Brasil exportou 3,2 milhões de sacas de café em outubro. As exportações de arábica compensaram a queda nas exportações de robusta devido à seca no Espírito Santo. O Funcafé destinou R$ 20 milhões para financiar a recuperação de cafezais danificados por geadas e granizo. A oferta reduzida de robusta aumentou o preço do arábica tipo 7 usado em blends.
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CLIPPING – 09/11/2016
Acesse: www.cncafe.com.br
Cecafé: Brasil exporta 3,2 milhões de sacas de café em outubro
Cecafé / CDN Comunicação
09/11/2016
Em outubro, as exportações de café brasileiro somaram 3.224.116
sacas, de acordo com o relatório mensal mais recente do Cecafé –
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. Diferentemente dos
meses anteriores, quando a greve alfandegária no Porto de Santos
dificultou o levantamento, o processamento correto dos dados foi
possível, pois o Cecafé coordenou um trabalho junto à Associação
Comercial de Santos que permitiu o recebimento dos dados dos
certificados de origem (fonte das informações que compõe o balanço
de exportações).
“É interessante notar que houve um desempenho muito fraco no café robusta, reflexo ainda da
seca no Espírito Santo, que prejudicou a produção. Contudo, o arábica mais do que
compensou esse cenário, sendo o maior volume exportado nos últimos cinco anos, se for
levado em consideração o mês de outubro. Desde 2010 não embarcávamos tantas sacas de
arábica no mês de outubro”, afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
A boa performance do arábica, aliada à recuperação no preço médio, fez com que a receita
cambial das exportações tivesse um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2015,
ultrapassando, em outubro, US$ 550 milhões. No total, os cafés verdes somaram 2.893.140
sacas – 2.883.307 sacas de arábica e 9.833 de robusta -, queda de 9,8%.
O total exportado de janeiro até outubro de 2016 já atingiu 27.562.454 sacas, com receita de
US$ 4,2 bilhões. A soma dos últimos 12 meses (nov/2015 até out/2016) registrou 34.309.851
sacas, com total de receita de US$ 5,2 bilhões. No ano safra (jul/2016 a out/2016), já foram
exportadas 11.274.604 sacas de café brasileiro.
Principais destinos
Os principais destinos do café exportado pelo Brasil continuam sendo, pela ordem, Estados
Unidos, com 5.275.219 sacas no período de janeiro a outubro de 2016, Alemanha (4.930.997
sacas), Itália (2.424.929 sacas) e Japão (2.008.007 sacas). No acumulado do ano civil (janeiro
a outubro de 2016), 122 países consumiram o café brasileiro.
Cafés diferenciados
Em relação às exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou
algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, por exemplo), em outubro de 2016 foram
454.842 sacas embarcadas (2,7% a mais do que setembro, quando foram embarcadas
442.906), representando uma receita cambial de US$ 97,5 milhões.
No acumulado de janeiro a outubro de 2016, os cafés diferenciados representaram 18% dos
embarques, com um total de 4.969.662 sacas, alcançando preços médios de US$ 192,81,
aproximadamente 25,4% superiores à média total do café verde exportado.
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Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados brasileiros representam 81,3% dos
embarques. Os EUA continuam sendo o maior comprador deste tipo de café, com uma fatia de
21% do total de exportações – 1.021.883 sacas no período. Japão, com 15% (735.301 sacas),
fica em segundo, seguido pela Itália com 11% (559.152 sacas).
Preços
O preço médio registrado em outubro de 2016 foi de US$ 170,92, com alta aproximada de
3,75% em relação ao mês anterior (US$ 164,74). Com a alta nos últimos quatro meses, a
média para o ano civil está em US$ 153,77.
Portos
O Porto de Santos segue como principal via de escoamento da safra para o exterior, com
83,9% (23.112.858 sacas embarcadas) de participação no acumulado entre janeiro e outubro
de 2016.
O relatório completo está disponível no site do CNC:
http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=17.
Funcafé destina R$ 20 milhões para recuperar cafezais no País
Diário do Comércio
08/11/2016
Michelle Valverde
Os cafeicultores de Minas Gerais e demais regiões que registraram
perdas na produção em função das variações climáticas já podem
contratar a linha de financiamento para operações de Recuperação
de Cafezais Danificados do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
(Funcafé). Ao todo, estão disponíveis R$ 20 milhões. O valor, apesar
de ser considerado pequeno, é fundamental para o setor, já que
muitos produtores do Sul do Estado tiveram os cafezais devastados
por geadas e chuvas de granizo na safra 2016. No Espírito Santo,
onde a demanda pelos recursos tende a ser ampla, o problema foi a
estiagem severa.
