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Tratamento Cognitivo e
Comportamental para TOC

Carlos Eduardo Seixas
Especialização WP
Obras utilizadas neste material
Introdução
• Transtorno de ansiedade caracterizado por
pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o
indivíduo tem comportamentos considerados
estranhos para a sociedade ou para a própria
pessoa;
• Ideias exageradas e irracionais que são
incontroláveis ou dificilmente controláveis;
• Compulsão é um comportamento consciente e
repetitivo que serve para anular uma obsessão;
• Devem ocorrer em uma frequência bem acima do
necessário diante de qualquer padrão de
avaliação.
Curiosidades
• 4º diagnóstico psiquiatrico mais frequente na
população mundial (até 3%);
• Proporção homens / mulheres: 1:1
• Início: Homens (13 aos 15 anos)
• Mulheres (20 aos 24 anos)
• Início gradual e curso crônico e oscilante
• Em geral, buscam tratamento 7 anos após o
início do transtorno.
Critérios diagnósticos
• A. Obsessões:
• Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4):
• (1) pensamentos, impulsos ou imagens
recorrentes e persistentes que são
experimentados como intrusivos e
inadequados e causam acentuada ansiedade
ou sofrimento.
• (2) os pensamentos, impulsos ou imagens não são
meras preocupações excessivas com problemas da
vida real;

• (3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais
pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizálos com algum outro pensamento ou ação;
• (4) a pessoa reconhece que os pensamentos,
impulsos ou imagens obsessivas são produto de sua
própria mente (não impostos a partir de fora, como
na inserção de pensamentos).
• Compulsões, definidas por (1) e (2)
• (1) comportamentos repetitivos ou atos mentais
que a pessoa se sente compelida a executar em
resposta a uma obsessão ou de acordo com
regras que devem ser rigidamente aplicadas;

• (2) os comportamentos ou atos mentais visam a
prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar algum
evento ou situação temida; entretanto, esses
comportamentos ou atos mentais não têm uma
conexão realista com o que visam a neutralizar ou
evitar ou são claramente excessivos.
Principais comorbidades
• 30% Depressão Maior;
• 40% Perturbações do Sono;
• 30% Fobia Específica;
• 20% Fobia Social;
• 15% Transtorno de Pânico;
• 10% Anorexia Nervosa;
• 20 a 30% Transtorno de Tique;
• 5 a 7% Síndrome de Tourette.
Tipos de TOC
1. Preocupação excessiva com sujei
ra, germes ou contaminação;
2. Dúvidas;
3. Preocupação com simetria, exatidão, ordem,
sequência ou alinhamento;
4. Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir,
insultar ou agredir outras pessoas;
5. Preocupação em armazenar, poupar, guardar
coisas inúteis ou economizar.
Tipos de TOC
6. Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e
impróprios, relacionados a sexo
(comportamento sexual violento, abusar
sexualmente de crianças, falar obscenidades,
etc.);
7. Preocupação em armazenar, poupar, guardar
coisas inúteis ou economizar;
8. Preocupações com doenças ou com o corpo;
9. Religião (pecado, culpa, escrupolosidade, sacrilégios ou
blasfêmias).
Tipos de TOC
10.Pensamentos supersticiosos: preocupação
com números especiais, cores de roupa,
datas e horários (podem provocar desgraças);
11.Palavras, nomes, cenas
ou músicas intrusivas e
indesejáveis.
Multi fatoriedades
I. Fatores neurobiológicos;
II. Hiperativa no córtex frontal e nos
glânglios basais;
III. Alterações volumétricas anatômicas;
IV. Genética;
V. Vulnerabilidade cognitiva;
VI. Aprendizagem;
VII.Fatores ambientais.
A terapia e os medicamentos reduzem
os sintomas e a hiperatividade cerebral
dos portadores do TOC
Estudo gaúcho com grupo de TOC
12 sessões (Cordioli &Carneiro)
• Ao longo de 2 anos após o tratamento: (44)

• Remissão parcial em 43%
• Remissão completa 31%
• Melhora real e dura
• Redução nas crenças disfuncionais
• 26% não melhoraram.
AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO
Inventário
Cordioli

