Forum empresa familiar 2011 10 21 suplemento vida economica
1. EMPRESAS ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA
FAMILIARES
Nº 1416, DE 21 DE OUTUBRO 2011,
E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
FÓRUM ORGANIZADO PELA “VIDA ECONÓMICA” JUNTA EMPRESÁRIOS NA MAIA
Empresas familiares têm condições
de serem as mais eficientes
PEDRO ALMEIDA E SOUSA, SÓCIO DA PETER VILLAX, PRESIDENTE DA
TELES DE ABREU E ASSOCIADOS ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS FAMILIARES
Mais do que elaborar Empresas familiares são
o protocolo familiar, é “tipo de organização
essencial “pô-lo em prática” económica ideal”
Pág. III Pág. II
ANTÓNIO RIOS AMORIM, PRESIDENTE
CORTICEIRA AMORIM
“As empresas familiares
têm maior probabilidade de
serem bem sucedidas”
Págs. VI/VII
2. II sexta-feira, 21 outubro de 2011
EMPRESAS FAMILIARES
Empresários são “a chave”
para ultrapassar a conjuntura
MARTA ARAÚJO
martaaraujo@vidaeconomica.pt
Os empresários e as
“Numa altura em que estamos empresas são a chave
a ser colocados à prova, enquanto
Nação com mais de 800 anos de para conseguirmos
história, fruto de inúmeras deci- ultrapassar
sões menos corretas tomadas no
passado por parte do Estado, os este momento
empresários e as empresas são a extremamente difícil
chave para conseguirmos ultrapas-
sar este momento extremamente da nossa história
difícil da nossa história”. As pala-
vras são de Bragança Fernandes, que a Maia “tem um longo his-
presidente da Câmara Municipal torial de apoio ao tecido empre-
da Maia, e foram proferidas na sarial local”, referindo que “não é
sessão de abertura do Fórum de por acaso” que tem “a menor taxa
Empresas Familiares, organizado de desemprego da Área Metropo-
pela “Vida Económica” em parce- litana do Porto”.
ria com a autarquia maiense. Em jeito de reflexão, Bragan-
ça Fernandes deixou a nota:
Apoio às empresas e “Enquanto outros ainda procu-
fundamental ram construir as suas áreas de
acolhimento empresarial, nós
No evento, que serviu de su- já estamos a adaptá-las às novas
porte ao lançamento do livro “50 realidades”. Ou seja, a autarquia
Perguntas Essenciais sobre Em- vai “proceder à requalificação de
presas Familiares”, editado pelo toda a zona industrial Maia I, que
grupo com o mesmo nome, o au- é uma área nevrálgica do conce-
tarca lembrou que “o país debate- lho e que potenciará a atividade
-se com uma crise orçamental e económica, melhorando as aces-
financeira sem paralelo, pelo que sibilidades”, adiantou.
o Estado, nas suas mais diversas Bragança Fernandes mostrou-
áreas, tem de corrigir os erros do se ainda convicto de que o Fó-
passado, equilibrando as contas rum constituiu “um momento de
públicas para que a economia reflexão de especial enfoque nos
possa novamente crescer”. Para o mecanismos de aperfeiçoamento
efeito, sublinhou, “é fundamen- e consolidação das políticas de
tal o apoio às empresas por forma gestão, destinadas a promover a
a promover o crescimento econó- melhoria das empresas familiares
Para Bragança Fernandes, autarca da Maia, “o Estado tem de corrigir os erros do passado” para “equilibrar as contas mico e o emprego”. e, consequentemente, da quali-
públicas”. Referindo-se concretamente ao dade de vida e do bem-estar das
município que lidera, lembrou populações”.
Empresas familiares são “tipo de organização económica ideal”
MARTA ARAÚJO
martaaraujo@vidaeconomica.pt
prosperidade, também não despede facil-
mente em momentos de crise”, sendo este
Para o presidente da Associação das um fator determinante para a sociedade e
Empresas Familiares, Peter Villax, “esta é economia em geral.
a altura de olhar para cima e para o pro- De um modo geral, referiu, as empresas
gresso” e não prestar demasiado atenção às familiares procuram “ser responsáveis por
dificuldades. Presente no Fórum das Em- um crescimento sustentado”. No entanto,
presas Familiares, na Maia, o líder associa- e embora enfatizando que acredita neste
tivo prometeu não verbalizar “o termo que “modelo de organização económica”, lem-
toda a gente fala” (palavra “crise”), porque brou que é preciso não esquecer as “fragi-
o caminho faz-se caminhando e o atual lidades” deste tipo de firmas, mais concre-
Governo, do seu ponto de vista, tem “um tamente as temáticas relacionadas com a
rumo traçado que deve ser cumprido”. “sucessão”.
