3. 2011 by Michelly Abdalla Farah
Todos os direitos reservados
Direção Editorial: Aline Alves
Produção Editorial: Camila Santos
Revisão Bibliográfica: Ivan Espinosa
Apostila Didática de Saúde e Cidadania
Realização:
WCP – World Corp Peace
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4. SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................05
2. Os 10 mandamentos do Socorrista........................................... 06
3. Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima...................07
4. Análise Primária..........................................................................07
5. Análise Secundária.....................................................................11
6. Estado de choque...................................................................... 13
7. Hemorragia..................................................................................13
8. Fraturas........................................................................................14
9. Queimaduras................................................................................15
10. Ferimentos...................................................................................16
11. Desmaio e Epilepsia....................................................................16
12. Evisceração e Objeto Incluso......................................................17
13. Alimentação Saudável.................................................................18
14. Diabetes.......................................................................................19
15. Hepatite........................................................................................22
16. Tuberculose..................................................................................25
17. Dengue.........................................................................................27
18. H1N1............................................................................................32
19. O que é AIDS?.............................................................................34
20. O que é DST?..............................................................................37
21. Sintomas......................................................................................38
22. Sífilis............................................................................................38
23. Cancro Mole................................................................................39
24. Gonorréia....................................................................................39
25. Candidiase..................................................................................39
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6. INTRODUÇÃO
Justifica-se a importância desse projeto, uma perspectiva educacional, que visa
atenuar o impacto e o agravamento das ocorrências, apresentando em todas as
regiões um conteúdo didático dinâmico para evolução do conhecimento na área da
saúde.
Esta apostila foi pesquisada e desenvolvida, totalmente baseada na atualidade,
com protocolos novos e corretos, para cada situação existe um protocolo a ser
executado, diferindo então todas as prioridades no atendimento, assim melhor
realizando a qualidade e prevenção da vida.
O objetivo maior deste conteúdo, além de informativo sobre questões de
cidadania, é fazer com que qualquer leitor tenha a capacidade de identificar situações
que demandem atenção imediata e se possível siga os passos do protocolo
correspondente aquela situação.
Devemos ser rápidos, organizados e eficientes, de forma que consigamos
tomar decisões quanto ao atendimento e o transporte adequados, sempre seguindo
um protocolo seguro e atualizado, assegurando a vitima maiores chances de
sobrevivência e menos seqüelas e lesões.
Além de fazermos esta importante abordagem nos conteúdos de primeiros
socorros, falaremos também sobre diversos problemas relacionados a saúde pública
no nosso país, que envolvem a todas as populações e faixas etárias, mas daremos
um enfoque especial nos problemas relacionados a juventude entre os 14 e 29 anos,
como drogas e doenças sexualmente transmissíveis.
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7. Os 10 mandamentos de todo Socorrista
1. Mantenha sempre a calma.
2. Mantenha sempre uma ordem de segurança quando estiver prestando
socorro:
- Primeiro: “eu” – o socorrista
- Segundo: a equipe de socorro e as pessoas que estão transitando no local.
- Terceiro: a vitima. (isto não a torna menos importante).
** Parece ser contraditório a primeira vista, mas o intuito básico desta ordem de
segurança é de NÃO gerar novas vitimas.
3. É fundamental que antes de iniciar qualquer tipo de socorro ligar para um
atendimento móvel de socorro. (192 – samu e 193 – corpo de bombeiros).
4. Antes de agir no acidente sempre verificar se há riscos no local.
5. Sempre mantenha o bom senso.
6. Peça ajuda, afaste os curiosos e mantenha o espírito de liderança.
7. Distribua tarefas, assim quem poderia lhe atrapalhar irá ajudar.
8. Evite realizar manobras de forma incorreta. (com pressa ou
imprudência).
9. Em situações com múltiplas vitimas dê preferência sempre a quem corre
risco iminente de vida. (se tiver como use cartões coloridos de identificação)
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8. 10. Seja socorrista e não herói. Lembre sempre do segundo mandamento!
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9. Quais são as Prioridades no Atendimento à Vitima
Para que o socorrista preste de maneira prudente o atendimento à vitima,
dividimos em três níveis de prioridades. Primária, Secundária e Terciária.
Prioridades primárias
• PCR - parada cardiorrespiratória
• PR – parada respiratória
• OR – obstrução respiratória
• TCE – trauma crânio encefálico
• TT – trauma de tórax
• TA – trauma de abdome
• GH – grandes hemorragias
Prioridades secundárias
• TC – trauma de coluna
• TB – trauma de bacia
• GQ – grandes queimados
• FF – fratura de fêmur
Prioridades terciárias
• F – ferimentos
• FE – fraturas de extremidades
• QL – queimados leves
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10. Análise primaria
Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é
realizada sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais
que possam comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como:
Situações climáticas extremas: Geada, chuva, frio, calor, etc.;
Risco de explosão ou incêndio;
Risco de choque elétrico;
Risco de desabamento.
A abordagem primária é realizada em duas fases:
1) Análise primária rápida;
2) Análise primária completa.
Abordagem rápida:
É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve ser
completada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de
condições de risco de morte.
Devemos manter a seguinte cronologia:
1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está volta,
garantindo-lhe o controle cervical.
2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da
vítima do lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela: “Eu sou o XXX, e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu
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11. contigo?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente,
que as vias aéreas estão permeáveis e que respira. Caso não haja resposta,
examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de
vias aéreas e a ventilação artificial.
3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o
pulso carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar
pulso de artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima
está sem pulso, iniciar manobras de reanimação cardio pulmonar (MRCP).
4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar.
Palidez, pele fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois
segundos são sinais de comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos
(choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem
intervenção imediata.
5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou
grandes deformidades.
6) Repassar as informações para Central de Emergência.
Análise completa:
Na análise primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos
estabelecida cientificamente. Para facilitar, convencionou-se o “ABCD do trauma” para
designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras
(do inglês) que definem cada um dos passos:
1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;
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12. 4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico;
5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem
secundária).
Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o
passo anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser
mantido.
Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.
A – Via Aéreas com Controle Cervical
Após o controle cervical e a identificação, pergunte à vítima o que aconteceu.
Uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos pulmões e se ele passar pelas cordas
vocais. Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque as vias aéreas estão
permeáveis (passo "A" resolvido) e respiração espontânea (passo "B" resolvido).
Seguir para o passo "C".
Se a vítima não responder normalmente, examinar as vias aéreas. Desobstruir
vias aéreas de sangue, vômito, corpos estranhos ou queda da língua.
B – Respiração
Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e sentir). Se a
respiração estiver ausente, iniciar respiração artificial (passo "B" resolvido
temporariamente). Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou
rápida, superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa.
Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar
vias aéreas (passo "A"). A necessidade de intervenção médica é muito provável. Se
observar sinais que antecedam a parada respiratória (respiração superficial, lenta ou
irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial.
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13. C – Circulação com Controle de Hemorragias
O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório
e controlar grandes hemorragias. Para tanto devem ser avaliados: pulso; perfusão
periférica; coloração, temperatura e umidade da pele. Neste passo também devem ser
controladas as hemorragias que levem o risco de vida eminente.
Pulso - A avaliação do pulso dá uma estimativa da pressão arterial. Se o pulso
radial não estiver palpável, possivelmente a vítima apresenta um estado de choque
hipovolêmico descompensado, situação grave que demanda intervenção imediata.
Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de
reanimação cardio pulmonar. Estando presente o pulso, analisar sua qualidade: lento
ou rápido, forte ou fraco, regular ou irregular.
Perfusão Periférica - A perfusão periférica é avaliada através da técnica do
enchimento capilar. É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha, de modo
que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração
rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o tempo ultrapassar dois
segundos é sinal de que a perfusão periférica está comprometida
(oxigenação/perfusão inadequadas). Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação
é prejudicada.
