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Chirlei A Ferreira
 EMBRIOLOGIA E FISIOLOGIA
   Epitélio Germinativo: cistoadenomas serosos,
      mucinosos, endometrióide, assim como os
      cistoadenocarcinomas;
     Tecido conjuntivo: fibromas, sarcomas, tumor de
      Brenner, etc
     Células Germinativas: disgerminomas, teratomas e
      carcinomas
     Estromas gonodais: as neoplasias de células da
      granulosa e da teca
     Tumores de restos vestigiais: mesonefroma
     Tumores metastáticos




                                   Chirlei A Ferreira
 As tumores ovarianos podem desenvolver de todos os tipos os três
  tipos celulares, de onde observamos a diversidade dos problemas que
  podem ser encontrados dentro do ovário.


                                                        COMPORTAMENTO




                                                     BENIGNO     MALIGNO




                                Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 Os cistos fisiológicos são a persistência de
  estruturas encontradas durante a função
  ovariana normal.
 Eles são amplos e assintomáticos e
  freqüentemente passam sem ser notados até
  sua remissão espontânea .
 Podem se apresentar com dor e necessitar
  investigação.
 A ruptura ou torção pode ambos representar
  uma causa de abdome agudo necessitando de
  intervenção cirúrgica.
 Os cistos hemorrágicos embora dolorosos,
  podem ser acompanhados conservadoramente e
  a laparoscopia é utilizada somente se os
  sintomas são duvidosos.

                                       Chirlei A Ferreira
 FOLICULAR
    Esses cistos são pequenos (mas podem alcançar até 10
     centímetros de diâmetro), unilocular, comum, linear,
     células granulosas produtoras de estrogênio e contêm
     fluido claro rico em hormônios,
    Aparecem particularmente em pacientes submetidas a
     estimulação ovariana.


 LUTEO
    Esses cistos podem estar presentes com hemorragia
     intra-peritoneal,
    Os cistos lúteos são formados quando o corpo lúteo não
     regride.




                                         Chirlei A Ferreira
   CISTOS TECA-LUTEÍNICOS
      Grandes cistos com conteúdo hemático e grassas orlas amarelas.
         Causas
            gravidez, no curso de mola hidatiforme e coriocarcinomas,
            Uso de estimuladores ovarianos
         Conduta
            Cessar a causa determinante, os cistos involuem

   OVÁRIOS POLICÍSTICOS
      Clínica
         Oligomenorréia
         Infertilidade
         Hirsutismo
         Obesidade
      Morfologia
         Ovários aumentados
         Fibrose do estroma cortical
         Cistos sub-corticais (do tipo foliculares)
         Ausência de corpos lúteos

                                            Chirlei A Ferreira
 90% de todos os tumores de ovários
    benignos, varia com a idade,
   É o tumor de células germinativas mais
    comum em menores de 30 anos, somente 2%
    a 3% são malignos,
   Se desenvolvem a partir das células germinativas
    totipotenciais,
   Há presença de material sebáceo, pêlos, ossos e
    dentes,
   O diâmetro médio varia de 5 a 7 centímetros
    podendo ser maiores.




                                    Chirlei A Ferreira
 CISTOADENOMA SEROSO
   Normalmente é um cisto unilocular,
      papiliforme,
     Corresponde a 25% dos tumores benignos do
      ovário,
     20% deles podem ser bilaterais, uni ou
      multiloculares,
     Faltam as características típicas de uma
      neoplasia verdadeira, podem desenvolver
      hiperplasia a partir das inclusões epiteliais,
     Quando menores de 6 centímetros a
      conduta pode ser expectante.
     Histologicamente: camada única de células
      colunares, freqüentemente ciliadas, alguns têm
      um componente fibroso (cistoadenofibromas)


                                     Chirlei A Ferreira
 FIBROMAS
   São os tumores ovarianos benignos mais comuns, seu
      potencial maligno é baixo, menor que 1%;
     Estes tumores constituem aproximadamente 5% dos tumores
      benignos do ovário e aproximadamente 20% de todos os
      tumores sólidos do ovário,
     Variam em tamanho,desde pequenos a grandes tumores
      pélvicos,
     Uma das características predominantes de fibromas é
      seu crescimento extremamente lento;
     Seu diâmetro médio é aproximadamente 6 centímetros,
      sendo que, alguns podem atingir 30 centímetros de diâmetro;
     O seu diâmetro possui importância clínica, pois a incidência
      de ascite associa-se diretamente ao tamanho do tumor,
     A idade média de seu aparecimento é em torno de 48
      anos, apresenta-se com maior frequência na pós-
      menopausa.

                                       Chirlei A Ferreira
 STRUMA OVARII
    São tumores do estroma, raros,
    São dermóides com tecido
     exclusivamente tireoidiano ou em seu
     maior componente,
    O tecido tireoidiano pode ser funcional,
    São tumores benignos mas podem se
     tornar malignos e se metastatisarem,
    O tratamento é feito com Iodo 131, como
     utilizado em casos de carcinoma
     tireoidiano primário.




                                 Chirlei A Ferreira
 ENDOMETRIOMA
   Podem ser únicos ou múltiplos, com
      aderências na superfície,
     Podem ser bilaterais,
     Os implantes ovarianos são de cor azulados de 1 a
      5 mm de diâmetro, podendo atingir grandes
      dimensões de 5 a 10 centímetros e ser
      multiloculado ou com aspecto hemorrágico
      atingindo 15 a 20 centímetros,
     Contêm líquido espesso semelhante a chocolate,
      com glândulas endometriais e estromas que
      contêm células fagocitárias de homossiderina .
     CLÍNICA:
        A maioria das mulheres são assintomáticas,
        Algumas manifestam com a tríade clássica: dor
         pélvica, dispareunia e infertilidade,
        Em 10% das cirurgias se realizam em sintomas
         agudos, em geral relacionadas com a ruptura do
         endometrioma que previamente era assintomático,
        Pequemos cistos geralmente têm paredes delgadas e
         sua perfuração produz hemorragia secundária
         cíclica na cavidade cística.

                                         Chirlei A Ferreira
BENIGNOS                                              MALIGNOS
Unilateral em quase 90% dos casos                      Bilateral em quase 50% dos casos

Cápsula intacta                                        Cápsula rota

Geralmente móvel                                       Aderente, fixo

Superfície lisa                                        Superfície irregular, nodular

Geralmente sem ascite, quando presente é cristalina    Freqüentemente com ascite hemorrágica

Peritônio livre                                        Peritônio com implantes

Geralmente císticos de parede lisas                    Sólido, com áreas císticas, necrose e excrescências

Quando sólido tem consistência firme                   Áreas de amolecimento

Superfície uniforme                                    Superfície irregular




                                                  Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
CASAGRANDE
                  ZAJICAK                      Relacionou o
                  Inclusão                       risco de
                   císticas                    ovulações ao
                  epiteliais                 desenvolviment
                podem levar a                 o do câncer de
                 neoplasias                       ovário


                                                                   CREMER & WELCH
                                                                     Sintetizou que as
 FATHALLA                                                            inclusões císticas
Microtraumas              QUANTO MAIOR O PERÍODO DE                  epiteliais recebem
   Mitoses                 ANOVULAÇÃO, MAIOR SERÁ A                    altas taxas de
 Mutagênese              PROTEÇÃO DO EPITÉLIO OVARIANO              gonadotrofinas e a
Carcinogênese             A PROCESSOS CARCINOGÊNICOS                    produção de
                                                                   esteroidogênese leva
                                                                    ao câncer de ovário



                GRAVIDEZ             ACHO            AMAMENTAÇÃO




                                                                               ?
                                      Chirlei A Ferreira
 O tipo histológico epitelial de neoplasia maligna ovariana pode estar
  relacionado à história familiar de carcinoma de mama, ovário ou ambos
  e nessas pacientes pode incidir em idade mais precoce do que em
  população geral.

 Essa síndrome familiar está relacionada à mutação em dois
  genes, o BRCA-1 e BRCA-2, localizados respectivamente nos
  cromossomos 17q e 13p, envolvidos no processo de reparo de
  DNA.

 Outra síndrome associada ao aumento do risco de câncer de ovário
  hereditário é a síndrome de Lynch II, com mutação nos genes MSH2
  ou MLH1, também relacionada a tumores de cólon não-poliposos e
  endométrio.


                                   Chirlei A Ferreira
 Fator genético familiar:               FATORES REPRODUTIVOS
  autossômica dominante,                    Nuliparidade

 Aproximadamente entre 5-               FATORES FARMACOLÓGICOS
  10% das neoplasias de ovário              Medicamentos utilizados para
  podem ser atribuídas a uma                     aumentar a fertilidade como o
  origem familiar e se descrevem                 citrato de clomifeno,
  pelos padrões hereditários.
                                         FATORES AMBIENTAIS
    Câncer de mama-ovário:                   Há trabalhos sugerindo a
     presença dos genes BRCA-1 e                 exposição de talco e asbesto
     BRCA-2;                                     com a neoplasia ovariana.

    Câncer de ovário- cólon             OUTROS
     LYNCH II:                             obesidade



                                   Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
FREQUENCIA GLOBAL
                      •EPITELIAIS (65% -70%)                            PROPORÇÃO MALIGNIDADE
                  •CÉLULAS GERMINATIVAS (15% -                               •EPITELIAIS (90%)
                              20%)                                    •CÉLULAS GERMINATIVAS (3% - 5%)
                   •CORDÕES SEXUAIS (5% - 10%)                           •CORDÕES SEXUAIS (2% - 3%)
                       •METASTÁTICOS (5%)                                   •METASTÁTICOS (5%)




 FAIXA ETARIA AFETADA (ANOS)
        •EPITELIAIS (> 20)                                                         HEREDITARIEDADE
•CÉLULAS GERMINATIVAS (0-25 + )                                                   •Ocorre em mulheres 10
   •CORDÕES SEXUAIS (todas)                                                         anos antes da faixa
    •METASTÁTICOS (variável)                                                             habitual
                                                    CÂNCER                        •Genes comprometidos
                                                   OVARIANO                              •BRCA-1
                                                                                         •BRCA-2
                                                                                    •Lynch II (MSH2 e
                                                                                          MLH1)




                                                 Chirlei A Ferreira
 O câncer de ovário é a oitava neoplasia maligna mais
  diagnosticada em mulheres no Brasil e a principal causa de morte
  por câncer do trato genital feminino nos países desenvolvidos,
  correspondendo a 1,8% dos cânceres ginecológicos.

