SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 23
HIPOGLICEMIA E LESÃO CEREBRAL
NO NEONATO
José Evaldo Leandro Júnior
Médico residente de neurologia infantil
INTRODUÇÃO
 Glicose e oxigênio
 A maior fonte de aporte de glicose é a corrente
sanguínea
 Definição de hipoglicemia
 Capacidade neural do RN de demonstrar
consistentemente através de sintomas quando o limite
inferior é ultrapassado
 O aumento da demanda cerebral através de insultos
deletérios ao cérebro (ex: hipoxemia e isquemia)
 Então, como definir?
DEFINIÇÃO
 Através de comparação com RN saudáveis não
alimentados nas primeiras horas de vida
 “Hipoglicemia significante”
 Glicose < 30 mg/dl no sangue total (<35 mg/dl no
plasma) no RN a termo
 Glicose < 20 mg/dl no sangue total (<25 mg/dl no
plasma no RN pré-termo
DEFINIÇÃO QUÍMICA DE HIPOGLICEMIA (P<5)
 < 35 mg/dl, 0-3 horas
 <40 mg/dl, 3-24 horas
 < 45 mg/dl, > 24 horas
Srinivasan G, Pildes RS, Cattamanchi G, Voora S, et al: Clinical laboratory observations: Plasma
glucose values in normal neonates – a new look, J Pediatr 109:114-117, 1986
LOGARITMO DE DIAS DE HIPOGLICEMIA MENOR QUE 2,6 MMOL/L (47 MG/DL)
RELACIONADA COM O BAYLEY MENTAL DEVELOPMENT INDEX E BAYLEY
PSYCHOMOTOR DEVELOPMENT INDEX AOS 18 MESES (IDADE CORRIGIDA)
EM UMA SÉRIE DE 433 PREMATUROS
Lucas A, Morley R, Cole TJ: Adverse neurodevelopment outcome of moderate neonatal
hypoglycaemia, BMJ 297:1304-1308, 1988
DEFINIÇÃO INDIVIDUALIZADA
 Varia com:
 Fluxo sanguíneo cerebral
 Hipotensão
 Aumento da utilização de glicose (ex: crises epilépticas,
lesão hipóxico-isquêmica ou asfixia)
ASPECTOS METABÓLICOS NORMAIS
 Glicose é o combustível
primário do cérebro
 As taxas
desproporcionalmente
altas de produção de
glicose x cérebro
desproporcionalmente
grande
 O cérebro regula a saída
hepática de glicose
 Tamanho
 Lesão
Bier DM, Leake RD, Haymond MW: Measurement of true
glucose production rates in infancy and childhood with 6,6-
dideuteroglucose, Diabetes 26:1016-1023, 1997.
Importante para a
síntese de lipídios,
unidades de ribose e
síntese do ácido
nucléico
Inibida pela
quantidade de
ATP
95
%
5%
12%
PRINCIPAIS MUDANÇAS BIOQUIMICAS INICIAIS
NO CÉREBRO DEVIDO À HIPOGLICEMIA
↓↓ Glicose cerebral
↑ Glicogênio → Glicose
↓↓ Taxa metabólica cerebral de glicose
N~↓ Taxa metabólica cerebral de oxigênio
↑ Taxa metabólica cerebral de lactato
↓ ATP, fosfocreatina
↓ Aminoácidos, ↑ Amônia
?↑ Utilização de corpos cetônicos
↓ Síntese de acetilcolina
PRINCIPAIS MUDANÇAS BIOQUIMICAS TARDIAS
NO CÉREBRO DEVIDO À HIPOGLICEMIA
↓↓↓ Glicose cerebral
↓↓↓ Taxa metabólica cerebral de glicose
↓ Taxa metabólica cerebral de oxigênio
↓ ATP, fosfocreatina
↑ Taxa metabólica cerebral de lactato
↓↓ Aminoácidos (exceto glutamato e aspartame),
↑ Amônia
↓ Fosfolipídios, ↑ Ácidos graxos livres
↑ Ca intracelular, ↑ K extracelular
↑ Glutamato extracelular
↓ Glutationa, ↑ estresse oxidativo
RELATIVA RESISTÊNCIA DO CÉREBRO RN
 Utilização energética reduzida
 Aumento do fluxo sanguíneo cerebral até com
hipoglicemia moderada
 Aumento da entrada e utilização do lactato
 Resistência cardíaca à hipoglicemia
HIPOGLICEMIA E HIPOXEMIA/ASFIXIA
Vannucci RC, Vannucci SJ: Cerebral carbohydrate metabolism during hypoglycemia and anoxia in newborn rats,
Ann Neurol 4:73-79, 1978
Efeito deletério da hipoglicemia na vulnerabilidade à anóxia
HIPOGLICEMIA
