1. INFORMATIVO TRÂNSITO EM FOCO - NOVEMBRO DE 2010 - ANO 1 - NÚMERO 1
pág. 8
Homem x Mulher:Estatísticas revelam quem é o verdadeiro vilão
e o mocinho da história
pág. 6
Educação infantil:
É de criança que se aprende.
pág. 5
Motocicletas:
Aumenta o número da frota e em
consequência também o de acidentes
Blitz em Cascavel para conscientizar, pag. 7 Desrespeito com os idosos, pag. 10
Foto: Eder Oelinton
2. EDITORIAL
Sumário
Nem sempre nos preparamos adequadamen-
te para os acontecimentos que estão por vir no
nosso dia a dia.
Estamos ocupados demais pensando na nos-
sa vida, no trabalho, na família..., ao ponto de
deixar que coisas simples como por o cinto de
segurança ao sentar-se no veículo, passam des-
percebidos. Notamos isso apenas quando somos
multados ou quando, na pior das hipóteses,
acontece algum tipo de acidente.
O informativo Trânsito em Foco nasce a par-
tir dessa necessidade. Informar sobre os prin-
cipais assuntos relacionados às leis de trânsito
e sobre o que acontece nas ruas da cidade e do
país, e principalmente alertar sobre os cuidados
necessários à preservação da vida nas ruas.
Não adianta somente informar, mas também
educar de maneira correta e simplificada.
Esta primeira edição já coloca o leitor a par
de algumas estatísticas importantes: o número
de veículos nas ruas em todo país aumenta cada
dia mais e isso afeta diretamente na organização
das ruas, pois é necessário o aumento do núme-
ro do efetivo de agentes de trânsito e até a refor-
mulação dos sentidos das vias, é o que acontece
em Cascavel na implantação dos binários, com
a intenção de amenizar o fluxo de veículos nos
horários de pico.
Sempre buscamos maneiras de economizar.
No trânsito não é diferente, uma vez que é possí-
vel utilizar um meio de transporte mais barato,
veículos de duas rodas são a melhor opção. Por
outro lado, vem a insegurança, pois o número
de acidentes envolvendo este tipo de veículo
aumenta a cada dia, seja pela imprudência dos
condutores ou pela falta de atenção.
A educação nas ruas e avenidas é importante,
e é de pequeno que se aprende as regras de con-
duta para evitar acidentes. Em Cascavel é na es-
colinha Pedrinho e Rafa que encontramos uma
iniciativa nobre de educação para as crianças.
E ainda nesta edição falamos sobre o compor-
tamento do homem e da mulher, afinal, quem
é o maior culpado pelas barbeiragens nas ruas?
Para finalizar abordamos a falta de respeito que
existe contra os idosos.
É isso. Esperamos que gostem e, boa leitura!
O Informativo Trânsito em Foco é apresentado como
requisito para obtenção do grau de bacharel em
Jornalismo no curso de Comunicação Social,
pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de
Cascavel - UNIVEL.
Periodicamente mensal com tiragem de 5.000 exem-
plares. Impresso por Gráfica Styllograph
Coordenação:
Cezar Versa
Orientação:
Lurdes Tirelli Guerra
Diagramação e arte final:
Eder Oelinton.
Fotografia:
Aline Pereira, Cristiane Souza, Eder Oelinton,
Jociane Prestes, Patrícia Limas, Rafael Marcante.
Reportagem e Edição:
Cristiane Souza, Eder Oelinton, Jociane Prestes,
Patrícia Sepka.
Rua Osvaldo Cruz 1259, Neva,
Telefone (45) 33241274
CEP:85802-160 - Cascavel/PR
2
3 Imprudência:
Acidente de trânsito em Cascavel
4 Binários:
Cettrans dá continuidade na implantação do sistema
5 Motocicletas:
Aumenta o numero da frota e em consequencia
tambem o de acidentes
6 Educação infantil:
É de criança que se aprende.