Máx 72
Média 3
grave

OCI-R

Y-Bocks

Máx 40
>16 clínico
8<16 sub
clínico
LISTA DE SINTOMAS DE NIVEL 1 E NIVEL 2 DO TOC (2) – vinicius 31/05/2011.
NÍVEL 1
Preocupo-me demais com limpeza, germes, contaminação ou sujeira
Envolvo-me demais na limpeza da casa ou objetos, mobílias, etc
Demoro muito no banho, esfrego-me demais ou tomo o banho de
forma ritualizada
Certifico-me se fechei bem as portas e os vidros do carro depois de
estacioná-lo
Se compreendi completamente o parágrafo ou a pagina que li, a aula
ou o filme a que assisti
Verifico se as minhas roupas estão perfeitamente ajustadas
No espelho, se estou mais gordo ou mais magro
Tenho medo de fazer coisas que causem embaraço ou que prejudiquem
outras pessoas
Faço as coisas de certa maneira, em determinada ordem ou forma
correta
Acho que as coisas tem que estar no seu devido lugar
Os objetos sobre minha escrivaninha ou no meu quarto necessitam
estar arrumados de uma certa maneira
Perturbo-me se certas coisas não estão simétricas, quadros na parede,
laços de presentes, cadarços de sapatos, lados da colcha da cama, etc
Não consigo deixar uma tarefa incompleta
Tenho medo de que certas partes do meu corpo sejam muito pequenas
ou muito grandes, desconfiguradas ou assimétricas
Demoro muito tempo para escolher a roupa adequada
Preciso reler ou reescrever repetidamente parágrafos ou paginas

NÍVEL 2
Tenho que lavar as maos antes de comer
Evito pisar em manchas suspeitas na rua
Verifico se meu trabalho está sem falhas
Se minha aparência está perfeita.
Portas e vidros do carro ao estacionar
Se o celular está desligado
Necessito manter a minha casa e meus objetos perfeitamente em ordem
Tenho preocupação excessiva em poupar e sofro quando tenho que
gastar, mesmo sendo necessário e tendo dinheiro disponível
Tenho medo de que certa partes do meu corpo ou algum aspecto da
minha aparência sejam feios
Necessito tocar, bater de leve ou roçar em objetos, móveis, paredes
Necessito olhar fixamente ou para os lados, estalar os dedos ou as
articulações dos ossos do corpo
Tenho tique motores ou vocais
Modelo de tratamento
Comportamental
• Considera o medo e a ansiedade patológicos
podendo ser reaprendidos;
• TOC seria resultante de aprendizagens errôneas
que ocorreriam em 2 estágios:
• 1) medo e aflição ligados a
estímulos internos
• 2) descobre táticas neutralizadoras, reforço e
aumento da frequência;
• Aprendizagem evitativa.
• Falha no fenômeno da habituação;
• Maior sensibilidade a intrusão mental;
a) Diminuição do desconforto
b) Sucesso do EPR ***** (verificação e repetição
como lavagens)

a)
b)
c)

d)

• Limitações do modelo
Disputa verbal fútil;
Não explicação a TOCs não traumáticos;
Não inclui fatores biológicos, cognitivos e de
personalidade;
Limitações da EPR para Obsessões ‘puras’.
INDIVÍDUO HIPERSENSIVEL
(genética, educação, neuroquímica, lesão cerebral)

Estímulo
desencadeante

Alivio

Obsessão

reforço

Ritual

Neutralização

Desconforto
emocional
Exposição x Habituação
EPR
120

1ª sessão
2ª sessão
6ª sessão

100
80
60

40
20
0

0

15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180

* * * C O M P O N E N T E N E C E S S Á R I O E M T R ATA M E N T O D E T O C * * *
Suposições Disfuncionais
• 1. Ter um pensamento sobre uma ação é o
mesmo que cometê-la;
• 2. O fracasso em impedir ou tentar impedir o
prejuízo é o mesmo que tê-lo causado;
• 3. A responsabilidade não é atenuada por outros
fatores (baixa probabilidade de ocorrência);
• 4. Não neutralizar é o mesmo que desejar que
aquilo aconteça;
• 5. As pessoas deveriam controlar seus
pensamentos.
Modelo Cognitivo
SITUAÇÃO

Crenças
disfuncionais

PENSAMENTO A.
CATASTRÓFICO

OBSESSÃO

MEDO, AFLIÇÃO

RITUAIS, EVITAÇÃO
• Avaliações deficientes de significância
defeituosa X execução de neutralização das
obsessões;

• Vulnerabilidade em interpretar as intrusões
mentais como significativas, responsáveis;
• Repelir as consequências negativas, organizar
as coisas ‘no lugar’;
• Constructos cognitivos são importantes;
• Probabilidade
de ameaça e
consequências
negativas

Avaliação
primária

Avaliação
secundária
• Capacidade de
lidar com tais
ameaças

• Perfeccionistas
• Responsabilidade
• Controle
• incerteza

CRENÇAS

• OBSESSÕES – P.A negativo, avaliações;
• Esquemas preexistentes com avaliações
deficientes de inaceitabilidade, significação de
natureza ameaçadora do pensamento intruso;
• Responsabilidade pela prevenção de danos.
• Rituais são para tentar colocar as coisas no
‘seu lugar’ e impossibilitar a culpa;
• Esquemas e crenças vulnerabilizam ao TOC;
• Aumento de avaliações falhas e das obsessões;
• Ênfase dada ao questionamento socrático e à
descoberta orientada;
• Identificar avaliações falhas e obsessões;
• Reestruturação cognitiva;
• Experimentos comportamentais.
Técnicas Cognitivas
•
•
•
•
•
•
•
•

