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Série Cuidados Paliativos




TERAPIA SUBCUTÂNEA
NO CÂNCER AVANÇADO
TERAPIA SUBCUTÂNEA
NO CÂNCER AVANÇADO
 SÉRIE CUIDADOS PALIATIVOS
© 2009 Ministério da Saúde.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

Tiragem: 1.000 exemplares

Criação, Informação e Distribuição
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Praça Cruz Vermelha, 23 - Centro
20230-130 - Rio de Janeiro - RJ
www.inca.gov.br

Realização
Coordenação de Assistência (COAS)
Hospital do Câncer IV (HC IV) - Unidade de Cuidados Paliativos
Rua Visconde de Santa Isabel, 274 - Vila Isabel
20560-120 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (0xx21) 3879-6358

Edição
Coordenação de Educação (CEDC)
Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica
Rua do Rezende, 128 - Centro
20230-092 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (0xx21) 3970-7818


Impressão
Esdeva


Ficha Catalográfica

   B823t      Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer.

                  Terapia subcutânea no câncer avançado. / Instituto Nacional
               de Câncer. – Rio de Janeiro: INCA, 2009.

                  32 p.: il. – (Série Cuidados Paliativos)

                  Inclui referências.
                  ISBN 978-85-7318-146-31.

                   Infusões Parenterais. 2. Neoplasias. 3. Cuidados Paliativos.
               I. Instituto Nacional de Câncer. II. Título. III. Série.

                                                                 CDD 615.855
Catalogação na fonte – Seção de Bibliotecas
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Instituto Nacional de Câncer - INCA




TERAPIA SUBCUTÂNEA
NO CÂNCER AVANÇADO
 SÉRIE CUIDADOS PALIATIVOS




        Rio de Janeiro, RJ
              2009
Coordenação de Elaboração
Cláudia Naylor - Diretoria/HC IV

Equipe de Elaboração
Eliete Farias Azevedo – Enfermeira/HC IV
Maria da Glória dos Santos Nunes – Enfermeira/HC IV

Colaboradora
Maria Fernanda Barbosa – Farmacêutica/HC IV

Edição
Taís Facina/CEDC

Revisão
Maria Helena Rossi Oliveira/CEDC

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação
Cecília Pachá/CEDC

Normalização Bibliográfica
Eliana Rosa Fonseca - Bibliotecária/CEDC
Iris Maria de Souza Carvalho - Bibliotecária/CEDC
Esther Rocha - Estagiária de Biblioteconomia/CEDC
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1 – Anatomia da pele                                                13
Figura 2 – Variação da concentração do medicamento na corrente sanguínea
com o tempo                                                                23
Figura 3 – Quadro de compatibilidade de medicamentos para administração
por via subcutânea                                                         25
Figura 4 – Locais adequados para punção subcutânea                         28
Figura 5 – Passo a passo                                                   30
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO                                                 9


CAPÍTULO 1 – CONCEITO                                      11


CAPÍTULO 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE                 13

CAPÍTULO 3 – INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA O USO DA
HIPODERMÓCLISE                                             15
       INDICAÇÕES                                          15
       CONTRAINDICAÇÕES                                    15


CAPÍTULO 4 – VANTAGENS                                     17


CAPÍTULO 5 – DESVANTAGENS                                  19


CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES                                 21


CAPÍTULO 7 – FARMACOCINÉTICA                               23
       MEDICAMENTOS TRADICIONALMENTE UTILIZADOS            24
       MEDICAMENTOS PROIBIDOS                              24
       COMO UTILIZAR OS MEDICAMENTOS                       25


CAPÍTULO 8 – EXECUÇÃO DA TÉCNICA                           27
       ESCOLHA DO SÍTIO DA PUNÇÃO                          27


CAPÍTULO 9 – CUIDADOS DE ENFERMAGEM                        29
       PASSO A PASSO                                       30


REFERÊNCIAS                                                31
9
                                                 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


                              INTRODUÇÃO

       Este livro sobre terapia subcutânea (ou hipodermóclise) em cuidados paliativos
tem por objetivo uniformizar as condutas referentes à abordagem do assunto nos
setores assistenciais do Hospital do Câncer IV – Unidade de Cuidados Paliativos
do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com base no conhecimento científico
vigente.
       A adoção desses procedimentos tem como finalidade sistematizar a prática
dos profissionais na realização dos cuidados em relação à terapia subcutânea em
pacientes com doença oncológica avançada. Espera-se, com isso, melhorar a qualidade
da assistência ao paciente e proporcionar maior segurança técnica ao profissional.
       Pacientes em cuidados paliativos frequentemente apresentam condições
que impossibilitam a manutenção adequada de níveis de hidratação e nutrição,
necessitando, portanto, de vias alternativas para suporte clínico. Nesta fase avançada
da doença, a via intravenosa pode estar prejudicada devido às condições clínicas do
paciente (que pode apresentar caquexia e desidratação) e à terapêutica com agentes
esclerosantes. A hipodermóclise pode ser implementada como via alternativa em
pacientes que necessitam de suporte clínico para reposição de fluidos, eletrólitos e
medicamentos, tanto no ambiente hospitalar quanto em atendimento domiciliar.
11
                                                Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


