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UNIVERSIDADE DE LISBOA 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO 
Savater e Ética à lente de Bandura e Vygotsky: 
Reflexão crítica da obra “Ética para um jovem” 
Patrícia Valério 
Psicologia da Educação II 
2014
“Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho 
duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto 
queiras só metade.” 
Miguel Torga
Índice 
Resumo....................................................................................................................................... 5 
Introdução .................................................................................................................................. 6 
Ética: aprendizagem e desenvolvimento.................................................................................... 6 
Savater, Bandura e Vygotsky..................................................................................................... 7 
Savater e o papel dos educadores: reforçar de forma positiva e prestar atenção ....................... 9 
Savater, a estratégia de aprendizagem e a memória................................................................. 10 
Obras Citadas ........................................................................................................................... 12
Savater e Ética à lente de Bandura e Vygotsky: 
Reflexão crítica da obra “Ética para um jovem” 
Patrícia Valério 
Universidade de Lisboa – Instituto de Educação 
pavalerio@gmail.com 
Resumo 
Quando se olha para a ética apenas como um conjunto de regras de comportamento e como o 
ramo da filosofia que estuda os fundamentos da moral, trata-se de um olhar incrivelmente 
redutor. Com base na obra de Fernando Savater, “Ética para um jovem” procura-se de forma 
abrangente refletir e explorar questões transversais à Psicologia do Desenvolvimento e da 
Aprendizagem, tendo como fio condutor e orientador a ética. Analisam-se desenvolvimento e 
aprendizagem à lupa de autores como Bandura e Vygotsky. Através dessa lupa coloca-se 
enfoque nos papéis de pais e educadores, na importância da educação ética para uma 
sociedade mais justa que proporcione uma vida melhor a todos os seres humanos. Savater 
torna-se uma referência através do carácter abrangente desta sua importante obra. 
Palavras-chave: Ética, Educação, Aprendizagem, Desenvolvimento
Introdução 
Um pai é um educador, e muito antes de uma criança entrar em idade escolar, 
encontra nos pais ou nas figuras que assumem esse papel, os principais modelos de educação. 
Fernando Savater escreve o livro “Ética para um jovem”, simultaneamente como pai e 
educador do seu filho e como educador de todos os jovens e adolescentes. O que é a ética, em 
que consiste, e porque é tão importante aprender mais sobre ela. Qual a relação da ética com 
o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, adolescentes e jovens (e porque não 
adultos)? A leitura do livro e os conteúdos programáticos abordados ao longo do semestre em 
Psicologia da Educação II despoletaram uma análise reflexiva da obra de Savater, vista à 
lente do behaviorismo e do construtivismo, da Albert Bandura e Lev Vygotsky, articulando 
aquelas que muitas vezes são vistas como teorias distintas da aprendizagem. 
Passando pela memória, estratégias e abordagens da aprendizagem e pela memória, é 
possível enquadrar na obra questões pertinentes sobre os assuntos, articulando excertos com 
os textos de vários autores, analisados ao longo dos últimos meses. Assim, o trabalho acaba 
por consistir na construção de um caminho, com enfoque no pensamento livre e na ética. 
Ética: aprendizagem e desenvolvimento 
A ética é a “arte de viver” (Savater, 1991, p. 32). Esta é metáfora e definição dadas 
por Savater (1991) na sua obra Ética para um jovem. É a definição que o autor expõe a seu 
filho Amador, utilizando-o como modelo, usando-o como um reforço vicário para todos os 
jovens e adolescentes. Fá- lo sem nunca classificar a sua obra como “um manual de ética” 
(Savater, 1991, p. 13), mas com o intuito de “estimular o desenvolvimento de livres 
pensadores” (Savater, 1991, p. 14), sendo o livro um estímulo que espera como resposta a 
liberdade de pensamento, ainda que não se trate proriamente de um condicioname nto clássico 
segundo Pavlov, um condicionamento operante segundo Skinner. Talvez seja possível 
enquadrar a obra na teoria de Albert Bandura e de Lev Vygotsky, da apreendizagem social e 
por mediação. 
Na realidade os pais nem sempre conseguem estar presentes para orientar a conduta 
dos seus filhos. Os valores morais são pouco a pouco internalizados pelas crianças e servem 
como orientadores ou barreiras às condutas de auto aprovação e desaprovação e auto 
repreensão, que as crianças induzem a elas próprias (Bandura, 1991). Estas questões revelam-nos 
que o ser humano desenvolve a sua moral a partir de uma série de influências e de uma 
série de estímulos, e que o nível de desenvolvimento moral dos pais é preditor do
desenvolvimento moral dos filhos (Holstein, 1973). Segundo estas perspetivas, é possível 
salientar a importância do livro no desenvolvimento moral de Amador e de todos os jovens 
que como ele, necessitam ver as suas condutas orientadas, aprendendo para se desenvolver, 
porque a aprendizagem só é útil quando se antecipa ao desenvolvimento (Vygotsky, 
1934/1987/2007). 