7 Cadeirinhas:
Prazo é adiado por falta de equipamentos
8 Homem x Mulher:
Estatisticas revelam quem é o verdadeiro vilão e o
mocinho da história
10 Idosos:
A falta de paciência e o desrespeito com os idosos nas
vias
11 Imprudência:
Tragédia que o tempo não conseguiu apagar da
memória
Educação e conscientização
para a vida!
3. Mesmo com todos os alertas,
feitos através das campanhas de
conscientização, com todos os
exemplos das tragédias que des-
troem famílias e ceifam vidas de
crianças, jovens e adultos? A cada
dia a sensação que se tem, é que, ao
invés de as pessoas ‘acordar’ para
a necessidade urgente de cuida-
dos e, principalmente respeito aos
demais, ainda mais quando se fala
em trânsito, condução de veículos e
viagens, é que existe um sentimen-
to de auto suficiência e a certeza de
que ‘comigo, ou com meus amigos
e familiares’, isso nunca vai acon-
tecer. Em Cascavel nos 12 meses
de 2009, foram registrados 3.527
acidentes contra 3.619 em 2008.
Uma queda de 2,54%. O número de
acidentes com vítimas também foi
menor em 2008: 1..629 contra 1.700.
Já o número de veículos circulando
pela cidade aumentou em mais de
9%, no ultimo ano, quando casca-
vel tinha 120 mil carros, passando
de 131 mil ano passado. Nos últimos
Acidentes de Trânsito em Cascavel
IMPRUDÊNCIA
Jociane Prestes
O comandante do PPTran ( Pe-
lotão de Policiamento de Trânsito)
do 6º Batalhão, Roberto Tavares,
faz uma avaliação das estatísticas.
“Observamos uma queda acentu-
ada no número de acidentes com
vitimas, com óbitos e no total em
virtude das constantes operações
realizadas pelo Gotran, motivo este
da crescente estatística de notifica-
ções, veículos e CNHs recolhidas e
embriagues aovolante. Alcançando,
assim o objetivo de diminuir os ele-
vados índices de acidentes e crimes
de trânsito na cidade”.
Os policias prometem aumentar
a fiscalização com etilômetro, já que
os dois equipamentos estão sendo
utilizados pelas equipes para verifi-
car o consumo de álcool por moto-
ristas. Em todo o ano de 2009, 172
pessoas foram presas em Cascavel
por estarem dirigindo embriagadas.
Resposta à sociedade
Informativo Trânsito em Foco - Novembro de 2010
3
Cada vez, cresce mais o número de vítimas no trânsito, pelo desrespeito dos motoristas nas vias.
nove anos a frota de veículos quase
dobrou. O crescimento significati-
vo é percebido nas motocicletas.
A chefe do departamento de
Educação no Trânsito da Cet-
trans ( Companhia de Engenharia
de Transporte e Trânsito), Vânia
Muetzemberg, explica que a fiscali-
zação está sendo feita, no entanto,
falta conscientização dos motoris-
tas para que os números diminuam
mais. “Infelizmente ainda existem
muitos motoristas imprudentes,
principalmente em nossa cidade,
onde se tem o costume de andar
rápido e não se respeitar as leis de
trânsito.
foto:Divulgação
A maioria dos acidentes é causado pela imprudência dos motoristas e tambem pela falta de atenção dos pedestres
Mais Consciência
Fazemos nossa parte com cam-
panhas de educação e também na
fiscalização, mas dependemos ex-
clusivamente do motorista para di-
minuir essas estatísticas”.
O número de mortes, segundo
os dados da PM ( Policia Militar ),
diminuiu: 46 pessoas perderam a
vida no trânsito em 2009 contra 51
no ano anterior.
4. Para amenizar os problemas
no trânsito de Cascavel e o grande
número de acidentes a Cettrans
(Companhia de Engenharia de
Transporte e Trânsito) dá seqüên-
cia aos trabalhos para implanta-
ção dos binários.
Os binários são ruas paralelas
que operam em sentido oposto,
assim como o modelo existente
nas Ruas São Paulo e Rio Gran-
de do Sul. Em Cascavel devido ao
aumento da frota de veículos esta
foi uma solução encontrada pela
companhia de trânsito para desa-
fogar o tráfego.
