SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 30
Faculdade de Medicina de Lisboa
Clínica Universitária de Doenças Infecciosas
Prof. Dr. Francisco Antunes
Assistente: Dr. Germano do Carmo
Discentes: Ana Margarida Moreira, Lara Lopes, Lénise Parreira, Mónica
Carolina Faria, Nélia Cunha, Ruben Ferreira, Susana Castilho
AULA TEÓRICO-PRÁTICA
13 de Janeiro de 2010
REVISÃO TEÓRICA
+
?
STREPTOCOCCUS GRUPO D
• Primeira descrição do Streptococcus bovis em 1945
• Cocos Gram+
, Catalase-
• Infecções mais comuns
• Bacteriémia ± endocardite
• Endocardite infecciosa ocorre praticamente
apenas em indivíduos com idade > 50 anos
• Associação forte com patologia neoplásica gastrointestinal
Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145
eMedicine – S. Group D
Streptococcus grupo D
cocos Gram+
, catalase-
Streptococcus grupo D
cocos Gram+
, catalase-
S.bovisS.bovis
+ Outros
S.bovis variante ou S.bovis IIS.bovis ou S.bovis I
S. gallolyticusS. gallolyticus
subspéciesubspécie
gallolyticusgallolyticus
S.bovis II/1 S.bovis II/2
S. gallolyticusS. gallolyticus
subspéciesubspécie
pasteurianuspasteurianus
S. infantariusS. infantarius
Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
eMedicine – S. Group D
Bacteriémia
de origem
hepatobiliar
Endocardite
± lesões do cólon
• Strep. grupo D
presente em 5–
16% das
coproculturas
de pessoas
saudáveis
Pessoas Saudáveis
Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
• Strep. grupo D
presente em 5–
16% das
coproculturas
de pessoas
saudáveis
Pessoas Saudáveis
• Geralmente
assintomáticas
• Não detectáveis pela
pesquisa de sangue
oculto nas fezes
Lesões
pré-malignas
Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
• Strep. grupo D
presente em 5–
16% das
coproculturas
de pessoas
saudáveis
Pessoas Saudáveis
• Geralmente
assintomáticas
• Não detectáveis pela
pesquisa de sangue
oculto nas fezes
Lesões
pré-malignas
• Prevalência de Strep. grupo
D em coproculturas de
doentes com carcinoma do
cólon significativamente
aumentada
Carcinoma
do cólon
Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
Semelhante ao
papel do H.pylori
na carcinogénese
do estômago?
• Strep. grupo D
presente em 5–
16% das
coproculturas
de pessoas
saudáveis
Pessoas Saudáveis
• Geralmente
assintomáticas
• Não detectáveis pela
pesquisa de sangue
oculto nas fezes
Lesões
pré-malignas
• Prevalência de Strep. grupo
D em coproculturas de
doentes com carcinoma do
cólon significativamente
aumentada
Carcinom
a do cólon
Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Estudos laboratoriais
em ratos evidenciaram
que alguns
componentes da
parede celular podem
aumentar a secreção
de citocinas e promover
quimicamente a
carcinogénese em
lesões carcinogénicas
pré-induzidas
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon
Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Será a presença de
Strep. grupo D um factor
causal?
Ou uma associação acidental?
Será a presença de
Strep. grupo D um factor
causal?
Ou uma associação acidental?
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
• Em caso de bacteriémia por Strep.
grupo D,
• Mandatório realizar colonoscopia
• especialmente S.gallolyticus subsp. gallolyticus -
biótipo I
• Recomendam-se exames de colonoscopia de
seguimento de 2-4A depois da resolução da
infecção
Num estudo prospectivo, 29 doentes
com diagnóstico de bacteriémia por
Strep. grupo D e sem lesões colorrectais
foram novamente avaliados 2A depois
Num estudo prospectivo, 29 doentes
com diagnóstico de bacteriémia por
Strep. grupo D e sem lesões colorrectais
foram novamente avaliados 2A depois
13 dos 29 doentes avaliadas
apresentavam lesões pré-cancerosas
ou cancerosas
13 dos 29 doentes avaliadas
apresentavam lesões pré-cancerosas
ou cancerosas
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
ENDOCARDITE INFECCIOSA
• Inflamação do endocárdio, normalmente
envolvendo as válvulas cardíacas
• Sem decréscimo da mortalidade ou da incidência
nos últimos 30A
• Afecta mais os idosos sujeitos a procedimentos
invasivos, com ou sem doença valvular conhecida
• Sobretudo sexo masculino
• Incidência de 3-10 episódios/ 100 000 pessoas-ano
• Alterações epidemiológicas, com aparecimento de
novos factores predisponentes
• Próteses valvulares
• Esclerose valvular degenerativa
• Consumo de drogas injectáveis
• Procedimentos médicos invasivos
European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
eMedicine – Infective Endocarditis
Suspeitar de Endocardite Infecciosa
 Novo sopro cardíaco
 Fenómenos embólicos de origem desconhecida
 Sépsis de origem desconhecida (sobretudo
quando associada a agentes etiológicos de EI)
 Febre (sinal mais frequente de EI) associada a
• Factores predisponentes
• Procedimento invasivo recente
• ICC
• Nova alteração da condução eléctrica cardíaca
• Hemoculturas positvas para um agente típico de EI
• Fenómenos embólicos ou vadculares
• Sintomas neurológicos
• Embolia ou infiltração pulmonar
• Abcessos periféricos de causa desconhecida
• Alterações do sedimento urinário
European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
eMedicine – Infective Endocarditis
Critérios de Duke modificados
• Diagnóstico de Endocardite Infecciosa
• Dois ou mais critérios major
• Um critério major e três critérios minor
• Cinco critérios major
Critérios de Duke modificados
• Diagnóstico de Endocardite Infecciosa
• Dois ou mais critérios major
• Um critério major e três critérios minor