Savater, Bandura e Vygotsky 
Os homens não vivem as suas vidas isoladamente, vivendo em conjunto. A 
performance desse grupo é um produto interativo e dinâmico, das interações dos seus 
membros (Bandura, 1991). Tal como refere Savater (1991) viver em sociedade não é fácil 
porque existem critérios opostos em relação ao que devemos fazer para viver, revelando a 
ambiguidade das relações humanas. Podemos dizer que perante esta ambiguidade é urgente 
aprender a viver, e aprender a viver bem, isto é, com ética, porque só assim é possível o 
desenvolvimento do ser humano em sociedade. Como refere Vygotsky (1934/1987/2007) as 
crianças não resolvem com recurso à imitação todos os problemas por resolver que lhe surjam 
no caminho, por isso é fundamental o desenvolvimento baseado na aprendizagem. 
Aprender o que é a liberdade, é importante para que um jovem se desenvolva 
livremente e desenvolva o pensamento livre, porque ao contrário dos outros animais o 
homem pode escolher o caminho a seguir na sua vida (Savater, 1991). A imitação é a origem 
da influência da aprendizagem no desenvolvimento e a “aprendizagem verbal da criança, e 
mais geralmente toda a sua aprendizagem escolar, é em larga medida função da imitação” 
(Vygotsky, 1934/1987/2007, p. 269). Desta forma a aprendizagem só é possível onde existe a 
possibilidade de imitação, mas é fundamental compreender que aprendizagem e 
desenvolvimento não começam apenas quando a criança entra na escola, mas que a idade 
escolar é apenas um período de optimização da aprendizagem. “Embora não possamos 
escolher o que nos acontece, podemos em compensação, escolher o que fazer perante aquilo 
que nos acontece” (Savater, 1991, p. 35), quando olhamos para estas palavras do autor 
percebemos que a optimização da aprendizagem através da imitação de modelos, fora e 
dentro da escola, é fundamental para aprender, de forma optimizada, o que é a liberdade. 
Para que um jovem possa desenvolver o seu pensamento livre, respeitando os 
principios éticos, precisa de imitar modelos e, como refere Bandura (1991) muitas das 
motivações e comportamentos humanos são regulados antecipadamente pelos resultados 
esperados para determinadas ações, isto é, fazemos o que sabemos que os outros esperam que
façamos, e o que os vemos fazer. Mas são sobretudo os julgamentos que os jovens fazem 
acerca da sua eficácial pessoal, que vão prever o seu envolvimento nestas questões de ética, 
moral, liberdade, autonomia e justiça. Bandura chamou- lhe teoria da auto-eficácia 
(Gonçalves, 1999). O ser humano não é apenas conhecedor e performer,é também reativo à 
sua capacidade de guiar, regular e motivar as suas próprias ações, sendo detentor de uma 
imensa capacidade simbólica, uma ferramenta poderosa que lhe permite compreender o 
mundo, criando e regulando condições da sua própria vida. 
As regras abtractas , os exemplos e sugestões de Savater(1991) ao longo de todos os 
capítulos, revelam-nos que a aprendizagem social mostra que os processos de modelagem se 
verificam também com regras abstratas e que através da observação dos outros e das nossas 
reações perante as nossas próprias ações, condicionamos as nossas ações futuras (Bandura, 
1991). Esta questão remete-nos para as crenças de eficácia de cada um. Se um jovem não 
acreditar que pode ser livre, que pode (e deve) reger-se por principios éticos, que o mundo 
pode ser justo, e que a ser livre implica um certo grau de autonomia, terá poucos incentivos 
para agir segundo esses principios. Da mesma forma, se não apropriar para si, e internalizar 
os conceitos de ética, liberdade, autonomia, justiça, esses serão conceitos sempre externos a 
si mesmo. 
É necessário não apenas imitar, mas desenvolver o pensamento livre, desenvolvendo 
autonomia, e como refere Savater (1991) “é preciso inventar, em vez de nos limitarmos 
simplesmente a seguir a moda ou o hábito”p.44. Os jovens tem de constuir o seu próprio 
conceitos de moral, ética, liberdade, autonomia, responsabilidade e justiça. 
A liberdade pode neste sentido ser encarada como um conceito científico, assim como 
a ética. O desenvolvimento dos conceitos científicos deve começar pelo trabalho dos próprios 
conceitos (Vygotsky, 1934/1987/2007). Pode constatar-se que isso é feito em “Ética para um 
Jovem”, começando Savater por trabalhar os próprios conceitos de ética e liberdade, 
fazendo-o de uma forma extraordinária, tendo consciência dos estádios de desenvolvimento 
congnitivo, em que na minha perspectiva, assume que os jovens já são capazes de operar no 
nível da lógica das proposições, tendo desenvolvido a capacidade de raciocinar sobre dados e 
hipóteses (Piaget, 1972/1983). 
