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               Não vou começar por era uma vez, como acontece em muitas histórias, porque esta não se passou há muito tempo, esta é actual, se assim a posso chamar.      Vivem na minha rua dois pobre animal doméstica: um cão e um gato, este último é o gato mais fofo que já vi até hoje! Fofo foi o nome que eu própria lhe pus, apesar de ele ser chamado de Maltês.      Com o seu longo pêlo preto e branco a disfarçar a magreza do seu corpo e aqueles olhos enormes, tão redondinhos, lá anda ele diariamente rua acima, rua abaixo à procura de algo para comer, pois o seu estômago “ronca” como acontece com os humanos quando a fome aperta, mas o pior de tudo, é que pouco ou nada encontra para comer.     A sua dona é uma pobre coitada, que nunca teve falta de dinheiro, tem sim, falta de “cabeça” para governar e no meio de tudo isto os pobres animais é que padecem. “É preciso ter sorte com o dono, que se tem, devem eles pensar!”      Hoje, D. Esmeralda conta já com os seus oitenta anos e anda muitas vezes pelos caminhos, mas ao contrário do “Fofo”, em vez de comida pede vinho aos vizinhos, pois é viciada, ou então anda à procura do seu gato, pois não permite que este se ausente de casa. Logo que o encontra, pega nele pelo regaço e lá o leva para o “presídio” pois é o que ele deve pensar, uma vez que passa fome e sede, amarrado como normalmente se fazem aos cães, para que não fuja de casa.      Eu admiro e tenho pena destes pobres animais, pois eles, poderiam estar revoltados com o tipo de vida que levam, mas não, sendo eles muito humildes e obedientes a seu dono, neste caso dona, não, deixam transparecer a tristeza naqueles lindos olhos redondos, como é o caso do “Fofo”.     O cão já esse nunca lhe pus um nome, confesso que não me é tão familiar como o gato, pois passa a maior parte do tempo em casa preso ao cadeado, tentando apanhar algumas galinhas que por ali perto passam, uma vez que se encontram todos no quinteiro de D. Esmeralda.     D. Esmeralda vive da sua pequena reforma, é através da Segurança Social que as refeições lhe chegam a casa, se ela não comer tudo, sobram uns restos para o Maltês e o seu amigo cão, mas só assim é que eles comem algo.     E os animais têm assim, sorte ou não, dependendo do apetite da dona.     - Será que hoje vai sobrar alguma coisa para mim? – perguntou Pimpão a Maltês, enquanto este ia lambendo o seu longo pêlo, parecendo preparar-se para dormir.     - Não sei – respondeu o Maltês – depende do apetite dela, mas se houver ossos irá sobrar algo para ti com certeza.     - Eu divido contigo, não te preocupes! – sossegou o Pimpão.     - Não te preocupes comigo, já tenho o estômago a trabalhar, pois a menina da vizinha já me deu uma fatia de fiambre – retorquiu o Maltês.     - Obrigado amigo, estou muito sensibilizado com a tua compreensão mas, na realidade, de ti não esperava outra coisa – disse Pimpão – Aí vem ela, parece-me que estamos com sorte.     A manquitar lá vai a D. Esmeralda com uns restos do jantar, dirigindo-se aos animais.     - Comam, comam e não se queixem!     - Até parece que vivemos à “grande e à francesa”! – exclamou Pimpão.     - Deixa lá, não ligues. – disse o Maltês.     -Tu falas assim porque passas uma grande parte do tempo na rua e há sempre alguém que dê algo! – exclamou o Pimpão.     - Tens razão, amigo. – retorquiu o “Fofo”.  - E ainda por cima, quando me “toca” alguma coisa, tenho aqui as galinhas como companhia, a minha vontade era passar-lhes os dentes. – acrescentou o Pimpão.     - Amigo, também elas são umas pobres coitadas, cheias de fome. – afirmou o “Fofo”.     - Tens razão, tens razão! Ai, só me faltava esta agora! - exclamou o Pimpão.     - O que foi? – perguntou o “Fofo”.     - Uns bichinhos insignificantes, mas que espetam, que mais parecem agulhas!     - Pulgas? Será? – perguntou o Maltês.     - Claro, até elas têm fome. - disse o Pimpão. Enquanto isso, duas minúsculas criaturas espreitaram por entre o pêlo do Pimpão e comentaram:     - Pensam que só vocês é que têm fome? Se vocês estiverem fracos nós fracas ficaremos e fome passamos.     - Pelo que se pode ver a crise é para todos, vamos pensar que melhores dias virão! – disse o Maltês deitado lá no seu canto.     Mas, o certo é, pelo pouco que sei, estes animais continuam a levar o mesmo tipo de vida até hoje: se um dia têm algo para comer, no dia seguinte nada lhes aparece à frente.                                                                                     FIM                                                   Trabalho elaborado por: Ana Rita Coelho, 6ºD
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