Participação do Grupo de Pesquisa Bioética Ambiental no XXV SEMIC - PUCPR
Anais da II JAC Jundiaí
1. ANAIS DA II JORNADA DE
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE JUNDIAÍ
I PRÊMIO LANNOY DORIN DE
PESQUISA CIENTÍFICA EM PSICOLOGIA
11 E 12 DE SETEMBRO DE 2009
REALIZAÇÃO
2. SUMÁRIO
Apresentação p. 3
Comissão Organizadora p. 4
Comissão Científica p. 4
Patrocinadores p. 5
Apoio p. 5
Palestrantes Convidados p. 6
Painéis Científicos: I Prêmio Lannoy Dorin de Pesquisa Científica em Psicologia p. 7
3. APRESENTAÇÃO
3
A II Jornada de Análise do Comportamento de Jundiaí (II JAC Jundiaí),
realizada nos dias 11 e 12 de setembro de 2009, teve como objetivo disseminar o
conhecimento produzido pela Análise do Comportamento, abordagem da Psicologia
fundamentada nos pressupostos filosóficos do Behaviorismo Radical. Nessa edição,
contou com palestras simultâneas e uma sessão de painéis científicos.
Com o intuito de incentivar a produção e divulgação de trabalhos acadêmicos
voltados à Análise do Comportamento, a II JAC Jundiaí apresentou, com orgulho, o I
Prêmio Lannoy Dorin de Pesquisa Científica em Psicologia. Foram aceitos somente
trabalhos acadêmicos produzidos na graduação, como, por exemplo, trabalhos de
Iniciação Científica e Trabalhos de Conclusão de Curso e que atendessem as exigências
de formato estabelecidas pela Comissão Científica.
Foi premiado, com menção honrosa, o trabalho que apresentou maior coerência
e clareza, assim como maior relevância para a abordagem analítico-comportamental.
Agradecemos humildemente a participação de todos que contribuíram para a realização
do evento e, dessa forma, colaboraram com o enriquecimento do conhecimento da
Ciência do Comportamento.
Comissão Organizadora da II JAC Jundiaí
4. COMISSÃO ORGANIZADORA
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Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior
Anderson Felipe Rossini
Caroline Gabriele Rodrigues Lopes Gonçalves
Cíntia Ana de Matos
Djalma Francisco Costa Lisboa de Freitas
Fernanda Croaro Fernandes
Maria Cristina Zago Castelli
Meire Matsuura
Sidinei Fernando Ferreira Rolim
Tataína Iara Moreno Pickart
Tatiane Parreira Castro
Thiago de Oliveira Leite
COMISSÃO CIENTÍFICA
Djalma Francisco Costa Lisboa de Freitas
Katilaine Cristina Horácio da Silva Erbetta
Meire Matsuura
6. PALESTRANTES CONVIDADOS
6
Daniel Del Rey
Denis Roberto Zamignani
Eduardo Tadeu da Silva Alencar
Pedro Bordini Faleiros
Priscila Maria de Lima Ribeiro
Maria Helena Leite Hunziker
Maria Martha Costa Hübner
Ricardo Corrêa Martone
Roberto Alves Banaco
Sonia Beatriz Meyer
Tereza Maria de Azevedo Pires Sério
7. PAINÉIS CIENTÍFICOS:
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I PRÊMIO LANNOY DORIN DE PESQUISA CIENTÍFICA EM PSICOLOGIA
Trabalho vencedor do I Prêmio Lannoy Dorin de Pesquisa Científica em Psicologia:
REGISTRO DE COMPORTAMENTOS DE INTERAÇÃO SOCIAL EM UM
ASILO DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Tataína Iara Moreno Pickart
Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior
Emileane Costa Assis de Oliveira
Centro Universitário Padre Anchieta
Resumos:
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA À AGRESSIVIDADE E
CONTROLE DA RAIVA ESTUDADO EM CANDIDATOS À OBTENÇÃO DO
PORTE DE ARMA DE FOGO
Meire Matsuura
Sidinei Fernando Ferreira Rolim
Fernanda Croaro Fernandes
Tatiane Parreira Castro
Angela Coelho Moniz
Centro Universitário Padre Anchieta
Resumo: A violência tem sido apontada como uma das principais preocupações do
povo brasileiro e, nos últimos anos, tem sido uma das áreas de grande investimento
econômico e psíquico, tornando-se prioritárias às pessoas que vivem em grandes centros
e periferias. Este assunto motiva um debate sobre a posse de armas de fogo e seu
impacto na violência tem ocupado espaço nos principais meios de comunicação de
8. nosso país. As opiniões se dividem entre os que defendem medidas mais rígidas para o
8
porte de armas de fogo e aqueles que afirmam que a posse desse instrumento se torna
uma forma de sobrevivência em nossa época, servindo-lhes para segurança e defesa
pessoal. Dentre os autores que discutem o conceito de justiça, destacamos Skinner, que
