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“Apoio Farmacêutico às
Unidades de Terapia Intensiva
com ênfase na
farmacocinética clínica”
Profa. Dra. Elza Kimura Grimshaw
UEM – NPC-Bio
De Para
Produto Terapia medicamentosa
Farmácia Leito
Dispensação Cuidados aos pacientes
Sozinho Grupo
Conhecimento Informação
Como prescrito Melhor prescrição
Mudança na Filosofia Prática
e na Educação
Estabelecendo–se como um membro da equipe
Credibilidade deve ser construída baseada na
Dedicação
Motivação
Qualidade de serviço
Farmácia Clínica
(Apoio às Unidades de Terapia Intensiva)
• Se o serviço deve ser construído, então ELE DEVE SEMPRE ESTAR
LÁ (7dias/semana)
• ESTAR SEMPRE PREPARADO – chegar com tempo suficiente para
avaliar os pacientes, fazer as observações e pensar antes sobre as
suas recomendações propostas;
• Quanto maior o esforço você coloca na ORGANIZAÇÃO DA LISTA DE
PROBLEMAS DO PACIENTE, melhor você reagirá às perguntas que
surgirão durante as visitas;
• FORNECER INFORMAÇÕES PARA A EQUIPE sobre as vias de
administração, horários de administração, literatura pertinente e
evidência clínica;
Estabelecendo–se como um membro da equipe ...
Estabelecendo–se como um membro da equipe ...
Desenvolva habilidade para se comunicar clara e consistentemente
(VOCÊ TEM APENAS 5 MINUTOS PARA COLOCAR SUA
ARGUMENTAÇÃO)
Estude sobre as funções de cada um da sua equipe e o que você
pode ou deverá contribuir
Todos os membros devem atuar pró-ativamente para discutir um
tópico de decisão terapêutica
Responsabilidades na equipe: Foco no medicamento do paciente
- Identificar problemas potenciais
- Resolver os problemas
- Prevenir os problemas potenciais
Farmacocinético clínico
Identificar e resolver potenciais problemas se o paciente está:
 Recebendo ou tomando a dose errada do medicamento correto;
 Tendo uma alteração nos resultados laboratoriais que podem
afetar a farmacocinética de algum medicamento;
 Tendo uma reação adversa do medicamento;
 Tendo uma interação medicamento-medicamento ou alimento-
medicamento;
 Recebendo medicamentos incompatíveis quando infundidos em
cateter em Y;
 Está recebendo a reposição pós-diálise de medicamentos
dialisáveis;
Modelo adotado
HUM-UEM
Anexado ao
Prontuário do paciente
Referências utilizadas
Princípios Básicos da Farmacocinética
O estudo dos movimentos dos fármacos, dentro, e fora do organismo,
e os fatores que afetam isto, ou seja,
O que o organismo faz com o fármaco
A farmacodinâmica estuda o efeito do fármaco no organismo,
ou seja,
O que o fármaco faz com o organismo
≠
Integração de PK-PD
Regime de
dosagem
Conc.
vs.
Tempo no
soro
Conc. vs.
Tempo no
tecido &
fluidos
Conc. vs.