                    CAPÍTULO 1 – CONCEITO


       A infusão de fluidos isotônicos e/ou medicamentos por via subcutânea é
denominada hipodermóclise ou terapia subcutânea e tem como objetivo a reposição
hidroeletrolítica e/ou terapia medicamentosa.
13
                                                      Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


CAPÍTULO 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE


        A pele, o maior órgão do corpo humano, é responsável por manter a integridade
do corpo e protegê-lo contra agressões externas, absorver e excretar líquidos, regular a
temperatura e metabolizar vitaminas, como a vitamina D por exemplo.
        É constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme (tecido
subcutâneo).
        A epiderme é a camada mais externa, avascular, formada por quatro partes
distintas: basal, espinhosa, granulosa e córnea. Sua função principal é a proteção do
organismo e a constante renovação da pele.
        A derme é a camada intermediária, formada por tecido fibroso, fibras de
colágeno reticulares e elásticas. Possui ainda nervos e os anexos cutâneos (glândulas
sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos), bem como vasos sanguíneos.
        A hipoderme é a camada mais profunda e tem como principal função
o depósito nutritivo de reserva, que funciona como isolante térmico e proteção
mecânica. Por ser dotado de capilares sanguíneos, o tecido subcutâneo torna-se uma
via favorável à administração de fluidos e/ou medicamentos, uma vez que estes serão
absorvidos e transportados pelos capilares à macrocirculação.




  Figura 1 – Anatomia da pele
  Fonte: Bear, MF, Connors, BW & Paradiso, MA. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso.
  Porto Alegre. 2ª ed. Artmed Editora, 2002. (adaptado)
15
                                                  Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


             CAPÍTULO 3 – INDICAÇÕES E
          CONTRAINDICAÇÕES PARA O USO DA
                 HIPODERMÓCLISE

                                   INDICAÇÕES

As principais indicações para o uso da hipodermóclise são:
1. Impossibilidade de ingestão por via oral
Pacientes em cuidados paliativos que apresentem embotamento cognitivo, náuseas e
vômitos incoercíveis, obstrução do trato gastrintestinal por neoplasia.
2. Impossibilidade de acesso venoso
Pacientes com difícil acesso venoso e que tenham o seu sofrimento aumentado
pelas constantes tentativas de punção; pacientes cujo acesso venoso represente
impossibilidade ou limitação para a administração de medicamentos e fluidos
decorrentes de flebites, trombose venosa e sinais flogísticos.
3. Possibilidade de permanência do paciente em domicílio
Por ser um método seguro, sem graves complicações e facilmente manipulado pelo
paciente ou familiar/cuidador, está indicada a terapia subcutânea para o uso em
domicílio.



                            CONTRAINDICAÇÕES

        Estão relacionadas aos distúrbios de coagulação, edema, anasarca e risco
severo de congestão pulmonar (ex.: Insuficiência Cardíaca Congestiva e Síndrome de
Veia Cava Superior).
17
                                                 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


                   CAPÍTULO 4 – VANTAGENS


As principais vantagens para o uso da hipodermóclise são:
1. Baixo custo
Os materiais necessários para a instalação da hipodermóclise são relativamente
pouco onerosos, se comparados aos materiais utilizados em outros tipos de punções,
conferindo baixo custo ao procedimento.
2. Possibilidade de alta hospitalar precoce
O manuseio simples e a fácil administração possibilitam a alta precoce do paciente, já
que o dispositivo pode ser manejado em domicílio pelo cuidador/familiar e/ou pelo
próprio paciente após treinamento pela equipe de enfermagem.
3. Risco mínimo de desconforto ou complicação local
A utilização da via subcutânea provoca um desconforto doloroso mínimo em alguns
pacientes e traz menor grau de limitação pelas opções diferenciadas dos sítios de
punção (comumente distante de articulações). Além disso, a infusão poderá ser
interrompida após ser iniciada e a qualquer momento, sem o risco de complicação
como, por exemplo, a trombose de vaso.
4. Risco mínimo de complicações sistêmicas
O risco de complicações sistêmicas, como a hiper-hidratação e a sobrecarga cardíaca,
é mínimo e pode ser monitorado ao longo do período da infusão.
19
                                               Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


                CAPÍTULO 5 – DESVANTAGENS


       A hipodermóclise apresenta limitações nas situações em que se deseja uma
velocidade de infusão rápida e reposição com alto volume de fluidos. O volume
diário recomendado é de 2.000 ml em 24 horas (1.000 ml por sítio). Portanto,
não é recomendada sua utilização em casos de reversão de choque hipovolêmico e
desidratação severa.
       Outra limitação é quanto à necessidade de ajuste rápido de doses, uma vez
que a absorção pelo tecido subcutâneo é mais lenta do que pela via intravenosa, para
a maioria dos medicamentos.
21
                                                  Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


               CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES


       Em terapia subcutânea é importante considerar que:
	      •	Os fluidos são absorvidos por difusão capilar, por isso a absorção fica reduzida
quando há comprometimento da irrigação no sítio de infusão como, por exemplo, em
presença de edemas e hematomas.
	      •	As soluções com extremos de pH (< 2 ou > 11) apresentam risco aumentado
de precipitação ou irritação local. As soluções com pH próximo à neutralidade e
soluções isotônicas são mais bem toleradas.
	      •	Os opioides são, geralmente, bem tolerados. Pacientes em controle álgico se
beneficiam da via subcutânea para os medicamentos de resgate.
	      •	 Os níveis séricos de opioides por via subcutânea se aproximam daqueles
obtidos após administração intramuscular, o que proporciona segurança e eficácia na
administração desses medicamentos.
23
                                                        Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


              CAPÍTULO 7 – FARMACOCINÉTICA


        O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes em
presença de situações fisiológicas, hábitos do paciente e algumas doenças é orientado
por informações provenientes da farmacocinética. Esta corresponde ao estudo do
destino dos fármacos no organismo após sua administração.
        Como indicado na Figura 2, medicamentos administrados por via subcutânea
têm comportamento farmacocinético semelhante àqueles administrados por via
intramuscular, atingindo, entretanto, concentração sérica menor, mas com tempo de
ação prolongado.
        Estudos confirmam a capacidade de pró-drogas serem metabolizadas
adequadamente e de seus metabólitos ativos exercerem o efeito terapêutico esperado,
como a morfina, por exemplo. Antibióticos administrados por essa via também
alcançam concentrações terapêuticas na corrente sanguínea.




   Figura 2 – Variação da concentração do medicamento na corrente sanguínea com o
   tempo
   Fonte: Adaptação de Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology, 2000.
24
     Série Cuidados Paliativos


          MEDICAMENTOS TRADICIONALMENTE UTILIZADOS


             Como já mencionado anteriormente, são mais bem tolerados os medicamentos
     cujo pH ficam próximos à neutralidade e que sejam hidrossolúveis.
     Entre o arsenal medicamentoso, existem alguns que tradicionalmente são utilizados
     pela via subcutânea: clonidina, clorpromazina, dexametasona, brometo de n-butil
     escopolamina, fenobarbital, fentanil, furosemida, haloperidol, insulina, ketamina,
     metoclopramida, metadona, midazolam, sulfato de morfina, prometazina, octreotide,
     ondansetrona, ranitidina e tramadol (ver Figura 3).
             Importante ressaltar que, com os avanços científicos nessa área de
     conhecimento, outros medicamentos têm sido estudados, a fim de ter o seu uso
     padronizado através da via subcutânea.



                            MEDICAMENTOS PROIBIDOS


             Entre os medicamentos incompatíveis com a via subcutânea estão: diazepam,
     diclofenaco, eletrólitos não diluídos e fenitoína.
25
                                                        Terapia Subcutânea no Câncer Avançado




Figura 3 – Quadro de compatibilidade de medicamentos para administração por via
subcutânea
Fonte: INCA, adaptado de: Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle de Dor – Centro de
Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO) – Instituto Nacional de Câncer – RJ. 2001; Compatibility of
Subcutaneously Administered Drugs 2006.




                 COMO UTILIZAR OS MEDICAMENTOS


Diluição: todos os medicamentos administrados pela via subcutânea devem estar
na forma líquida e devem ser diluídos em água para injeção. Exceção: ketamina,
octreotide e ondansetrona, os quais devem ser diluídos em soro fisiológico a 0,9%.
Volume: a diluição deve ser de pelo menos 100%. Ex.: morfina 10 mg/ml, ampola de
1 ml, diluir em 1 ml de água para injeção.
Incompatibilidade: as interações ocorrem entre soluto e solvente, soluto e soluto,
solução e recipiente. Algumas são visíveis (precipitação ou alteração de cor) e outras
invisíveis, mas comprometem a eficácia do medicamento.
27
                                               Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


         CAPÍTULO 8 – EXECUÇÃO DA TÉCNICA

       Materiais necessários:
	      •	Solução preparada para ser instalada (soro, medicamentos).
	      •	Equipo com dosador (ml/hora).
	      •	Solução antisséptica.
	      •	Gaze, luva de procedimento.
	      •	Scalps 25, 27, 23 (tipo butterfly).
	      •	Seringas de 5 ml.
	      •	Soro fisiológico a 0,9%, 1 ml.
	      •	Filme transparente para fixar.
	      •	Esparadrapo para datar.