 O prognóstico das pacientes depende das pacientes depende da
  extensão da doença no momento do diagnóstico.

 Cerca de 60% das pacientes são diagnosticadas nos estádios III
  e IV e apresentam expectativa de vida em 5 anos de 10% a 20%.

 A incidência do câncer de ovário apresentou ligeira queda de 1973 a
  1995, porém a mortalidade diminuiu apenas 9% nesse período.

                                   Chirlei A Ferreira
Valores absolutos de casos novos de câncer em cidades brasileiras, segundo última atualização
                    disponível nos Registros de Câncer de Base Populacional, INCA


CIDADE                ANO         CASOS NOVOS DE CÂNCER          CASOS NOVOS DE        CASOS NOVOS DE
                                   NA POPULAÇÃO GERAL            CÂNCER NO SEXO          CÂNCER DE
                                                                    FEMININO               OVÁRIO
Campinas (SP)           1995                 1305                       700                  21
Curitiba (PR)           1998                 3456                       1922                 66
Belém (PA)              1998                 1324                       827                  32
Fortaleza (CE)          1999                 4407                       2664                 117
Manaus (AM)             1999                 1890                       1088                 34
Belo Horizonte (MG)     2000                 11619                      6232                124
Goiânia (GO)            2000                 2160                Dado não disponível         41
Porto Alegre (RS)       2000                 5894                       3049                 114
Palmas (TO)             2001                  183                        116                 4

Recife (PE)             2001                 2973                       1805                 77

Cuiabá (MT)             2002                 1233                       642                  28

Salvador (BA)           2002                 3435                       1950                 66



                                                Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 A maioria dos cânceres de ovário são diagnosticados entre as idades
  de 40 e 65 anos. Em sua fase precoce os sintomas são
  freqüentemente vagos. Sintomas agudos devido a ruptura ou torção
  do ovário não são comuns. Em conseqüência, 75% a 85% dos casos
  de câncer de ovário são diagnosticados em fase tardia. A doença
  em sua fase avançada esta tipicamente associada com distensão
  abdominal, náuseas, anorexia ou saciedade precoce pela presença da
  ascite e metástase no intestino e omento.

 A maioria das mulheres têm sintomas inespecíficos, tais como
  desconforto ou pressão no baixo ventre, gases, constipação intestinal,
  sangramentos menstruais irregulares, sangramento vaginal, dor em
  região dorsal, fadiga, náusea, indigestão, polaciúria ou dispareunia.


                                  Chirlei A Ferreira
 Ao exame físico a presença durante a
  palpação de massa anexial assintomática
  em um exame de rotina é a apresentação
  comum dos tumores ovarianos.
 A presença de uma massa sólida,
  irregular, fixa é altamente sugestiva de
  malignidade.
 Embora, endometriomas e abscessos tubo-
  ovariano são tumores benignos que podem
  ser fixos, enquanto os cistoadenofibromas e
  os abscessos são massas benignas que se
  apresentam irregulares à palpação.
 O diagnóstico de malignidade é quase certo
  se a massa é fixa, irregular e associada a dor
  abdominal alta ou ascite.


                                     Chirlei A Ferreira
 EXAMES DE IMAGEM
   ULTRASSONOGRAFIA
      Ecografia pélvica e/ou transvaginal
       principal método diagnóstico,
       apresenta:
        lesões císticas com áreas sólidas,
          vegetações e/ou septos grossos
        lesões sólidas


   DOPPLERFLUXOMETRIA
      Apresenta baixo índice de resistência (IR
       < 0,4) e de pulsatilidade (IP < 1,0)




                                   Chirlei A Ferreira
 MARCADORES TUMORAIS
   CONCEITO
      O marcador ideal deve ser produzido por todos o
       tumores da mesma linhagem e seus níveis devem ser
       mensuráveis mesmo na presença de pequena
       quantidade de células.
      Os níveis séricos devem refletir com precisão a
       evolução clínica e a regressão da doença, sendo a sua
       normalização associada à cura.
      Deve ser sensível e específico, apresentar níveis
       proporcionais ao tamanho tumoral, ter utilidade no
       estabelecimento do prognóstico, antecipar a ocorrência
       de recorrências e permitir a seleção de tratamento.
      Nenhum dos marcadores estudados até o
       momento apresenta todas estas características.

                                   Chirlei A Ferreira
 MARCADORES TUMORAIS PARA CÂNCER DE OVÁRIO – CA 125
   O CA-125 é o marcador mais conhecido e utilizado na
    condução clínica de pacientes com tumores epiteliais de
    ovário.
   É uma sialomucina de elevado peso molecular , também
    conhecido como MUC 16, que foi inicialmente identificada por
    meio de anticorpos produzidos por animais imunizados com
    células de cistoadenocarcinoma seroso papilífero do ovário
    humano.
   Este marcador tem sido estudado para o rastreamento de
    mulheres assintomáticas, no diagnóstico diferencial de mulheres
    com massas pélvicas, no monitoramento de resposta ao
    tratamento adjuvante e na detecção precoce de recorrência do
    tumor após tratamento.

                                Chirlei A Ferreira
 CA-125 (cont....)
    Os níveis séricos de CA 125 podem ser interpretados com base em
     um ponto de corte fixo ou na dosagem seriada e avaliação do
     comportamento da curva pelo cálculo de risco de câncer de ovário
     (ROC).
    Há uma preocupação importante com relação ao uso de valores de
     corte fixos para o CA 125 (30 ou 35 U/mL) como método de
     detecção do câncer de ovário inicial e assintomático, pois a
     sensibilidade tende a ser limitada. Por outro lado, quando se
     avaliam dosagens seriados de CA 125 verifica-se que os níveis deste
     marcador elevam-se rapidamente nos casos de tumores ovarianos
     pré-clínicos e permanecem relativamente estáveis nas pessoas
     normais, independentemente se nível inicial é elevado.
    Através de curvas conhecidas de pacientes com câncer e controle a
     análise do marcador elevou sua sensibilidade de 62% para 84%,
     mantendo a especificidade fixa em 98%.


                                      Chirlei A Ferreira
 OUTROS MARCADORES
   Antígeno Carcinoembrionário (CEA)
      Glicoproteína de superfície celular, associada a carcinoma de
       cólon, ovário, endométrio e mama. Pouco específico está
       elevado também em processos inflamatórios digestivos e
       hepatobiliares.
      Surge no carcinoma de ovário do tipo endometrióide e
       mucinoso.
      Valor de referência: . 3 ng
   CA 72-4
      Glicoproteína, fortemente associado a tumores ovarianos.
       Relacionado ao prognóstico e avaliação terapêutica –
       seguimento
      Valor de referência: > 4 U/ml


                                Chirlei A Ferreira
 Alfa-fetoproteína Proteína
   Carcinoma hepatocelular
   Neoplasia ovariana linhagem germinativa

 HCG
   Glicoproteína = subunidades alfa e beta.




              MELHOR PARÂMETRO
Avaliação de coriocarcinoma = diagnóstico, eficácia
              terapêutica e seguimento
                              Chirlei A Ferreira
 Ecografia abdominal total
   avaliação de comprometimento
    hepático

 CT ou RNM abdominal
   avaliação hepática, linfonodos
    retroperitoneais

 Raio-x tórax
   lesões pulmonares e derrame
    pleural
                           Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 Aproximadamente 90% dos cânceres ovarianos são derivados
  dos tecidos oriundos do epitélio celômico ou mesoepitélio;
 As células são produtos do mesoderma primitivo;
 75% são do tipo histológico seroso, o tipo menos comum são os
  mucinosos (20%), endometrióides (2%), células claras, Brenner e
  carcinomas indiferenciados;
 Cada tumor tem o padrão histológico que reproduz as
  características da mucos do trato genital inferior. Por exemplo, o
  padrão seroso ou papilar tem uma aparência similar ao do epitélio
  da tuba de falópio. O tumor mucinoso contem células das glândulas
  endocervicais, e o endometrióide as células do endométrio.




                                 Chirlei A Ferreira
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO TUMOR EPITELIAL

TIPO HISTOLÓGICO                                    TIPO CELULAR

I.   SEROSO                                         ENDOSALPINGE

     A. Benigno
     B. Boderline
     C. Maligno
II. MUCINOSO                                        ENDOCERVICAL

     A. Benigno

     B. Boderline

     C. Maligno

III. ENDOMETRIÓIDE                                  ENDOMÉTRIO

     A. Benigno

     B. Boderline

     C. Maligno


                    SEROY SF, SCULLY RE, SOBIN LH. International histological classification of
                    tumours. N° 9. Histolological typing of ovarian tumors. Geneva, Switzerland: World
                    Health Organization, 1973

                                               Chirlei A Ferreira
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO TUMOR EPITELIAL

TIPO HISTOLÓGICO                       TIPO CELULAR

IV. TUMOR CÉLULAS CLARAS               MULLERIANA

    A. Benigno
    B. Boderline
    C. Maligno
V. BRENNER                             TRANSICIONAL

    A. Benigno

    B. Boderline

    C. Maligno

VI. EPITELIAL MISTO                    MISTO

    A. Benigno

    B. Boderline

    C. Maligno

VII. INDIFERENCIADO

VIII. NÃO CLASSIFICADO


                                    Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 O principal tratamento para os tumores
  “boderline” (baixo potencial de malignidade) é a
  ressecção cirúrgica do tumor primário.
 Não há evidência que a subseqüente quimioterapia
  ou radioterapia melhoraria a sobrevida.
 São encontrados mais freqüentemente na
  faixa etária de 50 a 70 anos,
 Embora não seja comum, implantes metastáticos
  podem ocorrer, esses são divididos em formas não
  invasivas e invasivas.




