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Deficiência Istmo-cervical
e Placenta Prévia
Fisioterapia Urologia, Ginecologia e
Obstetrícia
Acadêmicas: Santos G; Menna Barreto L; Lins M; Barsanti P;
Tonello T.
2014.1
Deficiência Istmo-cervical
 Inabilidade em manter uma gravidez intra-
uterina devida a uma fragilidade inerente ou
adquirida do colo uterino.
 Conhecida como: Incompetência istmo-
cervical, insuficiência istmo-cervical,
insuficiência cervical, insuficiência do colo ou
deficiência istmo-cervical
 Caracterizada por uma fraqueza congênita ou
adquirida na junção do orifício interno cervical
e o segmento inferior.
Classificação:
Primária e Secundária.
 Primária: congênita - podendo ou não
coexistir com outras malformações.
 Secundária: ocorre como consequência de
um trauma na região istmo-cervical.
Obs.: Há autores que o tipo funcional (somente quando
grávida aparece a abertura devido ao aumento da
pressão intra-uterina)
Causas:
 Congênitas ou adquiridas.
 Congênitas: malformação do canal ístmico-
cervical
Ex.: maior concentração de fibras elásticas que fibras
musculares.
 Adquiridas: levam a uma deformidade deste
canal após o nascimento
Ex.: uso fórceps no parto, partos traumáticos, dilatação
forçada do colo uterino, conização, miomas.
Diagnóstico:
 Primariamente na história clínica.
 Poderá ser efetuado antes ou durante a
gestação.
Em ambas épocas considera-se, a
anamnese e o procedimento propedêutico
diagnóstico de eleição.
Medidas de Precauções:
 Repouso moderado à absoluto;
 Circlagem antes da 13ª semana de gestação;
 Medicamentos inibidores de contração uterina
precoce (Inibina, Dactil), AAS;
 O repouso absoluto costuma ajudar a manter a
gestação até pelo menos a 34ª semana.
 Quando então o pulmão do bebe estará melhor
desenvolvido. Solicitar o medicamento para
amadurecimento do pulmão também é uma medida
preventiva.
Tratamento:
 O tratamento é cirúrgico e corresponde ao
reforço do colo uterino com sutura
atraumática e inabsorvível na altura do
orifício interno do canal endocervical, com
o objetivo de manutenção da gravidez em
curso até a viabilidade fetal. (procedimento
denominado “circlagem cervical”.
 Já as propostas de circlagem em
mulheres não grávidas são
genericamente denominadas
“istmorrafias profiláticas”.
Circlagem:
 Circlagem é como uma costura em volta do
colo uterino antes da 13ª semana de
gestação com um, dois ou mais pontos,
dependendo do grau da IIC.
 É feita com anestesia local ou radial e na
maioria das vezes não há necessidade de
internação.
 Após a cirurgia, como medida cautelar deve-
se utilizar o ultrassom mensalmente para
medir o colo uterino. Colo uterino menor que
3 cm exige cautela e repouso absoluto pois
corre-se o risco de arrebentar com os pontos
da circlagem.
Placenta Prévia
 Placenta prévia (PP) é definida como a
situação em que a placenta está inserida
total ou parcialmente, no segmento inferior
do útero, podendo ou não recobrir o orifício
cervical interno (OCI).
 Frequente detecção no segundo trimestre
de gestação
 Resolução de mais de 90% dos casos até o
terceiro trimestre.
 Diagnóstico: avaliação ecográfica efetuada
no terceiro trimestre da gravidez.
 Fatores de risco: idade materna avançada,
cesariana anterior e tratamentos de
infertilidade.
 Etiologia e fisiopatologia não estão bem
esclarecidos.
 Fatores associados com a PP:
multiparidade, gravidez gemelar,
antecedentes de abortos espontâneos ou
induzidos, cirurgia uterina, miomas
uterinos, tabagismo, consumo de cocaína e
PP em gravidez anterior.
 A PP é a segunda causa mais comum de
hemorragia genital no segundo trimestre.
 Manifesta-se geralmente por uma
hemorragia assintomática sob forma de
coitorragia.
 A ecografia transvaginal tem uma
segurança bem demonstrada e uma
acuidade diagnóstica superior à da
ecografia transabdominal.
 Classificação clássica: PP central, parcial e
marginal.
 Classificação RCOG: PP major (quando a
placenta cobre total ou parcialmente o OCI)
e PP minor (quando a placenta se localiza
no segmento inferior do útero mas não
cobre o OCI).
Referências:
1. Antonio Rozas, Luiz Ferraz de Sampaio Neto.
Incompetência Cervical: Conceito, diagnóstico e
conduta. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n.
2, p. 1 - 9, 2003;
2. Ricardo Barini1, Egle Couto1, Marcos Matias
Mota1, Carolina Taddeo M. dos Santos1, Sofia
Rocha Leiber, Simone Cotes Batista. Fatores
Associados ao Aborto Espontâneo Recorrente.
RBGO-22(4):217-223, 2000.
3. Maria Regina Torloni, Antonio Fernandes Moron,
Luiz Camano. Placenta Prévia: Fatores de Risco
para o Acretismo. RBGO-23(7):417-422, 2001.