Coloração, Temperatura e Umidade da Pele - Cianose e palidez são sinais
de comprometimento da oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica
choque hipovolêmico (hemorrágico).
Controle de Hemorragias - Se o socorrista verificar hemorragia externa deve
utilizar métodos de controle. Observando sinais que sugerem hemorragia interna,
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14. deve se agilizar o atendimento e transportar a vítima o mais brevemente possível ao
hospital, seguindo sempre as orientações da Central de Emergências.
D – Estado Neurológico - Tomadas as medidas possíveis para garantir o
“ABC”, importa conhecer o estado neurológico da vítima (passo "D"), para melhor
avaliar a gravidade e a estabilidade do quadro.
O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima que não
apresente alterações neurológicas em uma analise rápida, pode vim a apresentar
certas alterações até o socorro chegar, para não alterarmos o quadro, deveu realizar
a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas.
Nível de Consciência - Deve sempre ser avaliado o nível de consciência
porque, se alterado, indica maior necessidade de vigilância da vítima no que se refere
às funções vitais, principalmente à respiração. A análise do nível de consciência é
feita pelo método “AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima tem dá aos
estímulos:
A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente.
V – Vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante estímulo verbal.
D – Vítima com os olhos fechados que só se abrem mediante estímulo
doloroso. O estímulo doloroso deve ser aplicado sob a forma de
compressão intensa na borda do músculo trapézio, na região póstero-
lateral do pescoço.
I – Vítima não reage a qualquer estímulo.
A alteração do nível de consciência pode ocorrer pelos seguintes motivos:
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15. Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou hipoperfusão);
Traumatismo cranioencefálico (hipertensão intracraniana);
Intoxicação por álcool ou droga;
Problema clínico metabólico.
Pupilas - Em condições normais as pupilas reagem à luz, diminuindo seu
diâmetro conforme a intensidade da iluminação do ambiente. O aumento do diâmetro,
ou midríase, ocorre na presença de pouca luz, enquanto a diminuição, ou miose,
ocorre em presença de luz intensa.
Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em isocóricas (pupilas normais
ou simétricas), que possuem diâmetros iguais, e anisocóricas (pupilas anormais ou
assimétricas), de diâmetros desiguais.
O socorrista deve avaliar as pupilas da vítima com uma Lanterna em relação
ao tamanho, simetria e reação à luz. Pupilas anisocóricas sugerem traumatismo
ocular ou cranioencefálico. Neste caso a midríase em uma das pupilas pode ser
conseqüência da compressão do nervo oculomotor no nível do tronco encefálico,
sugerindo um quadro de gravidade.
Pupilas normais se contraem quando submetidas à luz, diminuindo seu
diâmetro. Se a pupila permanece dilatada quando submetida à luz, encontra-se em
midríase paralítica, normalmente observada em pessoas inconscientes ou em óbito.
Pupilas contraídas (miose) em presença de pouca luz podem indicar intoxicação por
drogas ou doença do sistema nervoso central.
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16. Análise secundária
Minucioso exame realizado da cabeça aos pés da vitima, para determinar a
presença de outras lesões, que embora possam ser graves não colocam em risco
iminente a vida da vitima.
Examinar todos os segmentos do corpo, sempre na mesma ordem (exame
segmentar): crânio, face, pescoço, tórax, abdômen, quadril, membros inferiores,
membros superiores e dorso. Nesta fase, realizar de cabeça ao pé:
• Inspeção: cor da pele, sudorese, simetria, alinhamento, deformidade e
ferimento;
• Palpação: deformidade, crepitação, rigidez, flacidez, temperatura e
sudorese;
• Ausculta: tórax (campos pleuropulmonares e precordial) procedimento
exclusivo do médico.
Durante todo o exame segmentar, manter-se atento a sinais de dor ou a
modificações das condições constatadas na abordagem primária da vítima.
Exame segmentar:
1. Alinhamento da coluna cervical com a traquéia e coluna vertebral
2. Osso frontal para o occipital e estruturas da face
3. Pupilas
4. Ouvidos
5. Cavidade nasal e cavidade oral
6. Maxilar e mandíbulas
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17. 7. Clavículas
8. Caixa toráxica
9. Quadrantes abdominais
10. Cintura pelves
11. Membros inferiores – mmii
12. Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mie/mid
13. Membros superiores – mmss
14. Perfusão periférica deficitária e sensibilidade – mse/msd
15. Sinais vitais
Após completar o exame segmentar, fazer curativos, imobilizações e outros
procedimentos necessários.
Fazem também parte da abordagem secundária os seguintes procedimentos,
que são realizados por médicos no ambiente hospitalar: radiografias, sonda gástrica,
toque retal, cateterismo vesical e lavagem peritonial.
Durante a abordagem secundária, o socorrista deva reavaliar o ABCD quantas
vezes forem necessárias, principalmente em vítimas inconscientes.
Após a abordagem secundária, realizar a verificação de dados vitais e escalas
de coma e trauma.
A diferença entre emergência clinica e emergência traumática se da através do
fato de doenças já presentes no organismo ou ao algum trauma direto que a vitima
venha a sofrer.
Uma emergência clinica pode se transformar em traumática a partir do
ponto que um infartado caia e bata o crânio, tendo não só um infarte do miocárdio,
mas também um traumatismo crânio encefálico TCE.
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18. Estados de choque
• Choque hipotêmico – diminuição da temperatura do corpo
• Choque anafilático – hipersensibilidade a medicamentos,
alimentos,síndrome.
• Choque cardiogênico – alterações cardíacas
• Choque hipovolêmico – perda de mais de 15% do volume sanguíneo
• Choque neurogênico – não funcionamento pleno do sistema nervoso
• Choque séptico – infecções graves
Hemorragias
O volume sanguíneo pode ser calculado em 07% do peso corporal no adulto e
09% do peso corporal de uma criança. Então, todo o extravasamento de sangue é
perigoso e pode se tornar uma hemorragia, sendo ela divida em duas condições,
interna e externa, podendo ser essa hemorragia de três tipos: arterial, venosa ou
capilar.
Quando perdemos mais de 15% do nosso volume sanguíneo, produzimos
alterações hemodinâmicas.
Procedimentos de contenção
• Compressão digital
• Elevação do membro
• Compressão arterial
• Tamponamento
• Bandagem
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19. Fraturas
É a lesão óssea de origem traumática. O osso é o único tecido do nosso
organismo que cicatriza com o mesmo tecido anterior à lesão e esse processo
denomina-se consolidação.
Existe uma doença que é corrosiva nesse tecido, esta doença é conhecida por
osteoporose. Doença geralmente comum em pessoas acima de 65 anos, por
influencia dos hormônios é mais comum entre as mulheres, os homens também
sofrem da doença, porém a relação com os hormônios não é tão evidente.
A fratura pode ser fechada quando não existe o rompimento do tecido ou aberta
(externa), quando existe o rompimento de tecido. Quando a fratura é interna somente
o raio-x confirma a presença da existência dessa fratura, sendo ela dividida em alguns
tipos:
• Galho verde – fratura incompleta.
• Obliqua – o traço da fratura cruza o osso fazendo um ângulo obliquo
• Espiralada – a linha de fratura se encontra ao redor e através do osso
fazendo um espiral
• Cominutiva - existem dois ou mais fragmentos na mesma fratura
• Impactada – o osso encontra-se comprimido entre si
• Fratura exposta
Procedimentos
Não movimente uma vitima com fratura sem antes ter imobilizado corretamente
a mesma.
Sempre imobilize uma articulação acima e uma abaixo da fratura.