        Instalação da hipodermóclise:
	       •	Explicar ao paciente sobre o procedimento.
	       •	Escolher o local da infusão.
	       •	Fazer antissepsia e a dobra na pele.
	       •	Introduzir o scalp num ângulo de 30° a 45° (a agulha deve estar solta no
espaço subcutâneo).
	       •	Fixar o scalp com o filme transparente.
	       •	Assegurar que nenhum vaso tenha sido atingido.
	       •	Aplicar o medicamento ou conectar o scalp ao equipo da solução.
	       •	Datar e identificar a fixação.
Observação: o gotejamento para a infusão de solução deve ser em torno de 60 a
125 ml/h, considerando as condições clínicas do paciente.



                  ESCOLHA DO SÍTIO DA PUNÇÃO


	      •	Região do deltoide.
	      •	Região anterior do tórax.
	      •	Região escapular.
	      •	Região abdominal.
	      •	Face lateral da coxa.
28
     Série Cuidados Paliativos




     Figura 4 – Locais adequados para punção subcutânea
     Fonte: Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle de Dor – Centro de SuporteTerapêutico Oncológico
     (CSTO) – Instituto Nacional de Câncer - RJ. 2001
29
                                                  Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


     CAPÍTULO 9 – CUIDADOS DE ENFERMAGEM

	       •	Monitorar o sítio da punção quanto a:
          - Sinais de irritação local nas primeiras 4 horas.
          - Sinais flogísticos: edema, calor, rubor e dor.
          - Endurecimento.
          - Hematoma.
          - Necrose do tecido (complicação tardia).


	        •	Monitorar o paciente quanto a:
            - Sinais de infecção: presença de febre, calafrio, dor.
            - Cefaleia.
            - Ansiedade.
            - Sinais de sobrecarga cardíaca (taquicardia, turgência jugular, hipertensão
arterial, tosse, dispneia).


	       •	Fazer rodízio do sítio de punção a cada 96 horas, respeitando a distância de
5 cm do local da punção anterior. Considerar características clínicas do paciente e
ambientais.
	       •	Após a administração de medicação, injetar 1 ml de soro fisiológico a 0,9%
para garantir que todo o conteúdo do dispositivo foi introduzido no sítio de punção.
	       •	 Se for observado edema local, recomenda-se diminuir o gotejamento ou
suspender a infusão.
30
     Série Cuidados Paliativos


                                 PASSO A PASSO




     Figura 5 – Passo a passo
     Fonte: HC IV/INCA, 2007.
31
                                                                 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado


                                          REFERÊNCIAS

Back I. Pall care info. Consultant Physician in Palliative Medicine. [acesso em 8 jul. 2008]. Disponível em:
http://pallcare.info
Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Cuidados paliativos oncológicos – controle de sintomas – controle da dor.
Rio de Janeiro: INCA; 2001. p. 53–6.
Bruera E, Toro R. Hipodermóclise en pacientes con cancer avanzado. Revista Venezuelana de Anestesia 1998;
3(2): 72-7.
Da Poin SH, et al. Administração Subcutânea de Opióides. Rev Bras Anestesiol 1991; 41: 267-71.
Frisoli AJ, et al. Subcutaneous hydration by hypodermoclysis: a practical and low cost treatment for elderly
patients. Drugs Aging 2000 Apr; 16(4): 313-9.
Hermond CM, Fike DS. Continuous subcutaneous infusion practices of united state hospices. J Pain Symptom
Manage 2001; 22(6):1027-34.
Lipschitz S, Campell AJ, Roberts MS. Subcutaneous fluid administration in elderly subjects: validation of an
under-used technique. J Am Geriatr Soc 1991: 39: 6-9.
Lopez LP, Candelas RG, et al. Vias alternativas a la via oral en cuidados paliativos. La via subcutanea. [acesso
em 7 jul 2008]. Revista Valenciana de Medicina de Família 2002; 8: 30-5. Disponível em: http://www.svmfyc.org
Lüllmann H, et al. Color atlas of Pharmacology, 2th. ed. New York: Thieme Stuttgart; 2000.
Marques C, et al. Terapêutica subcutânea em cuidados paliativos. Revista portuguesa de clínica geral 2005;
21: 563-8.
Negro S, et al. Physical compatibility and in vivo evaluation of drug mixtures of subcutaneous infusion to cancer
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Roberts M. S.; Lipschitz S.; Campell A. J, et al. Modeling of subcutaneous absortion kinetics of infusion solutions
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http://www.nzhpa.org.nz
Stuart-Harris R, Joel SP, et al. The pharmcokinetics of morphine and morphine glucuronide metabolites after
subcutaneous bolus injection and subcutaneous infusion of morphine. J Clin Pharmacol 2000; 49: 207-14.
A publicação da Série Cuidados
Paliativos tem por objetivo uniformizar as
condutas referentes à abordagem da
terapêutica e dos cuidados em pacientes
com doença oncológica avançada.
        Desenvolvida com base no
conhecimento científico vigente e na
prática adotada nos setores assistenciais
do Hospital do Câncer IV - Unidade de
Cuidados Paliativos, do Instituto Nacional
de Câncer (INCA)/MS, esta série sintetiza os
procedimentos adotados nos pacientes
em cuidados paliativos.
        As orientações sobre tratamento e
cuidado são específicas para esses
pacientes, seus familiares e cuidadores,
com algumas particularidades que devem
ser avaliadas criteriosamente, priorizando
as ações no atendimento interdisciplinar e
evitando a futilidade terapêutica.