                                 Chirlei A Ferreira
 Nos tumores serosos malignos a invasão estromal está
  presente;
 O grau do tumor pode ser identificado e m:
   Bem diferenciados: adenocarcinomas com predomínio
     de estruturas papilíferas ou glandulares
   Pobremente diferenciado sendo caracterizado por forma
     sólidas, pleomorfismo nuclear, alta atividade mitótica
   Moderadamente diferenciado: se localizam entre as duas
     formas descritas acima.
 No mínimo 75% dessa forma está associada com
  formação de corpos psammoma que é uma variante
  desse tumor caracterizado por formação celular
  maciça e com características citológicas de baixo grau.




                                        Chirlei A Ferreira
 Apresentam-se bilateralmente em 8% a 10% dos
  casos.
 As lesões mucinosas são intra-ovarianas em 95% a
  98% dos casos.
 Devido a maioria dos carcinomas mucinosos
  conterem células tipo intestinais, eles não podem
  distinguir de um carcinoma metastático do trato
  gastrointestinal baseados somente pela histologia.
 Os carcinomas primários de ovário raramente
  metastatizam para a mucosa intestinal, embora
  comumente envolvam a serosa, sua disseminação é
  por extensão direta ou linfática.




                                     Chirlei A Ferreira
 As lesões endometrióides constituem 6% a 8% dos
  tumores epiteliais.
 A neoplasia endometrióide inclui todas as demonstrações
  da endometriose.
 Em 1925, Sampson sugeriu que certos casos de
  adenocarcinoma de ovários provavelmente cresceriam de
  áreas de endometriose.
 Os adenocarcinomas são similares ao se parecer com o
  corpo uterino.
 O potencial maligno da endometriose é muito baixo,
  embora a transição do epitélio benigno para o
  maligno pode ser demonstrado.




                                    Chirlei A Ferreira
 O adenocarcinoma de células claras apresenta um
    padrão histológico básico e grave (tubulocistico,
    papilaridade, reticular e sólido).
   Os tumores são feitos de células espiculadas que
    projetam seus núcleos para o citoplasma apical. As
    células claras tem citoplasma abundante claro e
    vacuolado, núcleo hipercromático irregular , nucléolo
    de vários tamanhos.
   Áreas focais de endometriose e carcinoma
    endometrióide algumas vezes podem ocorrer.
   O carcinoma de células claras tem sua histologia
    idêntica ao útero e a vagina de jovens expostas ao
    diestilbestrol (DES), são tumores extremamente
    raros.
   Quase invariavelmente o núcleo grau III – alto
    grau – são identificados.

                                      Chirlei A Ferreira
 O tumor de Brenner tem sido descrito como
  ‘boderline’, ou proliferativo. Em tais casos seu epitélio
  não invade o estroma.
 Alguns investigadores classificam esses tumores
  que mimetizam as células transicionais
  papilares de baixo grau vistos nos carcinomas
  proliferativos da bexiga urinária como tumores
  proliferativos de alto grau “in situ” vesical ou
  “boderline”.
 Geralmente a ressecção cirúrgica resulta em cura.
 Os tumores de Brenner são raros e bem definidos
  coexistindo com células transicionais ou outro tipo
  de carcinoma.
 Sua forma maligna há invasão de estroma
  associado a componentes benignos e “boderline”

                                        Chirlei A Ferreira
ESTADIAMENTO CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL PRIMARIO (FIGO)


ESTADIAMENTO              LIMITES DO CRESCIMENTO OVARIANO

ESTADIO I – CRESCIMENTO LIMITADO AOS OVÁRIOS
           Ia             Crescimento limitado a um ovário, não há ascite contendo células malignas
                          Capsula intacta, sem tumores na superfície

           Ib             Crescimento tumoral de ambos os ovários, não há ascite contendo células malignas

          Ic a            Tumor em estádio Ia ou Ib mas com comprometimento da superfície de um ou ambos os
                          ovários; ou ruptura da capsula, ou presença de células malignas na ascite ou no lavado
                          peritoneal

ESTÁDIO II – CRESCIMENTO ENVOLVENDO UM OU AMBOS OVÁRIOS COM EXTENSÃO PÉLVICA
           IIa            Extensão e/ou metástases para o útero e/ou trompa de falópio

           IIb            Extensão para outros tecidos pélvicos

          IIc a           Tumor em estádio IIa ou Iib mas com comprometimento da superfície de ambos os
                          ovários; ou com ruptura de capsula, ou com ascite apresenta células malignas ou
                          presença dessas no lavado peritoneal




                                                Chirlei A Ferreira
ESTADIAMENTO CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL PRIMARIO (FIGO)



ESTADIO III – TUMOR ENVOLVENDO UM OU AMBOS OS OVARIOS COM IMPLANTES PERITONEAIS ALÉM
DA PELVE E/OU LINFONODOS POSITIVOS RETROPERITONEAIS. METÁSTASES HEPATICAS SUPERFICIAIS.
TUMOS LIMITADO A PELVE VERDADEIRA, MAS COM EXTENSÃO MALIGNA HISTOLOGICAMENTE EM
INTESTINO E OMENTO.
          IIIa            Tumor limitado grosseiramente a pelve verdadeira com linfonodos negativos mas
                          metástases confirmadas histologicamente em intestinos e peritôneo
          IIIb            Tumor de um ou ambos os ovários com implantes metastáticos em superfície peritoneal,
                          não excedendo 2 cm de diâmetro. Linfonodos negativos
          IIIc            Implantes abdominais > 2 cm de diâmetro ou linfonodos positivos retroperitoneais ou
                          ambos.
ESTÁDIO IV – CRESCIMENTO DE UM OU AMBOS OS OVÁRIOS COM METÁSTASES A DISTÂNCIA. SE HÁ
DERRAME PLEURAL, DEVE HAVER CÉLULAS POSITIVAS PARA CÂNCER. METÁSTASE EM PARÊNQUIMA
HEPÁTICO




                                              Chirlei A Ferreira
 Incisão para-mediana para acesso adequado;
 Remoção intacta do tumor, se possível, realizar
  congelamento;
 Na suspeita de invasão:
    Avaliar citologicamente qualquer líquido
     encontrado,
    Se não há líquido livre deve-se fazer lavado
     peritoneal,
    Estudo sistemático de todas as superfícies e vísceras,
    Qualquer suspeita de adesão ou lesão deve ser
     biópsiada,
    Ressecção do omento (omentectomia infra-cólica),
    Exploração do retroperitônio

                                    Chirlei A Ferreira
VARIÁVEIS PROGNÓSTICAS EM CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL EM
                          ESTÁDIO PRECOCE
              BAIXO RISCO                                       ALTO RISCO

Baixo Grau                                    Alto grau
Tipo histológico de células não claras        Tipo histológico de células claras
Capsula intacta                               Tumor crescimento através da capsula
Ausência de excrescências na superfície       Presença de excrescência na superfície
Ausência de ascite                            Presença de ascite
Ausência de células peritoneais               Presença de células peritoneais
Ausência de ruptura intra-0peratória          Presença de ruptura intra-operatótia
Ausência de aderências densas                 Aderências densas
Tumor diplóide                                Tumor aneuplóide



                                    BEREK JS, HACKER NF et al. Practical gynecologic oncology, 4th
                                    ed. Philadelphia. PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2005




                                           Chirlei A Ferreira
Cirurgia Citorredutora Primária
                  Boa Resposta                                              Resposta Insatisfatória




 Ausência de                                                                    Quimioterapia
   resíduo                   Resíduo                                             2 – 3 ciclos
macroscópico da          macroscópico ( <
    doença                    2 cm)

                                                                           Intervalo para citorredução
                                                                             se a resposta for parcial
Quimioterapia                Quimioterapia
 6 – 8 ciclos                 6 – 8 ciclos
                                                                                 Quimioterapia
                                                                                  3 – 5 ciclos

                                 Ausência de evidência
                                   clínica da doença
                                                                               Doença progressiva




                                                    Chirlei A Ferreira
Laparotomia
                 “second-look”


                                                     Doença
Sem evidência   Doença microscópica ou
                                                  macroscópica >
  da doença      macroscópica < 5 cm
                                                      5 cm


Observação X            Terapia
consolidação        intraperitoneal
 tratamento




                   Acompanhamento ?                     Protocolos Experimentais
                     Futura evolução                               Ou
                        cirúrgica                         Tratamento paliativo


                                  BEREK JS, HACKER NF et al. Practical gynecologic oncology, 4th
                                  ed. Philadelphia. PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2005: 460




                                         Chirlei A Ferreira
QUIMIOTERAPIA COMBINADA PARA CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL AVANÇADO

DROGAS                   DOSE (mg/m²)     VIA          INTERVALO         CICLOS DE TRATAMENTO
                                                        SEMANAS
REGIME PADRÃO
QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL
PACLITAXEL                    135          IV                3 dias               6

CISPLATINA                  50 – 100       IP                2 dias

PACLITAXEL                    60           IP                8 dias

PACLITAXEL IV                 175          IV                  3                 6 -8
CARBOPLASTINA            *AUC = 5 – 6      IV
PACLITAXEL                    135          IV                  3                 6-8
CISPLATINA                    75           IV
DROGAS ALTERNATIVAS **
DOCETAXEL                     75           IV                  3
DOXORUBICINA,               35 – 50        IV                3-4
LIPOSOMAL
TOPOTECAN                  1.0 – 1.25      IV                  1
                              4.0          IV          3 (TID 3 – 5 d)
ETOPOSIDE                     50          PO             3, 14 – 21 d


                                        Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 Comparados com os epiteliais os demais cânceres são pouco
  comuns, correspondem a aproximadamente 10% de todos os
  cânceres ovarianos.
 Os cânceres ovarianos não-epiteliais são:
    Células Germinativas
    Tumores do cordão sexual
    Carcinomas metastáticos do ovário
    Raridades (sarcomas, lipomas malignos)
 Embora há muitas similaridades em sua apresentação , evolução, e
  tratamento desses pacientes, esses tumores também possuem
  características únicas que requerem uma abordagem específica.