O mesmo responsável sublinhou que as “Como empresários, cada um de nós
“empresas familiares são o tipo de organi- não quer pensar que um dia não seremos
zação económica ideal” tendo argumenta- capazes de gerir. Por outro lado, tendemos
do, para o efeito, que a sua “missão é de a esquecer-nos também que um dia mor-
longo prazo porque se trata do espaço de reremos e alguém tem de tomar conta do
uma geração – em média de 30 anos – projeto”, afirmou. Por isso, “é necessário
sendo a sua maior preocupação o futuro começar a trabalhar com 10 ou 15 anos de
e a sustentabilidade e não o seu valor em antecedência” para “construir devidamen-
bolsa”. te, e o mais naturalmente possível, a passa-
gem de testemunho”.
Sucessão como o grande desafio Na prática, é aconselhável a realização
das empresas de um protocolo familiar, “um documento
que tem todas as regras que potenciam o
Peter Villax argumentou ainda que da funcionamento da mesma e as condições
mesma forma que aquele tipo de estrutu- de sucessão e respetiva elegibilidade dos Peter Villax, presidente da Associação das Empresas Familiares, refere como vantagem deste tipo
ras não “sobe muito em momentos de alta seus membros”, explicou. de firmas o facto de “não despedirem facilmente”.
3. EMPRESAS FAMILIARES sexta-feira, 21 outubro de 2011 III
Mais do que elaborar Fusões e aquisições nas PME
o protocolo familiar como opção para crescer
é essencial “pô-lo em prática” miliares e/ou societários e a necessidade da
valorização do património familiar”, expli-
cou. E porque “os valores emocionais não
contam para a valorização da empresa, por
muito que isso custe”, acrescentou, há três
formas de o fazer.
Do ponto de vista da ótica patrimonial,
aquilo que conta são aspetos como “o va-
lor da empresa, que corresponde ao valor
dos capitais próprios ajustados”, havendo
a “necessidade de aferir se ativos e passivos
constantes do balanço da empresa são ope-
racionais”. Do mesmo modo, disse Patrícia
Sousa, é essencial “verificar se esses mesmos
ativos correspondem a verdadeiros ativos,
bem como o “saldo de clientes, stocks e a
Para Patrícia Sousa, especialista em fusões e existência de eventuais passivos ocultos”.
aquisições, este tipo de operações nas PME Na ótica do rendimento (Disconted Cash-
“é mais sensível precisamente por causa do Flows), tem-se em atenção o “valor da empre-
caráter familiar”. sa com base na expectativa de geração de cash-
Para ter sucesso, “o protocolo familiar tem de ser dinâmico e estar agregado aos valores da
empresa”, defende Pedro Almeida e Sousa. MARTA ARAÚJO flows futuros”, no “modelo matemático” e no
martaaraujo@vidaeconomica.pt “risco de elevada subjetividade, ou seja, ter a
Não serve de garantia de sucesso, Outros aspetos a ter em atenção relacio- perceção sobre que pressupostos posso e devo
nam-se com a necessidade de “determinar Numa altura de desafios como esta, “as assumir”. Esta visão obriga à “necessidade de
mas é unânime a opinião de como são geridas as participações sociais, empresas têm de criar uma forma de diver- um business plan”, explicou a consultora.
que a implementação de um quanto à sua rentabilidade corrente (dividen- sificar o risco e crescer” e prestarem atenção Por último, e no que concerne à ótica do
dos), assim como quanto à possibilidade de à “existência de oportunidades para estrutu- mercado – denominado de “Método dos
protocolo familiar melhora, na rar novas soluções, que podem passar, por Múltiplos” –, o que se avalia é o “valor da
geração de outras regalias” e “determinar as
maioria dos casos, a entimidade restrições às alienações e aquisições das par- exemplo, pela fusão com outras empresas, empresa com base nas transações ocorridas
que, em conjunto, podem fazer chegar o
da empresa. No Fórum das ticipações, quer por compra e venda, doação
projeto mais longe”.
no passado com empresas comparáveis”.
ou por processo regular de sucessão”; “prever Trata-se de um “método simplista mas com
Empresas Familiares, organizado soluções para a manutenção do controlo da A ideia foi defendida por Patrícia Sousa, grande utilização no setor das fusões e aqui-
pela “Vida Económica”, Pedro família sobre a empresa, assim como os seus diretora-geral da National Business Brokers sições”, consistindo na aplicação de “multi-
(NBB), uma rede internacional de consulto- plicadores médios de mercado a cash-flows
Almeida e Sousa, sócio da limites, quer através do processo sucessó-
res especializados na prestação de serviços a
rio normal (motivado pelo alargamento do da empresa (EBIT, EBITDA, Volume de
Telles de Abreu e Associados, número de intervenientes da família), quer PME no âmbito de processos de compra e Negócios, etc..)”. De acordo com Patrícia
apresentou as sete grandes áreas através de doações, atribuição de legados em venda de empresas, fusões e aquisições, cor- Sousa, esta análise “permite incorporar na
porate finance e private equity, no Fórum avaliação questões de ordem qualitativa”, as-
que o documento deve abordar. testamentos, quer através de regimes matri-
das Empresas Familiares. sim como define as “rules of thumb”.
