não.
Entre os tipos de peões, tem dois principais, os que querem crescer dentro da empresa e os
acomodados, com o acomodado deve-se observar seus resultados, se forem positvos,
incentive-o a buscar conhecimento para subir na empresa pois o exemplo de resultados de
empregados antigos será um incentivo aos que estão chegando na empresa agora, em outras
palavras não aceite acomodados na sua equipe, sempre incentive-os a buscar algo melhor
mesmo que não continuem na sua empresa, pois o exemplo de vitórias ou até de derrotas é a
inspiração para decisões do resto de sua equipe.
Peão é um tipo de pessoa que não compreende o que está acontecendo a sua volta,
normalmente ele não gosta de trabalhar, se pudesse se aposentar nunca mais botaria um pé na
empresa, sempre vão achar que ganham pouco e trambalham muito, e por isso não podem
mostrar um serviço de melhor qualidade.
Poucos dias antes de entrar na empresa 1 tive uma conversa com um primo meu onde ele me
falou que devemos trabalhar 40% a menos da nossa capacidade, pois quanto mais trabalhamos
mais nos é cobrado e nem um reconhecimento e conferido em troca. De certa forma meu primo
tinha razão mas isso só ira acontecer em um sistema com uma liderança fraca. Esta conversa
me fez perceber bem como é a cultura de um peão.
Poder e autoridade
Já vi diversos lideres sendo mal-educados com os seus subordinados, me pergunto como essas
7
pessoas são em casa, pois se não usam as regras de etiqueta que ensinam para seus filhos,
como poderão liderar uma equipe rumo a um objetivo?
A educação constrói uma base forte para a autoridade, que é diferente do poder.
Autoridade é aquele sentimento inspirador, que faz o liderado agir de boa vontade, dando assim
mais eficiência ao seu trabalho. A autoridade não pode ser transferida, não pode ser vendida,
ela só pode ser conquistada.
O poder é aquele que é dado por uma força, pode ser observado nas patentes do exercito. O
poder pode ser dado, ser transferido, e pode ser vendido, mas com poder não se levanta a
moral de uma equipe, ou a faz produzir mais, pelo contrário tende a cair de produção, pois a
ações ordenadas pelo líder é feito de má vontade.
Na “empresa 3” tive um exemplo de poder e autoridade, lá tinha dois supervisores, um era
comunicativo, já tinha exercido a função dos liderados com eficiência e qualidade, o outro era
mais retraído, mandava porque era supervisor.
Quando o supervisor com autoridade pedia aos funcionários para superar certa dificuldade tinha
mais facilidade de chegar a uma solução eficiente, e sempre conseguia a proatividade de seus
liderados.
Quando o supervisor que tinha poder pedia, sempre era ignorado e sempre faziam seus
pedidos de má vontade.
Sempre observei o tipo de liderança em uma mesma função e o abismo de resultados que
existe entre autoridade e poder.
A função pode dar o poder para comandar, mas nunca dará a autoridade para liderar.
Humildade
Certa vez na empresa 1 que trabalhei, foi contratado um português, a função dele era fazer
algumas mudanças na linha de produção para buscar aumentar os resultados.
Ao chegar na produção, o português fez várias mudanças, sem fazer nem uma pergunta aos
operários que ali trabalhavam. Durante algum tempo, o português tentou aumentar a produção
mudando os equipamentos de lugar, até ter a ideia de juntar duas máquinas assim fazendo uma
linha continua de produção.
Existia duas máquinas, e sempre uma dava problema, então quando uma parava a outra
continuava, por tanto, separadas elas eram bem mais produtivas que juntas. Mas o que ele não
sabia, era o fato de que, as máquinas viviam dando problema, então, quando uma máquina
quebrava a produção toda parava.
Nunca vi, em nem uma das empresas, que passei, o gerente ou supervisor perguntar para seu
subordinado o que fazer, mais já observei diversas vezes o supervisor, gerente ou encarregado,
quebrando a cabeça e o “peão” com a resposta na ponta da linguá.
A melhor pessoa para solucionar um problema sempre será aquela que convive com o mesmo.
Não conheço um exemplo na história, de pessoas que solucionaram problemas sem estar na
quele mundo, nunca ouvi Bach teorizar sobre física quântica ou Einstein sobre música clássica.
Portanto para solucionar um problema é preciso conviver um período com o mesmo para sentir
a solução.
Os supervisores tentam resolver o problema, inventando uma solução ineficaz, e empurram
para o peão e acham que está tudo bem, além da perda na produção por piorar o processo,
ainda tem a queda nos pontos de motivação do trabalhador.
8
Ser humilde é simplesmente ter a sutileza para conversar com uma pessoa, que mesmo que
não tenha o mesmo preparo que você, e chegar em uma solução justa onde aumente a
produção e a qualidade de vida do funcionário.
A arte de perdoar
Este tópico eu também tenho que aprender, e aplicar com mais frequência, pedir desculpa
mesmo estando certo é uma arte. Muitas vezes saímos do sério, e discutimos com bons
funcionário, com companheiros e cortamos aquela parceria, que independentemente das
desavenças funciona bem.
Pedir desculpa mesmo estando certo pode fortificar uma parceria ainda mais, pois as pessoas
carecem de estar certas, e quando um pedido de desculpa inesperado surge, fica fácil retomar
uma velha parceria.
Durante um período na empresa 3 em que trabalhei fiquei sendo o quebra-galho durante um
tempo razoavelmente longo, na função em que eu ficava isso era extremamente estressante e
durante um tempo aceitei o desafio para provar para mim mesmo e meus companheiros o meu
potencial, alguns meses se passaram e eu percebi que não estava ganhando nada com aquilo,
não estava sendo reconhecido, então pedi para ser mudado de função, como eu era o único
que se encaixava perfeitamente na função (isso na cabeça dos lideres) não tinha como ser
mudado de lugar, eu observava e percebi que quem reclamava não era mudado de função o
famoso quem não chora não mama. Certo dia depois do quinto mês sendo mudado de função,
todos os dias me estressei com o meu supervisor, discutimos na frente de todos e criamos um
clima muito desconfortável, ficamos sem nos falar direito por alguns dias, e então ele chegou a
mim e se desculpou mesmo sabendo que não estava errado mais também não estava certo,
após este episódio eu percebi a importância do perdão e comecei a observar que o perdão
pode fortalecer e muito a autoridade dos lideres.
Conheça o serviço
A liderança pelo exemplo é uma das melhores formas de se conquistar autoridade perante a
sua equipe. Na empresa 3 existia um supervisor que antes de ser promovido ele exercia a
mesma função que os peões estavam, o chamarei aqui de “Pedrinho”.