Numa perspetiva de aprendizagem social, ao longo do livro Savater reforça 
diretamente vários comportamentos, de forma positiva, dedicando- lhes a sua atenção e 
usando modelos. Utiliza o próprio filho Amador, e a sua relação com ele, como modelo, 
sendo essas condutas, reforços vicariantes para outros jovens. A leitura atenta do autor 
revela-nos uma perspetiva em linha com as próprias ideias de Bandura (1991) que defende
que aqueles que acreditem nas suas capacidades duplicarão esforços a tentar encontrar 
melhores formas de encarar os desafios. São os que permanecerão rezilientes perante a 
adversidade e a sua capacidade de desmoralizar, desmotivar. “Q uem é responsável é 
consciente do real da sua liberdade” (Savater, 1991, p. 93). 
Savater e o papel dos educadores: reforçar de forma positiva e prestar atenção 
“Um pai ou um professor como deve ser têm de pesar um bocado, ou então não 
servem para nada” (Savater, 1991, p.18). A citação anterior pode indiciar-nos a importância 
de alguns métodos condutistas na educação, que devem ser utilizadas para desenvolver novas 
destrezas e capacidades nos jovens (Woolfolk e Nicolich, 1989) Também o ensino da ética, 
da moral e dos conceitos de liberdade , responsabilidade e justiça podem ser ensinados e as 
condutas esperadas reforçadas, sobretudo de forma positiva. Um pai, um professor, podem 
utilizar vários métodos condutistas para melhorar a aprendizagem dos jovens, combinando e 
alterando métodos consoante as situações e os contextos. Pode ensinar-se apresentando com 
clareza o que se espera que o outro aprenda, é isso que Savater (1991) faz, dirigindo-se ao 
filho na seguinte afirmação: 
“Sabes qual é a única obrigação que temos nesta vida? Pois é a de não sermos imbecis. A 
palavra “imbecil” é mais densa do que parece, não duvides. Vem do latim baculus , que 
significa “bastão”: o imbecil é o que precisa de um bastão ou bengala para andar.”p.83 
Na sala de aula, ou fora dela, pais e educadores, devem sempre reforçar as condutas mais 
desejáveis. Na citação Savater reforça a não imbecilidade, isto é, a autonomia e 
responsabilidade que os jovens devem assumir, sendo capazes de seguir o seu caminho sem 
serem carregados ao colo, ou constantemente apoiados por bengalas. Continua reforçando de 
forma continua e positiva esta questão, ao longo deste capítulo, acabando por afirmar: 
“Quem é responsável é consciente da sua própria liberdade […] Responsabilidade é saber que 
cada um dos meus atos me vai construindo, me vai definindo, me vai inventando. […] Todas as 
minhas decisões deixam a sua marca em mim, antes de a deixarem no mundo que me 
rodeia.”p.93 
Uma das questões fundamentais que aqui se pode destacar é sobretudo a atenção de pais e 
professores. Para muitos jovens (alunos) resulta como reforço a atenção dada por estes,
incluindo quando essa atenção se enfoca num ponto crítico. Elogiar os jovens pela sua 
autonomia, respeito e ética, reforçando de forma positiva condutas coincidentes com as 
esperadas é um excelente principio, acessível e inesgotável (Woolfolk & Nicolich, 1989). 
Todo o livro de Savater (1991) é um excelente exemplo de atenção prestada a estas questões 
fundamentais na educação de um jovem, direcionadas não só ao seu filho adolescente, mas a 
todos os outros adolescentes e jovens. Não basta a pais e professores repreenderem os jovens 
por condutas menos próprias, porque estudos apontam para ineficácia deste método, na 
alteração do comportamento dos jovens. Pelo contrário, devem seguir o exemplo de Savater e 
dedicar tempo e reforçar os jovens dando- lhes atenção, centrando-se nas condutas positivas e 
não nas negativas. Apelar constantemente à “geração rasca”, “já não há respeito”, “os jovens 
agora já nascem assim”, “esta geração está perdida” é o caminho errado e a ciência tem-no 
demonstrado. 
Savater, a estratégia de aprendizagem e a memória 
Qual será a estratégia de Savater para ensinar ética ao seu filho Amador e a todos os 
adolescentes e jovens que leiam o livro “Ética para um jovem” e o que é que o assunto tem a 
ver com a memória? Podemos abordar este tema a partir de uma perspetiva de classificação 
das estratégias de aprendizagem e da distinção entre enfoque superficial e enfoque profundo, 
onde se destaca a obra de Savater como um enfoque profundo que procura a abstração e a 
compreensão da realidade (Coll, Palacios, e Marchesi, 1995). Também há que considerar 
questões relacionadas com a memória, visto que está direta ou indiretamente envolvida em 
qualquer aspeto do comportamento humano, e neste caso há que ter em consideração a 
memória procedimental, que não se limita somente a questões motoras, mas também sociais e 
emocionais, e que estas são dificeis de descrever verbalmente (Pinto, 1998). 