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20. Queimaduras
Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma
queimadura. (fogo “vapor, chama ou brasa”, substancias químicas, radioativas,
vapores, elétricas)...
Quanto maior a extensão da queimadura, maior o risco. Uma pessoa com 25%
do corpo queimado esta prestes a entrar em estado de Choque e pode morrer se não
receber imediatamente os primeiros socorros.
1º GRAU – vermelhidão, ardor e febre local.
2º GRAU – vermelhidão, ardor, febre local e bolhas.
3º GRAU – necrose
Não passe nenhum tipo de medicamento sem antes consultar o médico, não
fure as bolhas, evite tocar na região aonde se encontra a queimadura, lave com soro
ou água e proteja com um plástico esterilizado próprio para queimaduras e procure o
mais rápido a ajuda médica.
NUNCA:
APLIQUE UNGUENTOS, GRAXAS, BICARBONATO DE SODIO, PASTA DE
DENTE E OU OUTRAS SUBSTANCIAS EM QUEIMADURAS.
RETIRE CORPOS ESTRANHOS. FURE AS BOLHAS EXISTENTES OU
TOQUE COM AS MAOS A AREA AFETADA.
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21. Ferimentos
Existem duas classificações para ferimentos:
1- Leve (superficial)
2- Profundo.
Faça a limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com
mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando
a vitima ao pronto Socorro. Caso haja hemorragia, contenha primeiro o sangramento.
Não retire objetos inclusos de nenhum ferimento, mesmo que superficial.
Nos casos de ferimentos abdominais e no tórax, procure o mais rápido pessoas
especializadas, mantenha a calma e contenha o sangramento.
** Torniquetes não são recomendados.
Desmaio e Epilepsia
SINAIS: Palidez, suor, pulso e respiração fracos.
O desmaio é a perda repentina e passageira da consciência, normalmente com
recuperação rápida. É provocada por fortes emoções, ansiedade, tensão emocional,
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22. doenças cérebro-vascular, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia,
intoxicação, hipotensão postural, infecções e causas desconhecidas que fazem com
que o nervo vago (responsável pela inervação do sistema nervoso autônomo cujos
neurônios permanecem no tronco cerebral e na medula sacral) dilate os vasos
sanguíneos diminuindo conseqüentemente a pressão sanguínea.
Ao diminuir a pressão sanguínea, o fluxo não consegue subir ao cérebro que
sem tanta irrigação sanguínea e oxigênio reduz a consciência e se mantém num
estado de relaxamento completo, ocasionando a queda e a perda dos sentidos. Ao
cai, a posição deitada auxilia a passagem do sangue até o cérebro retomando suas
funções normais.
Convulsões
ATAQUE DE EPILEPSIA - Se durar mais de 15 minutos chame um medico.
ANTES DO SOCORRO: Proteja o corpo da vitima para que ela não se machuque
contra objetos, afastando-os. Não segure seus membros e aguarde socorro.
Existem alguns casos de convulsões em crianças com febre alta, que ocorre
subitamente quando a temperatura do corpo atinge 39º a 40º. De um banho frio e
mantenha uma toalha de água com álcool sobre o corpo, levando-a rapidamente ao
PS.
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23. Evisceração E objeto incluso
EVISCERAÇÃO Trata-se da lesão que permite que a cavidade abdominal fique
em contato com o meio externo, e em virtude deste tipo de ferimento, as vísceras ou
parte delas podem ficar expostas.
O tratamento consiste em: ° Não recolocar as vísceras no abdome.
° Cobrir o ferimento e as vísceras se estiverem expostas, com uma bandagem
triangular umedecida com soro fisiológico para que as vísceras não ressequem ,
sendo que nunca se deve jogar o soro diretamente nas vísceras.
° Cobrir com um saco plástico esterilizado ou limpo, fechá-lo com esparadrapo
em todos os lados, sem deixar nenhuma entrada de ar, para manter a temperatura.
Isso será possível observar, pois o plástico fica embaçado devido à temperatura.
OBJETO INCLUSO Trata-se de algo que penetra a pele da vítima, como por
exemplo, uma faca, causando hemorragia e muitas vezes fraturas.
O tratamento de objeto incluso consiste em:
° Não retirar o objeto.
° Efetuar a assepsia do local com soro fisiológico ou água.
° Estancar a hemorragia, sem movimentar o objeto.
° Imobilizar o objeto no local e na posição que estiver,
° Imobilizar o membro afetado.
° Transportar para um hospital.
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24. Alimentação Saudável para todos
Siga os dez passos
1-faça pelo menos três refeições (café da manha, almoço e jantar) e dois
lanches saudáveis por dia.
Não pule as refeições.
2-Inclua diariamente seis porções do grupo do cereal (arroz, milho, trigo, pães
e massas),
Tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas
refeições.
De preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.
3-Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como
parte das refeições
E três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
4-Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por
semana. Esse prato
Brasileiro é uma combinação completa de proteínas para a saúde.
5-Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de
carne, aves, peixes
Ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da
preparação torna esses
Alimentos mas saudáveis.
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25. 6-Consuma no Maximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga
ou margarina.
Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores
quantidades de gorduras trans.
7-Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e
recheados, sobremesas
Doces e outras guloseimas como regra de alimentação.
8-Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite
comer alimentos
Industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, salsicha, lingüiça,
presunto, salgadinhos
Conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.
9-beba pelo menos 2 litros de água (6 a 8 copos) de água por dia. Dê
preferência ao consumo de
Água nos intervalos das refeições.
10-torne sua vida, mas saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de
atividades físicas todos os Dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o
peso dentro dos limites saudáveis.
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26. Diabetes
A glicose presente em nossa corrente sanguínea não provém apenas do
açúcar que comemos, mas também de frutas e outros alimentos que, quando
digeridos, se transformam em glicose. Uma vez na corrente sanguínea, a glicose é
utilizada por nossas células como fonte de energia e crescimento. Existem dois
motivos principais, que causam diabetes. São eles:
1º - Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a
produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas
células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta
situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM
tipo 1).
2º - Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células. Nestes
casos, a produção de insulina está normal. Mas como os receptores não estão
funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, à insulina não consegue
promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando
também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. Para esse segundo tipo
de Diabetes, o médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2).
Diabetes tipo 1:
O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela
destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque
o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-
imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose
múltipla, Lúpus e doenças da tireóide.
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27. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas
uma quantidade muito pequena. Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para
viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para
regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue
chegar até as células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As
altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar
os olhos, rins, nervos ou coração.
A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-
anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser
diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir
germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja,
eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os
auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que
há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença.
Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do
organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou
também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro
dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale
lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.
Sintomas (DM1)
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem
apresentar:
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28. • Vontade de urinar diversas vezes; • Fome freqüente; • Sede constante; •
Perda de peso; • Fraqueza; • Nervosismo; • Mudanças de humor; • Náusea; • Vômito
Diabetes tipo 2
Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no
tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo.
Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é
maior após os 40 anos.
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode
responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de
medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Principais Sintomas:
• Infecções freqüentes;
• Alteração visual (visão embaçada);
• Dificuldade na cicatrização de feridas;
• Formigamento nos pés;
• Furunculose.
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29. Hepatite
Conceito: a hepatite viral ocorre quando um vírus causa infecção e inflamação
do fígado. Os vírus que causam hepatite viral são denominados de vírus da hepatite
A, B, C, D e E.
Todos esses tipos de vírus causam uma hepatite viral aguda. Porém, os vírus
das hepatites B, C e D podem causar infecção crônica e prolongada, às vezes por
toda a vida. A Hepatite crônica (ou prolongada) pode causar cirrose, insuficiência
hepática (mau funcionamento do fígado) e também câncer hepático.