a conceitua como um equilíbrio entre os bens pessoais (interesse privados) e os bens dos
outros (interesse público). O comportamento de quem maneja armas de fogo se torna
importante para pesquisa, visto que tendências a determinados comportamentos
precisam ser identificados, pois se não identificados em testes psicológicos, podem
tornar-se um perigo eminente para aqueles que o cercam e um perigo a si próprio. O
suicídio é um sério problema na saúde pública de diversos países, sendo uma das dez
primeiras causas de morte entre indivíduos de todas as idades e principalmente, entre os
mais jovens. Este quadro, de acordo com estudos, vem acompanhado de um
comportamento impulsivo-agressivo e auto-agressivo. No presente trabalho,
pretendemos analisar os parâmetros relacionados à agressividade e ao controle da raiva
em pessoas que buscam a autorização para o registro e/ou porte de arma de fogo. Diante
deste objetivo, avaliamos os testes realizados por 100 candidatos residentes na cidade de
Jundiaí e região. Estes testes são provenientes de clínicas credenciadas pela Polícia
Federal, de acordo com a lei 10.826/03. Os resultados mais relevantes deste estudo
indicam que dos sujeitos pesquisados 37% apresentam controle sobre raiva aumentado,
enquanto 72% expressão de raiva diminuída e 64% raramente experienciam sentimentos
de raiva. A partir da análise dos dados desta pesquisa levantamos e propomos a
discussão sobre a necessidade de práticas culturais que promovam a sobrevivência dos
indivíduos e das culturas. Por ser um problema social no Brasil, sugerimos que sejam
criadas ações integradas entre as diversas áreas do conhecimento com o objetivo de
prevenção e diminuição dos riscos do uso indiscriminado das armas de fogo.
CONTROLE AVERSIVO E VIDA COTIDIANA SEGUNDO A ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
Tatiane Parreira Castro
Mariélen Denise de Freitas
9. Caroline Gabriele Rodrigues Lopes Gonçalves
9
Thiago de Oliveira Leite
Cintia Ana de Matos
Meire Matsuura
Sidinei Fernando Ferreira Rolim
Samanta Palmieri
Centro Universitário Padre Anchieta
Resumo: A história da Humanidade mostra que ela foi construída pelo uso de poder e
controle, onde desde o início, povos mais poderosos têm utilizado reforço e punição,
dos mais variados tipos, para controlar o comportamento dos grupos menos poderosos e
mais destituídos. Por meio do método de levantamento bibliográfico, ponderamos
sobre como somos controlados pelo mundo em que vivemos e raramente
admitimos envolvimento no controle do comportamento de outrem, através do uso da
força ou ameaça de força, questionáveis para o controlado e censuradas pela sociedade.
O propósito deste presente trabalho detém-se no levantamento em contextos diferentes
(laboratório, vida cotidiana e intervenção profissional) de estudos válidos sobre questão
do controle aversivo. No laboratório experimental, a contingência de punição pode ser
estabelecida pelo fornecimento de um estímulo aversivo controlado seguindo a
ocorrência de uma resposta, apresentando-se, por exemplo, choques após sua
ocorrência. Consideramos também como a punição costuma ser amplamente aplicada
como método de educação e correção no lar, no trânsito, na escola, no trabalho etc.,
porém, na maioria das situações, sem produzir o efeito desejado, enumerando assim
algumas características necessárias para sua efetividade. Torna-se evidente a
necessidade de evitar o uso incompetente e irresponsável de procedimentos, visto que o
uso deliberado de técnicas para mudar o comportamento, aversivas ou não, envolve
sérias questões éticas na qual o profissional avalia a eficácia da mesma e seus efeitos
colaterais, tais como reações emocionais e tendência à agressão e à destruição, se
possível dirigida à própria fonte da estimulação aversiva. Um ponto característico no
trabalho do profissional analista do comportamento relembra que, para a espécie e o
indivíduo, o que é bom é aquilo que lhe ajuda a sobrevivência e lhe promove o bem-
10. estar, então podemos e devemos intervir não apenas para a sobrevivência da espécie,
10
mas para a valorização da vida, e para o bem-estar do ser humano a fim de corrigir
problemas sociais.