Pedrinho era um supervisor muito passivo, mas de vez em quando ele dava alguns deslizes e
mostrava a sua natureza, um exemplo disso foi quando eu estava aprendendo uma nova função
e ele veio me cobrar resultados que eram impossíveis de eu alcançar com o grau de
experiência que eu tinha, no momento, naquela função.
-Vitor
-Sim
- Eu fiz um acompanhamento, e percebi que você não está dando o resultado esperado.
- Olha eu, estou aqui só a 3 dias e tenho certeza que estou dando o máximo de mim.
- Bom, eu já fiz o mesmo que você está fazendo, e aprendi muito rápido, portanto é bom você
aprender isso logo.
9
Fiquei muito irritado com aquela conversa, trabalhei normalmente durante do dia e, de noite fui
para um happy hour, com companheiros de trabalho. Depois de alguns copos de cerveja, falei
para um companheiro o ocorrido:
- Olha, hoje o Pedrinho venho me cobrar resultados de funções que eu nem aprendi ainda
- Haha! Quando ele vier falar assim com você, pergunta a ele o que ele fazia na época dele, ele
era o pior e até hoje não consegue fazer o serviço.
Depois de algum tempo, Pedrinho veio me cobrar mais resultados, e eu sabendo do passado
dele, pedi para ele me ensinar e o mesmo não foi capaz de tal coisa.
A liderança por exemplo é a melhor maneira de conquistar a sua equipe. Todas as pessoas
buscam um líder onde possam se inspirar pelas ações dele, mesmo que essa busca não seja
consciente. O ser humano, gosta de observar o companheiro do lado e se influenciar por
aquelas ações, sendo boas ou ruins. Se o líder der bons exemplos a tendência é que a equipe
crie uma cultura inspirada no seu líder.
Grupos internos
Em equipes muito grandes, é impossível homogenizar todos os funcionários, mais quando não
tiver escolha tente identificar os grupos internos e se adaptar a cultura de cada um sendo
flexível o suficiente para conseguir autoridade sobre a maioria.
Grupinhos internos são evidências claras de liderança fraca, mais nem jesus agradou a todos,
então provavelmente se uma equipe passar dos 15 funcionários será quase que impossível
manter um grupo homogêneo.
É extremamente essencial saber o que seus funcionários precisam e dependendo da cultura
trabalhista de cada um, suas necessidades são diferentes. Se o seu grupo de trabalho busca
evoluir em resultados cada vez melhores a tendência é você buscar a excelência também.
Lembro de quando eu estava na quinta série e conheci duas pessoas que me influenciariam
para o resto da minha vida.
William e Cicero tinham mais ou menos 13 anos quando os conheci, três crianças da quinta
série e nossa diversão era conversar sobre segunda guerra mundial, nosso livro, Medal of
Honor 2 para ps1, passávamos todo o nosso recreio conversando sobre as batalhas da
segunda guerra que aprendíamos no videogame, em aula nosso jogo era tirar uma nota maior
que o outro, só para zoar. Nós não percebíamos mais as nossas brincadeiras estavam
despertando sede de conhecimento em nós, se não tivesse conhecido eles, e nem brincado
com eles talvez hoje não teria senso crítico o suficiente para esta escrevendo este livro. Este é
o melhor exemplo que tenho de que a cultura do grupo pode influenciar nas nossas
necessidades e atitudes.
Sua equipe
Para ter bons resultados é extremamente essencial conhecer cada membro do seu time, pois só
assim é possível traçar uma estratégia rumo a resultados satisfatórios.
10
Uma das qualidades mais eficientes de um líder é saber do que sua equipe é capaz.
Ter um caderno com anotações de observações, é uma excelente arma para poder mapear as
características de cada membro de sua equipe, assim o líder terá maior facilidade para buscar
saídas em situações adversas.
Uma das melhores características de Aníbal Barca general de Cartago, inimigo numero um de
roma nas guerras púnicas, era saber quais as características de seus soldados, pois ele tinha a
liderança de diversas tribos do norte da Africa, e cada tribo tinha a sua característica, como por
exemplo os nu médiuns (se lê numedas) eram guerreiros que não usavam armadura e por tanto
sua cavalaria era mais rápida do que a cavalaria inimiga, durante 40 anos Aníbal Barca lutou
contra o Roma e durante 40 anos Aníbal venceu Roma.
Muitas vezes observei os supervisores procurando saídas para um problema e boa parte das
vezes a solução era um funcionário.
Lembro de quando estava em uma fase superestressante na empresa 3 estava sendo mudado
de função todos os dias, por um lado era ruim por não aprender a função direito e não atingir o
objetivo da maneira que eu queria, ficava frustrado por isso, mas, por outro lado, eu estava
aprendendo muito, e eu gostava dessa parte, neste período eu aprendi 14 diferentes funções.
Certo dia o meu supervisor estava preocupado e não sabia o que fazer então, eu perguntei, a
ele o que estava acontecendo, ele me respondeu que não tinha ninguém para botar na função
que estava faltando uma pessoa, logo eu respondi, olha pelo que eu sei o “Rafinha” conhece
isso muito bem, ai ele me perguntou como é que eu sabia, logo eu respondi que eu já tinha visto
ele na quela função e já pedi dicas para ele de como se faz, eu curioso como sempre perguntei
a ele, o que ele sabia sobre mim, me respondeu que eu só sabia 3 funções, fiquei espantado,
depois decepcionado, pois tinha me esforçado em aprender e eu não estava demonstrando,
conversei com ele e falei o que eu sabia.
Confiança da equipe
Para ganhar a confiança de uma equipe, provavelmente só haverá uma oportunidade e é o que
definirá se a equipe dará a autoridade ou o líder ficara só com o poder.
É de extrema importância conquistar a autoridade de sua equipe, entrar em um ambiente
desconhecido é assustador e chegar cobrando resultados ou ameaçando os funcionários
querendo mostrar quem é que manda, não é a melhor escolha para conquistar a autoridade
para com a sua equipe.
Quando um supervisor, gerente ou encarregado, chega em um ambiente novo e encontra uma
equipe totalmente desconhecida, a mesma ficará com medo do novo líder e a primeira reação
será fazer um julgamento, e provavelmente este não terá uma boa sentença, lembre-se o líder é
um alvo e os conceitos sobre ele sempre serão ruins, antes da conquista da autoridade.