Outros tipos de vírus que menos freqüentemente afetam o fígado e causam
hepatite são o citomegalovirus (CMV); Epstein-Barr vírus (EBV), herpes vírus;
parvovirus e adenovirus.
Os sintomas mais comuns são:
• Icterícia: trata-se de uma coloração amarelada da pele e dos olhos. Mal-
estar, cansaço ou fadiga. Dor abdominal. Falta de apetite. Diarréia, náuseas ou
vômitos. Febre. Dores de cabeça ou dor no corpo. Pode haver urina de coloração
escura (cor de coca-cola). Fezes de coloração esbranquiçada (tipo massa de
vidraceiro).
Os sintomas variam de acordo com o organismo de cada pessoa. Entretanto,
algumas pessoas podem não ter sintomas.
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30. Hepatite A
O vírus da hepatite A é mais comumente transmitido através da ingestão de
água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas.
Detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento
específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença.
Normalmente, a hepatite A não se torna crônica.
Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira
de evitá-la é pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem
cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B
O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmitido principalmente por meio do
sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos à material cirúrgico
contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se
deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, e em sessões de depilação ou
tatuagem.
O vírus da hepatite B também pode ser passado pelo contato sexual. Outra
forma de contágio ocorre durante o nascimento, seja parto normal ou cesáreo, onde
pode haver passagem do vírus da hepatite B da mãe para o feto.
Freqüentemente, os sinais e sintomas da hepatite B podem não aparecer
inicialmente, e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença
após anos e, muitas vezes, por acaso, em testes realizados de rotina para esse vírus.
Ao contrário da hepatite A, a hepatite B evoluir para um quadro crônico e então
para uma cirrose ou até câncer de fígado.
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31. A prevenção da hepatite B inclui:
• Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica
(exames feitos de rotina no sangue armazenado).
• Vacinação contra hepatite B (disponível no SUS).
• Uso de imunoglobulina humana antivírus da hepatite B (também
disponível no SUS).
• Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área
da saúde.
• Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e
escovas de dente.
• Não compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas.
• Como a hepatite B pode ser adquirida através do ato sexual, o uso de
preservativos também ajuda na prevenção desta doença.
Hepatite C
O vírus da hepatite tipo c (HCV) é transmitido principalmente por meio do
sangue. Raramente é transmitido por ato sexual ou durante o nascimento.
As formas de contágio da hepatite C são muito similares às da hepatite B.
O tratamento da hepatite C é feito através de uma medicação chamada de
interferon, junto com uma droga antiviral chamada de ribavirina.
As formas de prevenção da hepatite C são similares à hepatite B. Porém, não
há vacina para a hepatite C.
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32. Hepatite D
A hepatite D é transmitida através de sangue contaminado. Esta doença só
ocorre junto com a transmissão da hepatite B, ou em um indivíduo que já seja
portador da hepatite B. Ou seja, é preciso haver o vírus da hepatite B para que a
hepatite D também seja transmitida.
O tratamento da hepatite D é feito com interferon peguilado.
As formas de transmissão da hepatite D são similares às da hepatite B.
Hepatite E
O vírus da hepatite E é transmitido através da ingestão de água e alimentos
contaminados pelas fezes de pessoas infectadas.
Não há tratamento específico para a hepatite E. Geralmente esta doença é
limitada, e espera-se que o organismo do paciente reaja sozinho e fique curado após
algumas semanas do contágio.
A prevenção é feita com saneamento básico adequado, higiene pessoal,
higiene de alimentos e da água.
Comparação entre as hepatites
As hepatites A e E geralmente são transmitidas através de água e alimentos
contaminados. Já as hepatites B, C e D são transmitidas através de sangue
contaminado, ato sexual ou ao nascimento.
As hepatites A e E geralmente são limitadas, esperando-se que o organismo
reaja sozinho contra a doença. Já as hepatites B, C e D são mais sérias e podem se
tornar crônicas. Existem remédios para tratamento de hepatites crônicas.
As vacinas existem apenas para as hepatites A e B.
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33. Tuberculose
O QUE É TUBERCULOSE (TB)?
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado
"bacilo de Koch". É uma doença contagiosa, que atinge principalmente os pulmões,
mas pode ocorrer em outras partes do nosso corpo, como nos gânglios, rins, ossos,
intestinos e meninges.
Quando o doente tosse, fala ou espirra ele espalha no ar gotas
pequenas com o micróbio da Tuberculose. Sendo assim, uma pessoa com boa saúde,
que respire este ar, pode levar este micróbio para o seu pulmão, acontecendo o
contágio. Portanto, a tuberculose não se transmite pelo sexo, pelo sangue
contaminado, pelo beijo, pelo copo, pelos talheres, pela roupa, pelo colchão... A
Tuberculose SÓ SE TRANSMITE PELO AR.
A maior fonte de transmissão da TB é o doente com a doença no
pulmão, porque ele elimina bacilos pela tosse, fala e espirro. Por isto as pessoas que
convivem com ele, principalmente na mesma casa, antes do início do tratamento
correto, são aquelas que têm maior risco de adquirir o bacilo. E os vizinhos? E os
colegas de trabalho? E dentro do ônibus? Na escola?
As dúvidas são freqüentes e não dá para discutir todas as possibilidades, uma
a uma. O certo mesmo é entender como se pega a TB e, a partir daí, o que pode
facilitar ou dificultar o contágio. Para isto veja a seguir, 3 (três) situações que facilitam
o contágio e o que pode ser feito em cada uma delas, para dificultar que o contágio
aconteça.
1ª. Situação: DOENTE BACILÍFERO (que elimina muitos bacilos pela tosse,
pelo espirro, pela fala)
O QUE FAZER: Iniciar o tratamento o mais rapidamente possível e cobrir a
boca ao tossir ou espirrar.
2ª. Situação: AMBIENTE (LOCAL) POUCO AREJADO
O QUE FAZER: Abrir portas e janelas.
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34. 3ª. Situação: MAIOR TEMPO DE CONTATO COM OS DOENTES. QUER
DIZER: CONVIVER COM O DOENTE MUITAS HORAS POR DIA ou POR NOITE,
DURANTE MUITOS DIAS SEGUIDOS.
O QUE FAZER: Procurar orientação na unidade básica de saúde.
Por isto, para prevenir a doença, é muito importante identificar rapidamente os
pacientes com tuberculose para tratá-los logo, reduzindo a chance de contaminação
do ar. Evitando assim, a transmissão do bacilo para outras pessoas.
É importante melhorar as condições de habitação para diminuir a chance do
contágio. Se há muitas pessoas dormindo no mesmo quarto, em casas mal ventiladas
e onde não bate sol, o risco de contágio é muito maior.
O sintoma mais freqüente da Tuberculose pulmonar no adulto é a TOSSE.
Toda pessoa que apresente tosse que dure 3 semanas ou mais é chamada de
SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO e deve ser encaminhada ao médico. Outros
sintomas são: febre ao entardecer, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e
cansaço fácil. O doente pode apresentar todos esses sintomas, mas pode ter somente
uma tosse que às vezes até passa despercebida. Muitas vezes as pessoas pensam
que sua tosse é "comum", porque são fumantes, ou que é uma bronquite ou gripe mal
curada, e não dão importância.
Todo paciente com tuberculose pode ser curado, desde que siga corretamente
as orientações do médico e dos demais profissionais de saúde responsáveis pelo
acompanhamento.
Na maioria dos casos o tratamento deve ser ambulatorial. Mas, se o
diagnóstico não for realizado o mais rápido possível e demore muito tempo para
começar o tratamento, o quadro pode se agravar, ou seja, o pulmão pode ficar muito
prejudicado pelo bacilo obrigando o paciente a receber cuidados especiais. Uma
destas complicações é quando o paciente tosse com muito sangue e nesse caso tem
que internar.
