3. Câncer de Intestino Delgado
O intestino delgado é a mais longa estrutura no trato gastrointestinal, mas
representa apenas 2% ou menos dos adenocarcinomas. Ainda se sabe muito pouco
sobre as causas do adenocarcinoma de intestino delgado, por ser um câncer raro.
Assim como em outros tipos de câncer, os pesquisadores reconhecem algumas
alterações no DNA das células que provavelmente são responsáveis pelo
crescimento e proliferação anormal.
4. Sinais e Sintomas
Os sintomas mais comuns incluem:
• Dor abdominal.
• Perda de peso.
• Fadiga.
Muitas vezes, o primeiro sintoma é dor na região do estômago, que pode começar ou
piorar após a pessoa comer. Algumas vezes pode ocorrer hemorragia intestinal, que
pode levar a uma anemia e fezes escuras.
5. Diagnóstico do Câncer de Intestino Delgado: Imagem
Os principais exames utilizados para o diagnóstico ou estadiamento do câncer de
intestino delgado são:
• Raios X com contraste de bário.
• Série gastrointestinal superior.
• Enteróclise.
• Enema de bário.
• Tomografia computadorizada.
6. Diagnóstico do Câncer de Intestino Delgado: Biópsia
A única maneira de ter certeza de que o câncer está presente é fazer uma biópsia.
• Biópsia Endoscópica - Existem várias maneiras de se obter uma amostra de um
tumor intestinal, uma delas é através do endoscópio. O endoscópio é um
instrumento usado para visualizar o interior do corpo. Na extremidade, ele tem
lentes (ou uma câmara minúscula) e luz própria, e muitas vezes tem uma
ferramenta para remover o tecido.
• Biópsia cirúrgica - Em alguns pacientes, cujos tumores não podem ser
alcançados com o endoscópio, é necessária a realização de uma biópsia cirúrgica
que consiste em abrir o abdome para localizar o tumor.
7. Estadiamento do Câncer de Intestino Delgado
O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou e se
está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor
ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico da paciente.
• Estágio 0 - Tis, N0, M0.
• Estágio I - T1 ou T2, N0, M0.
• Estágio IIA - T3 ou T4, N0, M0.
• Estágio IIB - T4, N0, M0.
• Estágio IIIA - Qualquer T, N1, M0.
• Estágio IIIB - Qualquer T, N2, M0.
• Estágio IV - Qualquer T, qualquer N, M1.
8. Tratamento: Cirurgia
A cirurgia é o principal tipo de tratamento para o câncer de intestino delgado e muitas
vezes o único. Os principais tipos de procedimentos cirúrgicos são:
• Ressecção - Retirada a parte do intestino que contém o tumor e parte do tecido
normal de ambos os lados do tumor. Alguns gânglios linfáticos também serão
removidos.
• Pancreatoduodenectomia (ou procedimento de Whipple) - Retirada do duodeno,
parte do pâncreas, linfonodos, parte do estômago, vesícula biliar e ducto biliar.
• Cirurgia Paliativa - Se o tumor não pode ser completamente removido porque a
doença já se disseminou, a cirurgia é realizada para ajudar a melhorar alguns dos
sintomas causados pela doença como dor, náusea e vômitos, e permitir que o
paciente volte a se alimentar normalmente.
9. Tratamento: Radioterapia
É uma opção de tratamento quando o tumor está causando problemas e não pode ser
retirado cirurgicamente, como, por exemplo, dores causadas pela disseminação da
doença. A radioterapia externa é a mais comumente utilizada no tratamento da
maioria dos tipos de câncer gastrointestinal e consiste na irradiação do órgão alvo
com doses fracionadas. O tratamento é realizado cinco vezes na semana, durante um
período de algumas semanas a meses. Os principais efeitos colaterais da radioterapia
para o estômago e intestinos incluem fadiga, náusea, vômito, diarreia e alterações na
pele. A maioria desses sintomas geralmente é temporária e desaparecem com o
término do tratamento.
10. Tratamento: Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. É
administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possa ser por via oral. Quando
a quimioterapia é administrada após a cirurgia é denominada tratamento adjuvante e é
frequentemente usada para o câncer colorretal. As drogas mais frequentemente utilizadas
no tratamento do câncer de intestino delgado são: capecitabina, 5-fluorouracil, oxaliplatina
e irinotecano. O 5-FU muitas vezes é administrado com a leucovorina, uma vitamina que
potencializa o efeito da medicação. Como o câncer de intestino delgado é raro, muito
poucos pacientes são tratados com quimioterapia. Isto dificulta saber quais medicamentos
têm melhores resultados. Algumas das combinações de fármacos que parecem oferecer
melhores resultados incluem: capecitabina e oxaliplatina (CAPOX), 5-FU e leucovorina com
oxaliplatina (FOLFOX), e 5-FU e leucovorina com irinotecano (FOLFIRI).
11. Vivendo com Câncer de Intestino Delgado
O tratamento do câncer de intestino delgado é, na maioria das vezes, extremamente
estressante. O paciente passa por tanta coisa, que cada etapa concluída é uma nova
conquista. Com o término do tratamento o paciente percebe a doença como um todo
e alguns medos ou incertezas podem tomar conta dele.
Uma das coisas que ajuda muito o paciente com câncer de intestino delgado a
enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Você não precisa passar por
tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você.
12. Novos Tratamentos
Muitas pesquisas sobre cânceres do intestino delgado estão em desenvolvimento em
diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em
prevenção, detecção precoce e tratamentos. Os pesquisadores estão procurando as
causas destes tipos de câncer, bem como formas de prevenir e tratar a doença. O
adenocarcinoma do intestino delgado é estudado com menos frequência do que alguns
outros tipos de cânceres, por ser muito raro. Ainda assim, alguns estudos recentes têm
procurado detectar maneiras de tratar este tipo de câncer com vacinas, quimioterapia e
cirurgia.