moniais convenientes (adoção do regime de
MARTA ARAÚJO separação de bens)”. Ciente de que este tipo operações,nas pe- À pergunta sobre “qual método se deve
martaaraujo@vidaeconomica.pt
Por último, expôs o especialista, é ainda quenas e médias empresas “é mais sensível utilizar?”, a especialista respondeu que é
fulcral “determinar o período de vigência e precisamente por causa do caráter familiar”, preciso não esquecer que, e como em quase
Por definição, trata-se do “documento a especialista elencou as vantagens da avalia- tudo na vida, “cada caso é um caso”, visto
que contém o acordo entre todos os mem- a revisão do protocolo familiar”, sendo que
este deve ter “a sua vigência associada, por ção das empresas, a suas diferentes óticas de que está dependente de fatores como “o ob-
bros da família, incluindo obrigatoriamen- análise e os principais aspetos a ter em conta jetivo da avaliação, o posicionamento e per-
te os atuais detentores das participações exemplo, à detenção maioritária das parti-
cipações sociais da empresa pela família” e em processos do género. formance da empresa”. Seja como for, subli-
sociais, no qual se definem os valores que “A avaliação das empresas acontece com nhou Patrícia Sousa, “é importante recorrer
a família identifica e pretende preservar e, “deve ser analisado regularmente e ser revisto
de forma obrigatória e periódica”. base em motivações como os dilemas fa- a especialistas”.
com base nestes, a conduta da família na
sua relação com a empresa”, referiu Pedro PUB
Almeida e Sousa.
Para ter sucesso, sublinhou o advogado, é
essencial que seja dinâmico e que esteja agre-
gado aos valores da firma. Na prática, elen-
cou sete áreas de preocupação que devem ser
analisados na hora de construir o referido
documento.
Desde logo, devem-se “definir os princí-
pios familiares que inspiram o protocolo e
qual a família que se deve envolver para o
efeito da determinação das relações com a
empresa”; determinar “quem a representa,
ou seja, como se compõe e funciona o Con-
selho de Família (possibilidade de criação da
Assembleia de Família e de um Conselho de
Família), que deve ser o órgão de execução
dos princípios do protocolo, assim como o
órgão informativo dos desenvolvimentos da
empresa”.
Regular por escrito aquilo que a
emoção dificulta
Em paralelo, explicou Pedro Almeida e
Sousa, é importante definir “como o Con-
selho de Família controla e se relaciona com
a empresa, nomeadamente com o Conselho
de Administração – aqui poderá haver uma
preocupação autónoma de definir o proces-
so de sucessão na liderança da empresa ou
grupo”, bem como “definir a forma como
os elementos da família poderão exercer fun-
ções na empresa, quer de representação, quer
executivas”.
4. IV sexta-feira, 21 outubro de 2011 EMPRESAS FAMILIARES EMPRESAS FAMILIARES sexta-feira, 21 outubro de 2011 V
Chegada à terceira geração
só ocorre em 20%
Os desafios de liderar em tempos de crise
das empresas familiares As sete regras fundamentais na Empresa Familiar
1 – Cuide dos seus clientes como se fossem a sua A imagem do conselheiro independente na
vida empresa familiar é um elemento chave para que as
Lembre-se que a equipa humana que constitui a sua coisas funcionem bem. O seu trabalho é contribuir
empresa não é uma tribo nem um clube social. São com uma perspetiva externa que deve ser
uma organização cujo único objetivo é criar valor para combinada com o papel catalisador das relações
um agente externo, os seus clientes. A orientação intrafamiliares.
para o mercado, identificando as necessidades dos
clientes e adaptando a proposta de valor ao que de 5 – Regule o trabalho, as responsabilidades e o
verdade é útil para eles, são as variáveis necessárias salário de cada um como se fosse o seu
para alcançar o êxito. É frequente haver membros da família a trabalhar
na empresa familiar. A participação pode ser em
2 – Garanta que tem um bom general à frente das diferentes níveis de responsabilidade. Devemos
tropas regular adequadamente os âmbitos de trabalho/
A figura do CEO é crítica. Um bom líder fará com responsabilidade e retribuir em função das
que a empresa cresça e triunfe e que a sua equipa responsabilidades assumidas, e não de sangue.
se desenvolva e esteja motivada. Em contrapartida,
um mau líder alcançará maus resultados económicos, 6 – Instaure sistemas de recompensa: têm de existir
empobrecerá a posição da empresa no mercado e prémios e castigos
fará com que as pessoas desejem encontrar emprego O sistema de direção da empresa tem de premiar e
noutra empresa. castigar. Se assim não for, o que se faz é desmotivar.