                                   Chirlei A Ferreira
   Os tumores de células germinativas são derivados das células primordiais do ovário.
   Sua incidência é abaixo de um décimo da incidência dos tumores germinativos do
    testículo.
   Embora o tumor também atinge áreas extra-gonodais tais como o mediastino e o
    retroperitônio , quando isso acontece são formados por células indiferenciadas.

                                  TUMOR DE CÉLULAS
                                    GERMINATIVAS
                                                                 TUMOR DE CÉLULAS
            DISGERMINOMA                                           TOTIPOTENTES


                                                                   CARCINOMA EMBRIONÁRIO

                      TUMOR DO SEIO
                      ENDODÉRMICO              Diferenciação                    Diferenciação
                                                   extra-                       embrionária:
                                               embrionária                       ecto, meso,
                                                                                    endo
                     CORIOCARCINOMA


                                                                                TERATOMA

                                            Chirlei A Ferreira
TUMORAIS CÉLULAS
                         GERMINATIVAS

GERMINOMA:
                                                          Carcinoma
Disgerminoma                                              Embrionário
AFP (-)                                                   AFP (+)
hCG (-)                                                   hCG (+)



                    DIFERENCIAÇÃO EXTRA-
                                                          DIFERENCIAÇÃO EMBRIÔNICA
                         EMBRIÔNICA



                                                          Teratoma
   TROFOBLASTO           SACO VITELINO                    Imaturo
                                                          AFP (-)
                                                          hCG (+)


                           Tumor do seio
   Coriocarcinoma                                          Teratoma
                           endodérmico
   AFP (-)                                                 Maduro
                           AFP (+)
   hCG (+)                                                 AFP (-)
                           hCG (-)
                                                           hCG (-)




                                     Chirlei A Ferreira
TIPOS HISTOLÓGICOS DOS TUMORES OVARIANOS        TIPOS HISTOLÓGICOS DOS TUMORES OVARIANOS
          DE CÉLULAS GERMINATIVAS                         DE CÉLULAS GERMINATIVAS
1. TUMORES PRIMITIVOS CÉLULAS GERMINATIVAS      3. TERATOMA MONODÉRMICO E TIPO SOMÁTICO
                                                ASSOCIADO A TUMORES COM CISTOS DERMÓIDES
A. Disgerminoma                                 A. Tumor Tireóide

B. Tumor Seio Embrionário                          1. Struma ovarii

C. Carcinoma embrionário                               a. Benigno

D. Coriocarcinoma não gestacional                      b. Maligno

E. Tumor de células Germinativas Mista          B. Carcinóide

2. TERATOMA BIFÁSICO OU TRIFÁSICO               C. Tumor neuroectodérmico

A. Teratoma Imaturo                             D.Carcinoma

B. Teratoma Maduro                              E. Melanocistico

   1. Sólido                                    F. Sarcoma

   2. Cístico                                   G. Tumor Sebáceo

       a. Cisto dermóide                        H. Tumor tipo hipofisário

       b. Teratoma Fetiforme                    I. Outros


                                             Chirlei A Ferreira
   É o tumor mais comum das células germinativas, tendo uma
    prevalência de 30% a 40% dos tumores dessa origem.
   O tumor representa somente 1% a 3% de todos os cânceres, mas
    eles representam a média de 5% a 10% dos tumores em
    pacientes jovens além de 20 anos.


   75% dos disgerminomas ocorrem entre a idade de 10 e 30
    anos, 5% ocorre antes da idade de 10 anos, e raramente após os 50
    anos de idade. Por isso esses tumores se associam a gravidez
    em 20% a 30% dos casos.


   Os disgerminomas são encontrados em ambos os sexos e pode
    crescer em sítios gonodais e extra-gonodais. A inclusão de
    estruturas na linha média da glândula pineal para o mediastino e o
    retroperitônio.


   Histologicamente, eles representam proliferação anormal
    das células germinativas básicas.
                                            Chirlei A Ferreira
DISGERMINOMA

  APARENTEMENTE
                                                                                                     DOENÇA
   CONFINADO AO
                                                                                                   METASTÁTICA
      OVÁRIO


                                                                                                      •Salpingooforect
•Ooforectomia unilateral
                                                                                                      omia unilateral
•Inspeção do ovário contralateral
                                                                                                      •Remoção das
                                                                                                      metástases
                                                                         •Estadiamento cirúrgico
•Realizar estadiamento cirúrgico                                         não realizado

                                                                                                         •BEP – 4 - 6
                                    •Doença             •Pequeno foco               •TC ou US            ciclos
                                    metastática         no ovário                   da pelve e
•Ausência de metástases
                                    oculta              contralateral               abdome:
                                                                                    •2 meses
                                                                                    primeiros 6           •Second-
•Observação                                             •Ressecção do               meses, após           look
•Exame físico a cada 2 meses                            foco                        3 meses,
para os primeiros 12 meses          •BEP – 4 ciclos
                                                        preservando o               após 6
•TC em 6 e 12 meses                                     ovário                      meses


                                                                                   •Presença de
                                                       •BEP – 4 ciclos             células ou
                                                                                   histologia
                                                                                                        •BEP – 4 ciclos

                                                         Chirlei A Ferreira
• Os Teratomas Imaturos contêm elementos que
lembram tecidos derivados de embrião.

•Esses elementos podem ocorrer em combinação com
outros tumores de células germinativas com os mistos.

•O teratoma Imaturo puro apresenta com prevalência
menor de 1% de todos os cânceres ovarianos, mas é o
secundo mais comum dos tumores malignos de células
germinativas.
•Sua lesão representa 10% a 20% de todos os
tumores malignos da mulher jovem até 20 anos e
30% de morte por câncer de ovários nessa faixa
etária.
•Aproximadamente 50% dos teratomas imaturos do
ovário ocorre em mulheres entre as idades de 10 e 20
anos, e raramente ocorrem na pós-menopausa.

                                 Chirlei A Ferreira
 Os Tumores do Seio Endodérmico tem sido referido como
  tumores do saco vitelino porque eles são derivados
  da vesícula vitelina primitiva.
 Suas lesões são a terceira causa mais freqüente de
  malignidade das células germinativas dos tumores
  ovarianos.
 Ocorrem em pacientes com a média de idade de 16 a 18
  anos.
 Aproximadamente 1/3 as pacientes estão na pré-menarca
  na época do diagnóstico.
 Ocorre dor abdominal como principal sintoma, em
  aproximadamente 75% das pacientes, embora as massas
  pélvicas assintomáticas estão documentadas em 10% das
  pacientes.


                                    Chirlei A Ferreira
 Os tumores do estroma dos cordões sexuais do ovário
  têm a prevalência de aproximadamente 5% a 8% de
  todos os tumores malignos do ovário.


 Esse grupo de neoplasia é derivado do cordão sexual e
  do estroma ovariano ou do mesênquima.


 Comumente são compostos de um combinado de
  elementos, incluindo células femininas (células da
  granulosa e da teca) e células masculinas (células
  de Sertoli e Leyding), assim como células
  morfologicamente indiferentes.




                                      Chirlei A Ferreira
1. TUMORES DE CÉLULAS ESTROMA GRANULOSA
  A. Tumor de células da Granulosa
 B. Tumores do grupo tecoma-fibroma
      1. Tecoma
      2. fibroma
      3. Não classificado
2. ANDROBLASTOMAS, TUMORES CÉLULAS SERTOLI-LEYDIG
   A. Bem diferenciados
        1. Tumor de células de Sertoli
        2. Tumor de células de Sertoli-Leyding
        3. Tumor de células de Leyding, Tumor de células do seio
  B. Moderadamente diferenciado
  C. Pobremente diferenciado (Sarcomatóide)
   D. Presença de elementos heterológos
3. GINANDROBLASTOMA
4. NÃO CLASSIFICADO



                                     Chirlei A Ferreira
 TUMOR DE KRUKENBERG
    Esse tumor que representa aproximadamente 30% a
     40% dos cânceres metastáticos para o ovário,
     aumentando o estroma ovariano e suas
     características mucinosas, células de sinete.
    O tumor primário é mais comumente localizado no
     estômago e menos freqüentemente no cólon, mama,
     ou trato biliar.
    Raramente a cérvix ou a bexiga pode ser o sítio
     primário.
    Tumores de Krukenberg representa
     aproximadamente 2% dos cânceres de ovário em
     algumas instituições, e são habitualmente bilaterais.
    As lesões são freqüentemente descobertas quando o
     tumor primário está avançado e a maioria dos
     pacientes morrem da doença em um anos. Em
     alguns casos o tumor não é encontrado.

                                          Chirlei A Ferreira
 MAMA
   São freqüentes as metástases do câncer de mama para os ovários
      variando de acordo com o método de determinação, mas o
      fenômeno é comum.
     Em autópsia de mulheres que morreram por câncer de mama, os
      ovários estão envolvidos em 24% dos casos, e desses 80%
      bilateralmente.
     Similarmente, quando os ovários são removidos como tratamento
      paliativo do câncer de mama, cerca de 20% a 30% dos casos revelam
      envolvimento ovariano, 60% bilateralmente.
     O acometimento ovariano em estágio precoce do câncer de mama
      para ser considerado baixo, mas precisa ser melhor avaliado.
     Na maioria de todos os casos, um ou outro ovário envolvido esta
      oculto pela massa pélvica que é descoberta após outras metástases
      aparentes.