 Na isquemia:
 Autorregulação vascular prejudicada
 Na crise epiléptica:
 Aumento do consumo energético
 Redução do fluxo sanguíneo cerebral
ASPECTOS CLÍNICOS
 Incidência varia com:
 Termo x pré-termo
 Tempo de screening
 Tempo e tipo de alimentação
 Controle da temperatura
 Ventilação
 Circulação
 Definição de hipoglicemia
ASPECTOS CLÍNICOS
CATEGORIAS DE HIPOGLICEMIA
 Precoce transicional-adaptativa
 Associada a causa secundária
 Clássica transitória
 Severa recorrente
Excesso de glicose intraparto
GIG (diabética ou não-diabética)
Hipotermicos
Asfixiados (principalmente pré-
termos
Desordens do SNC (asfixia,
hemorragia intracraniana e
anormalidades congênitas)
Sepse
Lesão por frio
Cardiopatia congênita
Ocorre principalmente em RN
de termo policitêmicos
ASPECTOS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HIPOGLICEMIA
RECORRENTE OU PERSISTENTE
 Hiperinsulinismo
 Hiperinsulinismo congênito (nesidioblastose, adenoma)
 Síndrome de Beckwith-Wiedemann
 Macrossomia (sem síndrome de Becwith-Wiedemann)
 Deficiências endócrinas
 Pan-hipopituitarismo
 Deficiência isolada do hormônio do crescimento
 Deficiência de cortisol (irresponsividade ao ACTH, deficiência isolada de
glicocorticóides, terapia esteroidal materna, hemorragia adrenal, síndrome
adrenogenital)
 Hipotireoidismo
 Deficiência de glucagon
 Defeitos metabólicos hereditários
 Metabolismo do carboidrato (galactosemia, deficiência de glicose-6-fosfato
[doença de von Gierke], deficiência de glicogênio sintetase, deficiência de
frutose-1,6-difosfatase, deficiência da fosfofenolpiruvato carboxinase)
 Metabolismo dos aminoácidos (doença do xarope de bordo, tirosinemia
hereditária)
 Metabolismo dos ácidos orgânicos (deficiência de piruvato carboxilase,
acidemia propiônica, acidemia metilmalônica), disordens mitocondriais
 Metabolismo dos ácidos graxos (deficiências de carnitina palmitil transferase I
e II e acil-coenzima A deidrogenase de cadeia média e longa)
ASPECTOS CLÍNICOS
 Estupor (usualmente leve a moderada) – 100% (?)
 Tremores – 81%
 Crises epilépticas – 58%
 Apnéia ou outras anormalidades respiratórias – 47%
 Irritabilidade – 41%
 Hipotonia – 26%
Cornblath M, Schwartz R: Disorders of Carbohydrate Metabolism in Infancy, 2nd ed, Philadelphia: 1976, Saunders
PROGNÓSTICO
 Depende da instalação rápida da terapia
 Mortalidade por hipoglicemia não tratada é rara
 Sequelas incluem principalmente:
 Distúrbios do desenvolvimento neurológico
 Na função intelectual
 Alterações visuais
 Déficits motores, especialmente, espasticidade e ataxia
 Síndromes epilépticas
 Microcefalia
QUANDO TRATAR
 Dificuldade nas definições
 HGT < 45 mg/dl
 Pode ser menor nas primeiras 3 horas de vida
TERAPIA DA HIPOGLICEMIA NEONATAL
 RN sintomático
 Glicose: 200mg/kg: 2 ml/Kg de glicose a 10% IV
 Seguido do bólus ou se o RN estiver assintomático
 Glicose: 8 mg/kg/min IV
 Se taxas de glicose maiores que 12 mg/kg/min
forem necessárias para normoglicemia
 Tratamento dependerá da doença de base:
hiperinsulinismo, defeitos hormonais, defeitos
metabólicos
 Reduzir a glicose lentamente
 Reduzir 2 mg/kg/min a cada 6 – 12 horas, mantendo o
HGT entre 70 - 100
RESPOSTA AO MINIBOLUS NA HIPOGLICEMIA
Lilien LD, Pildes RS, Srinivasan G: Treatment of neonatal hypoglycemia with
minibolus and intravenous glucose infusion, J Pediatr 97:295-298, 1980