• Cinco critérios major
VegetaçãoVegetação
Lesão do
Endotélio
Lesão do
Endotélio
Micro-
Organismos
Micro-
Organismos
Fluxo
Turbulento
Fluxo
Turbulento EndotélioEndotélio
ImunocomplexosImunocomplexos
European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
eMedicine – Infective Endocarditis
Livro do professor
Vegetação AssépticaVegetação Asséptica
Endocardite
Trombótica
Asséptica
Fibrina e Plaquetas
Fibrina e Plaquetas
Adesão de agentesinfecciosos
Adesão de agentesinfecciosos
Fibrina e Plaquetas
Fibrina e Plaquetas
Endocardite
Infecciosa
Bacteriémia
European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
eMedicine – Infective Endocarditis
 Maior atraso do diagnóstico desde o início dos sintomas
 Condições cardíacas predisponentes menos frequentes
 Sindrome constitucional presente em quase todos os
doentes
 Estado febril menos comum
 Envolvimento aórtico mais frequente
 Maior atraso do diagnóstico desde o início dos sintomas
 Condições cardíacas predisponentes menos frequentes
 Sindrome constitucional presente em quase todos os
doentes
 Estado febril menos comum
 Envolvimento aórtico mais frequente
Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145
Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145
Polytopic spondylodiscitis secondary to Streptocccus bovis endocarditis. Letter to the Editor
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145
Polytopic spondylodiscitis secondary to Streptocccus bovis endocarditis. Letter to the Editor
World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49
Anaerobe 15 (2009) 44–54
Porque existe uma associação tão forte
entre colonização por Strep. grupo D e a
bacteriémia subsequente?
Porque existe uma associação tão forte
entre colonização por Strep. grupo D e a
bacteriémia subsequente?
Surgical Neurology (2008) 69:121-125.
Sintomas precoces músculo-
esqueléticos
Artralgias, Artrite, Lombalgia, Mialgia
Por ocorrerem em população idosa, são geralmente
erradamente diagnosticados como patologia
reumatológica ou articular
Lombalgia na endocardite infecciosa
• 1/3 dos doentes com dx endocardite
• Diminuição da amplitude dos movimentos
• Rigidez na coluna
• Sintomas semelhantes ao de uma hérnia discal lombar
•Irradiação ao Minf
•Acentuado pela elevação do Minf e pela tosse
ESPONDILODISCITE
• Infecção de componentes extra-durais da coluna vertebral
• Manifesta-se mais frequentemente por osteomielite e/ou
discite
• Afecta 2-7% dos doentes com osteomielite
• Complicações: abcessos paraespinhais e epidurais
• Fisiopatologia: disseminação hematogénea, inoculação
directa ou invasão por contiguidade
• As características piogénicas do agente etiológico parecem
ser responsáveis pelo desenvolvimento da espondilodiscite e
do absesso epidural secundário
• Todos os agentes isolados eram cocos Gram + (S. grupo D o mais
frequente)
Condiciona EI subaguda e por isso a bacteriémia é mais prolongada no tempo?
• Mortalidade pode chegar aos 30%
• Hemoculturas são negativas em cerca de 50 % dos doentes
• Biópsia intra-operatória ou com controlo imagiológico pode ser
alternativa
eMedicine – Spondilodiskitis
eMedicine – Spondilodiskitis
Nafcilina (penicilina sintética)
Gentamicina (aminoglicosídeo)
+
Terapêutica AB
empírica
3 a 4 semanas IV
+
Per os, de acordo com a VS
S.Aureus
(meticilino-resistente)
+
Gram -
Surgical Neurology (2008) 69:121-125
**Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis
Na literatura,
n=∞?
15,2%**
n=4
Todos com queixas de dores na coluna
Diagnóstico de espondilodiscite anterior ao de EI (Δ22,6d)
Maior duração do tratamento e da hospitalização
Todos com queixas de dores na coluna
Diagnóstico de espondilodiscite anterior ao de EI (Δ22,6d)
Maior duração do tratamento e da hospitalização
A aparente raridade da espondilodiscite
contrasta com a elevada frequência da dor
lombar nos doentes com endocardite
A aparente raridade da espondilodiscite
contrasta com a elevada frequência da dor
lombar nos doentes com endocardite
eMedicine – Spondilodiskitis
Será que a dor na coluna pode ser
explicada por uma
espondilodiscite “pouco evoluída”
concomitante com a endocardite
infecciosa (aguda)?
Será que a dor na coluna pode ser
explicada por uma
espondilodiscite “pouco evoluída”
concomitante com a endocardite
infecciosa (aguda)?
… na maioria das vezes, a
espondilodiscite surge pela
via hematogénea...
… na maioria das vezes, a
espondilodiscite surge pela
via hematogénea...
Mecanismos explicativos
Êmbolos bacterianos
Disfunções imunitárias
Surgical Neurology (2008) 69:121-125.
Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675
Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis
CONCLUSÕES
Conclusões
 Dor lombarDor lombar endocardite infecciosa↔ endocardite infecciosa↔
 Espondilodiscite – S. grupo D
Realizar ecocardiografiaecocardiografia
 Bacteriémia por S. grupo D
 Patologia infecciosa da coluna vertebral por um agente etiológico
frequente de endocardite infecciosa
Do conhecimento da genotipagem, poderia advir que a
presença de anticorpos contra os antigénios conhecidos de S.
grupo D, bem como os antigénios em si poderiam vir a ser
utilizados como marcadores de carcinogénese colorrectalmarcadores de carcinogénese colorrectal
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia (1)
Pascaretti C, Legrand E, Laporte J, Fromont P, Masson C, Brégeon C, Audran M., Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis, Rev Rhum Engl Ed. 1996