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  • 1. Série Cuidados Paliativos TERAPIA SUBCUTÂNEA NO CÂNCER AVANÇADO
  • 2. TERAPIA SUBCUTÂNEA NO CÂNCER AVANÇADO SÉRIE CUIDADOS PALIATIVOS
  • 3. © 2009 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte. Tiragem: 1.000 exemplares Criação, Informação e Distribuição MINISTÉRIO DA SAÚDE Instituto Nacional de Câncer (INCA) Praça Cruz Vermelha, 23 - Centro 20230-130 - Rio de Janeiro - RJ www.inca.gov.br Realização Coordenação de Assistência (COAS) Hospital do Câncer IV (HC IV) - Unidade de Cuidados Paliativos Rua Visconde de Santa Isabel, 274 - Vila Isabel 20560-120 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (0xx21) 3879-6358 Edição Coordenação de Educação (CEDC) Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica Rua do Rezende, 128 - Centro 20230-092 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (0xx21) 3970-7818 Impressão Esdeva Ficha Catalográfica B823t Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Terapia subcutânea no câncer avançado. / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro: INCA, 2009. 32 p.: il. – (Série Cuidados Paliativos) Inclui referências. ISBN 978-85-7318-146-31. Infusões Parenterais. 2. Neoplasias. 3. Cuidados Paliativos. I. Instituto Nacional de Câncer. II. Título. III. Série. CDD 615.855 Catalogação na fonte – Seção de Bibliotecas
  • 4. MINISTÉRIO DA SAÚDE Instituto Nacional de Câncer - INCA TERAPIA SUBCUTÂNEA NO CÂNCER AVANÇADO SÉRIE CUIDADOS PALIATIVOS Rio de Janeiro, RJ 2009
  • 5. Coordenação de Elaboração Cláudia Naylor - Diretoria/HC IV Equipe de Elaboração Eliete Farias Azevedo – Enfermeira/HC IV Maria da Glória dos Santos Nunes – Enfermeira/HC IV Colaboradora Maria Fernanda Barbosa – Farmacêutica/HC IV Edição Taís Facina/CEDC Revisão Maria Helena Rossi Oliveira/CEDC Capa, Projeto Gráfico e Diagramação Cecília Pachá/CEDC Normalização Bibliográfica Eliana Rosa Fonseca - Bibliotecária/CEDC Iris Maria de Souza Carvalho - Bibliotecária/CEDC Esther Rocha - Estagiária de Biblioteconomia/CEDC
  • 6. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURAS Figura 1 – Anatomia da pele 13 Figura 2 – Variação da concentração do medicamento na corrente sanguínea com o tempo 23 Figura 3 – Quadro de compatibilidade de medicamentos para administração por via subcutânea 25 Figura 4 – Locais adequados para punção subcutânea 28 Figura 5 – Passo a passo 30
  • 7.
  • 8. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO 1 – CONCEITO 11 CAPÍTULO 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 13 CAPÍTULO 3 – INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA O USO DA HIPODERMÓCLISE 15 INDICAÇÕES 15 CONTRAINDICAÇÕES 15 CAPÍTULO 4 – VANTAGENS 17 CAPÍTULO 5 – DESVANTAGENS 19 CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES 21 CAPÍTULO 7 – FARMACOCINÉTICA 23 MEDICAMENTOS TRADICIONALMENTE UTILIZADOS 24 MEDICAMENTOS PROIBIDOS 24 COMO UTILIZAR OS MEDICAMENTOS 25 CAPÍTULO 8 – EXECUÇÃO DA TÉCNICA 27 ESCOLHA DO SÍTIO DA PUNÇÃO 27 CAPÍTULO 9 – CUIDADOS DE ENFERMAGEM 29 PASSO A PASSO 30 REFERÊNCIAS 31
  • 9.
  • 10. 9 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado INTRODUÇÃO Este livro sobre terapia subcutânea (ou hipodermóclise) em cuidados paliativos tem por objetivo uniformizar as condutas referentes à abordagem do assunto nos setores assistenciais do Hospital do Câncer IV – Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com base no conhecimento científico vigente. A adoção desses procedimentos tem como finalidade sistematizar a prática dos profissionais na realização dos cuidados em relação à terapia subcutânea em pacientes com doença oncológica avançada. Espera-se, com isso, melhorar a qualidade da assistência ao paciente e proporcionar maior segurança técnica ao profissional. Pacientes em cuidados paliativos frequentemente apresentam condições que impossibilitam a manutenção adequada de níveis de hidratação e nutrição, necessitando, portanto, de vias alternativas para suporte clínico. Nesta fase avançada da doença, a via intravenosa pode estar prejudicada devido às condições clínicas do paciente (que pode apresentar caquexia e desidratação) e à terapêutica com agentes esclerosantes. A hipodermóclise pode ser implementada como via alternativa em pacientes que necessitam de suporte clínico para reposição de fluidos, eletrólitos e medicamentos, tanto no ambiente hospitalar quanto em atendimento domiciliar.
  • 11.
  • 12. 11 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 1 – CONCEITO A infusão de fluidos isotônicos e/ou medicamentos por via subcutânea é denominada hipodermóclise ou terapia subcutânea e tem como objetivo a reposição hidroeletrolítica e/ou terapia medicamentosa.