O binário II, nas ruas Reci-
fe e Presidente Kennedy foi im-
plantado em dezembro de 2009.
Com a mudança, as Ruas Recife
e Minas Gerais estão no sentido
Oeste/Leste e as Ruas Antonina
e Presidente Kennedy no sentido
contrário. Outra mudança signifi-
cativa no trânsito da cidade foi na
Rua Souza Naves, que a partir da
Rua Antonina passou a ter sentido
único Norte/Sul.
No início das alterações estes
locais estavam visivelmente si-
nalizados, mas a falta de atenção
dos motoristas rendeu vários re-
gistros de acidentes, muitos com
gravidade.
Para o comerciante Aguinaldo
Xavier a mudança trouxe agilida-
de: “moro de um lado da cidade e
trabalho do outro, em horário de
pico fazer esse trajeto não é fácil,
o sistema fez com que eu faça o
percurso em menos tempo”.
BINÁRIOS
Cettrans dá continuidade à
implantação do sistema
Cristiane Souza
Agilizar, desafogar o tráfego de veículos e organizar o trânsito. Esta é a finalidade das alterações
4
Os binários são
ruas paralelas que
operam em sentido
oposto.
Fluxo de veículo mais organizado diminui consideravelmente as estatísticas de acidentes
Foto:CristianeSouza
Recentemente no mês de agos-
to a Cettrans implantou o binário
Novos Sentidos
III, desta vez nas Ruas Jorge La-
cerda e Nereu Ramos. Com a mu-
dança a Rua Jorge Lacerda agora
tem sentido único sentido BR-
467/ Centro, a partir da Rua Alcir
da Motta, e a Nereu Ramos até
a Alcir da Motta
sentido contrá-
rio.
Mas muitos
motoristas es-
tão sendo pegos
trafegando na
contramão. “Os
agentes fazem
rondas cons-
tantes, os locais
estão bem sinalizados, mas em
muitos casos é falta de atenção,
no início os trabalhos eram de
orientação a partir de agora o
motorista que trafegar na contra-
mão será multado de multa”, res-
salta o supervisor de trânsito da
Cettrans Augusto Cezar Villaca.
Muitos motoristas não fo-
ram favoráveis à mudança, as-
sim como a auxiliar de enferma-
gem Mariana Hooster, “uma Rua
como a Jorge Lacerda, que fica
em frente de uma escola, não
pode ser via rápida, aqui passam
crianças a todo o momento, um
enorme perigo”.
“Esta é uma forma para orga-
nizar melhor o
trânsito do mu-
nicípio. O Biná-
rio III completa
um trabalho de
ligação de vias
rápidas na região
norte da Aveni-
da Brasil”, reitera
o presidente da
Cettrans Jorge
Lange.
A companhia estuda a implan-
tação de novos sistemas que pos-
teriormente serão implantados
nas Ruas Cuiabá e Vitória e nas
Ruas Erechim e Rua da Bandeira .
“O Objetivo é melhorar o trá-
fego para o trânsito na entrada de
Cascavel e depois esses binários
serão ligados aos do lado sul da
Avenida Brasil”, completa o pre-
sidente da Cettrans.
5. MOTOCICLETAS
Por conta do bai-
xo custo e pelo veí-
culo se econômico,
o programador Mag-
no Costa optou por
uma motocicleta,
para uso particular e
também para o tra-
balho. Já se envolveu
em dois acidentes.
Depois disso está
ciente de que todo
o cuidado é pouco.
“Normalmente o que
acontece é um mo-
toqueiro cortar na
sua frente sem pres-
tar atenção. Quanto
aos carros se você andar sempre
cuidando, prevendo o que o outro
está fazendo, você nunca vai bater.
Também é preciso andar devagar”.
Nelson é entregador, usa a moto
apenas para trabalho e é sobre
duas rodas que passa boa parte do
dia, das oito da manhã às seis ho-
ras da tarde. Ele afirma ser um mo-
tociclista cuidadoso. Em seis anos
conduzindo o veículo, não se en-
volveu em nenhum acidente. “Fico
sempre atento à sinalização, den-
tro dos limites; mas esses números
de acidentes que
acontecem em
nossa cidade me
assustam, penso
em parar em bre-
ve, no momento
não posso porque
é o sustento da
minha família”.