Tempo no
sítio de
infecção
Efeito
Toxicológico
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FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
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Compartimento
Central (Cp, Vd)
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1. Não há absorção;
2. Rápida distribuição;
3. Diminuição da concentração dependente do metabolismo e excreção;
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Monocompartimento Intravascular
Modelo Compartimental
Monocompartimento Extravascular
Compartimento
Central (Cp, Vd)
Dose.F Eliminação
(Kel)
Características
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2. O fármaco administrado pode não ser totalmente absorvido;
3. Atinge concentração máxima no pico e a diminuição da
concentração dependente do metabolismo e excreção;
Modelo Bi-Compartimental
Modelo
Bi-Compartimental
Bicompartimento Intravascular
Bicompartimento Extratravascular
Concentração no tempo zero Constante de eliminação (h-1)
Tempo de meia-vida de eliminação (h)
AUC (µg.mL-1.h-1) = Co
Kel
Área sob a Curva (ASC ou AUC)
Quantidade total de fármaco no organismo
*
IV Oral
CLERANCE TOTAL – Depuração plasmática
Quantidade de sangue contendo o fármaco é depurado
em função do tempo
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
Volume hipotético em que o fármaco está diluído dentro do organismo
Vd = Dose
AUC x k
Determinação do clearance de creatinina
Estudo de Caso:
Foi administrado uma dose de ataque IV em bolus de 6mg/Kg de um
antibiótico à uma mulher de 65 anos com 50Kg e creatinina sérica de
0,9 mg/dL. Foram colhidas amostras de sangue em intervalos de
tempos conforme tabela abaixo. A concentração do fármaco foi
determinada e as concentrações obtidas foram:
Tempo (h) Cp (mg/L)
0 0
0,25 8,21
0,5 7,87
1 7,23
3 5,15
6 3,09
12 1,11
Responda*:
1. Quais são os valores de Vd, k, t(1/2) e Cl.
2. Este agente antibacteriano não é efetivo em
concentrações inferiores a 2 mg/L. Qual a duração da
atividade deste antimicrobianos?
3. Quanto tempo levará para que este fármaco seja
eliminado 99,9%?
4. Se a dose do antimicrobiano for dobrada, qual seria o
aumento na duração da atividade?
ADMINISTRAÇÃO DE DOSE MÚLTIPLA
• Quando o fármaco é administrado em intervalos regulares, inferiores aos
requeridos para eliminá-lo de doses precedentes.
Características
•Intervalo de dose é menor que 10 t(1/2)
•Intervalo de dose constante = Dose de manutenção
•Alcançar o estado de equilíbrio Css (steady state)
• Fator de persistência = e-kt
•Fração eliminada à um determinado tempo t = 1 - e-kt
Css
Concentração no Estado de Equilíbrio ou
Steady-State = Css
Quando a velocidade de entrada (Ro) e de saída do fármaco (kel)
dentro do organismo são iguais num intervalo de tempo constante
ou seja,
A quantidade perdida dentro de um intervalo de tempo é igual à
quantidade recebida
Então
Css = S.F. (Dose/τ)
Cl
Relação entre DOSE DE ATAQUE e Dose de Manutenção
A utilização de modelos de entrada do fármaco no organismo depende da
relação entre a duração de entrada e do tempo de meia-vida do fármaco.
Ro mais rápido do que o t(1/2) = tempo de infusão (Ro) < 1/6 t1/2 usa-se:
modelo “bolus” = S.F. Dose
Vd
Ex: se t1/2 = 4 horas = 4h (4x60min) x 1/6 = 40 minutos.
Se a infusão for de 30 minutos, a eliminação é insignificante e ocorre
basicamente a distribuição no organismo.
Portanto,
o Volume de distribuicão (Vd) – determina a dose de ataque
Dose = Vd x Cp(Alvo)
Se a velocidade de infusão (Ro)
Tempo Ro > 0,5 t ½
“Modelo de infusão” = S.F.(Dose/tinfusão) x (1-e-k.tinf)
Cl
então há um equilíbrio da distribuição e também uma fração eliminada, por isso o
clearance é relevante e determina a dose de manutenção
Maintenance Dose = CL x CpSSav
Relação entre Dose de Ataque e DOSE DE MANUTENÇÃO
Co = S.F. Dose de Ataque
V
C1 = S.F. (Dose ataque ). ( e –k.t
1)
V
Cinf = S.F. (Dose/tinf) . (1- e –k.tinf)
Cl
C2 = S.F. (Dose/tinf) . (1- e –k.tinf).( e –k.t
2)
Cl
S.F.(Dose/tinf) . ( 1 – e-ktinf)
Css Max =____Cl_____
(1- e –k. )
Css min = Cssmax. e –k.t2
Administração em Infusão
S.F. (Dose)
Css max = ____Vd_____
(1- e –k. )
Administração em Bolus
Css min = S.F. (Dose) . e –k.