Estudos sobre a profundidade de processamento de informação demonstraram que o 
processamento e retenção de informação são superiores quando conceitos estão enquadrados 
numa estrutura sintática rica e elaborada e forem associados á personalidade do sujeito ou às 
suas vivências (Pinto, 1998). Savater revela uma sintaxe rica e elaborada, portanto, podemos 
dar sinal verde à forma como facilita o processamento da informação. Contudo, a estratégia 
que Savater utiliza como estratégia de repetição da informação baseada na leitura da sua obra 
é uma estratégia limitada. Para levar a aprendizagem de Amador e dos demais jovens e 
adolescentes a um outro patamar onde o esforço terá de ser deles, e não da imaginação e dom
para a escrita de Savater terão de ser adotadas outras estratégias. Contudo, a elaboração e a 
integração de informação carecem de uma participação ativa dos jovens, e caso não se 
envolvam nas questões abordadas na obra, o esforço do autor terá sido de igual forma 
limitado. Mas Savater parece orientar-se por boas práticas, e evoca uma integração pessoal 
das questões que aborda, apelar a uma relação das várias questões entre si, centrando-se no 
significado do conteúdo relacionado inclusivé materiais de diversas fontes, sempre que deixa 
a Amador (e a todos os jovens) referências “para ires lendo” ao longo dos capítulos. O seu 
foco nas questões da moral, da ética e da liberdade é definitivamente profundo, orientando os 
“seus alunos” para uma aprendizagem que apela a uma integração pessoal, às interelações e à 
transcendência por oposição ao isolamento, à memorização e à passividade. (Coll, Palacios, 
& Marchesi, 1995). Desta forma podemos encontrar a estratégia profunda no apelo à 
reflexividade e à integração das questões abordas anteriormente nas seguintes palavras de 
Savater (1991): 
“Que te parecerá agora se eu te disser que à porta da ética, entendida como deve ser, está 
gravada apenas essa mesma instrução: faz o que quiseres?[…]Não perguntes a ninguém 
aquilo que deves fazer com a tua vida: pergunta-o a ti próprio.”p.55-59 
Dentro das estratégias de elaboração, que recorrem à ligação de conhecimentos a adquirir 
com os conhecimentos anteriores, Savater (1991) revela-se um exímio executante, alternando 
situações de significado mais ou menos amplas, optando por uma restruturação complexa 
estimulando a formação de analogias, utilizando pequenas histórias como modelos, tentando 
facilitar a compreensão dos temas abstratos (Coll, Palacios, & Marchesi, 1995). 
O que se aprende é importante mas o processo e as estratégias pedagógicas, e de 
instrução, são também aspetos prepnderamentes no processo de aprendizagem.
Obras Citadas 
Bandura, A. (1991). Social cognitive theory of moral thought and act ion. In W. Kurtines, & J. 
L. Gewirtz, Handbook of moral behavior and development (pp. 45-103). Hillsdale, 
NJ: Erlbaum. 
Coll, C., Palacios, J., & Marchesi, Á. (1995). Estratégias de Aprendizagem. In C. Coll, J. 
Palacios, & Á. Marchesi, Desenvolvimento Psicológico E Educação, Volume II: 
Psicologia da Educação Escolar (2ª Edição) (pp. 176-197). Artmed. 
Gonçalves, O. (1999). O paradigma da aprendizagem social. In O. Gonçalves, Introdução às 
psicoterapias comportamentais (pp. 81-103). Coímbra: Quarteto Editora. 
Holstein, C. E. (1973). The relation of children's moral judgment level to that of their parents 
and to communication patterns in the family. In M. Smart, & R. Smart, Adolescents: 
Development and relationships (pp. 270-294). New York: Macmillan. 
Miranda, G. L. (2005). Introdução. In G. L. Miranda, & S. Baía, Psicologia da Educação - 
Temas de Desenvolvimento, Aprendizagem e Ensino (pp. 17-22). Lisboa: Relógio 
D'Água Editores. 
Piaget, J. (1972/1983). Problemas de Psicologia Genética (5.ª Edição). Lisboa: Publicações 
Dom Quixote. 
Pinto, A. d. (1998). Memória Humana e Aprendizagem Escolar. Departamento de Ciências 
Sociais e Humanas da UNL, (pp. 1-15). Lisboa. 