  • 13.
  • 14. 13 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A pele, o maior órgão do corpo humano, é responsável por manter a integridade do corpo e protegê-lo contra agressões externas, absorver e excretar líquidos, regular a temperatura e metabolizar vitaminas, como a vitamina D por exemplo. É constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme (tecido subcutâneo). A epiderme é a camada mais externa, avascular, formada por quatro partes distintas: basal, espinhosa, granulosa e córnea. Sua função principal é a proteção do organismo e a constante renovação da pele. A derme é a camada intermediária, formada por tecido fibroso, fibras de colágeno reticulares e elásticas. Possui ainda nervos e os anexos cutâneos (glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos), bem como vasos sanguíneos. A hipoderme é a camada mais profunda e tem como principal função o depósito nutritivo de reserva, que funciona como isolante térmico e proteção mecânica. Por ser dotado de capilares sanguíneos, o tecido subcutâneo torna-se uma via favorável à administração de fluidos e/ou medicamentos, uma vez que estes serão absorvidos e transportados pelos capilares à macrocirculação. Figura 1 – Anatomia da pele Fonte: Bear, MF, Connors, BW & Paradiso, MA. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre. 2ª ed. Artmed Editora, 2002. (adaptado)
  • 15.
  • 16. 15 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 3 – INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA O USO DA HIPODERMÓCLISE INDICAÇÕES As principais indicações para o uso da hipodermóclise são: 1. Impossibilidade de ingestão por via oral Pacientes em cuidados paliativos que apresentem embotamento cognitivo, náuseas e vômitos incoercíveis, obstrução do trato gastrintestinal por neoplasia. 2. Impossibilidade de acesso venoso Pacientes com difícil acesso venoso e que tenham o seu sofrimento aumentado pelas constantes tentativas de punção; pacientes cujo acesso venoso represente impossibilidade ou limitação para a administração de medicamentos e fluidos decorrentes de flebites, trombose venosa e sinais flogísticos. 3. Possibilidade de permanência do paciente em domicílio Por ser um método seguro, sem graves complicações e facilmente manipulado pelo paciente ou familiar/cuidador, está indicada a terapia subcutânea para o uso em domicílio. CONTRAINDICAÇÕES Estão relacionadas aos distúrbios de coagulação, edema, anasarca e risco severo de congestão pulmonar (ex.: Insuficiência Cardíaca Congestiva e Síndrome de Veia Cava Superior).
  • 17.
  • 18. 17 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 4 – VANTAGENS As principais vantagens para o uso da hipodermóclise são: 1. Baixo custo Os materiais necessários para a instalação da hipodermóclise são relativamente pouco onerosos, se comparados aos materiais utilizados em outros tipos de punções, conferindo baixo custo ao procedimento. 2. Possibilidade de alta hospitalar precoce O manuseio simples e a fácil administração possibilitam a alta precoce do paciente, já que o dispositivo pode ser manejado em domicílio pelo cuidador/familiar e/ou pelo próprio paciente após treinamento pela equipe de enfermagem. 3. Risco mínimo de desconforto ou complicação local A utilização da via subcutânea provoca um desconforto doloroso mínimo em alguns pacientes e traz menor grau de limitação pelas opções diferenciadas dos sítios de punção (comumente distante de articulações). Além disso, a infusão poderá ser interrompida após ser iniciada e a qualquer momento, sem o risco de complicação como, por exemplo, a trombose de vaso. 4. Risco mínimo de complicações sistêmicas O risco de complicações sistêmicas, como a hiper-hidratação e a sobrecarga cardíaca, é mínimo e pode ser monitorado ao longo do período da infusão.
  • 19.
  • 20. 19 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 5 – DESVANTAGENS A hipodermóclise apresenta limitações nas situações em que se deseja uma velocidade de infusão rápida e reposição com alto volume de fluidos. O volume diário recomendado é de 2.000 ml em 24 horas (1.000 ml por sítio). Portanto, não é recomendada sua utilização em casos de reversão de choque hipovolêmico e desidratação severa. Outra limitação é quanto à necessidade de ajuste rápido de doses, uma vez que a absorção pelo tecido subcutâneo é mais lenta do que pela via intravenosa, para a maioria dos medicamentos.
  • 21.