Vd
ADMINISTRAÇÃO DE DOSE MÚLTIPLA
Normas Gerais para monitorização farmacocinética
1. Quando um paciente deve ser monitorado deve ser evitado
problemas de interpretação das concentrações obtidas
a. Obter a concentração no estado de equilibrio (steady-state) se
possível;
b. Assegurar que a enfermeira anotou apropriadamente a dose e o
horário administrado para obter a concentração no tempo correto;
c. Coletou o volume correto para o tubo que contém heparina ou
EDTA
2. Quando a concentração é obtida
a. Verificar se a concentração está no pico ou vale;
b. Documentar o horário de recebimento da amostra e do
tempo de análise do medicamento;
c. Calcular os parâmetros farmacocinéticos e comparar com
os valores populacionais preditos;
d. Anotar de forma concisa os parâmetros farmacocinéticos e
informar se as concentrações estão na faixa terapêuticas ou
sub-terapêuticas;
e. Documentar qualquer informação, que não consta do
prontuário médico que foi usado para os cálculos ou
recomendações (peso, altura ou informação obtida
diretamente do paciente ou da enfermeira).
PK/PD de antimicrobianos baseado na MIC
Paul Beringer, Pharm.D.,
Univ. Southern California (USC)
Pattern of Activity Antibiotics
PK/PD
Parameter
Type I
Concentration-dependent killing
and
Moderate-Prolonged persistent
effects
Aminoglycosides
Daptomycin
Fluoroquinolones
Ketolides
Metronidazole
Amphotericin B
24h-AUC/MIC
Peak/MIC
Type II
Time-dependent killing and
Minimal persistent effects
b-lactams
Macrolides
Oxazolidinones
Flucytosine
T>MIC
Type III
Time-dependent killing and
Moderate-Prolonged persistent
effects.
Azithromycin
Clindamycin
Streptogramins
Tetracyclines
Vancomycin
24h-AUC/MIC
Paul Beringer, Pharm.D.,
Univ. Southern California (USC)
Dosagem de Meropenem
Nome do paciente: XXXXXXXX Data: xxxxx
Idade: 42 anos Peso: 70 Kg Dose: 1g / 12h
Resultado de Análise de Meropenem:
Amostra 1 colhida as 9:30h do dia 21/02/2013 = 8,0 mg/L ou µg/mL (vale)
Amostra 2 colhida as 12:00h do dia 21/02/2013, 60 minutos após o término da infusão
de 1 hora = 33,94 mg/L (pico)
Bactérias com MIC < 2 mg/L= 100% de cobertura - adequado
Bactérias com MIC < 4 mg/L = 46,7% de cobertura – adequado
Se MIC > 8 = bactéria resistente ao Meropenem, não utilizar este antibiótico
(*): Recomenda-se manter a concentração plasmática 40 ~50 % do tempo acima de 4 -
5x MIC da bactéria (40% T = 4 x MIC).
Parâmetros Farmacocinéticos
t(1/2) eliminação = 4,56 horas
Clearance total = 58,83ml/min
Vd = 23,25 L/Kg
Cltotal = 58,83 ml/min
Recomendações:
1. Neste esquema posológico, a dose e intervalo de dose para bactérias Acinetobacter
e Pseudomonas apresentam eficácia contra bactérias com sensibilidade
intermediária, ou seja, MIC< 4. Acima deste valor, indica que a bactéria é
resistente e deve-se substituir o antibiótico.
2. Se não tiver cultura positiva, manter o esquema terapêutico e observar evolução do
paciente.