Devemos definir para cada posto de trabalho o que
3 – Mantenha o Montesquieu vivo é rendimento, e estabelecermos um sistema de
Em qualquer empresa – e nas familiares, que são a recompensas ligado ao rendimento.
maioria – é obrigatório diferenciar a administração da
gestão. O CEO encarrega-se da gestão e o conselho 7 – Resolva os problemas da sua herança, não os
de administração da administração. E a nossa deixe para os seus filhos. Isso é responsabilidade sua
obrigação é que este órgão esteja bem desenhado, A primeira e principal obrigação é que os herdeiros
conte com os melhores profissionais e funcione recebam uma herança com o menor número possível
adequadamente. de problemas, sejam de natureza familiar ou
empresarial. Devemos definir a melhor distribuição
4 – Tal como Don Vito, tenha um bom conselheiro possível, com vista a garantir a ordem, economia e
Mónica Quinta, da AEP, lembra que “tanto a geração presente na gestão da empresa como a nova não podem consi- governabilidade.
próximo dos negócios e da família
derar a transferência inter-geracional como um simples evento de transição”.
MARTA ARAÚJO explicou a consultora, que con- so de sucessão requer que exis-
martaaraujo@vidaeconomica.pt
siste “numa tentativa deliberada ta um plano”, sublinhou a re- função do marketing. “Necessi- diatamente. Em crise, competir tir uma e outra vez o objetivo
e sistemática de transferência de presentante da AEP, que usou tamos de encontrar um – só um pelos preços pode ser arrisca- que se pretende que seja alcan-
“As empresas familiares são – atributo que nos faça diferen- do”, sublinhou. çado”. Quanto mais não seja,
a forma empresarial predomi- uma organização com o objeti- o exemplo da Holanda como
vo de assegurar continuidade um país que “demonstra a im- tes e atrativos, concentrando aí Já no que diz respeito às pes- explicou, “deve-se dar motivos
nante nas atuais economias de a nossa oferta”. E acrescenta: soas, o especialista foi claro tangíveis às pessoas, para que
mercado e o seu sucesso é vital em posições chave (pode ser do portância de um planeamento
líder); reter e desenvolver ca- de sucessão através do envolvi- “Há que renunciar, já que ser nas indicações. Há que “aliviar estas acreditem na empresa”.
para o desenvolvimento da eco- Em época de crise, defende Jesus Negreira del Rio, “competir pelos preços pode ser arriscado”. especialista é bem mais rentá- o medo e a insegurança”, “co- E porque “em situações de
nomia e da sociedade”, referiu pital intelectual para o futuro; mento indirecto do Ministério
e encorajar desenvolvimento e da Economia”. vel”. municar mais e melhor, com mercado adversas o perigo
Mónica Quinta, consultora da No entanto, e nesta altura, maior frequência, claridade e cresce exponencialmente”,
AEP. De acordo com os dados progresso individual”. Em causa está o facto de, Os cinco principais MARTA ARAÚJO benefícios empresariais; e man- Procurar só um atributo e
De acordo com a palestran- “quando o fundador ou diri- martaaraujo@vidaconomica.pt “há que ter cuidado com o pre- anunciando as mudanças, se deve-se “planificar e controlar
apresentados na intervenção ter uma comunicação elevada ter cuidado com o preço
te, “na Europa há, anualmente, gente de uma empresa familiar aspetos que um conselho entre os sócios-proprietários
ço”. Ou seja, “reduzir os pre- for o caso”. Ou seja, disse, Je- constantemente, como se a re-
proferida no Fórum de Empre- Enquanto a essência do tra- ços é a única das estratégias de sus Negreira del Rio, “as pesso- cessão fosse mais prolongada
sas Familiares, organizado pela 700 mil empresas que passam alcança os 55 anos de idade, de administração deve balho do diretor-geral se rela- porque a realidade da empresa No meio de tudo isto, o au- marketing que a concorrência as têm medo e o medo paralisa. e difícil do que realmente é”,
“Vida Económica”, “das 350 testemunho para a nova gera- o empresário recebe uma car- ter em especial atenção não pode ser desconhecida”. tor salientou a preponderante
ção”, o que envolve qualquer ta deste Ministério a lembrar ciona com tarefas como “fazer pode imitar, ou superar, ime- Por isso, é preciso atuar e repe- concluiu.
mil sociedades a operar em Por- em época de crise com que a empresa ganhe di-
tugal, 99,5% são PME e 80% coisa como “2,8 milhões de a importância de um plano de Inovar vs. imitar
nheiro, eleger as pessoas que
são familiares”. pessoas e respetivos postos de transferência, dispondo de um são “a identificação formam as equipas diretivas,
trabalho”. número de ferramentas para
De acordo com aquela espe- dos clientes-chave, a dirigir essa mesma equipa, No entanto, e especialmente
CA
cialista, “nas mil maiores fir- Em Portugal, revelou Mónica tal”. no atual contexto, é preponde-
mas, estima-se que as empresas Quinta, “50% das empresas fa-
miliares não passam para a se-
Enquanto pelo território luso
essas práticas não acontecem,
inovação, o marketing,
as pessoas e o recomeçar
trabalhar a área política e de
representação e detetar a ex- rante que “a empresa mantenha Centenário
familiares assegurem 35% dos celência e premiá-la”, cabe ao a correta orientação ao cliente”.