Savater, F. (1991). Ética para um jovem (21.ª Edição ed.). (M. S. Pereira, Trad.) Alfragide, 
Portugal: Publicações Dom Quixote. 
Vygotsky, L. (1934/1987/2007). Pensamento e Linguagem. Lisboa: Relógio D'Água. 
Woolfolk, A., & Nicolich, L. (1989). Métodos conductictas para la organizacion de la classe. 
In A. Woolfolk, & L. Nicolich, Psicologia da Educación para professores (pp. 178- 
218). Madrid: Narcia Ediciones.

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Savater e Ética à lente de Bandura e Vygotsky: Reflexão crítica da obra “Ética para um jovem”

  • 1. UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Savater e Ética à lente de Bandura e Vygotsky: Reflexão crítica da obra “Ética para um jovem” Patrícia Valério Psicologia da Educação II 2014
  • 2.
  • 3. “Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.” Miguel Torga
  • 4. Índice Resumo....................................................................................................................................... 5 Introdução .................................................................................................................................. 6 Ética: aprendizagem e desenvolvimento.................................................................................... 6 Savater, Bandura e Vygotsky..................................................................................................... 7 Savater e o papel dos educadores: reforçar de forma positiva e prestar atenção ....................... 9 Savater, a estratégia de aprendizagem e a memória................................................................. 10 Obras Citadas ........................................................................................................................... 12
  • 5. Savater e Ética à lente de Bandura e Vygotsky: Reflexão crítica da obra “Ética para um jovem” Patrícia Valério Universidade de Lisboa – Instituto de Educação pavalerio@gmail.com Resumo Quando se olha para a ética apenas como um conjunto de regras de comportamento e como o ramo da filosofia que estuda os fundamentos da moral, trata-se de um olhar incrivelmente redutor. Com base na obra de Fernando Savater, “Ética para um jovem” procura-se de forma abrangente refletir e explorar questões transversais à Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, tendo como fio condutor e orientador a ética. Analisam-se desenvolvimento e aprendizagem à lupa de autores como Bandura e Vygotsky. Através dessa lupa coloca-se enfoque nos papéis de pais e educadores, na importância da educação ética para uma sociedade mais justa que proporcione uma vida melhor a todos os seres humanos. Savater torna-se uma referência através do carácter abrangente desta sua importante obra. Palavras-chave: Ética, Educação, Aprendizagem, Desenvolvimento
  • 6. Introdução Um pai é um educador, e muito antes de uma criança entrar em idade escolar, encontra nos pais ou nas figuras que assumem esse papel, os principais modelos de educação. Fernando Savater escreve o livro “Ética para um jovem”, simultaneamente como pai e educador do seu filho e como educador de todos os jovens e adolescentes. O que é a ética, em que consiste, e porque é tão importante aprender mais sobre ela. Qual a relação da ética com o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, adolescentes e jovens (e porque não adultos)? A leitura do livro e os conteúdos programáticos abordados ao longo do semestre em Psicologia da Educação II despoletaram uma análise reflexiva da obra de Savater, vista à lente do behaviorismo e do construtivismo, da Albert Bandura e Lev Vygotsky, articulando aquelas que muitas vezes são vistas como teorias distintas da aprendizagem. Passando pela memória, estratégias e abordagens da aprendizagem e pela memória, é possível enquadrar na obra questões pertinentes sobre os assuntos, articulando excertos com os textos de vários autores, analisados ao longo dos últimos meses. Assim, o trabalho acaba por consistir na construção de um caminho, com enfoque no pensamento livre e na ética. Ética: aprendizagem e desenvolvimento A ética é a “arte de viver” (Savater, 1991, p. 32). Esta é metáfora e definição dadas por Savater (1991) na sua obra Ética para um jovem. É a definição que o autor expõe a seu filho Amador, utilizando-o como modelo, usando-o como um reforço vicário para todos os jovens e adolescentes. Fá- lo sem nunca classificar a sua obra como “um manual de ética” (Savater, 1991, p. 13), mas com o intuito de “estimular o desenvolvimento de livres pensadores” (Savater, 1991, p. 14), sendo o livro um estímulo que espera como resposta a liberdade de pensamento, ainda que não se trate proriamente de um condicioname nto clássico segundo Pavlov, um condicionamento operante segundo Skinner. Talvez seja possível enquadrar a obra na teoria de Albert Bandura e de Lev Vygotsky, da apreendizagem social e por mediação. Na realidade os pais nem sempre conseguem estar presentes para orientar a conduta dos seus filhos. Os valores morais são pouco a pouco internalizados pelas crianças e servem como orientadores ou barreiras às condutas de auto aprovação e desaprovação e auto repreensão, que as crianças induzem a elas próprias (Bandura, 1991). Estas questões revelam-nos que o ser humano desenvolve a sua moral a partir de uma série de influências e de uma série de estímulos, e que o nível de desenvolvimento moral dos pais é preditor do