                                     Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
ULTRA-SONOGRAFIA TRANSVAGINAL


SUSPEITA
                                                                 NORMAL



   Repetir
(após 2 meses)
                                NORMAL

                                                                    Repetir
  SUSPEITA                                                        anualmente

                             Repetir 2 vezes
                          (intervalo de 1 mês)



             SUSPEITA                        NORMAL



      Repetir exame pélvico, CA-125, Doppler colorido


   LAPAROSCOPIA OU LAPAROTOMIA EXPLORADORA

                                            Chirlei A Ferreira
CÂNCER DE OVÁRIO



                      ESTÁDIO I                                       ESTÁDIO II A IV



                                                                      Esforço de cirurgia
Sem prole completa:                                                        básica e
                                     IA, G3
 Baixo potencial de                                                     citorredutora
                                     IB e IC
malignidade, IA G1,
      IA G2


                                                                       Poliquimioterapia
                                      Cirurgia                         contendo platina
      Salpingo-                        básica
    ooforectomia
     unilateral



  Controle rigoroso



  Prole completa ou
       recidiva


                                                 Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
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Endocrinol Metab vol 49, n° 5, Outubro, 2005

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Científíca, Rio de Janeiro – RJ, 2009, p363-384

REIS FJC, Rastreamento e diagnóstico das neoplasias de ovário - papel dos marcadores tumorais. RBGO, 2005
27 (4), 222-7



                                               Chirlei A Ferreira
“Na verdade, sabe-se somente
                quando se sabe pouco;
               Com o saber, crescem as
                       dúvidas.”