RPDs;
Identificação das crenças disfuncionais;
Papel das manobras de neutralização;
Terapia como descoberta guiada;
Técnica das duas teorias;
Grafico de pizza;
Duplo padrão;
Exagero da importância de controle.
Questionamento Socrático
A. Que evidências eu tenho de que o que passa na
minha mente ou os meus medos tem algum
fundamento? E que evidências são contrárias?
B. Existe uma explicação alternativa para isso?
C. O que (fulano) diria sobre meus medos?
D. Meus medos têm como base alguma prova real,
ou ocorrem porque eu tenho TOC? O que é mais
provável?
E. Como a maioria das pessoas se comportam em
situações semelhantes?
F. Qual é a crença errônea?
Salkovskis

• Avaliações e crenças que
envolvem a
responsabilidade inflada;
• Consequências no mundo
real e consciência moral
geram o sofrimento;
• São exclusivas do TOC?
• Alguns tipos de TOC?
• Menos impactantes do que
imaginava para alguns tipos.
Responsabilidade inflada é uma causa ou
consequência das obsessões?

Rachman

• Interpretação equivocada e
catastrófica de ter as intrusões mentais;
• Ser relevante, perigoso
Fusão Pensamento Ação;

• Cognição gera ansiedade –
FPA – vulnerabilidade
obsessiva;
• Controle do pensamento
obsessivo.
Modelo Cognitivo Comportamental
Evento
desencadeador
Pensamento
intrusivo

Ansiedade

Saliência

Controle
percebido

Avaliação

frequência

crenças

Neutraliza

compulsões
• Modificação das avaliações e evitação da
neutralização;***
• Educação do modelo TCC-TOC
• Baixo auto controle
• Fracasso, fraqueza
• Eliminação das obsessões
• Avaliação negativa primária
• ‘normalização’ dos pensamentos intrusos
• Ser significativo
• Apresentar lógica convincente***
• Avaliação da importância aos pensamentos e
identificação das obsessões
• Identificação do funcionamento do TOC
Elementos terapêuticos para o TOC
através da TCC
1

• Educação sobre o modelo e avaliação diagnósticas
• Identificação e diferenciação de avaliações e de intrusões

2

• Estratégia de reestruturação cognitiva
• Avaliações alternativas das obsessões

3

• Exposição e Prevenção de Resposta (EPR)
• Experimentação comportamental

4

5

• Modificação das crenças autorreferentes e metacognitivas

• Prevenção a recaída
1
• Psicoeducação
• Identificações
e avaliações

• Psicoeducação sobre o TOC e sobre a
TCC;
• Identificação dos Tocs;
• Psicoeducação EPR;
• Identificação de avaliações deficientes;
• Distorções cognitivas;
• Avaliação da importância dada a seus
pensamentos diferente das obsessões;
• Tarefas de automonitoramento.
2
• Reestruturação
cognitiva
• Avaliações
alternativas

• Intervenções cognitivas;
• Interpretações de importância no que
poderia acontecer e não no que vai
acontecer;
• Fusão Pensamento Ação;
• Responsabilidade inflada;
• Necessidade de controle;
• Intolerâncias a incerteza, desconforto;
• Perfeccionismo;
• Explicações sobre as obsessões, ameaças,
inofensivos, criativos, aquisição;
• LÓGICA!!!!!!!
3
• EPR
• Experimentação
comportamental

• Desafiar diretamente as avaliações e
crenças errôneas;

• Testar hipóteses;
• Tipos de TOC (simetria, verificação,
limpezas)
• Criação de ‘miniexperimentos’.
4
• Metacognição

• Modificação de esquemas nucleares;

• Crenças da tríade cognitiva;
• Importância, significância dos
pensamentos e de seu controle.
• Instruções escritas com estratégias
positivas;
5
• Prevenção
a recaída

• Autoeficácia sobre resolução de
problemas com obsessões indesejadas e
situações de estresse;
• Praticar EPR;
• Lapsos;

• Sessões de encorajamento.
Técnicas Comportamentais e
Cognitivas
RPD modelo TOC
Grau de perturbação:
0 – Nenhuma perturbação
1 – Leve perturbação
2 – Moderada perturbação
3 – Muita perturbação
4 – Perturbação extrema, incapacitante

Data
Hora

Situação

Pensamento
Automático

23/03
14:52

Chegar da rua
em casa

Posso trazer
doenças para
dentro de casa

DIÁRIO DE SINTOMAS
Identificação de crenças
a) Exagerar o risco
b) Exagerar a responsabilidade
c) Exagerar o poder do pensamento e a necessidade de controlá-lo
d) Fusão de pensamento e da ação
e) Pensamento mágico
f) Necessidade de ter certeza
g) Perfeccionismo
O que senti O que eu fiz foi ...? Grau Nº de repetições Crença
foi ...?
(ritual, evitação)
Tempo perdido
Medo

Verifiquei a sola
dos sapatos

2

4 verificações
18 minutos

A
Exposições comportamentais
•
•

•
•
•

Exposição gradual direta
Tocar a ponta do dedo na
ponta do sapato;
Tocar a mão em cima do
sapato por 1 min;
Tocar a mão na sola do
sapato durante 30 segundos;
Tocar em suas roupas depois
de ter tocado no sapato;
Tocar com o dedo na sua
língua depois de tocar na
ponta do sapato.