ESTUDO SOBRE AUTISMO
Djalma Francisco Costa Lisboa de Freitas
Angela Coelho Moniz
Fernanda Croaro Fernandes
Andréa Menegazzi
Centro Universitário Padre Anchieta
Resumo: Um acentuado déficit em interações sociais e déficits em níveis variados na
linguagem e comunicação são as principais características do autismo e também os
primeiros sinais passíveis de observação. Submerso por décadas de
incompreensibilidade, o autismo, assim como conhecido, caminha na linha do tempo
em meio a diversas controvérsias a respeito de suas caracterizações e principalmente
sobre sua etiologia. Citado pela primeira vez por Bleuler em 1911, o termo autismo foi
utilizado para designar a “perda de contato com a realidade”, o que interferiria na
comunicação destes indivíduos com os demais que o cercam. A literatura afirma que a
precocidade do diagnóstico é determinante no sucesso do tratamento deste transtorno.
Desta forma, contrapondo-se as práticas culturais presentes na cultura brasileira, com
relação, àquelas presentes nas ações de minorar as problemáticas, procura-se encontrar
na literatura existente formas plausíveis de se efetuar medidas educacionais capazes de
fornecer subsídios para que se possa premunir e estabelecer precocemente o surgimento
e evolução do transtorno, possibilitando, assim, medidas e intervenções futuras mais
eficazes. Portanto, o objetivo deste trabalho, é efetuar uma discussão sobre o autismo, a
precocidade de diagnóstico e sobre as possíveis medidas preventivas com relação à
severidade dos casos, a fim, de propor novos estudos futuros na área de medidas
educativas em saúde mental.
11. OS IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DE UM DIAGNÓSTICO DE
11
ESQUIZOFRENIA NA FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Erika Aparecida da Silva
Kátia Varela Gomes
Universidade São Francisco
Resumo: O presente estudo refere-se a uma pesquisa exploratória, utilizando o
delineamento de revisão bibliográfica, sobre os Impactos Psicossociais de um
Diagnóstico de Esquizofrenia na Família. Utiliza-se como referencial teórico a
psicologia social. Tem-se como objetivo geral, investigar os impactos psicossociais de
um diagnóstico de esquizofrenia na família. Os objetivos específicos da pesquisa são:
refletir e discutir como os familiares compreendem o diagnóstico de esquizofrenia, e
discutir os conflitos apresentados na convivência diária com o paciente com distúrbios
psiquiátricos. Foram selecionados 10 artigos, no período de janeiro de 2000 a dezembro
de 2008, na base de dados BVS-Psi, BIREME e DEDALUS. Dentre os resultados,
pode-se identificar que os impactos psicossociais foram ressaltados pelos autores
através dos subtipos: 1) sobrecargas; 2) fatores psicológicos; 3) estigma; 4) clima
familiar hostil e crítico; 5) fatores financeiros e 6) fatores físicos. Identificou-se o
predomínio das publicações com a abordagem na área da enfermagem e a metodologia
de revisão de literatura. Discutiu-se sobre os impactos psicossociais levantados, a
preocupação dos autores em criar estratégias de intervenções nas famílias de indivíduos
com esquizofrenia, com intuito de preservação da saúde física e mental, para que estes
possam compreender e lidar melhor com os problemas relacionados à doença e
minimizar a possibilidade de adoecimento, diante da situação apresentada. Como
decorrência da revisão de literatura e da discussão empreendida, concluiu-se que há uma
dificuldade de aceitação de que “aquilo” esteja acontecendo em seu seio familiar, e o
recebimento do diagnóstico provoca sentimentos de raiva, negação e dificuldades de
compressão da doença.