Feb;63(2):119-23.
Le Moal G, Roblot F, Paccalin M, Sosner P, Burucoa C, Roblot P, Becq-Giraudon B., Clinical and laboratory characteristics of infective endocarditis when associated with
spondylodiscitis., Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2002 Sep;21(9):671-5. Epub 2002 Sep 10.
Cone LA, Hirschberg J, Lopez C, Kanna PK, Goldstein EJ, Kazi A, Gade-Andavolu R, Younes B., Infective endocarditis associated with spondylodiscitis and frequent secondary
epidural abscess, Surg Neurol. 2008 Feb;69(2):121-5. Epub 2007 Aug 27.
LeClair, JD, Sponfilodiskitis: e-Medicine Radiology, July 25, 2008, http://emedicine.medscape.com/article/340211-overview
W. P. Butt, Re: Polytopic spondylodiskitis secondary toStreptococcus bovis endocarditis, Rheumatology 2000; 39: 813
González-Juanatey C, González-Gay MA, Llorca J, Testa A, Corredoira J, Vidán J, Mayo J, González-Juanatey JR., Infective endocarditis due to Streptococcus bovis in a
series of nonaddict patients: clinical and morphological characteristics of 20 cases and review of the literature, Can J Cardiol. 2003 Sep;19(10):1139-45.
Brusch, JL, Infective Endocarditis: e-Medicine Infectious Diseases, Aug 23, 2009, http://emedicine.medscape.com/article/216650-overview
Task Force on the Prevention, Diagnosis, and Treatment of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology; European Society of Clinical Microbiology and
Infectious Diseases; International Society of Chemotherapy for Infection and Cancer, Habib G, Hoen B, Tornos P, Thuny F, Prendergast B, Vilacosta I, Moreillon P, de Jesus
Antunes M, Thilen U, Lekakis J, Lengyel M, Müller L, Naber CK, Nihoyannopoulos P, Moritz A, Zamorano JL; ESC Committee for Practice Guidelines, Vahanian A, Auricchio
A,Bax J, Ceconi C, Dean V, Filippatos G, Funck-Brentano C, Hobbs R, Kearney P, McDonagh T, McGregor K, Popescu BA, Reiner Z, Sechtem U, Sirnes PA, Tendera
M, Vardas P,Widimsky P., Guidelines on the prevention, diagnosis, and treatment of infective endocarditis (new version 2009): the Task Force on the Prevention, Diagnosis,
and Treatment of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC), Eur Heart J. 2009 Oct;30(19):2369-413. Epub 2009 Aug 27.
Vaska, Vikram; Faoagali, Joan, Streptococcus bovis bacteraemia: identification within organism complex and association with endocarditis and colonic malignancy , Pathology
(February 2009) 41(2), pp. 183–186
Cone LA, Hirschberg J, Lopez C, Kanna PK, Goldstein EJ, Kazi A, Gade-Andavolu R, Younes B., Infective endocarditis associated with spondylodiscitis and frequent secondary
epidural abscess, Surg Neurol. 2008 Feb;69(2):121-5. Epub 2007 Aug 27.
Herrera P, Kwon YM, Ricke SC., Ecology and pathogenicity of gastrointestinal Streptococcus bovis, Anaerobe. 2009 Feb-Apr;15(1-2):44-54. Epub 2008 Dec 7.
Ferrari A, Botrugno I, Bombelli E, Dominioni T, Cavazzi E, Dionigi P., Colonoscopy is mandatory after Streptococcus bovis endocarditis: a lesson still not learned. Case report.,
World J Surg Oncol. 2008 May 12;6:49.
Boleij A, Schaeps RM, Tjalsma H., Association between Streptococcus bovis and colon cancer, J Clin Microbiol. 2009 February; 47(2): 516.doi: 10.1128/JCM.01755-08.
RS Klein, RA Recco, MT Catalano, SC Edberg, JI Casey, and NH Steigbigel, Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon, NEJM Volume 297:800-
802, October 13, 1977, Number 15
Downs, JW, Streptococcus Group D Infections: e-Medicine Infectious Diseases, Jan 23, 2009, http://emedicine.medscape.com/article/229209-overview
Bibliografia (2)
Cottle L, Riordan T., Infectious spondylodiscitis., J Infect. 2008 Jun;56(6):401-12. Epub 2008 Apr 28.
Ruiz A, Post JD, Ganz WI, Inflammatory and infectious processes of the cervical spine., Neuroimaging Clin N Am. 1995 Aug;5(3):401-25.
Smith AS, Blaser SI., MR of infectious and inflammatory diseases of the spine., Crit Rev Diagn Imaging. 1991;32(3):165-89.
Mann S, Schütze M, Sola S, Piek J., Nonspecific pyogenic spondylodiscitis: clinical manifestations, surgical treatment, and outcome in 24 patients., Neurosurg Focus. 2004 Dec
15;17(6):E3.
Lucio E, Adesokan A, Hadjipavlou AG, Crow WN, Adegboyega PA., Pyogenic spondylodiskitis: a radiologic/pathologic and culture correlation study., Arch Pathol Lab Med. 2000
May;124(5):712-6.
Cusmano F, Calabrese G, Bassi S, Branislav S, Bassi P., Radiologic diagnosis of spondylodiscitis: role of magnetic resonance, Radiol Med. 2000 Sep;100(3):112-9.
Friedman JA, Maher CO, Quast LM, McClelland RL, Ebersold MJ., Spontaneous disc space infections in adults, Surg Neurol. 2002 Feb;57(2):81-6.
M.Honan, G.White, G.Eisenberg, The American Journal of Medicine, Volume 100, Issue 1, Pages 85-89, Spontaneous infectious discitis in adults
Youmans, JR, Youmans Neurological Surgery, 4th Edition, Volume 5, Philadelphia, PA, USA, WB Saunders Company, 1996
Benzel, EC, Spine Surgery, 1st Edition, Volume 1, Philadelphia, PA, USA, Churchill Livingstone, 1999
Fauci, Braunwald, Kasper, Hauser, Longo, Jameson, Loscalzo, Harrison’s Principles of Internal Medicine, 17th Edition, Volume I, USA, The McGraw-Hill Companies, Inc., 2008
Antunes, F, Manual Sobre Doenças Infecciosas, 1a Edição, Lisboa, Portugal, Permanyer Portugal, 2003
Gilbert, DN, Sanford Guide to Antimicrobial Therapy, 39th Edition, Antimicrobial Therapy, April 2009
Antunes, F, Valadas, E, Os Casos Clínicos de Doenças Infecciosas, Volume 2, no 1 / 2007, Lisboa, Portugal, 2007