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarRodrigo Biondi
 
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)WAGNER OLIVEIRA
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 
Diretriz de síndrome dos ovários policísticos
Diretriz de síndrome dos ovários policísticosDiretriz de síndrome dos ovários policísticos
Diretriz de síndrome dos ovários policísticosArquivo-FClinico
 
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)Patricia Dall Olmo
 
Paciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaPaciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaGabriella Lourenço
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmLiga de Diabetes UFG
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusCassyano Correr
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
ApresentaçãoEmisa Papa
 
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica Glicemia
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica   Glicemia2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica   Glicemia
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica GlicemiaJose Eduardo
 
Diabetes mellitus gestacional
Diabetes mellitus gestacionalDiabetes mellitus gestacional
Diabetes mellitus gestacionalThais Benicio
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticosDaniela Noleto
 

La actualidad más candente (20)

Doença Ovariana Policística
Doença Ovariana PolicísticaDoença Ovariana Policística
Doença Ovariana Policística
 
Toxêmia gravídica
Toxêmia gravídicaToxêmia gravídica
Toxêmia gravídica
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
 
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
 
Hiperplasia congenita da supra renal
Hiperplasia congenita da supra renalHiperplasia congenita da supra renal
Hiperplasia congenita da supra renal
 
Dez Passos Básicos no Atendimento ao RN com Asfixia Perinatal
Dez Passos Básicos no Atendimento ao RN com Asfixia PerinatalDez Passos Básicos no Atendimento ao RN com Asfixia Perinatal
Dez Passos Básicos no Atendimento ao RN com Asfixia Perinatal
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
Ovário policísticos 2
Ovário policísticos 2Ovário policísticos 2
Ovário policísticos 2
 
Diretriz de síndrome dos ovários policísticos
Diretriz de síndrome dos ovários policísticosDiretriz de síndrome dos ovários policísticos
Diretriz de síndrome dos ovários policísticos
 
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)
Síndrome hipertensivas-na-gravidez (3)
 
Paciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaPaciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemia
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes Mellitus
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica Glicemia
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica   Glicemia2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica   Glicemia
2o Ano.Bioquimica.Seminario De Pratica Glicemia
 
A hiperglicemia
A hiperglicemiaA hiperglicemia
A hiperglicemia
 
Hipertensão na gestação
Hipertensão na gestaçãoHipertensão na gestação
Hipertensão na gestação
 
Diabetes mellitus gestacional
Diabetes mellitus gestacionalDiabetes mellitus gestacional
Diabetes mellitus gestacional
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticos
 

Destacado

Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. Matute
Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. MatuteSíndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. Matute
Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. MatuteSthefanie Matute
 
Estudo De Caso S AÚ D E D A M U L H E R Apresentação
Estudo De Caso  S AÚ D E  D A  M U L H E R   ApresentaçãoEstudo De Caso  S AÚ D E  D A  M U L H E R   Apresentação
Estudo De Caso S AÚ D E D A M U L H E R Apresentaçãovi_uema
 
Disturbios Metabolicos
Disturbios MetabolicosDisturbios Metabolicos
Disturbios Metabolicosguestc7d1e4
 
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisAspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisJosé Luiz
 
Icterícia Neonatal
Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
Icterícia Neonatalblogped1
 
Prevenção e controle de infecções em neonatologia e
Prevenção e controle de infecções em neonatologia ePrevenção e controle de infecções em neonatologia e
Prevenção e controle de infecções em neonatologia eLaíz Coutinho
 
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos parto
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos partoCuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos parto
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos partoTizah Roldão
 
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]Gessyca Antonia
 

Destacado (14)

Caso NEJM
Caso NEJMCaso NEJM
Caso NEJM
 
Infeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torchInfeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torch
 
Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. Matute
Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. MatuteSíndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. Matute
Síndrome de TORCH Pediatria I /III Rotacion 2014 / UNAHVS/ S. Matute
 
Estudo De Caso S AÚ D E D A M U L H E R Apresentação
Estudo De Caso  S AÚ D E  D A  M U L H E R   ApresentaçãoEstudo De Caso  S AÚ D E  D A  M U L H E R   Apresentação
Estudo De Caso S AÚ D E D A M U L H E R Apresentação
 
