2. Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da
Índia, a maconha (Cannabis sativa) pertence à família
Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura.
Os primeiros relatos dessa erva no Brasil datam do século
XVIII quando era usada para a produção de fibras
chamadas de cânhamos. Tais fibras eram obtidas por meio
de vários processos que separam as fibras da madeira. Essas
fibras fortes e duráveis foram usadas como velas de navios
por séculos e até hoje são utilizadas em cordas, tecidos, fios
etc. As sementes com muitas proteínas e carboidratos são
utilizadas na alimentação de pássaros domésticos, e em
cereais e granolas. Do óleo extraído das sementes fazem-se
tintas, vernizes, sabões e óleo comestível.
3. A planta da maconha contém mais de 400 substâncias
químicas, das quais 60 se classificam na categoria
dos canabinoides, de acordo com o Instituto Nacional de
Saúde. O tetra-hidrocanabinol (THC) é um desses
canabinoides e é a substância mais associada aos efeitos
que a maconha produz no cérebro. A concentração de THC
na planta depende de alguns fatores, como
solo, clima, estação do ano, época da colheita, tempo
decorrido entre a colheita e o uso, condições de
plantio, genética da planta, processamento após a
colheita, etc., por isso os efeitos podem variar bastante de
uma planta para outra
4. Ao inalar a fumaça da maconha, o THC vai diretamente
para os pulmões que são revestidos pelos alvéolos,
responsáveis pelas trocas gasosas. Por possuírem uma
superfície grande, os alvéolos absorvem facilmente o THC e
as outras substâncias. Minutos depois de inalado, o THC
cai na corrente sanguínea, chegando até o cérebro.
A interação do THC com o cérebro pode causar
sentimentos relaxantes, como sensação de leveza, sendo
que outros sentidos também podem se alterar.
5. Nos séculos passados, a maconha era usada na China, como
anestésico, analgésico, antidepressivo, antibiótico e
sedativo. A erva foi citada na primeira farmacopeia (livro
que reunia fórmulas e receitas de medicamentos)
conhecida no mundo, cerca de mil anos atrás,
recomendando o seu uso para malária, reumatismo e dores
menstruais. No século XIX, alguns povos começaram a
utilizá-la no tratamento da gonorreia e angina.
Hoje em dia pode ser usada no tratamento de câncer e
AIDS , epilepsia, glaucoma e etc.
Em alguns estados norte-americanos, o uso medicinal da
maconha já foi legalizado
6. Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode
apresentar alguns efeitos, como memória
prejudicada, alegria extrema, sentidos aguçados, mas
com pouco equilíbrio e força muscular, perda da
coordenação, aumento dos batimentos
cardíacos, percepção distorcida, risadas com os
amigos, ansiedade, olhos avermelhados, dificuldade
com pensamentos e solução de problemas, fome, boca
seca, devaneios e a pessoa viaja pra outro
universo, pensa que vê coisas e tal.
7. Apesar de a criminalização de longa data da maconha, os
cientistas concordam que a droga possui efeitos nocivos
muito menores do que seu companheiro legal celebrado, o
álcool.
Enquanto a fumaça da maconha tem um monte das
mesmas toxinas como fumaça de cigarro, as pessoas que
fumam maconha tendem a fumar menos por dia do que
usuários de tabaco que fumam cigarros. Isso e o método de
inalação pode oferecer alguma proteção relativa do pulmão.
Álcool causa mais dependência que a maconha
8. Marcha da Maconha é um evento que
ocorre anualmente em diversos locais do mundo. Trata-se
de um dia de luta e manifestações favoráveis a mudanças
nas leis relacionadas a maconha, em favor da legalização da
cannabis, regulamentação de comércio e uso (tanto
recreativo quanto medicinal e industrial, tendo em vista as
milhares de aplicações da cannabis em várias áreas). A
Marcha da Maconha ocorre mundialmente no primeiro
final de semana do mês de maio, porém no Brasil, como a
data coincide com o Dia das Mães, pode ocorrer em outros
finais de semana (geralmente em maio). Além da marcha
em si ocorrem reuniões, caminhadas, encontros, concertos,
festivais, mesas de debates, entre outros.
9. Muitos se opõem a legalização com medo do que pode
acontecer depois, mas na verdade não mudaria tanta
coisa, pois os jovens já estão acessíveis as drogas em
qualquer lugar.
O álcool é mais perigoso e fatal que a maconha, se o
álcool é legalizado, porque a maconha não pode ser ?
álcool também é droga, álcool também mata
Em muitos lugares como o Uruguai a maconha é
legalizada, e afirmam: “Este é um projeto que procura
regular um mercado que hoje está totalmente
desregulamentado e é controlado pelo narcotráfico”
10. A Cannabis Sativa é conhecida por muitos nomes
como baseado, erva, tora, base, fumo, bagulho, fino,
bagana, ganja, marijuana, maria, mary jane, beck, ret,
manga rosa, cone, chá, bang,
11. As músicas desde sempre falam muito sobre esse
assunto, existem músicas, como raps por exemplo, que
dedicam várias musicas à maconha, se dirigindo a ela
como se estivesse falando com uma pessoa.
Mas não é apenas no rap que a maconha é um tema
frequente, Bezerra da Silva por exemplo, falava muito
sobre isso em muitas musicas e sempre usava o
trocadilho “Se Leonardo da 20 porque é que eu não
posso dar 2?”