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O retardo mental na família construindo caminhos alternativos
1. 11/09/2015 O Retardo Mental na Família: construindo caminhos alternativos
http://www.polbr.med.br/ano14/pcl0414.php 1/8
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Abril de 2014 Vol.19 Nº 4
Psicologia Clínica
O RETARDO MENTAL NA FAMÍLIA: CONSTRUINDO CAMINHOS ALTERNATIVOS
Braz Werneck Filho
Mestre em Psicologia
Terapeuta Familiar e de Casal
Terapeuta CognitivoComportamental
Resumo
O objetivo deste estudo é discutir a condução da primeira demanda no tratamento psicológico de um paciente com
retardo mental, levado ao consultório por seus pais ou responsáveis. Trazemos aqui a ideia de um olhar maia
aprofundado para questões familiares. A visão sistêmica nos mostra que um olhar para o contexto em que os problemas
ou sintomas se apresentam pode trazer mais elucidações para o caso do que um simples tratamento focado no que a
família denomina como problema. Pensamos que muitas vezes o retardo mental em um membro da família possa
mascarar uma problemática que envolva a real complexidade que é uma convivência entre seres humanos. Sugerimos
assim, um ohar mais aprofundado nos momentos de avaliação, para que sejam percebidas nuances de demandas
clínicas encobertas, como aconteceu no caso aqui apresentado.
Descritores: retardo mental, terapia familiar, teoria sistêmica.
Introdução
O trabalho psicoterapêutico com crianças e adolescentes é notoriamente vinculado ao atendimento, ou pelo menos, à
escuta das figuras responsáveis. As razões para isso não são apenas aquelas orientadas pela situação legal de um menor
de idade, ou de um dependente por incapacidade, mas também os vários pontos de sua história que se revelam
importantes numa avaliação psicológica, principalmente de crianças, e que só podem ser esclarecidos em detalhes
pelos responsáveis.
Acontece que a população que depende de pais ou de algum tipo de tutor é maior do que a amostra de crianças
e adolescentes. Entram nessa conta os adultos jovens, que por vários motivos, principalmente psicológicos e sociais,
ainda são dependentes dos pais, exercendo a função de adolescentes e também os dependentes por necessidade, ou seja,
aqueles que não teriam condição de se manter de forma independente. Nesta amostra entram os deficientes mentais,
que podem ser crianças, adolescentes ou adultos. Este trabalho aborda especificamente um caso clínico de terapia
Volume 20 Agosto de 2015
Editor: Giovanni Torello