Material para curso técnico em logística

1. Gráfico Dente de Serra
Conceitos básicos
Como vimos, os principais conceitos sobre a movimentação de um estoque envolvem as
determinações sobre o gráfico dente de serra, que dizem respeito a movimentação de itens
em estoques, almoxarifados ou armazéns, pode ser representada pelo seguinte gráfico:
O gráfico tem esse nome em virtude da forma que faz a linha de consumo, que se assemelha a
de um serrilhado, característico da movimentação de materiais em um processo de
recebimento-estocagem-consumo (considera-se consumo a saída do item do estoque), com
pode ser observado.
Estoque máximo [EMax]
É a maior capacidade de guarda ou de armazenamento
em um estoque de um ou de vários itens.
Como limitadores maiores na determinação do estoque
máximo, devem ser considerados aspectos como
capacidade de imobilização de capital, espaço
adequando disponível e atributos do item.
A imobilização de capital é a capacidade de que uma empresa tem de converter recursos
financeiros em material, sem com isso prejudicar sua estrutura econômica.
Além disso, de nada adianta adquirir e estocar insumos, produtos ou mercadorias de qualquer
forma. É necessário que a área de armazenagem ou estocagem esteja adequada, em termos
de ventilação, temperatura, proteção, etc.
Resumo do Professor Gabriel Castelo Branco [1]

2. Áreas de armazenagem inadequadas podem provocar perda, ou perdimento, de produtos.
Dessa forma, ainda há que se considerar os atributos físicos do produto, como validade, por
exemplo. Saber quanto tempo o produto suporta armazenamento é fundamental, haja vista
que a previsão de estocagem não pode afetar negativamente o ciclo de fabricação-consumo,
deixando pouco tempo para o consumo
Estoque Mínimo [EMn]
Trata da menor quantidade necessária de um item em
estoque.
O estoque mínimo é, então, aquela quantidade mínima
que permite a empresa funcionar, executar suas
operações normais, sem que haja excesso ou sobra de
produtos.
Empresas que conseguem identificar o estoque mínimo funcionam normalmente, sem que
faltem produtos ou insumos, sem exigir imobilização de capital desnecessária.
Tendência de administração atual, o estoque mínimo é perseguido por várias técnicas de
administração, como Just in time, por exemplo.
Há que se considerar que empresas gerenciadas exclusivamente tendo como meta de
armazenamento a determinação de um estoque mínimo devem observar, se proteger, contra
a efetivação de riscos, como o atraso de entrega por parte de um fornecedor ou uma
sazonalidade inesperada.
O atraso de entrega fatalmente provocará uma quebra de estoques, ou seja, a falta de um
item para a produção ou comercialização. Em alguns casos empresas são fechadas até o
restabelecimento do fornecimento. O prejuízo financeiro é inevitável, nesses casos.
Da mesma forma uma sazonalidade inesperada pode provocar um aumento súbito na
demanda de um item, o que descontrolaria o ciclo pedido-recebimento, causando da mesma
forma a falta de um item e conseqüentemente prejuízo financeiro.
Estoque de Segurança [ES]
Trata de uma segurança contra o risco de atraso no
fornecimento ou contra a súbita procura, demanda, pelos
itens ou insumos, sazonalidades.
Para muitas empresas ou organizações estoques de
segurança são aspectos de conforto operacional, enquanto
Resumo do Professor Gabriel Castelo Branco [2]

3. para outras é uma estratégia contra problemas de fornecedores.
O conforto gera garantias para empresa de que sua produção ou funcionamento não será
alterado ou sofrerá abalos por uma eventual demora na entrega do fornecedor ou por uma
sazonalidade inesperada. Isso confere à empresa uma garantia operacional.
Ponto de Pedido [PP]
É a observação sobre em que momento deve ser solicitado
o reabastecimento ou a entrega de um novo carregamento.
Esse ponto observa a expectativa de fim do item no
estoque e a efetiva chegada do novo carregamento.
De um lado, então, considera uma expectativa de uso dos
estoques e de outro o tempo necessário para que o fornecedor consiga atender suas
necessidades.
Tempo de Resposta ou de Retroalimentação [TR]
Esse aspecto trata do tempo existente entre o ponto de
pedido e a efetiva recepção da carga ou mercadoria. É um
aspecto incontrolável, mas de acompanhamento possível.
Já que depende de terceiros e de aspectos físicos, como
distancia do fornecedor e infra-estrutura, sua gestão se
torna mais delicada.
Quanto mais distante está o fornecedor, maior será o tempo de resposta ou de retro-
alimentação, logo maiores serão as chances de que algo afete o processo e de que a
mercadoria atrase.
Outras vezes, mesmo o fornecedor estando mais próximo, a estrutura viária ou de
disponibilidade de transportes podem afetar o tempo de entrega, podendo ser observadas
demoras por cause de pontes caídas, desvios, etc.
Se o fornecedor ainda estiver fora do país há que se considerar aspectos alfandegários que
podem atrasar o fornecimento.
Resumo do Professor Gabriel Castelo Branco [3]