  • 7. desenvolvimento moral dos filhos (Holstein, 1973). Segundo estas perspetivas, é possível salientar a importância do livro no desenvolvimento moral de Amador e de todos os jovens que como ele, necessitam ver as suas condutas orientadas, aprendendo para se desenvolver, porque a aprendizagem só é útil quando se antecipa ao desenvolvimento (Vygotsky, 1934/1987/2007). Savater, Bandura e Vygotsky Os homens não vivem as suas vidas isoladamente, vivendo em conjunto. A performance desse grupo é um produto interativo e dinâmico, das interações dos seus membros (Bandura, 1991). Tal como refere Savater (1991) viver em sociedade não é fácil porque existem critérios opostos em relação ao que devemos fazer para viver, revelando a ambiguidade das relações humanas. Podemos dizer que perante esta ambiguidade é urgente aprender a viver, e aprender a viver bem, isto é, com ética, porque só assim é possível o desenvolvimento do ser humano em sociedade. Como refere Vygotsky (1934/1987/2007) as crianças não resolvem com recurso à imitação todos os problemas por resolver que lhe surjam no caminho, por isso é fundamental o desenvolvimento baseado na aprendizagem. Aprender o que é a liberdade, é importante para que um jovem se desenvolva livremente e desenvolva o pensamento livre, porque ao contrário dos outros animais o homem pode escolher o caminho a seguir na sua vida (Savater, 1991). A imitação é a origem da influência da aprendizagem no desenvolvimento e a “aprendizagem verbal da criança, e mais geralmente toda a sua aprendizagem escolar, é em larga medida função da imitação” (Vygotsky, 1934/1987/2007, p. 269). Desta forma a aprendizagem só é possível onde existe a possibilidade de imitação, mas é fundamental compreender que aprendizagem e desenvolvimento não começam apenas quando a criança entra na escola, mas que a idade escolar é apenas um período de optimização da aprendizagem. “Embora não possamos escolher o que nos acontece, podemos em compensação, escolher o que fazer perante aquilo que nos acontece” (Savater, 1991, p. 35), quando olhamos para estas palavras do autor percebemos que a optimização da aprendizagem através da imitação de modelos, fora e dentro da escola, é fundamental para aprender, de forma optimizada, o que é a liberdade. Para que um jovem possa desenvolver o seu pensamento livre, respeitando os principios éticos, precisa de imitar modelos e, como refere Bandura (1991) muitas das motivações e comportamentos humanos são regulados antecipadamente pelos resultados esperados para determinadas ações, isto é, fazemos o que sabemos que os outros esperam que
  • 8. façamos, e o que os vemos fazer. Mas são sobretudo os julgamentos que os jovens fazem acerca da sua eficácial pessoal, que vão prever o seu envolvimento nestas questões de ética, moral, liberdade, autonomia e justiça. Bandura chamou- lhe teoria da auto-eficácia (Gonçalves, 1999). O ser humano não é apenas conhecedor e performer,é também reativo à sua capacidade de guiar, regular e motivar as suas próprias ações, sendo detentor de uma imensa capacidade simbólica, uma ferramenta poderosa que lhe permite compreender o mundo, criando e regulando condições da sua própria vida. As regras abtractas , os exemplos e sugestões de Savater(1991) ao longo de todos os capítulos, revelam-nos que a aprendizagem social mostra que os processos de modelagem se verificam também com regras abstratas e que através da observação dos outros e das nossas reações perante as nossas próprias ações, condicionamos as nossas ações futuras (Bandura, 1991). Esta questão remete-nos para as crenças de eficácia de cada um. Se um jovem não acreditar que pode ser livre, que pode (e deve) reger-se por principios éticos, que o mundo pode ser justo, e que a ser livre implica um certo grau de autonomia, terá poucos incentivos para agir segundo esses principios. Da mesma forma, se não apropriar para si, e internalizar os conceitos de ética, liberdade, autonomia, justiça, esses serão conceitos sempre externos a si mesmo. É necessário não apenas imitar, mas desenvolver o pensamento livre, desenvolvendo autonomia, e como refere Savater (1991) “é preciso inventar, em vez de nos limitarmos simplesmente a seguir a moda ou o hábito”p.44. Os jovens tem de constuir o seu próprio conceitos de moral, ética, liberdade, autonomia, responsabilidade