O filme "A Bela Junie" retrata a história de uma adolescente que se muda para a casa do primo após a morte da mãe e se apaixona pelo professor de italiano da nova escola, desencadeando um triângulo amoroso inesperado entre ela, o professor e um colega tímido. O filme mostra as paixões arrebatadoras da juventude de forma genuína, sem estereotipar a adolescência.
1. "A Bela Junie" lança poético olhar
sobre o amor na adolescência
+ fotos
Em seu mais recente filme "A Bela Junie" (labellepersonne-lefilm.com), que entra em
cartaz no Brasil a partir de 19 de dezembro, o diretor Christophe Honoré _do elogiado/
rejeitado "Canções de Amor"_ reduz um pouco a faixa etária de seus personagens para
falar sobre juventude, o amor e suas variações, meio que parafraseando Vinícius de
Moraes no "que seja infinito enquanto dure".
Após a morte de sua mãe, a bela Junie muda-se para a casa de seu primo Mathias para
recomeçar os estudos _e a vida_ num novo colégio parisiense. Lá, conhece alguns
amigos do primo, incluindo o tímido Otto e o jovem professor de italiano, Nemours,
interpretado pelo charmosérrimo Louis Garrel. Das relações destas e outras pessoas,
paixões arrebatadoras surgirão, envolvendo uma carta de amor anônima e um
triângulo amoroso inesperado.
O filme passa longe de ser uma "Malhação" francesa e deixa claro que genuinidade e
imaturidade não caminham necessariamente juntas. Ao invés de estereotipar a
adolescência, mostra que quando deixamos esta fase para trás, abrimos mão de nossa
intensidade e capacidade de sermos sinceros quanto aos nossos próprios sentimentos.
De quebra ainda assistimos à toda beleza melancólica e estonteante de Léa Seydoux
(Junie), cenas embaladas por doces cantigas francesas e uma admirável tomada final.
Vale muito a pena conferir. 08.12.2008
2. PAULA SONCELA, COLABORAÇÃO PARA O SITE EP
NA FOTO, JUNIE COM O TÍMIDO OTTO (GRÉGOIRE LEPRINCE-RINGUET)
O professor de italiano Nemours, interpretado pelo charmosérrimo Louis Garrel