No caso de tuberculose em outras partes do corpo, é necessária a avaliação do
médico para saber se existem complicações ou outras condições que indiquem a
internação. Mas, no caso da meningite tuberculosa não tem dúvidas; o paciente
precisa ser internado.
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35. Dengue
Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família
Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2,
DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo
sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo
responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3
bilhões de seres humanos. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de
choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando
taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes
não tratados. A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada
do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único
mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300
pessoas.
Vetores e transmissão- A transmissão se faz pela picada do mosquito fêmea
do Aedes aegypti/albopictus (no Brasil, ocorre com maior frequencia o primeiro) .
Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus,
depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é
possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta
num hospedeiro susceptível próximo. Não há transmissão por contato direto de um
doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou
alimento.
Entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro de 2010, foram notificados 108.640
pacientes com a doença, 109% a mais que no mesmo período de 2009. Os estados
Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Goiás e Mato Grosso respondem por 71%
desses casos. As altas temperaturas, grande volume de chuvas e o retorno do tipo 1
do vírus explicam parte da epidemia .
Como se pôde observar, a doença foi reconhecida há aproximadamente 200
anos e tem apresentado caráter epidêmico e endêmico variado, tendendo a agravar
nos últimos anos. As mudanças na dinâmica de transmissão da dengue podem ser
explicadas pela baixa prevalência do vírus até recentemente, quando houve maior
disponibilidade de hospedeiros humanos. O aumento da concentração humana em
36
36. ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral. As linhagens,
que surgiram antes das aglomerações e movimentações humanas terem início,
tinham poucas chances de causar grandes epidemias e terminavam por falta de
hospedeiros susceptíveis . Entretanto, as alterações ambientais de natureza antrópica
têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de
detritos e de recipientes descartáveis. Paralelamente, as mudanças nas paisagens
têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas
espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem
como a disponibilidade de hospedeiros.
Epidemiologia- O impacto dessa doença sobre a população humana é notado,
não só pelo desconforto que causa, como pela perda de vidas, principalmente entre
crianças. Na Ásia, é a segunda causa de internamentos hospitalares de crianças. Há,
também, prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização,
controle dos vetores, absentismo no trabalho e perdas com turismo .O ressurgimento
da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem
conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir:
1. as medidas de controle dos vetores de dengue, nos países onde são
endêmicos, são poucas ou inexistentes;
2. o crescimento da população humana com grandes mudanças
demográficas;
3. a expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com
infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população
vetora;
4. o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e
conseqüente aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais,
favorecendo a dispersão dos vetores e dos agentes infecciosos.
Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da
dengue é observação que se reveste de extrema importância porque as populações
humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da
proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar
que podem surgir cepas com patogenicidade e infectividade aumentadas e que
populações
37
37. silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes, quando introduzidas em
populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as populações
de vírus com seqüências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente
das populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e
dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de
aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras
históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as
observações mostram que a variabilidade genética está aumentando.
No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos
quatro subtipos de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da
população humana, podendo aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do
vírus pode estar relacionada com o surgimento de casos graves da doença, causados,
possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta a populações virais
geneticamente Imunologia
Quando uma pessoa é contaminada por um dos 4 vírus torna-se imune a todos
os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto
da vida, ao tipo pelo qual foi contaminado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos
outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que
a anterior, mas não é obrigatório que aconteça.A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem
qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos
vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas
anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus.
Progressão e sintomas-O período de incubação é de três a quinze dias após a
picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos
como febre alta (normalmente entre 38° e 40 °C) de início abrupto, mal-estar, anorexia
(pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica,
após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz),
hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes
em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também
hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para
cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas vermelhas na pele), e
dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).
38
38. A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a
um sorotipo devido a infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo.
Os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo
sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos
endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre
é o principal sintoma.
Sinais de Alerta da Dengue Hemorrágica
•Dor abdominal contínua
•Vômitos persistentes
•Hipotensão postural e arterial
•Extremidades frias, cianose
•Pulso rápido e fino
•Agitação e/ou letargia
•Diminuição da diurese
•Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia
•Desconforto respiratório
Pacientes que apresentarem um ou mais dos sinais de alerta, acompanhados de
evidências As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem
consultar um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito
por isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo (IVIS) em culturas
celulares ou por sorologia esse procedimento é essencial para saber se o paciente é
portador do vírus da dengue.
Tratamento-O paciente é aconselhado pelo médico a ficar em repouso e beber
líquidos. É importante então evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, já que
a prescrição médica desaconselha usar remédios à base de ácido acetilsalicílico
(AAS), como aspirina ou outros Antinflamatórios não-esteróides (AINEs)
normalmente usados para febre, porque eles facilitam a hemorragia. Contudo, caso o
nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia) justifica-
se a transfusão desses elementos e quanto a outros remédios para a cura, ainda não
existem.
Prevenção-Controle do mosquito
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39. O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor,
principalmente na fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em
possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença,
aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.É importante tratar
de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a
água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa.
Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe
na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para
eclodirem.Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de
potencial proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito.
Cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram
que a larva do Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já
utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito
transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio
copo d'água.Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo.
Atualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método
antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco confiáveis e
demoradas.O Ministério da Saúde indica que em algumas regiões brasileiras foi
detectada resistência do mosquito a larvicidas e inseticidas. Por isso, tem crescido a
ideia de utilizar mosquitos transgênicos. A estratégia possui vantagens ecológicas
pela diminuição do uso de inseticidas que costumam afetar outras espécies e
prejudicar o ambiente .
Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais
desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas,
produto atraente, computadores de mão e mapas georeferenciados. O sistema,
chamado M.I. Dengue], permite localizar rapidamente mosquitos nas áreas urbanas,
permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com aumento da eficiência
e economia de recursos.
40
40. Gripe H1n1
A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína) é uma gripe
pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A
doença é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo
quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).A gripe foi
inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou
por diversos países. Desde junho de 2009 a OMS elevou o nível de alerta de
pandemia para fase 06, indicando ampla transmissão em pelo menos 02 continentes.
Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais
como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza.
Entretanto, diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em
pessoas jovens.
Progressão, sintomas e tratamento
Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no ser humano.
1- Corpo em geral - febre
2- Psicológico - letargia, falta de apetite
3- Nasofaringe - rinorreia, dor de garganta
4- Sistema Respiratório - tosse
5- Gástrico - náuseas, vómitos
6- Intestino - diarréia.
Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como
sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e
dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais
diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos
antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o
vírus H1N1.
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de
prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com
olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir
41
41. ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como
hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a
contaminação, o paciente deve evitar sair de casa até cinco dias após o início dos
sintomas, pois este é o período de transmissão da gripe A.
Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar abraços,
apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do
vírus durante os cultos religiosos.
Grupos de risco-Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram
identificadas, alguns grupos de risco foram observados. São eles:
• Gestantes
• Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial
pois os idosos tem sistema imunológico baixo.
• Crianças (menores de 2 anos)
• Doentes crônicos
• Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos
• Asmáticos
• Portadores de doença obstrutiva crônica
• Problemas hepáticos e renais
• Doenças metabólicas
• Doenças que afetam o sistema imunológic
• Obesos
Formas de contágio
A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea,
contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos
contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos.
Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos
patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia
(México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das
gripes humana, aviária e suína.
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42. O Que é AIDS?
A AIDS, (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo
HIV (Vírus Da Imunodeficiência Humana), que age destruindo os linfócitos, célula do
sangue responsável pela defesa imunológica, tornando organismo menos resistente a
uma serie de infecções, as chamadas infecções oportunistas, que debilitam
progressivamente a saúde, podendo levar a morte.