Modelagem
• Observar outras pessoas;
• Terapeuta como modelo.
Páre! mental para verificação
•
•
•
•
•

Identificar e anotar as situações;
Identificar respectivos rituais;
PÁAAAAAARRRRRRAAAAA!!!!!!
Provocar outro estímulo concomitante;
Distração posterior diminuindo as
preocupações.
Regras importantes em exposições
1. Respeitar a ‘lei dos 80%’;
2. Enfrentar coisas que se tem
medo com frequência maior
sempre;
3. Perceber o que pode-se estar
evitando de novo;
4. Esforçar-se para não realizar
o ritual logo de imediato;
5. Aumentar frequencia e
duração das exposições.

Exemplos

• Não lavar as mãos durante
15 min. Após chegar em
casa e tocar em objetos da
residência;
• Deixar objetos desalinhados
• Segurar em corremão de
escadas, ônibus sem lavar
as mãos;
• Cumprimentar pessoas de
pouca intimidade;
• Não tomar banho após
gozar.
MENTE
RACIONAL
 Busca evidências para as suas
conclusões;
 Possibilidade de fazer
escolhas
 Emoções com influência
limitada
 Aprende por ensaio e erros

 Pesa as vantagens X
desvantagens
 Aquisição lento de
conhecimento
 Visão a longo prazo
GRÁFICO DE PIZZA
RESPONSABILIDADES POSSÍVEIS
Possibilidade de sentimento de
responsabilidade por não ter
feito o ritual certo e por isso,
ter causado o acidente.

DEPOIS
Imprudência
23%

30%

Pessoas que
permitiram

12%

1º SILVA

100%

Saiu da festa
tarde

35%

Briga com a
namorada
Duas teorias....
• Teoria A:
• Realmente o fato de ligar
o cpu antes as 14horas
vai fazer com que tudo
que você possui seja
perdido, pois ele pode ter
um relógio programado
para isso e você nunca
mais vai ter chance
nenhuma de recuperar
seu semestre na
faculdade

Qual é a teoria mais provável?

Se eu ligar o CPU antes das 14horas ele vai desgravar tudo e
vou perder o ano na minha faculdade
• Teoria B:
• Você tem tendência a ter
P.I. excessivos que fazem
com que você
superestime sua
responsabilidade e riscos
sobre seus atos, tendo
intolerancia a incertezas
e buscando um controle
sempre sobre as coisas,
devido a TER TOC.
Exemplo de pensamento catastrófico
Se penso no
demônio é sinal
que amo ele

PENSAR NAS OBSESSÕES
ATÉ O FIM DELAS....

Se amo ele, então
não amo Deus

Não tenho mais
salvação, não vou
aguentar este
sofrimento

Se isso é verdade,
Deus me
condenará

Acabarei indo para
o inferno sofrer
para sempre
Questionamento socratico
• Pensar no demônio é prova evidente que não
ama Deus?
• Alguma explicação alternativa para este PI?
• Quais evidências tens que deixou de amar
Deus?
• Se a sua visão de Deus é amor, como ele irá
condená-lo contra a sua vontade?
• Seria mais coerente Deus te castigar ou
compreender o sofrimento de um portador de
TOC ?
Consulta a especialistas
• Um paciente que trabalho em um raio X há 11
anos, efetuou um exame disparando o gatilho
antes de se posicionar atrás do biombo de
segurança. Passou a ter PI de estar contaminado
com radioatividade, se desfazendo de suas
roupas de trabalho e não conseguindo prestar
atenção necessária mais nos
procedimentos básicos de sua ocupação
Tarefas de casa fundamentais para
o tratamento
• Continuação dos exercícios
de EPR com aumento da
habituação;
• Treino na identificação e
registro de pensamentos
automáticos;
• Crenças errôneas e
ansiedade associada;
• Distrações e menos valia a
intrusão mental;
• Exercícios de correção de
pensamentos disfuncionais.
Vinhetas clínicas
• Um paciente não
comparecia de forma
alguma a festas porque
tinha o pensamento de
que, ao estender a mão
para cumprimentar
alguém, iria dar um
soco no rosto da
pessoa.

• A mulher exigia que o
marido lavasse a boca
antes de beijá-la, ao
chegar da rua, e
imediatamente tomasse
um banho e trocasse de
roupa. Também era
obrigado a ter que
tomar banho após
qualquer carícias
sexuais.
• Uma paciente tinha
dezenas de caixa de
sapatos vazias, que
ocupavam quase uma
peça inteira de seu
apartamento pois
‘poderiam ser usadas
no futuro’.

