Reflexão Final da Unidade Curricular – Ana Carvalho
1. 529590-80645Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação LÍNGUA PORTUGUESA E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Docentes: Helena Camacho e Rosário Rodrigues Ano lectivo de 2009 - 2010 REFLEXÃO FINAL DA UNIDADE CURRICULAR IDENTIFICAÇÃO DOS DISCENTES Nome da Discente Ana Carvalho nº070142056 Licenciatura Educação Básica As minhas expectativas em relação à Unidade Curricular Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação foram na sua maioria atingidas. Assim, foi com grande contentamento que verifiquei que os objectivos propostos por esta Unidade Curricular iam ao encontro de quase todas as minhas expectativas pessoais. As minhas expectativas pessoais prendiam-se com a minha necessidade de perceber como poderia aliar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ao ensino da Língua Portuguesa, ou seja, pretendia adquirir conhecimentos base que me permitisse perceber como poderia utilizar e rentabilizar as ferramentas que as TIC disponibilizam, sem que descurasse a especificidade da Língua Portuguesa. A única expectativa que não foi alcançada estava relacionada com a possibilidade de, eventualmente, adquirir conhecimentos sobre a didáctica da Língua Portuguesa. Apesar de esta expectativa não ter sido atingida, consegui compreender o porquê de este aspecto não ter sido implementado nesta Unidade Curricular, pois existiam muitos conceitos base sobre a relação da Língua com as TIC que precisavam de ser aprofundados, como por exemplo o conceito de multiliteracias, bem como o facto de o Plano de Estudos da Licenciatura em Educação Básica conter uma Unidade Curricular direccionada para esse efeito. Um aspecto que me agradou está relacionado com os espaços de partilha que surgiram ao longo deste semestre, pois não só permitiram trabalhar em parceria e em cooperação, como também permitiram que reflectíssemos em turma sobre os nossos projectos e trabalhos. Estes espaços foram essenciais para a minha formação académica, pois com os contributos e comentários dados em aula pude melhorar o meu desempenho e perceber mais nitidamente quais as minhas dificuldades. Por exemplo, na aula da docente Rosário Rodrigues foi apresentado em turma as baterias de jogos que cada par tinha desenvolvido no JClic, e através da interacção com o resto da turma consegui compreender quais as cores mais apropriadas a utilizar, se os objectivos dos jogos que desenvolvi com o meu par eram perceptíveis e se o grau de dificuldade era adequado ao público-alvo. Esta partilha surgiu também nas aulas da docente Helena Camacho, nomeadamente, através dos momentos de discussão que surgiam a partir da análise de textos e na partilha de actividades de incentivo à escrita. Apesar de a articulação entre a teoria e prática não ser visível, consegui perceber que à medida que ia adquirindo conhecimentos teóricos tornava-me mais exigente com os produtos que desenvolvia nas aulas práticas, pois, como foi referido nas aulas teóricas, as Novas Tecnologias não são a solução para todos os males da Educação, pois as tecnologias só serão beneficias se forem utilizadas com uma intenção pedagógica. O simples recurso às mesmas não passará de uma ilusão de inovação ou de criatividade. Relativamente ao trabalho desenvolvido em pares, acredito que esta metodologia de trabalho foi bem aplicada, pois, na minha opinião, o recurso às Novas Tecnologias facilitaram a realização de um trabalho colaborativo. Através do uso da internet pude trabalhar por via online e contribuir para um projecto que era comum a dois, mais especificamente o blogue. A construção do blogue, apesar de ter sido conturbada, permitiu que experienciasse os vários benefícios e contributos que este oferece ao nível da partilha de conhecimentos, pois apesar de ter participado em seminários e conferências que o apontavam com um bom instrumento para ser utilizado no contexto escolar, nunca tinha passado pela experiência de construir um blogue. Assim, acredito que no meu futuro profissional estarei muito mais preparada para inserir este instrumento na minha prática educativa, nomeadamente no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Um aspecto que me surpreendeu pela positiva foi o facto de se ter dado continuidade a uma temática já abordada no 2.