Segundo o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg)
e presidente das Comissões de Cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita (foto: Ruy Baron/Valor), os produtores que já estão
com as perdas comprovadas tecnicamente devem buscar as entidades financeiras que operam
as linhas do Funcafé o mais rápido possível.
“No momento atual, o mais importante é que o produtor, cujo cafezal foi afetado e que já foi
oficializada a comprovação técnica, busque rapidamente as entidades financeiras para ter
acesso ao crédito. O recurso disponível, R$ 20 milhões, é pequeno frente aos problemas
enfrentados na produção. Em Minas Gerais, a região Sul foi a mais afetada. Lá, muitos
produtores registraram perdas em função de geadas e de chuva de granizo”, explicou
Mesquita.
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A linha de Recuperação de Cafezais Danificados foi criada há mais de cinco anos e garante
recursos para que o cafeicultor invista na recuperação das áreas atingidas e tenha condições
de se manter ativo na atividade. Mesquita explica que ao longo dos últimos anos, a linha de
crédito foi pouco demandada e para que ela não fosse extinta foram reservados apenas os R$
20 milhões.
Frente as perdas provocadas pelas geadas e pelas chuvas de granizo em Minas Gerais e a
severa seca observada no Espírito Santo, o recurso para o atual ano produtivo é considerado
pequeno. Por isso, as entidades representantes do setor já estão buscando meios que possam
ampliar o volume de crédito disponível já a partir da próxima safra.
“Mantivemos este valor para que a linha não fosse extinta. Dessa forma, o acesso ao crédito é
mais ágil. A linha é fundamental para o produtor que registrou perdas. Ao acessar os recursos,
ele terá três anos de carência e mais três para quitar o valor”.
De acordo com as informações divulgadas pelo Conselho Nacional do Café (CNC), os recursos
podem ser acessados por produtores que tiveram, no mínimo, 10% da área das lavouras
cafeeiras danificadas por chuvas de granizo, geadas, vendavais ou outros fenômenos
climáticos.
O financiamento deve ser destinado à recuperação e replantio da área afetada, conforme
orçamento, que deve ser acompanhado de laudo técnico que delimite a área prejudicada, a
intensidade das perdas decorrentes do evento e identifique a forma de recuperação da
capacidade produtiva dos cafezais.
O Manual de Crédito Rural (MCR) define que o limite de empréstimo é de até R$ 3 mil por
hectare, restrito a R$ 400 mil por produtor. O período de contratação se estende de janeiro a
dezembro, com a formalização ocorrendo até 10 meses após a ocorrência do evento climático.
CEPEA: oferta reduzida de café robusta impulsiona cotação do arábica tipo 7
Cepea/Esalq USP
09/11/2016
A oferta restrita de café robusta no Brasil está elevando o interesse de
compradores pelo arábica de bebida inferior. Conforme colaboradores do
Cepea, para composição dos blends de café, torrefadoras tęm buscado como
alternativa ao robusta do tipo 7/8, o arábica tipo 7 (bebida rio). Com isso, os
preços do arábica tipo 7 estăo subindo com força no mercado brasileiro,
acompanhando as fortes altas dos valores dos grăos mais finos.
Neste início de novembro, a média de preços do café arábica tipo 7 (bebida rio) nas principais
regiőes produtoras atingiu R$ 485,12/saca de 60 kg, patamar recorde quando analisada a série
mensal do Cepea (valores deflacionados pelo IGP-DI de setembro/16). Alguns negócios
pontuais deste grăo já chegam a ser fechados a R$ 500,00/sc. Mesmo diante desse cenário,
muitos produtores se mantęm retraídos, ŕ espera de novos aumentos. (Fonte: Cepea
www.cepea.esalq.usp.br)
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Em meio à alta de preço, cresce consumo de café
Valor Econômico
09/11/2016
Alda do Amaral Rocha
A alta dos preços do café em grão no mercado brasileiro – repassada
ao varejo parcialmente pela indústria torrefadora – não impediu o
aumento da demanda pela bebida no país. Nos 12 meses encerrados
em outubro passado, o consumo subiu 3,4%, o que indica uma
demanda doméstica de 21,2 milhões de sacas de café em grão no
período. Em igual intervalo um ano antes, o consumo foi de 20,5
milhões de sacas. Os números são de pesquisa realizada pela
Euromonitor sob encomenda para a Associação Brasileira da
Indústria de Café (Abic).