  • 22. 21 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES Em terapia subcutânea é importante considerar que: • Os fluidos são absorvidos por difusão capilar, por isso a absorção fica reduzida quando há comprometimento da irrigação no sítio de infusão como, por exemplo, em presença de edemas e hematomas. • As soluções com extremos de pH (< 2 ou > 11) apresentam risco aumentado de precipitação ou irritação local. As soluções com pH próximo à neutralidade e soluções isotônicas são mais bem toleradas. • Os opioides são, geralmente, bem tolerados. Pacientes em controle álgico se beneficiam da via subcutânea para os medicamentos de resgate. • Os níveis séricos de opioides por via subcutânea se aproximam daqueles obtidos após administração intramuscular, o que proporciona segurança e eficácia na administração desses medicamentos.
  • 23.
  • 24. 23 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 7 – FARMACOCINÉTICA O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes em presença de situações fisiológicas, hábitos do paciente e algumas doenças é orientado por informações provenientes da farmacocinética. Esta corresponde ao estudo do destino dos fármacos no organismo após sua administração. Como indicado na Figura 2, medicamentos administrados por via subcutânea têm comportamento farmacocinético semelhante àqueles administrados por via intramuscular, atingindo, entretanto, concentração sérica menor, mas com tempo de ação prolongado. Estudos confirmam a capacidade de pró-drogas serem metabolizadas adequadamente e de seus metabólitos ativos exercerem o efeito terapêutico esperado, como a morfina, por exemplo. Antibióticos administrados por essa via também alcançam concentrações terapêuticas na corrente sanguínea. Figura 2 – Variação da concentração do medicamento na corrente sanguínea com o tempo Fonte: Adaptação de Lüllmann, Color Atlas of Pharmacology, 2000.
  • 25. 24 Série Cuidados Paliativos MEDICAMENTOS TRADICIONALMENTE UTILIZADOS Como já mencionado anteriormente, são mais bem tolerados os medicamentos cujo pH ficam próximos à neutralidade e que sejam hidrossolúveis. Entre o arsenal medicamentoso, existem alguns que tradicionalmente são utilizados pela via subcutânea: clonidina, clorpromazina, dexametasona, brometo de n-butil escopolamina, fenobarbital, fentanil, furosemida, haloperidol, insulina, ketamina, metoclopramida, metadona, midazolam, sulfato de morfina, prometazina, octreotide, ondansetrona, ranitidina e tramadol (ver Figura 3). Importante ressaltar que, com os avanços científicos nessa área de conhecimento, outros medicamentos têm sido estudados, a fim de ter o seu uso padronizado através da via subcutânea. MEDICAMENTOS PROIBIDOS Entre os medicamentos incompatíveis com a via subcutânea estão: diazepam, diclofenaco, eletrólitos não diluídos e fenitoína.
  • 26. 25 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado Figura 3 – Quadro de compatibilidade de medicamentos para administração por via subcutânea Fonte: INCA, adaptado de: Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle de Dor – Centro de Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO) – Instituto Nacional de Câncer – RJ. 2001; Compatibility of Subcutaneously Administered Drugs 2006. COMO UTILIZAR OS MEDICAMENTOS Diluição: todos os medicamentos administrados pela via subcutânea devem estar na forma líquida e devem ser diluídos em água para injeção. Exceção: ketamina, octreotide e ondansetrona, os quais devem ser diluídos em soro fisiológico a 0,9%. Volume: a diluição deve ser de pelo menos 100%. Ex.: morfina 10 mg/ml, ampola de 1 ml, diluir em 1 ml de água para injeção. Incompatibilidade: as interações ocorrem entre soluto e solvente, soluto e soluto, solução e recipiente. Algumas são visíveis (precipitação ou alteração de cor) e outras invisíveis, mas comprometem a eficácia do medicamento.
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  • 28. 27 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 8 – EXECUÇÃO DA TÉCNICA Materiais necessários: • Solução preparada para ser instalada (soro, medicamentos). • Equipo com dosador (ml/hora). • Solução antisséptica. • Gaze, luva de procedimento. • Scalps 25, 27, 23 (tipo butterfly). • Seringas de 5 ml. • Soro fisiológico a 0,9%, 1 ml. • Filme transparente para fixar. • Esparadrapo para datar. Instalação da hipodermóclise: • Explicar ao paciente sobre o procedimento. • Escolher o local da infusão. • Fazer antissepsia e a dobra na pele. • Introduzir o scalp num ângulo de 30° a 45° (a agulha deve estar solta no espaço subcutâneo). • Fixar o scalp com o filme transparente. • Assegurar que nenhum vaso tenha sido atingido. • Aplicar o medicamento ou conectar o scalp ao equipo da solução. • Datar e identificar a fixação. Observação: o gotejamento para a infusão de solução deve ser em torno de 60 a 125 ml/h, considerando as condições clínicas do paciente. ESCOLHA DO SÍTIO DA PUNÇÃO • Região do deltoide. • Região anterior do tórax. • Região escapular. • Região abdominal. • Face lateral da coxa.