AIDS é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), já que sua forma
principal de transmissão é pela relação sexual, mas pode também ser transmitida de
outras formas.
Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema
imunológico, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: turbeculose,
pneumonia, alguns tipos de câncer, candidiase e infecções do sistema nervoso.
Como uma Pessoa Sabe se é Portadora de HIV?
Por meio do teste do HIV. Se a pessoa manteve uma relação sexual sem uso
de preservativo com alguém de quem não tem certeza de não ser portador de HIV,
deverá fazer o teste três meses após essa relação, pois, caso tenha sido
contaminado, há um tempo entre a contaminação e o aparecimento de anticorpos
ainda são detectados.
Esse teste deve ser feito:
Quando a pessoa passou por alguma situação de risco:
• Relação sexual sem uso de preservativos com pessoa de quem não
tenha absoluta certeza de não ser portadora do vírus.
• Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de
drogas injetáveis.
• Transfusão de sangue contaminado pelo HIV
• Acidentes ocupacionais com objetivo pérfuro-cortantes contaminados
com material biológico de origem humana
• Toda gestante no pré-natal
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43. • Filho nascido de mãe portadora do HIV e/ou neném que tenha sido
amamentado por mulher portadora do vírus HIV.
No inicio da era AIDS, os grupos que mais se infectavam com o vírus eram
chamados “grupo de Risco”:os homossexuais masculinos,as pessoas que tinham
recebido transfusão de sangue e os usuários de drogas injetáveis.Posteriormente
,quando a AIDS começou a se espalhar em outros grupos de pessoas,passou-se a
falar em “situação de risco”A AIDS deixou de ser doença de algumas minorias e
passou a ser uma ameaça para qualquer pessoa,desde que essa não adotasse as
praticas de prevenção.atualmente,com a AIDS atingindo toda a População
E também de forma crescente entre as mulheres, fala-se de
“feminilização” da AIDS, ou seja,a infecção pelo vírus HIV está se tornando igual entre
homens e mulheres.isto porque as relações heterossexuais também se tornaram uma
forma importante de transmissão.
Não adianta saber, por exemplo, quais são os meios de evitar a contaminação
com o vírus, se a pessoa não transforma esse conhecimento em comportamento,
colocando em pratica essas medidas.
A falta de acesso ao preservativo, por falta de dinheiro para comprá-lo ou por
dificuldades de obtê-lo no serviço público, também aumenta a vulnerabilidade.
Também fatores sociais como a pobreza, as desigualdades de gênero, raça e outras,
a falta de oportunidade de participar nas decisões políticas da comunidade podem
interferir na vulnerabilidade das pessoas a AIDS e outras DST’S.
Como se pega AIDS:
• Pela relação sexual com pessoa contaminada, já que o vírus pode ser
transmitido pelo esperma, liquido seminal e liquido vaginal. O sexo anal tem um risco
maior, pelo fato de que pode causar pequenos ferimentos, permitindo o contato com o
sangue. A presença de mestruação também favorece a transmissão, bem como de
algumas DST’S que causam ferimentos nos órgãos genitais, como a sífilis e a herpes
genital;
• Por meio da transfusão de sangue contaminado. Felizmente hoje em dia,
com a realização dos testes sorológicos e controle rigoroso nos bancos de sangue,
esta forma de transmissão ta controlada. Doando sangue não se pega AIDS;
• Da mãe soro positivo para o bebe, durante a gravidez, parto ou
amamentação. É chamada transmissão vertical;
44
44. • Por meio do compartilhamento de seringas, agulhas contaminadas. Essa
forma de transmissão ocorre, geralmente entre usuários de drogas injetáveis, que
compartilham o uso de seringas.
Como não se pega AIDS:
• Pelo contato ou convivência social com pessoas portadoras do vírus: morar
junto compartilha piscina, sauna, creche, escola, trabalho, abraçando, beijando,
apertando a mão, usando o mesmo copo ou objetos usados por pessoas portadoras
do vírus como: roupas, objetos de escritório, cadeira, telefone, sabonete, toalha de
banho, etc.
• Usando copos, pratos, talheres mesmo usados por pessoas soro positivam.
• Por picada de pernilongos ou outros insetos;
• Na masturbação a dois.
Como se prevenir da contaminação:
• Use camisinhas nas relações sexuais. A camisinha é a melhor forma de
prevenir AIDS e DST’S nas relações sexuais. No caso de relação anal é
recomendável também o uso de lubrificante para facilitar a penetração não romper o
preservativo. Cada um tem o direito de decidir sobre suas preferências sexuais e
freqüência com que terá a relação, mas quanto maior o numero de parceiros, maior a
chance de contração dessas doenças.
• Não compartilhe objetos pessoas que possam ter contato com mucosas
ou com sangue: escova de dente, aparelhos de barbear, material de manicure,
piercing, etc.
• Exija matérias descartáveis ou adequada esterilização de alguns
materiais, caso tenha que usá-los.
Usuários de drogas injetáveis
Os dependentes de drogas devem procurar apoio nos serviços especializados.
Enquanto não se livram do uso de drogas, principalmente a de drogas injetáveis, tome
precauções para evitar contaminar-se.
45
45. O que São DST’s?
São as doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, que se tramitem
principalmente por meio das relações sexuais.
Como saber se tenho uma DST:
Ao contrario da AIDS, em que o vírus pode permanecer silencioso
durante algum tempo no organismo, as DST’S normalmente se manifestam por sinais
e sintomas que incomodam. “Sinais” são fatores que podem ser vistas, “sintomas” são
coisas que as pessoas sentem, mas muitas vezes as pessoas podem ter uma DST e
não sentir nada, podendo, entretanto, transmiti-lo para seus parceiros sexuais.
Toda mulher que já tem vida sexual ativa, deve fazer o exame
ginecológico pelo menos uma vez por ano, para fazer o exame de prevenção de
câncer de colo de
útero “exame de papa Nicolau” e será uma oportunidade de descobrir se tem
ou não alguma DST.
Corrimentos
São secreções amarelas com pus, ou esbranquiçadas ou mesmo esverdeadas.
Alguns corrimentos podem apresentar cheiro ruim. Pode não ser percebido pela
pessoa,
principalmente pelas mulheres. Neste caso, o corrimento só será descoberto no
exame ginecológico. No homem pode ser visto com mais facilidade, pois sai pela
uretra.
46
46. Feridas
São arredondadas e avermelhadas. A pessoa pode ter uma ou mais feridas de
tamanhos diferentes, que podem doer ou não. Algumas feridas se iniciam como
pequenas bolhas. Nos homens as feridas são mais visíveis, claro, pois aparecem no
pênis. Já nas mulheres podem ficar escondidas na vagina.
As feridas causadas por DST’S podem aparecer também nos anus e boca, nos
casos em que foi praticado sexo anal ou oral.
Verrugas
São caroços na pele. Não são doloridos, mais podem causar irritação e coceira.
São causados por um vírus chamado HPV.
Ardência, coceira,
Podem ocorrer tanto no homem quanto na mulher. São mais intensos ao urinar
ou nas relações sexuais.
Desconforto, dor
Geralmente sentido um pouco abaixo do umbigo, agravando-se durante as
relações sexuais e ao urinar.
Principais DST’S
Sífilis – causada por uma bactéria, começa com uma ferida “chamada de
cancro duro” em geral pouco dolorosa, no pênis, vulva, vagina, colo do útero, anus ou
boca, que desaparece espontaneamente após alguns dias, mesmo sem tratamento.