A principal explicação para o avanço do consumo a despeito da alta
dos preços da matéria-prima – sem precedentes no caso da espécie
conilon – é que o café é, em geral, uma bebida barata, observa
Nathan Herszkowicz (foto: divulgação Abic), diretor-executivo da Abic. "Isso ajudou a sustentar
o consumo", diz. Mas o crescimento de demanda por cafés de maior qualidade, principalmente
entre consumidores mais jovens, também contribuiu para o avanço, segundo ele.
A própria crise econômica no Brasil é um dos motivos para o aumento da demanda doméstica,
uma vez que estimulou o consumo de café dentro do lar ao mesmo tempo em que há indícios
de redução do consumo da bebida fora de casa. A pesquisa da Euromonitor foi feita com 450
empresas produtoras de café no país, associadas da Abic.
O crescimento do consumo é, sem dúvida, um dado positivo para a indústria de café do país,
mas não há comemoração no setor. Isso porque os preços da matéria-prima estão nas alturas,
há escassez de oferta de conilon usado nos blends e as torrefações só têm conseguido
repassar parcialmente os custos mais elevados. Nesse cenário, a rentabilidade do setor,
normalmente entre 5% e 8%, zerou para algumas empresas, de acordo com fontes do setor.
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Enquanto a cotação do conilon subiu 43,5% no período de 12 meses encerrados em outubro,
para o consumidor a alta do café torrado e moído em igual período foi de quase 23%, conforme
o índice de custo de vida do Dieese.
"A indústria está defasada em relação aos custos do café em grão", afirma Nathan
Herszkowicz. Segundo ele, a grande responsável pelo maior preço do café ao consumidor é a
matéria-prima mais cara. A estimativa é que a alta do conilon e do arábica e também de outros
custos da indústria tenham gerado um elevação de cerca de 22% nos custos de produção do
setor nos últimos 12 meses. A indústria afirma que tem conseguido repassar a alta apenas
parcialmente e está negociando novos reajustes com o varejo.
A quebra da safra 2016/17 de café conilon do Espírito Santo, em decorrência de seguidos
períodos de seca, levou à falta de produto no mercado e à disparada dos preços. "As empresas
não conseguem comprar. O mercado não tem oferta", afirma Herszkowicz.
Diante disso, as torrefadoras têm sido obrigadas a mudar os blends do café. Antes da crise de
oferta de conilon, a espécie era utilizada em um percentual de 50% para 50% da espécie
arábica pelas torrefadoras, em média. Agora, segundo o executivo, o percentual de conilon
está abaixo de 20%. E há empresas que já deixaram de utilizá-lo nos blends.
Normalmente, o conilon é usado nos blends de café em pó para dar robustez ao produto final,
intensificar o sabor e corrigir a acidez do arábica. Além disso, o conilon também permite um
maior rendimento no preparo.
De acordo com Thiago Cazarini, da Cazarini Trading, como há menos conilon no mercado, as
empresas "estão sendo forçadas a mudar para o arábica". As torrefadoras, explicou, estão
adquirindo café arábica de qualidade inferior para substituir o conilon nos blends. Com a
disparada dos preços desse grão, alguns tipos de arábica estão mais baratos, um quadro
inédito.
O café arábica de consumo interno duro, por exemplo, fechou outubro cotado a R$ 490 a saca,
enquanto o conilon bica corrida tipo 7 encerrou o mês a R$ 531 por saca, conforme dados
compilados pela Abic.
Nesse cenário de escassez do conilon e de necessidade de substituição, os produtores de
arábica têm buscado elevar os preços do grão, segundo Cazarini. E têm tido sucesso. Em 12
meses, o arábica de mercado interno subiu quase 30%, conforme dados compilados pela Abic.
Para Tiago Ferreira, especialista em café da FCStone, a necessidade de substituir o conilon
por arábica nos blends pelas torrefadoras brasileiras deve persistir em 2017 e até mesmo em
2018.
A razão é que o Espírito Santo, maior produtor de conilon do país, deve voltar a ter problemas
na próxima safra, a 2017/18, depois de já ter registrado quebra no ciclo atual, em decorrência
da seca no Estado. A Conab estima que a produção brasileira de conilon em 2016/17 deve
somar 8,35 milhões de sacas, 25,3% abaixo do colhido na safra 2015/16. No Espírito Santo, a
produção deve recuar 30,7%, para 5,380 milhões de sacas.