A melhor maneira de chegar em um novo ambiente é fazer uma reunião, com um discurso breve
falando como é o líder e o que espera de todos e que veio para somar, e que a primeiro
momento está ali para aprender, seja cordial, e lembre-se nunca minta, mentir é a pior saída
quando conhecer uma nova equipe, pois mentiras nunca duram muito e uma hora ou outra será
o ponta pé inicial para perda total da autoridade.
Pra conhecer melhor a equipe nada melhor do que um bom happy hour, ou uma social na
própria casa nos primeiros finais de semana, la poderão conversar melhor e conhecer cada um
e começar a criar uma boa relação com o seu novo time.
11
Na empresa 1 lembro de quando o supervisor se aposentou, logo foi substituído por outro mais
novo e sem experiência no setor. Naquele período eu já estava um pouco desanimado e estava
querendo trocar de empresa. Certo dia o novo supervisor chamou um por um na sua mesa para
conversar, cada um teve sua hora de conversar a sós com ele, até que chegou a minha vez, ele
me cumprimentou e veio fazendo um discurso, dizendo que todos ali tínhamos contas a pagar e
que poderíamos ser mandado embora a qual quer momento, eu fiquei escutando até chegar o
meu direito de resposta, quando chegou a minha vez eu dei o meu parecer e disse que queria
ser mandado embora pois eu era solteiro, não tinha contas a pagar tinha dinheiro pra me
aguentar por pelo menos 6 meses, conversamos durante quase uma hora, um mês depois me
deram férias na volta das férias fui demitido, três meses depois o supervisor também foi
demitido.
No momento que um líder tentar impor o poder, através de ameaças, ele nunca terá autoridade
para com sua equipe.
Reconhecimento
Um grande pecado dos líderes que conheci é não reconhecer o esforço da própria equipe, um
tapinha nas costas um obrigado ou até mesmo “Bom trabalho”, essas simples atitudes
contribuem muito na motivação de uma equipe.
Muitos líderes não sabem reconhecer a sua equipe, não estou dizendo para aumentar o salário
do funcionário a cada tarefa que ele fizer, estou dizendo para agradecer ou falar em uma
reunião quando o resultado for muito bom. Um muito obrigado pode fortalecer e muito a
autoridade sobre um funcionário, agradecer por um trabalho bem-feito vai muito mais além de
um gesto de educação, agradecer o funcionário após a tarefa concedida o motiva e reconhece o
trabalho do mesmo. Todos nós nascemos querendo ser o melhor naquilo em que trabalhamos,
a diferença é que uns são mais motivados do que outros. A motivação de uma equipe é de total
responsabilidade de seu líder, se a moral da equipe esta baixa e com resultados fracos, o líder é
o único responsável.
Faz parte de um bom sistema de recompensa saber a hora de exigir do seu funcionário e a hora
de deixá-lo descansar. Quando se exige muito de um funcionário por mais eficiente que ele
seja, chega uma hora que o mesmo ficara tão estressado que a produção cairá, antes que isso
aconteça de um tempo de descanso para ele, não estou falando em deixá-lo de folga mas de
dar para o mesmo uma função mais suave, que de para ele descansar.
Um líder que dominar um sistema de recompensa equilibrado terá uma equipe com
profissionais motivados.
Um dia quando acabara de terminar uma tarefa que eu não gostava muito na empresa 3 o
supervisor chegou até a mim e falou, era por isso que eu queria você nesta posição, nesta
tarefa você é um dos melhores, naquele momento a minha moral ficou tão alta que a minha
produção aumentou de forma espantosa, e durante um tempo meu cansaço havia diminuído
exponencialmente.
Ser humano
12
Muitas vezes o líder exige muito do seu funcionário até levá-lo ao limite. Levar o funcionário ao
limite é algo que não pode acontecer de maneira alguma. Além de deixar o funcionário exausto
o líder perderá pontos em autoridade, respeito e motivação.
Ninguém consegue funcionar 24 horas por dia, a menos que esteja empenhado em um sonho
pessoal. Saber dosar a hora de exigir e relaxar é uma ótima estratégia para se adquirir respeito,
motivação e autoridade, pois nem um funcionario seu que tenha a capacidade de inovar, será
uma máquina. Se o líder tem total sabedoria que seu funcionário é um ser humano, ele terá
bons funcionários que o ajudarão na hora que for necessário.
Durante o período mais complicado e estressante que passei na empresa 3 foi quando todos os
dias eu era mudado de função, depois de 5 meses pedi para ficar fixo em uma função por pelo
menos um mês, o meu pedido não foi atendido. Insisti por um mês e não fui atendido, então
comecei a ficar irritado estressado por qual quer motivo. Até que certa vez estava sentado
olhando meu contracheque no sistema e o supervisor vem me cobrar que eu estou parado, sem
mesmo me fazer uma pergunta, ele fala, ou você levanta agora ou eu vou falar para o gerente
que você não quer trabalhar, furioso eu levanto e grito com ele “EU VOU NA FRENTE”,
espantado ele fica sem reação, discutimos por alguns minutos e cada um vai para o seu canto.
Este é um exemplo claro que não devemos levar os funcionários ao extremo, depois deste
episódio, outra pessoa ficou no meu lugar, dois dias depois pedimos desculpas um para o outro
e tomamos o serviço normalmente.
Medo de perder o emprego
Um dos piores inimigos do profissional é o medo de perder o emprego, quando esse medo
existe o profissional não consegue dar o máximo de si, pois para conseguir é essencial inovar, e
inovação as vezes é comparado com loucura.
Todos nós temos motivos de sobra para ter medo de perder o emprego, mas devemos superar
este medo, e ajudar os nossos subordinados a superar também. Vamos nomear a partir de
agora esse medo como zona de conforto. Cair na zona de conforto é um perigo, dependendo do
objetivo desejado pelo profissional, seja ele líder ou liderado.
Na maioria dos casos o medo é precedido pelo pensamento de falta de oportunidades, e em
alguns casos na falta de confiança no próprio trabalho. Ninguém consegue trabalhar direito,
pensando nas contas para pagar no final do mês. Para ser um bom profissional devemos fazer
o que gostamos de fazer, pois assim faremos bem-feito, em segundo lugar, devemos ter
investimentos para que o nosso emprego de não seja a única fonte de renda, pode ser um
aluguel, ações de longo prazo e etc, poupança muito gorda não conta, pois não é fonte de
rende e sim mais um sintoma de zona de conforto no banco, assim ficaremos mais tranquilos na
hora de inovar.