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Septicemia
SepticemiaSepticemia
Septicemia
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
Sepse
Sepse Sepse
Sepse
 
Dc090413
Dc090413Dc090413
Dc090413
 
Abcesso cerebral
Abcesso cerebralAbcesso cerebral
Abcesso cerebral
 
Apresentação
Apresentação Apresentação
Apresentação
 
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesMódulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
Fibrose Pulmonar Idiopática
Fibrose Pulmonar IdiopáticaFibrose Pulmonar Idiopática
Fibrose Pulmonar Idiopática
 
Fr cardite reumática - relato de caso
Fr   cardite reumática - relato de casoFr   cardite reumática - relato de caso
Fr cardite reumática - relato de caso
 
Eritema Nodoso
Eritema NodosoEritema Nodoso
Eritema Nodoso
 
Associação de leishmaniose visceral e hep b de curso fulminante relato de u...
Associação de leishmaniose visceral e hep b de curso fulminante   relato de u...Associação de leishmaniose visceral e hep b de curso fulminante   relato de u...
Associação de leishmaniose visceral e hep b de curso fulminante relato de u...
 
Diaphragmatic function of sepsis
Diaphragmatic function of sepsisDiaphragmatic function of sepsis
Diaphragmatic function of sepsis
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
Sarcoidose
SarcoidoseSarcoidose
Sarcoidose
 
Churg strauss
Churg straussChurg strauss
Churg strauss
 
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDALesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
 
EI por fungos no período neonatal
EI por fungos no período neonatalEI por fungos no período neonatal
EI por fungos no período neonatal
 
Eosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnósticaEosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnóstica
 
Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica
Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa CrônicaImunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica
Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica
 

Destacado (20)

Endocardite bacteriana..
Endocardite bacteriana..Endocardite bacteriana..
Endocardite bacteriana..
 
Espondilodiscite infecciosa - Neurocirurgia / Discitis / Osteomielite coluna ...
Espondilodiscite infecciosa - Neurocirurgia / Discitis / Osteomielite coluna ...Espondilodiscite infecciosa - Neurocirurgia / Discitis / Osteomielite coluna ...
Espondilodiscite infecciosa - Neurocirurgia / Discitis / Osteomielite coluna ...
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2
 
Rethink 2015
Rethink 2015Rethink 2015
Rethink 2015
 
Dolor toracico
Dolor toracicoDolor toracico
Dolor toracico
 
Cardio miocardiopatía
Cardio   miocardiopatíaCardio   miocardiopatía
Cardio miocardiopatía
 
Philip Roth: Uma mulher bem sucedida na vida
Philip Roth: Uma mulher bem sucedida na vidaPhilip Roth: Uma mulher bem sucedida na vida
Philip Roth: Uma mulher bem sucedida na vida
 
19778353 hemocromatose-1
19778353 hemocromatose-119778353 hemocromatose-1
19778353 hemocromatose-1
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatias
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosa
 
Protocolo hemocromatose
Protocolo hemocromatoseProtocolo hemocromatose
Protocolo hemocromatose
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2
 
T4 f curso
T4 f cursoT4 f curso
T4 f curso
 
Endocarditis Infecciosa
Endocarditis InfecciosaEndocarditis Infecciosa
Endocarditis Infecciosa
 
Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)
 
Patologia del corazon y v.s
Patologia del corazon y v.sPatologia del corazon y v.s
Patologia del corazon y v.s
 
Tetralogia de fallot
Tetralogia de fallotTetralogia de fallot
Tetralogia de fallot
 
Circulação da coluna espinhal e coluna vertebral
Circulação da coluna espinhal e coluna vertebralCirculação da coluna espinhal e coluna vertebral
Circulação da coluna espinhal e coluna vertebral
 
Miocardite
MiocarditeMiocardite
Miocardite
 
Endocarditis infecciosa 2012
Endocarditis infecciosa 2012 Endocarditis infecciosa 2012
Endocarditis infecciosa 2012
 

Similar a Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis

AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES
AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕESAULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES
AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕESDaviMatos29
 
Avaliacao do-perfil-energetico
Avaliacao do-perfil-energeticoAvaliacao do-perfil-energetico
Avaliacao do-perfil-energeticobelaicc
 
Com que Vírus eu vou? Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - Zika
Com que Vírus eu vou?  Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - ZikaCom que Vírus eu vou?  Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - Zika
Com que Vírus eu vou? Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - ZikaAlexandre Naime Barbosa
 
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-Barr
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-BarrDoenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-Barr
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-BarrJulianeMusacchio
 
Antimicrobianos usados em Odontologia Veterinária
Antimicrobianos usados em Odontologia VeterináriaAntimicrobianos usados em Odontologia Veterinária
Antimicrobianos usados em Odontologia VeterináriaDaniel Ferro
 
ECO em estágios diferentes do HIV
ECO em estágios diferentes do HIVECO em estágios diferentes do HIV
ECO em estágios diferentes do HIVgisa_legal
 
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptxSeminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptxEllengattaMarinho
 
Doença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalDoença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalFernanda Amorim
 
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Patrícia Oliver
 
Doença de Crohn
Doença de CrohnDoença de Crohn
Doença de Crohnrmamendes
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IImarioaugusto
 

Similar a Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis (20)

Pé diabético aspectos clínicos
Pé diabético  aspectos clínicosPé diabético  aspectos clínicos
Pé diabético aspectos clínicos
 
Esclerose multipla1
Esclerose multipla1Esclerose multipla1
Esclerose multipla1
 
AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES
AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕESAULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES
AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES AULA INFECÇÕES
 
Avaliacao do-perfil-energetico
Avaliacao do-perfil-energeticoAvaliacao do-perfil-energetico
Avaliacao do-perfil-energetico
 
Com que Vírus eu vou? Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - Zika
Com que Vírus eu vou?  Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - ZikaCom que Vírus eu vou?  Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - Zika
Com que Vírus eu vou? Chikungunya - Dengue - Febre Amarela - Zika
 
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-Barr
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-BarrDoenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-Barr
Doenças linfoproliferativas associadas ao vírus Epstein-Barr
 
Sle 2014
Sle 2014Sle 2014
Sle 2014
 
Antimicrobianos usados em Odontologia Veterinária
Antimicrobianos usados em Odontologia VeterináriaAntimicrobianos usados em Odontologia Veterinária
Antimicrobianos usados em Odontologia Veterinária
 
ECO em estágios diferentes do HIV
ECO em estágios diferentes do HIVECO em estágios diferentes do HIV
ECO em estágios diferentes do HIV
 
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptxSeminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
 
Dpoc uea
Dpoc ueaDpoc uea
Dpoc uea
 
Doença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalDoença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinal
 
Megacolon ufba.
Megacolon ufba.Megacolon ufba.
Megacolon ufba.
 
Uso Racional Antibioticos Idosos
Uso Racional Antibioticos IdososUso Racional Antibioticos Idosos
Uso Racional Antibioticos Idosos
 
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
 
Sindrome metabolica
Sindrome metabolicaSindrome metabolica
Sindrome metabolica
 
Doença de Crohn
Doença de CrohnDoença de Crohn
Doença de Crohn
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
Aula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicadaAula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicada
 

Más de Lénise Parreira

Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...
Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...
Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...Lénise Parreira
 
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarHipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarLénise Parreira
 
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-Obstetrícia
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-ObstetríciaCorrecção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-Obstetrícia
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-ObstetríciaLénise Parreira
 
Medicina Legal no Serviço de Urgência
Medicina Legal no Serviço de UrgênciaMedicina Legal no Serviço de Urgência
Medicina Legal no Serviço de UrgênciaLénise Parreira
 
Princípio da precaução - Ética em Medicina
Princípio da precaução - Ética em MedicinaPrincípio da precaução - Ética em Medicina
Princípio da precaução - Ética em MedicinaLénise Parreira
 
Insuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaInsuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaLénise Parreira
 
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaTerapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaLénise Parreira
 

Más de Lénise Parreira (10)

Paginas do Harrison 18th
Paginas do Harrison 18thPaginas do Harrison 18th
Paginas do Harrison 18th
 
Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...
Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...
Tratamento precoce de pneumonias no contexto de um Serviço de Urgência Pediát...
 