• Um paciente verificava
várias vezes ao dia os
documentos na carteira
pois temia ser preso
caso fosse interpelado
na rua por um policial e
estivesse sem eles.
• A noite, enquanto todo estão dormindo, acordo,
vou até a cozinha e pego a faca mais afiada, afio
ela mais ainda. Pego também a tesoura e corto a
garganta do meu pai e a artéria da virilha para ele
ter uma hemorragia. Depois corto a garganta do
meu irmão e dou diversas punhaladas no peito
dele. Abro a cabeça dele, picotando
freneticamente, tiro o cérebro e os olhos. Faço
algo parecido com uma necropsia. Corto o corpo
deles em forma de Y e retiro todas as vísceras.
Faço dos corpos, pedaços de carne. Espalho pela
casa e ponho uns pedaços no forno e sinto grande
prazer em fazer tudo isso. Atiro-me da janela de
cabeça para baixo, caio, espatifo minha cabeça e
acabo morrendo.
Role Play em aula
Psicoeducação da EPR

Asseguramento que não vai
acontecer o que temo
Grato pela atenção e ótimo fim de
semana.... cadu.seixas@globo.com

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TOC Tratamento Cognitivo

  • 1. Tratamento Cognitivo e Comportamental para TOC Carlos Eduardo Seixas Especialização WP
  • 3. Introdução • Transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para a própria pessoa; • Ideias exageradas e irracionais que são incontroláveis ou dificilmente controláveis; • Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo que serve para anular uma obsessão; • Devem ocorrer em uma frequência bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
  • 4. Curiosidades • 4º diagnóstico psiquiatrico mais frequente na população mundial (até 3%); • Proporção homens / mulheres: 1:1 • Início: Homens (13 aos 15 anos) • Mulheres (20 aos 24 anos) • Início gradual e curso crônico e oscilante • Em geral, buscam tratamento 7 anos após o início do transtorno.
  • 5. Critérios diagnósticos • A. Obsessões: • Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4): • (1) pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são experimentados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento.
  • 6. • (2) os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real; • (3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizálos com algum outro pensamento ou ação; • (4) a pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obsessivas são produto de sua própria mente (não impostos a partir de fora, como na inserção de pensamentos).
  • 7. • Compulsões, definidas por (1) e (2) • (1) comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas; • (2) os comportamentos ou atos mentais visam a prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam a neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.
  • 8. Principais comorbidades • 30% Depressão Maior; • 40% Perturbações do Sono; • 30% Fobia Específica; • 20% Fobia Social; • 15% Transtorno de Pânico; • 10% Anorexia Nervosa; • 20 a 30% Transtorno de Tique; • 5 a 7% Síndrome de Tourette.
  • 9. Tipos de TOC 1. Preocupação excessiva com sujei ra, germes ou contaminação; 2. Dúvidas; 3. Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento; 4. Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas; 5. Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar.
  • 10. Tipos de TOC 6. Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.); 7. Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar; 8. Preocupações com doenças ou com o corpo; 9. Religião (pecado, culpa, escrupolosidade, sacrilégios ou blasfêmias).
  • 11. Tipos de TOC 10.Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças); 11.Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis.
  • 12. Multi fatoriedades I. Fatores neurobiológicos; II. Hiperativa no córtex frontal e nos glânglios basais; III. Alterações volumétricas anatômicas; IV. Genética; V. Vulnerabilidade cognitiva; VI. Aprendizagem; VII.Fatores ambientais.
  • 13. A terapia e os medicamentos reduzem os sintomas e a hiperatividade cerebral dos portadores do TOC
  • 14. Estudo gaúcho com grupo de TOC 12 sessões (Cordioli &Carneiro) • Ao longo de 2 anos após o tratamento: (44) • Remissão parcial em 43% • Remissão completa 31% • Melhora real e dura • Redução nas crenças disfuncionais • 26% não melhoraram.
  • 15. AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO Inventário Cordioli Máx 72 Média 3 grave OCI-R Y-Bocks Máx 40 >16 clínico 8<16 sub clínico