  • 29. 28 Série Cuidados Paliativos Figura 4 – Locais adequados para punção subcutânea Fonte: Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle de Dor – Centro de SuporteTerapêutico Oncológico (CSTO) – Instituto Nacional de Câncer - RJ. 2001
  • 30. 29 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado CAPÍTULO 9 – CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Monitorar o sítio da punção quanto a: - Sinais de irritação local nas primeiras 4 horas. - Sinais flogísticos: edema, calor, rubor e dor. - Endurecimento. - Hematoma. - Necrose do tecido (complicação tardia). • Monitorar o paciente quanto a: - Sinais de infecção: presença de febre, calafrio, dor. - Cefaleia. - Ansiedade. - Sinais de sobrecarga cardíaca (taquicardia, turgência jugular, hipertensão arterial, tosse, dispneia). • Fazer rodízio do sítio de punção a cada 96 horas, respeitando a distância de 5 cm do local da punção anterior. Considerar características clínicas do paciente e ambientais. • Após a administração de medicação, injetar 1 ml de soro fisiológico a 0,9% para garantir que todo o conteúdo do dispositivo foi introduzido no sítio de punção. • Se for observado edema local, recomenda-se diminuir o gotejamento ou suspender a infusão.
  • 31. 30 Série Cuidados Paliativos PASSO A PASSO Figura 5 – Passo a passo Fonte: HC IV/INCA, 2007.
  • 32. 31 Terapia Subcutânea no Câncer Avançado REFERÊNCIAS Back I. Pall care info. Consultant Physician in Palliative Medicine. [acesso em 8 jul. 2008]. Disponível em: http://pallcare.info Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Cuidados paliativos oncológicos – controle de sintomas – controle da dor. Rio de Janeiro: INCA; 2001. p. 53–6. Bruera E, Toro R. Hipodermóclise en pacientes con cancer avanzado. Revista Venezuelana de Anestesia 1998; 3(2): 72-7. Da Poin SH, et al. Administração Subcutânea de Opióides. Rev Bras Anestesiol 1991; 41: 267-71. Frisoli AJ, et al. Subcutaneous hydration by hypodermoclysis: a practical and low cost treatment for elderly patients. Drugs Aging 2000 Apr; 16(4): 313-9. Hermond CM, Fike DS. Continuous subcutaneous infusion practices of united state hospices. J Pain Symptom Manage 2001; 22(6):1027-34. Lipschitz S, Campell AJ, Roberts MS. Subcutaneous fluid administration in elderly subjects: validation of an under-used technique. J Am Geriatr Soc 1991: 39: 6-9. Lopez LP, Candelas RG, et al. Vias alternativas a la via oral en cuidados paliativos. La via subcutanea. [acesso em 7 jul 2008]. Revista Valenciana de Medicina de Família 2002; 8: 30-5. Disponível em: http://www.svmfyc.org Lüllmann H, et al. Color atlas of Pharmacology, 2th. ed. New York: Thieme Stuttgart; 2000. Marques C, et al. Terapêutica subcutânea em cuidados paliativos. Revista portuguesa de clínica geral 2005; 21: 563-8. Negro S, et al. Physical compatibility and in vivo evaluation of drug mixtures of subcutaneous infusion to cancer patient in palliative care. Support Care Cancer 2002; 10: 65-70. Roberts M. S.; Lipschitz S.; Campell A. J, et al. Modeling of subcutaneous absortion kinetics of infusion solutions in the elderly using technetium. Journal Pharmacokinet Biopharm 1997; 25(1): 1-21. Smith S. Compatibility of syringe driver admixtures for continuous subcutaneous infusion. Department of Phar- macy Auckland District Health Bord. Auckland, October 2002. [acesso em 07 jul 2008]. Disponível em: http://www.nzhpa.org.nz Stuart-Harris R, Joel SP, et al. The pharmcokinetics of morphine and morphine glucuronide metabolites after subcutaneous bolus injection and subcutaneous infusion of morphine. J Clin Pharmacol 2000; 49: 207-14.
  • 33.
  • 34. A publicação da Série Cuidados Paliativos tem por objetivo uniformizar as condutas referentes à abordagem da terapêutica e dos cuidados em pacientes com doença oncológica avançada. Desenvolvida com base no conhecimento científico vigente e na prática adotada nos setores assistenciais do Hospital do Câncer IV - Unidade de Cuidados Paliativos, do Instituto Nacional de Câncer (INCA)/MS, esta série sintetiza os procedimentos adotados nos pacientes em cuidados paliativos. As orientações sobre tratamento e cuidado são específicas para esses pacientes, seus familiares e cuidadores, com algumas particularidades que devem ser avaliadas criteriosamente, priorizando as ações no atendimento interdisciplinar e evitando a futilidade terapêutica.