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e FamiliarHipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
Hipertensão Arterial na Medicina Geral e Familiar
 
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-Obstetrícia
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-ObstetríciaCorrecção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-Obstetrícia
Correcção da anemia ferropénica no contexto da Ginecologia-Obstetrícia
 
Patologia do sono
Patologia do sonoPatologia do sono
Patologia do sono
 
Medicina Legal no Serviço de Urgência
Medicina Legal no Serviço de UrgênciaMedicina Legal no Serviço de Urgência
Medicina Legal no Serviço de Urgência
 
Princípio da precaução - Ética em Medicina
Princípio da precaução - Ética em MedicinaPrincípio da precaução - Ética em Medicina
Princípio da precaução - Ética em Medicina
 
Taizé 2008
Taizé 2008Taizé 2008
Taizé 2008
 
Insuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaInsuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónica
 
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusicaTerapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
Terapêutica Farmacológica da Osteoporose pós-menopáusica
 

Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis

  • 1. Faculdade de Medicina de Lisboa Clínica Universitária de Doenças Infecciosas Prof. Dr. Francisco Antunes Assistente: Dr. Germano do Carmo Discentes: Ana Margarida Moreira, Lara Lopes, Lénise Parreira, Mónica Carolina Faria, Nélia Cunha, Ruben Ferreira, Susana Castilho AULA TEÓRICO-PRÁTICA 13 de Janeiro de 2010
  • 3. + ?
  • 5. • Primeira descrição do Streptococcus bovis em 1945 • Cocos Gram+ , Catalase- • Infecções mais comuns • Bacteriémia ± endocardite • Endocardite infecciosa ocorre praticamente apenas em indivíduos com idade > 50 anos • Associação forte com patologia neoplásica gastrointestinal Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145 eMedicine – S. Group D
  • 6. Streptococcus grupo D cocos Gram+ , catalase- Streptococcus grupo D cocos Gram+ , catalase- S.bovisS.bovis + Outros S.bovis variante ou S.bovis IIS.bovis ou S.bovis I S. gallolyticusS. gallolyticus subspéciesubspécie gallolyticusgallolyticus S.bovis II/1 S.bovis II/2 S. gallolyticusS. gallolyticus subspéciesubspécie pasteurianuspasteurianus S. infantariusS. infantarius Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186 Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 eMedicine – S. Group D Bacteriémia de origem hepatobiliar Endocardite ± lesões do cólon
  • 7. • Strep. grupo D presente em 5– 16% das coproculturas de pessoas saudáveis Pessoas Saudáveis Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24 Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
  • 8. • Strep. grupo D presente em 5– 16% das coproculturas de pessoas saudáveis Pessoas Saudáveis • Geralmente assintomáticas • Não detectáveis pela pesquisa de sangue oculto nas fezes Lesões pré-malignas Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24 Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
  • 9. • Strep. grupo D presente em 5– 16% das coproculturas de pessoas saudáveis Pessoas Saudáveis • Geralmente assintomáticas • Não detectáveis pela pesquisa de sangue oculto nas fezes Lesões pré-malignas • Prevalência de Strep. grupo D em coproculturas de doentes com carcinoma do cólon significativamente aumentada Carcinoma do cólon Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24 Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186 Semelhante ao papel do H.pylori na carcinogénese do estômago?
  • 10. • Strep. grupo D presente em 5– 16% das coproculturas de pessoas saudáveis Pessoas Saudáveis • Geralmente assintomáticas • Não detectáveis pela pesquisa de sangue oculto nas fezes Lesões pré-malignas • Prevalência de Strep. grupo D em coproculturas de doentes com carcinoma do cólon significativamente aumentada Carcinom a do cólon Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Estudos laboratoriais em ratos evidenciaram que alguns componentes da parede celular podem aumentar a secreção de citocinas e promover quimicamente a carcinogénese em lesões carcinogénicas pré-induzidas Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24 Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186
  • 11. Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon Journal of Clinical Microbiology 47-2 (2009), 516 World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Será a presença de Strep. grupo D um factor causal? Ou uma associação acidental? Será a presença de Strep. grupo D um factor causal? Ou uma associação acidental? Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
  • 12. • Em caso de bacteriémia por Strep. grupo D, • Mandatório realizar colonoscopia • especialmente S.gallolyticus subsp. gallolyticus - biótipo I • Recomendam-se exames de colonoscopia de seguimento de 2-4A depois da resolução da infecção Num estudo prospectivo, 29 doentes com diagnóstico de bacteriémia por Strep. grupo D e sem lesões colorrectais foram novamente avaliados 2A depois Num estudo prospectivo, 29 doentes com diagnóstico de bacteriémia por Strep. grupo D e sem lesões colorrectais foram novamente avaliados 2A depois 13 dos 29 doentes avaliadas apresentavam lesões pré-cancerosas ou cancerosas 13 dos 29 doentes avaliadas apresentavam lesões pré-cancerosas ou cancerosas Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 The American Journal of Medicine (2005) 118, 1287.e17-1287.e24
  • 14. • Inflamação do endocárdio, normalmente envolvendo as válvulas cardíacas • Sem decréscimo da mortalidade ou da incidência nos últimos 30A • Afecta mais os idosos sujeitos a procedimentos invasivos, com ou sem doença valvular conhecida • Sobretudo sexo masculino • Incidência de 3-10 episódios/ 100 000 pessoas-ano • Alterações epidemiológicas, com aparecimento de novos factores predisponentes • Próteses valvulares • Esclerose valvular degenerativa • Consumo de drogas injectáveis • Procedimentos médicos invasivos European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413 eMedicine – Infective Endocarditis