                                    Goethe




                       Muito obrigada!
                          Chirlei /2010




Chirlei A Ferreira

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Tumores de ovário

  • 1.
  • 3.  EMBRIOLOGIA E FISIOLOGIA  Epitélio Germinativo: cistoadenomas serosos, mucinosos, endometrióide, assim como os cistoadenocarcinomas;  Tecido conjuntivo: fibromas, sarcomas, tumor de Brenner, etc  Células Germinativas: disgerminomas, teratomas e carcinomas  Estromas gonodais: as neoplasias de células da granulosa e da teca  Tumores de restos vestigiais: mesonefroma  Tumores metastáticos Chirlei A Ferreira
  • 4.  As tumores ovarianos podem desenvolver de todos os tipos os três tipos celulares, de onde observamos a diversidade dos problemas que podem ser encontrados dentro do ovário. COMPORTAMENTO BENIGNO MALIGNO Chirlei A Ferreira
  • 6.  Os cistos fisiológicos são a persistência de estruturas encontradas durante a função ovariana normal.  Eles são amplos e assintomáticos e freqüentemente passam sem ser notados até sua remissão espontânea .  Podem se apresentar com dor e necessitar investigação.  A ruptura ou torção pode ambos representar uma causa de abdome agudo necessitando de intervenção cirúrgica.  Os cistos hemorrágicos embora dolorosos, podem ser acompanhados conservadoramente e a laparoscopia é utilizada somente se os sintomas são duvidosos. Chirlei A Ferreira
  • 7.  FOLICULAR  Esses cistos são pequenos (mas podem alcançar até 10 centímetros de diâmetro), unilocular, comum, linear, células granulosas produtoras de estrogênio e contêm fluido claro rico em hormônios,  Aparecem particularmente em pacientes submetidas a estimulação ovariana.  LUTEO  Esses cistos podem estar presentes com hemorragia intra-peritoneal,  Os cistos lúteos são formados quando o corpo lúteo não regride. Chirlei A Ferreira
  • 8. CISTOS TECA-LUTEÍNICOS  Grandes cistos com conteúdo hemático e grassas orlas amarelas.  Causas  gravidez, no curso de mola hidatiforme e coriocarcinomas,  Uso de estimuladores ovarianos  Conduta  Cessar a causa determinante, os cistos involuem  OVÁRIOS POLICÍSTICOS  Clínica  Oligomenorréia  Infertilidade  Hirsutismo  Obesidade  Morfologia  Ovários aumentados  Fibrose do estroma cortical  Cistos sub-corticais (do tipo foliculares)  Ausência de corpos lúteos Chirlei A Ferreira
  • 9.  90% de todos os tumores de ovários benignos, varia com a idade,  É o tumor de células germinativas mais comum em menores de 30 anos, somente 2% a 3% são malignos,  Se desenvolvem a partir das células germinativas totipotenciais,  Há presença de material sebáceo, pêlos, ossos e dentes,  O diâmetro médio varia de 5 a 7 centímetros podendo ser maiores. Chirlei A Ferreira
  • 10.  CISTOADENOMA SEROSO  Normalmente é um cisto unilocular, papiliforme,  Corresponde a 25% dos tumores benignos do ovário,  20% deles podem ser bilaterais, uni ou multiloculares,  Faltam as características típicas de uma neoplasia verdadeira, podem desenvolver hiperplasia a partir das inclusões epiteliais,  Quando menores de 6 centímetros a conduta pode ser expectante.  Histologicamente: camada única de células colunares, freqüentemente ciliadas, alguns têm um componente fibroso (cistoadenofibromas) Chirlei A Ferreira
  • 11.  FIBROMAS  São os tumores ovarianos benignos mais comuns, seu potencial maligno é baixo, menor que 1%;  Estes tumores constituem aproximadamente 5% dos tumores benignos do ovário e aproximadamente 20% de todos os tumores sólidos do ovário,  Variam em tamanho,desde pequenos a grandes tumores pélvicos,  Uma das características predominantes de fibromas é seu crescimento extremamente lento;  Seu diâmetro médio é aproximadamente 6 centímetros, sendo que, alguns podem atingir 30 centímetros de diâmetro;  O seu diâmetro possui importância clínica, pois a incidência de ascite associa-se diretamente ao tamanho do tumor,  A idade média de seu aparecimento é em torno de 48 anos, apresenta-se com maior frequência na pós- menopausa. Chirlei A Ferreira
  • 12.  STRUMA OVARII  São tumores do estroma, raros,  São dermóides com tecido exclusivamente tireoidiano ou em seu maior componente,  O tecido tireoidiano pode ser funcional,  São tumores benignos mas podem se tornar malignos e se metastatisarem,  O tratamento é feito com Iodo 131, como utilizado em casos de carcinoma tireoidiano primário. Chirlei A Ferreira
  • 13.  ENDOMETRIOMA  Podem ser únicos ou múltiplos, com aderências na superfície,  Podem ser bilaterais,  Os implantes ovarianos são de cor azulados de 1 a 5 mm de diâmetro, podendo atingir grandes dimensões de 5 a 10 centímetros e ser multiloculado ou com aspecto hemorrágico atingindo 15 a 20 centímetros,  Contêm líquido espesso semelhante a chocolate, com glândulas endometriais e estromas que contêm células fagocitárias de homossiderina .  CLÍNICA:  A maioria das mulheres são assintomáticas,  Algumas manifestam com a tríade clássica: dor pélvica, dispareunia e infertilidade,  Em 10% das cirurgias se realizam em sintomas agudos, em geral relacionadas com a ruptura do endometrioma que previamente era assintomático,  Pequemos cistos geralmente têm paredes delgadas e sua perfuração produz hemorragia secundária cíclica na cavidade cística. Chirlei A Ferreira
  • 14. BENIGNOS MALIGNOS Unilateral em quase 90% dos casos Bilateral em quase 50% dos casos Cápsula intacta Cápsula rota Geralmente móvel Aderente, fixo Superfície lisa Superfície irregular, nodular Geralmente sem ascite, quando presente é cristalina Freqüentemente com ascite hemorrágica Peritônio livre Peritônio com implantes Geralmente císticos de parede lisas Sólido, com áreas císticas, necrose e excrescências Quando sólido tem consistência firme Áreas de amolecimento Superfície uniforme Superfície irregular Chirlei A Ferreira
  • 17. CASAGRANDE ZAJICAK Relacionou o Inclusão risco de císticas ovulações ao epiteliais desenvolviment podem levar a o do câncer de neoplasias ovário CREMER & WELCH Sintetizou que as FATHALLA inclusões císticas Microtraumas QUANTO MAIOR O PERÍODO DE epiteliais recebem Mitoses ANOVULAÇÃO, MAIOR SERÁ A altas taxas de Mutagênese PROTEÇÃO DO EPITÉLIO OVARIANO gonadotrofinas e a Carcinogênese A PROCESSOS CARCINOGÊNICOS produção de esteroidogênese leva ao câncer de ovário GRAVIDEZ ACHO AMAMENTAÇÃO ? Chirlei A Ferreira
  • 18.  O tipo histológico epitelial de neoplasia maligna ovariana pode estar relacionado à história familiar de carcinoma de mama, ovário ou ambos e nessas pacientes pode incidir em idade mais precoce do que em população geral.  Essa síndrome familiar está relacionada à mutação em dois genes, o BRCA-1 e BRCA-2, localizados respectivamente nos cromossomos 17q e 13p, envolvidos no processo de reparo de DNA.  Outra síndrome associada ao aumento do risco de câncer de ovário hereditário é a síndrome de Lynch II, com mutação nos genes MSH2 ou MLH1, também relacionada a tumores de cólon não-poliposos e endométrio. Chirlei A Ferreira
  • 19.  Fator genético familiar:  FATORES REPRODUTIVOS autossômica dominante,  Nuliparidade  Aproximadamente entre 5-  FATORES FARMACOLÓGICOS 10% das neoplasias de ovário  Medicamentos utilizados para podem ser atribuídas a uma aumentar a fertilidade como o origem familiar e se descrevem citrato de clomifeno, pelos padrões hereditários.  FATORES AMBIENTAIS  Câncer de mama-ovário:  Há trabalhos sugerindo a presença dos genes BRCA-1 e exposição de talco e asbesto BRCA-2; com a neoplasia ovariana.  Câncer de ovário- cólon  OUTROS LYNCH II:  obesidade Chirlei A Ferreira
  • 21. FREQUENCIA GLOBAL •EPITELIAIS (65% -70%) PROPORÇÃO MALIGNIDADE •CÉLULAS GERMINATIVAS (15% - •EPITELIAIS (90%) 20%) •CÉLULAS GERMINATIVAS (3% - 5%) •CORDÕES SEXUAIS (5% - 10%) •CORDÕES SEXUAIS (2% - 3%) •METASTÁTICOS (5%) •METASTÁTICOS (5%) FAIXA ETARIA AFETADA (ANOS) •EPITELIAIS (> 20) HEREDITARIEDADE •CÉLULAS GERMINATIVAS (0-25 + ) •Ocorre em mulheres 10 •CORDÕES SEXUAIS (todas) anos antes da faixa •METASTÁTICOS (variável) habitual CÂNCER •Genes comprometidos OVARIANO •BRCA-1 •BRCA-2 •Lynch II (MSH2 e MLH1) Chirlei A Ferreira
  • 22.  O câncer de ovário é a oitava neoplasia maligna mais diagnosticada em mulheres no Brasil e a principal causa de morte por câncer do trato genital feminino nos países desenvolvidos, correspondendo a 1,8% dos cânceres ginecológicos.  O prognóstico das pacientes depende das pacientes depende da extensão da doença no momento do diagnóstico.  Cerca de 60% das pacientes são diagnosticadas nos estádios III e IV e apresentam expectativa de vida em 5 anos de 10% a 20%.  A incidência do câncer de ovário apresentou ligeira queda de 1973 a 1995, porém a mortalidade diminuiu apenas 9% nesse período. Chirlei A Ferreira
  • 23. Valores absolutos de casos novos de câncer em cidades brasileiras, segundo última atualização disponível nos Registros de Câncer de Base Populacional, INCA CIDADE ANO CASOS NOVOS DE CÂNCER CASOS NOVOS DE CASOS NOVOS DE NA POPULAÇÃO GERAL CÂNCER NO SEXO CÂNCER DE FEMININO OVÁRIO Campinas (SP) 1995 1305 700 21 Curitiba (PR) 1998 3456 1922 66 Belém (PA) 1998 1324 827 32 Fortaleza (CE) 1999 4407 2664 117 Manaus (AM) 1999 1890 1088 34 Belo Horizonte (MG) 2000 11619 6232 124 Goiânia (GO) 2000 2160 Dado não disponível 41 Porto Alegre (RS) 2000 5894 3049 114 Palmas (TO) 2001 183 116 4 Recife (PE) 2001 2973 1805 77 Cuiabá (MT) 2002 1233 642 28 Salvador (BA) 2002 3435 1950 66 Chirlei A Ferreira
  • 25.  A maioria dos cânceres de ovário são diagnosticados entre as idades de 40 e 65 anos. Em sua fase precoce os sintomas são freqüentemente vagos. Sintomas agudos devido a ruptura ou torção do ovário não são comuns. Em conseqüência, 75% a 85% dos casos de câncer de ovário são diagnosticados em fase tardia. A doença em sua fase avançada esta tipicamente associada com distensão abdominal, náuseas, anorexia ou saciedade precoce pela presença da ascite e metástase no intestino e omento.  A maioria das mulheres têm sintomas inespecíficos, tais como desconforto ou pressão no baixo ventre, gases, constipação intestinal, sangramentos menstruais irregulares, sangramento vaginal, dor em região dorsal, fadiga, náusea, indigestão, polaciúria ou dispareunia. Chirlei A Ferreira
  • 26.  Ao exame físico a presença durante a palpação de massa anexial assintomática em um exame de rotina é a apresentação comum dos tumores ovarianos.  A presença de uma massa sólida, irregular, fixa é altamente sugestiva de malignidade.  Embora, endometriomas e abscessos tubo- ovariano são tumores benignos que podem ser fixos, enquanto os cistoadenofibromas e os abscessos são massas benignas que se apresentam irregulares à palpação.  O diagnóstico de malignidade é quase certo se a massa é fixa, irregular e associada a dor abdominal alta ou ascite. Chirlei A Ferreira
  • 27.  EXAMES DE IMAGEM  ULTRASSONOGRAFIA  Ecografia pélvica e/ou transvaginal principal método diagnóstico, apresenta:  lesões císticas com áreas sólidas, vegetações e/ou septos grossos  lesões sólidas  DOPPLERFLUXOMETRIA  Apresenta baixo índice de resistência (IR < 0,4) e de pulsatilidade (IP < 1,0) Chirlei A Ferreira