*
Fatores Fisipatológicos que afetam a Farmacocinética
FATORES :
1. Peso corporal ( BW)
2. Idade
3. Tempo de esvaziamento gástrico
4. Fluxo sanguíneo – perfusão
5. Gravidez
6. Genético
7. Problemas cardiovasculares
8. Comprometimento renal
9. Comprometimento hepático
10. Sepsis, etc...
Peso Ideal (homens) = 50 Kg 2,3x (altura em polegadas >60)
Peso Ideal (mulheres) = 45 Kg 2,3 (altura em polegadas >60)
Clinicamente obesos : [(Peso total/Peso ideal) x 100] > 120
Peso ajustado = Peso ideal + 0,4 (Peso total – Peso ideal)
Fármacos polares = baixa distribuição
Fármacos apolares = distribuição maior ou igual  dose baseada no
peso corporal total.
Perigo! Intoxicação iminente com fármacos apolares !!!
PESO
Kearns, G. L. et al. N Engl
J Med 2003;349:1157-1167
Developmental
Changes in
Physiologic Factors
That Influence Drug
Disposition in
Infants, Children,
and Adolescents
IDOSOS
• Massa corporal diminuída e aumento de gordura;
• Aumento da força ácida no estomago, aumento de HCl; e
diminuição da secreção gástrica;
• Diminuição da perfusão do mesentério;
• Diminuição do peristaltismo e aumento do tempo de
esvaziamento gástrico;
• Diminuição da síntese de albumina;
• Aumento de 1-glicoproteina ácida;
• Débito cardíaco = 30 a 40%
• Redução da função renal e hepática;
Metabolismo oxidativo = ligeiramente reduzido
Metabolismo por conjugação = independe da idade
• Aumento do t(½) e diminuição do Clt
idoso jovem
Clearance renal 53 83
Clearance creatinina 56 122
% de gordura idoso adulto
homens 36 18
mulheres 48 33
• Filtração glomerular = declínio de aproximado 1
ml/min/1,73 m2 por ano depois dos 20 anos ;
• Diminuição da secreção tubular ativa
• Clearance total está diminuído
Obrigada !
Contatos: ekimura@uem.br

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Minicurso 6 - "Apoio Farmacêutico às Unidades de Terapia Intensiva com ênfase na farmacocinética clínica."

  • 1. “Apoio Farmacêutico às Unidades de Terapia Intensiva com ênfase na farmacocinética clínica” Profa. Dra. Elza Kimura Grimshaw UEM – NPC-Bio
  • 2. De Para Produto Terapia medicamentosa Farmácia Leito Dispensação Cuidados aos pacientes Sozinho Grupo Conhecimento Informação Como prescrito Melhor prescrição Mudança na Filosofia Prática e na Educação
  • 3. Estabelecendo–se como um membro da equipe Credibilidade deve ser construída baseada na Dedicação Motivação Qualidade de serviço Farmácia Clínica (Apoio às Unidades de Terapia Intensiva)
  • 4. • Se o serviço deve ser construído, então ELE DEVE SEMPRE ESTAR LÁ (7dias/semana) • ESTAR SEMPRE PREPARADO – chegar com tempo suficiente para avaliar os pacientes, fazer as observações e pensar antes sobre as suas recomendações propostas; • Quanto maior o esforço você coloca na ORGANIZAÇÃO DA LISTA DE PROBLEMAS DO PACIENTE, melhor você reagirá às perguntas que surgirão durante as visitas; • FORNECER INFORMAÇÕES PARA A EQUIPE sobre as vias de administração, horários de administração, literatura pertinente e evidência clínica; Estabelecendo–se como um membro da equipe ...