PARECE QUE FOI ONTEM
gunda geração” e apenas “20% há que lembrar aos empresários
trabalhadores, 29% das vendas
alcançam a terceira geração”. que assegurar a sucessão é críti- do processo”. As pistas conselho de administração, Na prática, é essencial, questio-
e 25% dos lucros”. No cenário por seu turno, a missão de as- nar se “estão identificados os
Neste sentido, explicou, a su- co e passa pelo seguinte: “o pla- foram deixadas por Jesus
mundial, e segundo dados do
“Family Business Network”,
95% das empresas norte-ameri-
cessão para as novas gerações é
“vital para fomentar o interesse
no de sucessão em si; preparação
atempada; ser gerido de acordo
Negreira del Rio, um
segurar a correta orientação ao
cliente.
meus clientes de valor, se tenho
uma estrutura comercial basea-
da na gestão dos clientes-chave
MAS JÁ PASSARAM
100 ANOS.
nestas empresas pelas gerações com o planeado; consultar e en- dos autores do livro “As Para Jesus Negreira del Rio,
canas são de base familiar, sen- sócio da efconsulting – uma e qual o ponto de situação da
do de 91% na Finlândia, 85% continuadoras”. Da mesma for- volver todos os intervenientes; 50 Perguntas Essenciais consultora especializada em concorrência”, explicou.
em Espanha e 83% na França. ma, é preponderante apostar na criar fóruns de discussão que sobre Empresas Aqui, referiu o consultor,
“formação da nova geração”; visem o consenso; desenvolver empresas familiares – a “crise Foi em 1911 que tudo começou.
Desta feita, referiu Mónica Familiares”, aquando da gera riscos que podem ser en- “há que aproveitar a oportu- Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao
Quinta, “as empresas familia- consciencializar a mesma da uma visão do futuro que con- nidade para procurar e detetar lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos
carados como indutores de in-
res são verdadeiros alicerces da “necessidade do seguimento da sidere as aspirações de todas as apresentação do livro. decisão e acomodação ou, em novos clientes. Em paralelo, famílias, empresas e instituições de solidariedade
economia, seja pela riqueza que empresa familiar como obje- gerações envolvidas, como das “inovar” é uma verdadeira pa- social. Contribuímos para o desenvolvimento
tivo e missão”; “desenvolver o gerações vindouras; assim como alternativa, podem ser transfor- económico-social das comunidades locais. De
geram, seja pelo emprego que mados em oportunidades”. lavra de ordem, até porque “o aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração
criam”. Consequentemente, “o prazer desse desafio de forma a escolher o sucessor e a equipa cliente também está em cons-
E como está nas mãos do em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro
sucesso e a continuidade destas garantir a sustentabilidade fu- de gestão e prepará-los”. tantes mudanças”. Mas aten- com uma oferta global de produtos e serviços
tura não só da empresa como de Posteriormente, enumerou conselho de administração das
firmas são vitais para a susten- empresas o papel da tomada de ção, sublinhou Jesus Negreira em que os portugueses confiam. 700 Balcões,
tabilidade e o desenvolvimento todas as partes envolvidas e en- Mónica Quinta, deve-se “auxi- del Rio, porque a “inovação é mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão
volventes”; assim como “tanto liar o sucessor a conquistar o decisões ao mais alto nível, o de Clientes.
da economia e da sociedade”, autor lembrou que a este órgão diferenciação”, pelo que “não Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos
estando, para o efeito, depen- a geração presente na gestão da seu próprio espaço; desenhar o se devem replicar ideias ou
cabem missões como: “definir a 100 Anos de Crédito Agrícola.
dentes da implementação de empresa como a nova geração plano de distribuição da pro- negócios, ou seja, os concor-
a entrar não podem considerar priedade da empresa pelos seus missão da empresa; determinar
passos corretos no que diz res- que futuro se quer e até onde se rentes”. Até porque a inovação
peito à sucessão. a transferência intergeracional sucessores; assegurar que os “supõe também mudar de pro-
como um simples e singular membros da família entendem pretende chegar; eleger a pessoa
que lidera a organização tendo cessos de produção, logísticos,
Na Europa há 700 mil evento de transição”. os seus novos papéis; informar comerciais, administrativos,
todos os parceiros de negócio em atenção que necessitamos
empresas por ano a passar sempre de um capitão que di- etc. Há que lembrar que é ne- Linha Directa 808 20 60 20
Holanda como – clientes e fornecedores – so- 24 horas por dia, com atendimento personalizado
testemunho bom exemplo a seguir rija o barco; supervisionar os cessário mudar a forma como de 2ª a 6ª, das 8h30 às 23h30;
bre o processo de sucessão; e fazemos as coisas e isso tam- e Sábados, Domingos e Feriados das 10h às 23h.
elaborar um plano de contin- resultados dessa pessoa; tomar www.creditoagricola.pt
Em causa está um processo, Acima de tudo, um “proces- as decisões oportunas sobre os bém é inovação”.
gência”.