e justiça. A liberdade pode neste sentido ser encarada como um conceito científico, assim como a ética. O desenvolvimento dos conceitos científicos deve começar pelo trabalho dos próprios conceitos (Vygotsky, 1934/1987/2007). Pode constatar-se que isso é feito em “Ética para um Jovem”, começando Savater por trabalhar os próprios conceitos de ética e liberdade, fazendo-o de uma forma extraordinária, tendo consciência dos estádios de desenvolvimento congnitivo, em que na minha perspectiva, assume que os jovens já são capazes de operar no nível da lógica das proposições, tendo desenvolvido a capacidade de raciocinar sobre dados e hipóteses (Piaget, 1972/1983). Numa perspetiva de aprendizagem social, ao longo do livro Savater reforça diretamente vários comportamentos, de forma positiva, dedicando- lhes a sua atenção e usando modelos. Utiliza o próprio filho Amador, e a sua relação com ele, como modelo, sendo essas condutas, reforços vicariantes para outros jovens. A leitura atenta do autor revela-nos uma perspetiva em linha com as próprias ideias de Bandura (1991) que defende
  • 9. que aqueles que acreditem nas suas capacidades duplicarão esforços a tentar encontrar melhores formas de encarar os desafios. São os que permanecerão rezilientes perante a adversidade e a sua capacidade de desmoralizar, desmotivar. “Q uem é responsável é consciente do real da sua liberdade” (Savater, 1991, p. 93). Savater e o papel dos educadores: reforçar de forma positiva e prestar atenção “Um pai ou um professor como deve ser têm de pesar um bocado, ou então não servem para nada” (Savater, 1991, p.18). A citação anterior pode indiciar-nos a importância de alguns métodos condutistas na educação, que devem ser utilizadas para desenvolver novas destrezas e capacidades nos jovens (Woolfolk e Nicolich, 1989) Também o ensino da ética, da moral e dos conceitos de liberdade , responsabilidade e justiça podem ser ensinados e as condutas esperadas reforçadas, sobretudo de forma positiva. Um pai, um professor, podem utilizar vários métodos condutistas para melhorar a aprendizagem dos jovens, combinando e alterando métodos consoante as situações e os contextos. Pode ensinar-se apresentando com clareza o que se espera que o outro aprenda, é isso que Savater (1991) faz, dirigindo-se ao filho na seguinte afirmação: “Sabes qual é a única obrigação que temos nesta vida? Pois é a de não sermos imbecis. A palavra “imbecil” é mais densa do que parece, não duvides. Vem do latim baculus , que significa “bastão”: o imbecil é o que precisa de um bastão ou bengala para andar.”p.83 Na sala de aula, ou fora dela, pais e educadores, devem sempre reforçar as condutas mais desejáveis. Na citação Savater reforça a não imbecilidade, isto é, a autonomia e responsabilidade que os jovens devem assumir, sendo capazes de seguir o seu caminho sem serem carregados ao colo, ou constantemente apoiados por bengalas. Continua reforçando de forma continua e positiva esta questão, ao longo deste capítulo, acabando por afirmar: “Quem é responsável é consciente da sua própria liberdade […] Responsabilidade é saber que cada um dos meus atos me vai construindo, me vai definindo, me vai inventando. […] Todas as minhas decisões deixam a sua marca em mim, antes de a deixarem no mundo que me rodeia.”p.93 Uma das questões fundamentais que aqui se pode destacar é sobretudo a atenção de pais e professores. Para muitos jovens (alunos) resulta como reforço a atenção dada por estes,
  • 10. incluindo quando essa atenção se enfoca num ponto crítico. Elogiar os jovens pela sua autonomia, respeito e ética, reforçando de forma positiva condutas coincidentes com as esperadas é um excelente principio, acessível e inesgotável (Woolfolk & Nicolich, 1989). Todo o livro de Savater (1991) é um excelente exemplo de atenção prestada a estas questões fundamentais na educação de um jovem, direcionadas não só ao seu filho adolescente, mas a todos os outros adolescentes e jovens. Não basta a pais e professores repreenderem os jovens por condutas menos próprias, porque estudos apontam para ineficácia deste método, na alteração do comportamento dos jovens. Pelo contrário, devem seguir o exemplo de Savater e dedicar tempo e reforçar os jovens dando- lhes atenção, centrando-se nas condutas positivas e não nas negativas. Apelar constantemente à “geração rasca”, “já não há respeito”, “os jovens agora já nascem assim”, “esta geração está perdida” é o caminho errado e a ciência tem-no demonstrado. Savater, a estratégia de aprendizagem e a memória Qual será a estratégia de Savater para ensinar ética ao seu filho Amador e a todos os adolescentes e jovens que leiam o livro “Ética para um jovem” e o que é que o assunto tem a ver com a memória? Podemos abordar este tema a partir de uma perspetiva de classificação das estratégias de aprendizagem e da distinção entre enfoque superficial