  • 5. Estabelecendo–se como um membro da equipe ... Desenvolva habilidade para se comunicar clara e consistentemente (VOCÊ TEM APENAS 5 MINUTOS PARA COLOCAR SUA ARGUMENTAÇÃO) Estude sobre as funções de cada um da sua equipe e o que você pode ou deverá contribuir Todos os membros devem atuar pró-ativamente para discutir um tópico de decisão terapêutica Responsabilidades na equipe: Foco no medicamento do paciente - Identificar problemas potenciais - Resolver os problemas - Prevenir os problemas potenciais
  • 6. Farmacocinético clínico Identificar e resolver potenciais problemas se o paciente está:  Recebendo ou tomando a dose errada do medicamento correto;  Tendo uma alteração nos resultados laboratoriais que podem afetar a farmacocinética de algum medicamento;  Tendo uma reação adversa do medicamento;  Tendo uma interação medicamento-medicamento ou alimento- medicamento;  Recebendo medicamentos incompatíveis quando infundidos em cateter em Y;  Está recebendo a reposição pós-diálise de medicamentos dialisáveis;
  • 8.
  • 10.
  • 11. Princípios Básicos da Farmacocinética O estudo dos movimentos dos fármacos, dentro, e fora do organismo, e os fatores que afetam isto, ou seja, O que o organismo faz com o fármaco A farmacodinâmica estuda o efeito do fármaco no organismo, ou seja, O que o fármaco faz com o organismo ≠
  • 12. Integração de PK-PD Regime de dosagem Conc. vs. Tempo no soro Conc. vs. Tempo no tecido & fluidos Conc. vs. Tempo no sítio de infecção Efeito Toxicológico Efeito Antimicrobiano FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
  • 14. Compartimento Central (Cp, Vd) Dose Eliminação (Kel) Características 1. Não há absorção; 2. Rápida distribuição; 3. Diminuição da concentração dependente do metabolismo e excreção; Modelo Compartimental Monocompartimento Intravascular
  • 15. Modelo Compartimental Monocompartimento Extravascular Compartimento Central (Cp, Vd) Dose.F Eliminação (Kel) Características 1. Absorção de acordo com a liberação e mecanismo de absorção; 2. O fármaco administrado pode não ser totalmente absorvido; 3. Atinge concentração máxima no pico e a diminuição da concentração dependente do metabolismo e excreção;
  • 19. Concentração no tempo zero Constante de eliminação (h-1) Tempo de meia-vida de eliminação (h)
  • 20. AUC (µg.mL-1.h-1) = Co Kel Área sob a Curva (ASC ou AUC) Quantidade total de fármaco no organismo *
  • 21. IV Oral CLERANCE TOTAL – Depuração plasmática Quantidade de sangue contendo o fármaco é depurado em função do tempo VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO Volume hipotético em que o fármaco está diluído dentro do organismo Vd = Dose AUC x k
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Estudo de Caso: Foi administrado uma dose de ataque IV em bolus de 6mg/Kg de um antibiótico à uma mulher de 65 anos com 50Kg e creatinina sérica de 0,9 mg/dL. Foram colhidas amostras de sangue em intervalos de tempos conforme tabela abaixo. A concentração do fármaco foi determinada e as concentrações obtidas foram: Tempo (h) Cp (mg/L) 0 0 0,25 8,21 0,5 7,87 1 7,23 3 5,15 6 3,09 12 1,11
  • 27. Responda*: 1. Quais são os valores de Vd, k, t(1/2) e Cl. 2. Este agente antibacteriano não é efetivo em concentrações inferiores a 2 mg/L. Qual a duração da atividade deste antimicrobianos? 3. Quanto tempo levará para que este fármaco seja eliminado 99,9%? 4. Se a dose do antimicrobiano for dobrada, qual seria o aumento na duração da atividade?