Muitos dos liderados também possuem este medo, e não tem a menor ideia do malefício que
fazem para si mesmo, o medo pode travar na hora de opinar em decisões importantes em uma
reunião ou na produção. É dever do líder identificar as pessoas que estão com esse medo e
trabalhar para que eles percam esse medo, assim todos as equipes além de ficarem mais
eficientes na hora de inovar, também ficaram mais motivadas, afinal ninguém consegue
trabalhar direito pensando nas contas para pagar no final do mês.
13
Um dia conversando com um amigo, sobre produção, ele me disse que nenhum homem
consegue trabalhar direito e inovar, pensando nas contas do final do mês, afinal inovação vem
da sua mente trabalhando, mas a mente só pensa nas contas do final do mês. Imagina quantos
inventos o mundo perdeu para as contas do fim de mês.
Happy Hour
No happy hour após alguns copos de cerveja, os funcionários tendem a debater sobre o dia a
dia do trabalho e em boa parte das vezes eles falam sobre boas ideias para se aplicar na
empresa. Normalmente eles falam com mais sinceridade sob efeito do álcool, então para um
líder que está em busca de resultados eficazes é essencial participar de um bom happy hour
com os companheiros de trabalho, assim ficará informado sobre os problemas da empresa. Na
quela hora especial da cerveja, praticamente 90 por cento das vezes os companheiros iram
identificar sem muito alarde e sem muita consciência os puxa saco, que são perigosos para a
motivação da equipe.
Uma vez chamei um velho amigo para me visitar em Petrópolis e conhecermos os bares da
região serrana, ele ficou muito animado e falou que alguns amigos do trabalho dele também
moravam lá e os convidou.
Na choperia do centro de Petrópolis bebemos um pouco e começamos a conversar sobre o que
acontecia em nossos respectivos empregos, ali conversamos sobre tudo, puxa saco,
promoções, mudanças de função, salário, lideranças e etc, Fiquei sabendo de tudo que
acontecia no banco em que ele trabalhava.
Durante aquela noite pude perceber como é importante a comunicação entre lideres e liderados,
só com um bom relacionamento podemos adquirir conhecimento para buscar criar um ambiente
de trabalho melhor.
Créditos finais
Escrevi este pequeno livro sob um surto criativo que tive na madrugada de 23 de agosto de
2013. Essas questões já assombravam a minha mente a um bom tempo e senti a necessidade
de compartilhar com aqueles que se identifiquem.
Se você gostou compartilha clicando la em cima, assim você contribui para que esta
mensagem chegue ao máximo de pessoas possível. Deixe nos comentários a sua opinião, boa
ou ruim, vou adorar ler qualquer as duas.
Victor Oliveira, 23/08/2013 -
Contato:
e-mail: victoroliveira626@gmail.com
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A arte da liderança para inspirar colaboradores

  • 2. Não são quantos anos você viveu e sim a intensidade que você absorveu as experiências que se passaram, que definem, o nível de maturidade e conhecimento que o individuo possui. 2
  • 3. Agradeço a todos os meus amigos que compartilham da minha loucura, e me escutam nos meus momentos de mista insanidade e criatividade. 3
  • 4. Índice Sobre o autor......................................................................................................................05 Apresentação......................................................................................................................05 Peão ou colaborador? ........................................................................................................06 Cultura dos peões...............................................................................................................07 Poder e autoridade.............................................................................................................08 Humildade...........................................................................................................................08 A arte de perdoar................................................................................................................09 Conheça o serviço..............................................................................................................09 Grupos internos..................................................................................................................10 Confiança da equipe...........................................................................................................11 Reconhecimento.................................................................................................................15 Ser humano........................................................................................................................13 Medo de perder o emprego................................................................................................13 Happy hour..........................................................................................................................14 Créditos finais.....................................................................................................................14 4
  • 5. Sobre o autor Durante esse meu “longo” tempo de vida, passei por três empresas, nas quais não citarei os nomes aqui. Eu, desde pequeno fui muito curioso, sempre gostei de ver TV escola e documentários, e um assunto que sempre chamou minha atenção foi administração de empresas, Liderança e empreendedorismo para ser mais especifico. Não tive muitas oportunidades de liderar e empreender apos a escola, em meus empregos sempre fui do nível operacional, apesar de ter tido muita intimidade com outras funções. Durante o meu emprego de auxiliar de produção na empresa 1, fiz um curso de administração no SENAC RIO, entrei em contato com muitas informações que eu comparava com meu cotidiano dentro da empresa. A vantagem que eu tinha era que eu testava certos conceitos com a classe de base deste sistema, assim tirava conclusões mais sinceras sobre certos assuntos. Como eu sempre fui curioso, eu sempre observei os pequenos erros da liderança de onde eu trabalhava, tentando absorver o máximo possível para não cometê-los quando ocupasse um cargo parecido. Depois de uma discussão entre Líder e liderado na empresa 1 eu passei a anotar os erros que eu observava no cotidiano da produção, adorava começar debates sobre os problemas da produção para saber o que lideres e liderados estavam pensando. Sempre observei alguns deslises que lideres cometiam que para eles eram a coisa certa a se fazer, mas, na cabeça dos “peões” era totalmente absurdo. Apresentação Decidi escrever este livro para compartilhar minhas experiências com todas as pessoas, que tenham o mesmo ideal que eu, de contribuir para um ambiente de trabalho melhor, onde cada ação da liderança seja feita com bases fortes que beneficiem ambos os lados. Mostrarei com exemplos reais, pequenos erros (na minha opinião) de gerentes, supervisores