4. Maria Isabel Bento Ayres Pereira, Diogo Ayres de
Campos. Placenta Prévia: classificação e
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Deficiência Istmo-cervical e Placenta Prévia

  • 1. Deficiência Istmo-cervical e Placenta Prévia Fisioterapia Urologia, Ginecologia e Obstetrícia Acadêmicas: Santos G; Menna Barreto L; Lins M; Barsanti P; Tonello T. 2014.1
  • 2. Deficiência Istmo-cervical  Inabilidade em manter uma gravidez intra- uterina devida a uma fragilidade inerente ou adquirida do colo uterino.  Conhecida como: Incompetência istmo- cervical, insuficiência istmo-cervical, insuficiência cervical, insuficiência do colo ou deficiência istmo-cervical
  • 3.  Caracterizada por uma fraqueza congênita ou adquirida na junção do orifício interno cervical e o segmento inferior.
  • 4. Classificação: Primária e Secundária.  Primária: congênita - podendo ou não coexistir com outras malformações.  Secundária: ocorre como consequência de um trauma na região istmo-cervical. Obs.: Há autores que o tipo funcional (somente quando grávida aparece a abertura devido ao aumento da pressão intra-uterina)
  • 5. Causas:  Congênitas ou adquiridas.  Congênitas: malformação do canal ístmico- cervical Ex.: maior concentração de fibras elásticas que fibras musculares.  Adquiridas: levam a uma deformidade deste canal após o nascimento Ex.: uso fórceps no parto, partos traumáticos, dilatação forçada do colo uterino, conização, miomas.
  • 6. Diagnóstico:  Primariamente na história clínica.  Poderá ser efetuado antes ou durante a gestação. Em ambas épocas considera-se, a anamnese e o procedimento propedêutico diagnóstico de eleição.
  • 7. Medidas de Precauções:  Repouso moderado à absoluto;  Circlagem antes da 13ª semana de gestação;  Medicamentos inibidores de contração uterina precoce (Inibina, Dactil), AAS;  O repouso absoluto costuma ajudar a manter a gestação até pelo menos a 34ª semana.  Quando então o pulmão do bebe estará melhor desenvolvido. Solicitar o medicamento para amadurecimento do pulmão também é uma medida preventiva.
  • 8. Tratamento:  O tratamento é cirúrgico e corresponde ao reforço do colo uterino com sutura atraumática e inabsorvível na altura do orifício interno do canal endocervical, com o objetivo de manutenção da gravidez em curso até a viabilidade fetal. (procedimento denominado “circlagem cervical”.  Já as propostas de circlagem em mulheres não grávidas são genericamente denominadas “istmorrafias profiláticas”.
  • 9. Circlagem:  Circlagem é como uma costura em volta do colo uterino antes da 13ª semana de gestação com um, dois ou mais pontos, dependendo do grau da IIC.  É feita com anestesia local ou radial e na maioria das vezes não há necessidade de internação.
  • 10.  Após a cirurgia, como medida cautelar deve- se utilizar o ultrassom mensalmente para medir o colo uterino. Colo uterino menor que 3 cm exige cautela e repouso absoluto pois corre-se o risco de arrebentar com os pontos da circlagem.
  • 11. Placenta Prévia  Placenta prévia (PP) é definida como a situação em que a placenta está inserida total ou parcialmente, no segmento inferior do útero, podendo ou não recobrir o orifício cervical interno (OCI).  Frequente detecção no segundo trimestre de gestação
  • 12.  Resolução de mais de 90% dos casos até o terceiro trimestre.  Diagnóstico: avaliação ecográfica efetuada no terceiro trimestre da gravidez.  Fatores de risco: idade materna avançada, cesariana anterior e tratamentos de infertilidade.
  • 13.  Etiologia e fisiopatologia não estão bem esclarecidos.  Fatores associados com a PP: multiparidade, gravidez gemelar, antecedentes de abortos espontâneos ou induzidos, cirurgia uterina, miomas uterinos, tabagismo, consumo de cocaína e PP em gravidez anterior.
  • 14.  A PP é a segunda causa mais comum de hemorragia genital no segundo trimestre.  Manifesta-se geralmente por uma hemorragia assintomática sob forma de coitorragia.  A ecografia transvaginal tem uma segurança bem demonstrada e uma acuidade diagnóstica superior à da ecografia transabdominal.
  • 15.  Classificação clássica: PP central, parcial e marginal.  Classificação RCOG: PP major (quando a placenta cobre total ou parcialmente o OCI) e PP minor (quando a placenta se localiza no segmento inferior do útero mas não cobre o OCI).
  • 16.
  • 17. Referências: 1. Antonio Rozas, Luiz Ferraz de Sampaio Neto. Incompetência Cervical: Conceito, diagnóstico e conduta. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 2, p. 1 - 9, 2003; 2. Ricardo Barini1, Egle Couto1, Marcos Matias Mota1, Carolina Taddeo M. dos Santos1, Sofia Rocha Leiber, Simone Cotes Batista. Fatores Associados ao Aborto Espontâneo Recorrente. RBGO-22(4):217-223, 2000. 3. Maria Regina Torloni, Antonio Fernandes Moron, Luiz Camano. Placenta Prévia: Fatores de Risco para o Acretismo. RBGO-23(7):417-422, 2001. 4. Maria Isabel Bento Ayres Pereira, Diogo Ayres de Campos. Placenta Prévia: classificação e orientação terapêutica. Acta Obstet Ginecol Port