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ESCOLA DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES
Mestrado em Ensino das Ciências na Educação Básica
Mestrado em Letras e Ciências Humanas




2º SEMINÁRIO DE JUSTIÇA AMBIENTAL
   IGUALDADE RACIAL E EDUCAÇÃO

         Oficina de Elaboração de Diagnóstico Rápido
        Participativo (DRP) – Um estudo de caso do CTR
                    Sta Rosa e seus Conflitos
                                Yoshiharu Saito e Márcia Marques
Elaborando Diagnóstico Rápido Participativo (DRP).
     Um estudo de caso do CTR Sta Rosa e seus Conflitos

                                O que é?
   É um conjunto de técnicas e ferramentas que permitem que as comunidades
    façam o seu próprio diagnóstico com base nas suas percepções e
    identidades,    e   a   partir    dai  começar    seus   processos   de
    autogestão, planejamento e ações.
                                Por quê?
   Permite o diálogo entre os atores sociais como um instrumento de estudo e
    planejamento participativo com múltiplas aplicações possíveis tais como:
    Elaboração de projetos sociais, identificação de conflitos e
    vulnerabilidades, trabalho de conclusão de curso (TCC), artigos
    acadêmicos, etc.



                                                   Como?
Passo nº 01


                 Identificar fontes secundárias de dados
Consulta       a      instituições  atuantes   no      território   (Órgãos
públicos, universidades, associações de moradores, sindicatos, ONGs, jornais
locais, encartes regionais)


                   Identificar fontes primárias de dados
Lançar mão de todos os sentidos através da observação direta como olhar e
escutar. A seguir, comunicar-se: falar, perguntar, entrevistar, aplicar questionários.
Visitar a região interagindo positivamente com membros da comunidade em
foco,       assim       como       registrar      novas        descobertas       com
filmagens, fotografias, gravações, etc.
Atenção: Há “entrevistáveis especiais” : Os mais idosos, moradores mais
antigos, profissionais ou trabalhadores, grupos sociais distintos*.
Passo nº 02

                Delimitar previamente a região em foco
Estes limites podem ser até modificados posteriormente, mas é importante que o
levantamento de dados conte com os limites definitivos de interesse.


            Estabelecer uma hipótese prévia de diagnóstico
É fundamentada exclusivamente na sensibilidade, nos conhecimentos e impressões
da equipe do DRP. O recursos aplicável nesta fase é a “tempestade de idéias” ou
“brainstorm”.


                     Plano de levantamento de dados
Visa identificar os temas e assuntos, das informações necessárias e das fontes que
as detém. Quem pode contribuir para realizar a pesquisa e para ser fonte de
informação. Divide-se em duas partes: dados secundários e primários


                  Voltar ao Passo nº 01
Perguntas Norteadoras

Quais as riquezas (pontos fortes)
e os problemas (pontos fracos)
que posso identificar para nossa
região de estudo?




                        Quem detém o conhecimento
                        do que é importante?
Entrevistas Semi-estruturadas

                                                    Objetivo
                                       Aprofundamento do conhecimento a
                                        partir   de     pontos    obscuros
             Características            previamente identificados
   Núcleo de qualquer DRP
   Individual ou coletiva
   Comunicação interpessoal
   Aberta e flexível




                                                  Possibilidades
                                   Identificar e discutir novas informações
                                   Obter dados quatitativos
                                   Associável com outras técnicas em DRP
Entrevistas Semi-estruturadas. Como fazer?
 Identifique-se e deixe claro o objetivo o entrevistado deve estar ciente do processo do
  diagnóstico
 Trabalhe com equipe multidisciplinar de no mínimo 3 pessoas com pelo menos 01
  relator
 Inicie a conversa pelos aspectos físicos (algo visível) e depois passe para as coisas
  abstratas ou subjetivas
 Utilize sempre as SEIS questões fundamentais: O quê? Quando? Onde? Quem? Por
  quê? Como?
 Permita que cada membro da equipe complete sua linha de raciocínio
 Anote posturas
 Evite perguntas indutivas a não ser para checar informações contraditórias
 Não faça duas perguntas em uma
 Não gaste muito tempo
 Não preste ajuda ao informante, sugerindo resposta
 Avalie as repostas, identificando se são fatos, opinões ou rumores
 Pergunte se o entrevistado não se incomoda de que sejam feitas anotações
Propostas Semi-estruturadas
1 – Quais as principais características naturais da região? É possível reconhecer
ecossistemas naturais? Áreas/bens em bom estado de conservação? Áreas/bens
degradados? Podem ser recuperados ou não?
2 – Quem ou o quê organiza os espaços e a paisagem na região?
3 – Quais as principais características do ambiente modificado pelo ser humano? Riquezas
e fragilidades.
4 – Qual foi e como foi o processo de ocupação do local?
5 – Quais são os padrões de uso e ocupação do solo resultantes na atualidade?
6 – Qual é a base econômica da ocupação atual?
7 – Quais as relações entre o ambiente natural e ocupação humana? Quais as principais
pressões do ser humano sobre seu ambiente? Quais as potencialidades inexploradas?
Existem áreas de risco ambiental que estabelecem restrições à ocupação humana?
8 – Quais os principais processos de degradação e seus respectivos responsáveis?
9 – É possível identificar a origem de desmatamentos em curso, atividades
extrativistas, agentes de contaminação hídrica superficial ou subterrânea, elementos de
poluição paisagística, atmosférica ou sonora, presença de maquinários potencialmente
lesivos/perigosos, depósitos de produtos perigosos, disposição de lixo doméstico ou de
outra origem, vetores ou indicativos de sua presença, etc....?
10 – Quais as forças propulsoras locais? Têm-se conhecimento da comunidade sobre
grandes intevenções ou obras, empreendimentos ou projetos governamentais?