12. REGISTRO DE COMPORTAMENTOS DE INTERAÇÃO SOCIAL EM UM
12
ASILO DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Tataína Iara Moreno Pickart
Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior
Emileane Costa Assis de Oliveira
Centro Universitário Padre Anchieta
Resumo: Os reforçadores positivos provenientes de interações que o uso das
habilidades do idoso possibilita mostram-se fundamentais (Sidman, 2003), favorecendo
o bem-estar de pessoas da terceira idade. Considerando o aumento da expectativa de
vida nas últimas décadas, são relevantes estudos que direcionem mais pesquisas sobre
características que compõem o bem-estar na velhice, como a interação social, resultando
em futuras intervenções que visem melhor qualidade de vida ao idoso. Sendo assim, a
presente pesquisa tem como objetivo observar e registrar comportamentos de interação
social entre internos de um asilo e entre estes e profissionais do local, de forma a
mensurar e comparar a freqüência desta interação nas duas condições, identificando se
há prevalência de uma sobre a outra. Foram sujeitos sete idosos e quatro funcionários,
de ambos os sexos. Utilizou-se uma folha de registro dividida em duas partes: interação
“interno-interno” e interação “interno-profissional”, contendo categorias de
comportamentos de interação descritas abaixo. O registro das duas condições foi feito
simultaneamente, enquanto os idosos permaneceram em atividade livre na área de
descanso da instituição. Um novo comportamento foi registrado a cada ocorrência e a
cada vez que perdurou por um minuto consecutivo. A cada cinco segundos sem a
ocorrência do comportamento, considerou-se como novo comportamento a próxima
ocorrência do mesmo. As categorias comportamentais da condição “interno-interno” e
suas respectivas freqüências foram: conversa entre internos (31); pergunta de interno
para outro interno (0); sorriso de interno para outro interno (03); contato físico entre
internos (0); e solicitação de interno para interno (01). As categorias da condição
“interno-profissional” e suas respectivas freqüências foram: conversa entre profissional
e interno (17); pergunta do interno para o profissional ou do profissional para o interno
13. (05); sorriso do interno para o profissional ou do profissional para o interno (05);
13
contato físico entre profissional e interno (45); e solicitação do interno para o
profissional ou do profissional para o interno (20). Comparando os resultados das
condições “interno-interno” e “interno-profissional”, constatou-se uma prevalência na
freqüência da interação da segunda sobre a primeira condição; contraditoriamente,
ressalta-se que os internos permaneceram mais tempo na presença de outros internos
que na presença de profissionais. Sugere-se então a realização de atividades
programadas, nessa instituição, a fim de se estabelecer contingências de reforçamento
que favoreçam a interação entre os internos, gerando, conseqüentemente, reforçadores
positivos. Tal procedimento melhoraria a convivência e promoveria o bem-estar,
criando possibilidades aos idosos de manifestarem suas habilidades, como sugere
Sidman (2003).
SEXUALIDADE DO DEFICIENTE INTELECTUAL: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Michele Bezerra
Universidade São Francisco
Este Trabalho de Conclusão de Curso refere-se à pesquisa bibliográfica, com objetivo
geral de conhecer a literatura científica sobre a experiência da sexualidade do deficiente
intelectual, para indicar com maior precisão novos caminhos de investigação. Como
objetivo específico tivemos: a) conhecer e discutir as pesquisas psicológicas e
psicanalíticas sobre a experiência da sexualidade do deficiente intelectual; b) Conhecer
e discutir o que tem sido produzido na literatura psicológica e psicanalítica sobre a
experiência da sexualidade do deficiente intelectual produzido nos últimos oito anos. A
partir dos descritores sexualidade, relação sexual, deficiente mental e retardo mental,
foram realizados levantamentos de pesquisas tomando-se como ponto de partida o site
www.bvs-psi-org. A partir deste levantamento, foi realizada uma classificação de
acordo com a proximidade com o tema mais específico da experiência da sexualidade
14. do deficiente intelectual. O levantamento foi composto por cinqüenta e um resumos de
14
trabalhos científicos, sendo que nove deles foram levantados na íntegra para
apresentação e discussão dos mesmos. Através deste estudo pode-se observar que, das
cinqüenta e uma pesquisas apresentadas, a maioria foram artigos, sendo que a partir do
ano de 2005, apresentou-se um aumento significativo no número de publicações. A
maior parte dos trabalhos foi realizada pelos profissionais da pedagogia, baseados na
literatura da área correspondente. Podemos observar que, de todas as pesquisas
encontradas, um pequeno número correspondeu ao assunto proposto neste trabalho,
porém alguns não foram elaborados pelos profissionais da área de psicologia,
inviabilizando a utilização destes no estudo mais aprofundado do tema. A partir deste
trabalho, tivemos a possibilidade de conhecer como é difícil a realidade do deficiente
intelectual e sua família em lidar e enfrentar a sexualidade de uma forma natural.
Conclui-se que o deficiente intelectual, apesar de não ser visto pela sociedade e pela
família possui aspectos sexuais ativos. Conseguimos verificar, durante a realização
deste trabalho, que os deficientes intelectuais possuem experiências sexuais de maneira
semelhante às pessoas que não possuem tal deficiência.