e encarregados, onde eles destroem completamente a autoridade que tem, sendo quase que impossível voltar a ser o que era antes. Poderemos observar que nos dias atuais, não são os “peões” que devem se adaptar as empresas, pois esses são desprovidos da capacidade de questionamento e adaptação de pessoas mais instruídas, veremos que são os lideres que devem se adequar a sua equipe, sugando da forma mais ecologicamente possível, os recursos que dispõem sem matar a fonte de onde mina tal energia. Em certa empresa, existia um setor de embalagem, ali tinha diversas caixas de papelão onde cada tamanho de caixa era pré determinada para cada produto. Neste setor tinha acabado de entrar um funcionário novo, Marcelinho, um rapaz jovem, recém-saído do ensino médio, cheio de expectativas e energia, onde desprendia em trabalho durante o dia, cursos durante a noite, e pré-vestibular durante os finais de semana, pois universidade publica era seu sonho. Neste mesmo setor, tinha as figurinhas de sempre, um encarregado puxa-saco com medo de perder o próprio emprego, pois ele ralou 8 anos para para conseguir aquele cargo, e não se sente preparado para está ali. Funcionários de mais de 14 anos que ocupavam a mesma função, bons funcionários que produziam acima da média, mais brincavam de mais, um 5
  • 6. maluquinho(especial), que era o mascote da turma, e alguns grupinhos. Alguns meses depois, Marcelinho tinha um bom relacionamento com a supervisão, pois ele era esforçado e dominava ferramentas de busca na internet, e sempre que precisava seu supervisor lhe pedia favores, isso despertou um pavor no encarregado, pois o mesmo não se sentia apto ao cargo, e antes quem fazia os pedidos do supervisor era o encarregado. Depois de certo tempo, qualquer coisa era desculpa para Marcelinho e o encarregado discutirem. Certa vez, após discutir com Marcelinho o encarregado tentou demiti-lo na frente de todos, para impor respeito, foi correndo ao supervisor e disse: -Temos que demitir o Marcelinho -E porque eu iria demiti-lo? -Ele fala e anda de mais! -Se for demitir alguém por falar e andar de mais, esse alguém seria você, pois quem mais fala e anda aqui é você. Irritado o encarregado volta e diz gritando para Marcelinho -Você não vai pegar o meu lugar, não vai! Neste setor tinha 13 funcionários e todos ficaram olhando uns para a cara dos outros. O que você aprenderia com essa situação? Peão ou colaborador? Quando comecei a trabalhar na empresa 1 comecei a observar quem estava ali para somar e quem estava só para ganhar um trocado. Durante algum tempo tentei definir o que era peão, e cheguei a uma conclusão. Peão é aquele funcionário que busca ganhar o dinheiro no final do mês, pois este é o seu único objetivo para com o trabalho. Peão não aceita novas ideias, além de não gostar, tem medo, assim como baratas tem medo da luz. Frases como “faz só o seu trabalho”, “porque fazer isso, não é minha função”,“mal vejo a hora de me aposentar” são típicas de peões. Parece que eles tem medo do trabalho e ao mesmo tempo morre de medo de perdê-lo, se pudesse ficar em casa ganhando dinheiro não pensariam duas vezes, nunca buscam somar forças em uma equipe, se agarram a sua zona de conforto e nunca sairão de lá por vontade própria. Não confunda peão com colaborador. Quando identificar uma pessoa fazendo o seu trabalho e aquele pouquinho além, pode ter certeza que aquela pessoa veio para somar, e terá um futuro brilhante. A diferença de peão para colaborador é que os peões não gostam de trabalhar e os colaboradores amam trabalhar, não quero dizer que todos nós devemos trocar nossos lares pelo trabalho, longe disso, coloque sua família sempre em primeiro lugar, pois no final da vida só o que restará serão as lembranças que nós tivemos com os amigos e a família. Um bom colaborador é aquele que busca somar forçar com seus colegas, e alcançar objetivos que a primeira vista parece impossível. O colaborador faz da dificuldade uma motivação, e sempre busca melhorar em que faz, sem pensar nas recompensas que viram. 6
  • 7. Um exemplo de colaborador que passou pela minha vida foi quando trabalhei na “empresa 2”, depois de trabalhar la por um tempo, a empresa abriu uma nova loja na cidade vizinha e os seus novos funcionários vieram treinar um mês na minha loja. Quando apareceram os novos funcionários que eu treinaria conheci o “Fabinho”, desde quando o vi percebi que era um bom garoto e chegou para somar, não tive dificuldades de ensiná-lo a função pois o mesmo aprendia rápido e já tinha experiência no ramo. Depois de mais ou menos 1 ano, eu já tinha mudado de empresa, encontrei o “Fabinho” na loja da cidade vizinha, conversei com ele durante alguns minutos e fiquei sabendo que ele tinha recebido duas promoções em menos de um ano fiquei muito feliz por ele, e perguntei o segredo dele para conseguir aquelas promoções, ele disse, simples, busquei aprender as funções do cargo que eu queria nos meus períodos livres, assim quando apareceu a oportunidade eu era o mais indicado para a função. Depois de conversar com o Fabinho, consegui distinguir a diferença entre peão e colaborador. Cultura dos peões Independentemente do tipo de pessoa, esses trabalhadores anseiam por uma liderança inspiradora. Já observei diversas vezes os supervisores quebrando a cabeça para solucionar algum problema e um funcionário do nível operacional ter a resposta na ponta da língua, parece simples mas isso acontece com muita frequência, nos sistemas de produção onde não tem um dialogo aberto entre líder e liderado, isso acontece por um motivo, na cabeça de qualquer peão, o chefe sempre será visto com maus olhos, pois o simples fato dele ser chefe o faz uma pessoa ruim. Um peão sempre falara mal do chefe pelas costas, um colaborador não. Entre os tipos de peões, tem dois principais, os que querem crescer dentro da empresa e os acomodados, com o acomodado deve-se observar seus resultados, se forem positvos, incentive-o a buscar conhecimento para subir na empresa pois o exemplo de resultados de empregados antigos será um incentivo aos que estão chegando na empresa agora, em outras palavras não aceite acomodados na sua equipe, sempre incentive-os a buscar algo melhor mesmo que não continuem na sua empresa, pois o exemplo de vitórias ou até de derrotas é a inspiração para decisões do resto de sua equipe. Peão é um tipo de pessoa que não compreende o que está acontecendo a sua volta, normalmente ele não gosta de trabalhar, se pudesse se aposentar nunca mais botaria um pé na empresa, sempre vão achar que ganham pouco e trambalham muito, e por isso não podem mostrar um serviço de melhor qualidade. Poucos dias antes de entrar na empresa 1 tive uma conversa com um primo meu onde ele me falou que devemos trabalhar 40% a menos da nossa capacidade, pois quanto mais trabalhamos mais nos é cobrado e nem um reconhecimento e conferido em troca. De certa forma meu primo tinha razão mas isso só ira acontecer em um sistema com uma liderança fraca. Esta conversa me fez perceber bem como é a cultura de um peão. Poder e autoridade Já vi diversos lideres sendo mal-educados com os seus subordinados, me pergunto como essas 7