  • 28.  MARCADORES TUMORAIS  CONCEITO  O marcador ideal deve ser produzido por todos o tumores da mesma linhagem e seus níveis devem ser mensuráveis mesmo na presença de pequena quantidade de células.  Os níveis séricos devem refletir com precisão a evolução clínica e a regressão da doença, sendo a sua normalização associada à cura.  Deve ser sensível e específico, apresentar níveis proporcionais ao tamanho tumoral, ter utilidade no estabelecimento do prognóstico, antecipar a ocorrência de recorrências e permitir a seleção de tratamento.  Nenhum dos marcadores estudados até o momento apresenta todas estas características. Chirlei A Ferreira
  • 29.  MARCADORES TUMORAIS PARA CÂNCER DE OVÁRIO – CA 125  O CA-125 é o marcador mais conhecido e utilizado na condução clínica de pacientes com tumores epiteliais de ovário.  É uma sialomucina de elevado peso molecular , também conhecido como MUC 16, que foi inicialmente identificada por meio de anticorpos produzidos por animais imunizados com células de cistoadenocarcinoma seroso papilífero do ovário humano.  Este marcador tem sido estudado para o rastreamento de mulheres assintomáticas, no diagnóstico diferencial de mulheres com massas pélvicas, no monitoramento de resposta ao tratamento adjuvante e na detecção precoce de recorrência do tumor após tratamento. Chirlei A Ferreira
  • 30.  CA-125 (cont....)  Os níveis séricos de CA 125 podem ser interpretados com base em um ponto de corte fixo ou na dosagem seriada e avaliação do comportamento da curva pelo cálculo de risco de câncer de ovário (ROC).  Há uma preocupação importante com relação ao uso de valores de corte fixos para o CA 125 (30 ou 35 U/mL) como método de detecção do câncer de ovário inicial e assintomático, pois a sensibilidade tende a ser limitada. Por outro lado, quando se avaliam dosagens seriados de CA 125 verifica-se que os níveis deste marcador elevam-se rapidamente nos casos de tumores ovarianos pré-clínicos e permanecem relativamente estáveis nas pessoas normais, independentemente se nível inicial é elevado.  Através de curvas conhecidas de pacientes com câncer e controle a análise do marcador elevou sua sensibilidade de 62% para 84%, mantendo a especificidade fixa em 98%. Chirlei A Ferreira
  • 31.  OUTROS MARCADORES  Antígeno Carcinoembrionário (CEA)  Glicoproteína de superfície celular, associada a carcinoma de cólon, ovário, endométrio e mama. Pouco específico está elevado também em processos inflamatórios digestivos e hepatobiliares.  Surge no carcinoma de ovário do tipo endometrióide e mucinoso.  Valor de referência: . 3 ng  CA 72-4  Glicoproteína, fortemente associado a tumores ovarianos. Relacionado ao prognóstico e avaliação terapêutica – seguimento  Valor de referência: > 4 U/ml Chirlei A Ferreira
  • 32.  Alfa-fetoproteína Proteína  Carcinoma hepatocelular  Neoplasia ovariana linhagem germinativa  HCG  Glicoproteína = subunidades alfa e beta. MELHOR PARÂMETRO Avaliação de coriocarcinoma = diagnóstico, eficácia terapêutica e seguimento Chirlei A Ferreira
  • 33.  Ecografia abdominal total  avaliação de comprometimento hepático  CT ou RNM abdominal  avaliação hepática, linfonodos retroperitoneais  Raio-x tórax  lesões pulmonares e derrame pleural Chirlei A Ferreira
  • 36.  Aproximadamente 90% dos cânceres ovarianos são derivados dos tecidos oriundos do epitélio celômico ou mesoepitélio;  As células são produtos do mesoderma primitivo;  75% são do tipo histológico seroso, o tipo menos comum são os mucinosos (20%), endometrióides (2%), células claras, Brenner e carcinomas indiferenciados;  Cada tumor tem o padrão histológico que reproduz as características da mucos do trato genital inferior. Por exemplo, o padrão seroso ou papilar tem uma aparência similar ao do epitélio da tuba de falópio. O tumor mucinoso contem células das glândulas endocervicais, e o endometrióide as células do endométrio. Chirlei A Ferreira
  • 37. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO TUMOR EPITELIAL TIPO HISTOLÓGICO TIPO CELULAR I. SEROSO ENDOSALPINGE A. Benigno B. Boderline C. Maligno II. MUCINOSO ENDOCERVICAL A. Benigno B. Boderline C. Maligno III. ENDOMETRIÓIDE ENDOMÉTRIO A. Benigno B. Boderline C. Maligno SEROY SF, SCULLY RE, SOBIN LH. International histological classification of tumours. N° 9. Histolological typing of ovarian tumors. Geneva, Switzerland: World Health Organization, 1973 Chirlei A Ferreira
  • 38. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO TUMOR EPITELIAL TIPO HISTOLÓGICO TIPO CELULAR IV. TUMOR CÉLULAS CLARAS MULLERIANA A. Benigno B. Boderline C. Maligno V. BRENNER TRANSICIONAL A. Benigno B. Boderline C. Maligno VI. EPITELIAL MISTO MISTO A. Benigno B. Boderline C. Maligno VII. INDIFERENCIADO VIII. NÃO CLASSIFICADO Chirlei A Ferreira
  • 41.  O principal tratamento para os tumores “boderline” (baixo potencial de malignidade) é a ressecção cirúrgica do tumor primário.  Não há evidência que a subseqüente quimioterapia ou radioterapia melhoraria a sobrevida.  São encontrados mais freqüentemente na faixa etária de 50 a 70 anos,  Embora não seja comum, implantes metastáticos podem ocorrer, esses são divididos em formas não invasivas e invasivas. Chirlei A Ferreira
  • 42.  Nos tumores serosos malignos a invasão estromal está presente;  O grau do tumor pode ser identificado e m:  Bem diferenciados: adenocarcinomas com predomínio de estruturas papilíferas ou glandulares  Pobremente diferenciado sendo caracterizado por forma sólidas, pleomorfismo nuclear, alta atividade mitótica  Moderadamente diferenciado: se localizam entre as duas formas descritas acima.  No mínimo 75% dessa forma está associada com formação de corpos psammoma que é uma variante desse tumor caracterizado por formação celular maciça e com características citológicas de baixo grau. Chirlei A Ferreira
  • 43.  Apresentam-se bilateralmente em 8% a 10% dos casos.  As lesões mucinosas são intra-ovarianas em 95% a 98% dos casos.  Devido a maioria dos carcinomas mucinosos conterem células tipo intestinais, eles não podem distinguir de um carcinoma metastático do trato gastrointestinal baseados somente pela histologia.  Os carcinomas primários de ovário raramente metastatizam para a mucosa intestinal, embora comumente envolvam a serosa, sua disseminação é por extensão direta ou linfática. Chirlei A Ferreira
  • 44.  As lesões endometrióides constituem 6% a 8% dos tumores epiteliais.  A neoplasia endometrióide inclui todas as demonstrações da endometriose.  Em 1925, Sampson sugeriu que certos casos de adenocarcinoma de ovários provavelmente cresceriam de áreas de endometriose.  Os adenocarcinomas são similares ao se parecer com o corpo uterino.  O potencial maligno da endometriose é muito baixo, embora a transição do epitélio benigno para o maligno pode ser demonstrado. Chirlei A Ferreira
  • 45.  O adenocarcinoma de células claras apresenta um padrão histológico básico e grave (tubulocistico, papilaridade, reticular e sólido).  Os tumores são feitos de células espiculadas que projetam seus núcleos para o citoplasma apical. As células claras tem citoplasma abundante claro e vacuolado, núcleo hipercromático irregular , nucléolo de vários tamanhos.  Áreas focais de endometriose e carcinoma endometrióide algumas vezes podem ocorrer.  O carcinoma de células claras tem sua histologia idêntica ao útero e a vagina de jovens expostas ao diestilbestrol (DES), são tumores extremamente raros.  Quase invariavelmente o núcleo grau III – alto grau – são identificados. Chirlei A Ferreira
  • 46.  O tumor de Brenner tem sido descrito como ‘boderline’, ou proliferativo. Em tais casos seu epitélio não invade o estroma.  Alguns investigadores classificam esses tumores que mimetizam as células transicionais papilares de baixo grau vistos nos carcinomas proliferativos da bexiga urinária como tumores proliferativos de alto grau “in situ” vesical ou “boderline”.  Geralmente a ressecção cirúrgica resulta em cura.  Os tumores de Brenner são raros e bem definidos coexistindo com células transicionais ou outro tipo de carcinoma.  Sua forma maligna há invasão de estroma associado a componentes benignos e “boderline” Chirlei A Ferreira
  • 47. ESTADIAMENTO CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL PRIMARIO (FIGO) ESTADIAMENTO LIMITES DO CRESCIMENTO OVARIANO ESTADIO I – CRESCIMENTO LIMITADO AOS OVÁRIOS Ia Crescimento limitado a um ovário, não há ascite contendo células malignas Capsula intacta, sem tumores na superfície Ib Crescimento tumoral de ambos os ovários, não há ascite contendo células malignas Ic a Tumor em estádio Ia ou Ib mas com comprometimento da superfície de um ou ambos os ovários; ou ruptura da capsula, ou presença de células malignas na ascite ou no lavado peritoneal ESTÁDIO II – CRESCIMENTO ENVOLVENDO UM OU AMBOS OVÁRIOS COM EXTENSÃO PÉLVICA IIa Extensão e/ou metástases para o útero e/ou trompa de falópio IIb Extensão para outros tecidos pélvicos IIc a Tumor em estádio IIa ou Iib mas com comprometimento da superfície de ambos os ovários; ou com ruptura de capsula, ou com ascite apresenta células malignas ou presença dessas no lavado peritoneal Chirlei A Ferreira
  • 48. ESTADIAMENTO CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL PRIMARIO (FIGO) ESTADIO III – TUMOR ENVOLVENDO UM OU AMBOS OS OVARIOS COM IMPLANTES PERITONEAIS ALÉM DA PELVE E/OU LINFONODOS POSITIVOS RETROPERITONEAIS. METÁSTASES HEPATICAS SUPERFICIAIS. TUMOS LIMITADO A PELVE VERDADEIRA, MAS COM EXTENSÃO MALIGNA HISTOLOGICAMENTE EM INTESTINO E OMENTO. IIIa Tumor limitado grosseiramente a pelve verdadeira com linfonodos negativos mas metástases confirmadas histologicamente em intestinos e peritôneo IIIb Tumor de um ou ambos os ovários com implantes metastáticos em superfície peritoneal, não excedendo 2 cm de diâmetro. Linfonodos negativos IIIc Implantes abdominais > 2 cm de diâmetro ou linfonodos positivos retroperitoneais ou ambos. ESTÁDIO IV – CRESCIMENTO DE UM OU AMBOS OS OVÁRIOS COM METÁSTASES A DISTÂNCIA. SE HÁ DERRAME PLEURAL, DEVE HAVER CÉLULAS POSITIVAS PARA CÂNCER. METÁSTASE EM PARÊNQUIMA HEPÁTICO Chirlei A Ferreira
  • 49.  Incisão para-mediana para acesso adequado;  Remoção intacta do tumor, se possível, realizar congelamento;  Na suspeita de invasão:  Avaliar citologicamente qualquer líquido encontrado,  Se não há líquido livre deve-se fazer lavado peritoneal,  Estudo sistemático de todas as superfícies e vísceras,  Qualquer suspeita de adesão ou lesão deve ser biópsiada,  Ressecção do omento (omentectomia infra-cólica),  Exploração do retroperitônio Chirlei A Ferreira
  • 50. VARIÁVEIS PROGNÓSTICAS EM CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL EM ESTÁDIO PRECOCE BAIXO RISCO ALTO RISCO Baixo Grau Alto grau Tipo histológico de células não claras Tipo histológico de células claras Capsula intacta Tumor crescimento através da capsula Ausência de excrescências na superfície Presença de excrescência na superfície Ausência de ascite Presença de ascite Ausência de células peritoneais Presença de células peritoneais Ausência de ruptura intra-0peratória Presença de ruptura intra-operatótia Ausência de aderências densas Aderências densas Tumor diplóide Tumor aneuplóide BEREK JS, HACKER NF et al. Practical gynecologic oncology, 4th ed. Philadelphia. PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2005 Chirlei A Ferreira