Disturbios Metabolicos
Disturbios MetabolicosDisturbios Metabolicos
Disturbios Metabolicos
 
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisAspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
 
Icterícia Neonatal
Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
Icterícia Neonatal
 
Prevenção e controle de infecções em neonatologia e
Prevenção e controle de infecções em neonatologia ePrevenção e controle de infecções em neonatologia e
Prevenção e controle de infecções em neonatologia e
 
Infecção de transmissão vertical
Infecção de transmissão verticalInfecção de transmissão vertical
Infecção de transmissão vertical
 
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos parto
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos partoCuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos parto
Cuidados e procedimentos de enfermagem no pré e pos parto
 
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
 
Hipoglicemia neonatal
Hipoglicemia neonatalHipoglicemia neonatal
Hipoglicemia neonatal
 
Hipoglucemia neonatal
Hipoglucemia neonatalHipoglucemia neonatal
Hipoglucemia neonatal
 
Icterícia neonatal
Icterícia neonatalIcterícia neonatal
Icterícia neonatal
 

Similar a Hipoglicemia e lesão cerebral neonatal

Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Claudio Novelli
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaRodrigo Biondi
 
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoAula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoRaimundo Tostes
 
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptx
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptxINSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptx
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptxLyanWalker1
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaJoyce Wadna
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Roberta Giovanini
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosresenfe2013
 
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Claudio Novelli
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015ReginaReiniger
 
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptx
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptxPANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptx
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptxThayaneAldTech
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosAdriana Quevedo
 

Similar a Hipoglicemia e lesão cerebral neonatal (20)

Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Hormonios fisiologia do exercício 1 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática Aguda
 
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema EndócrinoAula de Patologia do Sistema Endócrino
Aula de Patologia do Sistema Endócrino
 
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptx
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptxINSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptx
INSUFICIÊNCIA ADRENAL.pptx
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
 
Pacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdfPacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdf
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Glúcidos e Glicemia.pptx
Glúcidos e Glicemia.pptxGlúcidos e Glicemia.pptx
Glúcidos e Glicemia.pptx
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
Hiponatremia
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
Fisiologia do exercício hormônios 2 - Aula de pós graduação - Professor Claud...
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Proteínas
 Proteínas Proteínas
Proteínas
 
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptx
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptxPANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptx
PANCREATITE AGUDA CORREÇÃO.pptx
 
Enzimas hepaticas
Enzimas hepaticasEnzimas hepaticas
Enzimas hepaticas
 
Esteatose
EsteatoseEsteatose
Esteatose
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de Carboidratos
 

Más de Leandro Junior

Tratamento medicamentoso no autismo
Tratamento medicamentoso no autismoTratamento medicamentoso no autismo
Tratamento medicamentoso no autismoLeandro Junior
 
Tratamento da Esclerose Múltipla na Infância
Tratamento da Esclerose Múltipla na InfânciaTratamento da Esclerose Múltipla na Infância
Tratamento da Esclerose Múltipla na InfânciaLeandro Junior
 
Hemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalHemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalLeandro Junior
 
Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusLeandro Junior
 
Cefaléia nas doenças autoimunes
Cefaléia nas doenças autoimunesCefaléia nas doenças autoimunes
Cefaléia nas doenças autoimunesLeandro Junior
 

Más de Leandro Junior (6)

Tratamento medicamentoso no autismo
Tratamento medicamentoso no autismoTratamento medicamentoso no autismo
Tratamento medicamentoso no autismo
 
Tratamento da Esclerose Múltipla na Infância
Tratamento da Esclerose Múltipla na InfânciaTratamento da Esclerose Múltipla na Infância
Tratamento da Esclerose Múltipla na Infância
 
Hemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalHemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular Neonatal
 
Icterícia neonatal
Icterícia neonatalIcterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plus
 
Cefaléia nas doenças autoimunes
Cefaléia nas doenças autoimunesCefaléia nas doenças autoimunes
Cefaléia nas doenças autoimunes
 

Último

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 

Último (8)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Hipoglicemia e lesão cerebral neonatal