º ano de curso na Unidade Curricular Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem: a televisão como um promotor importante de aprendizagens. Na minha opinião, o facto de ser ter dado continuidade ao trabalho desenvolvido na Unidade Curricular Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem foi muito produtivo, pois permitiu que reflectisse mais pormenorizadamente sobre as potencialidades que a televisão, como objecto cultural, oferece a nível educativo. Esta Unidade Curricular permitiu que reflectisse sobre o papel que o profissional de educação tem na utilização das ferramentas disponibilizadas pelas TIC no contexto educacional para que essas mesmas representem uma mais-valia para o ensino, pois só através de uma prática reflexiva que vá ao encontro do interesse dos seus estudantes poderá ser benéfica e construtora de sentido. Considero que esta Unidade Curricular ficou um pouco aquém em relação ao tempo disponibilizado para a mesma, isto é, na minha opinião, esta Unidade Curricular deveria ter tido mais tempo dedicado à mesma. Para além disso, defendo que esta deveria ter aparecido mais cedo no Plano de Estudos do curso, pois os conteúdos leccionados na mesma podem ser articulados com outras Unidades Curriculares, uma vez que as aprendizagens realizadas podem ser mobilizadas para outras áreas do saber, como por exemplo o estudo das ciências com recurso às TIC. Em relação à ferramenta Diigo, apesar de esta permitir partilhar e arquivar informação e estimular a cooperação entre indivíduos com interesses em comum, tornou-se uma ferramenta difícil de gerir a nível de grupo, pois como não devia repetir informação já existente exigia que tivesse um conhecimento pleno sobre o que era inserido no mesmo. Deste modo, o Diigo não foi a meu ver uma ferramenta muito fácil de gerir. Através das aulas leccionadas pela Professora Rosário Rodrigues, realizei várias aprendizagens importantes sobre as Novas Tecnologias, pois, até à data, os meus conhecimentos no que respeita à forma como deveria implementar as TIC no Ensino do Português eram escassos e, por vezes, inapropriados. Estas aprendizagens foram muito importantes para a minha formação pessoal e académica, pois estimulou-me à pesquisa e utilização de software grátis cedido pela internet, que devidamente utilizado torna-se uma mais-valia para o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Outra aprendizagem significativa que adquiri através das aulas da docente Rosário Rodrigues foi a percepção do que é WEB 2.0 (share). Esta aprendizagem permitiu que observasse os conteúdos fornecidos pela Web consoante a dinâmica que estes proporcionam, uma vez os blogues, os podcast, as redes sociais, o Moodle, entre outros, permitem que os usuários também participem no site através da criação de conteúdos. Assim, esta aprendizagem permitiu que a nível pessoal olhasse para a minha acção na Web não só como uma mera receptora de informação, mas também como uma produtora de conteúdos. Esta Unidade Curricular teve repercussões na minha formação académica, pois ao compreender que as crianças e utilizam com muito aprazimento as tecnologias no contexto de sala de aula, incentivou-me a realizar materiais didácticos com recurso às TIC para outras Unidades Curriculares. Um exemplo desse incentivo foi a criação em grupo de um vídeo alusivo ao tema da liberdade, mais especificamente o 25 de Abril de 1974, na Unidade Curricular Literatura para a Infância, leccionada pelo docente Luciano Pereira, com a intenção de ser apresentado ao público do 4.º ano de escolaridade básica, no âmbito da dinamização de uma obra literária para a infância, mais especificamente O Tesouro de Manuel António Pina. Assim, outra aprendizagem que adquiri com esta Unidade Curricular diz respeito à utilização das TIC como uma ferramenta que permite estimular a minha criatividade e a minha capacidade de inovação no âmbito da criação de materiais didácticos. Deste modo, consegui mobilizar as aprendizagens realizadas nas aulas para o meu quotidiano escolar, tendo assim, inevitavelmente, influenciado a forma como utilizava as Novas Tecnologias. Na minha opinião, devia-se ter dado uma maior ênfase à forma como as TIC promovem o processo de aproximação da escola à comunidade educativa, de modo a averiguar como se poderia aproximar estas duas entidades. Em jeito de conclusão, quero salientar que ao frequentar esta Unidade Curricular adquiri conhecimentos e aprendizagens que são importantes e úteis para o meu futuro profissional e para minha formação pessoal e académica, pois, apesar de as TIC serem uma realidade do nosso quotidiano, exigem por parte do profissional de educação um uso reflexivo e o conhecimento das suas potencialidades educativas, que por vezes são descuradas pelo seu uso abusivo e inadvertido.