5. VI sexta-feira, 21 outubro de 2011
empresas familiares empresas familiares sexta-feira, 21 outubro de 2011 VII
Empresas familiares são uma mais-valia
António Nogueira da Costa, autor intervenientes
do livro “As 50 Perguntas Essenciais
sobre Empresas Familiares”, defende
“Retardar a sucessão
num mercado em crise
Manuel Champalimaud,
Gestmin
“As empresas familiares
desfaz a unidade
têm condições de ser mais
eficientes do que as de
capital aberto”
das empresas” Apesar das dificuldades
relacionadas com a
sucessão, as empresas
familiares continuam José Luís Simões, Grupo Luís
em posição de vantagem Simões
comparativa no “Não devemos nunca ter a
pretensão deque sabemos e
mercado. Aspetos como fazemos tudo”
a eficiência, maturidade,
visão de longo prazo
e o dar de mãos entre
a razão e a emoção
foram os principais António Rios Amorim,
aspetos salientados pelo Corticeira Amorim
grupo de empresários “As empresas familiares têm
maior probabilidade de serem
presentes no Fórum das bem sucedidas”
Empresas Familiares,
moderado por Paulo
Ramalho, vereador das
Atividades Económicas
da Câmara Municipal Hélder Araújo, Cafés Tenco
da Maia, entidade que, “Todas as decisões são
tomadas ouvindo os
em parceria com o colaboradores e stakeholders”
grupo Vida Económica,
Para António Nogueira da Costa, “ser proprietário não significa ter capaci-
dade de dirigir, pelo que não se deve confundir a propriedade com a gestão”.
organizou o evento.
Marta Araújo
martaaraujo@vidaeconomica.pt
mília, com os laços contratuais,
próprios da empresa”. Da mes- Empresários de sucesso debatem a temática da “Empresa Familiar no Século XXI” no Salão Nobre da Câmara da Maia.
ma forma, sublinhou, “retardar Ana Ambrósio, Tintas2000
a sucessão desfaz a unidade e o “Podemos ter diferentes
Para abordar a temática da pontos de vista, mas o
continuidade na posse da família, compromisso”. E numa espécie Marta Araújo
martaaraujo@vidaeconomica.pt
preparar o plano de sucessão, que para além do mais, tiveram a sua temos distintos pontos de vista, deu Eugénio Santos, presidente
levou entre três e cinco anos, mas importância mas que significam mas o mais importante é termos da Colunex. Para o líder da mar- importante é termos objetivos
António Nogueira da Costa, um de mistura de tudo isto, há ainda claros”
dos autores do livro lançado pela a ideia, por parte dos fundadores “As empresas familiares têm simultaneamente de uma grande já um fim de ciclo. No seio destas objetivos claros e consensuais, ca de colchões, “a razão facilmen-
“Vida Económica” sobre a temá- e herdeiros, que estão “imunes” a condições de ser mais eficientes animação, embora nem sempre estruturas, defendeu, cabe à parte porque, depois, cada um executa te se encontra no mercado, já que
tica, recorreu a uma frase de Ste- este desafios. do que as de capital aberto, na tenha corrido bem”. família “envolver os gestores da com a sua forma de ser”, referiu. basta definir o papel e procurar as
ve Jobs para lembrar que “muitas Em suma, e com vista a asse- medida em que o contacto com os empresa no sucesso da mesma e, No que concerne ao futuro, soluções dentro dessa definição”.