  • 1. HIPOGLICEMIA E LESÃO CEREBRAL NO NEONATO José Evaldo Leandro Júnior Médico residente de neurologia infantil
  • 2. INTRODUÇÃO  Glicose e oxigênio  A maior fonte de aporte de glicose é a corrente sanguínea  Definição de hipoglicemia  Capacidade neural do RN de demonstrar consistentemente através de sintomas quando o limite inferior é ultrapassado  O aumento da demanda cerebral através de insultos deletérios ao cérebro (ex: hipoxemia e isquemia)  Então, como definir?
  • 3. DEFINIÇÃO  Através de comparação com RN saudáveis não alimentados nas primeiras horas de vida  “Hipoglicemia significante”  Glicose < 30 mg/dl no sangue total (<35 mg/dl no plasma) no RN a termo  Glicose < 20 mg/dl no sangue total (<25 mg/dl no plasma no RN pré-termo
  • 4. DEFINIÇÃO QUÍMICA DE HIPOGLICEMIA (P<5)  < 35 mg/dl, 0-3 horas  <40 mg/dl, 3-24 horas  < 45 mg/dl, > 24 horas Srinivasan G, Pildes RS, Cattamanchi G, Voora S, et al: Clinical laboratory observations: Plasma glucose values in normal neonates – a new look, J Pediatr 109:114-117, 1986
  • 5. LOGARITMO DE DIAS DE HIPOGLICEMIA MENOR QUE 2,6 MMOL/L (47 MG/DL) RELACIONADA COM O BAYLEY MENTAL DEVELOPMENT INDEX E BAYLEY PSYCHOMOTOR DEVELOPMENT INDEX AOS 18 MESES (IDADE CORRIGIDA) EM UMA SÉRIE DE 433 PREMATUROS Lucas A, Morley R, Cole TJ: Adverse neurodevelopment outcome of moderate neonatal hypoglycaemia, BMJ 297:1304-1308, 1988
  • 6. DEFINIÇÃO INDIVIDUALIZADA  Varia com:  Fluxo sanguíneo cerebral  Hipotensão  Aumento da utilização de glicose (ex: crises epilépticas, lesão hipóxico-isquêmica ou asfixia)
  • 7. ASPECTOS METABÓLICOS NORMAIS  Glicose é o combustível primário do cérebro  As taxas desproporcionalmente altas de produção de glicose x cérebro desproporcionalmente grande  O cérebro regula a saída hepática de glicose  Tamanho  Lesão Bier DM, Leake RD, Haymond MW: Measurement of true glucose production rates in infancy and childhood with 6,6- dideuteroglucose, Diabetes 26:1016-1023, 1997.
  • 8. Importante para a síntese de lipídios, unidades de ribose e síntese do ácido nucléico Inibida pela quantidade de ATP 95 % 5% 12%
  • 9. PRINCIPAIS MUDANÇAS BIOQUIMICAS INICIAIS NO CÉREBRO DEVIDO À HIPOGLICEMIA ↓↓ Glicose cerebral ↑ Glicogênio → Glicose ↓↓ Taxa metabólica cerebral de glicose N~↓ Taxa metabólica cerebral de oxigênio ↑ Taxa metabólica cerebral de lactato ↓ ATP, fosfocreatina ↓ Aminoácidos, ↑ Amônia ?↑ Utilização de corpos cetônicos ↓ Síntese de acetilcolina
  • 10. PRINCIPAIS MUDANÇAS BIOQUIMICAS TARDIAS NO CÉREBRO DEVIDO À HIPOGLICEMIA ↓↓↓ Glicose cerebral ↓↓↓ Taxa metabólica cerebral de glicose ↓ Taxa metabólica cerebral de oxigênio ↓ ATP, fosfocreatina ↑ Taxa metabólica cerebral de lactato ↓↓ Aminoácidos (exceto glutamato e aspartame), ↑ Amônia ↓ Fosfolipídios, ↑ Ácidos graxos livres ↑ Ca intracelular, ↑ K extracelular ↑ Glutamato extracelular ↓ Glutationa, ↑ estresse oxidativo
  • 11. RELATIVA RESISTÊNCIA DO CÉREBRO RN  Utilização energética reduzida  Aumento do fluxo sanguíneo cerebral até com hipoglicemia moderada  Aumento da entrada e utilização do lactato  Resistência cardíaca à hipoglicemia
  • 12. HIPOGLICEMIA E HIPOXEMIA/ASFIXIA Vannucci RC, Vannucci SJ: Cerebral carbohydrate metabolism during hypoglycemia and anoxia in newborn rats, Ann Neurol 4:73-79, 1978 Efeito deletério da hipoglicemia na vulnerabilidade à anóxia