  • 8. pessoas são em casa, pois se não usam as regras de etiqueta que ensinam para seus filhos, como poderão liderar uma equipe rumo a um objetivo? A educação constrói uma base forte para a autoridade, que é diferente do poder. Autoridade é aquele sentimento inspirador, que faz o liderado agir de boa vontade, dando assim mais eficiência ao seu trabalho. A autoridade não pode ser transferida, não pode ser vendida, ela só pode ser conquistada. O poder é aquele que é dado por uma força, pode ser observado nas patentes do exercito. O poder pode ser dado, ser transferido, e pode ser vendido, mas com poder não se levanta a moral de uma equipe, ou a faz produzir mais, pelo contrário tende a cair de produção, pois a ações ordenadas pelo líder é feito de má vontade. Na “empresa 3” tive um exemplo de poder e autoridade, lá tinha dois supervisores, um era comunicativo, já tinha exercido a função dos liderados com eficiência e qualidade, o outro era mais retraído, mandava porque era supervisor. Quando o supervisor com autoridade pedia aos funcionários para superar certa dificuldade tinha mais facilidade de chegar a uma solução eficiente, e sempre conseguia a proatividade de seus liderados. Quando o supervisor que tinha poder pedia, sempre era ignorado e sempre faziam seus pedidos de má vontade. Sempre observei o tipo de liderança em uma mesma função e o abismo de resultados que existe entre autoridade e poder. A função pode dar o poder para comandar, mas nunca dará a autoridade para liderar. Humildade Certa vez na empresa 1 que trabalhei, foi contratado um português, a função dele era fazer algumas mudanças na linha de produção para buscar aumentar os resultados. Ao chegar na produção, o português fez várias mudanças, sem fazer nem uma pergunta aos operários que ali trabalhavam. Durante algum tempo, o português tentou aumentar a produção mudando os equipamentos de lugar, até ter a ideia de juntar duas máquinas assim fazendo uma linha continua de produção. Existia duas máquinas, e sempre uma dava problema, então quando uma parava a outra continuava, por tanto, separadas elas eram bem mais produtivas que juntas. Mas o que ele não sabia, era o fato de que, as máquinas viviam dando problema, então, quando uma máquina quebrava a produção toda parava. Nunca vi, em nem uma das empresas, que passei, o gerente ou supervisor perguntar para seu subordinado o que fazer, mais já observei diversas vezes o supervisor, gerente ou encarregado, quebrando a cabeça e o “peão” com a resposta na ponta da linguá. A melhor pessoa para solucionar um problema sempre será aquela que convive com o mesmo. Não conheço um exemplo na história, de pessoas que solucionaram problemas sem estar na quele mundo, nunca ouvi Bach teorizar sobre física quântica ou Einstein sobre música clássica. Portanto para solucionar um problema é preciso conviver um período com o mesmo para sentir a solução. Os supervisores tentam resolver o problema, inventando uma solução ineficaz, e empurram para o peão e acham que está tudo bem, além da perda na produção por piorar o processo, ainda tem a queda nos pontos de motivação do trabalhador. 8
  • 9. Ser humilde é simplesmente ter a sutileza para conversar com uma pessoa, que mesmo que não tenha o mesmo preparo que você, e chegar em uma solução justa onde aumente a produção e a qualidade de vida do funcionário. A arte de perdoar Este tópico eu também tenho que aprender, e aplicar com mais frequência, pedir desculpa mesmo estando certo é uma arte. Muitas vezes saímos do sério, e discutimos com bons funcionário, com companheiros e cortamos aquela parceria, que independentemente das desavenças funciona bem. Pedir desculpa mesmo estando certo pode fortificar uma parceria ainda mais, pois as pessoas carecem de estar certas, e quando um pedido de desculpa inesperado surge, fica fácil retomar uma velha parceria. Durante um período na empresa 3 em que trabalhei fiquei sendo o quebra-galho durante um tempo razoavelmente longo, na função em que eu ficava isso era extremamente estressante e durante um tempo aceitei o desafio para provar para mim mesmo e meus companheiros o meu potencial, alguns meses se passaram e eu percebi que não estava ganhando nada com aquilo, não estava sendo reconhecido, então pedi para ser mudado de função, como eu era o único que se encaixava perfeitamente na função (isso na cabeça dos lideres) não tinha como ser mudado de lugar, eu observava e percebi que quem reclamava não era mudado de função o famoso quem não chora não mama. Certo dia depois do quinto mês sendo mudado de função, todos os dias me estressei com o meu supervisor, discutimos na frente de todos e criamos um clima muito desconfortável, ficamos sem nos falar direito por alguns dias, e então ele chegou a mim e se desculpou mesmo sabendo que não estava errado mais também não estava certo, após este episódio eu percebi a importância do perdão e comecei a observar que o perdão pode fortalecer e muito a autoridade dos lideres. Conheça o serviço A liderança pelo exemplo é uma das melhores formas de se conquistar autoridade perante a sua equipe. Na empresa 3 existia um supervisor que antes de ser promovido ele exercia a mesma função que os peões estavam, o chamarei aqui de “Pedrinho”. Pedrinho era um supervisor muito passivo, mas de vez em quando ele dava alguns deslizes e mostrava a sua natureza, um exemplo disso foi quando eu estava aprendendo uma nova função e ele veio me cobrar resultados que eram impossíveis de eu alcançar com o grau de experiência que eu tinha, no momento, naquela função. -Vitor -Sim - Eu fiz um acompanhamento, e percebi que você não está dando o resultado esperado. - Olha eu, estou aqui só a 3 dias e tenho certeza que estou dando o máximo de mim. - Bom, eu já fiz o mesmo que você está fazendo, e aprendi muito rápido, portanto é bom você aprender isso logo. 9