O fácil acesso
ao veículo torna-o cada vez mais
popular e em consequência o au-
mento da frota em circulação.
Em 2008 eram 28.453 motoci-
cletas em Cascavel, em 2009 o nú-
mero chegou a 30.808, e este ano já
passam de 32.000.
Aumenta o número da frota e
em consequência os acidentes
Cristiane Souza
Informativo Trânsito em Foco - novembro de 2010
50% dos acidentes registrados em Cascavel envolvem motociclistas, a maioria com gravidade
5
50% dos acidentes
de trânsito tem
o envolvimento
de motocicletas
Motociclistas são os que mais pagam caro pelo descuido no trânsito
Foto:RafaelMarcnte
A evolução de motos em cir-
culação tem sido grande, elas re-
presentam 21,33% da frota de ve-
ículos na cidade. Esse aumento
também está nas estatísticas 50%
dos acidentes de trânsito tem en-
volvimento de motociclistas. Para
a Diretora de trânsito da Cettrans,
“estes números
resultam do abuso
da velocidade, im-
prudência, falta
de respeito à sina-
lização e aos usu-
ários do trânsito”.
De janeiro a
junho de 2009 fo-
ram registrados
520 acidentes, com 479 vítimas e 13
pessoas mortas.
No mesmo período deste ano
As vilãs
foram 669 acidentes, 502 pessoas
feridas e sete perderam a vida.
Blitz educativas são realizadas
com freqüência pela companhia de
trânsito, o foco é coibir a circulação
de motos irregulares e motoristas
que dirigem sem a carteira nacio-
nal de habilitação, além disso, o re-
colhimento dos veículos e multas,
faz com que os motoristas estejam
mais atentos ao trânsito e o resul-
tado reflete na redução do número
de óbitos decorrentes de acidentes
que envolvem motos.
Pelo veículo ser veloz muitos
não têm paciência e andam em zig
e zag pelas ruas, de acordo com a
diretora de trânsito da Cettrans
Vânia Müetzemberg, a moto deve
ocupar na via o lugar de um ou-
tro veículo qualquer, o condutor
precisa estar atento, para evitar
os imprevistos“ respeitando toda
a sinalização, os limites de veloci-
dade, não avançando o sinal ver-
melho e sendo prudente”, afirma
a diretora de trânsito da Cettrans.
6. É de criança que se aprende
Uma verdadeira cidade: ruas,
canteiros, faixas de pedestres,
placas, semáforos, pontos de
ônibus e ainda outros adereços
para que as crianças se sintam
inseridas na realidade diária do
trânsito. Assim é o espaço de-
dicado ao projeto Escolinha de
Trânsito Pedrinho e Rafa. Inau-
gurada em 2003, foi a maneira
encontrada pelo Departamento
de Educação para o Trânsito da
Cettrans (Companhia de Enge-
nharia de Transporte e Trânsito)
para difundir conceitos éticos
e regras básicas de circulação
com segurança. “É uma forma
de prepará-las para agir agora e
também como futuros condu-
tores”, afirma a professora do
departamento, Luciane R. dos
Santos de Moura, que vê nessas
aulas um meio de orientar tam-
bém os pais. “Tudo o que elas
aprendem aqui, levam para casa
e, além de comentar, irão cobrar
dos pais, quando ver algo erra-
do”, conclui Luciane.
São duas etapas, uma teórica
e outra prática. Primeiramente
as crianças acompanham nos
slides historinhas e músicas
educativas, só então começam
as discussões. São analisados item
a item, tudo o que é passado por
meio do vídeo. Mas as crianças não
vão apenas para ouvir. Elas pergun-
tam, analisam as imagens, contam
suas experiências e até relatam os
erros dos pais. “Meu pai bebe quan-
do esta dirigindo”, “Minha mãe joga
lixo pela janela”, essas são algumas
das declarações que surgem duran-
te a conversa. Apesar da pouca ida-
de, as crianças dão show de conhe-
cimento sobre o assunto.
