O documento discute as características e possibilidades do hipertexto, incluindo sua não-linearidade e heterogeneidade. Também aborda métodos para desenvolver hipertextos, como o método OOHDM que inclui modelagem conceitual, projeto de navegação e interface do usuário. Mapas conceituais são apresentados como ferramentas para representar estruturas de conhecimento.
3. Não-linearidade Quanto à não-linearidade, Parente (1999) que o hipertexto é não-linear porque todas as opções de percurso da leitura cabem, exclusivamente, ao leitor, suas intenções e possibilidades. Por sua vez, para o mesmo autor, o hipertexto permite ao leitor uma construção própria e única do documento ao mesmo tempo em que lhe permite transformar o conteúdo.
5. Hiperpercurso [...] se definirmos um hipertexto como um espaço de percurso para leituras possíveis, um texto aparece como uma leitura particular de um hipertexto. O navegador participa, portanto, da relação do texto que lê. Tudo se dá como se o autor de um hipertexto construísse uma matriz de textos potenciais, o papel dos navegantes sendo o de realizar alguns desses textos, colocando-o em jogo, cada qual à sua maneira, a combinatória entre nós (LÉVY, 1999, P.57).
6. Hiperdocumento Segundo Bianchini (2000), na prática, o hiperdocumento, também denominado hipermídia, é a produção que inclui os fragmentos de informação e as conexões entre esses fragmentos, independente do sistema usado para ler ou escrever o documento. Ou seja, o hiperdocumento é a estrutura maior que contém hipertextos conectados e relacionados entre si, que, na prática, ratifica a nova forma de se organizar e comunicar a mensagem.
7. Do papiro ao digital O antigo rolo de papiros era fortemente linear, em sua apresentação do texto. O codex, especialmente nos últimos anos da Idade Média, e então o livro impresso têm que fazer um esforço maior para acomodar associação e hierarquia. No livro moderno, o sumário define a hierarquia, enquanto o índice registra linhas associativas de pensamento que permeiam o texto. Um índice permite ao leitor localizar passagens que apresentam a mesma palavra, frase ou assunto, e então associam-se passagens que podem ser separadas na paginação do livro. (BOLTER, 1991, p.21).
8. Do papiro ao digital Em um dado sentido, o índice define outros livros que podem ser utilizados, outros temas que o autor poderá formar em uma narrativa analítica e enveredar o leitor para a leitura do livro por caminhos alternativos. Um index transforma um livro de uma árvore em uma rede, oferecendo múltiplos lugares de ordem – parágrafos e páginas. Não há necessidade de nenhum elemento privilegiado em uma rede, como há sempre em uma árvore, não há tópicos simples que dominem outros. Existem instantes de subordinações estritas (BOLTER, 1991, p.21).
9. Interação É a ação recíproca que dois atores estabelecem entre si por meio da intersubjetividade, permitindo que seja rompida a relação de espaço / tempo, que, por tanto tempo, caracteriza a escola e a educação.
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11. Criando Hipertexto - topologia – o funcionamento ocorre por proximidade; - mobilidade dos centros – os vários centros da rede são móveis, formando ao redor de si uma ramificação em estrutura de rizoma, sem raiz ou hierarquia, tipo uma vegetação que flutua na água. Quando o hipertexto é criado, seu processo de autoria é, em última análise, um processo de classificação. O autor planeja a estrutura global do hipertexto, seleciona símbolos apropriados (i.e., palavras, ícones) e cria links eletrônicos para representá-los. Conceitualmente, esse processo apresenta grande similaridade com o processo de classificação de documentos, no qual o classificador determina o conteúdo, seleciona termos apropriados e cria pontos de acesso (LIMA, 2003, p.32)
12. Métodos para desenvolver hipertextos Face às suas especificidades, nos últimos anos, vários métodos foram sendo desenvolvidos e aprimorados visando ao desenvolvimento dos hipertextos, assim, destacam-se: Hypertext Design Model (HDM), Relationship Management Methodology (RMM), Object-Oriented Hipermedia Design Method (OOHDM), Enhanced Object-Relationship Model (EOM) e Hypertext Model Based on Statecharts/Method (HMBS/M).