e enfoque profundo, onde se destaca a obra de Savater como um enfoque profundo que procura a abstração e a compreensão da realidade (Coll, Palacios, e Marchesi, 1995). Também há que considerar questões relacionadas com a memória, visto que está direta ou indiretamente envolvida em qualquer aspeto do comportamento humano, e neste caso há que ter em consideração a memória procedimental, que não se limita somente a questões motoras, mas também sociais e emocionais, e que estas são dificeis de descrever verbalmente (Pinto, 1998). Estudos sobre a profundidade de processamento de informação demonstraram que o processamento e retenção de informação são superiores quando conceitos estão enquadrados numa estrutura sintática rica e elaborada e forem associados á personalidade do sujeito ou às suas vivências (Pinto, 1998). Savater revela uma sintaxe rica e elaborada, portanto, podemos dar sinal verde à forma como facilita o processamento da informação. Contudo, a estratégia que Savater utiliza como estratégia de repetição da informação baseada na leitura da sua obra é uma estratégia limitada. Para levar a aprendizagem de Amador e dos demais jovens e adolescentes a um outro patamar onde o esforço terá de ser deles, e não da imaginação e dom
  • 11. para a escrita de Savater terão de ser adotadas outras estratégias. Contudo, a elaboração e a integração de informação carecem de uma participação ativa dos jovens, e caso não se envolvam nas questões abordadas na obra, o esforço do autor terá sido de igual forma limitado. Mas Savater parece orientar-se por boas práticas, e evoca uma integração pessoal das questões que aborda, apelar a uma relação das várias questões entre si, centrando-se no significado do conteúdo relacionado inclusivé materiais de diversas fontes, sempre que deixa a Amador (e a todos os jovens) referências “para ires lendo” ao longo dos capítulos. O seu foco nas questões da moral, da ética e da liberdade é definitivamente profundo, orientando os “seus alunos” para uma aprendizagem que apela a uma integração pessoal, às interelações e à transcendência por oposição ao isolamento, à memorização e à passividade. (Coll, Palacios, & Marchesi, 1995). Desta forma podemos encontrar a estratégia profunda no apelo à reflexividade e à integração das questões abordas anteriormente nas seguintes palavras de Savater (1991): “Que te parecerá agora se eu te disser que à porta da ética, entendida como deve ser, está gravada apenas essa mesma instrução: faz o que quiseres?[…]Não perguntes a ninguém aquilo que deves fazer com a tua vida: pergunta-o a ti próprio.”p.55-59 Dentro das estratégias de elaboração, que recorrem à ligação de conhecimentos a adquirir com os conhecimentos anteriores, Savater (1991) revela-se um exímio executante, alternando situações de significado mais ou menos amplas, optando por uma restruturação complexa estimulando a formação de analogias, utilizando pequenas histórias como modelos, tentando facilitar a compreensão dos temas abstratos (Coll, Palacios, & Marchesi, 1995). O que se aprende é importante mas o processo e as estratégias pedagógicas, e de instrução, são também aspetos prepnderamentes no processo de aprendizagem.
  • 12. Obras Citadas Bandura, A. (1991). Social cognitive theory of moral thought and act ion. In W. Kurtines, & J. L. Gewirtz, Handbook of moral behavior and development (pp. 45-103). Hillsdale, NJ: Erlbaum. Coll, C., Palacios, J., & Marchesi, Á. (1995). Estratégias de Aprendizagem. In C. Coll, J. Palacios, & Á. Marchesi, Desenvolvimento Psicológico E Educação, Volume II: Psicologia da Educação Escolar (2ª Edição) (pp. 176-197). Artmed. Gonçalves, O. (1999). O paradigma da aprendizagem social. In O. Gonçalves, Introdução às psicoterapias comportamentais (pp. 81-103). Coímbra: Quarteto Editora. Holstein, C. E. (1973). The relation of children's moral judgment level to that of their parents and to communication patterns in the family. In M. Smart, & R. Smart, Adolescents: Development and relationships (pp. 270-294). New York: Macmillan. Miranda, G. L. (2005). Introdução. In G. L. Miranda, & S. Baía, Psicologia da Educação - Temas de Desenvolvimento, Aprendizagem e Ensino (pp. 17-22). Lisboa: Relógio D'Água Editores. Piaget, J. (1972/1983). Problemas de Psicologia Genética (5.ª Edição). Lisboa: Publicações Dom Quixote. Pinto, A. d. (1998). Memória Humana e Aprendizagem Escolar. Departamento de Ciências Sociais e Humanas da UNL, (pp. 1-15). Lisboa. Savater, F. (1991). Ética para um jovem (21.ª Edição ed.). (M. S. Pereira, Trad.) Alfragide, Portugal: Publicações Dom Quixote. Vygotsky, L. (1934/1987/2007). Pensamento e Linguagem. Lisboa: Relógio D'Água. Woolfolk, A., & Nicolich, L. (1989). Métodos conductictas para la organizacion de la classe. In A. Woolfolk, & L. Nicolich, Psicologia da Educación para professores (pp. 178- 218). Madrid: Narcia Ediciones.