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Anéis do tronco de cafeeiros ajudam a identificar idade e condições climáticas
Fundação Procafé
08/11/2016
J.B. Matiello e Alysson V. Fagundes, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé
Quando se corta o tronco do cafeeiro, por exemplo,
com uma recepa, é possível ter uma ideia da idade
das plantas, através da contagem dos anéis
formados no tronco, denominados anéis de
crescimento.
A formação de anéis, bem definidos, facilita a avaliação da idade das plantas em condições de
clima temperado, onde existe uma nítida paralisação de crescimento, em um período do ano,
no inverno.
Sob condições de clima tropical é mais difícil, porém diversos trabalhos efetuados com árvores
de madeira conseguiram demonstrar essa viabilidade, pois condições de clima seco também
provocam a paralisação de crescimento.
No cafeeiro a condição de transição de crescimento também existe, na maioria das regiões,
com clima seco a partir de maio até setembro/outubro. Não se conhece, no Brasil, um estudo
sobre a correlação entre a constatação de anéis e a idade na planta de café.
Recentemente, chamou a atenção, numa poda de cafeeiros, a curiosidade de observar o
tronco cortado diante da possibilidade de avaliar a idade da planta, logicamente já se
conhecendo, a priori, a época de plantio da lavoura.
A verificação foi feita em cafeeiros no Sul de Minas, em Boa Esperança, em cafeeiros
plantados em fevereiro de 1998, portanto, hoje com 17-18 anos de idade.
Observando com cuidado os anéis é possível, realmente, verificar esse mesmo número, alguns
anéis mais estreitos e outros mais largos.
Como se sabe, a largura desses anéis pode contar o que se passou com o clima, durante esse
período. Isso e outras condições edáficas podem influenciar no crescimento, pois as árvores
crescem mais no período/anos de mais chuva e, no caso do cafeeiro, pode ser, ainda, que em
anos de menor safra, a planta cresça mais o tronco.
Por isso, as informações que ficam marcadas no tronco do cafeeiro são importantes para a
obtenção de mais informações sobre o clima e outras condições no passado.
Por fim, uma curiosidade: O método científico que determina a idade de uma árvore com base
nos anéis do tronco é chamado de dendrocronologia, sendo que essa técnica foi inventada e
desenvolvida pelo pesquisador da Universidade do Arizona-USA, Andrew Ellicott Douglass, em
1929.
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Aspecto dos anéis do tronco de cafeeiro, plantado em fev/1998 e cortado em
setembro de 2016. Boa Esperança, Sul de MG.
UFLA capacita estudantes para atuar no mercado de cafés de alta qualidade
Ascom InovaCafé
08/11/2016
Vanessa Trevisan
Com o objetivo de promover a troca
de informações e disseminar
conhecimento sobre os cafés de
alta qualidade, o projeto
desenvolvido pelo professor do
departamento de agricultura da
UFLA, com ênfase na área de
colheita, pós-colheita e qualidade
do café, Virgílio Anastácio da Silva
e pelo doutorando do programa de
pós-graduação em fitotecnia e
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degustador de café, Bruno Ribeiro vem em pleno desenvolvimento na Universidade.
Com sua primeira turma em andamento, o grupo é formado por estudantes de graduação do
curso de agronomia da UFLA. Os encontros acontecem a cada quinze dias onde são debatidos
de forma prática as etapas pelas quais o café é submetido e como cada processo influencia na
qualidade da bebida. No último encontro realizado no dia 01 de novembro na InovaCafé, foram
discutidas a postura na degustação, atributos de cafés especiais, diferenciação dos produtos,
os protocolos de degustação e as normas vigentes.
IMG_9939A ideia dos tutores surgiu após perceberem a demanda por cafés especiais, do
crescente mercado que procura profissionais diferenciados que conheçam o processo, as
origens e como chegar a esse produto, “vimos a oportunidade de trabalhar com um grupo de
interessados, criamos o projeto em parceria com eles, com cronogramas, organizações,
atribuições, que segue uma estrutura de atuação já consolidada no vinho e que vem se
concretizando cada vez mais, na cafeicultura”, comenta Bruno.