Patrícia Limas
6
EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto municipal prepara o público infantil para enfrentar a agilidade do trânsito.
Quando terminam a parte teóri-
ca, começa a brincadeira. Mas brin-
cadeira séria. Divididas em grupos
A prática
de 10, cinco se transformam em
motoristas, guiando os carros de
brinquedo, enquanto outras cinco
fazem o papel de pedestres. Acom-
panhadas por agentes, começam
ali mesmo a por em prática o que
aprenderam. E na mini cidade, as
crianças ilustram o que seria um
trânsito seguro. Parar no semáforo,
dar preferência aos pedestres, que
sempre devem atravessar na faixa;
são regras simples, mas que ainda
são negligenciadas pelos adultos.
É visível a satisfação dos alu-
nos e como eles absorvem o con-
teúdo. “Eles gostam de participar,
é algo diferente e que incentiva o
aprendizado pela interatividade,
eles aprendem brincando”, afirma
a coordenadora pedagógica do Co-
légio Nossa Sra. Auxiliadora, Silva-
na Krefta e ela conclui:“os pais vem
nos contar que os filhos chamam a
sua atenção”.
As aulas são direcionadas tanto
para escolas públicas como parti-
culares, para crianças de três a dez
anos, e podem ser realizadas no es-
paçoda Cettransou na própriaesco-
la. Para agendar, é só entrar em con-
tato com o Depto. de Educação para
o Trânsito no fone (45) 3036-8114.
As crianças houvem atentas a instrutora e prestam atençaõ em tudo ao redor
Foto:AlinePereira
Foto:AlinePereira
Depois da lição chega hora de ver se as criaças aprenderam algo, praticando.
7. Aprovada desde 2008, a Lei
que obriga o uso de equipamen-
tos de segurança para o transpor-
te de crianças menores de 10 anos
em veículos de passeio, ainda não
entrou em vigor. O seu uso come-
çaria a ser cobrado a partir do dia
09 de junho, mas devido a falta
dos equipamentos no comércio,
foi decidido que a sua obrigatorie-
dade passa a valer a partir de 1º de
setembro.
De acordo com a gerente co-
mercial de uma loja de produtos
infantis, Silvana de Bastiani, o que
faltou foi uma campanha mais
efetiva.“Como no Brasil as leis só
existem no papel, acredito que to-
dos pensaram que essa seria ape-
Prazo é adiado por falta de
equipamentos
nas mais uma”. Silvana afirma que
o problema começou com forne-
cedoras de matéria-prima que não
se preparam para o aumento da
demanda, o que gerou um efeito
dominó. “Os pedidos feitos ainda
em maio, só estão chegando ago-
ra, e com o adiamento da obriga-
toriedade os pais estão adiando as
compras, então nosso estoque está
abarrotado”, finaliza a gerente.
A resolução do Contran (Con-
selho Nacional de Trânsito) prevê
multa de R$191,54, para os pais que
não estiverem de acordo com a lei.
A infração é considerada gravíssi-
ma, com perda de sete pontos na
Carteira Nacional de Habilitação
e ainda a retenção do veículo até a
Patrícia Limas
Para conscientizar a população
sobre a importância do uso destes
equipamentos de segurança, a Cet-
trans (Companhia de Engenharia
de Transporte e Trânsito) de Casca-
vel realiza blitz nos principais pon-
tos da cidade. Para essas operações
são designados agentes de trânsito
que, além da distribuição do mate-
rial educativo, fazem breve expla-
nação sobre o assunto. “A intenção
é, com este trabalho alertar os pais
e motoristas sobre a segurança das
crianças e a necessidade de se criar
esse costume”, afirma o supervisor
dos agentes de trânsito Valdecir
Martins.
Nossa reportagem acompanhou
uma dessas blitz, realizada na Ave-
nida Brasil. Para o evento foram
destacados cerca de 18 colaborado-
res que, por duas horas, se dispuse-
ram a conscientizar os motoristas
Em Cascavel, blitz para conscientizar
adaptação do acessório.