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Elaborando diagnóstico rápido participativo (drp)

  • 1. ESCOLA DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES Mestrado em Ensino das Ciências na Educação Básica Mestrado em Letras e Ciências Humanas 2º SEMINÁRIO DE JUSTIÇA AMBIENTAL IGUALDADE RACIAL E EDUCAÇÃO Oficina de Elaboração de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) – Um estudo de caso do CTR Sta Rosa e seus Conflitos Yoshiharu Saito e Márcia Marques
  • 2. Elaborando Diagnóstico Rápido Participativo (DRP). Um estudo de caso do CTR Sta Rosa e seus Conflitos O que é?  É um conjunto de técnicas e ferramentas que permitem que as comunidades façam o seu próprio diagnóstico com base nas suas percepções e identidades, e a partir dai começar seus processos de autogestão, planejamento e ações. Por quê?  Permite o diálogo entre os atores sociais como um instrumento de estudo e planejamento participativo com múltiplas aplicações possíveis tais como: Elaboração de projetos sociais, identificação de conflitos e vulnerabilidades, trabalho de conclusão de curso (TCC), artigos acadêmicos, etc. Como?
  • 3. Passo nº 01  Identificar fontes secundárias de dados Consulta a instituições atuantes no território (Órgãos públicos, universidades, associações de moradores, sindicatos, ONGs, jornais locais, encartes regionais)  Identificar fontes primárias de dados Lançar mão de todos os sentidos através da observação direta como olhar e escutar. A seguir, comunicar-se: falar, perguntar, entrevistar, aplicar questionários. Visitar a região interagindo positivamente com membros da comunidade em foco, assim como registrar novas descobertas com filmagens, fotografias, gravações, etc. Atenção: Há “entrevistáveis especiais” : Os mais idosos, moradores mais antigos, profissionais ou trabalhadores, grupos sociais distintos*.
  • 4. Passo nº 02  Delimitar previamente a região em foco Estes limites podem ser até modificados posteriormente, mas é importante que o levantamento de dados conte com os limites definitivos de interesse.  Estabelecer uma hipótese prévia de diagnóstico É fundamentada exclusivamente na sensibilidade, nos conhecimentos e impressões da equipe do DRP. O recursos aplicável nesta fase é a “tempestade de idéias” ou “brainstorm”.  Plano de levantamento de dados Visa identificar os temas e assuntos, das informações necessárias e das fontes que as detém. Quem pode contribuir para realizar a pesquisa e para ser fonte de informação. Divide-se em duas partes: dados secundários e primários Voltar ao Passo nº 01
  • 5. Perguntas Norteadoras Quais as riquezas (pontos fortes) e os problemas (pontos fracos) que posso identificar para nossa região de estudo? Quem detém o conhecimento do que é importante?
  • 6. Entrevistas Semi-estruturadas Objetivo  Aprofundamento do conhecimento a partir de pontos obscuros Características previamente identificados  Núcleo de qualquer DRP  Individual ou coletiva  Comunicação interpessoal  Aberta e flexível Possibilidades  Identificar e discutir novas informações  Obter dados quatitativos  Associável com outras técnicas em DRP
  • 7. Entrevistas Semi-estruturadas. Como fazer?  Identifique-se e deixe claro o objetivo o entrevistado deve estar ciente do processo do diagnóstico  Trabalhe com equipe multidisciplinar de no mínimo 3 pessoas com pelo menos 01 relator  Inicie a conversa pelos aspectos físicos (algo visível) e depois passe para as coisas abstratas ou subjetivas  Utilize sempre as SEIS questões fundamentais: O quê? Quando? Onde? Quem? Por quê? Como?  Permita que cada membro da equipe complete sua linha de raciocínio  Anote posturas  Evite perguntas indutivas a não ser para checar informações contraditórias  Não faça duas perguntas em uma  Não gaste muito tempo  Não preste ajuda ao informante, sugerindo resposta  Avalie as repostas, identificando se são fatos, opinões ou rumores  Pergunte se o entrevistado não se incomoda de que sejam feitas anotações
  • 8. Propostas Semi-estruturadas 1 – Quais as principais características naturais da região? É possível reconhecer ecossistemas naturais? Áreas/bens em bom estado de conservação? Áreas/bens degradados? Podem ser recuperados ou não? 2 – Quem ou o quê organiza os espaços e a paisagem na região? 3 – Quais as principais características do ambiente modificado pelo ser humano? Riquezas e fragilidades. 4 – Qual foi e como foi o processo de ocupação do local? 5 – Quais são os padrões de uso e ocupação do solo resultantes na atualidade? 6 – Qual é a base econômica da ocupação atual? 7 – Quais as relações entre o ambiente natural e ocupação humana? Quais as principais pressões do ser humano sobre seu ambiente? Quais as potencialidades inexploradas? Existem áreas de risco ambiental que estabelecem restrições à ocupação humana? 8 – Quais os principais processos de degradação e seus respectivos responsáveis? 9 – É possível identificar a origem de desmatamentos em curso, atividades extrativistas, agentes de contaminação hídrica superficial ou subterrânea, elementos de poluição paisagística, atmosférica ou sonora, presença de maquinários potencialmente lesivos/perigosos, depósitos de produtos perigosos, disposição de lixo doméstico ou de outra origem, vetores ou indicativos de sua presença, etc....? 10 – Quais as forças propulsoras locais? Têm-se conhecimento da comunidade sobre grandes intevenções ou obras, empreendimentos ou projetos governamentais?