  • 15. Suspeitar de Endocardite Infecciosa  Novo sopro cardíaco  Fenómenos embólicos de origem desconhecida  Sépsis de origem desconhecida (sobretudo quando associada a agentes etiológicos de EI)  Febre (sinal mais frequente de EI) associada a • Factores predisponentes • Procedimento invasivo recente • ICC • Nova alteração da condução eléctrica cardíaca • Hemoculturas positvas para um agente típico de EI • Fenómenos embólicos ou vadculares • Sintomas neurológicos • Embolia ou infiltração pulmonar • Abcessos periféricos de causa desconhecida • Alterações do sedimento urinário European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413 eMedicine – Infective Endocarditis Critérios de Duke modificados • Diagnóstico de Endocardite Infecciosa • Dois ou mais critérios major • Um critério major e três critérios minor • Cinco critérios major Critérios de Duke modificados • Diagnóstico de Endocardite Infecciosa • Dois ou mais critérios major • Um critério major e três critérios minor • Cinco critérios major
  • 16. VegetaçãoVegetação Lesão do Endotélio Lesão do Endotélio Micro- Organismos Micro- Organismos Fluxo Turbulento Fluxo Turbulento EndotélioEndotélio ImunocomplexosImunocomplexos European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413 eMedicine – Infective Endocarditis Livro do professor Vegetação AssépticaVegetação Asséptica Endocardite Trombótica Asséptica Fibrina e Plaquetas Fibrina e Plaquetas Adesão de agentesinfecciosos Adesão de agentesinfecciosos Fibrina e Plaquetas Fibrina e Plaquetas Endocardite Infecciosa Bacteriémia
  • 17. European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413 eMedicine – Infective Endocarditis  Maior atraso do diagnóstico desde o início dos sintomas  Condições cardíacas predisponentes menos frequentes  Sindrome constitucional presente em quase todos os doentes  Estado febril menos comum  Envolvimento aórtico mais frequente  Maior atraso do diagnóstico desde o início dos sintomas  Condições cardíacas predisponentes menos frequentes  Sindrome constitucional presente em quase todos os doentes  Estado febril menos comum  Envolvimento aórtico mais frequente Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145
  • 18. Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145 Polytopic spondylodiscitis secondary to Streptocccus bovis endocarditis. Letter to the Editor World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 European Heart Journal (2009) 30, 2369–2413
  • 19. Can J Cardiol (2003); 19(10):1139-1145 Polytopic spondylodiscitis secondary to Streptocccus bovis endocarditis. Letter to the Editor World Journal of Surgical Oncology 2008, 6:49 Anaerobe 15 (2009) 44–54 Porque existe uma associação tão forte entre colonização por Strep. grupo D e a bacteriémia subsequente? Porque existe uma associação tão forte entre colonização por Strep. grupo D e a bacteriémia subsequente?
  • 20. Surgical Neurology (2008) 69:121-125. Sintomas precoces músculo- esqueléticos Artralgias, Artrite, Lombalgia, Mialgia Por ocorrerem em população idosa, são geralmente erradamente diagnosticados como patologia reumatológica ou articular Lombalgia na endocardite infecciosa • 1/3 dos doentes com dx endocardite • Diminuição da amplitude dos movimentos • Rigidez na coluna • Sintomas semelhantes ao de uma hérnia discal lombar •Irradiação ao Minf •Acentuado pela elevação do Minf e pela tosse
  • 22. • Infecção de componentes extra-durais da coluna vertebral • Manifesta-se mais frequentemente por osteomielite e/ou discite • Afecta 2-7% dos doentes com osteomielite • Complicações: abcessos paraespinhais e epidurais • Fisiopatologia: disseminação hematogénea, inoculação directa ou invasão por contiguidade • As características piogénicas do agente etiológico parecem ser responsáveis pelo desenvolvimento da espondilodiscite e do absesso epidural secundário • Todos os agentes isolados eram cocos Gram + (S. grupo D o mais frequente) Condiciona EI subaguda e por isso a bacteriémia é mais prolongada no tempo? • Mortalidade pode chegar aos 30% • Hemoculturas são negativas em cerca de 50 % dos doentes • Biópsia intra-operatória ou com controlo imagiológico pode ser alternativa eMedicine – Spondilodiskitis
  • 23. eMedicine – Spondilodiskitis Nafcilina (penicilina sintética) Gentamicina (aminoglicosídeo) + Terapêutica AB empírica 3 a 4 semanas IV + Per os, de acordo com a VS S.Aureus (meticilino-resistente) + Gram -
  • 24. Surgical Neurology (2008) 69:121-125 **Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis Na literatura, n=∞? 15,2%** n=4 Todos com queixas de dores na coluna Diagnóstico de espondilodiscite anterior ao de EI (Δ22,6d) Maior duração do tratamento e da hospitalização Todos com queixas de dores na coluna Diagnóstico de espondilodiscite anterior ao de EI (Δ22,6d) Maior duração do tratamento e da hospitalização
  • 25. A aparente raridade da espondilodiscite contrasta com a elevada frequência da dor lombar nos doentes com endocardite A aparente raridade da espondilodiscite contrasta com a elevada frequência da dor lombar nos doentes com endocardite eMedicine – Spondilodiskitis Será que a dor na coluna pode ser explicada por uma espondilodiscite “pouco evoluída” concomitante com a endocardite infecciosa (aguda)? Será que a dor na coluna pode ser explicada por uma espondilodiscite “pouco evoluída” concomitante com a endocardite infecciosa (aguda)? … na maioria das vezes, a espondilodiscite surge pela via hematogénea... … na maioria das vezes, a espondilodiscite surge pela via hematogénea... Mecanismos explicativos Êmbolos bacterianos Disfunções imunitárias Surgical Neurology (2008) 69:121-125. Eur J Microbiol Infect Dis (2002) 21:671-675 Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis
  • 27. Conclusões  Dor lombarDor lombar endocardite infecciosa↔ endocardite infecciosa↔  Espondilodiscite – S. grupo D Realizar ecocardiografiaecocardiografia  Bacteriémia por S. grupo D  Patologia infecciosa da coluna vertebral por um agente etiológico frequente de endocardite infecciosa Do conhecimento da genotipagem, poderia advir que a presença de anticorpos contra os antigénios conhecidos de S. grupo D, bem como os antigénios em si poderiam vir a ser utilizados como marcadores de carcinogénese colorrectalmarcadores de carcinogénese colorrectal
  • 29. Bibliografia (1) Pascaretti C, Legrand E, Laporte J, Fromont P, Masson C, Brégeon C, Audran M., Bacterial endocarditis revealed by infectious discitis, Rev Rhum Engl Ed. 1996 Feb;63(2):119-23. Le Moal G, Roblot F, Paccalin M, Sosner P, Burucoa C, Roblot P, Becq-Giraudon B., Clinical and laboratory characteristics of infective endocarditis when associated with spondylodiscitis., Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2002 Sep;21(9):671-5. Epub 2002 Sep 10. Cone LA, Hirschberg J, Lopez C, Kanna PK, Goldstein EJ, Kazi A, Gade-Andavolu R, Younes B., Infective endocarditis associated with spondylodiscitis and frequent secondary epidural abscess, Surg Neurol. 2008 Feb;69(2):121-5. Epub 2007 Aug 27. LeClair, JD, Sponfilodiskitis: e-Medicine Radiology, July 25, 2008, http://emedicine.medscape.com/article/340211-overview W. P. Butt, Re: Polytopic spondylodiskitis secondary toStreptococcus bovis endocarditis, Rheumatology 2000; 39: 813 González-Juanatey C, González-Gay MA, Llorca J, Testa A, Corredoira J, Vidán J, Mayo J, González-Juanatey JR., Infective endocarditis due to Streptococcus bovis in a series of nonaddict patients: clinical and morphological characteristics of 20 cases and review of the literature, Can J Cardiol. 2003 Sep;19(10):1139-45. Brusch, JL, Infective Endocarditis: e-Medicine Infectious Diseases, Aug 23, 2009, http://emedicine.medscape.com/article/216650-overview Task Force on the Prevention, Diagnosis, and Treatment of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology; European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases; International Society of Chemotherapy for Infection and Cancer, Habib G, Hoen B, Tornos P, Thuny F, Prendergast B, Vilacosta I, Moreillon P, de Jesus Antunes M, Thilen U, Lekakis J, Lengyel M, Müller L, Naber CK, Nihoyannopoulos P, Moritz A, Zamorano JL; ESC Committee for Practice Guidelines, Vahanian A, Auricchio A,Bax J, Ceconi C, Dean V, Filippatos G, Funck-Brentano C, Hobbs R, Kearney P, McDonagh T, McGregor K, Popescu BA, Reiner Z, Sechtem U, Sirnes PA, Tendera M, Vardas P,Widimsky P., Guidelines on the prevention, diagnosis, and treatment of infective endocarditis (new version 2009): the Task Force on the Prevention, Diagnosis, and Treatment of Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC), Eur Heart J. 2009 Oct;30(19):2369-413. Epub 2009 Aug 27. Vaska, Vikram; Faoagali, Joan, Streptococcus bovis bacteraemia: identification within organism complex and association with endocarditis and colonic malignancy , Pathology (February 2009) 41(2), pp. 183–186 Cone LA, Hirschberg J, Lopez C, Kanna PK, Goldstein EJ, Kazi A, Gade-Andavolu R, Younes B., Infective endocarditis associated with spondylodiscitis and frequent secondary epidural abscess, Surg Neurol. 2008 Feb;69(2):121-5. Epub 2007 Aug 27. Herrera P, Kwon YM, Ricke SC., Ecology and pathogenicity of gastrointestinal Streptococcus bovis, Anaerobe. 2009 Feb-Apr;15(1-2):44-54. Epub 2008 Dec 7. Ferrari A, Botrugno I, Bombelli E, Dominioni T, Cavazzi E, Dionigi P., Colonoscopy is mandatory after Streptococcus bovis endocarditis: a lesson still not learned. Case report., World J Surg Oncol. 2008 May 12;6:49. Boleij A, Schaeps RM, Tjalsma H., Association between Streptococcus bovis and colon cancer, J Clin Microbiol. 2009 February; 47(2): 516.doi: 10.1128/JCM.01755-08. RS Klein, RA Recco, MT Catalano, SC Edberg, JI Casey, and NH Steigbigel, Association of Streptococcus bovis with carcinoma of the colon, NEJM Volume 297:800- 802, October 13, 1977, Number 15 Downs, JW, Streptococcus Group D Infections: e-Medicine Infectious Diseases, Jan 23, 2009, http://emedicine.medscape.com/article/229209-overview
  • 30. Bibliografia (2) Cottle L, Riordan T., Infectious spondylodiscitis., J Infect. 2008 Jun;56(6):401-12. Epub 2008 Apr 28. Ruiz A, Post JD, Ganz WI, Inflammatory and infectious processes of the cervical spine., Neuroimaging Clin N Am. 1995 Aug;5(3):401-25. Smith AS, Blaser SI., MR of infectious and inflammatory diseases of the spine., Crit Rev Diagn Imaging. 1991;32(3):165-89. Mann S, Schütze M, Sola S, Piek J., Nonspecific pyogenic spondylodiscitis: clinical manifestations, surgical treatment, and outcome in 24 patients., Neurosurg Focus. 2004 Dec 15;17(6):E3. Lucio E, Adesokan A, Hadjipavlou AG, Crow WN, Adegboyega PA., Pyogenic spondylodiskitis: a radiologic/pathologic and culture correlation study., Arch Pathol Lab Med. 2000 May;124(5):712-6. Cusmano F, Calabrese G, Bassi S, Branislav S, Bassi P., Radiologic diagnosis of spondylodiscitis: role of magnetic resonance, Radiol Med. 2000 Sep;100(3):112-9. Friedman JA, Maher CO, Quast LM, McClelland RL, Ebersold MJ., Spontaneous disc space infections in adults, Surg Neurol. 2002 Feb;57(2):81-6. M.Honan, G.White, G.Eisenberg, The American Journal of Medicine, Volume 100, Issue 1, Pages 85-89, Spontaneous infectious discitis in adults Youmans, JR, Youmans Neurological Surgery, 4th Edition, Volume 5, Philadelphia, PA, USA, WB Saunders Company, 1996 Benzel, EC, Spine Surgery, 1st Edition, Volume 1, Philadelphia, PA, USA, Churchill Livingstone, 1999 Fauci, Braunwald, Kasper, Hauser, Longo, Jameson, Loscalzo, Harrison’s Principles of Internal Medicine, 17th Edition, Volume I, USA, The McGraw-Hill Companies, Inc., 2008 Antunes, F, Manual Sobre Doenças Infecciosas, 1a Edição, Lisboa, Portugal, Permanyer Portugal, 2003 Gilbert, DN, Sanford Guide to Antimicrobial Therapy, 39th Edition, Antimicrobial Therapy, April 2009 Antunes, F, Valadas, E, Os Casos Clínicos de Doenças Infecciosas, Volume 2, no 1 / 2007, Lisboa, Portugal, 2007