13. Método OOHDM Segundo o método OOHDM (Schwabe e Rossi, 1995), a estruturação de um hipertexto é composta por quatro momentos: a modelagem conceitual, o projeto de navegação, o projeto de interface de usuário e implementação.
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15. Modelagem em progresso Na fase de modelagem conceitual de hiperdocumentos, as novas tecnologias de informação estão sendo incorporadas em etapas nem sempre consideradas as mais apropriadas. Os hiperdocumentos estão sendo construídos em processos que utilizam como etapa a elaboração de uma escrita linear. Este processo não é o mais apropriado, pois prescinde da comunicação entre o autor responsável pelo conteúdo do hiperdocumento e o autor da tecnologia, acarretando uma série de problemas na implementação do hiperdocumento. É evidenciada a falta de critérios metodológicos apropriados para a elaboração de hiperdocumentos, e apresentam-se princípios que podem nortear o desenvolvimento de metodologias para a elaboração de modelos conceituais mais apropriados para hiperdocumentos(CAMPOS, 2003, p.15).
16. Modelo conceitual Segundo os autores, um modelo conceitual se destina a representar os objetos e os respectivos relacionamentos existentes entre eles, apresentando dois mecanismos de abstração: agregação e generalização / especialização. A agregação é utilizada na descrição de classes complexas como agregadas de classes mais simples. A generalização / especialização é utilizada na construção de hierarquias de classes e no uso de herança como um mecanismo de compartilhamento.
17. Teorias para Modelo Conceitual Dentre as teorias e ferramentas utilizadas para a composição do modelo conceitual, podem ser identificadas: a Teoria da Classificação Facetada, Teoria da Terminologia, Teoria do Conceito, Orientação a Objetos, Ontologias. Nesta obra em particular, o foco se concentrará no trabalho com Mapas Conceituais.
19. Para Moreira e Buchweitz (1987, p.10), mapas conceituais são: representações gráficas de uma estrutura de conhecimento demonstrada hierarquicamente, apresentando forma e representação condizentes com a maneira como os conceitos são relacionados, diferenciados e organizados. Conceitos
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21. Login-Aprendizagem Organizacional Ltda. Segundo Novak (1984, p. 15), os Mapas Conceituais (MCs) “são representações significativas para relacionar conceitos em forma de proposições”.
22. Joseph D. Novak (1984) desenvolveu a Teoria do Mapa Conceitual a partir da Teoria da Aprendizagem (AUSUBEL, 1978), suas perspectivas de utilização enquanto técnica de organização do conhecimento, a qual é baseada no conhecimento prévio arquivado na memória e que permite a formação de redes semânticas em uma área do conhecimento e a representação gráfica hipertextual deste conhecimento. TEORIA DE MAPA CONCEITUAL
24. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Segundo David Ausubel (1978, p. 59), aprender significativamente quer dizer aprender de forma não arbitrária, não mecânica. O autor acredita que alguém aprender de forma significativa implica dizer que aquele conhecimento não mais será esquecido.
30. ESTRUTURAS DE MAPAS CONCEITUAIS Estrutura Hierárquica Estrutura em Teia Fonte: Perspect. ciênc. inf., Belo Horizonte, v.9 n.2, p. 134-145, jul./dez. 2004. Adaptado de:LIMA, Gercina A.B.
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34. Projeto de Navegação - Enquanto os nós e as ligações especificam que objetos poderão ser vistos pelo usuário, o projeto de navegação se ocupa com a criação do modo e das possibilidades de como esta ação poderá ocorrer. - É nesta etapa que são definidos os diferentes modos pelos quais as informações de uma aplicação hipermídia poderão ser exploradas pelo usuário. A ordem de acesso, o tempo de permanência (se for o caso) e outros parâmetros serão aqui definidos.
35. Interface abstrata Enquanto desdobramento natural da etapa anterior, a interface abstrata se ocupa da estrutura navegacional composta por menus, campos de texto, botões, dentro outros.
36. Implementação Nesta etapa, são realizados os testes e mapeamentos da interface abstrata e navegacional, viabilizando assim a tomada das ações corretivas que se fizerem necessárias.
37. Hipertextualidade aplicada à educação Mapa Conceitual da Hipertextualidade Aplicado à Educação Fonte: RODRIGUES, KÁTIA