  • 10. Fiquei muito irritado com aquela conversa, trabalhei normalmente durante do dia e, de noite fui para um happy hour, com companheiros de trabalho. Depois de alguns copos de cerveja, falei para um companheiro o ocorrido: - Olha, hoje o Pedrinho venho me cobrar resultados de funções que eu nem aprendi ainda - Haha! Quando ele vier falar assim com você, pergunta a ele o que ele fazia na época dele, ele era o pior e até hoje não consegue fazer o serviço. Depois de algum tempo, Pedrinho veio me cobrar mais resultados, e eu sabendo do passado dele, pedi para ele me ensinar e o mesmo não foi capaz de tal coisa. A liderança por exemplo é a melhor maneira de conquistar a sua equipe. Todas as pessoas buscam um líder onde possam se inspirar pelas ações dele, mesmo que essa busca não seja consciente. O ser humano, gosta de observar o companheiro do lado e se influenciar por aquelas ações, sendo boas ou ruins. Se o líder der bons exemplos a tendência é que a equipe crie uma cultura inspirada no seu líder. Grupos internos Em equipes muito grandes, é impossível homogenizar todos os funcionários, mais quando não tiver escolha tente identificar os grupos internos e se adaptar a cultura de cada um sendo flexível o suficiente para conseguir autoridade sobre a maioria. Grupinhos internos são evidências claras de liderança fraca, mais nem jesus agradou a todos, então provavelmente se uma equipe passar dos 15 funcionários será quase que impossível manter um grupo homogêneo. É extremamente essencial saber o que seus funcionários precisam e dependendo da cultura trabalhista de cada um, suas necessidades são diferentes. Se o seu grupo de trabalho busca evoluir em resultados cada vez melhores a tendência é você buscar a excelência também. Lembro de quando eu estava na quinta série e conheci duas pessoas que me influenciariam para o resto da minha vida. William e Cicero tinham mais ou menos 13 anos quando os conheci, três crianças da quinta série e nossa diversão era conversar sobre segunda guerra mundial, nosso livro, Medal of Honor 2 para ps1, passávamos todo o nosso recreio conversando sobre as batalhas da segunda guerra que aprendíamos no videogame, em aula nosso jogo era tirar uma nota maior que o outro, só para zoar. Nós não percebíamos mais as nossas brincadeiras estavam despertando sede de conhecimento em nós, se não tivesse conhecido eles, e nem brincado com eles talvez hoje não teria senso crítico o suficiente para esta escrevendo este livro. Este é o melhor exemplo que tenho de que a cultura do grupo pode influenciar nas nossas necessidades e atitudes. Sua equipe Para ter bons resultados é extremamente essencial conhecer cada membro do seu time, pois só assim é possível traçar uma estratégia rumo a resultados satisfatórios. 10
  • 11. Uma das qualidades mais eficientes de um líder é saber do que sua equipe é capaz. Ter um caderno com anotações de observações, é uma excelente arma para poder mapear as características de cada membro de sua equipe, assim o líder terá maior facilidade para buscar saídas em situações adversas. Uma das melhores características de Aníbal Barca general de Cartago, inimigo numero um de roma nas guerras púnicas, era saber quais as características de seus soldados, pois ele tinha a liderança de diversas tribos do norte da Africa, e cada tribo tinha a sua característica, como por exemplo os nu médiuns (se lê numedas) eram guerreiros que não usavam armadura e por tanto sua cavalaria era mais rápida do que a cavalaria inimiga, durante 40 anos Aníbal Barca lutou contra o Roma e durante 40 anos Aníbal venceu Roma. Muitas vezes observei os supervisores procurando saídas para um problema e boa parte das vezes a solução era um funcionário. Lembro de quando estava em uma fase superestressante na empresa 3 estava sendo mudado de função todos os dias, por um lado era ruim por não aprender a função direito e não atingir o objetivo da maneira que eu queria, ficava frustrado por isso, mas, por outro lado, eu estava aprendendo muito, e eu gostava dessa parte, neste período eu aprendi 14 diferentes funções. Certo dia o meu supervisor estava preocupado e não sabia o que fazer então, eu perguntei, a ele o que estava acontecendo, ele me respondeu que não tinha ninguém para botar na função que estava faltando uma pessoa, logo eu respondi, olha pelo que eu sei o “Rafinha” conhece isso muito bem, ai ele me perguntou como é que eu sabia, logo eu respondi que eu já tinha visto ele na quela função e já pedi dicas para ele de como se faz, eu curioso como sempre perguntei a ele, o que ele sabia sobre mim, me respondeu que eu só sabia 3 funções, fiquei espantado, depois decepcionado, pois tinha me esforçado em aprender e eu não estava demonstrando, conversei com ele e falei o que eu sabia. Confiança da equipe Para ganhar a confiança de uma equipe, provavelmente só haverá uma oportunidade e é o que definirá se a equipe dará a autoridade ou o líder ficara só com o poder. É de extrema importância conquistar a autoridade de sua equipe, entrar em um ambiente desconhecido é assustador e chegar cobrando resultados ou ameaçando os funcionários querendo mostrar quem é que manda, não é a melhor escolha para conquistar a autoridade para com a sua equipe. Quando um supervisor, gerente ou encarregado, chega em um ambiente novo e encontra uma equipe totalmente desconhecida, a mesma ficará com medo do novo líder e a primeira reação será fazer um julgamento, e provavelmente este não terá uma boa sentença, lembre-se o líder é um alvo e os conceitos sobre ele sempre serão ruins, antes da conquista da autoridade. A melhor maneira de chegar em um novo ambiente é fazer uma reunião, com um discurso breve falando como é o líder e o que espera de todos e que veio para somar, e que a primeiro momento está ali para aprender, seja cordial, e lembre-se nunca minta, mentir é a pior saída quando conhecer uma nova equipe, pois mentiras nunca duram muito e uma hora ou outra será o ponta pé inicial para perda total da autoridade. Pra conhecer melhor a equipe nada melhor do que um bom happy hour, ou uma social na própria casa nos primeiros finais de semana, la poderão conversar melhor e conhecer cada um e começar a criar uma boa relação com o seu novo time. 11
  • 12. Na empresa 1 lembro de quando o supervisor se aposentou, logo foi substituído por outro mais novo e sem experiência no setor. Naquele período eu já estava um pouco desanimado e estava querendo trocar de empresa. Certo dia o novo supervisor chamou um por um na sua mesa para conversar, cada um teve sua hora de conversar a sós com ele, até que chegou a minha vez, ele me cumprimentou e veio fazendo um discurso, dizendo que todos ali tínhamos contas a pagar e que poderíamos ser mandado embora a qual quer momento, eu fiquei escutando até chegar o meu direito de resposta, quando chegou a minha vez eu dei o meu parecer e disse que queria ser mandado embora pois eu era solteiro, não tinha contas a pagar tinha dinheiro pra me aguentar por pelo menos 6 meses, conversamos durante quase uma hora, um mês depois me deram férias na volta das férias fui demitido, três meses depois o supervisor também foi demitido. No momento que um líder tentar impor o poder, através de ameaças, ele nunca terá autoridade para com sua equipe. Reconhecimento Um grande pecado dos líderes que conheci é não reconhecer o esforço da própria equipe, um tapinha nas costas um obrigado ou até mesmo “Bom trabalho”, essas simples atitudes contribuem muito na motivação de uma equipe. Muitos líderes não sabem reconhecer a sua equipe, não estou dizendo para aumentar o salário do funcionário a cada tarefa que ele fizer, estou dizendo para agradecer ou falar em uma reunião quando o resultado for muito bom. Um muito obrigado pode fortalecer e muito a autoridade sobre um funcionário, agradecer por um trabalho bem-feito vai muito