  • 51. Cirurgia Citorredutora Primária Boa Resposta Resposta Insatisfatória Ausência de Quimioterapia resíduo Resíduo 2 – 3 ciclos macroscópico da macroscópico ( < doença 2 cm) Intervalo para citorredução se a resposta for parcial Quimioterapia Quimioterapia 6 – 8 ciclos 6 – 8 ciclos Quimioterapia 3 – 5 ciclos Ausência de evidência clínica da doença Doença progressiva Chirlei A Ferreira
  • 52. Laparotomia “second-look” Doença Sem evidência Doença microscópica ou macroscópica > da doença macroscópica < 5 cm 5 cm Observação X Terapia consolidação intraperitoneal tratamento Acompanhamento ? Protocolos Experimentais Futura evolução Ou cirúrgica Tratamento paliativo BEREK JS, HACKER NF et al. Practical gynecologic oncology, 4th ed. Philadelphia. PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2005: 460 Chirlei A Ferreira
  • 53. QUIMIOTERAPIA COMBINADA PARA CARCINOMA OVARIANO EPITELIAL AVANÇADO DROGAS DOSE (mg/m²) VIA INTERVALO CICLOS DE TRATAMENTO SEMANAS REGIME PADRÃO QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL PACLITAXEL 135 IV 3 dias 6 CISPLATINA 50 – 100 IP 2 dias PACLITAXEL 60 IP 8 dias PACLITAXEL IV 175 IV 3 6 -8 CARBOPLASTINA *AUC = 5 – 6 IV PACLITAXEL 135 IV 3 6-8 CISPLATINA 75 IV DROGAS ALTERNATIVAS ** DOCETAXEL 75 IV 3 DOXORUBICINA, 35 – 50 IV 3-4 LIPOSOMAL TOPOTECAN 1.0 – 1.25 IV 1 4.0 IV 3 (TID 3 – 5 d) ETOPOSIDE 50 PO 3, 14 – 21 d Chirlei A Ferreira
  • 55.  Comparados com os epiteliais os demais cânceres são pouco comuns, correspondem a aproximadamente 10% de todos os cânceres ovarianos.  Os cânceres ovarianos não-epiteliais são:  Células Germinativas  Tumores do cordão sexual  Carcinomas metastáticos do ovário  Raridades (sarcomas, lipomas malignos)  Embora há muitas similaridades em sua apresentação , evolução, e tratamento desses pacientes, esses tumores também possuem características únicas que requerem uma abordagem específica. Chirlei A Ferreira
  • 56. Os tumores de células germinativas são derivados das células primordiais do ovário.  Sua incidência é abaixo de um décimo da incidência dos tumores germinativos do testículo.  Embora o tumor também atinge áreas extra-gonodais tais como o mediastino e o retroperitônio , quando isso acontece são formados por células indiferenciadas. TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS TUMOR DE CÉLULAS DISGERMINOMA TOTIPOTENTES CARCINOMA EMBRIONÁRIO TUMOR DO SEIO ENDODÉRMICO Diferenciação Diferenciação extra- embrionária: embrionária ecto, meso, endo CORIOCARCINOMA TERATOMA Chirlei A Ferreira
  • 57. TUMORAIS CÉLULAS GERMINATIVAS GERMINOMA: Carcinoma Disgerminoma Embrionário AFP (-) AFP (+) hCG (-) hCG (+) DIFERENCIAÇÃO EXTRA- DIFERENCIAÇÃO EMBRIÔNICA EMBRIÔNICA Teratoma TROFOBLASTO SACO VITELINO Imaturo AFP (-) hCG (+) Tumor do seio Coriocarcinoma Teratoma endodérmico AFP (-) Maduro AFP (+) hCG (+) AFP (-) hCG (-) hCG (-) Chirlei A Ferreira
  • 58. TIPOS HISTOLÓGICOS DOS TUMORES OVARIANOS TIPOS HISTOLÓGICOS DOS TUMORES OVARIANOS DE CÉLULAS GERMINATIVAS DE CÉLULAS GERMINATIVAS 1. TUMORES PRIMITIVOS CÉLULAS GERMINATIVAS 3. TERATOMA MONODÉRMICO E TIPO SOMÁTICO ASSOCIADO A TUMORES COM CISTOS DERMÓIDES A. Disgerminoma A. Tumor Tireóide B. Tumor Seio Embrionário 1. Struma ovarii C. Carcinoma embrionário a. Benigno D. Coriocarcinoma não gestacional b. Maligno E. Tumor de células Germinativas Mista B. Carcinóide 2. TERATOMA BIFÁSICO OU TRIFÁSICO C. Tumor neuroectodérmico A. Teratoma Imaturo D.Carcinoma B. Teratoma Maduro E. Melanocistico 1. Sólido F. Sarcoma 2. Cístico G. Tumor Sebáceo a. Cisto dermóide H. Tumor tipo hipofisário b. Teratoma Fetiforme I. Outros Chirlei A Ferreira
  • 59. É o tumor mais comum das células germinativas, tendo uma prevalência de 30% a 40% dos tumores dessa origem.  O tumor representa somente 1% a 3% de todos os cânceres, mas eles representam a média de 5% a 10% dos tumores em pacientes jovens além de 20 anos.  75% dos disgerminomas ocorrem entre a idade de 10 e 30 anos, 5% ocorre antes da idade de 10 anos, e raramente após os 50 anos de idade. Por isso esses tumores se associam a gravidez em 20% a 30% dos casos.  Os disgerminomas são encontrados em ambos os sexos e pode crescer em sítios gonodais e extra-gonodais. A inclusão de estruturas na linha média da glândula pineal para o mediastino e o retroperitônio.  Histologicamente, eles representam proliferação anormal das células germinativas básicas. Chirlei A Ferreira
  • 60. DISGERMINOMA APARENTEMENTE DOENÇA CONFINADO AO METASTÁTICA OVÁRIO •Salpingooforect •Ooforectomia unilateral omia unilateral •Inspeção do ovário contralateral •Remoção das metástases •Estadiamento cirúrgico •Realizar estadiamento cirúrgico não realizado •BEP – 4 - 6 •Doença •Pequeno foco •TC ou US ciclos metastática no ovário da pelve e •Ausência de metástases oculta contralateral abdome: •2 meses primeiros 6 •Second- •Observação •Ressecção do meses, após look •Exame físico a cada 2 meses foco 3 meses, para os primeiros 12 meses •BEP – 4 ciclos preservando o após 6 •TC em 6 e 12 meses ovário meses •Presença de •BEP – 4 ciclos células ou histologia •BEP – 4 ciclos Chirlei A Ferreira
  • 61. • Os Teratomas Imaturos contêm elementos que lembram tecidos derivados de embrião. •Esses elementos podem ocorrer em combinação com outros tumores de células germinativas com os mistos. •O teratoma Imaturo puro apresenta com prevalência menor de 1% de todos os cânceres ovarianos, mas é o secundo mais comum dos tumores malignos de células germinativas. •Sua lesão representa 10% a 20% de todos os tumores malignos da mulher jovem até 20 anos e 30% de morte por câncer de ovários nessa faixa etária. •Aproximadamente 50% dos teratomas imaturos do ovário ocorre em mulheres entre as idades de 10 e 20 anos, e raramente ocorrem na pós-menopausa. Chirlei A Ferreira
  • 62.  Os Tumores do Seio Endodérmico tem sido referido como tumores do saco vitelino porque eles são derivados da vesícula vitelina primitiva.  Suas lesões são a terceira causa mais freqüente de malignidade das células germinativas dos tumores ovarianos.  Ocorrem em pacientes com a média de idade de 16 a 18 anos.  Aproximadamente 1/3 as pacientes estão na pré-menarca na época do diagnóstico.  Ocorre dor abdominal como principal sintoma, em aproximadamente 75% das pacientes, embora as massas pélvicas assintomáticas estão documentadas em 10% das pacientes. Chirlei A Ferreira
  • 63.  Os tumores do estroma dos cordões sexuais do ovário têm a prevalência de aproximadamente 5% a 8% de todos os tumores malignos do ovário.  Esse grupo de neoplasia é derivado do cordão sexual e do estroma ovariano ou do mesênquima.  Comumente são compostos de um combinado de elementos, incluindo células femininas (células da granulosa e da teca) e células masculinas (células de Sertoli e Leyding), assim como células morfologicamente indiferentes. Chirlei A Ferreira
  • 64. 1. TUMORES DE CÉLULAS ESTROMA GRANULOSA A. Tumor de células da Granulosa B. Tumores do grupo tecoma-fibroma 1. Tecoma 2. fibroma 3. Não classificado 2. ANDROBLASTOMAS, TUMORES CÉLULAS SERTOLI-LEYDIG A. Bem diferenciados 1. Tumor de células de Sertoli 2. Tumor de células de Sertoli-Leyding 3. Tumor de células de Leyding, Tumor de células do seio B. Moderadamente diferenciado C. Pobremente diferenciado (Sarcomatóide) D. Presença de elementos heterológos 3. GINANDROBLASTOMA 4. NÃO CLASSIFICADO Chirlei A Ferreira
  • 65.  TUMOR DE KRUKENBERG  Esse tumor que representa aproximadamente 30% a 40% dos cânceres metastáticos para o ovário, aumentando o estroma ovariano e suas características mucinosas, células de sinete.  O tumor primário é mais comumente localizado no estômago e menos freqüentemente no cólon, mama, ou trato biliar.  Raramente a cérvix ou a bexiga pode ser o sítio primário.  Tumores de Krukenberg representa aproximadamente 2% dos cânceres de ovário em algumas instituições, e são habitualmente bilaterais.  As lesões são freqüentemente descobertas quando o tumor primário está avançado e a maioria dos pacientes morrem da doença em um anos. Em alguns casos o tumor não é encontrado. Chirlei A Ferreira
  • 66.  MAMA  São freqüentes as metástases do câncer de mama para os ovários variando de acordo com o método de determinação, mas o fenômeno é comum.  Em autópsia de mulheres que morreram por câncer de mama, os ovários estão envolvidos em 24% dos casos, e desses 80% bilateralmente.  Similarmente, quando os ovários são removidos como tratamento paliativo do câncer de mama, cerca de 20% a 30% dos casos revelam envolvimento ovariano, 60% bilateralmente.  O acometimento ovariano em estágio precoce do câncer de mama para ser considerado baixo, mas precisa ser melhor avaliado.  Na maioria de todos os casos, um ou outro ovário envolvido esta oculto pela massa pélvica que é descoberta após outras metástases aparentes. Chirlei A Ferreira
  • 68. ULTRA-SONOGRAFIA TRANSVAGINAL SUSPEITA NORMAL Repetir (após 2 meses) NORMAL Repetir SUSPEITA anualmente Repetir 2 vezes (intervalo de 1 mês) SUSPEITA NORMAL Repetir exame pélvico, CA-125, Doppler colorido LAPAROSCOPIA OU LAPAROTOMIA EXPLORADORA Chirlei A Ferreira
  • 69. CÂNCER DE OVÁRIO ESTÁDIO I ESTÁDIO II A IV Esforço de cirurgia Sem prole completa: básica e IA, G3 Baixo potencial de citorredutora IB e IC malignidade, IA G1, IA G2 Poliquimioterapia Cirurgia contendo platina Salpingo- básica ooforectomia unilateral Controle rigoroso Prole completa ou recidiva Chirlei A Ferreira
  • 71. GRIFFITHS CT, SILVERSTONE A, TOBIAS J, BENJAMIN E. Oncologia Ginecológica. Ed. Artes Médicas, Printed by Grafos S.A.. , Barcelona, Spain, 1997, p.217 LUIZ BM, et al. Estudo Epidemiológico de Pacientes com Tumor de Ovário no Município de Jundiaí no Período de Junho de 2001 a Junho de 2006. Revista Brasileira de Cancerologia 2002, 55 (5): 247-253 MACÍAS MJ, et al. Carcinoma de células claras de ovário associado a endometriosis. Ginecologia y Obstetricia Clinica, 2006; 6(4): 214-220 MARTINS WP, LEITE SP, NASTRI CO. Ultrassonografia pélvica em crianças e adolescentes. Radiol Bras. 2009 Nov/Dez; 42(5): 395-401 NOVAK & BEREK. Berek & Novak’s Gynecology, Lippincott Williams & Wilkins, 14 th, Philadelphia, PA, 2007, p.2171-2330 PAULA LCP, ZEN VL, CZEPIELEWSK MA. Puberdade Precoce Associada a Tumor Misto Ovariano (células Germinativas – Estroma – Cordão Sexual): Aspectos Clínicos, Diagnósticos e Manejo de um Caso.Arq.Bras Endocrinol Metab vol 49, n° 5, Outubro, 2005 SILVA FILHO AG, TRIGINELLI AS, TRAIMAN P. Manual de cirurgia Ginecológica. Medbook – Editora Científíca, Rio de Janeiro – RJ, 2009, p363-384 REIS FJC, Rastreamento e diagnóstico das neoplasias de ovário - papel dos marcadores tumorais. RBGO, 2005 27 (4), 222-7 Chirlei A Ferreira
  • 72. “Na verdade, sabe-se somente quando se sabe pouco; Com o saber, crescem as dúvidas.” Goethe Muito obrigada! Chirlei /2010 Chirlei A Ferreira