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TERAPIA GENÉTICA
Escola Secundária da Lousã
Cravo, M.
Simões, C.
Trovão, L.
HISTÓRIA DA TERAPIA GENÉTICA
Por volta de 1930 apareceu a Engenharia Genética e
o Controlo de reprodução de plantas e de animais.
Mais tarde pelos anos 50 a 70 deu-se o
Desenvolvimento da transferência genética,
aparecimento das primeiras utilizações genéticas para
fins terapêuticos e da tecnologia do ADN
recombinante (célula com nova combinação genética).
Seguidamente nos anos 80 houve avanços na biologia
molecular que permitiram que os genes humanos
fossem sequenciados e clonados.
Já em 1990 apareceu o primeiro teste em humanos
com a utilização de células sanguíneas.
O QUE É?
Baseia-se na capacidade de isolar e clonar genes
específicos. Esta técnica, para além de permitir a
substituição de proteínas não funcionais ou
inexistentes, permite travar distúrbios genéticos
aplicando genes funcionais para substituição dos
genes defeituosos.
Durante o processo da terapia genética o gene com
defeito deve ser identificado e uma cópia deve ser
clonada. O gene correcto deve ser adequadamente
aplicado no paciente.
Cadeia de ADN
TIPOS DE TERAPIA GENÉTICA
Somática:
Os genes terapêuticos afectam apenas as células
somáticas do individuo, não afectando gerações
futuras.
Germinal:
Tem como fim a mudança definitiva da expressão
genética antes do nascimento. A taxa de êxito é de 2%
a 3%. Como não alteram apenas o genoma do
indivíduo, mas toda a sua descendência, esta técnica
pode-se tornar perigosa.
VANTAGENS
 Encontra-se disponível para todas as pessoas;
 Repara o sistema imunitário;
 Mantém a imunidade existente;
 O internamento hospitalar apenas dura cerca de 1
mês.
DESVANTAGENS
 Apresenta um curto período de duração, o que se
pode dever à curta vida do vector, à
disfuncionalidade do ADN inserido nas células-alvo
e/ou à rapidez da divisão celular;
 Há necessidade do uso da terapia genética várias
vezes;
 Quando uma doença é causada por uma variação
dos efeitos de vários genes e não por uma mutação
apenas num gene, o tratamento é dificilmente
eficaz;
 Pode induzir um tumor se o ADN for introduzido no
gene errado.
CASOS REAIS
Em 1993 um rapaz nasceu com imunodeficiência
combinada severa que consiste na falta da enzima
adenosina deaminase. Pessoas com esta doença
tendem a ser muito sensíveis a quaisquer tipos de
infecções e por vezes têm de viver isoladas numa
bolha de plástico.
Como já sabiam que ele sofria desta doença na altura
do seu nascimento retiraram sangue da sua placenta
e cordão umbilical.
O alelo que codifica a enzima foi obtido e inserido
num retrovírus que depois foi misturado com as
células estaminais retiradas da placenta e cordão
umbilical. As células estaminais que continham a
ADA funcional foram injectadas na criança
semanalmente. Durante 4 anos os leucócitos T
produziram a ADA, mas depois foi necessário mais
tratamento.
Rapaz da bolha
PRINCIPAIS VECTORES
UTILIZADOS
Virais:
A primeira modificação de vírus para o transporte de
genes exógenos foi relatada em 1968, com a
utilização do vírus do mosaico do tabaco, retrovírus,
adenovírus, adeno-associado, herpes simplex e vírus
da vacina.
Não virais:
Também conhecidas por mecanismos físicos de
tranferência.
COM APLICAÇÃO IN VIVO E EM
EX-VIVO
Os procedimentos da terapia genética in vivo
consistem em transferir o DNA diretamente para as
células ou para os tecidos do paciente.
Nos procedimentos ex-vivo, o DNA é primeiramente
transferido para células isoladas de um organismo,
previamente crescidas em laboratório. As células
isoladas são assim modificadas e podem ser
introduzidas no paciente. Este método é indireto e
mais demorado, porém oferece a vantagem de uma
eficiência melhor da transferência e a possibilidade de
selecionar e ampliar as células modificadas antes da
reintrodução.
CONCLUSÃO
O conceito de terapia genética pode ser aplicado a
qualquer procedimento terapêutico em que
sequências nucleotídicas são intencionalmente
introduzidas ou modificadas em células/tecidos
humanos.
Em geral, as sequências nucleotídicas introduzidas
são moléculas de ADN de genes normais que irão
repor a funcionalidade de genes correspondentes que
se encontram mutados nas células/tecidos a serem
tratados.
Este tipo de estratégia tem sido utilizada para as
doenças monogénicas tais como a fibrose quística,
hemofilia e muitas outras.