O equipamento de segurança é
obrigatório para crianças desde os
primeirosdiasdevidaaté 10 anosde
idade. Para os recém-nascidos até
1 ano de idade, é necessário o uso
do chamado “Bebê Conforto” ou
“Conversível”; de um a quatro anos,
uso da “Cadeira de Segurança”; de
quatro a sete anos e meio fica defi-
nido o uso do “Assento de Elevação”
ou “Booster”; e até 10 anos o cinto
de segurança de três pontos. Vale
ressaltar que o modelo do produto
irá variar também de acordo com o
peso e altura da criança, lembrando
que é exigido o selo de qualidade do
Inmetro. Confira a tabela no final
da reportagem.
que por ali passaram e esclarecer
dúvidas.
Muitos dos abordados, já esta-
vam cientes da nova medida de se-
gurança, mas mesmo assim ainda
não possuíam o equipamento, a fala
se resumia: “mas é obrigatório?, a
Informativo Trânsito em Foco - novembro de 2010
7
SEGURANÇA INFANTIL
Lei que garante a segurança dos pequeninos, passa a valer a partir de setembro.
partir de quando?, a lei já está
valendo?” ou ainda “ele não para
na cadeirinha”. Muitas foram as
desculpas. “Mesmo já conscien-
tes da necessidade do uso da ca-
deirinha, poucos estão equipa-
dos”, conclui o agente.
Foto:EderOelinton
Blitz educativa na Avenida Brasil para informar, alertar e conscientizar
8. Diz o ditado, que mulher no vo-
lante é um perigo constante. A frase
de efeito usada por muitos homens,
é considerada puro preconceito pe-
las mulheres.
Para a cabeleireira Inélvis Pie-
trobom, “como a mulher não tem
muita noção de espaço, dirige com
mais cautela, já o homem, tem auto
confiança, acha que pode tudo e
acaba abusando, em conseqüência
comete infrações”.
O aposentado Ademar de Oli-
veira, acredita ser sim, o homem,
o mais imprudente, “isso porque
grande parte dos motoristas são
homens, se o número de mulheres
no volante fosse igual, com certeza
elas estariam na frente na quanti-
dade de acidentes.”.
HOMEM X MULHER
Estatísticas revelam quem é o verdadei
Cristiane Souza
Dentro de um comparativo de
sexo e idade, as mulheres levam
a melhor, o seguro do veículo para
elas torna-se mais barato.
“Existem algumas situações que
conseguimos identificar, porém
sempre sem uma regra exata, pois
um determinado veículo pode apre-
sentar valores totalmente diversos
em razão dos condutores (idade,
sexo, estado civil, tempo de habi-
litação), local de maior circulação,
tipo de utilização (uso particular ou
comercial), tipo de residência (casa,
apartamento, condomínio, com ou
sem garagem), desconto de reno-
vação, etc. Enfim, é extremamente
difícil estabelecer um parâmetro de
comparativo de valores. Inclusive, é
comum na comercialização, o segu-
rado comentar “eu tenho um amigo
que tem um veículo igual ao meu, e
o valor do seguro é diferente”. Exa-
tamente em razão destas variáveis”,
8
Os conflitos entre os dois sexos sempre existiram. A disputa vista em todas as áreas também está
As preferidas da
Os conflitos entre o sexo mascu-
lino e feminino sempre existiram,
desde os tempos mais antigos, no
entanto nas últimas décadas a mu-
lher vem se destacando. Exercendo
funções que antes eram rotuladas
para homens, em busca do aperfei-
çoamento, elas vem conquistando
seu espaço, inclusive no volante.
Em 2008, segundo dados do
DETRAN/PR, em Cascavel, ao
todo eram 114.493 pessoas habilita-
das nas diversas categorias, sendo
77.607 homens e 36.886 mulheres.
No ano passado 8.898 pessoas
fizeram a CNH (Carteira Nacional
de Habilitação) na cidade, sendo
2.811 homens e 6.087 mulheres.
Nas estatísticas dos acidentes
eles estão na frente, em 2008, 74,73
% das ocorrências foram provoca-
das por homens, enquanto elas fi-
caram com 18, 63%, sendo 6, 64 %
A verdade
não identificados.