vezes, as pessoas não sabem o que gurar a continuidade, “é neces- dividendos pode estar mais perto, A importância da caso se justifique, desafiar a es- confessou ter “dúvidas” sobre se Mas, em relação à emoção, “há
querem até que lhes mostremos”. sário desenvolver um processo enquanto as outras tendem a que complementaridade trutura externa, temporariamen- conseguirá “atingir os resultados quem, perante os mesmo factos
para estabelecer um acordo con- os acionistas estejam mais de- te ou não, a substituí-los” nesse que o pai, com mestria, tem ob- veja e sinta alguma coisa, e exis- Pedro Silva Reis, Real
Com isto, o também sócio da Companhia Velha
efconsulting e professor univer- sensual entre todos os membros pendentes da direção”, defendeu O empresário, que atua na papel. tido”, mas mostrou-se confiante tem aqueles que não sentem ab-
da família proprietária, atuais e Manuel Champalimaud, presi- área do transporte e da logísti- das suas capacidades e, acima de solutamente nada”. “Se a empresa não for capaz
sitário salientou que, sendo uma de crescer ao mesmo ritmo
empresa familiar, “uma entidade futuros, colocado por escrito, no dente da Gestmin, no Fórum de ca integrada, referiu ainda que Os filhos únicos e o tudo, da “ajuda do grupo de pes- Da mesma forma, referiu que
o documento já foi remodelado processo de sucessão “só a razão ou só a emoção não da família, isso poderá
fundada por nós, pelo pai/mãe qual se fixa o que vai ser o guia Empresas Familiares, organizado soas que a empresa tem”. colocar em causa o futuro de
ou avô/avó, importante fonte de de conduta da família em relação pela “Vida Económica”. duas vezes e deixou o alerta que funcionam, porque têm de estar ambas”.
receitas e garantia patrimonial, à empresa: o protocolo familiar”, Para o líder desta holding fa- o importante nestes processos é Hélder Araújo, CEO dos Cafés E quando a família cresce a par”, o processo de sucessão
com o qual os membros da fa- explicou. miliar, que tem como principal “perceber o interesse da comple- Tenco, é um caso peculiar de um mais do que a empresa? “é algo permanente, construtivo
mília proprietária possuem um Trata-se de um processo, disse objetivo participar em investi- mentaridade das partes e das pes- filho único que abraçou o projeto e omnipresente”. E acrescenta:
enorme vínculo”, é absolutamen- o autor, que “implica um tempo, mentos que rentabilizem o seu soas, porque não devemos nunca da empresa oriunda dos seus pais. O presidente da Real Com- “Isso é muito importante, por-
te fulcral assegurar as “perspetivas estruturado, de diálogo e consen- património de forma estável e ter a pretensão de que sabemos e Ainda assim, o seu responsável panhia Velha, Pedro Silva Reis, que, mais uma vez, nos obrigam
de continuidade”. so no qual os diferentes membros sustentável, “à medida que as fazemos tudo”. garante que “todas as decisões são chamou a atenção para o facto a dar as mãos entre nós, a razão e Eugénio Santos, Colunex
Mas para percorrer este cami- da família defendem qual deve moderador empresas vão ficando mais com- Para António Rios Amorim, tomadas ouvindo os colaborado- de “se a empresa não for capaz a emoção”. “As empresas são, cada
ser o futuro da família empre- plexas, os diretores ganham mais presidente da Corticeira Amo- res e stakeholders, não tendo, por de crescer ao mesmo ritmo da Bernardino Costa Pereira, ad- vez mais, um cocktail
nho, lembrou o autor, este tipo permanente entre a razão e a
de instituições enfrenta desafios sária”. Neste âmbito, António importância e os acionistas vão- rim, é inequívoca a ideia de que isso, atitudes fechadas”. família, isso poderá colocar em ministrador do Grupo Promo,
Nogueira da Costa apontou três se afastando e o acompanhamen- “as empresas familiares têm maior De olhos postos na “melhoria causa o futuro do clã e da empre- sobre o protocolo familiar afir- emoção”
– que, muitas das vezes, se re-
vestem de oportunidades – que áreas essenciais de definição de to vai desaparecendo”. Este é um probabilidade de serem bem su- contínua”, o empresário confes- sa”. O empresário lembrou ainda mou: “Fi-lo eu próprio. Todos
merecem reflexão. Desde logo, atuação: “estrutura do grupo em- cenário, advogou, do qual as em- cedidas”. No entanto, para quem sou que, atualmente, a questão que “há vários tipos de empresas os meus filhos são diferentes e,
“ser proprietário não significa ter presarial no futuro, estrutura da presas familiares estão mais pro- abandona o poder, “é particular- da sucessão não o preocupa, em- familiares”, pelo que o “grande como tal, foram criados três ra-
capacidade ou obrigatoriedade propriedade no futuro e estrutura tegidas, o que as transforma, em mente difícil porque se vai depa- bora seja um processo “que se vá desafio, em alguns casos, parece mos distintos, com a condição
de dirigir, pelo que não se deve da família no futuro”. certas situações, em players mais rar com gente diferente que tem, desencadeando de acordo com a ser as pessoas, pelo que, das duas de que a empresa proprietária de
confundir a propriedade com a Lembrando que as empresas fortes. evidentemente, atitudes distin- idade e que entretanto será resol- uma: ou cresce a empresa ou tem todos os negócios tenha uma par-
familiares são “a base de qualquer José Luís Simões, presidente tas”. Mas quem entra, advertiu, vido”. Seja como for, referiu Hél- dificuldade em ser uma estrutura ticipação de todas as outras”. Bernardino Costa Pereira,
gestão”.