Mas o micróbio continua no organismo e volta a se manifestar após alguns meses
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47. com manchas em varias partes do corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas
dos pés. Que também desaparecem após algum tempo. Por fim, se não tratada, pode
causar coceira, paralisia, doenças neurológicas e problemas no coração. Pode passar
da mãe para o bebe durante a gravidez, causando problemas graves no bebe, por
isso toda gestante deve fazer o teste para saber se tem sífilis.
Cancro mole – é também chamado de cancro venéreo. Causado por uma
bactéria, inicia-se com feridas dolorosas nos órgãos genitais acompanhadas de
ínguas (caroços) na virilha, que podem se romper soltando pus. Essas feridas podem
aparecer também no anus e mais raramente nos lábios, boca, língua e garganta. É
mais comum nos homens.
Gonorréia – causada por bactéria, manifesta-se pela saída de pus pelo pênis e
dificuldade para urinar, além de coceiras na uretra e mesmo febre. A maioria das
mulheres infectadas não apresenta muitos sintomas, podendo ter um corrimento
vaginal sem cheiro e sem coceira. Se não for tratada durante o pré -natal, pode ser
transmitida ao bebe causando diversos problemas. Na hora do parto pode passar para
os olhos do bebe.
Candidíase – causada por um fungo, é uma das causas mais comuns de
infecção genital. A candidíase causa um corrimento, mas não é doença de
transmissão exclusivamente sexual. Causa coceira, ardor ou dor ao urinar e um
corrimento branco, com aspecto de leite qualhado, podendo também causar fissuras
na vagina. A vagina pode ficar inchada e avermelhada. Algumas situações pré
dispõem as pessoas a terem candidíase, como a diabetes, a gravidez, o uso de anti
concepcionais, o uso de antibióticos, a obesidade e o uso de roupas muito justas.
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48. Herpes genital
– é causada por um vírus. Apresenta dor, coceira, ardência ou formigamento no
órgão genital, seguido do aparecimento de pequenas bolhas que se rompem e dão
origem a pequenas feridas dolorosas que saram espontaneamente depois de 3
semanas, porém o vírus continua no organismo voltando a se manifestar
periodicamente, principalmente quando o organismo esta debilitado por algum motivo,
como stress físico e emocional, exposição excessivo ao sol ou ao uso prolongado de
antibióticos. Quando acomete a mulher grávida, pode causar problemas sérios para o
bebe.
Condiloma acuminado
– também chamado de verruga genital. Causada por um vírus (o vírus HPV),
forma berrugas que vão se juntando, dando um aspecto de couve flor. Aparece
principalmente na glande (a cabeça do pênis), o prepúcio “a pele que cobre a cabeça
do pênis” e o orifício da uretra, no homem. Na mulher aparece uma vulva, no períneo,
na vagina, e no colo do útero, mais um motivo para as mulheres não deixarem de
fazer os exames ginecológicos periódicos. Em ambos os sexos podem aparecer
também no anus e no reto, mesmo que não tenha praticado sexo anal. A complicação
mais importante, caso essa doença não seja tratada, é que pode proporcionar um
aparecimento de câncer do colo de útero e vulva e também do pênis. Pode ser
transmitida para o bebe durante o parto.
Pediculose do púbis, (chato)
– é um piolho que se instala nos pelos dos genitais, e também da região da
barriga, anus e coxa, causando coceira. Aproveito o contato das pessoas durante o
ato sexual para passar de uma pessoa para outra. A melhor forma de eliminar o chato
é raspar os pelos pubianos. Se não resolver dessa forma procure orientação médica.
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49. Em caso de suspeita de DST:
1- Procure o serviço de saude para passar por consulta médica;
2- Após confirmada a DST pelo médico, procure as pessoas com que teve
relações sexuais, pois elas também podem estar contaminadas. Aconselhe essas
pessoas a passarem por uma consulta médica;
3- Enquanto estiver com uma DST evite ter relações sexuais, no caso de
tê-las use sempre preservativos;
4- Faca o tratamento sempre da forma que o médico indicou;
5- Uma DST que não for tratada ou for tratada de forma errada, poderá
causar complicações no futuro, como esterilidade (não poder ter filhos), alguns tipos
de câncer, transmissão da doença da mãe para um bebe, etc.
6- Não procure farmácias para resolver o problema, pois o uso de
medicamentos sem orientação médica, poderá não curar adequadamente a doença,
tornando-a crônica, dando uma falsa impressão de cura.
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50. Álcool
Efeitos
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases
distintas: uma estimulante e outra depressora.
Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos
estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar).
Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta
de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito
exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o
estado de coma.
Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características
físicas de cada pessoa.
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As
mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica
e cirrose).
Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome
de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas
cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor,
formigamento e cãibras nos membros inferiores.
A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a
coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos
ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é
provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir.
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51. Alcoolismo
Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos
de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição
freqüente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira.
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta,
tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns sinais da dependência do
álcool são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores
quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; aumento da importância do
álcool na vida da pessoa; percepção do “grande desejo” de beber e da falta de
controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de
sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e aumento da
ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.
A síndrome de abstinência tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão
de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios
gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve).
Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de
abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas
anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e
desorientação no tempo e no espaço.
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52. Tabaco
Efeitos
Os principais efeitos da nicotina no sistema nervoso central consistem em:
elevação leve no humor e diminuição do apetite, considerada um estimulante.
Quando uma pessoa fuma um cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída
pelos tecidos. No sistema digestivo, provoca diminuição da contração do estômago,
dificultando a digestão. Há, ainda, aumento da vasoconstrição e da força dos
batimentos cardíacos.
Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros,
podem sentir um desejo incontrolável de fumar, irritabilidade, agitação, prisão de
ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça.
Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de
uma ou duas semanas.
A fumaça do cigarro contém um número muito grande de substâncias tóxicas
ao organismo.
Entre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão.
Aspectos gerais
O hábito de fumar é muito freqüente na população. A associação do cigarro
com imagens de pessoas bem-sucedidas, uma constante nos meios de comunicação.
Esse tipo de propaganda é um dos principais fatores que estimulam o uso do cigarro.
Por outro lado, os programas de controle do tabagismo vêm recebendo um destaque
cada vez maior em diversos países, ganhando apoio de grande parte da população.
O INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o órgão do Ministério da Saúde
responsável pelas ações de controle do tabagismo e prevenção primária de câncer no
Brasil, por meio da Coordenação Nacional de Controle do Tabagismo e Prevenção
Primária de Câncer (Contapp).
O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência
de algumas doenças, como, por exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe,
faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica,
enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva etc. Entre outros efeitos tóxicos
provocados pela nicotina, podemos destacar, ainda, náuseas, dores abdominais,
diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, braquicardia e fraqueza.
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53. Maconha
Efeitos
Os efeitos que a maconha produz sobre o homem, são físicos (ação sobre o
próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos
sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se Consume ou seja, os
efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e
crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou
meses ou mesmo anos).
Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio
avermelhados e o coração dispara, de 60 a 80 batimentos por minuto pode chegar a
120 a 140 ou até mesmo mais (taquicardia). Dependerão da qualidade da maconha
fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas, os efeitos são
uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos
fatigado, vontade de rir Para outras pessoas, os efeitos são mais para o lado
desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle
mental, trêmulas, perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço
e um prejuízo de memória e atenção.
Quanto aos efeitos na memória, eles se manifestam principalmente na
chamada memória a curto prazo,
Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos
agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios
e alucinações. Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior gravidade.