  • 16. LISTA DE SINTOMAS DE NIVEL 1 E NIVEL 2 DO TOC (2) – vinicius 31/05/2011. NÍVEL 1 Preocupo-me demais com limpeza, germes, contaminação ou sujeira Envolvo-me demais na limpeza da casa ou objetos, mobílias, etc Demoro muito no banho, esfrego-me demais ou tomo o banho de forma ritualizada Certifico-me se fechei bem as portas e os vidros do carro depois de estacioná-lo Se compreendi completamente o parágrafo ou a pagina que li, a aula ou o filme a que assisti Verifico se as minhas roupas estão perfeitamente ajustadas No espelho, se estou mais gordo ou mais magro Tenho medo de fazer coisas que causem embaraço ou que prejudiquem outras pessoas Faço as coisas de certa maneira, em determinada ordem ou forma correta Acho que as coisas tem que estar no seu devido lugar Os objetos sobre minha escrivaninha ou no meu quarto necessitam estar arrumados de uma certa maneira Perturbo-me se certas coisas não estão simétricas, quadros na parede, laços de presentes, cadarços de sapatos, lados da colcha da cama, etc Não consigo deixar uma tarefa incompleta Tenho medo de que certas partes do meu corpo sejam muito pequenas ou muito grandes, desconfiguradas ou assimétricas Demoro muito tempo para escolher a roupa adequada Preciso reler ou reescrever repetidamente parágrafos ou paginas NÍVEL 2 Tenho que lavar as maos antes de comer Evito pisar em manchas suspeitas na rua Verifico se meu trabalho está sem falhas Se minha aparência está perfeita. Portas e vidros do carro ao estacionar Se o celular está desligado Necessito manter a minha casa e meus objetos perfeitamente em ordem Tenho preocupação excessiva em poupar e sofro quando tenho que gastar, mesmo sendo necessário e tendo dinheiro disponível Tenho medo de que certa partes do meu corpo ou algum aspecto da minha aparência sejam feios Necessito tocar, bater de leve ou roçar em objetos, móveis, paredes Necessito olhar fixamente ou para os lados, estalar os dedos ou as articulações dos ossos do corpo Tenho tique motores ou vocais
  • 17. Modelo de tratamento Comportamental • Considera o medo e a ansiedade patológicos podendo ser reaprendidos; • TOC seria resultante de aprendizagens errôneas que ocorreriam em 2 estágios: • 1) medo e aflição ligados a estímulos internos • 2) descobre táticas neutralizadoras, reforço e aumento da frequência; • Aprendizagem evitativa.
  • 18. • Falha no fenômeno da habituação; • Maior sensibilidade a intrusão mental; a) Diminuição do desconforto b) Sucesso do EPR ***** (verificação e repetição como lavagens) a) b) c) d) • Limitações do modelo Disputa verbal fútil; Não explicação a TOCs não traumáticos; Não inclui fatores biológicos, cognitivos e de personalidade; Limitações da EPR para Obsessões ‘puras’.
  • 19. INDIVÍDUO HIPERSENSIVEL (genética, educação, neuroquímica, lesão cerebral) Estímulo desencadeante Alivio Obsessão reforço Ritual Neutralização Desconforto emocional
  • 20. Exposição x Habituação EPR 120 1ª sessão 2ª sessão 6ª sessão 100 80 60 40 20 0 0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 * * * C O M P O N E N T E N E C E S S Á R I O E M T R ATA M E N T O D E T O C * * *
  • 21. Suposições Disfuncionais • 1. Ter um pensamento sobre uma ação é o mesmo que cometê-la; • 2. O fracasso em impedir ou tentar impedir o prejuízo é o mesmo que tê-lo causado; • 3. A responsabilidade não é atenuada por outros fatores (baixa probabilidade de ocorrência); • 4. Não neutralizar é o mesmo que desejar que aquilo aconteça; • 5. As pessoas deveriam controlar seus pensamentos.
  • 23. • Avaliações deficientes de significância defeituosa X execução de neutralização das obsessões; • Vulnerabilidade em interpretar as intrusões mentais como significativas, responsáveis; • Repelir as consequências negativas, organizar as coisas ‘no lugar’;
  • 24. • Constructos cognitivos são importantes; • Probabilidade de ameaça e consequências negativas Avaliação primária Avaliação secundária • Capacidade de lidar com tais ameaças • Perfeccionistas • Responsabilidade • Controle • incerteza CRENÇAS • OBSESSÕES – P.A negativo, avaliações; • Esquemas preexistentes com avaliações deficientes de inaceitabilidade, significação de natureza ameaçadora do pensamento intruso; • Responsabilidade pela prevenção de danos.
  • 25. • Rituais são para tentar colocar as coisas no ‘seu lugar’ e impossibilitar a culpa; • Esquemas e crenças vulnerabilizam ao TOC; • Aumento de avaliações falhas e das obsessões; • Ênfase dada ao questionamento socrático e à descoberta orientada; • Identificar avaliações falhas e obsessões; • Reestruturação cognitiva; • Experimentos comportamentais.
  • 26. Técnicas Cognitivas • • • • • • • • RPDs; Identificação das crenças disfuncionais; Papel das manobras de neutralização; Terapia como descoberta guiada; Técnica das duas teorias; Grafico de pizza; Duplo padrão; Exagero da importância de controle.