economia de mercado, possuem Paulo Ramalho, Câmara do Grupo Simões, sublinhou que “e perante uma situação de toma- der Araújo, deve ser algo “encara- verdadeiramente familiar”. Do ponto de vista pedagógico, Grupo Promo
grande capacidade de resiliência este tipo de empresas “são de tal da de decisão, nunca deve pensar do com naturalidade”, até porque o empresário foi claro: “Prefiro “O protocolo familiar fi-lo
Não há agentes imunes ao Municipal da Maia eu próprio com os meus três
desafio e conseguem enfrentar as crises forma unipessoais que há situa- o que o seu antecessor faria no a “questão familiar não deve ser Algures entre a razão e a chegar ao fim do ano com resul-
externas”, devem estar especial- ções em que não se pode separar seu lugar ou teria feito”. uma imposição”. emoção tados menores, mas com base nas filhos”
O responsável pelo pelouro
Outro erro comum, apontou mente atentas às suas “frágeis cri- das atividades económicas foi as relações familiares”. Ainda as- Para este membro do clã Amo- Ana Ambrósio diz-se “gesto- decisões dos meus filhos, do que
António Nogueira da Costa, ses internas (família)” e preparar- uma peça chave no debate, sim, e relatando o caso específi- rim, tal atitude seria um erro ra de formação e de vocação” e “As empresas são, cada vez ter resultados maiores mas sobre
relaciona-se com misturar “os se para “assegurar a continuidade, onde se falou sobre o futuro co da sua empresa, lembrou que “porque o nosso corpo não fun- partilha com o pai a gestão da mais, um cocktail permanente os quais eles não tenham qual-
de preferência no seio da família”. das empresas familiares “foi muito interessante e custoso ciona com a ideia de outros” que, Tintas2000. “Somos diferentes e entre a razão e a emoção”, defen- quer tipo de responsabilidade”.
laços de afeto, próprios da fa-
6. VIII sexta-feira, 21 outubro de 2011
EMPRESAS FAMILIARES
Transmissão da propriedade
é passo importante na sucessão
MARTA ARAÚJO
martaaraujo@vidaeconomica.pt
to à organização do seu futuro. da propriedade e a transmissão da
“Peter Drucker afirmava que os gestão. São duas realidades dife-
planos mais não são do que boas rentes que requerem duas soluções
“Diz-me como preparaste o intenções, a não ser que originem diferentes e que, além do mais,
teu sucessor, dir-te-ei qual o trabalho árduo. É necessário tomar costumam surgir em diferentes
futuro da tua empresa” é um decisões e convertê-las em ações momentos no tempo. Cada uma
provérbio adaptado pelos au- efetivas, caso contrário, o esforço tem os seus focos de conflito” no
tores do livro “50 Perguntas terá sido em vão”, escrevem os au- entanto, referem, “a transmissão da
Essenciais sobre Empresas tores. propriedade costuma gerar menos
Familiares” para explicar problemas”.
as consequências de um Transformar o tempo num O termo “costuma” é utilizado
eventual não planeamento aliado e não num inimigo porque, sublinha o livro, “embora
da sucessão deste tipo de nem sempre assim seja, existe uma
firmas. Esta é a realidade da sucessão na consciencialização muito elevada
António Nogueira da empresa familiar, sublinha a obra, em qualquer um de nós sobre a ne-
Costa, Francisco Negrei- pelo que “planeá-la implica tomar cessidade de fazer um testamento e
ra del Rio e Jesus Negrei- decisões e fazer com que sejam exe- deixar as coisas minimamente orga-
ra del Rio alertam que, cutadas”. E acrescentam: “O nosso nizadas neste âmbito”.
“num negócio familiar, maior inimigo é deixar passar o Na prática, acrescentam os au-
a fronteira que separa tempo sem nada fazer, no entanto, tores, trata-se de uma situação em
a empresa da família é este é um dos erros mais comuns”. que “sei que tenho de fazer alguma
tão real como o equa- Ainda assim, e para quem estiver coisa, decido o que fazer e fazê-lo
dor”, pelo que se torna disposto a arregaçar as mangas nes- não me cria problemas porque me
imprescindível a estru- te sentido, os especialistas deixam limito a colocar-me nas mãos de
tura não se deixar arrastar o seguinte alerta: “Planear a suces- um profissional que percorre a úl-
pelo fator tempo no que diz respei- são implica planear a transmissão tima etapa do percurso”.
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perguntas essenciais sobre
EMPRESAS FAMILIARES NOVIDADE
“Temos aqui um bom instrumento
de trabalho para nos levar a encontrar
soluções concretas para construir
o futuro das nossas empresas
e das nossas famílias.”
Extraído do Prefácio escrito por José Luís Simões,
Presidente do Conselho Administração do Grupo Luis Simões
Autores:
António Nogueira da Costa,
N
Francisco Negreira del Río,
Jesús Negreira del Río
Neg
Páginas: 288
Pá
P .: € 18
.V.P
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