Em 2009, dos acidentes pro-
vocados em Cascavel 70, 08 % ti-
veram a participação de homens,
26, 02 % por mulheres, e 3,90 %
condutores envolvidos em colisões
que não foram identificados.
“O número de mulheres na di-
reção vem aumentando de forma
considerável, mas os homens con-
tinuam sendo os mais impruden-
tes nas ruas. Eles se arriscam mais,
abusam da velocidade. As mulhe-
res são mais conscientes e cuida-
dosas, a própria natureza feminina
faz com que ela respeite também o
trânsito” afirma a chefe do Depar-
tamento de Educação de Trânsito
da Cettrans ( Companhia de En-
genharia de Transporte e Trânsito)
Suzana Aparecida do Amarante.
Para a Chefe da 7ª Ciretran Mari
Besing (Circunscrição de Trân-
sito), mesmo com o aumento no
número de mulheres obtendo a
CNH, as infrações, em sua maio-
ria, são cometidas pelos homens.
“Em um curso de reciclagem, por
exemplo, destinado a motoristas
infratores, os homens chegam
achando que vão encontrar a
sala cheia de mulheres, mas
em média em cada turma,
enquanto eles estão em
30, elas aparecem em
duas ou três”.
9. iro vilão e o mocinho da história
Informativo Trânsito em Foco - novembro de 2010
Lorival Monteiro, motorista
“Não é de hoje, o homem
sempre foi mais imprudente;
pelo seu próprio instinto.
A mulher vem conquistando
seu espaço e derrubando esse
tabu.”
Melania Fornalski, dona de casa
“Com certeza o homem. Ele
acha que pode tudo, que tem
o domínio e acaba exagerando
com esse poder em mãos.”
Estudante, Denyse Andressa
“O homem é mais estressado,
está sempre com pressa e abusa
da velocidade.
A mulher tem mais medo por
isso é cautelosa.”
Agrimensor, Antônio Freitas
“ O homem é mais impruden-
te, mas isso se justifica porque é
ele quem dirige mais.
O número de mulheres a
frente dos veículos é bastante in-
ferior.”
9
á no trânsito e gera rivalidade entre homens e mulheres
Quem é mais imprudente no trânsito o
homem ou a mulher?afirma o Corretor de Seguros Ar-
mando Hideki Junior.
No caso dos homens, o valor pago
pelo seguro também tem alterações
quanto a idade, sendo que os mais
jovens tem um custo mais alto, devi-
do a maior exposição e risco de aci-
dentes. Num âmbito geral eles tem
uma variável de até 10% acima do
valor pago por elas.
O preço favorável ao sexo femi-
nino está ligado ao fator utilização.
Eles usufruem o serviço bem mais
que elas, mas a história caminha
em um rumo diferente, como afir-
ma Hideki Junior, “ Os homens tem
uma frequência maior de acidentes,
com resultados mais desastrosos, de
grande proporção. Mas este número
está mudando, pois as mulheres já
tem uma participação considerável
na frota de condutores, o que ante-
riormente era “dominada” pelos ho-
mens”.
as seguradoras
10. De acordo com estatísticas, o
número de atropelamentos em
Cascavel, reduziu em mais de 22%
no período de Janeiro a Abril deste
ano, se comparado com o mesmo
período do ano passado. Apesar
disto, o número de mortes decor-
rentes deste tipo de acidente au-
mentou em mais de 100% no mes-
mo período. Dos óbitos registrados
poracidentes de trânsito, 53,8% são
de pedestres. “E a maior parte des-
sas vitimas (57%) são pessoas ido-
sas”, destaca a diretora da Cettrans
Vânia Muetzemberg.
Muitos idosos têm morrido em
acidentes de trânsito por espera-
rem que os condutores de veículos
cumpram a lei, respeitando a faixa
pintada nas vias, para a travessia
segura de pedestres, e guiando de-
fensivamente. Os muitos anos fra-
gilizam o fio da vida e fazem com
que os reflexos, a visão e a audição
tão vívidos na juventude, se con-
fundam no emaranhado da impa-
ciência e agressividade deste tem-
po que não pára, para observar a
simplicidade das pequenas coisas.