FUTURO PROFISSIONAL
De acordo com o professor Virgílio, “a principal importância desse projeto é que esses
estudantes vão ter conhecimento sobre classificação e avaliação de qualidade de café a nível
internacional, ou seja, através do curso eles vão conhecer o protocolo da Associação
Americana de Cafés Especiais (SCAA) que é utilizado mundialmente, com a conclusão do
curso eles estarão aptos a fazer uma avaliação dos cafés a nível internacional, mediante ao
credenciamento junto ao CQI – Coffee Quality Institute”.
Virgílio analisa que apesar do Brasil ser o maior produtor de café do mundo, existem poucos
provadores Q-grader (classificador de café qualificado pelo Coffee Quality Institute (CQI) e que
segue o protocolo da SCAA), hoje em dia. “Se você visitar as cafeterias, cooperativas e
produtores, eles têm uma necessidade muito grande de profissionais nessa área, porque a
maioria dos produtores vende os seus produtos sem saber a qualidade do café que eles tem na
propriedade, então as vezes um café que teria um valor de R$ 800,00 a saca eles vendem por
R$ 450,00, esses estudantes dentro de pouco tempo estarão aptos a julgar esse café e mostrar
para o produtor o que eles tem na mão, de repente ele tem um diamante que se lapidado pode
virar um brilhante”, ressalta.
PRÓXIMOS PASSOS
“A nossa intenção é trabalhar por etapas, visando o conhecimento geral de cafés “das lavouras
à xicara”, discutir as demandas nacionais e internacionais nos âmbitos desses profissionais,
nas quais os estudantes possam compreender o processo pelo qual o produto é submetido:
com anos de treinamentos, observando as interações entre ambientes, variedades, processos,
a importância de seguir normas na torração, a degustação, a postura profissional, temos
absoluta certeza do sucesso e inserção dos participantes nos mercados de trabalhos e ai sim,
posicionaremos a formação de um novo grupo. Compreender os aspectos relacionados a
qualidade de cafés, demanda de estudos, foco, atitudes, sintonia do grupo e com toda a
certeza, o fortalecimento do conhecimento será com o tempo e afinidade com os assuntos”,
explica Bruno, ressaltando que a intenção dos tutores é de ofertar novas turmas onde as
vagas serão abertas para as pessoas que tenham interesse no café, não necessariamente
pessoas ligadas a agronomia, mas pessoas que querem fazer o diferencial como os filhos de
produtores, o próprio produtor ou pessoas ligadas ao ramo cafeeiro que queiram se aprofundar
sobre o assunto, “mas tudo isso só será possível após firmamos parcerias para dar força ao
projeto, daí projetamos novos grupos fortalecendo o mercado”, pontua.
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Honduras: crescem exportações de café a EUA, México e Canadá
CaféPoint
09/11/2016
A América do Norte converteu-se em um destino importante para o café de
Honduras. Um informe preliminar do Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé)
revela que o volume exportado aos Estados Unidos, México e Canadá cresceu
em cerca de 40% na colheita passada com relação à temporada de 2014/2015.
Em 2015/2016, foram exportadas 1.497.076 sacas de 60 quilos, mais que as
1.070.430 sacas da colheita anterior. O aumento nominal foi de 426.646 sacas.
As exportações totais de café hondurenho somaram 5.153.176,48 sacas durante a colheita
anterior, dos quais 29% foram exportados à América do Norte. O volume exportado foi maior do
que o registrado em 2014/2015, quando foram exportadas 5.020.072 sacas.
Apesar de o volume exportado ter observado uma redução na maior parte dos países onde se
comercializa o café hondurenho, os países da América do Norte registraram resultados muito
bons.
O volume exportado aos Estados Unidos aumentou de 879.484 sacas para 1.163.863,63 sacas
durante o período analisado, ou seja, 284.379,66 sacas a mais em valores nominais ou 32,3%.
Isso permitiu um aumento na geração de divisas, que passou de US$ 174,4 milhões a US$
191,3 milhões. Os Estados Unidos são o segundo país em importância para o café
hondurenho, depois da Alemanha.
As exportações ao México subiram de 93.944,26 sacas a 210.825,66 sacas, equivalente a uma
alta de 116.881,4 sacas ou 124,4%. A geração de divisas aumentou de US$ 17,5 milhões a
US$ 30,6 milhões.
No caso do Canadá, o volume exportado subiu de 97.001 sacas para 122.386 sacas, ou seja,
23.851 sacas a mais ou 26,2%. As divisas geradas pelas exportações ao mercado norte-
americano passaram de US$ 211,5 milhões a US$ 242,8 milhões.
As informações são do El Heraldo / Tradução por Juliana Santin