  • 28. ADMINISTRAÇÃO DE DOSE MÚLTIPLA • Quando o fármaco é administrado em intervalos regulares, inferiores aos requeridos para eliminá-lo de doses precedentes. Características •Intervalo de dose é menor que 10 t(1/2) •Intervalo de dose constante = Dose de manutenção •Alcançar o estado de equilíbrio Css (steady state) • Fator de persistência = e-kt •Fração eliminada à um determinado tempo t = 1 - e-kt Css
  • 29. Concentração no Estado de Equilíbrio ou Steady-State = Css Quando a velocidade de entrada (Ro) e de saída do fármaco (kel) dentro do organismo são iguais num intervalo de tempo constante ou seja, A quantidade perdida dentro de um intervalo de tempo é igual à quantidade recebida Então Css = S.F. (Dose/τ) Cl
  • 30. Relação entre DOSE DE ATAQUE e Dose de Manutenção A utilização de modelos de entrada do fármaco no organismo depende da relação entre a duração de entrada e do tempo de meia-vida do fármaco. Ro mais rápido do que o t(1/2) = tempo de infusão (Ro) < 1/6 t1/2 usa-se: modelo “bolus” = S.F. Dose Vd Ex: se t1/2 = 4 horas = 4h (4x60min) x 1/6 = 40 minutos. Se a infusão for de 30 minutos, a eliminação é insignificante e ocorre basicamente a distribuição no organismo. Portanto, o Volume de distribuicão (Vd) – determina a dose de ataque Dose = Vd x Cp(Alvo)
  • 31. Se a velocidade de infusão (Ro) Tempo Ro > 0,5 t ½ “Modelo de infusão” = S.F.(Dose/tinfusão) x (1-e-k.tinf) Cl então há um equilíbrio da distribuição e também uma fração eliminada, por isso o clearance é relevante e determina a dose de manutenção Maintenance Dose = CL x CpSSav Relação entre Dose de Ataque e DOSE DE MANUTENÇÃO
  • 32. Co = S.F. Dose de Ataque V C1 = S.F. (Dose ataque ). ( e –k.t 1) V Cinf = S.F. (Dose/tinf) . (1- e –k.tinf) Cl C2 = S.F. (Dose/tinf) . (1- e –k.tinf).( e –k.t 2) Cl
  • 33. S.F.(Dose/tinf) . ( 1 – e-ktinf) Css Max =____Cl_____ (1- e –k. ) Css min = Cssmax. e –k.t2 Administração em Infusão S.F. (Dose) Css max = ____Vd_____ (1- e –k. ) Administração em Bolus Css min = S.F. (Dose) . e –k. Vd
  • 35. Normas Gerais para monitorização farmacocinética 1. Quando um paciente deve ser monitorado deve ser evitado problemas de interpretação das concentrações obtidas a. Obter a concentração no estado de equilibrio (steady-state) se possível; b. Assegurar que a enfermeira anotou apropriadamente a dose e o horário administrado para obter a concentração no tempo correto; c. Coletou o volume correto para o tubo que contém heparina ou EDTA
  • 36. 2. Quando a concentração é obtida a. Verificar se a concentração está no pico ou vale; b. Documentar o horário de recebimento da amostra e do tempo de análise do medicamento; c. Calcular os parâmetros farmacocinéticos e comparar com os valores populacionais preditos; d. Anotar de forma concisa os parâmetros farmacocinéticos e informar se as concentrações estão na faixa terapêuticas ou sub-terapêuticas; e. Documentar qualquer informação, que não consta do prontuário médico que foi usado para os cálculos ou recomendações (peso, altura ou informação obtida diretamente do paciente ou da enfermeira).
  • 37. PK/PD de antimicrobianos baseado na MIC Paul Beringer, Pharm.D., Univ. Southern California (USC)
  • 38. Pattern of Activity Antibiotics PK/PD Parameter Type I Concentration-dependent killing and Moderate-Prolonged persistent effects Aminoglycosides Daptomycin Fluoroquinolones Ketolides Metronidazole Amphotericin B 24h-AUC/MIC Peak/MIC Type II Time-dependent killing and Minimal persistent effects b-lactams Macrolides Oxazolidinones Flucytosine T>MIC Type III Time-dependent killing and Moderate-Prolonged persistent effects. Azithromycin Clindamycin Streptogramins Tetracyclines Vancomycin 24h-AUC/MIC Paul Beringer, Pharm.D., Univ. Southern California (USC)
  • 39.