Notas del editor

  1. A lesão do endotélio condiciona, de seguida, deposição de plaquetas e fibrina, que se organizam numa estrutura consistente a que alguns chamam de vegetação asséptica e dá origem à endocardite trombótica asséptica. Logo que, por qualquer razão, haja bacteriémia, existe a possibilidade de essas bactérias circulantes aderirem à lesão formada e, de seguida, serem envoltas por fibrina e por plaquetas, criando assim condições que vão permitir o desenvolvimento da EI. A capacidade de adesão de diferentes bactérias à vegetação estéril inicial não é igual para todas, sendo bem conhecida a propensão para esse facto dos enterococcos , S.viridans , S.aureus , S.epidermidis e P.aeruginosa . A vegetação asséptica vai ser rapidamente colonizada por bactérias provenientes de um foco infeccioso distante ou por qualquer bacteriémia transitória (como por exemplo nos procedimentos agressivos na area da estomatologia). Na sequência destes procedimentos, as bactérias entram em circulação em numero consideravel, escapam aos diferentes mecanismos imunológicos. As sucessivas camadas de fibrina e de plaquetas colocam os MO a salvo, atingido grandes concentrações (10^9-10^10) por grama de tecido. Estas bactérias entram numa fase de reduzida actividade metabólica, envolvidas numa matriz de fibrina e de plaquetas, entrando numa fase de actividade metabólica reduzida, com menor susceptibilidade aos AB (nomeadamente beta-lactamicos que necessitam de sintese de parede celular e de divisão bacteriana para a sua actividade máxima). As vegetações sofrem uma regular erosão com fragmentação, de que resulta uma bacteriémia continuada.
  2. Clínicos deveriam estar alertas para a dor lombar em doentes com diagnóstico de endocardite para que a possibilidade da infecção peri-medular ou osteo-articular não seja subestimada Dor na coluna, febre e rigidez nos movimentos são os sintomas mais frequentes de espondilodiscite Que podem existir em casos de EI não complicada Em doentes com endocardite infecciosa por S.bovis, com queixas de dor lombar, a espondilodiscite deve ser um diagnóstico a considerar Ecocardiografia deveria ser realizada Suspeita de EI (novo sopro cardíaco, êmbolos periféricos) Doentes com doença cardíaca subjacente e bacteriémia por Strep. Grupo D Ostiomielite vertebral causada por um agente de EI frequente Ecocardiografia deveria ser feita por rotina em todos os doentes com espondilodiscite O interesse do estudo desta associação não é apenas académico, mas apresenta também implicações terapêuticas: particularmente nos doentes com osteomielite vertebral piogénica tratdos com AB oral ou mudados para essa via (e que eventualmente possam ter EI concomitante) Recomendam-se exames de colonoscopia de seguimento 2-4A depois da resolução da infecção para averiguar surgimento de novas lesões patológicas Colonoscopia total é altamente recomendável em doentes com bacteriémia por S.bovis, especialmente por S.gallolyticus subsp. gallolyticus (biotipo I) Num estudo prospectivo, 29 doentes com diagnóstico de bacteriémia por S.bovis e sem lesões colorrectais foram novamente avaliados 2A depois 13 apresentavam lesões pré-cancerosas ou cancerosas A presença de anticorpos contra os antigénios de S.bovis, bem como os antigénios em si poderiam vir a ser utilizados como marcadores de carcinogéne colorrectal
  3. Clínicos deveriam estar alertas para a dor lombar em doentes com diagnóstico de endocardite para que a possibilidade da infecção peri-medular ou osteo-articular não seja subestimada Dor na coluna, febre e rigidez nos movimentos são os sintomas mais frequentes de espondilodiscite Que podem existir em casos de EI não complicada Em doentes com endocardite infecciosa por S.bovis, com queixas de dor lombar, a espondilodiscite deve ser um diagnóstico a considerar Ecocardiografia deveria ser realizada Suspeita de EI (novo sopro cardíaco, êmbolos periféricos) Doentes com doença cardíaca subjacente e bacteriémia por Strep. Grupo D Ostiomielite vertebral causada por um agente de EI frequente Ecocardiografia deveria ser feita por rotina em todos os doentes com espondilodiscite O interesse do estudo desta associação não é apenas académico, mas apresenta também implicações terapêuticas: particularmente nos doentes com osteomielite vertebral piogénica tratdos com AB oral ou mudados para essa via (e que eventualmente possam ter EI concomitante) Recomendam-se exames de colonoscopia de seguimento 2-4A depois da resolução da infecção para averiguar surgimento de novas lesões patológicas Colonoscopia total é altamente recomendável em doentes com bacteriémia por S.bovis, especialmente por S.gallolyticus subsp. gallolyticus (biotipo I) Num estudo prospectivo, 29 doentes com diagnóstico de bacteriémia por S.bovis e sem lesões colorrectais foram novamente avaliados 2A depois 13 apresentavam lesões pré-cancerosas ou cancerosas A presença de anticorpos contra os antigénios de S.bovis, bem como os antigénios em si poderiam vir a ser utilizados como marcadores de carcinogéne colorrectal
  4. Clínicos deveriam estar alertas para a dor lombar em doentes com diagnóstico de endocardite para que a possibilidade da infecção peri-medular ou osteo-articular não seja subestimada Dor na coluna, febre e rigidez nos movimentos são os sintomas mais frequentes de espondilodiscite Que podem existir em casos de EI não complicada Em doentes com endocardite infecciosa por S.bovis, com queixas de dor lombar, a espondilodiscite deve ser um diagnóstico a considerar Ecocardiografia deveria ser realizada Suspeita de EI (novo sopro cardíaco, êmbolos periféricos) Doentes com doença cardíaca subjacente e bacteriémia por Strep. Grupo D Ostiomielite vertebral causada por um agente de EI frequente Ecocardiografia deveria ser feita por rotina em todos os doentes com espondilodiscite O interesse do estudo desta associação não é apenas académico, mas apresenta também implicações terapêuticas: particularmente nos doentes com osteomielite vertebral piogénica tratdos com AB oral ou mudados para essa via (e que eventualmente possam ter EI concomitante) Recomendam-se exames de colonoscopia de seguimento 2-4A depois da resolução da infecção para averiguar surgimento de novas lesões patológicas Colonoscopia total é altamente recomendável em doentes com bacteriémia por S.bovis, especialmente por S.gallolyticus subsp. gallolyticus (biotipo I) Num estudo prospectivo, 29 doentes com diagnóstico de bacteriémia por S.bovis e sem lesões colorrectais foram novamente avaliados 2A depois 13 apresentavam lesões pré-cancerosas ou cancerosas A presença de anticorpos contra os antigénios de S.bovis, bem como os antigénios em si poderiam vir a ser utilizados como marcadores de carcinogéne colorrectal