  • 27. Questionamento Socrático A. Que evidências eu tenho de que o que passa na minha mente ou os meus medos tem algum fundamento? E que evidências são contrárias? B. Existe uma explicação alternativa para isso? C. O que (fulano) diria sobre meus medos? D. Meus medos têm como base alguma prova real, ou ocorrem porque eu tenho TOC? O que é mais provável? E. Como a maioria das pessoas se comportam em situações semelhantes? F. Qual é a crença errônea?
  • 28. Salkovskis • Avaliações e crenças que envolvem a responsabilidade inflada; • Consequências no mundo real e consciência moral geram o sofrimento; • São exclusivas do TOC? • Alguns tipos de TOC? • Menos impactantes do que imaginava para alguns tipos. Responsabilidade inflada é uma causa ou consequência das obsessões? Rachman • Interpretação equivocada e catastrófica de ter as intrusões mentais; • Ser relevante, perigoso Fusão Pensamento Ação; • Cognição gera ansiedade – FPA – vulnerabilidade obsessiva; • Controle do pensamento obsessivo.
  • 30. • Modificação das avaliações e evitação da neutralização;*** • Educação do modelo TCC-TOC • Baixo auto controle • Fracasso, fraqueza • Eliminação das obsessões • Avaliação negativa primária • ‘normalização’ dos pensamentos intrusos • Ser significativo • Apresentar lógica convincente*** • Avaliação da importância aos pensamentos e identificação das obsessões • Identificação do funcionamento do TOC
  • 31. Elementos terapêuticos para o TOC através da TCC 1 • Educação sobre o modelo e avaliação diagnósticas • Identificação e diferenciação de avaliações e de intrusões 2 • Estratégia de reestruturação cognitiva • Avaliações alternativas das obsessões 3 • Exposição e Prevenção de Resposta (EPR) • Experimentação comportamental 4 5 • Modificação das crenças autorreferentes e metacognitivas • Prevenção a recaída
  • 32. 1 • Psicoeducação • Identificações e avaliações • Psicoeducação sobre o TOC e sobre a TCC; • Identificação dos Tocs; • Psicoeducação EPR; • Identificação de avaliações deficientes; • Distorções cognitivas; • Avaliação da importância dada a seus pensamentos diferente das obsessões; • Tarefas de automonitoramento.
  • 33. 2 • Reestruturação cognitiva • Avaliações alternativas • Intervenções cognitivas; • Interpretações de importância no que poderia acontecer e não no que vai acontecer; • Fusão Pensamento Ação; • Responsabilidade inflada; • Necessidade de controle; • Intolerâncias a incerteza, desconforto; • Perfeccionismo; • Explicações sobre as obsessões, ameaças, inofensivos, criativos, aquisição; • LÓGICA!!!!!!!
  • 34. 3 • EPR • Experimentação comportamental • Desafiar diretamente as avaliações e crenças errôneas; • Testar hipóteses; • Tipos de TOC (simetria, verificação, limpezas) • Criação de ‘miniexperimentos’.
  • 35. 4 • Metacognição • Modificação de esquemas nucleares; • Crenças da tríade cognitiva; • Importância, significância dos pensamentos e de seu controle.
  • 36. • Instruções escritas com estratégias positivas; 5 • Prevenção a recaída • Autoeficácia sobre resolução de problemas com obsessões indesejadas e situações de estresse; • Praticar EPR; • Lapsos; • Sessões de encorajamento.
  • 38. RPD modelo TOC Grau de perturbação: 0 – Nenhuma perturbação 1 – Leve perturbação 2 – Moderada perturbação 3 – Muita perturbação 4 – Perturbação extrema, incapacitante Data Hora Situação Pensamento Automático 23/03 14:52 Chegar da rua em casa Posso trazer doenças para dentro de casa DIÁRIO DE SINTOMAS Identificação de crenças a) Exagerar o risco b) Exagerar a responsabilidade c) Exagerar o poder do pensamento e a necessidade de controlá-lo d) Fusão de pensamento e da ação e) Pensamento mágico f) Necessidade de ter certeza g) Perfeccionismo O que senti O que eu fiz foi ...? Grau Nº de repetições Crença foi ...? (ritual, evitação) Tempo perdido Medo Verifiquei a sola dos sapatos 2 4 verificações 18 minutos A
  • 39. Exposições comportamentais • • • • • Exposição gradual direta Tocar a ponta do dedo na ponta do sapato; Tocar a mão em cima do sapato por 1 min; Tocar a mão na sola do sapato durante 30 segundos; Tocar em suas roupas depois de ter tocado no sapato; Tocar com o dedo na sua língua depois de tocar na ponta do sapato. Modelagem • Observar outras pessoas; • Terapeuta como modelo.
  • 40. Páre! mental para verificação • • • • • Identificar e anotar as situações; Identificar respectivos rituais; PÁAAAAAARRRRRRAAAAA!!!!!! Provocar outro estímulo concomitante; Distração posterior diminuindo as preocupações.
  • 41.