  • 40.
  • 41. Dosagem de Meropenem Nome do paciente: XXXXXXXX Data: xxxxx Idade: 42 anos Peso: 70 Kg Dose: 1g / 12h Resultado de Análise de Meropenem: Amostra 1 colhida as 9:30h do dia 21/02/2013 = 8,0 mg/L ou µg/mL (vale) Amostra 2 colhida as 12:00h do dia 21/02/2013, 60 minutos após o término da infusão de 1 hora = 33,94 mg/L (pico) Bactérias com MIC < 2 mg/L= 100% de cobertura - adequado Bactérias com MIC < 4 mg/L = 46,7% de cobertura – adequado Se MIC > 8 = bactéria resistente ao Meropenem, não utilizar este antibiótico (*): Recomenda-se manter a concentração plasmática 40 ~50 % do tempo acima de 4 - 5x MIC da bactéria (40% T = 4 x MIC). Parâmetros Farmacocinéticos t(1/2) eliminação = 4,56 horas Clearance total = 58,83ml/min Vd = 23,25 L/Kg Cltotal = 58,83 ml/min Recomendações: 1. Neste esquema posológico, a dose e intervalo de dose para bactérias Acinetobacter e Pseudomonas apresentam eficácia contra bactérias com sensibilidade intermediária, ou seja, MIC< 4. Acima deste valor, indica que a bactéria é resistente e deve-se substituir o antibiótico. 2. Se não tiver cultura positiva, manter o esquema terapêutico e observar evolução do paciente. *
  • 42.
  • 43. Fatores Fisipatológicos que afetam a Farmacocinética FATORES : 1. Peso corporal ( BW) 2. Idade 3. Tempo de esvaziamento gástrico 4. Fluxo sanguíneo – perfusão 5. Gravidez 6. Genético 7. Problemas cardiovasculares 8. Comprometimento renal 9. Comprometimento hepático 10. Sepsis, etc...
  • 44. Peso Ideal (homens) = 50 Kg 2,3x (altura em polegadas >60) Peso Ideal (mulheres) = 45 Kg 2,3 (altura em polegadas >60) Clinicamente obesos : [(Peso total/Peso ideal) x 100] > 120 Peso ajustado = Peso ideal + 0,4 (Peso total – Peso ideal) Fármacos polares = baixa distribuição Fármacos apolares = distribuição maior ou igual  dose baseada no peso corporal total. Perigo! Intoxicação iminente com fármacos apolares !!! PESO
  • 45. Kearns, G. L. et al. N Engl J Med 2003;349:1157-1167 Developmental Changes in Physiologic Factors That Influence Drug Disposition in Infants, Children, and Adolescents
  • 46. IDOSOS • Massa corporal diminuída e aumento de gordura; • Aumento da força ácida no estomago, aumento de HCl; e diminuição da secreção gástrica; • Diminuição da perfusão do mesentério; • Diminuição do peristaltismo e aumento do tempo de esvaziamento gástrico; • Diminuição da síntese de albumina; • Aumento de 1-glicoproteina ácida; • Débito cardíaco = 30 a 40% • Redução da função renal e hepática; Metabolismo oxidativo = ligeiramente reduzido Metabolismo por conjugação = independe da idade • Aumento do t(½) e diminuição do Clt
  • 47. idoso jovem Clearance renal 53 83 Clearance creatinina 56 122 % de gordura idoso adulto homens 36 18 mulheres 48 33 • Filtração glomerular = declínio de aproximado 1 ml/min/1,73 m2 por ano depois dos 20 anos ; • Diminuição da secreção tubular ativa • Clearance total está diminuído
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.