De fato, com o uso continuado, vários órgãos do corpo são afetados. Os pulmões são
um exemplo disso. Não é difícil imaginar como ficarão esses órgãos quando passam a
receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um
vegetal que nem chega a ser tratado como o tabaco comum. Essa irritação constante
54
54. leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás, como ocorre também com o cigarro
comum. Mas o pior é que a fumaça da maconha contém alto teor de alcatrão (maior
mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada
benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente
que o fumante crônico de maconha está sujeito a adquirir câncer dos pulmões com
maior facilidade, mas os indícios, em animais de laboratório, de que assim pode ser
são cada vez mais fortes.
É importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual,
mas apresenta esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.
Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha.
Sabe-se que seu uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e
memorização e pode induzir a um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de
fazer mais nada,
Pois tudo fica sem graça e sem importância. Esse efeito crônico da maconha é
chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas
pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de
maneira a facilitar seu vício, e tudo o mais perde seu real valor.
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55. Pasta de Coca – Crack - Merla
Efeitos
Os efeitos provocados pela cocaína ocorrem por todas as vias (aspirada,
inalada, endovenosa). Assim, o crack e a merla podem produzir aumento das pupilas,
que prejudica a visão; é a chamada “visão borrada”. Ainda pode provocar dor no peito,
contrações musculares, convulsões e até coma. Mas é sobre o sistema cardiovascular
que os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode elevar-se e o coração pode
bater muito mais rapidamente. Em casos extremos, chega a produzir parada cardíaca
por fibrilação ventricular. A morte também pode ocorrer devido à diminuição de
atividade de centros cerebrais que controlam a respiração.
O uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos
esqueléticos, conhecida como rabdomiólise.
A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na tentativa de sentir
efeitos mais intensos. Porém, essas quantidades maiores acabam por levar o usuário
a comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao
aparecimento de paranóia (chamada entre eles de “nóia”). Eventualmente, podem ter
alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de “psicose
cocaínica”. Além dos sintomas descritos, o craquero e o usuário de merla perdem de
forma muito marcante o interesse sexual.
Aspectos gerais
Como ocorre com as anfetaminas (cujos efeitos são semelhantes aos da
cocaína), as pessoas que abusam no consumo, relatam a necessidade de aumentar a
dose para sentir os mesmos efeitos iniciais de prazer, ou seja, a cocaína induz
tolerância.
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56. É como se o cérebro se “acomodasse” àquela quantidade de droga,
necessitando de uma dose maior para produzir os mesmos efeitos prazerosos.
Não há descrição convincente de uma síndrome de abstinência quando a
pessoa pára de usar cocaína de uma hora para outra: não sente dores pelo corpo,
cólicas, náuseas etc. Às vezes pode ocorrer de essa pessoa ficar tomada de grande
“fissura”, desejar usar novamente a droga para sentir seus efeitos agradáveis e não
para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma
síndrome de abstinência.
No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas
injetáveis (UDIs). Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem-
se ao contágio de várias doenças, entre estas hepatites, malária, dengue e Aids.
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57. Alucinógeno – LSD – Ácido
Efeitos
O LSD atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro,
trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas.
A experiência depende da personalidade do usuário, de suas expectativas
quanto ao uso da droga e do ambiente onde esta é ingerida. Enquanto alguns
indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros se tornam
quietos e passivos.
O LSD é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente – cores,
formas e contornos alterados, além de estímulos olfativos e táteis.
Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as
pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração, e a pessoa pode sentir-se
com certa euforia.
Aspectos gerais
O LSD não leva comumente a estados de dependência e não há descrição de
síndrome de abstinência se um usuário crônico pára de consumir a droga. Todavia,
assim como outras drogas alucinógenas, pode provocar dependência psíquica ou
psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente usa essas substâncias como
“remédio para todos os males da vida” acaba por se alienar da realidade do dia-a-dia,
aprisionando-se na ilusão do “paraíso na Terra”.
O consumo no Brasil, é principalmente por pessoas das classes mais
favorecidas. Embora raramente, a polícia apreende, vez por outra, parte das drogas
trazidas do Exterior.
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58. Esteróides e Anabolizantes
Efeitos
Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são:
nervosismo, irritação, agressividade, problemas hepáticos, acne, problemas sexuais e
cardiovasculares, aumento do HDL (forma boa do colesterol), diminuição da
imunidade.
Além disso, aqueles que se injetam ainda correm o risco contaminar-se com o
vírus da Aids ou da hepatite.
Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer:
_ No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de
espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, dificuldade ou dor para
urinar e aumento da próstata.
_ Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo
menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios. Alguns desses efeitos
são irreversíveis, ou seja, mesmo na ausência do anabolizante não há retorno da
condição normal.
Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param
de tomar a droga, até porque perdem a massa muscular que adquiriram; um sintoma
que pode contribuir para a dependência.
Os usuários podem experimentar ainda, um ciúme doentio, ilusões, podendo
apresentar distorção de juízo em relação a sentimentos de invencibilidade, distração,
confusão mental e esquecimentos. Podem desenvolver também distorção de
julgamento do próprio corpo (dismorfia corporal), tendo a falsa sensação de que estão
com a musculatura pouco desenvolvida.
Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes
aumentam significantemente massa muscular, força e resistência.
Devido a todos esses efeitos, o Comitê Olímpico Internacional – COI colocou
vinte esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles como drogas banidas,
ficando o atleta que fizer uso delas sujeito a duras sanções.
Os principais esteróides anabolizantes, em sua grande maioria com uso
injetável, são: estanozolol, nandrolona, metenolona, oximetolona, nesterolona,
oxandrolona, sais de testosterona e boldenona (uso veterinário). Os mais utilizados no
Brasil são: estanozolol (Winstrol®) e nandrolona (Deca-Durabolin®).
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59. Solventes
Efeitos
O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido – de segundos a
minutos no máximo – e em 15 a 40 segundos já desaparecem; assim, o usuário
repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo.
Os efeitos dos solventes vão desde uma estimulação inicial até depressão,
podendo também surgir processos alucinatórios. Entre os efeitos, o predominante é a
depressão, principalmente a do funcionamento cerebral.
Sabe-se que a aspiração repetida, crônica, dos solventes pode levar à
destruição de neurônios, causando lesões irreversíveis no cérebro. Além disso,
pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade
de concentração e déficit de memória.
Quando inalados cronicamente podem levar a lesões da medula óssea, dos
rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os músculos. Estes tornam o
coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a
adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Essa adrenalina é
liberada toda vez que temos de exercer um esforço extra, como, por exemplo, correr,
praticar certos esportes etc. A literatura médica já cita vários casos de morte por
arritmia cardíaca, principalmente de adolescentes. Um dos solventes bastante usados
nas nossas colas é o n-hexano. Essa substância é muito tóxica para os nervos
periféricos, produzindo degeneração progressiva, a ponto de causar transtornos
quando andamos, podendo até chegar à paralisia. Há casos de usuários crônicos que,
após alguns anos, só podiam se locomover em cadeira de rodas.
Aspectos gerais
A dependência entre aqueles que abusam cronicamente de solventes é
comum, sendo os componentes psíquicos da dependência os mais evidentes. A
síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção
do uso dessas drogas, sendo comum ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas
pernas e insônia.
Pode surgir tolerância à substância, embora não tão dramática em relação a
outras drogas (como as anfetaminas, que os dependentes passam a tomar dosem 50-
70 vezes maiores que as iniciais).
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60. Créditos finais
Agradecimentos:
Aline Alves
Andre Fruchi
Ivan Espinosa
Luciana Soares
Marilena Abdalla
Mario Ramos
Michelly Abdalla
Paula Corina
Sarah Diesner
Referencias bibliografia:
Ministério da saúde;
Ministério da saúde- departamento -DST-AIDS e Hepatites Virais;
CEBRID- Centro Brasileiro de informações sobre drogas psicotrópicas;
Secretaria nacional antidrogas;
Secretaria de vigilância em saúde;
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