BIBLIOGRAFIA
http://www.terapiagenica.net.br/O_que___terapia_g_ni
ca_.html
http://www.oocities.org/~esabio/genoma/terapia_geneti
ca.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/
terapia_genica.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gen%C3%A9tica

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Terapia genética

  • 1. TERAPIA GENÉTICA Escola Secundária da Lousã Cravo, M. Simões, C. Trovão, L.
  • 2. HISTÓRIA DA TERAPIA GENÉTICA Por volta de 1930 apareceu a Engenharia Genética e o Controlo de reprodução de plantas e de animais. Mais tarde pelos anos 50 a 70 deu-se o Desenvolvimento da transferência genética, aparecimento das primeiras utilizações genéticas para fins terapêuticos e da tecnologia do ADN recombinante (célula com nova combinação genética). Seguidamente nos anos 80 houve avanços na biologia molecular que permitiram que os genes humanos fossem sequenciados e clonados. Já em 1990 apareceu o primeiro teste em humanos com a utilização de células sanguíneas.
  • 3. O QUE É? Baseia-se na capacidade de isolar e clonar genes específicos. Esta técnica, para além de permitir a substituição de proteínas não funcionais ou inexistentes, permite travar distúrbios genéticos aplicando genes funcionais para substituição dos genes defeituosos. Durante o processo da terapia genética o gene com defeito deve ser identificado e uma cópia deve ser clonada. O gene correcto deve ser adequadamente aplicado no paciente. Cadeia de ADN
  • 4. TIPOS DE TERAPIA GENÉTICA Somática: Os genes terapêuticos afectam apenas as células somáticas do individuo, não afectando gerações futuras. Germinal: Tem como fim a mudança definitiva da expressão genética antes do nascimento. A taxa de êxito é de 2% a 3%. Como não alteram apenas o genoma do indivíduo, mas toda a sua descendência, esta técnica pode-se tornar perigosa.
  • 5. VANTAGENS  Encontra-se disponível para todas as pessoas;  Repara o sistema imunitário;  Mantém a imunidade existente;  O internamento hospitalar apenas dura cerca de 1 mês.
  • 6. DESVANTAGENS  Apresenta um curto período de duração, o que se pode dever à curta vida do vector, à disfuncionalidade do ADN inserido nas células-alvo e/ou à rapidez da divisão celular;  Há necessidade do uso da terapia genética várias vezes;  Quando uma doença é causada por uma variação dos efeitos de vários genes e não por uma mutação apenas num gene, o tratamento é dificilmente eficaz;  Pode induzir um tumor se o ADN for introduzido no gene errado.
  • 7. CASOS REAIS Em 1993 um rapaz nasceu com imunodeficiência combinada severa que consiste na falta da enzima adenosina deaminase. Pessoas com esta doença tendem a ser muito sensíveis a quaisquer tipos de infecções e por vezes têm de viver isoladas numa bolha de plástico. Como já sabiam que ele sofria desta doença na altura do seu nascimento retiraram sangue da sua placenta e cordão umbilical.
  • 8. O alelo que codifica a enzima foi obtido e inserido num retrovírus que depois foi misturado com as células estaminais retiradas da placenta e cordão umbilical. As células estaminais que continham a ADA funcional foram injectadas na criança semanalmente. Durante 4 anos os leucócitos T produziram a ADA, mas depois foi necessário mais tratamento. Rapaz da bolha
  • 9. PRINCIPAIS VECTORES UTILIZADOS Virais: A primeira modificação de vírus para o transporte de genes exógenos foi relatada em 1968, com a utilização do vírus do mosaico do tabaco, retrovírus, adenovírus, adeno-associado, herpes simplex e vírus da vacina. Não virais: Também conhecidas por mecanismos físicos de tranferência.
  • 10. COM APLICAÇÃO IN VIVO E EM EX-VIVO Os procedimentos da terapia genética in vivo consistem em transferir o DNA diretamente para as células ou para os tecidos do paciente. Nos procedimentos ex-vivo, o DNA é primeiramente transferido para células isoladas de um organismo, previamente crescidas em laboratório. As células isoladas são assim modificadas e podem ser introduzidas no paciente. Este método é indireto e mais demorado, porém oferece a vantagem de uma eficiência melhor da transferência e a possibilidade de selecionar e ampliar as células modificadas antes da reintrodução.
  • 11. CONCLUSÃO O conceito de terapia genética pode ser aplicado a qualquer procedimento terapêutico em que sequências nucleotídicas são intencionalmente introduzidas ou modificadas em células/tecidos humanos. Em geral, as sequências nucleotídicas introduzidas são moléculas de ADN de genes normais que irão repor a funcionalidade de genes correspondentes que se encontram mutados nas células/tecidos a serem tratados. Este tipo de estratégia tem sido utilizada para as doenças monogénicas tais como a fibrose quística, hemofilia e muitas outras.