Falta da parte dos motoristas notar
A Falta de paciência e o desrespeito
com idosos nas vias
a sua presença,
um pouco lenta,
cruzando as cal-
çadas ou atraves-
sando as ruas. A
aposentada Ma-
ria de Souza,62,
diz que sofre ao
andar pelas ruas
sozinha, e tem
medo, pois per-
cebe o desrespei-
to dos motoristas
aos idosos e a
falta de paciência
no dia-a-dia. As
principais causas
dessas ocorrên-
cias são a Imprudência e a Impe-
rícia, tanto dos condutores de veí-
culos como dos próprio pedestres.
Quanto à segurança dos pedes-
tres, o Código de Trânsito Brasilei-
ro estabelece que “... Os veículos de
maior porte serão sempre respon-
sáveis pela segurançados menores,
os motorizados pelos não-motori-
zados e, juntos, pela incolumidade
dos pedestres”.
(Art. 26, inciso XII §2º). E ain-
IDOSOS
Os motoristas não agüentam esperar o ritmo lento dos idosos, e não respeitam as leis
Jociane Prestes
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da: “É assegurada ao pedestre a uti-
lização dos passeios ou passagens
apropriadas das vias urbanas e dos
acostamentos das vias rurais para
a circulação... § 2º Nas áreas urba-
nas, quando não houver passeios
ou quando não for possível a utili-
zação dele, a circulação de pedes-
tres na pista de rolamento será feita
com prioridade sobre os veículos,
pelos bordos da pista, em fila úni-
ca...” (Art. 68).
Foto:EderOelinton
Desrespeito contra idosos é a causa de acidentes fatais
11. Informativo Trânsito em Foco - novembro de 2010
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Todos os dias a principal fonte
de informação no trânsito são os
casos de vítimas de acidentes. Mui-
tos destes casos chegam até o tri-
bunal, ou porque não houve acordo
no local e na hora do acidente, ou
devido à gravidade do ocorrido.
Acidentes graves que ocasio-
nam mortes são os mais difíceis de
lidar. Existem casos que ficam em
tramite na Justiça por anos e sem
solução. Essa demora pode ser atri-
buída a vários fatores, estre eles a
morosidade dos advogados, a falta
de estimulo financeiro, até mesmo
por causa do sistema judicial, na
demora da análise de cada caso.
Em cascavel, um exemplo disso
é o caso da menina Rafaela Pires,
que morreu em 2008 devido à ir-
responsabilidade de um motoris-
ta. Este ano completam oito anos
Tempo que não apaga o sofrimento
Motorista embriagado foge após acidente e deixa menina quase morta sem prestar socorro
de lutas na justiça. A dona de casa
Jussara Pires, mãe de Rafaela, ainda
tem esperanças de que algo aconte-
ça. “foram três anos de tratamento
psicológico, e várias tentativas de
suicídio, contidas apenas pelo de-
sejo de justiça”, comenta ela.
O acidente ocorreu num domin-
go à tarde por volta da 17 horas. Jus-
sara e o marido estavam em casa,
e a menina brincava no quintal. O
carro trafegava em alta velocida-
de, e não conseguiu fazer a curva,
derrubando o muro da família, ar-
remessando Rafaela no quintal da
casa ao lado. “Não havia mais o que
fazer, tentamos levá-la ao hospital,
mas ela já estava com poucas chan-
ces de sobreviver”, conta aos pran-
tos. Foi constatado por populares
que o motorista estava visivelmen-
te embriagado, mas não foi feito o
flagrante, pois ele fugiu do local.
Os anos se passaram e a senhora
Jussara pires ainda sente as dores
por perder a filha e também pela
incapacidade perante a demora da
Justiça. “Se tivéssemos dinheiro se-
ria bem mais fácil. Minha filha não
estaria aqui comigo, mas pelo me-
nos a justiça seria feita”.
Foto:AlinePereira
Eder Oelinton
IMPRUDÊNCIA
Jussara Pires chora quando relembra o fato
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