  • 13. HIPOGLICEMIA  Na isquemia:  Autorregulação vascular prejudicada  Na crise epiléptica:  Aumento do consumo energético  Redução do fluxo sanguíneo cerebral
  • 14. ASPECTOS CLÍNICOS  Incidência varia com:  Termo x pré-termo  Tempo de screening  Tempo e tipo de alimentação  Controle da temperatura  Ventilação  Circulação  Definição de hipoglicemia
  • 15. ASPECTOS CLÍNICOS CATEGORIAS DE HIPOGLICEMIA  Precoce transicional-adaptativa  Associada a causa secundária  Clássica transitória  Severa recorrente Excesso de glicose intraparto GIG (diabética ou não-diabética) Hipotermicos Asfixiados (principalmente pré- termos Desordens do SNC (asfixia, hemorragia intracraniana e anormalidades congênitas) Sepse Lesão por frio Cardiopatia congênita Ocorre principalmente em RN de termo policitêmicos
  • 16. ASPECTOS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HIPOGLICEMIA RECORRENTE OU PERSISTENTE  Hiperinsulinismo  Hiperinsulinismo congênito (nesidioblastose, adenoma)  Síndrome de Beckwith-Wiedemann  Macrossomia (sem síndrome de Becwith-Wiedemann)  Deficiências endócrinas  Pan-hipopituitarismo  Deficiência isolada do hormônio do crescimento  Deficiência de cortisol (irresponsividade ao ACTH, deficiência isolada de glicocorticóides, terapia esteroidal materna, hemorragia adrenal, síndrome adrenogenital)  Hipotireoidismo  Deficiência de glucagon  Defeitos metabólicos hereditários  Metabolismo do carboidrato (galactosemia, deficiência de glicose-6-fosfato [doença de von Gierke], deficiência de glicogênio sintetase, deficiência de frutose-1,6-difosfatase, deficiência da fosfofenolpiruvato carboxinase)  Metabolismo dos aminoácidos (doença do xarope de bordo, tirosinemia hereditária)  Metabolismo dos ácidos orgânicos (deficiência de piruvato carboxilase, acidemia propiônica, acidemia metilmalônica), disordens mitocondriais  Metabolismo dos ácidos graxos (deficiências de carnitina palmitil transferase I e II e acil-coenzima A deidrogenase de cadeia média e longa)
  • 17. ASPECTOS CLÍNICOS  Estupor (usualmente leve a moderada) – 100% (?)  Tremores – 81%  Crises epilépticas – 58%  Apnéia ou outras anormalidades respiratórias – 47%  Irritabilidade – 41%  Hipotonia – 26% Cornblath M, Schwartz R: Disorders of Carbohydrate Metabolism in Infancy, 2nd ed, Philadelphia: 1976, Saunders
  • 18. PROGNÓSTICO  Depende da instalação rápida da terapia  Mortalidade por hipoglicemia não tratada é rara  Sequelas incluem principalmente:  Distúrbios do desenvolvimento neurológico  Na função intelectual  Alterações visuais  Déficits motores, especialmente, espasticidade e ataxia  Síndromes epilépticas  Microcefalia
  • 19.
  • 20.
  • 21. QUANDO TRATAR  Dificuldade nas definições  HGT < 45 mg/dl  Pode ser menor nas primeiras 3 horas de vida
  • 22. TERAPIA DA HIPOGLICEMIA NEONATAL  RN sintomático  Glicose: 200mg/kg: 2 ml/Kg de glicose a 10% IV  Seguido do bólus ou se o RN estiver assintomático  Glicose: 8 mg/kg/min IV  Se taxas de glicose maiores que 12 mg/kg/min forem necessárias para normoglicemia  Tratamento dependerá da doença de base: hiperinsulinismo, defeitos hormonais, defeitos metabólicos  Reduzir a glicose lentamente  Reduzir 2 mg/kg/min a cada 6 – 12 horas, mantendo o HGT entre 70 - 100
  • 23. RESPOSTA AO MINIBOLUS NA HIPOGLICEMIA Lilien LD, Pildes RS, Srinivasan G: Treatment of neonatal hypoglycemia with minibolus and intravenous glucose infusion, J Pediatr 97:295-298, 1980