  • 42. Regras importantes em exposições 1. Respeitar a ‘lei dos 80%’; 2. Enfrentar coisas que se tem medo com frequência maior sempre; 3. Perceber o que pode-se estar evitando de novo; 4. Esforçar-se para não realizar o ritual logo de imediato; 5. Aumentar frequencia e duração das exposições. Exemplos • Não lavar as mãos durante 15 min. Após chegar em casa e tocar em objetos da residência; • Deixar objetos desalinhados • Segurar em corremão de escadas, ônibus sem lavar as mãos; • Cumprimentar pessoas de pouca intimidade; • Não tomar banho após gozar.
  • 43. MENTE RACIONAL  Busca evidências para as suas conclusões;  Possibilidade de fazer escolhas  Emoções com influência limitada  Aprende por ensaio e erros  Pesa as vantagens X desvantagens  Aquisição lento de conhecimento  Visão a longo prazo
  • 44. GRÁFICO DE PIZZA RESPONSABILIDADES POSSÍVEIS Possibilidade de sentimento de responsabilidade por não ter feito o ritual certo e por isso, ter causado o acidente. DEPOIS Imprudência 23% 30% Pessoas que permitiram 12% 1º SILVA 100% Saiu da festa tarde 35% Briga com a namorada
  • 45. Duas teorias.... • Teoria A: • Realmente o fato de ligar o cpu antes as 14horas vai fazer com que tudo que você possui seja perdido, pois ele pode ter um relógio programado para isso e você nunca mais vai ter chance nenhuma de recuperar seu semestre na faculdade Qual é a teoria mais provável? Se eu ligar o CPU antes das 14horas ele vai desgravar tudo e vou perder o ano na minha faculdade • Teoria B: • Você tem tendência a ter P.I. excessivos que fazem com que você superestime sua responsabilidade e riscos sobre seus atos, tendo intolerancia a incertezas e buscando um controle sempre sobre as coisas, devido a TER TOC.
  • 46. Exemplo de pensamento catastrófico Se penso no demônio é sinal que amo ele PENSAR NAS OBSESSÕES ATÉ O FIM DELAS.... Se amo ele, então não amo Deus Não tenho mais salvação, não vou aguentar este sofrimento Se isso é verdade, Deus me condenará Acabarei indo para o inferno sofrer para sempre
  • 47. Questionamento socratico • Pensar no demônio é prova evidente que não ama Deus? • Alguma explicação alternativa para este PI? • Quais evidências tens que deixou de amar Deus? • Se a sua visão de Deus é amor, como ele irá condená-lo contra a sua vontade? • Seria mais coerente Deus te castigar ou compreender o sofrimento de um portador de TOC ?
  • 48. Consulta a especialistas • Um paciente que trabalho em um raio X há 11 anos, efetuou um exame disparando o gatilho antes de se posicionar atrás do biombo de segurança. Passou a ter PI de estar contaminado com radioatividade, se desfazendo de suas roupas de trabalho e não conseguindo prestar atenção necessária mais nos procedimentos básicos de sua ocupação
  • 49. Tarefas de casa fundamentais para o tratamento • Continuação dos exercícios de EPR com aumento da habituação; • Treino na identificação e registro de pensamentos automáticos; • Crenças errôneas e ansiedade associada; • Distrações e menos valia a intrusão mental; • Exercícios de correção de pensamentos disfuncionais.
  • 50. Vinhetas clínicas • Um paciente não comparecia de forma alguma a festas porque tinha o pensamento de que, ao estender a mão para cumprimentar alguém, iria dar um soco no rosto da pessoa. • A mulher exigia que o marido lavasse a boca antes de beijá-la, ao chegar da rua, e imediatamente tomasse um banho e trocasse de roupa. Também era obrigado a ter que tomar banho após qualquer carícias sexuais.
  • 51. • Uma paciente tinha dezenas de caixa de sapatos vazias, que ocupavam quase uma peça inteira de seu apartamento pois ‘poderiam ser usadas no futuro’. • Um paciente verificava várias vezes ao dia os documentos na carteira pois temia ser preso caso fosse interpelado na rua por um policial e estivesse sem eles.
  • 52. • A noite, enquanto todo estão dormindo, acordo, vou até a cozinha e pego a faca mais afiada, afio ela mais ainda. Pego também a tesoura e corto a garganta do meu pai e a artéria da virilha para ele ter uma hemorragia. Depois corto a garganta do meu irmão e dou diversas punhaladas no peito dele. Abro a cabeça dele, picotando freneticamente, tiro o cérebro e os olhos. Faço algo parecido com uma necropsia. Corto o corpo deles em forma de Y e retiro todas as vísceras. Faço dos corpos, pedaços de carne. Espalho pela casa e ponho uns pedaços no forno e sinto grande prazer em fazer tudo isso. Atiro-me da janela de cabeça para baixo, caio, espatifo minha cabeça e acabo morrendo.
  • 53. Role Play em aula Psicoeducação da EPR Asseguramento que não vai acontecer o que temo
  • 54. Grato pela atenção e ótimo fim de semana.... cadu.seixas@globo.com