mais além de um gesto de educação, agradecer o funcionário após a tarefa concedida o motiva e reconhece o trabalho do mesmo. Todos nós nascemos querendo ser o melhor naquilo em que trabalhamos, a diferença é que uns são mais motivados do que outros. A motivação de uma equipe é de total responsabilidade de seu líder, se a moral da equipe esta baixa e com resultados fracos, o líder é o único responsável. Faz parte de um bom sistema de recompensa saber a hora de exigir do seu funcionário e a hora de deixá-lo descansar. Quando se exige muito de um funcionário por mais eficiente que ele seja, chega uma hora que o mesmo ficara tão estressado que a produção cairá, antes que isso aconteça de um tempo de descanso para ele, não estou falando em deixá-lo de folga mas de dar para o mesmo uma função mais suave, que de para ele descansar. Um líder que dominar um sistema de recompensa equilibrado terá uma equipe com profissionais motivados. Um dia quando acabara de terminar uma tarefa que eu não gostava muito na empresa 3 o supervisor chegou até a mim e falou, era por isso que eu queria você nesta posição, nesta tarefa você é um dos melhores, naquele momento a minha moral ficou tão alta que a minha produção aumentou de forma espantosa, e durante um tempo meu cansaço havia diminuído exponencialmente. Ser humano 12
  • 13. Muitas vezes o líder exige muito do seu funcionário até levá-lo ao limite. Levar o funcionário ao limite é algo que não pode acontecer de maneira alguma. Além de deixar o funcionário exausto o líder perderá pontos em autoridade, respeito e motivação. Ninguém consegue funcionar 24 horas por dia, a menos que esteja empenhado em um sonho pessoal. Saber dosar a hora de exigir e relaxar é uma ótima estratégia para se adquirir respeito, motivação e autoridade, pois nem um funcionario seu que tenha a capacidade de inovar, será uma máquina. Se o líder tem total sabedoria que seu funcionário é um ser humano, ele terá bons funcionários que o ajudarão na hora que for necessário. Durante o período mais complicado e estressante que passei na empresa 3 foi quando todos os dias eu era mudado de função, depois de 5 meses pedi para ficar fixo em uma função por pelo menos um mês, o meu pedido não foi atendido. Insisti por um mês e não fui atendido, então comecei a ficar irritado estressado por qual quer motivo. Até que certa vez estava sentado olhando meu contracheque no sistema e o supervisor vem me cobrar que eu estou parado, sem mesmo me fazer uma pergunta, ele fala, ou você levanta agora ou eu vou falar para o gerente que você não quer trabalhar, furioso eu levanto e grito com ele “EU VOU NA FRENTE”, espantado ele fica sem reação, discutimos por alguns minutos e cada um vai para o seu canto. Este é um exemplo claro que não devemos levar os funcionários ao extremo, depois deste episódio, outra pessoa ficou no meu lugar, dois dias depois pedimos desculpas um para o outro e tomamos o serviço normalmente. Medo de perder o emprego Um dos piores inimigos do profissional é o medo de perder o emprego, quando esse medo existe o profissional não consegue dar o máximo de si, pois para conseguir é essencial inovar, e inovação as vezes é comparado com loucura. Todos nós temos motivos de sobra para ter medo de perder o emprego, mas devemos superar este medo, e ajudar os nossos subordinados a superar também. Vamos nomear a partir de agora esse medo como zona de conforto. Cair na zona de conforto é um perigo, dependendo do objetivo desejado pelo profissional, seja ele líder ou liderado. Na maioria dos casos o medo é precedido pelo pensamento de falta de oportunidades, e em alguns casos na falta de confiança no próprio trabalho. Ninguém consegue trabalhar direito, pensando nas contas para pagar no final do mês. Para ser um bom profissional devemos fazer o que gostamos de fazer, pois assim faremos bem-feito, em segundo lugar, devemos ter investimentos para que o nosso emprego de não seja a única fonte de renda, pode ser um aluguel, ações de longo prazo e etc, poupança muito gorda não conta, pois não é fonte de rende e sim mais um sintoma de zona de conforto no banco, assim ficaremos mais tranquilos na hora de inovar. Muitos dos liderados também possuem este medo, e não tem a menor ideia do malefício que fazem para si mesmo, o medo pode travar na hora de opinar em decisões importantes em uma reunião ou na produção. É dever do líder identificar as pessoas que estão com esse medo e trabalhar para que eles percam esse medo, assim todos as equipes além de ficarem mais eficientes na hora de inovar, também ficaram mais motivadas, afinal ninguém consegue trabalhar direito pensando nas contas para pagar no final do mês. 13
  • 14. Um dia conversando com um amigo, sobre produção, ele me disse que nenhum homem consegue trabalhar direito e inovar, pensando nas contas do final do mês, afinal inovação vem da sua mente trabalhando, mas a mente só pensa nas contas do final do mês. Imagina quantos inventos o mundo perdeu para as contas do fim de mês. Happy Hour No happy hour após alguns copos de cerveja, os funcionários tendem a debater sobre o dia a dia do trabalho e em boa parte das vezes eles falam sobre boas ideias para se aplicar na empresa. Normalmente eles falam com mais sinceridade sob efeito do álcool, então para um líder que está em busca de resultados eficazes é essencial participar de um bom happy hour com os companheiros de trabalho, assim ficará informado sobre os problemas da empresa. Na quela hora especial da cerveja, praticamente 90 por cento das vezes os companheiros iram identificar sem muito alarde e sem muita consciência os puxa saco, que são perigosos para a motivação da equipe. Uma vez chamei um velho amigo para me visitar em Petrópolis e conhecermos os bares da região serrana, ele ficou muito animado e falou que alguns amigos do trabalho dele também moravam lá e os convidou. Na choperia do centro de Petrópolis bebemos um pouco e começamos a conversar sobre o que acontecia em nossos respectivos empregos, ali conversamos sobre tudo, puxa saco, promoções, mudanças de função, salário, lideranças e etc, Fiquei sabendo de tudo que acontecia no banco em que ele trabalhava. Durante aquela noite pude perceber como é importante a comunicação entre lideres e liderados, só com um bom relacionamento podemos adquirir conhecimento para buscar criar um ambiente de trabalho melhor. Créditos finais Escrevi este pequeno livro sob um surto criativo que tive na madrugada de 23 de agosto de 2013. Essas questões já assombravam a minha mente a um bom tempo e senti a necessidade de compartilhar com aqueles que se identifiquem. Se você gostou compartilha clicando la em cima, assim você contribui para que esta mensagem chegue ao máximo de pessoas possível. Deixe nos comentários a sua opinião, boa ou ruim, vou adorar ler qualquer as duas. Victor Oliveira, 23/08/2013 - Contato: e-mail: victoroliveira626@gmail.com Meu facebook Twitter Site - Livro a arte da liderança 14